Neonatologia Flashcards

1
Q

Baixo peso ao nascer:

A

1500 ≤ peso < 2500g.

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2
Q

Muito baixo peso ao nascer:

A

1000 ≤ peso < 1500g.

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Q

Extremo baixo peso ao nascer:

A

< 1000g.

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4
Q

RN pré-termo extremo:

A

< 28 semanas.

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5
Q

RN a termo:

A

Nascido entre 37 semanas e 41 semanas e 6 dias.

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6
Q

RN pós-termo:

A

A partir de 42 semanas.

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7
Q

RN pré-termo tardio:

A

Nascimento entre 34 e 36 semanas e 6 dias.

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8
Q

RN pequeno para idade gestacional:

A

Abaixo do percentil 10.

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9
Q

RN com peso adequado para idade gestacional:

A

Entre os percentis 10 e 90.

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10
Q

RN grande para idade gestacional:

A

Acima do percentil 90.

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11
Q

O ducto venoso é um vaso fetal que comunica quais outros vasos?

A

A veia umbilical à veia cava inferior.

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12
Q

O ducto arterial fetal comunica a artéria pulmonar à:

A

Aorta descendente.

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13
Q

O forame oval comunica que estruturas na circulação fetal?

A

Os átrios direito e esquerdo.

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14
Q

Na circulação fetal, apenas 10% do débito do ventrículo direito é ejetado para o pulmão, sendo o restante ejetado na aorta descendente através do…

A

Ducto arterioso.

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15
Q

Porção da circulação fetal com maior saturação de oxigênio:

A

Da veia umbilical até a aorta pré-ductal (o ducto arterioso comunica a artéria pulmonar com a aorta, trazendo mistura de sangue venoso com arterial).

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16
Q

O período neonatal vai até qual idade?

A

Nascimento - 28 dias

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17
Q

As mortes neonatais, no Brasil, concentram-se em qual período?

A

Neonatal precoce: primeiros 7 dias (em especial, no primeiro dia)

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18
Q

Como a OMS define o nascido vivo?

A

Expulsão completa do corpo da mãe, independente da IG, de um produto de concepção que, depois da separação, respira, apresenta batimentos cardíacos, pulsações do cordão umbilical, movimentos musculares voluntários, estando ou não cortado o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta

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19
Q

Quando o produto da concepção não é nascido vivo, devemos fornecer um documento. Cite-o.

A

Declaração de óbito fetal no mesmo impresso do atestado de óbito para IG maior ou igual a 20 semanas (DNV para nascidos vivos).

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20
Q

Como classificar a restrição ao crescimento intrauterino?

A

Simétrica: fatores intrínsecos (início da gestação)

Assimétrica: fatores extrínsecos (final da gestação)

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21
Q

Quais as três perguntas a serem feitas na avaliação inicial de um RN?

A
  1. Gestação a termo?
  2. Respirando ou chorando?
  3. Tônus muscular em flexão?
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22
Q

Qual deve ser a temperatura da sala de parto?

A

23-26 graus Celsius

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23
Q

RN > 34 semanas, respirando e chorando, com tônus muscular em flexão. Em quanto tempo clampearemos o cordão?

A

1-3 min + colo materno

 - Melhora índices hematológicos entre 3-6 meses de idade
 - Eleva necessidade de fototerapia
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24
Q

RN < 34 semanas, respirando ou chorando, com tônus muscular em flexão. Em quanto tempo clampearemos o cordão?

