Ombro Flashcards
Quais as características da síndrome do impacto do ombro (SIS)?
A SIS é uma doença não traumática, geralmente unilateral, com dor ao redor do acrômio que piora na elevação do braço, apresenta alterações funcionais, perda de qualidade de vida, distúrbios do sono e representa cerca de 50% de todas as queixas de dor no ombro. A SIS inclui lesões de estruturas do espaço subacromial (inflamação do manguito com ou sem ruptura, tendinopatias, bursite, inflamação ou ruptura do porção longa do bíceps).
Fatores estruturais como a forma do acrômio e fatores funcionais como encurtamento da cápsula anterior, peitoral menor e disfunção escapular podem levar à SIS.
A SIS provoca dor no ombro em geral, rigidez articular, fraqueza, incapacidade de levantar o ombro e sinal de encolhimento do ombro.
Avaliar ADM ativa e passiva e discinese.
Como é feito o diagnóstico da SIS e quais seus subtipos?
O diagnóstico envolve alterações degenerativas do tendão supraespinal, morfologia do acrômio e distúrbios fisiológicos e/ou funcionais do ombro.
Dentre os subtipos da SIS, temos os seguintes:
- Impacto externo subacromial: compressão do manguito ou tendão longo do bíceps
- Impacto interno PS: compressão do supra ou infraespinal com o labrum PS
- Impacto interno AS: compressão do subescapular na glenoide AS
- Impacto coracoide: impacto dos tecidos moles anteriores do ombro entre o processo coracoide e a tuberosidade menor
Quais condutas podem ser tomadas na SIS?
O tratamento pode ser conservador (repouso, medicação e fisio) ou cirúrgico (descompressão subacromial, reconstrução dos tendões, acromioplastia, ressecção do ligamento coracoacromial e bursectomia).
A intervenção fisioterapêutica pode incluir exercícios para redução de dor e melhora da função, exercícios de manguito, mobilização pode diminuir dor, estabilização escapular, alongamento de peitoral menor e cápsula posterior, recursos terapêuticos, força e endurance dos estabilizadores da escápula (trapézio inf e serrátil ant), elevação do braço no plano da escápula com rotação ext e abdução+rotação ext (ativam infra, supra e redondo menor), controle motor e exercícios de alavanca curta e longa
5-6 séries x 10 reps
Na reabilitação pós-cirúrgica começa-se com ganho de ADM passiva, seguido por movimentos ativos e finalizando com exercícios com cargas e altas repetições.
Diferencie subluxação de luxação
- Subluxação: perda de até 1/3 entre as estruturas da glenoumeral
- Luxação: perda de 2/3 do contato entre as estruturas
A frequência da instabilidade direciona o tratamento, lesão do lábio codifica trauma, frouxidão ligamentar codifica ausência de trauma, direção anterior é a mais comum.
Quanto maior a idade, menor a frequência de luxações.
Quais as possíveis lesões decorrentes das instabilidades traumáticas?
Lesão do lábio, cápsula, ligamentos, cabeça do úmero e redução do espaço rotatório por inflamação.
Quais as características das lesões de Bankart e Hill-Sachs?
- Bankart: avulsão da cápsula anterior e do labrum pelo ligamento glenoumeral inferior; pode ser realizada capsuloplastia e pregueamento capsular
- Hill-Sachs: fratura/depressão posterior na cabeça do úmero pelo impacto contra a glenoide na luxação anterior
Quais as características gerais da lesão SLAP?
Lesões que envolvem o labrum superior, com tensão excessiva da cabeça longa do bíceps. As mais comuns são do tipo II, onde o labrum superior e o bíceps são desinseridos da glenoide.
Quais as cirurgias para correção do SLAP?
Desbridamento, reinserção labral, tenotomia e tenodese do bíceps.
Como é a reabilitação de um pós-operatório de SLAP?
Flexão e supinação permitidas a partir da 3ª semana sem resistência. ADM ativa de flexão de ombro e abdução ativa com cotovelo fletido até a 6ª, cotovelo estendido após. Evitar atividade resistida de bíceps e fortalecimento agressivo nas 6-12 primeiras semanas.
Exercícios em rotação interna e exercícios de trapézio ativam menos o bíceps, enquanto o serrátil anterior aumenta essa atividade.
Quais as condutas tomadas em uma lesão de SLAP?
Prevenção de recidivas, redução de dor, ganho de ADM e força, controle motor, retorno às AVDs/esporte e educação do paciente.
Imobilização por no máximo 3 semanas.
Começar com TSM, progredir para força e resistência dos mm escapulotorácicos e glenoumerais (incluir cadeia fechada).