Patologias Da Vulva E Do Colo Do Útero - Aula - P3 Flashcards

1
Q

Qual a principal patologia da vulva para estudo?

A

Cisto de Bartholin

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2
Q

Qual a principal patologia da vagina que deve ser estudada para P3?

A

Neoplasias malignas cutâneas

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3
Q

Quais as principais patologias do colo do útero que devem ser estudadas para P3?

A

Malformações uterinas
Cervicites infecccionsa e não infeccciosa aguda e crônica
Cistos de Naboth
Pólipo Endocervical

Neoplasias intraepitelial Cervical de Baixo Grau (NICs)

NICs de Alto Grau
Carcinoma Cervical
Adenocarcinoma Cervical

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4
Q

Entre a sexta e a nona semanas da embriogênese do TGF o que acontece?

A

Eventos envolvendo células germinativas primordiais, ductos de Muller crescem caudalmente e formam os ovários, tubas, corpo e colo uterino e região superior da vagina.

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5
Q

Qual origem do epitélio uterino, tubário e a superfície ovariana?

A

Epitélio celômico

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6
Q

Podemos dividir o trato genital em quantas partes e quais?

A

Trato genital inferior: vulva + vagina

Trato genital superior: a partir do colo até o fundo uterino

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7
Q

Qual a porção do TGF que é constantemente exposta e suscetível a infecções superficiais de pele?

A

Vulva - vulvites

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8
Q

Como é a anatomia do revestimento vaginal?

A

Altamente pregueado pavimentoso estratificado não querarinizado apoiado em uma lâmina própria.

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9
Q

Quem faz a barreira bioquímica que protege o útero?

A

A vagina (abertura + canal vaginal)

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10
Q

O que forma a barreira biológica da entrada de ar e da microflora do trato vaginal?

A

Posição uterina e a morfologa do colo uterino.

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11
Q

Qual o peso e dimensão aproximados do útero de nulíparas?

A

50g
8x6x3=150cm³

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12
Q

Quantas e quais são as regiões anatômicas e funcionais do útero?

A

3

Fundo
Corpo
Colo uterino (cérvice)

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13
Q

Em quantas e quais partes o colo do útero é divido?

A

2

Ectocérvice - porção exposta
Endocérvice - porção interna

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14
Q

Qual o epitélio de revestimento do ectocérvice e do endocérvice?

A

Ectocérvice - mesmo de revestimento do canal vaginal

Endocérvice - canal com revestimento glandular

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15
Q

Qual o nome da abertura do canal endocervical?

A

Óstio

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16
Q

O epitélio do colo uterino é formado pela indução de quais celulas?

A

Células basais da região de transição (JEC) e por Células tronco do estroma subjacente

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17
Q

As células basais do JEC e as tronco do estroma são diferenciadas em quais?

A

Escamosa para o ectocérvice
Glandulas para endocérvice

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18
Q

O canal endocervical é revestido por qual epitélio e com quais características?

A

Epitélio simples colunar secretor de muco com muitas reentrancias.
Única camada de células altas.

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19
Q

Qual o tipo de conjuntivo que predomina no estroma do canal endocervical?

A

Conjuntivo denso (lâmina própria) apoiado em miométrio.

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20
Q

Como se chama o ponto onde o epitélio escamoso e o colunar endocervical se encontram?

A

Junção escamocolunar (JEC)

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21
Q

Qual nome da área do colo uterino em que o epitélio colunar é substituído pelo escamoso?

A

Zona de transformação (ZT)

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22
Q

Qual o epitélio do ectocérvice e características?

A

Epitélio estratificado pavimentoso, não queratinizado.
Ausência de camada granulosa e córnea - rico em glicogênio (pouco corado)

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23
Q

Qual o tipo de conjuntivo predominantemente no ectocérvice?

A

Conjuntivo denso altamente vascularizado.

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24
Q

O que são os cistos de Naboth? (CN)

A

Durante a remodelação na ZT, são comuns as obstruções transitórias dos ductos das glândulas endocervicais finais.

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25
Q

Em quais períodos há maior e menor migração progressiva da JEC?

A

Maior: menarca
Menor: menopausa

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26
Q

Qual o local mais suscetível a colonização pelo HPV?

A

A área de metaplasia “escamosa” onde há o epitélio escamoso imaturo.
Local de substituição do epitélio glandular oelo avanço do epitélio escamoso.

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27
Q

Qual fator pode influenciar que a JEC se apresente ectocervicalmente e seja visto em colpocitologias?

A

Idade.