A

30-60 segundos + mesa de reanimação

 - Reduz risco de enterocolite necrosante e hemorragia intracraniana
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25
RN de qualquer IG, sem boa vitalidade (não chora, não respira, atonia...) terá o cordão clampeado em quanto tempo?
Imediatamente + mesa de reanimação
26
Qual é o primeiro passo na mesa de reanimação neonatal?
RN quer A PAS... A: aquecer P: posicionar a cabeça em leve extensão A: aspirar VA, se necessário S: secar
27
Há uma particularidade na passo inicial da reanimação neonatal em RN com menos de 34 semanas. Ao fornecer calor, devemos adotar uma conduta diferente. Cite-a.
Envolver o RN em saco plástico + touca dupla (plástico + lã/algodão)
28
Quando necessário, devemos aspirar a VA do RN com sonda traqueal sob uma pressão de 100 mmHg. Qual a sequência correta de aspiração?
Boca -> narinas | bebê não come meleca de nariz
29
O passo inicial da reanimação neonatal (A PAS) deve ser realizado em quanto tempo?
30 segundos
30
Após A PAS, na mesa de reanimação, qual será o passo seguinte?
Avaliar FC e respiração - FC: auscultar por 6s e multiplicar por 10 - Respiração: apneia ou ritmo irregular?
31
RN na mesa de reanimação com FC < 100 ou apneia ou ritmo respiratório irregular. Conduta? Cuidado: FR não entra na avaliação
VPP por 30 segundos (deve ser iniciada nos primeiros 60s) - The golden minute Além disso: saturímetro MSD + monitorização cardíaca com 3 eletrodos (avaliar FC)
32
RN em VPP. Qual deverá ser a frequência ventilatória?
40-60 movimetos/minuto ("aperta/solta/solta...") - 34 semanas ou mais: ar ambiente - < 34 semanas: O2 30%
33
Quais são os valores desejáveis de oximetria no RN na mesa de reanimação?
Até 5 min de vida: 70-80% 5-10 min de vida: 80-90% > 10 min de vida: 85-95%
34
RN que, no primeiro minuto estava com FC < 100 ou apneia ou ritmo respiratorio irregular, foi submetido a VPP por 30 segundos. FC ainda < 100 ou apneia ou ritmo irregular. Conduta?
Checar técnica + VPP
35
RN que, no primeiro minuto estava com FC < 100 ou apneia ou ritmo respiratorio irregular, foi submetido a VPP por 30 segundos. A técnica foi checada e mantida VPP. FC ainda < 100 ou apneia ou ritmo irregular. Conduta?
Tubo (IOT) + ventilação por 30s
36
RN que, no primeiro minuto estava com FC < 100 ou apneia ou ritmo respiratorio irregular, foi submetido a VPP por 30 segundos. A técnica foi checada e mantida VPP, porém sem sucesso. Assim, procedeu-se à IOT. Após 30s de ventilação em tubo, FC < 60. Conduta?
MCE (3:1) por 60s + aumentar oferta de O2 + considerar cateterismo venoso
37
Na avaliação inicial na mesa de reanimação neonatal, RN apresenta FC < 60. Devemos pular os passos iniciais e já iniciar MCE + TOT?
Não... | Sempre seguir o passo-a-passo (VPP + checar técnica/VPP + TOT/MCE)
38
Há uma excessão à regra a ser seguida de reanimação neonatal. Lembrar do RN com grave desconforto respiratório, abdome escavado e coração no HTX D, pois faz-se o diagnóstico clínico de hérnia diafragmática. Conduta na reanimação?
Iniciar VPP com TOT
39
Qual deve ser a profundidade da compressão na MCE neonatal?
1/3 do diâmetro AP do tórax
40
RN que, no primeiro minuto estava com FC < 100 ou apneia ou ritmo respiratorio irregular, foi submetido a VPP por 30 segundos. A técnica foi checada e mantida VPP, porém sem sucesso. Assim, procedeu-se à IOT. Após 30s de ventilação em tubo, FC < 60. Iniciada MCE por 60s, mas RN ainda mantém FC < 60, mesmo após checada técnica. Conduta?
Adrenalina intravenosa (cateterismo umbilical) - Pode fazer 1 dose endotraquel até puncionar - Pode repetir a cada 3-5 minutos Avaliar sinais de hipovolemia + volume, se necessário (10 ml/kg de SF)
41
Qual é o ponto mais importante da reanimação neonatal?
Ventilação pulmonar adequada
42
Qual é o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de reanimação neonatal?
Frequência cardíaca
43
RN a termo, respirando e chorando, com tônus muscular em flexão, porém banhado em mecônio. Conduta?
Clampeamento tardio do cordão + colo materno
44
Qual a diferença da reanimação neonatal de um RN sem mecônio daquele que nasce banhado em mecônio?
Até a VPP é igual... Entretanto, VPP inicial por 30s sem sucesso indica aspiração de mecônio residual sob visualização direta e, após aspiração, reanimação segue normalmente
45
Quais são os 5 parâmetros do boletim de Apgar?
1. Respiração 2. FC 3. Cor 4. Resposta a estímulos 5. Tônus muscular Pontuação: 0, 1 ou 2
46
Quando calculamos o boletim de Apgar, rotineiramente?
1º e 5º minutos Menor ou igual a 6: seguir calculando com intervalo de 5 min até o 20º minuto
47
O que seria o método de Credé?
Nitrato de prata 1% no fundo do saco lacrimal para prevenção de oftalmia gonocócica na 1º hora de vida Atualmente: pomada de eritromicina ou tetraciclina em até 4h
48
O que se faz rotineiramente para prevenir sangramento neonatal por deficiência de vitamina K?
1 mg de vit. K IM/SC
49
Quais são as principais dermatoses neonatais?
1. Eritema tóxico neonatal 2. Melanose pustulosa 3. Miliária 4. Mancha salmão 5. Mancha mongólica
50
Cite as 3 principais características do eritema tóxico neonatal.
1. Surge no segundo dia de vida 2. Lesões maculares, papulares ou pustulosas que poupam região palmo-plantar 3. Lesões envolvidas por halo eritematoso (parece picada de inseto)
51
A análise histopatológica da lesão de eritema tóxico neonatal evidencia uma alteracão inespecífica. Cite-a.
Rica em eosinófilos
52
Quais são as caracteísticas da melanose pustulosa do RN.
- lesões desde o nascimento - mais comum em negros - 3 fases: pústulas - descamação - hiperpigmentação
53
Defina Miliária e cite suas 2 formas.
Obstrução dos ductos das glândulas sudoríparas 2 formas: - cristalina (+ superficial) - fronte - rubra (+ profunda) - dobras ("brotoeja")
54
A Mancha Salmão é uma ectasia vascular que faz uma lesão eritematosa na glabela, fronte e nuca. Como é popularmente chamada?
Beijo do anjo (glabela) Bico da cegonha (nuca) Pode persistir...
55
Mancha grande, azulada ou acinzentada, na lombar ou nádegas, resultado de uma alteração na migração dos melanócitos na derme. Cite o nome.
Mancha mongólica DDx: maus tratos?
56
Quais são as alterações do crânio do RN?
1. Bossa serossanguínea (caput succedaneum) 2. Céfalo-hematoma 3. Craniotabes 4. Craniossinostose
57
O que é bossa serossanguínea?
