Órgãos Reprodutores Femininos Flashcards

1
Q

Quais as Funções dos Ovários?

A

Gametogénese (Ocitogénese), Esteroidogénese

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2
Q

Quais os Esteroides Principais Secretados pelos Ovários?

A

Estrogénios - promovem crescimento e maturação de órgãos sexuais internos e externos e são responsáveis pelas características sexuais femininas que se desenvolvem na puberdade e atuam também sobre as glândulas mamárias (estímulo do crescimento dos ductos e do estroma e do acúmulo do tecido adiposo)
Progesterona - preparam os órgãos sexuais internos para a gravidez, promovendo alterações secretoras no endométrio e promovendo a proliferação lobular.

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3
Q

Descreva a Estrutura do Ovário

A

Antes da puberdade tem uma superfície lisa e depois vai apresentando cicatrizes. Na fase de pós-menopausa apresenta apenas 1/4 do tamanho observado durante o período reprodutivo.
A Medula contém tecido conjuntivo laxo, massa de vasos sanguíneos contorcidos de calibre relativamente grande, vasos linfáticos e nervos;
O Córtex (região cortical) contém os folículos ovarianos em tecido conjuntivo ricamente celularizado, fibras musculares dispersas pelo estroma a envolver os folículos..
Coberto por epitélio germinativo (simples cuboide) que se pode tornar quase pavimentoso em algumas regiões (continuidade com o mesotélio). Entre o epitélio germinativo e o cortéx encontramos a túnica albugínea (tecido conjuntivo denso).
Os Folículos Ovarianos, cada um de seu tamanho e com um único oócito (cujo desenvolvimento fica parado ma meiose I após o nascimento e até à puberdade). Apenas um oócito amadurece por ciclo e ao longo da vida, todos aqueles que não chegam a sofrer maturação completa sofrem atresia.

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4
Q

Como se podem identificar os Folículos Ovarianos com base no seu estado de Desenvolvimento?

A

Folículos Primordiais
Folículos em Crescimento (primários e secundários)
Folículos Maduros (de Graaf)

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5
Q

Descreva o Folículo Primordial

A

Surgem no 3º mês do desenvolvimento fetal, com crescimento independente da estimulação das gonadotropinas. No ovário maduro estão no estroma do córtex. Circundam o oócito uma camada de células foliculares pavimentosas (todos intimamente apostos) delimitadas externamente por uma lâmina basal. Tem um núcleo excêntrico com cromatina finamente dispersa e um ou mais nucléolos grandes, sendo que o ooplasma contém corpúsculos de Balbiani (acumulado de membranas e vesículas de Golgi, retículo endoplasmático, centríolos, mitocôndrias e lisossomas) e lamelas anulares (semelhantes a uma pilha de perfis de invólucros nucleares sendo que cada pilha tem uma estrutura porosa, morfologicamente idêntica aos poros nucleares) e vesículas citoplasmáticas dispersas.

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6
Q

Que modificações ocorrem na passagem de folículo primordial para primário?

A

O oócito aumenta de tamanho e ocorre proliferação das células foliculares achatadas circundantes (tornam-se cuboides) para formar o folículo primário. O oócito vai secretando proteínas específicas organizadas num revestimento extracelular (zona pelúcida) entre as duas camadas previamente descritas, sendo que, nos humanos esta é composta pelas glicoproteínas ZP-1, ZP-2 e ZP-3, das quais a última é a mais importante por atuar como recetor para a ligação dos espermatozoides e indutor da reação acrossómica. Zona claramente visível ao MO como camada homogénea e refringente, que se cora intensamente com corantes acidófilos (e PAS).
A proliferação das células foliculares também passa de uma camada única para uma camada estratificada - membrana granulosa e estas células são agora as células da granulosa. Desenvolvem-se junções comunicantes entre as células da granulosa, mas na camada basal não se encontramzônulas de oclusão (ausência de barreira hematofolicular).

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7
Q

Aquando do Desenvolvimento Folicular descreva as alterações nas Células do Tecido Conjuntivo

A

As células do estroma formam uma bainha - teca folicular, imediatamente externa à lâmina basal. Esta diferencia-se em duas camadas:
-teca interna, células secretoras cuboides, altamente vascularizada. As células totalmente diferenciadas têm características de células produtoras de esteroides. Muitos recetores de LH para que produzam e secretem os androgénios percursores dos estrogénios. Contém ainda fibroblastos, feixes de colagénio e uma rede rica em pequenos vasos
Teca Externa - camada externa, principalmente células musculares lisas e feixes de fibras de colagénio-
Os limites entre as duas camadas não são distintos, apenas o limite entre a teca interna e a camada granulosa (lâmina basal) e é avascular durante o período de crescimento folicular.

