P1 Pediatria Flashcards

1
Q

O crescimento da criança depende de fatores genéticos dos pais e da influência do ambiente, mesmo intrauterino. V ou F?

A

Verdadeiro

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2
Q

Qual é a fórmula usada para estimar a estatura de uma criança?

A

(Estatura pai + estatura da mãe) +/- 13) /2
Menina - 13
Menino + 13
Espera-se uma variação de 5 cm para mais ou para menos

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3
Q

Quais são as fases do crescimento?

A
  • Intra-uterina
  • Lactente
  • Pré-escolar e escolar
  • Puberal
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4
Q

Quando é o pico de crescimento na fase intra-uterina?

A

32 semanas

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5
Q

Quando uma criança é considerada de baixo peso?

A

Menor que 2500g

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6
Q

A altura materna tem uma importância no crescimento de feto?

A

Sim, crianças filhas de mãe com altura inferior a 1,5m apresentam risco elevado de baixo peso ao nascer (essa associação é mais marcante nas famílias de baixa renda)

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7
Q

Qual é a classificação do peso de acordo com a fase gestacional?

A
  • PIG
  • AIG
  • GIG
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8
Q

O bebê prematuro e/ou baixo peso tem que ter sua idade gestacional corrigida e necessita de uma curva de crescimento específica. V ou F?

A

Verdadeiro

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9
Q

Após o nascimento, o RN perde 15% do peso e o recupera no 20 dia de vida. V ou F?

A

Falso, o RN perde 10% do peso e o recupera no 10-14 dia de vida

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10
Q

Quantas gramas é esperado que o bebê ganhe, por mês, no terceiro trimestre de vida?

A

500g por mês

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11
Q

Quantas gramas é esperado que o bebê ganhe, por mês, no primeiro trimestre de vida?

A

700g por mês

vai perdendo 100 por trimestre

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12
Q

Quantas gramas é esperado que o bebê ganhe, por mês, no segundo ano de vida?

A

200g no primeiro semestre e 150g no segundo semestre

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13
Q

Qual é a fórmula para o cálculo do peso a partir do terceiro ano de vida da criança?

A

P = Idade x 2 +9

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14
Q

Qual é o crescimento, em estatura, esperado para uma criança no seu primeiro ano de vida?

A

Crescer 50% da estatura de nascimento

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15
Q

Qual é a fórmula para cálculo da estatura a partir dos 3 a 11 anos?

A

Altura (cm) = (idade - 3) x 6 + 95

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16
Q

Qual é o crescimento cefálico esperado no primeiro ano de vida?

A

Primeiro trimestre - 5 cm

Diminui 1 cm a cada trimestre

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17
Q

Até quando é necessário usar idade corrigida para pré-termos?

A
  • Até 2 anos de idade cronológica

- Até 3 anos, se idade gestacional < 28 semanas

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18
Q

Como é feito o cálculo da idade corrigida?

A

Fazer 40 - IG do nascimento em semanas (Ex: 40 - 28 = 12 sem -> 3 meses)

Agora tirar esse tempo da idade cronológica do bebê (Ex: criança com 6 meses tem 3 meses de idade gestacional corrigida)

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19
Q

O que fazer quando não há fatores que justifiquem a desaceleração ou não ganho podero-estatural?

A

Deve-se solicitar avaliação hormonal inicial para tireoide (T4 e TSH) e Rx de punho para avaliar idade óssea

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20
Q

Quais são os 3 fatores que influenciam no desenvolvimento de uma criança?

A
  • Estrutura biológica
  • Estimulação adequada
  • Participação afetiva: vínculo mãe-bebê e o ambiente afetivo da família
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21
Q

Quais são os tipos de desenvolvimento de uma criança?

A
  • Motor grosseiro
  • Motor fino
  • Fala e linguagem
  • Social e emocional
  • Cognitivo
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22
Q

A maioria das célula do SNC é adquirida até oito meses de vida extra-uterina. V ou F?

A

Falso, é até seis meses

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23
Q

Quais são as características do desenvolvimento de um recém-nascido?

A
  • Braços e pernas fletidos
  • Reage a barulhos intensos
  • Dorme grande parte do tempo
  • Tem percepções visuais e alguma olfativa
  • Sorri na segunda semana de vida ao som da voz da mãe ou de outra pessoa próxima
  • Reações: sono, fome, saciedade, irritabilidade
  • Fase de grande participação da mãe e do pai na constituição do psiquismo
  • Reflexos que traduzem a INTEGRIDADE DO SNC
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24
Q

Qual a duração do reflexo tônico cervical, do de Moro e do sinal de Babinksi?

A

TC: 1 a 2 meses
Moro: 4 a 6 meses
B: até 18 meses

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25
Q

Quais são os reflexos de um recém-nascido?

A
  • Reflexo de Moro ou do abraço
  • Reflexo da fossadura
  • Preensão palmar (até 6 meses)
  • Preensão plantar (até 11 meses)
  • Marcha reflexa
  • Reflexo cutâneo plantar (até 1 ano)
  • Reflexo tônico-cervical (Magnus Klein) (até 3 meses)
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26
Q

Como é o desenvolvimento motor da criança até 1 ano de idade?

A
  • 1 mês: segue a luz
  • 2 meses: sorri, balbucia
  • 3 meses: sustenta a cabeça
  • 4 meses: agarra objetos
  • 5 meses: gira sobre o abdômen
  • 6 meses: mantem-se sentado
  • 7 meses: preensão palmar
  • 8 meses: pinça digital
    9 meses: põe-se sentado
  • 10 meses: engatinha
  • 11 meses: de pé, dá passos com apoio
  • 12 a 14 meses: caminha só
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27
Q

O desenvolvimento neuropsicomotor é crânio-caudal. V ou F?

A

Verdadeiro

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28
Q

Como é o nome da área da pediatria que atua com adolescentes?