Edema no SC no ponto da apresentação (sinal do cacifo) que pode ultrapassar limite da sutura
58
O que é céfalo-hematoma?
Hemorragia no subperiósteo limitado pela linha de sutura de consistência endurecida. Pode cursar com icterícia...
59
Quais são os 2 defeitos de fechamento da parede abdominal no RN?
1. Gastrosquise | 2. Onfalocele
60
Como identificar uma gastrosquise?
Exteriorização do conteúdo abdominal sem membrana recobrindo Defeito paraumbilical
61
Como identificar uma onfalocele?
Exteriorização do conteúdo abdominal recoberto por membrana Defeito na base do cordão umbilical Obs: malformações associadas
62
Quais são as alterações osteoarticulares do RN?
1. Paralisia braquial (tocotraumatismo) | 2. Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)
63
Qual é a paralisia braquial mais comum?
Paralisia de Erb-Duchenne (C5-C6): - Adução e rotação interna do braço - Pronação do antebraço - Reflexo de Moro alterado - Preensão palmar preservada
64
Como identificar uma displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) em RN?
Manobras de Barlow e Ortolani - Barlow: articulação instável (adução + pressão posterior) - Ortolani: reduz articulação luxada (abdução) Alterado: USG
65
O uso de chupeta é considerado um fator protetor para o risco de morte súbita do lactente. V ou F?
Verdadeiro
66
Qual é o momento ideal para coleto do teste do pezinho (triagem neonatal biológica)?
3º - 5º dia de vida
67
Quais são as doenças rastreadas no teste do pezinho?
``` Fenilcetonúria Fibrose Cística Hemoglobinopatias e doença falciforme Hipotireoidismo congênito Hiperplasia adrenal congênita Deficiência de biotinidase ```
68
O que é teste do reflexo de Brucker?
Pesquisa do reflexo do olho vermelho
69
Quais são as condições associadas ao teste do olhinho com leucoria (reflexo pupilar branco)?
Catarata Retinoblastoma Retinopatia da prematuridade Coriorretinite
70
Quais são os 2 métodos de triagem para déficit auditivo (teste da orelhinha)?
1. Emissão otoacústicas evocadas (EOA): avalia sistema de condução 2. BERA (potencial auditivo do tronco encefálico): avalia via neural
71
O teste do coraçãozinho (teste da oximetria) rastreia quais alterações?
Cardiopatias congênitas críticas (canal-dependentes)
72
Quando devemos realizar o teste do coraçãozinho?
24-48h de vida (antes da alta)
73
Como realizar o teste do coraçãozinho?
Oximetria de MSD + MI qualquer
74
Como avaliar um teste do coraçãozinho?
Normal: - Saturação > ou = 95% - Diferença MSD-MI < 3% Alterado: repetir em 1h
75
Qual conduta devemos adotar em um teste do coraçãozinho alterado (mesmo na confirmação após 1h)?
Ecocardiograma em 24h
76
Cite alguns aspectos clínicos que são comuns a várias infecções congênitas, ou seja, são achados inespecíficos.
1. Hepatoesplenomegalia 2. Microcefalia 3. Coriorretinite 4. Plaquetopenia 5. Icterícia 6. Exantemas ...
77
Em relação à sífilis, qual é a fase da doença que mais transmite para o feto?
Primária e secundária
78
Como podemos classificar a sífilis congênita?
Precoce: < 2 anos Tardia: > 2 anos
79
Quais são as alterações cutâneas e mucosas da sífilis congênita precoce? Obs: são lesões ricas em treponema
1. Pênfigo palmoplantar 2. Condiloma plano 3. Placas mucosas 4. Rinite sifilítica 5. Perda de cabelos, sobrancelhas e esfoliação das unhas
80
Quais são as alterações ósseas da sífilis congênita precoce?
1. Osteocondrite (lembrar: Pseudoparalisia de Parrot) | 2. Periostite
81
Quais são as alterações oculares da sífilis congênita precoce?
Coriorretinite com padrão em "sal e pimenta" Outras: glaucoma, catarata, uveíte, cancro nas pálpebras
82
Há uma alteração patognomônica da sífilis congênita. Cite-a.
Funisite necrotizante (bandas necróticas no cordão umbilical)
83
Quais são as sequelas da periostite que caracterizam a sífilis congênita tardia?
1. Fronte olímpica 2. Tíbia em sabre 3. Sinal de Higoumenáki (espessamento da junção esternoclavicular) Além disso, Articulação de Clutton (derrame articular estéril nos joelhos)
84
Quais são as alterações dentárias que caracterizam a sífilis congênita tardia?
1. Dentes de Hutchinson (incisivos centrais deformados) | 2. Molares em formato de amora
85
Quais são as alterações mucocutâneas que caracterizam a sífilis congênita tardia?
1. Nariz em sela | 2. Rágades sifilíticas (placas cicatrizam e deixam depressões)
86
Cite a tríade de Hutchinson da sífilis congênita.
Ceratite intersticial + alterações dentárias + surdez
87
Quais imunoglobulinas são detectadas no VDRL?
IgG e IgM (por isso, considerar ACs maternos na avaliação do RN até 18 meses)
88
Quando considerar o VDRL positivo em lactente < 18 meses?
VDRL fetal maior do que o VDRL materno em pelo menos 2 diluições (confirmado numa segunda amostra)
89
Quais exames solicitar para avaliar um RN com suspeita de sifílis congênita no período neonatal?
1. VDRL 2. LCR 3. Rx de ossos longos 4. Hemograma e eletrólitos 5. Hepatograma 6. Avaliação oftalmológica e visual
90
Quais alteracões liquóricas sugerem neurossífilis?
1. VDRL positivo 2. Celularidade aumentada (leuco > 25) 3. Aumento da proteinorraquia (prot > 150)
91
Como tratar uma gestante com sífilis primária/secundária/latente recente?
Penicilina G Benzantina 2.400.000 UI IM dose única
92
Como tratar uma gestante com sífilis terciária/latente tardia/duração intermediária?
Penicilina G Benzatina 2.400.000 UI IM 3 doses (intervalo: 1 semana)
93
Gestante em tratamento para sífilis latente tardia com penicilina G Benzatina. Sabendo que o intervalo entre as doses é de 1 semana, qual a tolerância de atraso entre as doses?
``` 14 dias (Ultrapassou 2 semanas, reinicie esquema) ```
94
Gestante alérgica à penicilina precisa iniciar esquema para tratamento de sífilis de duração indeterminada. Conduta?
Dessensibilização
95
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, qual é o primeiro passo?
Avaliar tratamento materno (adequado x inadequado)
96
Quando podemos dizer que um tratamento de uma gestante com sífilis foi adequado?
1. Tratada com penicilina G Benzatina 2. Início do Tto até 30 dias antes do parto 3. Esquema de acordo com estágio clínico 4. Intervalo entre as doses foi respeitado 5. Risco de reinfecção foi avaliado (parceria sexual) 6. Queda de VDRL documentada de pelo menos 2 diluições em 3 meses ou 4 diluições em 6 meses
97
Quando retratar uma gestante tratada adequadamente para sífilis?