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8
Q

Descreva a Maturação do Oócito

A

Ocorre no Folículo Primário e vai ocorrer simultaneamente a distribuição de organelos. Múltiplos elementos dispersos do Golgi, derivados dum único corpúsculo de Balbiani tornam-se dispersos e aumenta o nº de ribossomas livres, mitocôndrias, pequenas vesículas e corpúsculos multivesiculares (e RER). Gotículas lipídicas ocasionais e massas de pigmento lipocromo e apresentam ainda grânulos corticais (imediatamente abaixo do colema) com proteases libertadas por exocitose aquando da ativação pelo espermatozoide. Apresentam microvilosidades irregulares para o espaço perivitelino (oócito e células da granulosa), à medida que a zona pelúcida é depositada. Simultaneamente desenvolvem-se prolongamentos delgados das células da granulosa que se projetam em direção ao oócito (entremeando-se com as microvilosidades do oócito ou mesmo invaginando-se pela sua membrana).

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9
Q

Descreva o Folículo Secundário

A

O Folículo Primário vai-se dirigindo para a região mais profunda do estroma cortical pela proliferação das células da granulosa. Necessita-se de FSH, Fatores de Crescimento (epidérmico, IGF-I) e Iões de Cálcio para o Crescimento dos oócitos e dos folículos. Quando o estrato granuloso atinge a espessura de 6-12 camadas celulares surgem cavidades repletas de líquido rico em ácido hialurónico entre as células da granulosa. À medida que a quantidade de líquido aumenta, as cavidades vão coalescer, formando por fim o antro - daí o nome folículo antral. O Oócito tem posição excêntrica e o inibidor da maturação do oócito (das células da granulosa para o líquido do antro) vai parar o seu crescimento (relação inversamente proporcional). Enquanto o oócito cresceu, o antro também cresceu. O Estrato Granuloso, de espessura uniforme, exceto na região associada ao oócito vai apresentar um espessamento - cúmulo oóforo, que se projeta para o antro, circundado pela coroa radiada. As células emitem microvilosidades que penetram em toda a zona pelúcida e comunicam por junções comunicantes com as dos ovócito. No desenvolvimento folicular o nº de microvilosidades na camada granulosa aumenta (relacionado com o aumento do nº de recetores de LH). Entre as células da granulosa encontramos o Corpúsculo de Call-Exner (densamente corado e PAS-positivo), secretados pelas células da granulosa e contendo ácido hialurónico e proteoglicanos.

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10
Q

Descreva o Folículo Maduro de Graaf

A

Estende-se pela espessura do córtex e provoca abaulamento na sua superfície. A atividade mitótica das células da granulosa vai diminuindo e o estrato granuloso parece tornar-se mais fino à medida que o antro aumenta de tamanho, bem como os espaços entre as células. O Oócito e as células do cúmulo são gradualmente afastados das restantes células da granulosa para se preparar para a ovulação e as célula do cúmulo formam agora uma única camada de células da coroa radiada. As camadas da teca tornam-se mais proeminentes, surgindo gotículas lipídicas na interna (características associadas a células produtoras de esteroides).
LH estimula as células da teca interna a secretar androgénios (não produzem estrogénios por conterem aromatase). Como as células granulares contêm aromatase os androgénios são transportados até ao REL para processamento posterior e são catalisados em estrogénios como resposta ao FSH. Os estrogénios estimulam a proliferação das células da granulosa (e portanto o aumento de tamanho folicular).
Libertação de FSH ou LH aproximadamente 24h pré-ovulação. Em resposta ao surto de LH, os seus recetores na célula granulosa são infrarregulados e as células da granulosa param de produzir estrogénios e reinicia-se a primeira divisão meiótica do oócito (12-24 horas pós-surto) formando-se o oócito secundário e o primeiro corpúsculo polar. As células da granulosa e da teca sofrem luteinização e passam a produzir a progesterona.

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11
Q

Que Fatores levam à libertação do oócito secundário na 2ª metade do ciclo?

