Parte III - História da Expansão - O Índico Flashcards
Viagens Terrestres em preparação para a Índia (1487)
1487 → D. João II, ao preparar-se para a Índia, organizou viagens terrestres.
◆ Afonso de Paiva → Lugares Santos (Abissínia = Etiópia) → Aliança com Preste João.
◆ Pero de Covilhã → Índia pelo Norte, seguindo as rotas caravaneiras.
Articulação com o Índico/Oriente - Viagem de Vasco da Gama (1497-1503)
Vasco da Gama partiu do Tejo (1497) e percorreu rotas bem conhecidas do Atlântico. Chega a Melinde e segue para Calecute → Ligação geográfica do Atlântico com o Índico. Retorna em 1498 trazendo produtos do Oriente.
Missão principal: Relações pacíficas com estas populações.
2ª missão de Vasco da Gama (1503) → 1º carregamento significativo de especiarias orientais em Lisboa → Soldadura económica com o Oriente.
Atlântico = Estrada para o Oriente → + valor estratégico, - importância económica.
Tratado de Tordesilhas (1494) → Dividiu o mundo (terras de conquista) entre Portugal e Castela. Arredavam-se as pretensões espanholas ao Índico.
Exploração da Rota do Cabo = Fenómeno económico no séc. XVI.
O Oriente - As Rotas Terrestes e Marítimas:
- 1º Carregamento de Especiarias
- Factores que contribuíram para o rápido domínio do Índico
- Interesse das populações orientais
1º carregamento de especiarias (1503) → Objectivo de D. Manuel passa a ser a Índia e o Domínio do Índico.
Factores que contribuíram para o rápido domínio do Índico: mares do Oriente eram conhecidos e ativamente percorridos; tratos de comércio que articulavam as populações orientais com o comércio mediterrâneo.
Interesse das populações orientais/intermediários → Guerra necessária.
Integração rápida graças à eficiente organização administrativa, e considerável poder militar. Integração do Oriente concretizou-se ao longo de 2/3 fases.
1ª Etapa da Integração do Oriente (1500 - 1505/09)
1ª etapa: 1500 a 1505/09
Francisco de Almeida (1º Vice-Rei) corporizou a 1ª etapa da política Imperial do Oriente → Domínio de bases estratégicas que conduziram à captação de nós de comércio. À Feitoria da África Ocidental, sucedeu a Feitora do Índico.
1505 → Alteração nas relações de Portugal com África Oriental/Índico.
Objetivo: controlar tráfico do Ouro através do controlo político sobre Sofala e Quiloa.
1509 → Batalha de Diu — D. Francisco de Almeida esmagou os concorrentes. Consolidou ação militar; Iniciou domínio marítimo comercial português do Oriente.
Ao terminar o seu vice-reinado em 1509, estavam incorporados feitorias comerciais em pontos estratégicos → Uma rede que ia de Sofala a Melinde.
Controlo de Socotorá (à entrada do Mar Vermelho), por onde passava a Rota do Egipto.
Malabar → Rede de feitorias de alta importância (económica, geográfica e estratégica).
Mediterrâneo oriental → Crise devido às alterações nos eixos tradicionais do comércio: Produtos deixaram de aí afluir → Comércio europeu, organizou-se em torno do Atlântico, e deixou de depender do mediterrâneo.
Eixo Lisboa-Antuérpia substitui Veneza-Alexandria. Antuérpia marca a emancipação do comércio europeu atlântico, face ao mediterrâneo.
2ª Etapa da Integração do Oriente (1509-1515) - Afonso de Albuquerque
Perda do Oriente = Perda de controlo marítimo das rotas de comércio.
1509 → Afonso de Albuquerque (2º Vice-Rei) → Ao domínio das rotas e política de transporte, sucedia o domínio territorial e a colonização.
Tomada de Goa (1510) → Sede administrativa/institucional → Vigilância sobre o Golfo Pérsico e o Mar Vermelho.
Conquista de Malaca (1511) → Grande metrópole e ponto nevrálgico do complexo comercial → Metia-se mão sobre toda a navegação do Extremo Oriente.
Tomada de Ormuz (1515) → Controlo das entradas do Golfo Pérsico.
A Ormuz chegavam as riquezas do Extremo Oriente. Esta praça e feitoria tornou-se o principal poderio comercial português no Oriente, até à sua perda (1622).
No fim do vice-reinado de Afonso de Albuquerque, as chaves do Oriente estavam nas mãos dos portugueses, excepto a entrada do Mar Vermelho.