Patologia II Sist. Respiratório Flashcards

1
Q

Etiopatogênese da doença das membranas hialinas (DMH)

A

Deficiência de surfactante

• Substância que diminui a tensão superficial pulmonar
• Recobre os alvéolos mantendo-os abertos nos movimentos respiratórios
• É produzida pelos pneumócitos tipo II à partir de 20 semanas gestacionais e atinge valores fisiológicos com 36-37 semanas gestacionais
A síntese de surfactante é influenciada por algumas substâncias:
• Insulina (↓ a produção de surfactante)
• Corticóide (↑ a produção de surfactante)

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2
Q

Fatores/causas principais da DMH

A
  • Prematuridade
  • Filhos de mães diabéticas (hiperinsulinemia reativa fetal)
  • Partos por cesariana (ausência de estresse fisiológico materno com menor liberação de corticóide)
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3
Q

Explique a patogênese da DMH

A
Patogênese
↓surfactante → alvéolos não se abrem
↓ expansão → ↓ ventilação
↓ fluxo sangue → hipoxemia → vasoconstrição → ↓ perfusão → agressão endotelial → passagem proteínas → membranas hialinas • agrava trocas
• ↑ hipoxemia
• ↓surfactante
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4
Q

Descreva a macro e a microscopia dos pulmões da DMH

A

Morfologia:
Macroscopia
• pulmões compactos pelo colapso e vermelhos
Microscopia
• colapso de extensão variada
• membranas hialinas em alvéolos e bronquíolos

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5
Q

Cite as medidas preventivas da DMH

A
  • prolongar gestação
  • corticoides na mãe
  • evitar cesareanas
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6
Q

Diferencie as doenças obstrutivas das Doenças restritivas

A

Doenças Obstrutivas: Obstrução das vias aéreas
Dificuldade predominantemente expiratória
Doenças Restritivas: Alterações no parênquima que impedem sua expansibilidade
Dificuldade inspiratória

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7
Q

3 exemplos de doenças pulmonares obstrutivas

A
  • Asma brônquica
  • Bronquite crônica
  • Enfisema pulmonar

Bronquite e enfisema têm muitos aspectos comuns
O tabagismo é a principal causa de ambos →Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

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8
Q

Explique o desequilíbrio do sistema protease/antiprotease no pulmão nos indivíduos tabagistas

A
Aumento de proteases
Tabagismo → produtos tóxicos
↑ Mø e PMN alvéolos (quimiotaxia)
↑ elastases PMN
↑ atividade elastases Mø
agentes oxidantes → radicais livres → agressão tecidual
→ inibe α1-AT
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9
Q

Descreva a macroscopia do enfisema

A
↑ volume, inelástico
margens próximas, às vezes com bolhas
↑ tórax (em tonel)
↑ espaços intercostais
abaixamento cúpulas diafragmáticas
superfície de corte: dilatação espaços aéreos
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10
Q

Descreva a microscopia do enfisema

A

destruição septos–> aumento do espaço aéreo
dilatação alveolar
perda componente elástico
↓ rede capilar
redução superfície de trocas
obstrução bronquiolar–> quem sustenta?–> são os alvéolos, a tensão dos alvéolos–> perda ancoragem → deformidades e tortuosidades
↑ muco
bronquiolite
lesões vasculares da hipertensão pulmonar

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11
Q

Quais são os tipos de enfisema pulmonar?

A

Centroacinar–> associado ao tabagismo inveterado. As lesões são mais comuns e em geral mais graves nos lobos superiores, particularmente nos segmentos apicais.

Panacinar–> O enfisema panacinar tende a ocorrer com mais freqüência nas zonas inferiores e nas margens anteriores dos pulmões e em geral é mais grave nas bases. Está associado a uma deficiência de alfa 1-antitripisina.