A

Hebiatria

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29
Q

Qual é o período da adolescência de acordo com a OMS?

A

Dos 10 aos 20 anos

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30
Q

O adolescente tem direito de ser atendido sem a presença dos pais desde que identificado como capaz de avaliar seu problema. V ou F?

A

Verdadeiro

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31
Q

O que é a puberdade?

A

Fase dentro da adolescência que agrupa as modificações biológicas da adolescência, relacionados ao crescimento físico e maturação sexual

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32
Q

Quando a puberdade termina em meninos e meninas?

A

Meninas -> Menarca

Meninos -> Desenvolvimento dos genitais e pilosidade pubiana

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33
Q

Quando se inicia o estirão em adolescentes?

A

Após 1 ano da atividade hormonal e coincide com as primeiras modificações sexuais secundárias

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34
Q

As meninas tem dentição definitiva mais tardia. V ou F?

A

Falso, a dentição delas é precoce

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35
Q

Qual é o primeiro sinal do início da puberdade em meninas? E em meninos?

A

Meninas -> telarca (início do desenvolvimento das mamas)

Meninos -> maior volume da bolsa escrotal e testículos

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36
Q

Quais são as alterações nos meninos durante a puberdade?

A
  • Maior volume da bolsa escrotal e testículos, aumento do tamanho do pênis
  • Tumefação mamária
  • Pilificação: pubiana, axilares e faciais
  • Mudança da voz
  • Início da espermatogênese competente é incerto
  • Infertilidade relativa até 14 a 16 anos
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37
Q

Quais são as alterações nas meninas durante a puberdade?

A
  • Primeiro sinal : telarca
  • Pilificação pubiana (pubarca); axilares (1 ano após pubianos)
  • Mudança do ph vaginal de alcalino para ácido
  • Menarca: 2 anos após primeiras alterações mamárias; antecedida por fluxo vaginal claro
    Menarca média 12 anos e seis meses (Brasil) mas pode variar de 9 a 15 anos
  • Primeiros ciclos anovulátórios
  • Irregularidades menstruais comuns até um ano após a menarca.
  • Deposição de gordura (quadris e abdomen) e alargamento da bacia
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38
Q

Qual é a ordem de desenvolvimento em meninas e meninos durante a puberdade?

A

Meninas: Telarca -> pubarca (pelos pubianos) -> menarca

Meninos: Aumento do volume testicular -> pubarca -> semenarca (1ª ejaculação com sêmen)

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39
Q

Para meninas o que é considerado como puberdade normal, precoce e tardia?

A

Puberdade Normal - Broto mamário e pêlos pubianos entre 8 a 13 anos.

Puberdade Precoce - Presença de caracteres sexuais secundários antes dos 7 anos.

Puberdade Tardia - Ausência de caracteres sexuais acima de 13 anos ou ausência da menarca após os 15 anos.

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40
Q

Para meninos o que é considerado como puberdade normal, precoce e tardia?

A

Puberdade Normal - Aumento do volume testicular (diâmetro igual ou superior a 3 cm) e pêlos pubianos entre 9 a 14 anos.

Puberdade Precoce - Presença de caracteres sexuais secundários com menos de 9 anos.

Puberdade Tardia - Ausência de caracteres sexuais secundários acima de 14 anos.

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41
Q

A obesidade é associada a fatores genéticos, ambientais e comportamentais. V ou F?

A

Verdadeiro

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42
Q

A interrupção precoce do aleitamento materno pode ser um dos fatores para o aparecimento da obesidade exógena. Principalmente associada a introdução de alimentos complementares inapropriados. V ou F?

A

Verdadeiro

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43
Q

Quais perguntas tem que estar presente na anamnese quando a criança tem obesidade?

A
  • História da obesidade: quando começou, se já foi tratada anteriormente, etc
  • Antecedentes pessoais: peso ao nascer, ganho de peso acentuado no primeiro ano de vida, etc.
  • Antecedentes familiares: obesidade e DCV precoce, para meninos história familiar antes dos 55 anos e para mulheres antes do 65 anos
  • Uso de drogas
  • Antecedentes alimentares: aleitamento materno, IA, etc
  • Hábitos alimentares
  • Comportamento e estilo de vida: ansiedade, compulsão e depressão, relacionamento com amigos, na escola e na família, tempo de tela, etc
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44
Q

O que é importante avaliar no exame físico de uma criança com obesidade?

A
  • Distribuição da gordura na região abdominal
  • Presença de estrias
  • Respiração bucal
  • Acantose nigricans (marcador de resistência insulínica) – hiperqueratose e hiperpigmentação
  • Infecção fúngica em dobras
  • Hepatomegalia
  • Dor articular
  • Desvios ortopédicos
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45
Q

Quais os valores de IMC e escore Z considerados como sobrepeso/obesidade?

A

IMC:

  • > Sobrepeso: acima do percentil 85
  • > Obesidade grave: acima do percentil 97

Escore Z:

  • > Obesidade: acima de +2
  • > Obesidade grave: acima de +3
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46
Q

Crianças com PA elevada tem risco 15% maior de ter hipertensão na idade adulta em comparação àquelas com PA normal na infância. V ou F?

A

Falso, o risco é de 35%

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47
Q

Qual é a classificação da pressão arterial em crianças de acordo com a SBP na diretriz de 2017?

A
  • PA < P90 para sexo, idade e altura -> normotenso
  • PA > ou = P90 e < P95 para sexo, idade e altura -> PA elevada
  • PA > ou = P95 para sexo, idade e altura -> Hipertensão
  • PA até P95 + 12 mmHg -> Hipertensão estágio 1
  • PA > ou = P95 + 12 mmHg p/ sexo, idade e altura -> Hipertensão estágio 2
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48
Q

Quando deve ser indicado o tratamento farmacológico para crianças com HAS?

