Obstrução do TU ou Uropatia Obstrutiva Flashcards

1
Q

O que mais trata dentro da urologia são __________________________, os quais precisam ser tratados senão coloca em risco a vida do paciente com _____________________.

A

O que mais trata dentro da urologia são processos obstrutivos e neoplásicos do trato urinário, os quais precisam ser tratados senão coloca em risco a vida do paciente com perda de função renal, infecção.

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2
Q

Causas mais frequentes que vão ser abordadas em outras aulas: ____________________________. O importante é identificar que tem obstrução para depois descobrir a causa.

A

Causas mais frequentes que vão ser abordadas em outras aulas: hiperplasia benigna da próstata e litíase urinária. O importante é identificar que tem obstrução para depois descobrir a causa.

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3
Q

Causas congênitas

A

Estenose congênita do meato uretral Válvulas de uretra posterior Ureterocele Estenose da junção pielo-ureteral Fimose Refluxo vesico-ureteral

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4
Q

Estenose congênita do meato uretral:

A

nasce com meato uretral fechado, impedindo fluxo urinário adequado e não esvaziando corretamente a bexiga

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5
Q

Válvulas de uretra posterior:

A

nasce com dobras na mucosa uretral na região da próstata → válvula da uretra posterior, impedindo o fluxo adequado da urina

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6
Q

Ureteroceles:

A

nasce com meato ureteral fechado de forma puntiforme, criando dilatação na porção distal do ureter → ureterocele

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7
Q

Estenose da junção pielo-ureteral:

A

causa relativamente frequente. JUP (junção pieloureteral) → local onde ureter se implanta na pelve renal. Estenose dessa região, em que a principal causa são vasos anômolos, pode ser uma causa de obstrução

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8
Q

Refluxo vésico-ureteral:

A

-Mais visto no sexo FEMININO. -Na embriogênese, o ureter, em sua parte distal, se implanta na bexiga com um trajeto intramural (abaixo da mucosa e acima do musculo detrusor) de 2-3 cm. Isso torna-se funcional porque quando a bexiga enche, comprime ureter e não volta nada por ele. -Quando há refluxo vésico-ureteral, não há o trajeto intramural e o ureter desenvolve-se diretamente na bexiga, possibilitando o refluxo de urina quando a bexiga enche (passivo) e quando ela contrai durante a micção (ativo). -Tem vários graus e, dependendo deles, pode haver perda de função renal. -É um processo obstrutivo não obstrutivo porque não há obstrução mas o efeito é o mesmo da obstrução, dilatando o rim → hidronefrose, podendo levar a perda renal.

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9
Q

Causas adquiridas

A
  • HBP - Estenose uretral - Carcinoma de próstata - Tumor de colo uterino - Litíase urinaria - Carcinoma de bexiga e ureter - Fibrose retroperitoneal
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10
Q

Estenose uretral:

A

DST pode ter como sequela fibrose na uretra posterior, fechando e levando a obstrução urinária. Homens que sofrem acidente de carro e tem fratura de bacia pode ter esgarçamento de uretra (lesão total ou parcial) e no processo cicatricial pode levar a estenose uretral.

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11
Q

Carcinoma de próstata:

A

mesma fisiopatologia da HPB → aumento da próstata fechando uretra.

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12
Q

Tumor de colo do útero:

A

não é raro mas, com o estimulo da prevenção, tem diminuído os casos. Tumor pode crescer para o trígono vesical (base da bexiga), podendo afetar o local de inserção dos ureteres.

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13
Q

Litíase urinária:

A

Talvez seja a causa mais frequente

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14
Q

Carcinoma de bexiga e ureter:

A

ureter → tumor diminui luz, levando a obstrução. Bexiga → sobre o meato ureteral → obstrução.