Parasseptal–>O enfisema é mais notável na região adjacente à pleura. Costuma a ser mais grave na metade superior dos pulmões. Esse tipo de enfisema provavelmente está por trás de muitas causas de pneumotórax espontâneo em adultos jovens

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12
Q

Explique o fisiopatologia do enfisema pulmonar

A

Insuficiência respiratória → dispneia progressiva
• ↓ fluxo aéreo (pp. expiração, por ↓elasticidade pulmonar e deformidades bronquíolos)
• ↑ ar residual
• ↓ superfície trocas
Hipertensão pulmonar → cor pulmonale
• ↓ leito capilar
• hipoxemia → vasoconstrição

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13
Q

Complicações do enfisema pulmonar

A
  • Maior risco de infecções pulmonares (pneumonias)
  • Pneumotórax por ruptura de bolhas subpleurais
  • Enfisema intersticial
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14
Q

Definição de bronquiectasia

A

É a dilatação irreversível dos brônquios em decorrência da destruição dos componentes elásticos e musculares de sua parede.

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15
Q

Explique a etiopatogênese da bronquiectasia

A

Obstrução brônquica → retenção secreções → infecção → enfraquecimento parede → dilatação (p.ex., fibrose cística)
Defeitos congênitos – discinesia ciliar
Tração da parede brônquica
Idiopática

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16
Q

Macroscopia da bronquiectasia

A
Dilatação de brônquios e bronquíolos,
Brônquios periféricos (próximos à pleura)
Irregularidades na parede
Secreção mucupurulenta abundante na luz
Inflamação no parênquima adjacente
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17
Q

Microscopia da bronquiectasia

A

Inflamação na parede brônquica
Dilatação/ulceração/necrose da parede, abscessos adjacentes ao brônquio
Hiperplasia epitelial/Metaplasia escamosa
Fibrose da parede brônquica
Comprometimento do parênquima

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18
Q

Aspectos clínicos da bronquiectasia

A

Febre, Tosse, Expectoração abundante

Dispneia – insuficiência respiratória

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19
Q

Definição da atelectasia

A

Expansão incompleta (neonatal) ou colapso (fechamento) alveolar após aeração completa
Extensão/gravidade são variáveis

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20
Q

Causas da atelectasia

A

Hiperinsunflação pulmonar

Obstrução da via aérea

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21
Q

Tipos de atelectasia

A
  • Reabsorção (obstrução completa): Tampões de muco, corpo estranho, neoplasias (reabsorção do ar)
  • Compressão: Expansão do espaço pleural (ar, sangue, exsudato), ascite, massas tumorais

OBS: Deficiência de surfactante: Doença da membrana hialina

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22
Q

Macroscopia da atelectasia

A

A pleura fica murchada junto com o parênquima

Aspecto enrrugado

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23
Q

Microscopia da atelectasia

A

alvéolos fechados e vasos congestos

Não tem inflamação

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24
Q

Quais são os tipos de embolia?

A

Tromboembolia (TEP)
Embolia gasosa
Embolia gordurosa

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25
Q

Quais são os fatores que aumentam o risco de TromboEmbolismo Pulmonar

A

• flebites,
• ↓fluxo sanguíneo – ICC,
• estados de hipercoagulabilidade sanguínea – câncer, uso de anticoncepcionais hormonais,
• imobilização dos mmii – pós operatório, trauma
Outras condições:
Trombos intracardíacos
Uso de catéteres

26
Q

Embolia Gasosa
Definição:
Nomes:
Fisiopatologia:

A

Presença de bolhas de ar (gás) na corrente sanguínea
• Traumatismo com ruptura de veias
• Síndrome da descompressão (mergulhadores)
As bolhas de ar obstruem o fluxo sanguíneo e podem causar também lesão endotelial favorecendo a formação de microtrombos na circulação

27
Q

Embolia gordurosa
Definição:
Fatores:
Fisiopatologia

A

Presença de fragmentos minúsculos de tecido adiposo na corrente sanguínea
• Condições acidentais: traumatismo em locais ricos em tecido adiposo ou fraturas ósseas
As células adiposas obstruem o fluxo sanguíneo e podem causar também lesão endotelial favorecendo a formação de microtrombos na circulação

28
Q

Consequências de embolia pulmonar

A

Dependem de três elementos:
1. Volume do êmbolo
2. Número de êmbolos
3. Estado prévio do indivíduo em relação às funções cardíaca e pulmonar
• Comprometimento da função respiratória no segmento não perfundido (hipoxemia)
• Comprometimento hemodinâmico com sobrecarga no lado direito do coração (hipertensão pulmonar)
• Isquemia no território pulmonar com suas lesões correspondentes

