Parte II - História Medieval - D. João I e a Refundação do Reino (1383 - 1438) Flashcards
D. João I e a Refundação do Reino (1383 - 1438)
D. João de Avis - Regedor / Defensor do Reino
Tratado de Salvaterra de Magos
Tratado de Salvaterra de Magos (1383) ➛ D. Fernando propôs a Juan I de Castela que casasse com sua filha herdeira, Beatriz.
D. João de Avis - Regedor / Defensor do Reino
1383 ➛ Morre D. Fernando ➛ Sucessão do trono determinada por este tratado (Regência caberia a D. Leonor até que D. Beatriz tivesse filho varão de 14 anos).
Oposição à aclamação de Juan I e D. Beatriz como reis de Portugal. Entre a nobreza foi crescendo a oposição a Leonor Teles e João Andeiro (amante de Leonor).
D. João, bastardo de D. Pedro I (Mestre da Ordem de Avis desde 1364), matou João Andeiro (1383) ➛ Nomeado Regedor/Defensor do reino.
A revolta popular alastrou-se e em 1384, Leonor Teles renunciou à regência.
Ascensão de D. João de Avis a Rei
Alinharam com D. João de Avis: Os principais centros urbanos; O clero que se identificava com o papa de Roma; As ordens militares (excepto a do Hospital); Os filhos 2os, bastardos e linhagens secundárias da Nobreza.
D. João combateu a invasão castelhana, e Nuno Álvares Pereira comandou a defesa do Alentejo ➛ Reforçou a posição/prestígio de D. João.
Estrutura administrativa central com novo chanceler, João das Regras.
D. João tomou medidas de emergência: Empréstimos, desvalorização/cunhagem da moeda, embaixadas enviadas a Inglaterra.
Cortes de 1385 ➛ a assembleia recusou a ocupação do trono por D. Beatriz. D. João de Avis foi aclamado rei (graças à argumentação de João das Regras e Nuno Álvares Pereira).
D. João I - Bastardo, Mestre, Rei:
Batalha de Aljubarrota
Batalha de Aljubarrota (Agosto de 1385) ➛ Triunfo de D. João I (com o apoio de Inglaterra) sobre Castela — Escolha/preparação do local e o comando militar de Nuno Álvares Pereira, reverteram a desvantagem numérica.
Reinado de D. João I
Tratado de Windsor (1386) ➛ Inglaterra reconheceu a nova dinastia; D. João apoiou as pretensões do duque de Lencastre ao trono castelhano.
1391 ➛ Papa de Roma reconhece a condição régia de D. João (dispensou-o dos votos de cavaleiro-monge, e legitimou seu nascimento) ➛ Consolidação da Dinastia de Avis.
Nuno Álvares Pereira ➛ Nomeado Condestável do reino graças à sua proeza militar. A relação com D. João I azedou após a trégua com Castela (1393) ➛ Casamento da filha de Nuno Álvares Pereira, e Afonso, filho de D. João I, para evitar confrontos.
Objetivo da ação governativa: Afirmação da dinastia; Reforço da Coroa.
D. João I depauperou o património da Coroa (doações à nobreza) ➛ leis para a Coroa reaver as terras doadas cujos agraciados morressem sem herdeiros.
Crise ou Revolução (Séc XIV)
Portugal afetado pela crise sócio-económica que varreu o Ocidente. Acresciam 3 guerras contra Castela, a morte de D. Fernando e o Tratado de Salvaterra.
À crise geral (dificuldades na agricultura, abandono dos campos, carestia de preços/salários, desvalorização da moeda) juntavam-se problemas demográficos (surtos de Peste Negra, fluxo de populações rurais às cidades, conflitos armados), o que configurava os contornos nacionais da crise.
Agitação em centros populacionais, mudança dinástica, alterações ocorridas na nobreza, primazia do mundo urbano → Revolução.
Refundação do reino com D. João I
Refundação do reino de Portugal sob D. João I:
Consolidação do poder real: Fortaleceu poder real (milícias sob alçada da monarquia).
Reforma administrativa: Modernizou o governo e administração do reino.
Expansão marítima: Iniciou a era das descobertas → expansão do império.
A Coroa concebeu uma continuidade dinástica através dos casamentos dos infantes .
Refundado o Rei, Estabilizar a Dinastia:
Reinado de D. Duarte
1433 → D. Duarte sobe ao trono → manutenção da política do seu pai.
Ordenações de D. Duarte → recolha, compilação e sistematização das leis do reino.