P2 AULA 5- IMUNOTERAPIA E CÂNCER Flashcards

1
Q

AULA 5- IMUNOTERAPIA E CÂNCER

A
  1. O Balanço do Sistema Imune• O sistema imune deve manter um equilíbrio entre ativação e regulação:
    • Pouca ativação: Pode levar ao surgimento de tumores, já que células malignas escapam do reconhecimento imune.
    • Muita ativação: Pode causar autoimunidade, onde o sistema imune ataca células normais do próprio corpo.
  2. Linfócitos T e Tumores• Células T eliminam a maioria das células tumorais, mas algumas conseguem “escapar”:
    • Essas células podem sofrer novas mutações, tornando-se diferentes do tumor inicial.
    • Isso cria clones tumorais que não são reconhecidos pelo sistema imune.

Ativação dos Linfócitos T (2 Sinais Necessários):

1.	Reconhecimento do Antígeno:
•	Uma célula dendrítica apresenta o antígeno ao receptor TCR na superfície do linfócito T.
2.	Sinal Co-estimulador:
•	Interação entre moléculas como B7 (na APC) e CD28 (no linfócito T).
•	Resultado: Ativação positiva.
•	Caso o B7 se ligue ao CTLA-4 (em vez do CD28), o sinal será negativo, resultando em inibição do linfócito T.
  1. Checkpoints Imunológicos• São proteínas reguladoras expressas em células tumorais ou células do sistema imune, capazes de:
    • Ativar o sistema imune em condições normais.
    • Inibir a resposta imune em tumores, ajudando-os a escapar.

Mecanismo em Tumores:

•	Células dendríticas tumorais apresentam antígenos ao sistema imune, mas a ativação do linfócito T é bloqueada por checkpoints.
•	Exemplos de Checkpoints:
•	PD-1/PD-L1: Ligação de PD-L1 ao PD-1 inibe a ativação de linfócitos T.
•	CTLA-4: Compete com CD28 pela ligação ao B7, gerando um sinal inibitório.

Terapias com Checkpoints:

•	Anticorpos Monoclonais:
•	Bloqueiam as interações PD-1/PD-L1 e CTLA-4, reativando os linfócitos T contra o tumor.
•	Efeitos colaterais:
•	Toxicidades autoimunes, como dermatite, uveíte, pancreatite e outras, devido à hiperativação imune.
  1. CAR T-Cells (Chimeric Antigen Receptor T-Cells)• Definição: Estratégia que utiliza linfócitos T modificados geneticamente para reconhecer e atacar tumores.
    • Passo a Passo:
    1. Coleta de linfócitos T do paciente.
    2. Modificação genética para inserir um receptor quimérico (CAR), que reconhece antígenos tumorais sem depender de APCs.
    3. Reinfusão no paciente.
    4. Os CAR T-cells se ligam diretamente às células tumorais, desencadeando sua destruição.
    • Riscos:
    • Tempestade de citocinas: Ativação descontrolada do sistema imune, causando inflamação sistêmica grave.
  2. Terapias Celulares• Envolvem a modificação genética de células imunes para reconhecer e atacar tumores.
    • Exemplos:
    • CAR T-cells.
    • Células dendríticas modificadas para apresentar antígenos tumorais de maneira mais eficiente.
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