A
  • Crianças que permanecem hipertensas apesar de uma tentativa de modificações no estilo de vida,
  • HAS sintomática,
  • HAS estágio 2 sem um fator claramente modificável (por exemplo, obesidade),
  • Ou qualquer fase da hipertensão associado com DRC ou diabetes mellitus
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49
Q

Quais outras condições devem ser avaliadas em uma criança com obesidade?

A
  • Dislipidemia
  • Síndrome da apneia obstrutiva do sono
  • Distúrbio da glicose
  • Síndrome do ovário policístico
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50
Q

Quais são as vantagens da amamentação para a mãe?

A
  • Involução uterina mais rápida: a ocitocina liberada durante a amamentação acelera a volta ao tamanho normal do úterom podendo reduzir risco de sangramento
  • Método natural de anticoncepção nos primeiros 6 meses, se for exclusico e a mãe estiver em amenorreia
  • Permite retorno ao peso normal e remineralização óssea mais rápida após o parto
  • Diminui o risco de câncer de mama e ovário na pré-menopausa e de fratura de bacia na menopausa
  • Redução direta de custos - aleitamento artificial é caro
  • Redução indireta de custos - menor taxa de adoecimento da criança e menos falta ao trabalho da mãe.
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51
Q

Quais são as vantagens da amamentação para a criança?

A
  • Crescimento ideal nos primeiiros meses de vida, protegendo da desnutrição e obesidade. (Alimentos artificias interferem na absorção de ferro e zinco)
  • Diminuição da mortalidade infantil
  • Diminuição do episódios de diarreia, infecções respiratórias e otite média aguda
  • Menor chance de desenvolver diabetes tipo 2
  • Redução de chance de má oclusão dentária
  • Maior QI quando comparada com crianças não amamentadas
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52
Q

Quais as definições dos tipos de aleitamento materno?

A
  • Aleitamento materno exclusivo: leite da mãe ou leite humano ordenhado, sem outros líquidos ou sólidos (exceto suplementos vitamínicos)
  • Aleitamento materno predominante: fonte predominante é o leito humano, porém a criança recebe líquidos à base de água (chás ou sucos)
  • Aleitamento materno complementado: recebe leite materno, alimentos sólidos ou semissólidos
  • Aleitamento materno misto ou parcial: recebe leite materno e outros tipos de leite
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53
Q

Como é a fisiologia da produção do leite materno?

A
  • 1/3 do leite é produzido entre 1 mamada e outra e é acumulado nos seios lactíferos (leite anterior)
  • 2/3 restantes são produzidos durante a mamada (segundo leite ou leite posterior) que tem 2-3 vezes mais gordura que o leite anterior
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54
Q

Quais são os reflexos maternos envolvidos na lactação?

A
  • Reflexo de produção ou da prolactina (hipófise anterior) estimula a produção de leite e ocorre sempre que há sucção
  • Reflexo da ocitocina ou de ejeção (hipófise posterior). Responsável pela contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos (descida do leite).
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55
Q

O reflexo da ocitocina ou de ejeção pode ser prejudicado pelo stress. V ou F?

A

Verdadeiro

56
Q

Quais são os reflexos infantis envolvidos na lactação?

A
  • Reflexo de busca: o contato da mama na face da criança faz com que volte o rosto para o lado tocado
  • Reflexo de sucção: desencadeado quando o mamilo toca o palato
  • Reflexo de deglutição: quando o leite chega na orofaringe
57
Q

Quais são as variações do leite materno de acordo com o período de lactação?

A
  • Colostro: produzido a partir do 2º trimestre da gestação até o 7º dia de vida
  • Leite de transição: do 7º ao 10º dia
  • Leite maduro: secretado a partir do 10º dia
58
Q

Qual é a composição do colostro?

A
  • Rico em beta-caroteno que confere coloração amarelada e proteínas. Pobre em açúcar e gordura
  • Rico em anticorpos IgA (proteção contra invasão bacteriana)
  • Contém fatores de crescimento que estimulam o desenvolvimento do intestino imaturo do RN
  • Oligossacarídes, responsável pela proliferação de bacilos aneróbicos que impedem proliferação de bacterías patogênicas
59
Q

Qual a composição do leite maduro?

A
  • Alta concentração de lactose que facilita a absorção de cálcio pelo cólon
  • Baixo teor de caseína em comparação ao leite de vaca, isto favorece o esvazimento gástrico, o que previne refluxo
  • Contém lactoferrina que inibe o crescimento de bactérias dependentes de ferro no TGI
  • Rico em imunoglobulinas IgA, IgG, IgM e IgE
  • Pobre em metionina, fenilalanina e tirosina
  • Rico em cistina e taurina, importantes para a mielinização do SNC
  • Alto nível de colesterol, necessários ao desenvolvimento do SNC
  • Alto teor de lipases que facilitam a digestão
  • Baixa quantidade de vit K e D (tem que fazer reposição)
  • Vitaminas hidrossolúveis refletem a reserva materna
60
Q

Leite de mães de prematuros tem maior teor de proteína. V ou F?

A

Verdadeiro

61
Q

Quais são os sinais de boa posição durante a amamentação?

A
  • Corpo da criança bem junto ao corpo da mãe
  • Criança voltada para a mãe
  • Cabeça e corpo da criança alinhados
  • Criança completamente sustentada
62
Q

Quais são os sinais de boa “pega” durante a amamentação?

A
  • Boca bem aberta
  • Lábio inferior evertido
  • Queixo da criança encostado ou bem próximo a mama
  • Aréola aparece bem mais acima que abaixo da boca da criança
63
Q

O que é o trauma mamilar e como previni-lo e tratá-lo?

A
  • São lesões com eritema, edema, fissuras e/ou bolhas geralmente causados por técnica inadequada durante a amamentação
  • Usando a técnica correta evita-se o trauma mamilar, assim como a exposição ao ar livre ou luz solar das mamas para manter os mamilos secos
  • Tratamento: Banhos de luz (lâmpada de 40 watts) ou banhos de sol
    Cremes a base de vitaminas A e D, lanolina anídrica modificada e
    corticoides
    Amamentar primeiro com a mama que estiver menos traumatizada
    Analgésicos, quando necessário
64
Q

O que é o ingurgitamento mamário e como previni-lo e tratá-lo?

