Câncer colorretal Flashcards
Quais são as mutações genéticas que estão associadas à gênese do adenocarcinoma colorretal?
Mutação do gene APC - predispõe à formação de pólipos
Mutação da beta catenina - potencial displásico
Mutação do gene K-Ras (protooncogene) - aumenta potencial displásico
Mutação do gene p53 - origem de tumor com potencial invasivo da membrana basal
Mutações da telomerase - evolução carcinomatosa
Que mutação marca a ORIGEM do carcinoma colorretal?
Mutação do gene p53
O que caracterizam os pólipos neoplásicos?Quais são os tipos de pólipos neoplásicos? Qual possui melhor e pior prognósticos?
Caracterizam: tem displasia
Tubular - melhor prog
Viloso (“vilão”) - pior prog
Tubulo-viloso - intermediário
O que caracterizam os pólipos não neoplásicos? Quais são os tipos de pólipos não neoplásicos? Qual sua respectiva associação?
Não apresentam displasia
Hamartomas - Sd de Peutz-Jeghers
Inflamatórios - doenças inflamatórias
Hiperplásicos - áreas de proliferação de mucosa
Quando se faz neoadjuvância em tumor colorretal?
Apenas para tumores após a reflexão peritoneal, ou seja, reto médio/baixo
Para tumor colorretal intraperitoneal, não se faz neoadjuvância
Em que situações indicar neoadjuvância para tumor de reto extraperitoneal?
T3 ou T4
Linfonodo positivo
Tumores distais que envolvem o esfincter anal
Envolvimento da fáscia mesorretal
Qual o esquema quimioterápico utilizado como neoadjuvância em tumores de reto extraperitoneal?
5-fluorouracil + Leucovorin associado à 5040cG de RT
Faz-se o esquema, aguarda 12 semanas e realiza a cirurgia
É possível ocorrer uma remissão completa dos tumores de reto extraperitoneais após QT/RT neoadjuvante? O que fazer diante disso?
Sim
O chamado “downstaging”
Fazer o watch and wait
Ocorre em 15-30% dos casos
A QT/RT diminui a taxa de recidiva sistêmica pensando em tumores de reto extraperitoneais?
Não, apenas local
Qual a cirurgia normalmente realizada para ressecção de tumores de reto extra peritoneais?
Excisão total do mesorreto
Que estruturas compõem o mesorreto? Quais são os referenciais anatômicos?
Composto por diversos linfonodos e vasos sanguíneos com potencial metastático
Referenciais:
Fáscia anterior - Denovelier
Fáscia posterior - Waldeyer
Que fator é determinante para indicar ou não a amputação do reto?
Acometimento esfincteriano
Quando indicar a amputação abdominoperineal?
Realizada ou não após o resultado obtido pela neoadjuvância
Indicada quando na RNM de pelve há evidência de invasão da musculatura elevadora do ânus
Qual a definição de câncer de reto precoce?
Lesão precoce que alcança no máximo a mucosa
Quais são os critérios necessários para ressecção endoscópica de câncer de reto?
Invasão até no máximo SM1
Menor que 4cm de diâmetro
Margens livres após ressecção
Menos de 30-40% da circunferência
<6cm de distância da margem anal
Ausência de comprometimento linfonodal
Ausência de metástase
Histologia BEM diferenciada
Quais são as indicações de adjuvância em Câncer colorretal?
Linfonodos positivos (estadio III)
Menos de 12 linfonodos ressecados em peça cirúrgica
Tumor T4
Cirurgia de urgência em tumores obstrutivos e perfurados
Tumores pouco diferenciados
Invasão angiolinfática e perineural
O que compreende o canal anal?
Desde a junção anorretal (nível dos mm. elevadores do anus) até a margem anal
Quais são os epitélios que delimitam o canal anal?
Pavimentoso estratificado (abaixo da linha) e colunar (acima da linha)
Delimitação entre um e outro é dada pela linha pectínea
Quais são as características do canal anal compreendido acima da linha pectínea?
Epitelio colunar
Origem embriológica do intestino posterior
Correlação com a a. retal superior
Drenagem linfática para vasos mesentéricos inferiores e pararretais
Inervação visceral (NÃO SENTE DOR)
Quais são as características do canal anal compreendido abaixo da linha pectínea?
Epitelio pavimentoso escamoso
Origem embriológica do Proctodeu
Irrigado pela a. retal inferior
Drenagem linfática para vasos femorais e inguinais superficiais
Inervação somática (SENTE DOR)
Quais são os fatores de risco para CEC de canal anal?
Sexo feminino
Idade > 65 anos
Infecção por HPV subtipos 16 e 18
Número de parceiros sexuais ao longo da vida (>10)
Verrugas genitais
Tabagismo
HIV e outras ISTs
Coito anal
Doenças inflamatórias do ânus
Como é feito o estadiamento de CEC de canal anal?
Palpação da virilha (N)
TC de tórax e abdome
RM de pelve
PET-CT
Qual o tratamento padrão ouro para CEC de canal anal?
Quimiorradioterapia combinada (Esquema NIGRO)
Para tumores em estágio inicial (T1N0M0), pode-se fazer ressecção local ao invés do esquema NIGRO
Em que situação é indicada abordagem cirúrgica para CEC de canal anal?
Resposta incompleta à QT/RT ou recidiva local
Modalidades:
Linfadenectomia inguinal de resgate aos casos de linfonodo residual
Amputação abdominoperineal aos casos de recidiva local ou resposta incompleta