Oclusão Arterial Aguda de MMII Flashcards
Quais são as causas de oclusão arterial aguda dos MMII?
- Embolia
- Manifestações intensas
- Trombose in situ
- Manifestações menos exuberantes, pois algum grau de circulação colateral ja se desenvolveu antes do evento agudo.
Quais são as fontes mais comuns de êmbolos para os MMII?
- Coração: 80% dos casos
- Aorta
- Grandes artérias
Quais são os sítios mais comumente envolvidos na embolia arterial de extremidades?
- Bifurcação da femoral (40%);
- Bifurcação da ilíaca (15%);
- Aorta (10 a 15%);
- Poplítea (10%);
- Tibiofibular
Quais são as principais causas de trombose in situ?
- Instabilidade de placa aterosclerótica,
- Estreitamento progressivo de uma lesão aterosclerótica e consequente baixo fluxo,
- Estase e trombose,
- Trombose de enxertos utilizados como by-pass,
- Trombose de stents e trauma vascular.
Quais são as condições mais encontradas na trombose in situ?
- Trombose por sobre uma placa localizada em artéria femoral superficial
- Trombose em um aneurisma de artéria poplítea.
OBS: Lesões iatrogênicas decorrentes de manipulação da artéria femoral (para realização de cateterismo cardíaco, por exemplo) podem levar à trombose aguda da mesma, como consequência de lesão da íntima do vaso.
Quais as manifestacões clínicas da Oclusão Arterial Aguda dos MMII?
Os 6 P’s
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Dor (pain)
- Mais comum
- Intensidade correspondendo à gravidade das isquemia
- Mais tardiamente, a sensação álgica intensa tende a melhorar devido à perda sensorial decorrente de necrose isquêmica
- Palidez
- Ausência de Pulso (Pulselessness)
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Parestesia
- A evolução para anestesia completa do pé está relacionada à isquemia intensa e grave e à necessidade de revascularização do membro o mais rapidamente possível.
-
Paralisia
- O achado de rigidez muscular torna o membro inferior inviável, e é indicação de amputação primária
- Poiquilotermia: hipoteremia do membro acometido
Classificação da isquemia na Oclusão Arterial Aguda dos MMII
Qual a conduta e tratamento na OAA dos MMII?
- Conduta geral:
- Proteção térmica com algodão ortopédico
- Heparinização sistêmica
- Analgesia
- Categorias I e IIa:
- Arteriografia
- Trombolíticos (uroquinase recombinante [rUK])
- 4.000 U/min em 4h +
- 2.000 U/min, por um maximo de 48h
- Categoria IIb:
- Arteriotomia seguida de embolectomia
- Na etiologia trombótica, a cirurgia de revascularização (by-pass) é recomendada
- Categoria III:
- Amputação primária
Qual a principal complicação do tratamento da isquemia aguda dos MMII?
Síndrome de Reperfusão
Qual é a explicação dessa síndrome? A isquemia prolongada do membro inferior provoca disfunção da membrana das células musculares esqueléticas. Com o restabelecimento da perfusão, ocorre edema intracelular e intenso extravasamento capilar para o interstício muscular. Como os grupamentos musculares estão envoltos pela fáscia fibrótica, uma estrutura pouco distensível, o edema no compartimento muscular pode gerar pressões superiores à pressão de perfusão capilar, fenômeno que ocasiona hipoperfusão tecidual e isquemia muscular – a síndrome do compartimento. Nesta situação, o músculo não tem para onde se expandir, pois é contido pela fáscia…
O que compõe a Síndrome de Reperfusão?
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Síndrome compartimental
- Na maioria dos casos, a síndrome se desenvolve no compartimento anterior da perna.
- O paciente apresenta dor ao estiramento do membro.
- Parestesias entre o primeiro e o segundo pododáctilos indicam comprometimento do nervo tibial pela isquemia.
- A medida da pressão no compartimento anterior, embora controversa, tem sido citada por alguns autores como guia para a realização da fasciotomia, o tratamento definitivo desta condição. Pressões acima de 20 mmHg indicam o procedimento.
- Hipercalemia
- Acidose lática
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Mioglobinúria
- Medidas como hidratação, alcalinização da urina e uso de manitol são fundamentais para prevenirmos o acometimento agudo dos rins.