A
  • Aumento no volume e na pressão do líquido folicular;
  • Proteólise enzimática da parede folicular pelo plasminogénio ativado;
  • Depósito de glicosaminoglicanos direcionado por hormonas entre o complexo oócito-cúmulo e o estrato granuloso;
  • Contração das fibras musculares lisas na camada externa da teca, desencadeada por prostaglandinas
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12
Q

Que Fatores levam à libertação do oócito secundário na 2ª metade do ciclo?

A
  • Aumento no volume e na pressão do líquido folicular;
  • Proteólise enzimática da parede folicular pelo plasminogénio ativado;
  • Depósito de glicosaminoglicanos direcionado por hormonas entre o complexo oócito-cúmulo e o estrato granuloso;
  • Contração das fibras musculares lisas na camada externa da teca, desencadeada por prostaglandinas
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13
Q

O que ocorre durante a capacitação?

A

Após maturação no epidídimo os espermatozoides são capacitados no trato reprodutor feminino por alterações estruturais e funcionais para lhe conferir maior afinidade de ligação aos recetores da zona pelúcida. Quando esta é bem conseguida será confirmada pela hiperatividade dos espermatozoides. Neste processo ocorre:
-Aumento da atividade da adenilciclase (níveis crescentes de cAMP)
_Aumento da Taxa de Fosforilação da Tirosina
-Ativação dos canais de Ca2+ (elevado intracelularmente) - CatSpers, expressas exclusivamente nas membranas da cauda.
-Libertação de glicoconjugados do líquido seminal da cabeça do espermatozoide que inibem a ligação aos recetores da zona pelúcida
-Modificação extensa da membrana plasmática pela remoção do colesterol (inibidor predominante da capacitação) e redistribuição dos fosfolípidos e carboidratos.

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14
Q

Onde e como ocorre a fertilização?

A

Na ampola da trompa uterina. Chegam, deparando-se com um oócito secundário rodeado pela coroa radiada, a qual devem penetrar para chegar à zona pelúcida. A ligação a esta última vai permitir que se complete a capacitação ao desencadear a reação acromossómica. A Penetração é realizada por proteólise limitada da zona pelúcida e após a realizar, o espermatozoide entra no espaço perivitelino entre a zona pelúcida e o oolema. Aqui a membrana plasmática do oócito e o oolema fundem-se e o núcleo da cabeça do espermatozoide é incorporado no oócito, formando-se o pró-núcleo masculino.

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15
Q

O que possibilita a entrada das estruturas do espermatozoide para o oócito?

A

Quando entra no espaço peri-vitelino, e após a ancoragem ao oolema há impregnação do oócito (fusão do oolema com a membrana basal), permitindo que o núcelo do espermatozoide, o centrossoma, a peça intermediária com mitocôndrias e o quinocílio sejam incorporados no citoplasma do oócito. É durante esta impregnação que se termina a segunda divisão meiótica. As membranas de ambos os pró-núcleos dissolvem-se (sem fusão) e os cromossomas alinham-se no fuso mitótico comum, sendo aqui essencial o centrossoma masculino e todas as mitocôndrias do espermatozide são eliminadas.

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16
Q

O que impossibilita que vários espermatozoides completem o processo de fertilização?

A

3 tipos de Reação Pós-Fusão:

  • Bloqueio Rápido da Polispermia: despolarização intensa e prolongada do oolema para criar um bloqueio elétrico transitório para a polispermia
  • Reação Cortical: alteração na polaridade do oolema para desencadear libertação de Ca2+ das reservas ooplasmáticas que propaga uma onda de reação cortical em que os grânulos corticais se movem para a superfície para se fundir com o oolema, resultando num aumento transitório da área de superfície do óvulo e reorganização da membrana, sendo o seu conteúdo libertado no espaço peri-vitelino
  • Reação Zonal: proteases libertas dos grânulos corticais não só degradam os recetores glicoproteicos como formam a barreira perivitelina, pelas proteínas de ligação cruzada na superfície da zona pelúcida, criando o bloqueio final e permanente para a polispermia.
17
Q

Descreva o Corpo Lúteo da Gravidez

A

Corpo Lúteo de Tamanho aumentado, cuja existência e função dependem de uma combinação de secreções parácrinas e endócrinas - luteotropinas, como estrogénios, IGF-I e IGF-II (produzidas pelo ovários) e hCG (secretada pelo trofoblasto do córion, estimula os recetores de LH no corpo lúteo e impede a sua degeneração), LH e Prolactina (pela hipófise) e Insulina (pâncreas).