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15
Q

Fibrose retroperitoneal:

A

paciente que fez radioterapia pode formar fibrose, fazendo com que ureter perca o peristaltismo ▪ OBS – como funciona o trato urinário? Urina é formada no rim, ureter e pelve renal são órgãos musculares e fibroelásticos, tendo mecanismo de contração para impulsiona a urina “para frente

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16
Q

Classificação de Yom (uretra posterior).

A

Tipo 1: dobra junto de onde é a uretra prostática. Essa dobra pode dificultar o diagnóstico de obstrução por cistoscopia pois quando passa o aparelho a dobra abre e não aparenta ter obstrução. Portanto, se for fazer exame, tem que apertar a bexiga.

17
Q

Imagem de válvula de uretra posterior.

A

Uretra prostática dilatada e bexiga está irregular, serrilhada. Normalmente, num cistograma com contraste, a bexiga tem a parede lisa mas, se ela aparece serrilhada, significa que ela está trabeculada, começa a hipertrofiar a musculatura.

18
Q

Efeitos sobre a uretra:

A

dilatação → adelgaçamento da parede → formação de divertículos (“bolsa” na parede) → acumula urina nessas “bolsas”→ infecção (estase predispõe a infecção) → abcessos → fístulas.

19
Q

Efeitos sobre a bexiga:

A

Órgão muscular (músculo detrusor) que tem a função de armazenamento e esvaziamento. ➢ Fase compensação: quando há obstrução abaixo da bexiga e o órgão fica com dificuldade de esvaziar, ela vai fazendo mais força e trabalha em alta pressão, com isso ocorre hipertrofia da musculatura, surgindo as trabeculações (imagem serrilhada no cistograma) e divertículos (herniação da mucosa através da muscular). Essa fase, normalmente, é assintomática pois a bexiga tá compensando a obstrução. ➢ Fase descompensação: bexiga “vai cansando” e começa a haver falência da musculatura, retendo urina (aceitável resíduo de até 60mL) pelo adelgaçamento da parede. Obstrução → acometimento da musculatura vesical → compressão sobre a parede da bexiga pelo acumulo de urina → lesões de terminações nervosas → alteração do funcionamento do órgão. No início, bexiga começa a reagir de forma irritada quando se tem lesão das terminações nervosas, desenvolvendo polaciúria, urgência, incontinência e, com o passar do tempo, musculatura entra em falência e pode ter retenção urinária crônica → retém urina sem sentir dor porque vai, com o tempo, desfuncionalizando a bexiga pela lesão (aguda – começa a sentir dor e não consegue urinar).

20
Q

Efeitos sobre o Ureter:

A

dilata pelo aumento de resíduo → hipertrofia da musculatura → torna-se tortuoso → perde peristaltismo (rim começa a dilatar → hidronefrose).

21
Q

Efeitos sobre o Rim:

A

aumento da pressão dentro do sistema coletor → comprime parênquima renal → isquemia. Isso, com o tempo, vai afilando o parênquima renal até ele ficar com uma “bolsa d’água” e entrar em insuficiência renal crônica. Obstrução abaixo da pelve → dilatação → cálice tem eversão do seu ângulo, ficando bojudo (baqueteamento dos cálices) → comprime arteríolas arqueadas renais (são paralelas ao cálice) → diminui sangue nas artérias interlobares → isquemia → atrofia do parênquima renal.

22
Q

Comprometimento renal:

A

Depende do tempo de duração da obstrução (quanto mais tempo, mais chance de comprometimento), extensão e grau de obstrução, presença ou ausência de infecção (infecção ajuda na deteriorização renal) e fatores anatômicos, como a pelve intra e extra-renal. A intra-renal tem maior risco de comprometimento do que quando é extra (imagem) devido a elasticidade pois quando há obstrução extra, ela compromete menos o sistema coletor do que quando é intra.