1. VDRL caiu 2 diluições em 6 meses (1ária, 2ária, latente recente)ou 12 meses (latente tardia) 2. Aumento do VDRL em 2 diluições em qualquer momento 3. Persistência ou recorrência de sinais e sintomas de sífilis
98
Todo RN de mulher com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada devem receber algum tratamento penicilínico. V ou F?
Verdadeiro
99
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como inadequadamente tratada ou não tratada. Conduta?
1. Exame físico cuidadoso 2. VDRL de sangue periférico 3. Hemograma 4. Rx de ossos longos 5. Punção lombar (LCR)
100
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como inadequadamente tratada ou não tratada, além disso, o LCR veio alterado. Conduta?
Penicilina G Cristalina IV 10 dias
101
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como inadequadamente tratada ou não tratada e os exames do RN vieram alterados, exceto LCR. Conduta?
Penicilina G procaína IM ou Penicilina G cristalina IV por 10 dias
102
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como inadequadamente tratada ou não tratada e os exames do RN vieram todos normais, além de sorologia negativa. Conduta?
Consegue acompanhar: Penicilina G Benzatina DU Não consegue acompanhar: Penicilina G procaína ou cristalina por 10 dias
103
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como adequadamente tratada. Conduta?
Exame clínico + VDRL de sangue periférico
104
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como adequadamente tratada. Ao seguir investigação, VDRL do RN foi reagente e maior do que o VDRL materno em 2 diluições. Conduta?
1. Hemograma 2. Rx de ossos longos 3. Punção lombar
105
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como adequadamente tratada. Ao seguir investigação, VDRL do RN foi reagente e maior do que o VDRL materno em 2 diluições e os exames seguintes vieram alterados, exceto LCR. Conduta?
Penicilina G procaína IM ou cristalina IV por 10 dias
106
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como adequadamente tratada. Ao seguir investigação, VDRL do RN foi reagente e maior do que o VDRL materno em 2 diluições e os exames seguintes vieram alterados, incluindo LCR. Conduta?
Penicilina G cristalina IV por 10 dias
107
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como adequadamente tratada. Ao seguir investigação, RN assintomático e com VDRL não reagente. Conduta?
Acompanhamento Não consegue acompanhar: penicilina G Benzatina DU
108
Ao abordar um RN com suspeita de sífilis congênita, classificou-se a mãe como adequadamente tratada. Ao seguir investigação, RN assintomático e com VDRL igual ou menor que o materno. Conduta?
Acompanhar Não consegue acompanhar: solicitar todos os exames - Exames alterados + LCR normal: Procaína ou Cristalina - LCR alterado: Cristalina - Todos normais: Benzatina + acompanhamento
109
RN em tratamento para sífilis congênita em uso de penicilina G procaína IM ambulatorialmente, não pode ir a clínica e ficou mais de um dia sem tratamento. Conduta?
Reiniciar esquema
110
Não há penicilina G cristalina, procaína e benzatina para manejo de um caso de sífilis congênita. Conduta?
Entrar com ceftriaxone
111
Após tratamento de sífilis congênita, quando solicitar VDRL?
1, 3, 6, 12 e 18 meses (interromper quando 2 testes consecutivos não reagentes)
112
Em caso de sífilis congênita com LCR alterado, quando reavaliar liquor?
Punção lombar 6/6 meses até normalizar
113
Cite a frequência do acompanhamento oftalmológico e audiológico do RN tratado para sífilis congênita.
6/6 meses por 2 anos
114
Cite a tríade de Sabin presente na toxoplasmose congênita?
Coriorretinite + Calcificações intracranianas + Hidrocefalia do tipo obstrutiva
115
Durante pré-natal, gestante apresenta IgG e IgM positivas contra toxoplasmose. Podemos dizer que encontra-se agudamente enferma?
Não ... precisamos avaliar o índice de avidez da IgG, pois a IgM pode permanecer positiva por 3 meses ou mais
116
O que significa um alto índice de avidez da IgG contra toxoplasmose?
Infecção ocorreu há mais de 16 semanas (se coletada no 1o trimestre, indica que infecção ocorreu antes da gestação)
117
Gestante apresenta a seguinte sorologia no PN: IgM+ e IgG- contra toxoplasmose. Conduta?
Cuidado com falso-negativo ... | Repetir sorologia para documentar soroconversão (IgG+)
118
Gestante apresenta IgG e IgM+ para toxo. Teste do índice de avidez da IgG apresentou baixa avidez. Conduta?
1. USG seriada (2/2 semanas) 2. Amniocentese + PCR, se USG normal 3. Iniciar Espiramicina 4. Iniciar esquema tríplice após 1o tri, se evidência de infecção fetal (sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico)
119
Como investigar uma suspeita de toxoplasmose congênita em RN de mãe com sorologia + durante gestação?
1. Sorologia do RN (IgG e IgM) 2. Neuroimagem 3. LCR 4. Fundoscopia 5. Hemograma e bioquímica
120
Todas as crianças com toxoplasmose congênita deverão receber tratamento nos primeiros 12 meses, independente de sinais e sintomas. V ou F?
Verdadeiro ... | Quase 100%, se não tratado, desenvolvem coriorretinite.
121
Quando indicar corticoide no tratamento de RN com toxoplasmose congênita?
Proteinorraquia > ou = 1g/dL ou Coriorretinite grave em atividade
122
Qual é a principal causa de surdez neurossensorial não familiar na infância?
Citomegalovirose congênita
123
Como diferenciar a calcificação intracraniana do CMV da toxo?
Toxo: calcificações difusas CMV: calcificações periventriculares
124
Como investigar uma criança com suspeita de CMV congênita?
1. Vírus na urina ou saliva nas primeiras 3 semanas de vida 2. Até pode pedir sorologia, mas não ajuda muito 3. Avaliação auditiva (BERA) 4. TC crânio 5. LCR 6. Hemograma e hepatograma
125
Como tratar uma citomegalovirose congênita?
Ganciclovir IV por 6 semanas em casos graves, em virtude de ser operacionalmente difícil e possuir efeitos adversos (neutropenia) Alternativa: Valganciclovir VO 6 meses (caro)
126
Normalmente, o risco de transmissão transplacentária de uma infecção é menor no início da gestação e maior no final. Qual é a clássica exceção a essa regra?
Rubéola congênita (alto no 1o tri, diminui no 2o e volta aumentar nas últimas semanas)
127
Qual é a alteração cardíaca mais comum da síndrome da rubéola congênita?
Persistência do canal arterial com ou sem estenose da artéria pulmonar Obs: pode levar a insuficiência cardíaca (cansaço ao mamar)
128
