Otites Flashcards

1
Q

Qual a classificação das otites?

A

Aguda < 3 semanas
Subaguda 3 semanas a 3 meses
Crônica > 3 meses

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2
Q

O que são otites externas?

A

Infecções e/ou inflamações no meato acústico externo - desde o pavilhão auricular externo até a membrana timpânica.

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3
Q

O que é a otite externa localizada?

A

É a infecção e/ou inflamação da unidade pilossebácea do pavilhão auricular. Pode envolver um folículo formando um furúnculo ou mais gerando carbúculos. Gera otalgia intensa e eventual hipoacusia porque pode obstruir o conduto.

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4
Q

Qual o agente da otite externa localizada?

A

O staphylococus aureus

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5
Q

Qual o tratamento da otite externa localizada?

A

Assepsia
Drenagem cirúrgica
Curativo compressivo com ATB e corticoide tópico
Possível uso de ATB sistêmico em caso de febre ou maior acometimento do pavilhão - cefalexina (2 a 4g) em 7 dias
Analgésicos, anti inflamatórios e calor

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6
Q

O que é a otite externa aguda?

A

É a infecção/inflamação difusa de todo o canal auditivo externo, muito comum no verão relacionado a entrada de piscina/mar e a falta de mecanismos protetores. O paciente sente desconforto e plenitude, evoluindo para otalgia, hipoacusia, prurido e desconforto. Na otoscopia, tem eritema e edema, além de secreção serosa e purulenta.

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7
Q

Qual o principal agente da otite externa aguda e qual o tratamento?

A

O principal agente é a pseudomonas aeruginosa, mas pode ser por staphylococus epidermidis, klebsiella pneumoniae etc. O tratamento consiste na limpeza e assepsia e gotas otológicas de antibiótico + corticoide (ciproHC - ciprofloxacina + hidrocortisona) e analgesia. Caso febre, faz uso de ATB e corticoide sistêmico complementar ao tratamento tópico.

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8
Q

O que é a síndrome de Ramsey-Hunt?

A

É uma síndrome viral causada pelo herpes-zóster, sendo uma paralisia periférica unilateral. São erupções cutâneas, distúrbios de audição e equilíbrio com paralisia do nervo facial por comprometimento do corpo geniculado. Comum em pacientes imunodeprimidos e crianças.

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9
Q

Qual o tratamento da síndrome de Ramsey-Hunt?

A

Limpeza e assepsia
ACICLOVIR SISTÊMICO
Corticoides sistêmicos desde que o paciente não esteja descompensado
Analgesia - as vezes precisa de morfina
ATBs tópicos e sistêmicos

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10
Q

Por que as otites externas podem evoluir para a otite externa maligna?

A

Porque é uma doença grave, invasiva e necrosante e é uma complicação das otites externas. A infecção se inicia no CAE e progride invadindo a região da parótida, mastoide, orelha média e até mesmo base do crânio. Tem mortalidade de 25-35%. Ocorre em grupos de risco como idosos, diabéticos descompensados e imunodeprimidos - por isso, nesses grupos de risco, é importante haver uma atenção especial e fazer profilaxia com ATB sistêmico.

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11
Q

Qual o agente causador e quais as manifestações clínicas da otite externa maligna?

A

O agente causador é a pseudomonas aeruginosa. As manifestações são prurido, supuração, otalgia e hipoacusia. Pode evoluir acometendo o nervo facial, além de: meningites, abcessos cerebrais, trombose de seio sigmoide, neurite óptica, artrite séptica da ATM, septicemia e morte.

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12
Q

Quais os principais exames para se avaliar a otite externa maligna?

A

TC avalia atividade necrosante, RNM avalia invasão intracraniana mas para diagnóstico precoce e acompanhamento o exame de escolha é a cintilografia óssea pois ela que diagnostica focos de osteomielite.

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13
Q

Quais os critérios absolutos e relativos para o diagnóstico da otite externa maligna?

A

ABSOLUTO: confirmação da cintilografia
RELATIVOS: cultura positiva com pseudomonas, teciduo de granulação do assoalho do CAE, DM ou imunodeficiência, otalgia intensa

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14
Q

Qual o tratamento da otite externa maligna?

A

O paciente precisa ser hospitalizado
Limpeza e assepsia
Debridamento cirúrgico
Curativo com ATB tópico - ciprofloxacino
ATB
Oxigenoterapia hiperbárica auxilia na cicatrização
Mas sempre haverá cicatrizes estéticas

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15
Q

O que é a otite externa crônica recidivante?

