Pâncreas e vias biliares Flashcards

1
Q

Em que localização fica a ampola de Vater?

A

Parede medial da 2ª porção do duodeno

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2
Q

Qual a artéria que irriga a ampola de Vater? Ramo de quem?

A

A. retroduodenal

Tronco celíaco > hepática comum > gastroduodenal > pancreática superior > retroduodenal

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3
Q

Qual a composição da ampola de Vater?

A

Ducto pancreático principal + colédoco

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4
Q

Qual o tipo de contraste utilizado na colangioRM?

A

Nenhum. A própria bile serve de contraste.

A bile fica branca na ponderação T2

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5
Q

Descreva os ramos biliares extra hepáticos

A

Hepáticos D + E > hepático comum + cístico > colédoco

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6
Q

Qual o calibre normal do hepatocóledoco?

A

6-8mm

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7
Q

Qual a composição do trígono de Callot? O que está no seu interior geralmente?

A

Ducto cístico + Hepático comum + borda inferior do fígado

A. cística

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8
Q

Quais são as características do pâncreas divisum?

A

alteração anatômica congênita (não ocorre fusão dos pâncreas ventral e dorsal)

1-10% da população tem

Formação inadequada dos ductos pancreáticos

Pâncreas dorsal

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8
Q

Quais são as características do pâncreas divisum?

A

alteração anatômica congênita (não ocorre fusão dos pâncreas ventral e dorsal)

1-10% da população tem

Formação inadequada dos ductos pancreáticos

Pâncreas dorsal drenará na papila menor e o ventral na papila maior

95% dos casos assintomáticos
5% com dor inespecífica, pancreatite aguda e cronica de repetição

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9
Q

Quais são os exames que podem ser utilizados para diagnosticar o pâncreas divisum?

A

Pancreatografia (padrão ouro mas tem risco de pancreatite)

RNM com SECRETINA

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10
Q

Qual o tratamento para pâncreas divisum?

A

Papilotomia da papila menor, que é por onde ocorre a maior parte da drenagem da secreção pancreática

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11
Q

Qual a definição de pâncreas anular?

A

formação de tecido pancreático que contorna o duodeno

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12
Q

Quais são as características do pâncreas anular?

A

malformação congênita rara, associada a outras malformações

70% dos casos assintomáticos

Nos sintomáticos, pode apresentar pancreatite, dor, icterícia e obstrução do TGI

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13
Q

Qual o tratamento do pâncreas anular?

A

Bypass se obstrução do TGI: duodenoduodenostomia

Se obtrução biliar: biliodigestiva

*Jamais ressecar o anel

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14
Q

Quais são as principais indicações de CPRE?

A

Colangite (24-48h)

Sd de Opie (obstrução litiásica aguda da papila)

Coledocolitíase

Fístula biliar

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15
Q

Quais são as principais complicações pós CPRE?

A

Pancreatite (+ comum; 5-10%)

Sangramento

Perfuração

Colangite

Complicações relacionadas à sedação

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16
Q

Qual a definição de pancreatite pós CPRE?

A

Clínica típica + elevação de amilase e lipase > 3x VR + após mais de 24h da CPRE, com necessidade de internação

** Apenas elevação de amilase e lipase NÃO configura (75% dos casos tem)

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17
Q

Quais são os fatores de risco para pancreatite pós CPRE?

A

Mulher jovem, anictérica, vias biliares finas e/ou suspeita de disfunção do esfíncter de Oddi

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18
Q

Qual a fisiopatologia envolvida na pancreatite pós CPRE?

A

Principais teorias aceitas:

Edema da canulação
Disfunção do esfincter
Injeção de contraste no ducto pancreático principal
Corrente elétrica
Injúria térmica ou mecânica

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19
Q

Que medidas profiláticas podem ser realizadas para evitar pancreatite pós CPRE?

A

Stent pancreático

Hiper hidratação com ringer lactato

AINEs via retal (diclofenaco e indometacina)

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20
Q

O que é a classificação de Cotton?

A

Classifica a gravidade da pancreatite pós CPRE

Leve: 2-3 dias de internação

Moderada: 4-10 dias de internação

Grave: Internação por >10 dias ou complicação grave e necessidade de intervenção

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21
Q

O que é a classificação de Stapfer?

A

Classificação da perfuração pós CPRE

1) perfuração duodenal com duodenoscópio
» TTO: cirurgia

2) Parede medial do duodeno
» TTO: clipagem da perfuração e passagem de prótese recoberta

3) Vias biliares (manipulação do fioguia)
»TTO: prótese plástica ou metálica

4) PneumoRETROperitonio (MAIS COMUM)
» TTO: observação

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22
Q

Qual o tratamento do sangramento pós CPRE?

