Infecções Respiratórias Agudas Flashcards
Critério de confiabilidade da amostra de escarro na avaliação de infecção do trato respiratório inferior:
> 25 polimorfonucleares por campo.
< 10 células epiteliais por campo.
Tratamento ambulatorial para pneumonia na população pediátrica brasileira:
Amoxicilina VO 50mg/kg, 12/12h, 7-10 dias.
Opção para recusa de medicação oral: penicilina procaína IM.
Pneumonia complicando com derrame pleural. Agente mais provável?
Pneumococo. A proporção das pneumonias pneumocócicas que complicam com derrame é menor do que a das estafilocócicas, mas o pneumococo possui uma prevalência muito maior como um todo.
Critérios para avaliar empiema no derrame pleural:
- Aspecto purulento do líquido
- pH < 7,2
- Glicose < 40 mg/dl
- Gram e/ou cultura positivos
Lactente (< 3 meses) com tosse, taquipneia, afebril. Qual a principal hipótese e que exames seriam úteis para confirma-la?
Pneumonia afebril do lactente.
Raio-x: infiltrado intersticial e hiperinsuflação.
Hemograma: eosinofilia.
Na avaliação de um lactente menor de 3 meses com quadro de pneumonia, que aspecto da HPP é importante para direcionar seu raciocínio diagnóstico?
Há 3 possibilidades diagnósticas principais: pneumonia típica (pneumococo), pneumonia afebril do lactente e bronquiolite viral aguda.
História de conjuntivite neonatal pregressa direciona o diagnóstico para pneumonia afebril do lactente.
Qual o grande diagnóstico diferencial da pneumonia afebril do lactente e como diferenciar?
Coqueluche. Presença de tosse + apneia.
Linfocitose no hemograma também é uma pista (pneumonia afebril do lactente cursaria com eosinofilia).
Qual doença no lactente se apresenta com infiltrado peri-hilar ao raio-x, com aspecto de “coração felpudo”?
Coqueluche.
Droga de escolha para tratamento e quimioprofilaxia de coqueluche:
Azitromicina. Opção: claritromicina ou sulfametoxazol-trimetoprim (contraindicação aos macrolídeos).
Pistas para diferenciar a pneumonia afebril do lactente da pneumonia por Mycoplasma:
Idade:
< 3 meses: pneumonia afebril.
Maiores de 5 anos: Mycoplasma.
Manifestações extrapulmonares:
Rouquidão, odinofagia, cefaleia: Mycoplasma.
Fatores de risco associados à bronquiolite viral aguda:
Sexo masculino Ausência de aleitamento materno Baixa idade Tabagismo materno durante gestação Moradia em aglomerações
No contexto de uma infecção respiratória aguda, o que sugere o achado de hepatoesplenomegalia no exame físico?
Hiperinsuflação pulmonar.
Achados radiológicos típicos da bronquiolite viral aguda:
Hiperinsuflação: retificação diafragmática e das costelas, hipertransparência pulmonar.
Espessamento peribrônquico.
Infiltrados intersticiais.
Bronquiolite viral aguda em uma frase:
Infecção respiratória do lactente que cursa com sibilância, taquipneia e tempo expiratório prolongado.
Indicação de palivizumabe na rede pública:
RN prematuros (< 28 semanas) e menores de 1 ano.
Crianças menores de 2 anos com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica ou doença pulmonar crônica da prematuridade.
Índice preditor de asma:
Critérios maiores:
- Um dos pais com asma
- Dermatite atópica
Critérios menores:
- rinite alérgica
- sibilância não associada a resfriado
- eosinofilia > 3%
A etiologia mais frequente de pneumonia em lactentes, à exceção do período neonatal, é:
Viral: VSR, principalmente.
Sibilância + diminuição de murmúrio vesicular unilateral. Afastar…
Aspiração de objeto estranho.
Sinal que denota fadiga respiratória iminente na crise asmática…
Hipercapnia.
Adolescente pré-púbere com tosse produtiva há 15 dias precedida de resfriado. Principais diagnósticos diferenciais?
Pneumonia atípica (Mycoplasma e C. pneumoniae) e sinusite bacteriana aguda.
Como se define hipotensão em crianças de 1 a 10 anos?
PA sistólica < 70 +2x idade.
Hipotensão em lactentes de 1-12 meses é definida por:
PA sistólica < 70.
Na maior parte (60%) dos casos de aspiração de corpo estranho, o objeto aloja-se no(a):
Brônquio fonte direito.
Sibilância + tosse crônicas. Investigar:
DRGE e fibrose cística.
Defina taquipneia de acordo com idade.
Até 2 meses: > 60
2 meses - 1 ano: > 50
1 - 5 anos: > 40
Marcadores do exame físico que sugerem IVAS:
Ausência de taquipneia e ausência de estridor.
No contexto de infecções respiratórias, o que sugere a presença de estridor?
Doença periglótica.
Qual principal etiologia do resfriado comum?
Rinovírus.
Crianças até 5 anos ficam resfriada quantas vezes por ano, normalmente?
6-8 vezes/ano.
Se creche, 12 vezes/ano.
Cite as 2 principais complicações do resfriado comum.
OMA e sinusite bacteriana aguda.
Quando suspeitar de OMA no resfriado comum?