23
Q

Mecanismos de defesa renal:

A

Reabsorção pielo-linfática, pielo-venosa e extravasamento peri-renal. Antigamente, fazia-se pielografia retrógrada, exame que se passa o cateter, injetando contraste no rim que não está filtrando para avaliar, comprovando as reabsorções (quando injetava contraste em um rim, tempo depois, aparecia no outro também, comprovando que passou pelo sangue). Mecanismos tem como objetivo aliviar a pressão intra-renal mas não é eficiente, podendo também atrapalhar quando se tem uma infeção urinária, aumentando risco de sepse. (OBSTRUÇÃO + INFECÇÃO = DESOBSTRUÇÃO)

24
Q

Sintomas:

A

Dependem do grau e do local de obstrução ➢ Obstrução alta (ureter para “cima”): dor lombar em cólica de grande intensidade, podendo irradiar para flanco e fossa ilíaca, normalmente acompanhada de náuseas e vômitos ➢ Obstrução baixa: jato urinário fraco, hesitância urinária (demora a começar sair urina), sensação de esvaziamento vesical incompleto (resíduo aumentado – urina e fica com sensação que ainda tem urina), dor supra-púbica, pode entrar em anúria ➢ Febre quando tem infecção associada ➢ Infecção urinária de repetição

25
Q

Diagnóstico

A

➢ Urografia excretora: RX simples → injeta contraste iodado na veia → RX com intervalos de minutos, analisando a filtração desse contraste. Contra indicado em indivíduos que não possam fazer RX, alergia ao iodo, diabéticos. ➢ Ultrassonografia: menos invasivo e permite ver obstrução, dilatação nos rins, afilamento do parênquima renal, parede da bexiga, medir resíduo ➢ Cintilografia renal: injeta radioisotópicos na veia, substâncias que avaliam a capacidade de captação e excreção dos rins. Esse método é melhor que urografia para avaliar função renal. ➢ Tomografia computadorizada = urotomografia helicoidal: pode ser feito sem contraste, permite visualizar se tem compressão extrínseca, densidade do cálculo. Exame mais completo.

26
Q

Urografia excretora

A

RX simples → injeta contraste iodado na veia → RX com intervalos de minutos, analisando a filtração desse contraste. Contra indicado em indivíduos que não possam fazer RX, alergia ao iodo, diabéticos.

27
Q

USG

A

Menos invasivo e permite ver obstrução, dilatação nos rins, afilamento do parênquima renal, parede da bexiga, medir resíduo

28
Q

Cintilografia renal:

A

Injeta radioisotópicos na veia, substâncias que avaliam a capacidade de captação e excreção dos rins. Esse método é melhor que urografia para avaliar função renal.

29
Q

Tomografia computadorizada

A

Urotomografia helicoidal: pode ser feito sem contraste, permite visualizar se tem compressão extrínseca, densidade do cálculo. Exame mais completo.

30
Q

Complicações:

A

infecção (pode levar a pionefrose – rim cheio de pus – e sepse), litíase urinária (estase) e perda da função renal.

31
Q

Cistograma com contraste

A

Imagem de válvula de uretra posterior. Uretra prostática dilatada e bexiga está irregular, serrilhada. Normalmente, num cistograma com contraste, a bexiga tem a parede lisa mas, se ela aparece serrilhada, significa que ela está trabeculada, começa a hipertrofiar a musculatura.

32
Q
A

A esquerda, tem-se uma bexiga normal, com parede lisa.

Já a direita, tem-se a bexiga trabeculada, musculatura começa a ficar retesada e hipertrofiada e, com o passar do tempo, pode surgir divertículos (parede se espessa e tem dificuldade de esvaziamento → resíduo).

33
Q
A

A imagem ao lado mostra a evolução do processo se nada for feito.

Bexiga vai ficando trabeculada e hipertrofiada (1) e, com o tempo, ureter fica com musculatura espessada, dilatando (2) e tornando-se tortuoso, perdendo o peristaltismo (substitui musculatura por colágeno) (3) e rim vai atrofiando, comprimindo parênquima e tendo perda da função renal. Além disso, durante todo esse processo, tem a urina parada, predispondo a infecção.