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28
Q

Quais as principais doenças do trato genital feminino?

A

Infecções uni ou polimicrobianas, doenças inflamatórias pelvicas (DIPs)

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29
Q

Qual das DIPs é a mais comum?

A

Vulvites (candidíase)

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30
Q

Quais os exemplos de vulvites infecciosas e qual o forma mais comum de transmissão?

A

Tricomoníase;
Gonorreia;
Sífilis;
Clamídia;
Micoplasma;
HSV;
HPV.

Sexualmente transmissível

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31
Q

Quais os tipos de doenças dermatológicas que podem afetar a vulva e o TGI?

A

As doenças inflamatórias dermatológicas que acometem a pele também acomete a vulva.
Ex: psoríase, eczema, dermatites alérgicas, dermatoses bolhosas, líquen escleroso.

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32
Q

Qual cenário pode propiciar vulvovaginites não infecciosas?

A

Contexto de imunossupressão

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33
Q

O que o HPV de alto risco oncogênico pode provocar na vagina de forma pouco frequente?

A

Neoplasias intraepiteliais vaginais (NIVAs)

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34
Q

Qual o tipo de câncer vaginal primário é mais comum numa idade tardia (60+) e quais os outros tipos?

A

Maioria do tipo carcinoma, mas os outros são melanoma, adenocarcinoma, etc.

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35
Q

Na vagina, qual carcinoma é mais frequente do que o primário?

A

Carcinoma metastático do colo uterino

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36
Q

Qual a fisiopatologia do Cisto de Bartholin ou Bartolonite?

A

Resulta da obstrução do ducto da glândula de Bartholin a partir de um processo inflamatório podendo infeccfionar.

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37
Q

Qual a função da glândula de Bartholin?

A

Glândulas vulvares de lubrificação

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38
Q

O que é adenite e qual o resultado dela?

A

Inflamação aguda no interior da glândula de Bartholin que resulta em abcessos desconfortáveis

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39
Q

Em qual faixa etária tem maior ocorrência de Bartolinites?

A

Ocorre em todas as idades.

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40
Q

Qual a morfologia dos cistos de Bartholin?

A

Pseudocistos de até 3cm de diâmetro, dor e desconforto local.

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41
Q

O que pode ser observado na microscopia do cisto de Bartholin?

A

Cistos com revestimento por epitélio metaplásico escamoso e/ou epitélio de transição.

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42
Q

Quais as bases do tratamento do cisto de Bartholin?

A

Podem regredir espontaneamente;
Excisados por biópsia excisional;
Abertos pada drenagem e reparo tecidual (marsupialização).

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43
Q

O que pode causar as anomalias congênitas uterinas?

A

Fusão embriológica defeituosa ou falhas na recanalização dos ductos de Müller

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44
Q

Qual a epidemiologia das anomalias congênitas uterinas?

A

População em geral: 3-5%
População infértil: até 25%

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45
Q

Dê exemplos de anomalias congênitas uterinas:

A

Útero septado (pode ser acompanhado de vagina septada ou dupla);

Útero didelfo (bicorno);

Útero unicorno

Agenesia de anexos (presença de cornos rudimentares ou nenhuma estrutura anexa uterina)

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46
Q

Qual o objetivo das correções cirúrgicas para reestabelecer a morfologia normal do útero nas anomalias congênitas?

A

Favorecer a fertilidade e evitar complicações obstétricas.

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47
Q

O que são as cervicites infecciosas?

A

Inflamações agudas da ectocérvice comuns e geralmente associadas a queixas de secreção vaginal mucopurulente (corrimento - leucorreia)

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48
Q

Qual a fisiopatologia das cervicites infecciosas?

A

Quando o pH deixa de ser ácido, ocorre a redução da produção de H2O2 pelos lactobacilos, que é bacteriotóxico, favorecendo o crescimento de outros microorganismos saprófitas.

49
Q

O que pode alterar o pH ácido do endocérvice para pH alcalino e gerar ambiente favorável as cervicites infecciosas?

A

Menstruação, relação sexual, duchas vaginais, antibióticos.

50
Q

O que as infecções vulvaginais por Candida sp ou ISTs podem produzir como quadro infeccioso?

A

Cervicites agudas.

51
Q

Quais as bases do tratamento das cervicites infecciosas?

A

Sintomatológico, identificação do agente e tratamento farmacológico.

Quando necessário: orientações de controle de transmissão sexual.

52
Q

O que se observa macroscopicamente nas cervicites não infecciosaa persistentes?