18
Q

Descreva o Processo de Atresia

A

Processo pelo qual a maioria dos folículos degenera e desaparece. Mediada pela apoptose das células da granulosa. Ocorre no desenvolvimento fetal, vida pós natal e puberdade e acredita-se que estimule outros folículos a amadurecer, podendo ocorrer em qualquer estágio do desenvolvimento folicular.

19
Q

Descreva o Processo de Atresia

A

Processo pelo qual a maioria dos folículos degenera e desaparece. Mediada pela apoptose das células da granulosa. Ocorre no desenvolvimento fetal, vida pós natal e puberdade e acredita-se que estimule outros folículos a amadurecer, podendo ocorrer em qualquer estágio do desenvolvimento folicular. Nos folículos primordiais e pequenos em crescimento o oócito imaturo torna-se menor e degenera - alterações semelhantes às das células da granulosa. O folículos encolhem e desaparecem no estroma graças à apoptose e fagocitose repetidas pelas células da granulosa. Conforme são reabsorvidas e desaparecem as células do estroma migram para o espaço previamente ocupado pelo folículo.
Nos grandes folículos em crescimento a degeneração do oócito é retardada e parece ocorrer secundariamente a alterações degenerativas na parede folicular, indicando que quando o oócito alcança a sua maturidade e competência ele não é mais sensível aos mesmos estímulos que iniciam a atresia nas células da granulosa. As alterações foliculares são como se segue:
-Início da apoptose nas células da granulosa, indicado pela interrupção da mitose e pela expressão de endonucleases e de outras enzimas hidrolíticas nas células da granulosa
-Invasão da camada granulosa por neutrófilos e macrófagos
-Invasão da camada granulosa por filamentos de tecido conjuntivo vascularizado
-Descamação das células da granulosa no antro do folículo
-Hipertrofia das células da teca interna
-Colapso do folículo à medida que a degeneração continua
-Invasão do tecido conjuntivo na cavidade do folículo.

20
Q

Como é regulado o processo de artresia folicular?

A

Por produtos genéticos:
-proteína inibidora da apoptose neural, induzida por gonadotropina, inibe e retarda as alterações apoptóticas nas células da granulosa e a sua expressão está em todos os estágios do folículo em crescimento, mas ausente naqueles que sofrem atresia. A sua expressão é aumentada pelas gonadotropinas

21
Q

Como é regulado o processo de artresia folicular?

A

Por produtos genéticos:
-proteína inibidora da apoptose neural, induzida por gonadotropina, inibe e retarda as alterações apoptóticas nas células da granulosa e a sua expressão está em todos os estágios do folículo em crescimento, mas ausente naqueles que sofrem atresia. A sua expressão é aumentada pelas gonadotropinas.

22
Q

Descreva o Suprimento Sanguíneo dos Ovários

A

Das artérias ováricas que se anastomosam com os ramos ováricos das artérias uterinas (das ilíacas internas). Artérias espiraladas. As veias que acompanham as artérias formam um plexo pampiniforme, de onde se forma a veia ovárica. Na região cortical do ovário estão redes de vasos linfáticos nas camadas tecais, circundando os folículos em desenvolvimento, atrésicos e corpos lúteos.

23
Q

Descreva a Inervação do Ovário

A

Plexo Ovárico Autonómico.

24
Q

Descreva a Inervação do Ovário

A

Plexo Ovárico Autonómico.

25
Q

Como se podem dividir as Trompas de Falópio?

A

Estes tubos onde ocorre a fertilização e o desenvolvimento do zigoto até ao estágio de mórula apresenta:
Infundíbulo - segmento em funil, adjacente ao ovário que, na extremidade distal se abre na cavidade peritoneal e proximalmente comunica com a ampola. Apresenta fimbrias a estenderem-se do seu óstio para o ovário
Ampola - segmento mais longo, local de fertilização
Istmo - segmento medial estreito, adjacente ao útero
Intramural - na parede do útero, para o qual se abre

26
Q

Quais as Camadas da Parede da Trompa Uterina?