Quais são as lesões oculares da síndrome da rubéola congênita?
Catarata (+ característica) | Retinopatia em “sal e pimenta” (+ comum)
129
Qual é a manifestação mais comum da SRC?
Surdez (degeneração da cóclea e do órgão de Corti)
130
Qual é a manifestação clínica tardia mais comum da SRC?
Diabetes mellitus tipo 1
131
Como tratar uma síndrome da rubéola congênita?
Não há tratamento específico, apenas manejo de sequelas
132
RN com lesões cutâneas cicatriciais que acompanham um dermátomo e hipoplasia no membro acometido, doença neurológica, catarata e microcefalia. Pensar em ...
Varicela congênita
133
Qual é a tríade da infecção congênita pelo herpes vírus?
1. Vesículas cutâneas ou escaras de cicatrização 2. Alterações oculares 3. Microcefalia ou hidrocefalia
134
A infecção pelo herpes vírus pode ser congênita ou perinatal (canal de parto). Quando pensar em infecção perinatal?
Lesões localizadas (olhos, vesículas na região da apresentação) Lesões neurológicas (letargia, irritabilidade, convulsões) Forma disseminada (manifestações inespecíficas + neurológica + petéquias) - quadro grave Sintomas aparecem após 1-2 semanas de vida
135
Sepse neonatal pode ser dividida em precoce e tardia. Especifique a cronologia e a etiologia dessas.
Precoce: 1as 48h (ou até 7 dias) - Germes: GBS, E. coli e outras enterobactérias, Listeria monocytogenes Tardia: após 48h (ou após 7 dias) - Germes: estafilococos coagulase -, S. aureus, Gram-
136
Quais são os fatores de risco materno para sepse neonatal?
1. Rotura prolongada de membranas ovulares (> 18h) 2. Corioamnionite 3. ITU 4. Colonização do TGU por GBS
137
Quais são os principais fatores do RN que predispõe à sepse neonatal?
Prematuridade e baixo peso ao nascer
138
Qual é a manifestação mais comum da sepse neonatal?
Dificuldade respiratória Lembre-se: as manifestações são inespecíficas
139
Cite 2 alterações no hemograma do RN em investigação de sepse neonatal as quais sugerem infecção bacteriana.
Neutropenia Relação I/T > ou = 0,2 (desvio para esquerda)
140
Quais exames devemos solicitar a fim de obter um diagnóstico etiológico em um caso de sepse neonatal?
1. Hemocultura 2. Cultura de LCR 3. Urinocultura, somente se malformação do trato urinário ou sepse tardia
141
Qual é o tratamento empírico da sepse neonatal precoce?
Ampi + Genta
142
Qual é o tratamento empírico da sepse neonatal tardia?
Depende da CCIH local... | Avaliar perfil de prevalência e resistência dos germes
143
Quais são as indicações de profilaxia intraparto para prevenção de sepse GBS?
1. História de sepse por GBS em RN anterior 2. Bacteriúria por GBS em qualquer momento da gestação 3. Rastreamento retovaginal + na gestação atual (35-37 semanas) 4. Status desconhecido na presença de qualquer um dos critérios: - PMT < 37 semanas - Bolsa rota > ou = 18h - Febre intraparto (> ou = 38) - Teste intraparto para GBS +
144
Como realizar a profilaxia antibiótica intraparto para GBS?
Penicilina cristalina 5 mi ataque + 2,5-3 mi 4/4h até parto Alternativa: ampicilina, clinda/eritro/vanco (alergia grave), cefazolina (alergia não grave)
145
Ao avaliar um RN ASSINTOMÁTICO com risco de infecção por GBS, qual deve ser a primeira pergunta?
Corioamnionite materna? - Sim: avaliação limitada (hemocultura; sem LCR) + ATB - Não: partir para 2a pergunta
146
Ao avaliar um RN ASSINTOMÁTICO com risco de infecção por GBS, qual deve ser a segunda pergunta?
Havia indicação de profilaxia? - Não: cuidados de rotina com RN - Sim: partir para 3a pergunta
147
Ao avaliar um RN ASSINTOMÁTICO com risco de infecção por GBS, qual deve ser a terceira pergunta?
Recebeu penicilina, ampicilina ou cefazolina IV > 4h antes do parto? - Sim: observação por 48h - Não: partir para quarta pergunta
148
Ao avaliar um RN ASSINTOMÁTICO com risco de infecção por GBS, qual deve ser a quarta pergunta?
IG > ou = 37 semanas E tempo de bolsa rota < 18h? - Sim: observação por 48h - Não: avaliação limitada + observação por 48h
149
Qual a causa da síndrome do desconforto respiratório do RN ou doença da membrana hialina?
Deficiência de surfactante. Ou seja, é uma doença típica de prematuros.
150
Principal componente do surfactante:
Lecitina.
151
O surfactante tem que função na dinâmica pulmonar?
Diminuir a tensão superficial, prevenindo o colabamento alveolar quando o raio deste diminui. OBS: Lembrar da lei de laplace (pressão = tensão/raio)
152
Com a deficiência de surfactante, os alvéolos tendem a colabar durante a expiração, o que aumenta a complacência pulmonar. V ou F?
Falso! Diminui.
153
Na doença da membrana hialina, a diminuição da complacência pulmonar aumenta o trabalho respiratório (é preciso manter uma maior pressão intratorácica negativa). Clinicamente, como isso se observa?
Retrações dos músculos respiratórios.
154
O gemido de um recém nascido com doença da membrana hialina ocorre devido ao fechamento parcial da glote durante a expiração (tentativa de manter mais ar aprisionado no pulmão). V ou F?
Verdadeiro.
155
Na doença da membrana hialina, ocorre hipóxia, hipercapnia e acidose. Isso leva à vasodilatação arterial pulmonar. V ou F?
Falso! VASOCONSTRICÇÃO arterial pulmonar.
156
Por que a síndrome do desconforto respiratório também é chamada de doença da membrana hialina?
Quando os alvéolos colapsados são reabertos e os não colapsados hiperinsuflados, há lesão da arquitetura pulmonar e secreção de material proteináceo para o interior dos alvéolos.
157
Principal fator de risco para doença da membrana hialina?
Prematuridade. Só há níveis suficientes de surfactante a partir de 35 semanas.
158
Além da prematuridade, que outros fatores de risco existem para síndrome do desconforto respiratório?
DM materno, nascimentos múltiplos e asfixia. Outros: raça branca, sexo masculino e ausência de trabalho de parto.
159
A doença da membrana hialina geralmente se manifesta nas primeiras 24h de vida. V ou F?
Verdadeiro.
160
Achado gasométrico mais precocena doença da membrana hialina:
Hipoxemia.
161
Achados radiológicos típicos da síndrome do desconforto respiratório:
- Padrão reticulogranular difuso - Aerobroncogramas - Imagem em "vidro moído" - Diminuição do volume pulmonar OBS: Rx pode estar normal ao nascimento.
162
A oxigenioterapia na neonatologia é geralmente realizada com uso de uma campânula, objetivando PO2 entre ___ e SaO2 entre ___.