A

É uma otite muito comum em países frios por conta do contato com a sauna, que “resseca” o conduto auditivo. Também é comum em mulheres, podendo gerar uma dermatite de contato. Mas pode ocorrer por conta de um agente infeccioso (staphylococcus epidermidis). É a diminuição da espessura, atrofia e ressecamento do epitélio do CAE. Isso gera um prurido intenso e hipoacusia, mas é indolor.

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16
Q

Qual o tratamento da otite externa crônica recidivante?

A

Limpeza e assepsia
Uso de ATB e corticoide tópico
Agentes ceratoplásticos tópicos em segunda fase do tratamento para evitar recidivas pois estimulam a renovação epitelial (ácido salicílico, retinoico, propilenoglicol…)

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17
Q

Otomicose ou otite externa fúngica tem quais fatores predisponentes?

A

A infecção da otomicose pode ser MISTA - fúngica E bacteriana, onde pode ser um quadro arrastado de otite em que o paciente não está melhorando com só antibioticoterapia. Os fatores predisponentes então seria a ausência de cera (que é antifúngica), calor, exsudações, distúrbios hormonais com muita sudorese, imunossupressão. O paciente tem muito prurido. Quando associado a bactéria, tem otalgia, secreção, desconforto, edema e hiperemia.

18
Q

Quais os agentes da otomicose e qual o tratamento?

A

Aspergilus ou cândida (pode ter otorreia leitosa).
Limpeza e remoção dos fungos.
Antifúngico tópico
ATB tópico se infecção mista

19
Q

Qual o perfil da otite externa eczematosa?

A

Prurido e descamação superficial associado a dermatites (atópica, seborreica, de contato) também psoríase, LES, neurodermatite, eczemas. O tratamento é específico, tratar o fator causal.

20
Q

O que é a orelha média?

A

É composta pela membrana timpânica e pelos ossículos

21
Q

Qual a classificação das otites médias?

A

Otite média aguda recorrente: quando +3 episódios/6 meses ou +4 episódios/12 meses

Otite média aguda persistente: quando persiste os sinais infecciosos após a terapia medicamentosa (um ou mais) - e tem aumento de vasdcularização, hiperemia, nível líquido visto por transparência

22
Q

As otites médias são prevalentes em qual tipo de população e por que?

A

Na população pediátrica por conta de uma menor inclinação da tuba auditiva e por ela ser mais curta também. O músculo tensor do véu palatino é menos eficiente e como a criança fica mais horizontalizada durante a amamentação pode ser um fator predisponente também.

23
Q

Quais as causas de otite média?

A
  • Disfunção tubária: menor angulação e mais curta
  • Obstrução física por hipertrofia de adenoides: o epitélio cilíndrico ciliado do trato respiratório é o mesmo que reveste as adenoides e a tuba auditiva. se a tuba auditiva está obstruida pelas adenoides, a secreção não desde e causa otite.
  • Imaturidade do sistema imunológico até os 3 anos (IgA e IgG)
  • Alergia respiratória e/ou alimentar
  • Interrupção precoce do aleitamento materno
  • Contato com crianças em creches, berçários e escolas
  • Tabagismo passivo
24
Q

Quais os principais agentes etiológicos das otites médias?

A

O principal é o STREPCOCCUS PNEUMONIAE. Mas também pode ser o haemophilus influenzae, moraxela catarrhalis. Em pacientes imunossuprimidos predomina S aureus até 6 semanas de vida.

25
Q

Como é feito o diagnóstico clínico da otite média?

A

O paciente sente plenitude, otalgia com febre, otorreia purulenta. Na otoscopia tem hiperemia com abaulamento da membrana timpânica e acúmulo de secreção purulenta na orelha média. Pode ter ruptura da membrana com melhora da dor e hipoacusia.

26
Q

Qual o tratamento da otite média?

A
  • Antibiótico sistêmico: amoxicilina 50mg/kg é a primeira escolha; pode ser amoxicilina/clavulanato também. Devido a resistência à penicilina, há alternativas: macrolídios (claritromicina), ceftriaxona, quinolonas apenas >16 anos. O tratamento mínimo é de 14 dias e pode durar até 21 dias.
  • Corticoides sistêmicos: sintomáticos, 5-7 dias de uso
  • Gotas otológicas: atb (ciprofloxacino) + corticoide + analgésico de 10-15 dias
  • Quadros tópicos há uso de anti-histamínicos
27
Q

Quais as complicações da otite média?

A

Podem ser intra-temporais (mastoidite aguda é a principal complicação) ou intra-cranianas (abcesso epidural, hidrocéfalo)

28
Q

O que é a otite média secretora?