29
Q

Quadro clínico da Embolia Pulmonar

A

Poucos êmbolos, êmbolos pequenos: pode não haver repercussão clínica
• Êmbolo volumoso ocluindo artéria pulmonar ou nos ramos principais: óbito por cor pulmonale agudo ou por hipoxemia grave
• Quadro intermediário: dispneia súbita, podendo ser passageira; infarto pulmonar
• Embolia recorrente: hipertensão pulmonar

30
Q

Definição de infarto pulmonar

A

• Ocorre quando há comprometimento da circulação pulmonar (o fluxo da artéria brônquica não é suficiente para manter a perfusão)

31
Q

Morfologia do infarto pulmonar

A
  • Pode ser único ou múltiplo
  • Sempre hemorrágicos: área escura, ↑consistência, contendo sangue
  • Forma triangular, com a base voltada para a pleura e o ápice voltado para o hilo pulmonar
  • Exsudato fibrinoso pleural (pleurite fibrinosa)
  • Necrose isquêmica (infarto de coagulação) do parênquima + sangue
  • Infarto séptico – exsudato neutrofílico
  • Evolui para fibrose com cicatrização local
  • Abscesso
32
Q

Clínica do infarto pulmonar

A
  • Semelhante à embolia: dispneia aguda
  • Pequenos infartos – tosse e dor torácica transitória
  • Pleurite fibrinosa – atrito pleural com dor ventilatório-dependente
  • Expectoração com material sanguinolento (escarros hemoptóicos)
  • Rx tórax – área de condensação
33
Q

Prevenção do infarto pulmonar

A
  • pacientes hospitalizados e acamados, imobilizados, em pós-operatório:
  • fazer movimentação dos membros inferiores
  • deambulação precoce
  • anticoagulação preventiva
  • massagens
34
Q

Causa da hipertensão pulmonar secundária

A

– Transtornos que obstruem a circulação pulmonar
– Hipoxemia ou hipercapnia - vasoconstrição com hipertensão pulmonar
• Doenças pulmonares obstrutivas crônicas (redução do número de capilares)
• Doença cardíaca congênita (hiperfluxo pulmonar)
• Tromboembolismo recorrente (obstrução de vasos)
• Pneumopatias fibrosantes (alterações vasculares, inclui esquistossomose pulmonar)
• Passiva (IC esquerda com ↑ pressão venosa)

35
Q

Morfologia da hipertensão pulmonar secundária

A
Em arteríolas e pequenas artérias:
• Hipertrofia da camada média e fibrose
• ↑espessura da íntima
• Fase mais avançada: necrose fibrinóide da parede do vaso
• Lesões mais graves e avançadas: lesões plexiformes
Em grandes ramos da artéria pulmonar:
• Aterosclerose
Não é comum na artéria pulmonar
Associada a hipertensão pulmonar
36
Q

Consequências da hipertensão pulmonar

A

Dependem do grau da hipertensão pulmonar:
• Prejuízo da perfusão pulmonar e da função respiratória (hematose)
• Gera sobrecarga no coração direito levando ao cor pulmonale crônico e à IC direita

37
Q

cite os 2 tipos de edema pulmonar de acordo com a sua gênese

A
  1. ↑ Pressão hidrostática

2. ↑ Permeabilidade vascular

38
Q

EDEMA PULMONAR - ↑ Pressão hidrostática

Causas:

A

Congestão pulmonar com ↓ da drenagem venosa/linfática
ICC esquerda (causa mais importante) -edema cardiogênico
– Hemodinâmico - aumento da PA
– Hipervolemia
– Obstrução das veias pulmonares

39
Q

EDEMA PULMONAR - ↑ Pressão hidrostática

Macro e microscopia

A

Macroscopia:
– Pulmão mais pesado, mais vermelho e mais denso, com menor aeração
– Superfície de corte mais vermelha e brilhante deixando fluir líquido
– Líquido espumoso na luz de brônquios e traquéia
Microscopia:
–Congestão dos capilares com edema intersticial, líquido nos septos alveolares (compromete troca gasosa)
–Líquido acidófilo nos espaços intra-alveolares, edema alveolar (impede fluxo

40
Q

EDEMA PULMONAR - ↑ Pressão hidrostática

Clínica:

Evolução:

A

Clínica:
Depende da insuficiência cardíaca do paciente com seus sintomas
Depende da gravidade do edema levando a dificuldade respiratória de graus variados

Evolução:
Depende da intensidade do processo e da localização do edema
•Casos menos graves: recuperação do paciente com reabsorção do edema e reconstituição do parênquima – crises repetidas
•Casos mais graves: pode ser fatal

41
Q

EDEMA PULMONAR - ↑ Permeabilidade vascular

Causas:

A

Aumento da permeabilidade por lesão da membrana alvéolo-capilar por:
–Infecções (pulmonar ou sistêmica)
–Inalação de gases tóxicos (agressão direta)
–Aspiração de suco gástrico (agressão química)
–Ventilação mecânica (picos de O2 inalado)
–Traumatismos graves (moléculas sinalizadoras de agressão)

42
Q

EDEMA PULMONAR - ↑ Permeabilidade vascular

Patogênese:

A

Dano/Agressão direta aos pulmões ou em outra parte do organismo refletindo nos pulmões
Agressão a pneumócitos e células endoteliais - liberação de citocinas - afluxo de leucócitos nos vasos pulmonares - liberação de produtos que contribuem para ↑ agressão na membrana alvéolo-capilar - ↑ permeabilidade vascular + destruição de pneumócitos e endotélio (exsudação de proteínas e restos celulares) = membranas hialinas

Agressão às células endoteliais com ↓ conversão da angiotensina I em angiotensina II - ↓ pressão arterial sistêmica = choque
Ativação maciça de macrófagos alveolares - liberação de citocinas em grande quantidade no organismo - síndrome da resposta inflamatória sistêmica = síndrome da falência de múltiplos órgãos (causa importante de morte)

43
Q

Edema pulmonar–> Dano Alveolar Difuso (DAD)

Clínica:
Morfologia aguda e crônica

A

Dano Alveolar Difuso (DAD)
Clinicamente: Síndrome da Angústia Respiratória do Adulto (SARA)
EDEMA PULMONAR - DAD - morfologia
Estágio edematoso agudo
•Congestão - edema - inflamação - fibrina
•Membranas hialinas
•Hiperplasia de pneumócitos tipo II
Estágio crônico (se sobreviver)
•Resolução do exsudato e das membranas hialinas com fibrose intra-alveolar e septal

44
Q

DAD

Clínica e Evolução

A
DAD – Clínica/evolução - SARA
–Dispnéia e taquipnéia acentuadas
–Hipoxemia e cianose
–Insuficiência respiratória
–Hipoxemia refratária (acidose por ↑ CO2)
–Desequilíbrio ventilação / perfusão
–Mortalidade = 60%
–se recuperarem: lesões de conjuntivização parenquimatosa
45
Q

Pneumonia

Patogênese:

A
Deficiências na defesa do hospedeiro
– Perda ou supressão do reflexo da tosse
– Dano ao sistema mucociliar
– Diminuição da atividade de macrófagos
– Congestão pulmonar e edema
– Acúmulo de secreções respiratórias
– Imunodeficiência
46
Q

Pneumonia

Classificação:
tipos:
etiologia:
lesão morfologica:

A
Dois tipos:
• Infecção hospitalar ou nosocomial
• Infecção adquirida na comunidade
De acordo com a etiologia:
• Infecciosa: viral, bacteriana, fúngica
 específica
 inespecífica
De acordo com as lesões morfológicas:
• Pneumonia lobar - consolidação difusa de grande parte ou de todo um lobo
• Broncopneumonia - consolidação focal
• Pneumonia intersticial
• Abscessos pulmonares
47
Q

Pneumonia Lobar

Definição

Morfologia Macro e microscopica

A

Comprometimento homogêneo de um ou mais lobos pulmonares, uni ou bilateral

Macroscopia:
Aumento de volume e peso do pulmão com endurecimento (condensação) do lobo = hepatização pulmonar (vermelha – cinzenta – amarelada)
Pleurite fibrinosa (deposição de fibrina na pleura em correspondência)
Microscopia:
• Início: congestão vascular, edema intra-alveolar e poucos neutrófilos
• Exsudação de hemácias, neutrófilos (infiltrado purulento) e fibrina para alvéolos (hepatização vermelha)
• Desintegração de hemácias e persistência de exsudato fibrino-purulento (hepatização cinzenta)
• Septos alveolares íntegros