A

Áreas eritroplásicas ou leucoplásicas, erosivas e secretivas delimitadas ou difusas envolvendo o óstio externo e o colo do útero.

Alterações reparadoras e reativas no epitélio.

53
Q

Qual exame pode revelar a presença de leucócitos, micro-organismos e células escamosas atípicas na região do ectocérvice?

A

Oncocitlógico do colo uterino (Papanicolau)

54
Q

Qual a base do tratamento das cervicites crônicas não infecciosas?

A

Geralmente tratados apenas os sintomas.

55
Q

O que investigar quando as cervicites crônicas não infecciosas são persistentes em exames subsequentes ou com atipias?

A

Presença de HPV oncogênico

56
Q

As cervicites inespecíficas poddm ser classificadas em quais grupos?

A

Agudas e crônicas

57
Q

Quais as características das cervicites inespecíficas agudas?

A

Menos comuns, podem acometer mulheres no perpério imediato.

Respondem ao tratamento farmacológico.

58
Q

Quais as características das cervicites inespecíficas crônicas?

A

Quase o total dos casos. Consiste em inflamação e regeneração epitelial, geralmente assintomática, podendo haver alterações reativas/adaptativas em mucosa escamosa e colunar como a metaplasia escamosa e atipia.

59
Q

Que se observa microscopicamente nas cervicites inespecíficas crônicas?

A

Áreas erosivas/hiperplásicas/metaplásicas, epitélio de revestimento descontínuo (erosão ou úlcera), intenso infiltrado inflamatório linfo-plasmocitário e tecido de granulação.

60
Q

O que são os cistos de Naboth?

A

Glândulas de Naboth são produtoras de muco e fazem parte do colo.
Podem acumular secreção pelo bloqueio transitório do epitélio escamoso no ducto (cisto de retenção)

61
Q

Quais as características morfológicas do cisto de Naboth?

A

Nódulo arredondado e liso e pode se formar sob a superfície sendo visto ou sentido durante o exame.

62
Q

O que o cisto de Naboth indica?

A

Não ameaça a saúde, indicativo de infecção passada, recente ou de irritação

63
Q

Qual o perfil epidemiológico do cisto de Naboth e qual a base do tratamento?

A

Mais frequente em mulheres em idade reprodutiva, multíparas.

Geralmente não requer tratamento.

64
Q

O que são os pólipos endocervicais?

A

Proliferações exofíticas benignas de pequenas protuberâncias sésseis até grabdes massas polipoides.

Podem sangrar e necessitam de investigação nesse caso.

65
Q

Qual o local em que sugem a maioria dos pólipos endocervicais e qual o tratamento?

A

Canal endocervical.

Excisão ou curetagem cirúrgica.

66
Q

O que observa-se microscopicamente nos pólipos endocervicais?

A

Proliferacões fibromixomatosas frouxas cobertas por epitélio glandulas endocervical.

67
Q

Quais os outros nomes das neoplasias intra-epiteliais cervicais (NICs)?

A

Neoplasias pré-malignas ou lesões intra-epiteliais cervicais

68
Q

O que são as NICs?

A

Alterações teciduais que envolvem o epitélio da ZT, iniciam como NIC de baixo grau (displasia leve) progredindo para NIC de alto grau.

69
Q

Qual a fisiopatologia das NICs?

A

Infecção persistente das células basais ou metaplásicas imaturas pelo HPV de alto risco oncogênico.
Fatores de risco comuns para o CA cervical.

70
Q

É possível a NIC iniciar diretamente como de alto grau?

A

Sim!
Dependendo da localização da infecção, subtipo do HPV e fatores relacionados a capacidade imune do hospedeiro.

71
Q

Qual idade aproximadamente tem o pico de incidência das NICs e do CA?

A

NICs: 30 anos
CA: 45 anos

72
Q

O que observa-se macroscopicamente nas NICs?

A

Áreas queratóticas (acetoleucoplasias) até condilomas planos ou verruxosos ou lesões mistas leucoeritroplásicas (mosaicos leves a grosseiros) sangrantes.

73
Q

No que se baseia a diferenciação histológica das NICs e em quantos graus se divide?

A

Baseia-se no grau de displasia

Grau I: displasia leve - atipias envolvem ⅓ do epitelio
Grau II: displasia moderada - até ⅔ do epitélio
Grau III: displasia grave - mais de ⅔ do epitélio (provável carcinoma in situ)

74
Q

Qual grau de NIC é consjderada lesão intra-epitelial escamosa de baixo grau?

A

NIC I

75
Q

Quais graus de NICs são agrupados como lesões intra-epiteliais escamosas de alto grau?

