Neoplasias Flashcards
Neoplasias
“Lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou
redução de diferenciação, em consequência de alterações em genes ou proteínas que regulam a
multiplicação e a diferenciação das células”
Células atípicas e com autonomia no crescimento
Neoplasia Benignas
Crescimento lento
Baixo índice mitótico
Bem diferenciado
Não invasivo, bordas bem definidas
Localizado, não metastizam
Neoplasia Maligna
Crescimento rápido
Alto índice mitótico
Pouca diferenciado
Não possui cápsula
Metastizam e Invadem estruturas vizinhas
Nomenclatura Benignos
TECIDO DE ORIGEM + “OMA”
Nomenclatura Malignos
“CARCINOMA” > endoderma e ectoderma (epitélios e glândulas)
“SARCOMA” > (do grego “sar”= feito de carne) mesoderma (tecidos conjuntivo, muscular, nervo e endotélio)
“BLASTOMA” > reproduz características embrionárias (células precursoras, imaturas)
Exceções à regra da nomenclatura
- Hepatoma → hepático maligno
- Linfoma → linfóide maligno
- Melanoma → pele (melanócitos) maligno
Epônimos
- Tumor de Brenner > ovariano benigno
- Tumor de Wilms > renal maligno
- Tumor de Ewing > ósseo maligno
- Doença de Hodgkin > linfóide maligno
- Sarcoma de Kaposi > Hemangiossarcoma
Aspecto macroscópico Benignos
Bem delimitados
Cápsula de tecido conjuntivo
Massa expansiva
Tendem a ser esféricos
Ausência de necrose, hemorragias
Aspecto Macroscópico maligno
Mal delimitados (limites imprecisos)
Ausência de cápsula
Massa infiltrativa
Tendem a formar vegetações, ulcerações
Presença de necrose, hemorragias
Exemplos de Neoplasias Benignas
LEIOMIOMA
LIPOMA
MENINGIOMA
FIBROMA
Adenoma folicular da tireoide
Adenoma da adrenal
Exemplos de Neoplasias Malignas
Adenocarcinoma intestinal
Adenocarcinoma de mama
Carcinoma hepatocelular
Carcinoma cervical
Leiomiossarcoma
Microscopia de Neoplasias Malignas
- Aumento da relação núcleo /citoplasma
- Hipercromasia nuclear
- Pleomorfismo celular
- Atipias nucleares (ex. cariomegalia)
- Anaplasia
- Nucléolo evidente
Biologia da célula tumoral maligna
PERDA DA ADESIVIDADE
* v Estruturas juncionais e moléculas de adesão
* v fibronectina (célula- interstício)
* ^ repulsão eletrostática entre células
* Irregularidades na membrana citoplasmática
METABOLISMO
^ captação de aminoácidos e síntese protéica: caquexia
Glicólise anaeróbica mais eficiente (efeito Warburg): v pH e resistência à hipóxia.
EFEITO WARBURG
Alteração metabólica comum em tumores malignos
Aumenta produção de lactato
TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET)
✓ Reconhecimento de células malignas por sua avidez pela glicose
✓ Uso de fluorodesoxiglicose: captação preferencial por células neoplásicas
METÁSTASES
- Formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas.
- Habilidade de células malignas de invadir vasos (sanguíneos e linfáticos) e cavidades e migrar para locais distantes da origem.
É sinal de mau prognóstico
FASES DA METÁSTASE
Destacamento
Deslocamento
Destruição da MEC
Disseminação para linfáticos e sanguíneos
Enxerto
Teoria da “semente e do solo”
?
Destacamento
I) Alterações das estruturas do complexo juncional
II) Perda da inibição por contato
Deslocamento
I) Produção de fatores autócrinos de mobilidade
II) Emissão de pseudópodes (alterações do citoesqueleto)
III) Fatores quimiotáticos
Destruição da MEC
Proteases – MMPs (Colagenase IV e outras)
Disseminação para linfáticos e sanguíneos
Células tumorais produzem VEGFs
Evasão dos mecanismos de defesa (Ac, M, L)
Enxerto
Colônia secundária
Dependente de: fatores de crescimento do tecido
angiogênese
tendem a maior desdiferenciação
genes pró- metástase
Vias de Disseminação dos Tumores
Via Linfática:
Via sanguínea:
CONTINUIDADE
CONTIGUIDADE
Implante
Via Linfática:
Linfonodo sentinela: 1º sítio das metástase, linfonodo mais próximo na via de drenagem
Via sanguínea:
Células neoplásicas invadem a corrente sanguínea
- Mais de 99% são destruídas:
* força de cisalhamento
* anticorpos
* complemento
* células citotóxicas
CONTINUIDADE
o tumor compromete órgãos que fazem parte da mesma função.
Ex. um câncer de estômago que invade o esôfago
CONTIGUIDADE
o tumor cresce e atinge órgãos que estão próximos, mas que não fazem parte do mesmo sistema. Ex. um câncer retal, que pode invadir a vagina na mulher, língua para bochecha.