A

É a presença de líquido na orelha média com ausência de processo infecioso. É o acúmulo de líquido seroso/mucoide, com membrana timpânica íntegra e sem sinais ou sintomas de um processo inflamatório agudo.

29
Q

Quais os fatores de risco para uma otite média secretora?

A
  • Otite média aguda prévia e precoce
  • Idade de 6-13 meses
  • Infecções virais, sazonalidade, creche
  • Malformações craniofaciais
30
Q

Quais os fatores que contribuem para o diagnóstico clínico?

A

O paciente geralmente não tem otalgia porque o líquido não é infectado. Apenas há prejuízo na audição - plenitude, hipoacusia, atraso na fala/rendimento escolar. Hiperemia com aumento da vascularização da membrana timpânica, com acúmulo de secreção. Gera aumento da reabsorção e aumento da viscosidade do líquido e leva à RETRAÇÃO DA MT -> ATELECTASIA DA MT POR REABSORÇÃO DE LÍQUIDOS.

31
Q

Como pode ser feito o diagnóstico da otite média secretora?

A
  • Audiometria por conta da perda de condução
  • Timpanometria para avaliar a mobilização da membrana timpânica
  • Vídeo endoscopia nasossinusal
  • RX cavum (indicência de perfil
32
Q

Qual o principal tratamento da otite média secretora?

A

Ela tem pouca resposta ao tratamento medicamentoso (antibióticos, descongestionantes, anti histamínicos, corticoesteroides, AINH, insuflação da tuba auditiva). Então o tratamento padrão ouro é o tratamento cirúrgico com colocação de dreno na MT - miringotomia e tubo de ventilação. Timpanoplastias quando atelectasia de MT.

33
Q

O que é otite média crônica e qual a fisiopatogenia da otite média crônica?

A

Condição inflamatória crônica associada a PERFURAÇÕES AMPLAS E PERISTENTES DA MT + OTORREIA!

Crônico > 3 meses

A tuba auditiva tem uma equalização pressórica entre a orelha média e o meio externo. Quando a pressão se torna negativa, há uma retração na MT e pode levar a perfuração.

34
Q

Qual o tipo de otite média crônica mais comum?

A

Otite crônica simples. Perfuração da MT + otorreia intermitente - SINTOMAS LEVES.
Tratamento: evitar contato com a água, limpeza e assepsia.
- ATB tópico (ciprofloxacino por 14 dias)
- ATB oral (amoxiciclina, amoxi/clavulanato, quinolonas por 21 dias)
- Corticoide tópico
- Tratamento cirúrgico - timpanoplastia; após 3 meses sem episódios agudos!

35
Q

Quais as diferenças da otite crônica simples para a supurativa?

A

A supurativa é a inflamação crônica com otorreia persistente amarelo-esverdeada, odor fétido e otalgia mesmo sem contato com água. Tem perfurações maiores com comprometimento da mastoide!
- Na audiometria tonal, tem perdas auditivas mais graves e pode ser neurossensorial
- Na TC tem edema de orelha média e comprometimento de mastóide

O tratamento é igual da crônica simples, mudando que o tratamento cirúrgico é a timpanomasteidectomia (remove todo o tecido ósseo doente para fechar a perfuração timpânica).

36
Q

O que é o colesteatoma?

A

É um tipo de otite média com comportamento pseudotumoral. Tem lesão do tecido epidérmico e conectivo em forma de saco invadindo a orelha média, ático e mastóide e formando epitélio escamoso destruindo a arquitetura original da orelha média. Mas isso é uma forma de cicatrização, a pele do conduto cresce para dentro.

37
Q

Como é o quadro clínico da otite média colesteatomatosa?

A

Otorreia purulenta, zumbido, plenitude auricular, otorragia, tontura, otalgia, comprometimento do nervo facial, vertigens, surdez súbita.

38
Q

Quais os exames complementares que podem ser feitos na otite média colesteatomatosa?

A
  • Audiometria tonal - hipoacusia de conução
  • TC - mostra destruição óssea da orelha média e osso temporal
39
Q

Qual o principal tratamento do colesteatoma?

A

Remoção do tumor por meio da timpanomasteidectomia

40
Q

Qual o processo inflamatório da orelha interna?

A

Labirintite.
Associado a sequelas graves da audição e equilíbrio.
Pode ser bacteriana (complicação de meningite, sífilis) ou viral (parotidite, sarampo, herpes zoster).
Perda auditiva progressiva e início brusco de vertigem incapacitante (náuseas, vômitos e febre).
TRATAR O FATOR CAUSAL -> cultura de líquor, anti inflamatórios e analgésicos.