A
  • Ocorre congestão por aumento da vascularização, acúmulo
    de leite e edema. Mais comum entre o 3º e 5º dia após o
    parto. Pode se restringir a aréola, corpo da mama ou
    ambos.
    As mamas podem ficar doloridas, edemaciadas, quentes,
    eritematosas e com aréola distendida e tensa, o que
    dificulta a pega do bebê.
  • Prevenção: Técnica correta de amamentação e evitar bicos e suplementos
  • Tratamento: Ordenhar a aréola antes das mamadas
    Massagens das mamas para melhorar a fluidez do leite
    Uso de analgésicos/anti-inflamatórios
    Ordenha manual caso o bebê não consiga sugar todo o leite
65
Q

O que é a mastite e como previni-la e tratá-la?

A
  • Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama
    que pode ou não caminhar para infecção bacteriana .
    Geralmente a partir de fissuras mamilares
    Mama dolorosa, hiperemiada, edemaciada e quente. Há
    queda do estado geral com febre e mal-estar
  • Prevenção: Técnica adequada de amamentação
  • Tratamento: Esvaziamento adequado das mamas pela amamentação ou
    ordenha manual
    Antibioticoterapia sistêmica. Pode complicar com abscesso
    que exige intervenção cirúrgica para drenagem.
66
Q

Quais são as doenças maternas que contraindicam o aleitamento materno?

A
  • Mães portadoras do HIV
  • Mães portadoras de HTLV-1 (vírus T linfotrópicos humanos tipo 1)
  • Doenças graves ou terminais
  • Uso de drogas radioativas, citotóxicas ou imunossupressoras
  • Doenças mentais que gerem risco do contato mãe-filho
  • Citomegalovírus: passa através do leite mas não
    contraindica o aleitamento materno (avaliar caso em que
    RN é pré-termo e pode apresentar infecção grave)
  • Varicela: se for adquirida de 5 dias antes do parto e até 2
    dias depois, o RN deverá receber, imediatamente,
    imunoglobulina específica.
  • Tuberculose: Mães com quadro sugestivo sem ter iniciado tratamento devem ter
    redução do contato com o bebê. Pode ser oferecido leite ordenhado
    até confirmação do diagnóstico. O bebê deverá receber isoniazida até
    3 meses (profilaxia primária).
    Mães abacilíferas ou em tratamento há mais de 2 semanas antes do
    trabalho de parto – amamentar normalmente. Os bebês devem receber
    BCG normalmente
  • Covid: Lactantes com síndrome gripal: na maternidade a mãe
    pode amamentar usando máscara e higienizando
    adequadamente as mãos ao manusear o recém-nascido
    O alojamento conjunto pode ser mantido e,
    preferencialmente, deverá ser adotada distância de 2
    metros entre o berço do RN e o leito da mãe (ou o RN
    pode ser colocado em incubadora)
67
Q

Por quanto o leite materno pode ser armazenado?

A
  • No refrigerador: 12 horas, aquecer em banho maria ou temperatura ambiente
  • Freezer: por até 15 dias
68
Q

Em qual faixa etária a criança já tem capacidade manual para segurar um copo com as 2 mãos e usar uma colher?

A

9-12 meses

69
Q

Introdução tardia de alimentos potencialmente alergênicos como peixe e ovos não parece prevenir alergia. V ou F?

A

Verdadeira

70
Q

Qual é a faixa etária ideal para a introdução de glúten na alimentação de um bebê?

A

Entre 4 e 6 meses

71
Q

Como é o passo 2 da alimentação sadia de acordo com o MS?

A
  • 6 meses: frutas (raspada, amassada, suco, com cereal)
  • 6-7 meses: primeira papa salgada, ovo, peixe
  • 7-8 meses: segunda papa salgada
  • 9-11 meses: passar gradativamente para comida da família
  • 12 meses: comida da família
72
Q

Quais grupos alimentares deve estar presentes na papa salgada oferecida a bebês na introdução alimentar?

A
  • Cereal ou tubérculo (arroz, milho, macarrão, batata, mandioca, inhame)
  • Alimento proteico de origem animal
  • Leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilhas, grão de bico)
  • Hortaliças (legumes: cenoura, beterraba, abóbora, chuchu, vagem, berinjela, pimentão e verduras: agrião, alface, taioba, espinafre, almeirão)
73
Q

Pra quem é indicado a fórmula de soja?

A

Portadores de galactosemia ou deficiência congênita de lactase

74
Q

O que são as fórmulas hipoalergências e não alergênicas e qual sua indicação?

A
  • Hipoalergênicas contém a proteína do leite da vaca hidrolisada, facilitando sua absorção
  • Não alergênicas contém os aminoácidos dessa proteína
  • Indicada para alergia à proteína do leite de vaca
75
Q

As fórmulas antirrefluxo melhoram o refluxo do lactente. V ou F?

A

Falso, essa fórmula apenas diminui os vômitos e as regurgitações, mas não melhoram ou modificam a evolução do refluxo

76
Q

Qual a dose de vitamina K que deve ser administrada ao nascimento do bebê?

A

0,5-1 mg por via IM

77
Q

Como deve ser feita a suplementação de vit D para o RN?

A

Se for a termo: 400UI/ dia a partir da 1ª semana até 12 meses e 600UI/dia de 12-24 meses

Se for pré-termo: 400UI/dia quando o peso atingir mais que 1500g

78
Q

Como deve ser feita a suplementação de ferro para o RN?

A

Se for a termo, a partir do 3º mês de vida até complementar 24 meses na dose 1mg/kg/dia

79
Q

Onde fica o centro termoregulador humano?