A

NICs II e III

76
Q

O que é obsevado microscopicamente no NIC I?

A

Hiperplasia, alterações coilocitóticas (presença de halo perinuclear), hipercromasia, leve atipia e células imaturas nas camadas basal e parabasal do epitélio.

***Pode-se tratar de uma infecção transitória por HPV

77
Q

O que é observado microscopicamente na NIC II?

A

Maturação de queratinócitos no terço médio, moderada variação de tamanho de núcleo e células, heterlgeneidade da cromatina, mitoses supra basais.

78
Q

O que é observado microscopicamente na NIC III?

A

Hipercromatismo e polimorfismo exacerbado, orientação desordenada das células, mitoses atípicas e bizarras em todas as camadas, não há mais coilocitose (pois já houve integração viral).

79
Q

Qual a medida que limita a displasia a não invadir a membrana basal e ser considerada um carcinkma in situ?

A

< que 3mm

80
Q

Descreva a classificação pelo método Bethesda:

A

ASC-US: atipias não neoplásicas (reativo/inflamatório)

ASC-H: atipias que não exclusm neoplasias

Lesão intraepitelial de baixo grau (LIBG/LSIL): inclui HPV e NIC I

Lesão intraepitelde alto grau (LIAG/HSIL): Inclui NIC II e NIC III

81
Q

Qual a estimativa de progressão de Lesão Intraepitelial de Baixo Grau para Lesão Intraepitelial de Alto Grau?

A

10% em 2 anos

82
Q

Qual a base do tratamento da LIBG?

A

Acompanhamento semestral ou se persistente, cirurgia por alta frequência (CAF) que cauteriza/remove apenas a região da lesão.

83
Q

Qual a base do tratamento da LIAG?

A

Biópsia excisional ou conização (quando há margem visível).

Mais recentemente, ablação por laser cirúrgico.

84
Q

Como se dá a pesquisa de HPV em pacientes com LIAG?

A

Mandatória em 30+ e em lesões recidivantes, 30- com repetição dos exames em 6 meses.

85
Q

Qual epidemiologia do CA cervical?

A

3° câncer feminino mais prevalente com mortalidade dependente do desenvolvimento regional.

86
Q

Quais os 3 tipos de neoplasias malignas - CA cervical?

A

Carcinoma de células escamosas ou epidermóide;
Adenocarcinoma cervical;
Carcinoma adenoescamoso ou neuroendócrino.

87
Q

Qual o CA cervical mais comum e qual a lesão imediatamente precursora?

A

Carcinoma de células escamosas ou epidermoide - 80% dos casos.

NIC IIII - lesão intraepitelial de alto grau

88
Q

Qual a lesão precursora do adenocarcinoma cervical e qual a sua incidência?

A

Adenocarcinoma in Situ.

Incidência de 15%.

89
Q

Qual a incidência dos carcinomas adenoescamosos e neuroendócrinos?

A

5% - raros

90
Q

Qual tipo ds HPV pode causar todos os tipos de CA cervical?

A

HPVs de alto risco oncogênico

91
Q

Quem descobriu que o HPV era causa principal dos CA cervicais e em que ano?

A

Harald Zur Hausen (Nobrl) em 2008

92
Q

Qual lesão de pele é um exemplo das que podem surgir pelos HPVs de baixo risco oncogênico?

A

Condiloma acuminado na região vulvar, perinela e perianal.

93
Q

Quais são os tipos de HPV de alto risco oncogênico que são os mais relevantes e em qual porcentagem?

A

16 e 18.

Aproximadamente 70%

94
Q

Quais tipos de célula o HPV coloniza e em quais células ele se replica?

A

Coloniza células imaturas e se replica nas células maduras

95
Q

Qual o mecanismo de carcinogênse pelo HPV?

A

Depende das proteínas virais E6 e E7 que inibem as proteínas dos genes supressores de tumor p53 e RB que levam a imortalização celular.

96
Q

Quais os principais tipos de HPV de baixo risco?

A

6 e 11

97
Q

O que as proteínas E6 e E7 podem fazer com o DNA do vírus?

A

Podem promover a integração do DNA do vírus ao do hospedeiro que é um mecanismo carcinogênico.

98
Q

O que a proteína E6 especificamente faz no processo de patogênese?

A

Se liga a p53 e inibe o processo de morte celular (degradação rápida da p53 por proteólise; aumento de receptores de telomerase)

99
Q

O que a proteína E7 faz no processo de patogênese do HPV?