A oxigenoterapia na neonatologia é geralmente realizada com uso de uma campânula, objetivando PO2 entre 50-70mmHg e SaO2 entre 91-95%.
163
Na abordagem da doença da membrana hialina, em caso de Sa02 < 85% mesmo com oxigenoterapia com campânula e FiO2 acima de 40-70%, está indicado o uso de...
CPAP.
164
Nem sempre o suporte com CPAP será suficiente para os RN com síndrome dos desconforto respiratório. Quais as indicações para VM invasiva?
1. Refratariedade ao CPAP nasal (SaO2 < 90% com CPAP 5-10 cmH2O e FiO2 40-70%) 2. pH < 7,2 e/ou pCO2 > 60 mmHg. 3. Apneia persistente.
165
3 medidas fundamentais para prevenção da doença da membrana hialina:
1. Prevenir parto prematuro 2. Prevenir asfixia perinatal 3. Corticoide antenatal
166
Fatores de proteção para doença da membrana hialina:
- Doença hipertensiva da gestação - Uso materno de heroína - Ruptura prolongada das membranas - Uso antenatal de corticoide
167
A taquipneia transitória do RN também é chamada de...
Síndrome do pulmão úmido.
168
Fisiopatologia básica da taquipneia transitória do RN:
Distúrbio de reabsorção do líquido pulmonar.
169
Fatores de risco para taquipneia transitória do RN:
- Cesariana eletiva sem trabalho de parto - Asfixia perinatal - Sexo masculino - Macrossomia - Asma materna - Sedação materna - Prematuridade tardia
170
Taquipneia em RN que evolui de modo autolimitado em 48-72h. Hipótese?
Taquipneia transitória do RN.
171
Além da evolução benigna e autolimitada, os achados radiográficos são essenciais para o diagnóstico de taquipneia transitória do RN. Quais são as alterações?
- Hiperinsuflação pulmonar - Aumento da trama vascular pulmonar + hilo congesto - Cissuras espessadas ("Cissurite") - Discreta cardiomegalia ou derrame pleural (raro)
172
A síndrome de aspiração meconial é típica de RN a termo ou pós-termo. V ou F?
Verdadeiro.
173
Marcadores de sofrimento fetal, como CIUR, estão associados ao desenvolvimento da síndrome de aspiração meconial. V ou F?
Verdadeiro.
174
Achados radiológicos da síndrome de aspiração meconial:
Infiltrado grosseiro e difuso alternando com áreas de hipotransparência e hiperinsuflação.
175
Duas complicações da síndrome de aspiração meconial:
1. Síndromes de extravasamento de ar (pneumotórax...) | 2. Hipertensão pulmonar persistente
176
Duas principais complicações do excesso de oxigênio no período neonatal:
Retinopatia da prematuridade e displasia broncopulmonar.
177
Atualmente, define-se displasia broncopulmonar de que maneira?
Qualquer RN que permaneça dependente de O2 em concentrações acima de 21% por pelo menos 28 dias de vida.
178
É fundamental controlar adequadamente a oferta de O2 no período natal para prevenção de retinopatia da prematuridade. V ou F?
Verdadeiro.
179
A apneia no período neonatal é definida como pausa na respiração por um tempo maior que...
20 segundos. Ou qualquer duração se associado à cianose ou à bradicardia.
180
Quais são os 3 tipos de apneia da prematuridade?
Obstrutiva Central Mista (mais comum)
181
A apneia da prematuridade geralmente se manifesta no primeiro dia de vida. V ou F?
Falso! Geralmente, os episódios surgem um ou dois dias após o nascimento (podendo surgir nas primeiras duas semanas).
182
Conduta que resolve a maior parte dos casos de apneia da prematuridade:
Estimulação tátil. OBS: Suporte ventilatório pode ser necessário.
183
Tratamento medicamentoso da apneia da prematuridade que reduz o a recorrência do quadro e a necessidade de ventilação mecânica:
Metilxantinas (aminofilina ou cafeína). OBS: Cafeína tem menos efeitos colaterais.
184
RN que nasce com incapacidade de respirar e esforço ventilatório franco, sem movimento de ar perceptível. Qual o diagnóstico a ser pesquisado?
Atresia de coanas. Conduta: IOT.
185
Cite 3 achados clínicos da Síndrome de Pierre-Robin:
- Hipoplasia da mandíbula (micrognatia) - Deslocamento posterior da língua (glossoptose) - Fenda palatina
186
Recém-nascido com quadro de angústia respiratória, cianose cíclica que melhora com o choro e piora durante a alimentação. Qual o diagnóstico a ser pesquisado?
Atresia de coanas.
187
Dois estímulos que, ao nascimento, induzem o fechamento funcional do canal arterial:
- Elevação da saturação de O2 | - Queda dos níveis de prostaglandina E2
188
Nos RN a termo, o fechamento do canal arterial acontece até o:
3º dia de vida.
189
A persistência do canal arterial em RN a termo é mais comum no sexo feminino. V ou F?
Verdadeiro.
190
Qual o marco fisiopatológico básico das manifestações clínicas da persistência do canal arterial?
Shunt esquerda-direita. Ao nascer, a resistência pulmonar cai e a pressão aórtica se eleva. Se houver PCA, haverá fluxo esquerda-direita.
191
Um RN diagnosticado com SDR, que evoluía com melhora, apresenta deterioração do quadro. Que condição associada poderia explicar isto?
Persistência do canal arterial. Hiperfluxo pulmonar (pelo shunt), sobrecarga das câmaras esquerdas e diminuição da complacência pulmonar.
192
Na PCA ampla, ocorre inicialmente um sopro sistólico. Qual a localização e padrão de irradiação?
2º EIC à esquerda, irradiação para dorso e região infraclavicular esquerda.
193
RN com sopro cardíaco contínuo (sopro em maquinária), pulsos com amplitude aumentada (céleres) e PA divergente. Qual diagnóstico deve ser pesquisado?
Persistência do canal arterial.
194
No RN a termo com PCA, devemos acompanhar inicialmente apenas clinicamente, com terapia farmacológica para manejo da IC. Se necessário, posteriormente, podem ser submetidos à correção cirúrgica. V ou F?
Verdadeiro.
195
O tratamento de primeira linha da persistência do canal arterial em RN prematuros é cirúrgico. V ou F?
Falso. Farmacológico!
196
Drogas utilizadas no manejo de RN pré-termo com PCA:
Indometacina ou ibuprofeno. Indometacina: IV, até 3 doses a cada 12 ou 24h.
197
Contraindicações à indometacina para tratamento de PCA:
``` Trombocitopenia (< 50 mil) Sangramento Oligúria (< 1 ml/kg/h) Cr > 1,8 Enterocolite necrosante ```
198
Principais complicações relacionadas à cirurgia corretiva de PCA:
``` Síndrome de Horner Quilotórax Pneumotórax Lesão do laríngeo recorrente Hipertensão Sangramento ```
199
Além do tratamento com indometacina (ou ibuprofeno) na PCA, são adotadas medidas de suporte, que incluem: - Suporte ventilatório - Restrição de volume - Uso de diuréticos V ou F?
Verdadeiro. OBS: Diurético com uso cauteloso.
200