A

Área pré-óptica do hipotálamo anterior

80
Q

Qual é a classificação da febre de acordo com a intensidade?

A
  • Hipotermia: < 35,5 C
  • Temperatura normal: 35,6 a 37,5
  • Febre baixa: 37,6 a 38,5
  • Febre moderada: 38,6 a 39,5
  • Febre alta: 39,6 a 40,5
  • Hiperpirexia: > 40,5
81
Q

Qual é a classificação da febre de acordo com o tipo?

A
  • Contínua: permanece elevada com pouca variação (infecções estafilocócicas)
  • Intermitente: a temp volta ao normal uma a mais vezes ao dia (TBC, linfoma, abscessos)
  • Remitente: a temp oscila, mas não volta ao normal (viroses, infecções bacterianas)
  • Recorrente: um ou mais dias de temp normal entre episódios febris (malária)
82
Q

O que é a febre de origem obscura (FOO)?

A

É uma febre maior que 37,9 C em várias ocasiões, com duração maior que 3 semanas, sem diagnóstico definido. Os tipos são: clássica, hospitalar, neutropênica e associada a infecção pelo HIV

83
Q

O que é importante perguntar na anamnese de uma criança com febre aguda?

A
  • Início e evolução dos sintomas
  • Contato com outras pessoas doentes no domicílio, escola e comunidade
  • Viagens ou locais de doenças endêmicas
  • Contato com animais
  • História de imunizações
  • Questionar alimentação
  • Humor da criança
  • Função intestinal e urinária
  • Tosse ou outros sintomas relacionados ao aparelho respiratório
84
Q

Quais são os sintomas comuns na síndrome febril?

A

Principalmente: febre, astenia, inapetência, taquicardia, taquipneia, dor no corpo, calafrios e sudorese. Além disso pode ter: cefaléia, taquisfigmia, oligúria, náuseas e vômitos

85
Q

RN e lactentes até 3 meses quando apresentarem febre acima de 38,3 deve-se investigar infecção bacteriana. V ou F?

A

Verdadeiro

86
Q

Como é o leucograma de uma criança com infecção bacteriana?

A
  • Leucócitos > 15.000/mm3
  • PMN > 10.000 /mm3
  • Células jovens > 500 /mm3
  • Plaquetas < 100.000 /mm3
  • VHS > 30
  • PCR quantitativa > 20-30 mg/ l
87
Q

Quais são os fatores de risco para bacteremia?

A
  • Idade menor que 24 meses
  • Tax > 40C
  • Leucócitos > 15.000
  • VHS > 30 mm 1 hora
  • Granulações tóxicas e vacuolização de PMN
  • Trombocitopenia
  • Doença de base (imunodeficiência, asplenia, imunossupressores)
88
Q

Como tratar a febre?

A
  • Dipirona: 1 gota/ kg de 6 em 6 horas
  • Dipirona solução:
    • 5 a 8 kg (3 a 11 meses) Dose 1,25 a 2,5 ml. Dose máxima 10 ml (4 tomadas x 2,5 mL)
    • 9 a 15 kg (1 a 3 anos) Dose 2,5 a 5 ml. Dose máxima 20 ml (4 tomadas x 5 mL)
    • 16 a 23 kg (4 a 6 anos) Dose 3,5 a 7,5 ml. Dose máxima 30 ml (4 tomadas x7,5 mL)
    • 24 a 30 kg (7 a 9 anos) Dose 5 a 10 ml. Dose máxima 40 ml (4 tomadas x10 mL)

Dipirona Endovenosa: 0,04 ml / kg/dose

  • Paracetamol: 1 gota/ kg de 6 em 6 horas
  • Ibuprofeno 100 mg : 1 gota/kg de 6 em 6 horas
  • Ibuprofeno 50 mg: 2 gotas/ kg de 6 em 6 horas

*Se a febre for persistente eu posso alternar medicações de 3 em 3 horas

89
Q

O sistema linfóide das crianças ainda está em desenvolvimento, por isso elas são fatores de risco para infecções bacterianas. V ou F?

A

Verdadeiro

90
Q

Como é classificado o tempo de evolução das adenomegalias em crianças?

A
  • Agudo: até 2 semanas
  • Subagudo: até 6 sem
  • Crônico: mais que 6 sem
91
Q

O que levar em consideração na anmnese de uma criança com adenomegalia?

A
  • Anamnese completa avaliando outros sinais ou sintomas associados: perda de peso, dor, febre, artralgia, conjuntivite, rash,…
  • Tempo de evolução - agudo (até 2 semanas) Subaguda ( até 6 sem) ou crônico ( mais que 6 semanas)
  • Unilateral ou bilateral?
  • História vacinal
  • Viagens a áreas endêmicas
  • Contatos com pessoas doentes (família ou comunidade – TBC, infecções respiratórias, CMV, EBV, Streptococcus Beta hemolítico do grupo A - GAS)
  • Uso de medicamentos (Fenitoína e Carbamazepina)
  • Problemas dentais: anaeróbios
  • Lesões na pele / trauma: S aureus, arranhadura do gato
  • Exposição a animais: arranhadura do gato e Toxoplasmose; Brucelose (caprinos)
92
Q

O que tem que ser avaliado no exame físico de uma adenomegalia?

A
  • Tamanho
  • Sinais flogísticos
  • Mobilidade
  • Consistência
  • Flutuação
  • Confluência
93
Q

Quais são os valores de referência para hemoglobina e hematócrito em crianças?

A
  • 6m - 5a: Hemo- 11 e Hema- 33
  • 5-12a: Hemo- 11,5 e Hema- 34
  • 12-15a: Hemo- 12 e Hema- 36
94
Q

O lactente tem uma anemia fisiológica nos primeiros meses de vida, podendo chegar a níveis de 9g/dl entre 8-10 sem de vida. V ou F?