Implante
O tumor cresce e libera células para as cavidades ou membranas,cformando tumores. Ex. câncer de ovário, que pode causar metástase na cavidade peritoneal e pleural, causando acúmulo de líquido, rim para ureteres
Causas de neoplasia
Vírus (HBsV e HCV, HPV, Vírus Epstein Barr, HTLV)
Bactérias,
* Álcool
* Fumo
* Dieta
* Comportamento sexual
* Poluição
* Ocupação (mineração, indústria
química)
* Radiação UV e outras
* Hormônios
Alvos Principais da Lesão Genética no Câncer
A) Proto-oncogenes (oncogenes): promotores do crescimento.
B) Anti-oncogenes ou supressores: inibidores do crescimento.
C) Reguladores da apoptose.
D) Reguladores do reparo do DNA.
E) Eventos epigenéticos silenciamento gênico (metilação e desacetilação do DNA)
Tratamento
Quimioterapia: drogas citotóxicas
Radioterapia: radiação localizada
Cirurgia
Imunoterapia: fortalecimento do sistema imunológico
Em estudos: nanoterapia
Bases Moleculares do Câncer
O câncer resulta do acúmulo de múltiplas mutações não-letais
Graduação de Malignidade por aspectos morfológicos
G1- Bem diferenciado
G2- Moderado
G3- Pouco ou mal diferenciado
G4- Anaplásico
Estadiamento
T - tamanho do tumor primário
N - linfonodos
M - metastase
Estadiamento T
Tx - Tumor primário não pode ser avaliado
To - não há evidência do tumor primário
T1 – T4 - variam com o diâmetro do tumor e extensão local
Estadiamento N
Nx - Linfonodos regionais não podem ser avaliados
No - sem evidências de linfonodos regionais
N1 – N4 - envolvimento progressivo de linfonodos regionais
Estadiamento M
Mx – Metástases não podem ser avaliadas
Mo - não há metástase à distância
M1 - presença de metástase à distância
Manifestações clínicas locais
➢ Obstruções
➢ Compressão e deslocamento de órgãos ou estruturas
➢ Dores
➢ Ulcerações, hemorragias
➢ Infecções secundárias
➢Infarto
Manifestações clínicas sistêmicas
➢ Produção de hormônios
➢ Caquexia
➢ Síndromes paraneoplásicas
- Manifestações endócrinas
- Manifestações hematológicas
- Manifestações neuromusculares
- Outros
Síndromes paraneoplásicas
- Manifestações endócrinas
- Manifestações hematológicas
- Manifestações neuromusculares
- Outros - Acantose nigricante
Manifestações endócrinas
Síndrome de Cushing
Hipercalcemia
Manifestações hematológicas
Anemia
Estados de hipercoagulabilidade
Manifestações neuromusculares
Degeneração cerebelar
Demência
Neuropatia periférica
Diagnóstico
✓ História clínica
✓ Exame físico
✓ História familial
Marcadores tumorais (PSA, CA)
Exames de Imagem
Citológicos
Histológicos
testes moleculares
Exames citológicos
Raspados (pele, mucosas)
Líquidos diversos (pleural, peritoneal, liquor, urina)
Punções aspirativas diversas (agulhas finas ou grossas) - PAAF: amostras da tireoide
Papanicolau
Papanicolaou
exame de rastreio de câncer do colo uterino
(detecta alterações nas células do colo do útero).
Exames histológicos
✓ Biópsia = incisional ou excisional
✓ Remoção cirúrgica
✓ Necropsia
Uso da Imunohistoquímica
Aplicações da Imuno-histoquímica
- Diferenciar uma proliferação celular maligna x benigna;
- Realizar o diagnóstico de neoplasias malignas morfologicamente indiferenciadas;
- Realizar a subtipagem para seleção terapêutica;
- Caracterizar a produção de secreção neoplásica (ex.: hormônio);
- Caracterizar a origem (epitelial, mesenquimal, mista);
- Identificação de micrometástase em linfonodos sentinelas;
- Avaliação prognóstica;
- Orientação terapêutica.
p53
Gliossarcoma
(ER+ e PgR+)
Neoplasia de mama positiva
para os receptores de estrogênio e
progesterona
Testes moleculares
PCR: reação em cadeia da polimerase
Fragmento de DNA é amplificado
Fases:
- Desnaturação
- Anelamento
- Extensão (DNA polimerase)
Microarrays
Aplicações da PCR
Detecção da presença de sequências de ácidos nucléicos
Identificação de alterações genômicas (diagnóstico do câncer)
Análise de polimorfismos genéticos
Microarrays
✓ Plataformas de estudo em larga escala, úteis como método de rastreamento de diferença de expressão gênica entre amostras semelhantes.
✓ Análise em todo o genoma, de modo uniforme.