Fechamento cirúrgico de canal arterial está indicado quando houver contraindicação à indometacina ou persistência do canal após a terapia farmacológica. V ou F?
Verdadeiro.
201
A icterícia é um evento muito frequente na primeira semana de vida, sendo identificada em 60% dos RN a termo e em 80% dos prematuros. V ou F?
Verdadeiro.
202
Em geral, só observamos icterícia no RN quando os níveis séricos de bilirrubina ultrapassam:
5-7 mg/dl.
203
A hipoproteinemia neonatal facilita a lesão neurotóxica mediada pelo bilirrubina indireta, uma vez que apenas a fração livre (não ligada à albumina) atravessa a BHE. V ou F?
Verdadeiro.
204
Na vida fetal, a excreção de bilirrubina é feita pela placenta e na sua forma indireta/não conjugada. V ou F?
Verdadeiro.
205
3 razões que justificam a icterícia fisiológica neonatal:
1. Aumento na produção de bilirrubina (maior massa eritrocitária e meia vida menor de hemácias) 2. Menor captação e conjugação hepáticas (imaturidade) 3. Aumento na circulação entero-hepática
206
Enzima intestinal responsável pela conversão de BD em BI e que tem atividade aumentada no RN:
Beta-glucuronidase.
207
A icterícia fisiológica neonatal se manifesta em que momento?
2º-4º dias de vida. Razão: O nível de bilirrubina em um RN saudável aumenta com velocidade inferior a 5 mg/dl em 24h e a icterícia só é visível quando a BT atinge 5-7 mg/dl.
208
Em geral, a icterícia fisiológica está relacionada a quais níveis máximos de BT?
12 mg/dl (14-15 se prematuro).
209
Alguns fatores de risco estão associados à hiperbilirrubinemia grave no RN (seja por exacerbação da icterícia fisiológica seja por um quadro patológico). Quais são os mais importantes?
1. BT sérica ou transcutânea na zona de alto risco antes da alta hospitalar (> percentil 95) 2. Icterícia nas primeiras 24h de vida. 3. Incompatibilidade sanguínea ou outras doenças hemolíticas. 4. IG entre 35 e 36 semanas. 5. Irmão com icterícia neonatal tratado com fototerapia. 6. Céfalo-hematoma ou equimoses 7. Aleitamento materno exclusivo (especialmente se há problemas com a amamentação e a perda ponderal for excessiva 8. Etnia asiática
210
Apesar de não ser um bom preditor de gravidade da hiperbilirrubinemia, a classificação de Kramer ainda é citada. Quais são as zonas e a correlação com os níveis de bilirrubina?
``` Zona I: cabeça e pescoço Zona II: tronco até o umbigo Zona III: Hipogástrio até as coxas Zona IV: Joelhos até tornozelos e cotovelos até punho Zona V: Mãos e pés ``` Zona I: 5-7 Zona III: > 12 Zona V: 20
211
A icterícia que alcança zona III de Kramer, em geral, associa-se com níveis de bilirrubina superiores a:
12 mg/dl.
212
Icterícia que atinge zona III certamente não é fisiológica. V ou F?
Falso! Apesar de demandar dosagem sérica de BT, esta pode estar abaixo de 12mg/dl, ou seja, em níveis fisiológicos para um RN.
213
Primeira pergunta a ser feita diante de um RN com icterícia:
Icterícia fisiológica ou patológica?
214
Fatores que sugerem quadro não fisiológico de icterícia neonatal e impõe necessidade de avaliação mais extensa:
1. Icterícia nas primeiras 24h de vida (ou 24-36h) 2. BT subindo com velocidade superior a 5 mg/dl em 24h 3. BT > 12 em RN a termo ou BT > 10-14 em prematuros 4. Icterícia persistente (mais de 8 dias no RN a termo ou mais de 14dias nos prematuros) 5. Aumento de BD (níveis acima de 2 mg/dl) ou sinais de colestase 6. Associação com alterações clínicas (hepatoesplenomegalia, palidez, etc...)
215
Basicamente, há dois grandes grupos de doenças que podem causar hiperbilirrubinemia indireta no RN. Quais são eles?
1. Sobrecarga de bilirrubina aos hepatócitos: - Doenças hemolíticas - Aumento da circulação entero-hepática - Coleção sanguínea extravascular - Policitemia. 2. Diminuição do clearance hepático de bilirrubina: - Prematuridade - Deficiência hormonal (tireoide ou hipófise) - Distúrbios da conjugação hepática (Gilbert, Crigler-Najar...)
216
Qual é o principal diagnóstico diferencial para a icterícia que surge nas primeiras 24 ou 36h de vida?
Doenças hemolíticas (hereditárias ou adquiridas).
217
Quais são as principais doenças hemolíticas que se manifestam nas primeiras 24h de vida?
Doenças hemolíticas imunomediadas (anticorpos maternos contra antígenos eritrocitários do RN).
218
Na investigação de icterícia precoce (24-36h de vida), quais exames solicitar?
- BT e frações - Tipagem sanguínea - Coombs direto - Hematócrito ou hemoglobina - Hematoscopia - Contagem de reticulócitos
219
Duas marcas laboratoriais das doenças hemolíticas imunes no RN:
Coombs DIRETO positivo e reticulocitose.
220
Quais as duas formas mais comuns de doença hemolítica imune no RN?
Incompatibilidade Rh e incompatibilidade ABO (mais comum).
221
Ao contrário da incompatibilidade Rh, a doença hemolítica relacionada ao sistema ABO geralmente se apresenta apenas com icterícia. V ou F?
Verdadeiro.
222
Na incompatibilidade ABO, o teste de Coombs direto pode ser negativo. V ou F?
Verdadeiro.
223
Dentre as doenças hemolíticas do Rn, além das incompatibilidades sanguíneas (Rh, ABO...), há outras duas que merecem destaque. Quais?
Deficiência de G6PD e esferocitose hereditária.
224
O RN com deficiência de G6PD desenvolve hemólise e anemia com icterícia quando exposto a:
- Estresse oxidativo - Acidose - Hipoglicemia - Infecção - Algumas drogas
225
A icterícia em um RN com deficiência de G6PD geralmente se desenvolve a partir do...
2º-3º dias de vida.
226
Como confirmar o diagnóstico de um RN com deficiência de G6PD?
Dosar a G6PD e avaliar sangue periférico (corpúsculos de Heinz e "hemácias mordidas").
227
A presença de esferócitos no sangue periférico não é patognomônica de esferocitose hereditária. Qual outra doença hemolítica do RN cursa com este achado?
Incompatibilidade ABO.
228
Esferócitos no sangue periférico + Coombs direto positivo. Diagnóstico?
Incompatibilidade ABO.
229
Esferócitos no sangue periférico + Coombs direto negativo. Diagnóstico?
Incompatibilidade ABO ou esferocitose hereditária.
230
Quais são as duas formas de icterícia associada à amamentação?
``` Forma precoce (icterícia do aleitamento materno) Forma tardia (icterícia do leite materno) ```
231
A icterícia do aleitamento materno é causa por um problema na amamentação, seja por atraso na fase II da lactogênese ou por diminuição das mamadas. V ou F?
Verdadeiro.
232
Tratamento básico para a icterícia do aleitamento materno:
Estímulo à amamentação + fornecimento de aporte calórico. OBS: Corrigir técnica de amamentação.
233
Icterícia que surge na primeira semana de vida em um RN que está mamando cada vez menos. Diagnóstico?
Icterícia do aleitamento materno.
234
RN que mantém níveis crescentes de bilirrubina, alcançando cifras de 10-30 mg/dl durante a segunda ou terceira semana de vida. O diagnóstico provável é:
Icterícia do leite materno.
235
Conduta na icterícia do leite materno:
Suspender aleitamento apenas se os níveis de BT estiverem muito elevados.
236
Teste de Eluato positivo indica:
Presença de anticorpos anti-A ou anti-B (sensibilidade superior ao Coombs direto).
237
Aumento de bilirrubina indireta no período neonatal é sempre fisiológica, ao passo que aumento de bilirrubina direta é sempre patológica. V ou F?
Falso! Aumento de BI: pode ser fisiológica ou não. Aumento de BD: sempre patológica.
238
Principal causa de transplante de fígado na população pediátrica:
Atresia de vias biliares.
239
RN que desenvolve icterícia entre segunda e sexta semanas de vida juntamente com acolia e colúria deve ser investigado para:
Atresia de vias biliares.
240
Sinal do cordão triangular na USG de abdome em um RN com icterícia sugere qual diagnóstico?
Atresia de vias biliares.
241
RN com icterícia e sinais de colestase. A cintilografia hepatobiliar com tecnécio-99 demonstrou captação hepática e eliminação no intestino. Isso falava a favor ou contra o diagnóstico de atresia das vias biliares?
Contra.
242
Qual exame é considerado mais importante para avaliação de colestase neonatal?
Biópsia hepática.
243
Achados característicos da atresia de vias biliares à biópsia:
Plugs de bile | Fibrose portal
244
Embora a biópsia hepática seja essencial na avaliação da colestase neonatal, o exame que confirma, de fato, a atresia de vias biliares é a:
Colangiografia direta perioperatória.
245
Tratamento cirúrgico da atresia de vias biliares:
Portoenterostomia de Kasai.
246
A cirugia de Kasai (para atresia de vias biliares) deve ser realizada nas primeiras 12 semanas de vida. V ou F?
Falso. 8 semanas!
247
Qual o grande medo em relação à hiperbilirrubinemia no período neonatal?
Potencial neurotóxico do pigmento, com possibilidade de óbito ou sequelas. A ENCEFALOPATIA BILIRRUBÍNICA.
248
Duas intervenções capazes de promover a diminuição dos níveis séricos da bilirrubina no neonato:
Fototerapia e exsanguineotransfusão.
249
O quadro de kernicterus geralmente aparece quando os níveis de bilirrubina sobem acima de:
20 mg/dl.
250
Diferencie kernicterus da encefalopatia bilirrubínica.
Encefalopatia bilirrubínica: síndrome neurológica aguda causada pelo depósito de BI no SNC. Kernicterus: forma crônica da doença, com sequelas clínicas permanentes.
251
A apresentação aguda da encefalopatia bilirrubínica pode ser dividida em 3 fases. Quais?
Fase 1: hipotonia, letargia, má sucção, choro agudo durante algumas horas. Fase 2: Hipertonia da musculatura extensora (opistótono), convulsões e febre. Fase 3: Hipertonia diminui ou cede e é substituída pela hipotonia, após a primeira semana.
252
Qualquer RN que se apresente com abalos, convulsões, apneia, cianose, recusa de dieta ou hipoatividade deve ser investigado para...
Hipoglicemia.
253
Definição de hipoglicemia em um RN:
Em geral, < 40 mg/dl. Mas o corte é controverso.
254
A ausência de sintomas é suficiente para afastar a possibilidade de hipoglicemia em um RN?
Não!
255
Por volta de 12-24h, a glicemia média de um RN a termo saudável está na faixa de:
50 mg/dl.
256
Um feto macrossômico possui maior risco de hipoglicemia neonatal?
Sim!
257
O RN grande para a idade gestacional e o bebê com restrição do crescimento intrauterino possuem ambos risco para um condição potencialmente grave no período neonatal. Qual?
Hipoglicemia.
258
O recém nascido de gestante diabética possui excesso de insulina circulante, o que pode levar ao quadro de hipoglicemia neonatal. V ou F?
Verdadeiro.
259
Principais fatores de risco para hipoglicemia neonatal:
1. RN de mãe diabética 2. RN grande para a IG 3. Prematuridade 4. CIUR 5. Qualquer estresse perinatal (sepse, asfixia...)
260
Onfalocele + gigantismo + macroglossia + microcefalia. Qual é a síndrome e qual a condição potencialmente grave associada no período natal?
Síndrome de Beckwith-Wiedemann. Hipoglicemia por hiperinsulinismo.
261
Conduta no RN com hipoglicemia sintomática:
200mg/kg de glicose em BOLUS (2 ml/kg de glicose a 10%) + Infusão contínua de 6-8 mg/Kg/minuto. OBS: Se assintomático, oferecer alimento e checar em 1h.
262
É possível um bebê ser portador da síndrome de Down e ter um cariótipo 46 XX ou 46 XY?
Sim! Um dos pais podem ser portadores de translocação (um pedaço do cromossomo 21 é translocado para o cromossomo 14 ou 15).
263
Sinais clínicos mais importantes da síndrome de Down:
- Hipotonia muscular (quase universal) - Prega palmar transversa - Sulco entre o hálux e o 2º artelho - Pele abundante no pescoço - Fenda palpebral oblíqua - Epicanto - Face achatada - Nariz pequeno - Orelhas displásicas (orelhas pequenas com implantação mais baixa)
264
Alterações associadas à síndrome de Down:
- Cardiopatia (mais comum: defeito do septo atrioventrivular) - Hipotireoidismo - Doenças hematológicas - Malformação intestinal (ex: atresia duodenal) - Instabilidade atlantoaxial - Outras: doença celíaca...
265
Cite 3 alterações gastrointestinais mais frequentemente associadas à síndrome de Down:
- Atresia duodenal - Doença de Hirschsprung - Doença celíaca
266
Alteração osteoarticular mais frequente em portadores da síndrome de Down:
Instabilidade atlantoaxial.
267
Cite 3 achados clínicos possíveis do pré-natal de um feto com síndrome de Turner:
Cistos nucais Linfedema Hidropsia
268
Cite 2 achados clínicos possíveis ao nascer de um bebê com síndrome de Turner:
``` Linfedema de mãos e pés Pterigium coli (pele redundante no dorso e no pescoço) ```
269
Na maioria dos casos, a síndrome de Edwards é causada por:
Trissomia do cromossomo 18.
270
Na maioria dos casos, a síndrome de Patau é causada por:
Trissomia do cromossomo 13.
271
Escore apgar:
FC: ausente (0), < 100 (1), > 100 (2). Respiração: ausente (0), irregular (1), choro (2). Tônus: flácido (0), flexão de extremidades (1), movimentos ativos (2) Irritabilidade: sem resposta (0), caretas (1), espirro, tosse ou choro (2) Cor: cianose generalizada (0), cianose de extremidades (1), acianótico (2).