A

Verdadeiro

95
Q

O ferro é absorvido no estômago. V ou F?

A

Falso, ele é absorvido no duodeno

96
Q

Quem tranporta o ferro no plasma?

A

Transferrina

97
Q

Quais são as principais causas de deficiência de ferro em crianças?

A
  • Aumento da demanda que ocorre no primeiro ano de vida e na adolescência.
  • Dieta pobre em ferro ou ferro que não é bem absorvido
  • Presença de fatores facilitadores ou inibidores na dieta, doenças intestinais ou medicamnetos que atrapalhem a sua absorção.
  • Perdas sanguíneas
98
Q

Quais são as fontes alimentares de ferro?

A
  • Origem animal: carnes de todos os tipos, leite e ovos – ferro heme ou orgânico
  • Origem vegetal: verduras de coloração verde escura, feijão, soja entre outros – ferro não-heme ou inorgânico
99
Q

O tratamento de quais doenças pode diminuir a absorção do ferro?

A

Úlcera péptica e refluxo

100
Q

Quais os tipos de ferro nós temos no nosso organismo?

A
  • Heme e não heme
101
Q

Quais são os fatores facilitadores e inibidores da absorção do ferro?

A
  • Facilitadores: ácido ascórbico, carnes em geral, frutose, alguns aminoácidos
  • Inibidores: fitatos (cereais), compostos fenólicos (chá preto, mate, café e refrigerantes), sais de cálcio e fósforo (fontes lácteas), fibras e proteína do ovo
102
Q

O que é a depleção de ferro e a eritropoiese ferro deficiente?

A
  • Depleção de ferro: redução da ferritina sérica. Reflete a redução das reservas de ferro no fígado, baço e medula óssea.
  • Eritropoiese ferro deficiente: diminuição de ferro sérico, baixa saturação da transferrina e aumento da capacidade de ligação da transferrina
103
Q

Qual é o quadro clínico da anemia ferropriva em crianças?

A
  • Palidez, irritabilidade, anorexia, cansaço
  • Sopro sistólico funcional em foco mitral e aumento da frequência cardíaca
  • TGI: perversão do apetite, geofagia, glossite atrófica
  • SNC: redução da capacidade cognitiva (provavelmente não ocorre recuperação completa mesmo após correção da anemia), irritabilidade, distúrbios de atenção e dificuldade de concentração
  • Sistema imunológico: tendência a infecções recorrentes, principalmente de vias aéreas
104
Q

Como são os exames laboratoriais na anemia infantil?

A
  • Hemoglobina: diminuída (< 11g/dl)
  • Ferro sérico: diminuído (< 50mcg/dl)
  • Capacidade ligação Fe: aumentada ( > 400 mg/dl)
  • Saturação transferrina: diminuída (< 10%)
  • Ferritina sérica: diminuída (< 15ng/ml)
  • Reticulócitos: diminuído (0,5-2%)
105
Q

Como é o tratamento medicamentoso da anemia ferropriva?

A
  • 3-5mg/kg/dia de ferro elementar, administrar uma hora antes das refeições se for complexos ferroros (sulfato ferroso, fumarato ferroso, etc) o ferro polimaltosado e o aminoquelado pode ser dado junto da refeição.
106
Q

Como é a profilaxia da anemia ferropriva?

A
  • Lactentes a termo: iniciar com dose profilática 1mg/kg/dia aos 3 meses de idade até 24 meses
  • Lactentes de 2500-1500g: 2mg/kg/dia a partir de 30 dias até 1 ano. A partir de 1 ano: 1 mg/kg/dia até 2 anos.
  • Lactentes de 1500-1000g: 3 mg/kg a partir de 30 dias até 1 ano. A partir de 1 ano: 1 mg/kg/dia até 2 anos
  • Lactentes < 1000g: 4 mg/kg a partir de 30 dias até 1 ano. A partir de 1 ano, 1 mg/kg/dia até 2 anos
107
Q

Como deve ser feito o acompanhamento do tratamento da anemia ferropriva?

A
  • Hemograma e reticulócitos com 30 e 60 dias

- Ferro sérico e ferritina com 30 e 90 dias

108
Q

Como é a anemia megaloblástica e quais suas principais causas?

A
  • Anemia macrocítica geralmente com leucopenia e plaquetopenia
  • A DHL, pigmentos biliares e ferro estão aumentados
  • Eritrócitos com vários tamanhos, com VCM aumentado
  • Presença de corpúsculos de Howell-Jolly e anéis de Cabot
  • Principais causas: deficiência de ácido fólico e vit B12
109
Q

Qual a função do folato?

A

Ele é uma coenzima na síntese de ácidos nucleicos, no equilíbrio das funções neurológicas e na maturação de glóbulos vermelhos e brancos

110
Q

Quais são as principais fontes de folato?

A
  • Fígado, rim, hortaliças verdes cruas, espinafre, suco de laranja, trigo e leveduras
111
Q

Quais as principais causas da deficiência de folato?

A

Síndromes de má absorção, terapia anticonvulsivante (fenobarbital e difenilhidantoína), anemia hemolítica, uso de medicações inibidoras de folato (metotrexato, sulfona, pirimetamina, trimetoprima)

112
Q

Qual o tratamento da deficiência de ácido fólico?

A
  • Ácido fólico 1-5mg/dia

- Correção da dieta

113
Q

Qual a função da cobalamina?

A
  • Participa como coenzima na síntese de metionina e de succinilCoA
  • Atua na maturação dos glóbulos vermelhos e na formação de mielina no SN
  • Necessita de proteínas carreadoras para transportá-la para dentro da célula (fator intrínseco e transcobalamina II)
114
Q

Qual o quadro clínico da deficiência de vit B12?