A

Serosa - mesotélio e uma fina camada de conjuntivo
Muscular - maioritariamente camada interna circular e espessa e longitudinal externa mais delgada, cujo limite é indistinto
Mucosa -pregas longitudinais relativamente finas, que se projetam para dentro do lúmen da tuba em toda a sua extensão, mais numerosas e complexas na amola, reduzindo-se no istmo. Epitélio Simples Colunar com células ciliadas e não ciliadas (diferentes estados funcionais de um mesmo tipo celular:
-Células ciliadas (mais numerosas no infundíbulo e ampola, cuja onda se dirige para o útero
-Células não ciliadas (secretoras, produzem o líquido que fornece material nutritivo ao óvulo.
Na fase folicular sofrem hipertofia cíclica e atrofia na fase lútea e a razão células ciliadas/não ciliadas altera-se durante o ciclo hormonal (estrogénio estimula a ciliogénese, progesterona estimula a secreção)

27
Q

Que tipo de transporte é feito na Trompa Uterina?

A

Bidirecional - movimentos ativos imediatamente antes da ovulação para permitir a ida do óvulo para a trompa. Movimentos ciliares e atividade peristáltica.

28
Q

Descreva a Estrutura Uterina

A

Anatomicamente divide-se em :
Corpo - porção superior grande, superfície anterior quase plana e posterior convexa, parte superior arredondada (fundo do útero)
Colo - parte inferior em formato de barril, separado do corpo pelo istmo e o seu lúmen apresenta uma abertura contraída em cada extremidade.
Quanto à sua parede, apresenta 3 camdas:
-Endométrio (mucosa)
-Miométrio (muscular espessa, contínua com a da trompa e da vagina e as fibras estendem-se ainda nos ligamentos conectados ao útero)
-Perimétrio (serosa externa, contínuo com o peritoneu pélvico e abdominal, mesotélio e conjuntivo fino. abaixo do mesotélio há uma camada de tecido elástico, geralmente proeminente) (é a única que não sofre alterações cíclicas a cada mês)

29
Q

O que acontece à vasculatura do endométrio durante o ciclo menstrual?

A

Artérias radiais (ramos das artérias arqueadas da uterina) penetram na camada basal do endométrio, onde originam pequenas artérias retas que suprem essa região do endométrio. O ramo principal da artéria radial ascende e torna-se espiralado e estas originam várias arteríolas que se anastomosam suprindo um rico leito capilar com segmentos dilatados de paredes finas (lacunas) que também podem ocorrer no sistema venoso de drenagem do endométrio.

30
Q

O que acontece à vasculatura do endométrio durante o ciclo menstrual?

A

Artérias radiais (ramos das artérias arqueadas da uterina) penetram na camada basal do endométrio, onde originam pequenas artérias retas que suprem essa região do endométrio. O ramo principal da artéria radial ascende e torna-se espiralado e estas originam várias arteríolas que se anastomosam suprindo um rico leito capilar com segmentos dilatados de paredes finas (lacunas) que também podem ocorrer no sistema venoso de drenagem do endométrio. As artérias retas e a parte proximal das artérias espiraladas não se modificam
durante o ciclo menstrual. A porção distal das artérias espiraladas, sob a influência dos estrogênios e da progesterona,
sofre degeneração e regeneração a cada ciclo menstrual.

31
Q

O que acontece à vasculatura do endométrio durante o ciclo menstrual?

A

Artérias radiais (ramos das artérias arqueadas da uterina) penetram na camada basal do endométrio, onde originam pequenas artérias retas que suprem essa região do endométrio. O ramo principal da artéria radial ascende e torna-se espiralado e estas originam várias arteríolas que se anastomosam suprindo um rico leito capilar com segmentos dilatados de paredes finas (lacunas) que também podem ocorrer no sistema venoso de drenagem do endométrio. As artérias retas e a parte proximal das artérias espiraladas não se modificam durante o ciclo menstrual. A porção distal das artérias espiraladas, sob a influência dos estrogênios e da progesterona, sofre degeneração e regeneração a cada ciclo menstrual.

32
Q

Como se podem descrever as alterações cíclicas durante o ciclo menstrual?