Dor
Irritabilidade
Otorreia (MT rompida)
Otoscopia com MT abaulada, hiperemiada e opaca
Quando indicar ATB na OMA como complicação de resfriado comum?
3 perguntas:
- Lactente menor de 6 meses? Tratar sempre.
- Há doença grave* ou otorreia? Tratar sempre.
- Bilateral? Trato apenas menores de 2 anos.
*dor moderada a grave, febre > 39, dor > 48h.
Lembrar: é possível observar, mas pode fazer ATB.
Quais os principais agentes da OMA?
Pneumococo, Hemófilo não tipável e Moraxela.
Qual mecanismo de resistência do pneumococo à penicilina?
Alteração na PBP. Basta aumentar a dose para 90-100 mg/kg/dia.
Qual mecanismo de resistência do hemófilo à penicilina?
Produção de beta-lactamase. Basta associar clavulanato.
Quando fazer amox-clav como ATB inicial na OMA?
Conjuntivite + OMA (Eyemófilo).
Complicação da OMA? Ou seja, complicação da complicação…
Mastoidite aguda.
Cd: internação + ATB IV.
Quando suspeitar que o resfriado comum complicou com uma sinusite bacteriana aguda? Quando secreção ficou purulenta?
Não!
3 situações:
- > 10 dias (arrastado..),
- Grave (> 3 dias com febre e coriza francamente purulenta com muita tosse).
- Piora após melhora.
Criança com resfriado comum que complicou com sinusite bacteriana aguda apresenta proptose, dor ocular à movimentação com edema. Qual complicação?
Celulite orbitária.
Isoladamente, quais são as alterações mais específicas da faringoamigdalite estreptocócica?
Petéquias no palato.
Faringite exsudativa + coriza + conjuntivite. HD?
Febre faringoconjuntival (adenovirose).
Faringite de repetição com adenite, febre, estomatite aftosa autolimitados. HD?
PFAPA.
Até quantos dias podemos retardar tratamento de faringite estreptocócica com objetivo de prevenir FR?
9 dias.
Febre alta associada a odinofagia, disfagia, sialorreia, estridor. Ao exame, criança em posição de tripé. HD e conduta imediata?
Epiglotite aguda bacteriana.
Cd: garantir VA.
Pródromos catarrais que evolui com estridor, rouquidão e tosse metálica. Ao raiox, sinal da torre. Criança melhora após nebulização com adrenalina + corticoide. HD e etiologia?
Laringotraqueíte viral aguda (CRUPE viral)
Vírus: Parainfluenza (75%)
Criança acima com diagnóstico de CRUPE viral apresenta piora do quadro com febre alta, queda do estado geral e não melhora mais com nebulização com adrenalina. Hipótese?
Traqueíte bacteriana (complicação bacteriana por S. aureus).
Criança previamente hígida acorda no meio da noite com tosse e estridor. Nega pródromos catarrais. HD?
Laringite estridulosa (CRUPE espasmódico).
Quais são as indicações de internação para uma criança com pneumonia?
< 2 meses
Comprometimento respiratório grave
Sinal de perigo (vomita tudo o que ingere, incapaz de aceitar líquidos)
Doença de base (imunodeprimido, fibrose cística, anemia falciforme)
Complicação (DP…)
Tratamento hospitalar da pneumonia?
< 2 meses: ampicilina + gentamicina.
> 2 meses: penicilina cristalina IV. Se grave, oxacilina + ceftriaxone.
Em uma falha terapêutica para tratamento com pneumonia, foi detectado a presença de DP o qual se mostrou ser um empiema após toracocentese. Conduta?
Drenagem + manutenção do ATB (não precisa trocar).
Qual principal etiologia da bronquiolite?
VSR.
Podemos dar o diagnóstico de asma antes dos 2 anos?
Não. Classificamos em:
- sibilante transitório precoce (vários episódios virais)
- sibilante persistente (asma)
- sibilante de início tardio (asma)
Indicações de internação em caso de bronquiolite viral?
< 3 meses
PMT < 32 semanas
Grave
Tratamento hospitalar da bronquiolite viral?
Oxigênio (SatO2 < 90-92%)
NBZ com salina 3%
Hidratação e Nutrição
Não fazer: beta2, corticoide, fisioterapia.
Em quais bactérias devemos pensar em caso de pneumonia em RN (<2 meses)?
GBS e BGN entérico (E. coli)
Paciente com OMA em virtude de complicação de resfriado comum. Quando pensar em fazer dose dobrada de amoxicilina pensando em pneumococo de resistência intermediária?
< 2 anos
Creche
Uso recente de ATB
Otite média com efusão sem infecção aguda. Quando encaminhar ao ORL para procedimento (carretel)?
> 3 meses sem melhora
Bilateral
A otite média aguda é mais comum em que faixa etária?
Menores de 2 anos.
Posologia da penicilina cristalina no tratamento hospitalar de pneumonia bacteriana:
100.000-200.000 U/kg/dia, 6/6 horas, 10-14 dias.
Posição indicada para os lactentes dormirem que diminui incidência de morte súbita:
Decúbito dorsal.
Causa mais frequente de pólipos nasais na infância:
Fibrose cística.
Anemia hemolítica autoimune pode acontecer nas crianças secundariamente à infecções por:
M. pneumoniae
EBV
CMV