A
  • Sintomas intestinais: perda de apetite, perda de peso, náuseas, constipação ou diarreia, glossite ou úlceras na língua
  • Alterações neurológicas: danos progressivos ao sistema nervoso central e periférico que podem se manifestar com polineurites, principalmente sensoriais (parestesias), déficits de memória, demência e transtornos cognitivos.
  • RN e lactente: quando a mãe tem deficiência – anemia macrocítica com pancitopenia variável. Diagnóstico pelo nível sérico baixo de vitamina B12
  • Crianças maiores e adolescentes: anemia perniciosa (destruição de células parietais que produzem fator intrínseco), doenças gástricas e intestinais, dieta deficiente em vitamina B12
115
Q

Como é o diagnóstico e o tratamento da deficiência de vit B12?

A
  • Anemia macrocítica com neutropenia e plaquetopenia
  • Nível sérico baixo de vitamina B12 (precisa de evidências de anemia macrocítica)
  • Tratamento: Correção da dieta e
    1 mg/dia IM por 1 semana , seguida de 2 doses semanais e repetição do hemograma
116
Q

O que é a desnutrição primária e secundária?

A
  • Primária: decorrente da ingesta insuficiente ou inadequada de alimentos. Depende de fatores extrínsecos ao indivíduo. A correção da dieta leva a remissão do quadro.
  • Secundária: decorrente de fatores intrínsecos do indivíduo. Pode ser causada por doenças crônicas neurológicas, renais, cardiológicas, infecciosas, entre outras.
117
Q

Quais são as alterações orgânicas decorrentes da desnutrição?

A
  • Sistema cardiovascular: débito cardíaco diminuído -> pressão arterial diminuída
  • Fígado: síntese de proteínas e gliconeogênese reduzidas
  • Sistema gênito-urinário: fluxo sanguíneo renal e filtração glomerular reduzida com menor capacidade de eliminação de excesso de ácido ou água
  • Sistema gastrintestinal: menor motilidade e atrofia da mucosa intestinal. Maior permeabilidade intestinal com possibilidade de absorção de proteínas intactas
  • Sistema imunológico: resposta imune diminuída com fagocitose deficiente e menor resposta inflamatória
  • Sistema endócrino: níveis de insulina reduzidos. Cortisol e hormônio de crescimento aumentado
  • Sistema circulatório: taxa metabólica basal reduzida em 30%
  • Função celular: atividade de bomba sódio-potássio diminuída com aumento de sódio e redução de potássio e magnésio intracelular
  • Redução de panículo adiposo e massa muscular (principalmente em região de nádegas e face interna das coxas)
  • Glândulas sudoríparas, lacrimais e salivares atrofiadas
  • Cabelos opacos e quebradiços, queda de cabelo e comprometimento de unhas: relação com carência de zinco
118
Q

Quais são as formas clínicas da desnutrição grave?

A
  • Marasmo: deficiência global de energia por deficiência de carboidratos, gordura ou proteína. Mais comum antes de 1 ano
  • Kwashiorkor: deficiência de proteína com ingestão adequada de energia. Pode ocorrer em qualquer idade.
  • Marasmo-kwashiorkor
119
Q

Quais são as características do marasmo?

A
  • Geralmente lactentes com dieta inadequada
  • Criança pequena para idade (peso/estatura < 70% ou -2 z-escore)
  • Gordura subcutânea ausente (desaparecimento da bola de Bichat – último depósito de gordura a ser consumido);
  • Pele frouxa, costelas proeminentes, atrofia muscular, hipotonia, irritabilidade e aspecto envelhecido
120
Q

Quais são as características do kwashiorkor?

A
  • Ghana: ¨doença do primeiro filho quando nasce o segundo¨.
  • Forma edematosa de desnutrição acometendo crianças entre 2 e 3 anos de idade.
  • Lesões de pele, cabelo e unhas enfraquecidos,
  • Hepatomegalia com esteatose hepática e hipoalbuminemia
  • Dermatite e escoriações em região perineal devido a diarreia
  • Deficiência de estatura e consumo de massa muscular – tecido gorduroso conservado
  • Apatia generalizada
  • Apetite COMPROMETIDO
  • Prevalece entre 2º e 3º anos de vida
121
Q

Quais são os sinais de gravidade na desnutrição?

A
  • EDEMA!

- Hipotermia, hipoglicemia, sinais de infecção, palidez grave, sinais de colapso circulatório

122
Q

Como deve ser a avaliação bioquímica na desnutrição?

A
  • Hemograma para avaliação de anemia e processo infeccioso
  • Glicose sanguínea: ponto de corte para hipoglicemia < 54 mg/dl
  • Exame de sedimento urinário
  • Exame parasitológico de fezes
  • Outros: Rx tórax, PPD, HIV, líquor.
123
Q

Como é o tratamento da desnutrição?

A
  • Desnutrição leve e moderada: tratamento ambulatorial com aumento do fornecimento de calorias para recuperação nutricional e tratamento da causa de base quando houver.
  • Desnutrição grave: 3 fase: Estabilização, reabilitação e acompanhamento
124
Q

Como é a fase de estabilização do tratamento da desnutrição grave?

A
  • Estabilização:
    1. Prevenir hipotermia
    2. Monitorizar e combater hipoglicemia
    3. Tratar desidratação (a solução tem que ter menos sódio e mais potássio)
    4. Investigar e tratar choque séptico quando presente
    5. Correção de distúrbios eletrolíticos
    6. Tratar infecção (pode ser difícil de ser detectada pela baixa resposta do organismo)
    7. Suplementação vitamínica (ácido fólico - 1mg/dia, zinco - 2mg/kg/dia, cobre - 0,2/kg/dia, ferro - quando iniciar o ganho ponderal 3mg/kg/dia, vit A < 6 meses - 50.000UI / entre 6-12 meses - 100.000UI / maiores - 200.000UI

*Reiniciar a alimentação com cautela e aos poucos e com dieta com baixo teor de lactose. Como a criança tem poucas enzimas ela não tem muita lactase, o que pode provocar diarreia

125
Q

Como é a fase de reabilitação do tratamento da desnutrição grave?