A

Apresenta 3 fases:

  • Proliferativa: concomitantemente com a maturação folicular e é influenciada pela secreção ovariana de estrogénios
  • Secretora: coincide com a atividade funcional do corpo lúteo (influenciada principalmente pela secreção de progesterona)
  • Menstrual: começa com a produção de hormonas pelo ovário a declinar e degeneração do corpo lúteo.
33
Q

Descreva a Fase Proliferativa do Ciclo Menstrual

A

No final da fase menstrual o endométrio tem uma fina camada de tecido conjuntivo e apenas as porções basais das glândulas uterinas e porções inferiores das artérias espiraladas (estrato basal). Com influencia dos estrogénios inicia-se a fase proliferativa em que as células etromais, endoteliais e epiteliais do estrato basal proliferam rapidamente:
-células epiteliais da porção basal das glândulas reconstituem as glândulas e migram para recobrir a superfície endometrial desnuda
-células do estroma proliferam e secretam colagénio e substância fundamental
-artérias espiraladas aumentam de comprimento.
Continua até ao primeiro dia depois da ovulação (aproximadamente dia 14). As glândulas apresentam lúmen estreito e são relativamente retas (aparência ligeiramente onduladas) e as células basais apresentam acumulados de glicogénio nas porções basais (extraídos em preparações histológicas)

34
Q

Descreva a Fase Secretora do Ciclo Menstrual

A

Sob influência da progesterona, alterações pronunciadas no estrato funcional (1 a 2 dias pós-ovulação). O Endométrio torna-se edematoso e as glândulas aumentam de tamanho, tornam-se tortuosas e os lúmens ficam preenchidos por secreção - líquido mucoide rico em nutrientes para desenvolvimento caso haja implantação. Mitoses são raras e o crescimento neste estágio resulta de hipertrofia das células epiteliais, aumento da vascularização e edema do endométrio. As artérias espiraladas aumentam de comprimento e tornam-se mais espiraladas, estendendo-se quase até à superfície do endométrio. Os estrogénios e progesterona permitem a diferenciação das células do estroma em células grandes e pálidas, ricas em glicogénio - células deciduais. O Estímulo para a diferenciação decidual é a implantação do blastocisto - ambiente favorável para a nutrição do embrião e criam uma camada especializada que facilita a separação da placenta da parede uterina ao término da gravidez.

35
Q

Descreva a Fase Menstrual do Ciclo Menstrual

A

O Corpo Lúteo produz ativamente hormonas durante 10 dias caso não ocorra fertilização e, à medida que os níveis hormonais decrescem o estrato funcional sofre diferenças na sua vascularização: Inicialmente as contrações periódicas das paredes das artérias espiraladas causam isquemia do estrato funcional. As glândulas interrompem a sua secreção e a altura do endométrio diminui. Sofre-se rutura do epitélio superficial e vasos sanguíneos. A descarga vaginal é constituída por sangue, líquido uterino e células estromais e epiteliais que descamam do estrato funcional. A coagulação é inibida e o fluxo sanguíneo arterial é restrito. O Fluxo sanguíneo pelas artérias retas assegura vascularização do estrato basal.

36
Q

Descreva o Colo do Útero

A

Mucosa cervical com glândulas ramificadas e sem artérias espiraladas. Mucosa com pouca alteração na sua espessura durante o ciclo e não descamada na menstruação, mas as glândulas cervicais sofrem alterações funcionais, relacionadas com o transporte de espermatozoides no canal cervical. A quantidade e propriedades do muco varia conforme a secreção ovárica, sendo que se torna menos viscoso para fornecer um ambiente mais favorável para a migração dos espermatozoides.
A zona de transformação faz transição de epitélio simples colunar do colo do útero para epitélio estratificado pavimentoso da vagina

37
Q

Descreva o Colo do Útero

A

Mucosa cervical com glândulas ramificadas e sem artérias espiraladas. Mucosa com pouca alteração na sua espessura durante o ciclo e não descamada na menstruação, mas as glândulas cervicais sofrem alterações funcionais, relacionadas com o transporte de espermatozoides no canal cervical. A quantidade e propriedades do muco varia conforme a secreção ovárica, sendo que se torna menos viscoso para fornecer um ambiente mais favorável para a migração dos espermatozoides.
A zona de transformação faz transição de epitélio simples colunar do colo do útero para epitélio estratificado pavimentoso da vagina

38
Q

Descreva a Vagina

A

Bainha fibromuscular do colo do útero até ao vestíbulo podendo ser circundada pelo hímen (pregas da membrana que se estendem no lúmen), derivado da membrana endodérmica que separou a vagina em desenvolvimento da cavidade do seio urogenital definitivo no embrião.
A Parede Vaginal é composta por:
-Mucosa (interna) com pregas ou rugas transversais e revestida por epitélio estratificado pavimentoso