A

Suporte transfusional e clínico

Tamponamento com balão

Injeção com adrenalina

Clipe

Prótese metálica

Casos refratários: arteriografia ou cirurgia

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23
Q

Qual a incidência de colangite pós CPRE?
Quais os fatores de risco associados?

A

0,5-1%

Tx hepático
Falha na drenagem
Colangite esclerosante primária
Realização de colangioscopia (contraste)

24
Q

Quais são as opções para realizar CPRE em paciente com Bypass gástrico + Y de Roux?

A

Por meio de gastrostomia

Por meio de enteroscopia

Guiado por USG + realização de prótese metálica de aposição luminal

25
Q

Quais são os exames que podem ser utilizados para diagnóstico de coledocolitíase?

A

USG (primeiro exame)
ColangioRM
USG endoscópico

26
Q

Qual o exame com maior acurácia para diagnóstico de coledocolitíase?

A

USG endoscópico

27
Q

Quais achados, em conjunto, falam a favor de alta probabilidade de coledocolitíase? Qual a conduta diante dele?

A

Cálculo em achado de exame de imagem no colédoco

BT > 4 + dilatação de VVBB

Colangite

Realizar CPRE

28
Q

Quais são as principais causas de falha de tratamento endoscópico para remoção dos cálculos num contexto de coledocolitíase?

A

Cálculo gigante (> 15mm)
Desproporção do tamanho do cálculo x colédoco
Litíase intrahepática
Mirizzi
cálculo acima de estenose

29
Q

Como é feita a extração do cálculo na CPRE?

A

Balão extrator ou basket

30
Q

O que pode ser feito se há insucesso para retirar o cálculo por via endoscópica num contexto de coledocolitíase?

A

Diltação balonada da papila duodenal

Se ainda com dilatação não conseguir, passa prótese e repete o exame em 2 meses

31
Q

Qual a definição da Síndrome de Mirizzi?

A

Compressão extrínseca do ducto hepático comum ou colédoco

32
Q

Qual a apresentação clínica típica da Sd de Mirizzi? Em que perfil de pacientes é mais comum?

A

Colecistolitíase, icterícia, dor em HCD

Mulheres entre 50-70 anos

33
Q

Quais são os exames utilizados para diagnóstico de Sd de Mirizzi?

A

USG abd sup (baixa acurácia / primeiro exame)
TC abd
ColangioRM (acurácia 50%)
CPRE (padrão ouro para diagnóstico e TTO)

34
Q

Que classificação é utilizada para graduar a gravidade da Síndrome de Mirizzi?

A

Classificação de Csendes:

1) Compressão do ducto hepático comum ou do colédoco

2) Fístula colecistobiliar com diâmetro < 1/3 da circunferência do hepatocomum ou colédoco

3) Fístula colecistobiliar com diâmetro de ao menos 2/3 da circunferência do hepatocomum ou colédoco

4) Fístula que acomete toda a circunferência do hepático comum ou colédoco

5) Fístula colecistoentérica

35
Q

Qual o tto da síndrome de Mirizzi?

A

CPRE para realização de prótese como forma de ponte para realização de tratamento definitivo, que é a cirurgia. Pode ser necessária a biliodigestiva, principalmente nas classificações 4 e 5

36
Q

Qual a fisiopatologia da dilatação cística de vias biliares?

A

Junção biliopancreática anômala

37
Q

A dilatação cística de vias biliares é fator de risco para que tipo de neoplasia?

A

Colangiocarcinoma e câncer de vesícula biliar

38
Q

Qual a tríade clássica da dilatação cística de VB?

A

Dor abdominal, icterícia e massa palpável

39
Q

Que complicações clínicas podem estar associadas às dilatações císticas de VB?

A

Colangite e pancreatite

40
Q

Que classificação é utilizada para graduar as dilatações císticas de VB?

A

Classificação de TODANI

41
Q

Descreva a classificação de Todani

A

I - mais comum (50-85%); diltação fusiforme da VB extrahepática
Ia - dilatação sacular de todo o colédoco e do hepático comum
Ib - dilatação sacular, focal e segmentada do colédoco distal (junção biliopancreática normal)
Ic - Dilatação fusiforme de todo o hepático comum e colédoco

II - 2%; divertículo que sai do colédoco

III - 5%; coledococele

IV - até 35%; múltiplos cistos; subdividida em:
A - intra e extrahepáticos
B - apenas extra hepáticos

V - até 20% / Doença de Caroli; múltiplos cistos extrahepáticos

42
Q

Qual o tratamento das dilatações císticas das vias biliares de acordo com sua graduação na classificação de Todani?