A
  • O retrono do apetite é o principal sinalizador desta fase
  • Dieta com volumes maiores e maior teor de claroias
  • Ganho ponderal ideal em torno de 10G/kg/dia
  • Importante estimulação física e sensorial da criança para minimizar o atraso no desenvolvimento físco e psicomotor
  • Preparar para a alta e o acompanhamento pós-alta

*Seguimento semanal até 1 mês pós-alta

126
Q

Quais são os critérios para acompanhameto ambulatorial na desnutrição grave?

A
  • Ter terminado esquema antibiótico
  • Aceitar bem dieta oferecida
  • Ganho de peso superior a 10g/kg/dia por 3 dias consecutivos
  • Ausência de edema
127
Q

O que é a síndrome de recuperação nutricional?

A
  • Ocorre entre 20-40º dia após início do tratamento e regride entre 10ª e 12ª semana após iniciado o tratamento
  • Os sintomas são de intensidade variável e ocorrem nas 2 formas de desnutrição, sendo mais discreta e mais tardia no marasmo
  • Hepatomegalia: fígado mole e indolor à palpação
  • Distensão abdominal com rede venosa colateral
  • Ascite: dificuldade circulatória portal
  • Fácies de lua cheia
  • Alterações de pele e fâneros: sudorese abundante e hipertricose
128
Q

Quais são os critérios para o diagnóstico de constipação funcional em crianças?

A

Crianças entre 0 e 4 anos, pelo menos 2 dos critérios por pelo menos um mês:

  • Duas ou menos evacuações por semana
  • Retenção excessiva de fezes
  • Comportamento de retenção
  • História de evacuação duras ou dolorosas
  • Massa fecal no reto

Criança com treinamento esfincteriano - critério adicional:

  • Pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana
  • Fezes volumosas que podem obstruir o vaso sanitário

Crianças de 4 anos até a adolescência, pelo 2 dos critérios abaixo, uma vez por semana por pelo menos um mês:

  • Duas ou menos evacuações no banheiro por semana
  • Pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana
  • História de comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes
  • História de evacuações dolorosas ou duras
  • História de fezes de grande diâmetro que podem obstruir o vaso sanitário
  • Grande massa fecal no reto
129
Q

Lactentes abaixo de 6 meses em aleitamento materno exclusivo podem apresentar pseudoconstipação (fezes macias em número menor que 3 vezes por semana) e não é necessário qualquer intervenção. V ou F?

A

Verdadeiro

130
Q

O que é o reflexo gastrocólico?

A

Após as refeições podem ocorrer contrações no sigmoide, empurrando as fezes para o reto. O que pode causar dor em crianças constipadas, o que resulta na criança não querer se alimentar

131
Q

O que é o escape fetal?

A

Quando há fezes no reto o cólon faz pressão para que essas fezes sejam eliminadas. Se essas fezes não são eliminadas há uma distensão do reto (megarreto) o que só aumenta a pressão no local. Isso vai fazer com que as fezes mais moles escapem pelo ânus sem que a criança queira.

132
Q

Quais são as manifestações clínicas da constipação de causa funcional?

A
  • Varia desde eliminação de fezes ressecadas de pequenas dimensões em forma de cíbalos até fezes muito volumosas
  • Durante o desmame iniciam fezes ressecadas e dificuldade para evacuar
  • Anorexia ou redução do apetite: podem estar presentes e perpetuar a constipação

Casos crônicos:

  • Dor abdominal recorrente
  • Vômitos
  • Fezes com sangue
  • Infecção de trato urinário de repetição
  • Retenção urinária
  • Enurese
  • Exame físico: massa palpável no abdome, distensão abdominal, fissura anal e fezes impactadas no reto.
133
Q

Quais são os sinais de possível causa orgânica da constipação?

A
  • História de eliminação de mecônio após 48 horas de vida
  • Febre
  • Vômito ou diarreia
  • Sangramento retal
  • Distensão abdominal grave
134
Q

Quais são as principais causas de constipação orgânica?

A
  • Doença de Hirschprung
  • Fibrose cística
  • Alergia a proteína do leite de vaca
135
Q

O que é a doença de Hirschsprung?

A
  • Caracterizado pela ausência no reto de gânglios nervosos de Auerbach e de Meissner que pode se estender no sentido cranial a extensões variáveis de acordo com a gravidade, podendo atingir até intestino delgado
  • O segmento lesado atua como lesão obstrutiva por não transmitir as ondas peristálticas, impedindo a passagem de fezes para o reto.
  • Geralmente se manifesta já no período neonatal com atraso na eliminação do mecônio (mais de 24 horas), podendo evoluir para enterocolite necrotisante, distensão abdominal, constipação intestinal.
  • A eliminação explosiva de fezes líquidas e gases após toque retal é sugestiva do diagnóstico.
136
Q

Como é feito o esvaziamento do fecaloma?

A
  • Pode ser iniciado no local do atendimento com emprego de enemas. Soluções fosfatadas, vaselina, sorbitol ou glicerina (clister a 12%) são geralmente usados (2,5ml/kg). Deve ser mantido por 3-6 dias ou mais ou até que o paciente apresente 2 evacuações amolecidas diariamente ou
  • Polietilenoglicol 1,5g/kg/dia por 3-6 dias
137
Q

Como é o tratamento de manutenção da constipação?

A
  • Polietilenoglicol: substância osmótica. 0,2-0,8g/kg/dia. 1ª linha acima de 6 meses.
  • Lactulose na dose de 1-2ml/kg/dia dividido em 2-3 tomadas. Usado quando o PEG não estão disponível.
  • Óleo mineral (maiores de 2 anos), crianças sem comprometimento neurológico
  • Hidróxido de magnésio
  • Os laxantes devem ser mantidos por 2 meses ou até que todos os sintomas estejam resolvidos por período de 1 mês. A retirada deve ser gradual