A

Se liga a pRB e aumenta receptores de ciclina E e p16INK4 (aumenta proliferação)

100
Q

Além de integrar o DNA do vírus ao do hospedeiro o que as proteínas E6 e E7 fazem em conjunto na patogênese do HPV?

A

Induzem a duplicação do centrossomo e geram instabilidade genômica

101
Q

Como comprovar a atuação das proteínas E6 e E7 na patogênese do HPV?

A

Observa-se integração do DNA nas amostras de CA e DNA epissomal nas lesões pré-neoplásicas e condilomas.

102
Q

Somente o HPV é responsável pelo desenvolvimento pelo CA cervical?

A

Não. Há a necessidade de uma ineficiência na resposta imunológica do hospedeiro.

103
Q

Quais os fatores de risco pada o desenvolvimento de CA cervical que estão relacionados ao hospedeiro?

A
  1. Sexarca precoce, alta paridade
  2. Múltiplos parceiros sexuais e parceiros com múltiplas parceiras sexuais
  3. Uso de nicotina
  4. Imunossupressão, certos tipos de HLA
  5. Não ter realizado rastreamento na vida
  6. Infecção persistente por HPV de alto risco oncogênico
104
Q

Qual a morfologia macroscópica do CA cervical?

A

Podem ser pequenas lesões e úlceras superficiais com microinvasão estrimal até tumores que circundam todo o orifício e colo uterino externo, proliferando e formando tumores exofíticos e vegetantes.

105
Q

Qual o aspecto macroscópico da maioria das lesões do CA cervical?

A

Áreas brancas (leucoplásicas ou acetobrancas). Lesões eritroplásicas persistentes são mais raras.

106
Q

Qual o aspecto microscópico do carcinoma de células escamosas?

A

Epitélio ectocervical com perda de arquitetura;
Células hipercromátocas;
Polimórficas;
Sem polaridade;
Sem coilocitose;
Mitoses atípicas e bizarras em todas as camadas;
Presença de pérolas córneas.

107
Q

No que diz respeito a membrana basal, qual a diferença microscópica do CIS e do Carcinoma invasivo?

A

CIS: membrana basal preservada
Invasivo: membrana basal infiltrada pelos ninhos

108
Q

Qual tipo de célula origina o Adenocarcinoma de colo de útero?

A

Células do endocérvix uterino

109
Q

O adenocarcinoma de colo de útero é frequentemente associado a qual lesão?

A

Lesões escamosas de baixo ou alto grau, mas pode ser isolado.

Cerca de 60% das vezes.

110
Q

O que se observa microscopicamente no adenocarcinoma de colo de útero?

A

Proliferação de células endocervicais malignas (atípicas), núcleos grandes, hipercromáticos, citoplasma com mucina reduzida.

111
Q

O que é observado microscopicamente no adenocarcinoma cervical?

A

Epitélio glandular da endocérvice polimórfico com padrões acinares estratificado;
Células hiperplásicas com formato arredondado, cuboide a colunar;
Núcleos arredondados;
Hipercromáticos centrais ou excêntricos;
Citoplasma é variável, pálido e denso

112
Q

Quais as bases do tratamento das lesões in situ?

A

Tratadas como a NIC III com biópsias em cone

113
Q

Quais as bases do tratamento das lesões com estadiamento II ou mais?

A

Intervenção cirúrgica agressiva: traquilectomia ou histerectomia com ou sem esvaziamento linfonodal + radioterapia e/ou quimioterapia

114
Q

O que as neoplasias invadindo o estroma produzem?

A

Colo “em barril” perceptível na palpação direta.
Simula um útero fixo ou em retroversão.

115
Q

Qual área é analisada na Colpocitologia oncótica?

A

Células esfoliadas da zona de transformação cervical.

116
Q

Por que a triagem citológica é eficaz na prevenção do câncer cervical?u

A

Porque a maiori dos casos de CA é precedida por uma lesão pré-cancerosa de longa duração (mais de 5 anos)

117
Q

Qual a recomendação para a realização de papanicolau?

A

Mulheres de 25 a 64 anos, 1x/ano

Após 2 exames anuais consecutivos negativos NIC 0 (sem alterações), a frequência de coleta pode ser a cada 3 anos.

118
Q

O que fazer para exames citológicos alterados?

A

Necessitam de colposcopia para confirmar a presença de lesões clínicas.

119
Q

Como é feito o exame da mucosa uterina?

A

Com lente de aumento e aplicação de ácido acético que tem afinidade pelo epitélio enormal tornando esbranquiçado (locais indicados para biópsia) ou solução iodada (LUGOL)