48
Q

Broncopeneumonia

Definição

Macro e microscopia

A

Comprometimento focal ou multifocal dos pulmões
Casos mais graves: confluência dos focos e comprometimento mais extenso = pneumonia pseudolobar
Macroscopia:
• Aumento de volume e peso do pulmão com áreas/focos de condensação pulmonar
• Congestão e edema pulmonar
• Pleurite fibrinosa é menos comum
Microscopia:
• exsudato inflamatório (neutrofílico, purulento) focalmente no parênquima pulmonar
• congestão
• edema
• destruição dos septos alveolares no parênquima pulmonar correspondente

49
Q

Pneumonias Bacterianas

Etiologia e Clínica

A

Etiologia
Bactérias: Pneumococos; Legionela; Hemofilos; Klebsiela; Estafilococos; Pseudomonas
Clínica:
• Febre alta, fraqueza, inapetência, calafrios, tosse produtiva com escarro purulento
• Pleurite fibrinosa: dor ventilatório-dependente
• Raio X de tórax: (imagem de hipotransparência,

50
Q

Pneumonias Bacterianas

Evolução (3) e Complicação(4)

A

Evolução:
• Depende da virulência do agente etiológico, do hospedeiro e da extensão da pneumonia
• Tratamento eficaz: cura com eliminação do microorganismo, reabsorção do material e reaeração pulmonar, ou resolução incompleta com proliferação de tecido conjuntivo formando cicatrizes conjuntivas
• Evolução fatal – causa importante de morte em pacientes com doenças crônicas debilitantes
Complicações:
• Formação de abscessos pulmonares
• Extensão para a pleura (pleurite purulenta)
• Pleurite levando a derrame pleural
• Aderências entre os folhetos pleurais por tecido conjuntivo até o encarceiramento pulmonar - ↓ da expansibilidade pulmonar
• Disseminação do agente etiológico (sepse) e infecção em outros locais (endocardite infecciosa)

51
Q

Pneumonia Intersticial

Definição
Causa
Clinica
Raio X

A

Alterações inflamatórias pulmonares envolvendo o interstício (septos alveolares)
• Manifestações clínicas mais brandas
• Não há consolidação pulmonar
• Pode não dar alterações no RX
• Padrão arrastado podendo cursar com insuficiência respiratória
• Localizada ou difusa, uni ou bilateral
• Infiltrado inflamatório mononuclear
• Congestão e edema
• Agressão celular com lesão da membrana alvéolo-capilar, ↑da permeabilidade vascular e formação de membranas hialinas
• Etiologia viral (adenovírus, virus herpes, CMV, vírus do sarampo)

52
Q

Pneumonia Micótica

5

A

PNEUMONIA MICÓTICA
• Quadros infecciosos graves, frequentes
• Indivíduos debilitados, imunodeficientes
• Infecções oportunistas
P. Carinii (pneumocistose) – pessoas gravemente debilitadas (HIV+ com AIDS)
Paracoccidioides brasiliensis (Paracoccidioidomicose,

53
Q

Abscesso pulmonar

Definição
Macroscopia
Causas

A

Processo supurativo intraparenquimatoso (acúmulo localizado de material purulento em lesão cavitária)
Macroscopia:
• Tamanho e forma variáveis
• Único ou múltiplos
• Lesão semi-sólida
• Pode drenar para brônquio
Causas:
• Aspiração de material infeccioso (corpo estranho contaminado ou substâncias alimentares)
• Evolução de pneumonias bacterianas
• Embolia séptica (tromboflebite, endocardite infecciosa)
• Colonização em lesões prévias: infarto asséptico, neoplasia
• Traumatismo aberto no tórax com perfuração pulmonar