A

I - Ressecção biliar + biliodigestiva

II - ressecção do divertículo

III - ressecar ou destelhamento endoscópico

IV
A - pode ser expectante, hepatectomia ou transplante
B - ressecção biliar + biliodigestiva

V - pode ser expectante, hepatectomia ou transplante

43
Q

Qual a diferença da Doença de Caroli para a Síndrome de Caroli?

A

Doença - apenas dilatações císticas intrahepáticas

Síndrome - dilatações císticas intrahepáticas associadas a fibrose

44
Q

Quais são as características da Doença de Caroli?

A

Complica com litíase intra hepática e colangite

Associada com doença cística renal

Risco de colangiocarcinoma aumentado em 100x

45
Q

A lesão iatrogênica de vias biliares é mais comum por via laparoscópica ou aberta?

A

Laparoscópica (1%), enquanto na via aberta é 0,2%

46
Q

Qual o quadro clínico diante de uma lesão de via biliar?

A

Bilioma (coleção bloqueada)

Coleperitonio

Drenagem pela ferida operatória

Icterícia obstrutiva (tardio)

47
Q

Quais os recursos diagnósticos utilizados na suspeita de lesão de vias biliares? Qual o padrão ouro?

A

USG, TC, RNM

Padrão ouro pra diagnóstico e tto: CPRE

48
Q

Quando a fístula de via biliar é classificada em baixo ou alto débito pelo exame endoscópico?

A

Baixo: extravasamento de contraste ocorre após opacificação completa da árvore biliar intra hepática

Alto: Extravasamento ocorre precocemente, logo após injeção inicial de contraste, quando a opacificação da árvore biliar intra-hepática é insignificante

49
Q

Que classificação é mais utilizada para lesão das vias biliares?

A

STRASBERG

50
Q

Descreva a classificação de Strasberg para lesões de vias biliares.

A

Tipo A - mais comum
» Lesões de ductos hepáticos secundários: hepático D posterior, ductos de Luschka, ducto cístico
» Tto: Papilotomia +/- colocação de stent (coloca no alto débito)

Tipo B - Ligadura do ducto hepático D aberrante
» Tto hepático jejunostomia ou hepatectomia

Tipo C - secção do ducto hepático D posterior aberrante (sem comunicação com via biliar principal)
» Tto: drenagem, biliodigestiva ou clipagem do ducto

Tipo D - Lesão lateral do ducto biliar comum
» Tto: rafia + Kehr se visto no intraop ou papilotopia + prótese se diag pós op

51
Q

Descreva as lesões de Strasberg tipo E

A

Lesões circunferenciais no ducto biliar principal

E1 - >2cm da confluencia
E2 - <2cm da confluência
E3 - lesão na altura da confluencia
E4 - lesão da confluência
E5 - lesão combinada do ducto hepático aberrante com o ducto comum

Tto:
E1/E2 - dilatação + próteses por CPRE
Demais lesões: derivação biliodigestiva

52
Q

Quais são as principais etiologias para estenose benigna das vias biliares?

A

Pancreatite crônica

Compressão extrínseca

Lesões iatrogênicas

Pós transplante hepático

53
Q

Quais são os critérios de ressecabilidade do colangiocarcinoma?

A

ausência de metástases retropancreáticas, paracelíacas ou hepáticas à distância
ausência de invasão da veia porta ou da a. hepática
ausência de envolvimento dos ductos hepáticos bilateralmente
ausência de invasão extra-hepática
ausência de doença disseminada

54
Q

Quais são as características da Síndrome de Gilbert?

A

Pacientes jovens com quadro de icterícia intermitente sem outros sintomas associados

Ocorre por deficiência na atividade de uma enzima (UGT1A1) que leva a conjugação da bilirrubina indireta em direta

Leva a aumento das bilirrubinas indiretas após episódios de estresse metabólico

55
Q

Que exame solicitar diante da suspeita de estenose de vias biliares em paciente transplantado de fígado?

A

USG doppler hepático

56
Q

Quais são as indicações de colecistectomia eletiva?

A

Sintomáticos

cálculo > 2.5-3cm

Vesícula em porcelana

Anemia hemolítica

Pólipos > 1cm

Decisão do paciente

57
Q

Que mutação genética está presente na maioria dos adenocarcinomas de pâncreas?

A

mutação no gene KRAS (códon 12)