54
Q

Pneumonia por aspiração

Definição
Causa(5)
Quais são os 2 tipos

A

Conjunto de lesões pulmonares decorrentes da penetração de bolo alimentar ou suco gástrico na árvore respiratória
Causas:
• vômitos e transtornos no reflexo do vômito (lesão cerebral, sedação, anestesia, coma)
• lesão das vias aéreas (retenção de alimento no esôfago, problemas na glote,etc)
• Lesão no esôfago interferindo no trânsito alimentar normal: distúrbio muscular esofageano
• Doença do refluxo gastro-esofágico
• Lesões congênitas ou adquiridas (fístulas esôfago-traqueais ou esôfago-brônquicas)
Dois tipos:
• Pode assumir caráter infeccioso (material contaminado) → pneumonias → abscesso pulmonar
• Agressão química grave (aspiração de suco gástrico) - causa de edema por ↑da permeabilidade vascular: SARA, DAD

55
Q

Tuberculose Infecção primária

A

• Primeira infecção com o BK (primoinfecção)
• Mais comum em crianças
• Transmissão por via aérea
• Primeira porta de entrada: pulmões (alojam-se na região periférica do lobo médio)
Primeiras semanas: Resposta inflamatória inespecífica (neutrófilos)
Inalação do bacilo, que chega aos alvéolos
• Alveolite aguda – exsudato de neutrófilos, fibrina
• Proliferação de bacilos
Posteriormente: resposta imunitária celular
Estimulação do sistema imunitário ativando macrófagos
Apresentação de antígenos a linfócitos
BK →LT→Th1 (hipersensibilidade retardada - PPD)
Comandam a resposta inflamatória granulomatosa
→ IFN-γ→ ativação de macrófagos (lise dos BK e TNF)→ fagocitam bacilos viáveis→ células epitelióides→ células gigantes multinucleadas→ granulomas da TBC – necrose caseosa com extensão e gravidade variadas

56
Q

Complexo primário da TBC

A
  • Conjunto de granulomas – Nódulo de Gohn

* Disseminação por linfáticos e linfonodos hilares – complexo primário da TBC (ou de Gohn)

57
Q

Infecção primária da TBC

Evolução

A

CURA bacteriológica - Cicatrização, hialinização, fibrose e calcificação do nódulo de Gohn
CURA INCOMPLETA – infecção latente (bacilos viáveis)
PERSISTÊNCIA DA INFECÇÃO – TBC PROGRESSIVA DA INFÂNCIA
- TUBERCULOSE CASEOSA (ácino-nodosa)
Disseminação aérea de bacilos para alvéolos adjacentes do próprio pulmão ou para o pulmão lateral
Tende a comprometer os ácinos pulmonares adjacentes – imagem em trevo
-TUBERCULOSE MILIAR
Disseminação sanguínea de grande número de bacilos com formação de múltiplos focos disseminados nos pulmões bilateralmente e em outros órgãos

58
Q

TBC secundária / do adulto / reinfecção

A

• Reinfecção
• Endógena: queda da imunidade – reativação da infecção
• Exógena: segunda exposição ao bacilo
• Lesões fibro-caseosas extensas, principalmente em ápices pulmonares
• Podem se curar ou evoluir para a doença TBC
• Aparecem de várias maneiras, com disseminação sanguinea (tuberculose miliar), disseminação aérea ou broncogênica (comprometimento de ácinos pulmonares)
• Tendência a apresentar necrose caseosa mais extensa – material necrótico drenado para o meio exterior pelas vias aéreas – formação de cavidades – cavernas pulmonares
 Locais de destruição parenquimatosa com perda de função pulmonar
 Contêm material bacilífero – disseminação
 Destruição de vasos sanguíneos – hemorragias
 Fase avançada – fibrose – deformidades no parênquima, bronquiectasia

59
Q

Complicações da TBC

A
  • Pulmonares: pleurite tuberculosa (derrame pleural, aderência de folhetos, restrição respiratória)
  • Extra-pulmonares: disseminação da doença
  • Laringite tuberculosa
  • TBC intestinal (deglutição)
  • meningite/meningoencefalite tuberculosa
  • Rins, supra-renais, ósteo-articulares, órgãos genitais, linfonodos de cadeias disseminadas
60
Q

Manifestações línicas da TBC

A
  • Variadas, de acordo com os órgãos comprometidos
  • Doença arrastada (pensar em TBC)
  • Imagens radiológicas variadas
  • Formas clássicas em adultos e idosos: quadro infeccioso arrastado (febre vespertina diária, tosse com expectoração, falta de ar, escarros hemoptóicos ou hemoptise franca, emagrecimento – infecção crônica prolongada