NEONATO: Infecções Congênitas Flashcards
Como é a transmissão da infecção congênita
Transmissão hematogênica transplacentária
Período de maior risco de contaminação e por que?
Mais perto do termo, 3º trimestre, porque placenta é mais vascularizada e menos seletiva.
Manifestação clínica em geral (antenatal e pós-natal):
Sintomas antenatal: CIUR, prematuridade
Pós-natal: Assintomáticos (diagnóstico pelo lab)
Sintomas inespecíficos: hepatomegalia, esplenomegalia, icterícia, coluria, acolia, catarata e coriorretinite, microcefalia, hodrocefalia, exantemas diversos
Diagnóstico sorológico, qual cuidado que devemos ter?
IgM + = RN doente
IgG + = pode ser que veio da mãe pela placenta, não dá pra falar que é do RN
SÍFILIS: agente
Treponema pallidum
SÍFILIS: qual fase da doença tem maior transmissibilidade?
Sífilis materna 1ª e 2ª (infecção durante a gestação, se nada for feito, risco de contaminação fetal 100%), apesar de poder ser transmitida em qualquer estágio (risco de 30% nas formas tardias)
SÍFILIS: clínica sífilis precoce (<2 anos):
Rinite sanguinolenta
Exantema maculopapular
Pênfigo palmoplantar (MTO contagioso)
Placas mucosas
Condiloma plano (tbm sinal de doença adquirida no pós parto: violência?)
Periostite (sinal do Duplo Contorno, ppmente ossos longos e planos)
Psudoparalisia de Parrot (pela osteocondrite dolorosa)
SÍFILIS: frente a um condiloma plano, como excluir infecção pós-natal?
Pelas lesões osseas que aparecem apenas na forma congênita!
SÍFILIS: manifestações tardias (>2 anos):
É a sequela da precoce:
Nariz em sela
Rádegas (sulcos cutâneos vindos das placas mucosas)
Fronte olímpica (abaulamento)
Tíbia em sabre
Dentes de Hutson (incisivos centrais) e Molar em Amora
Cegueira, surdez e vertigem (por lesão 8º par)
Retardo mental
SÍFILIS: exames para avaliação do RN
VDRL do sangue periférico (cordão não vale) Hemograma LCR (CI se plaquetas <50.000) RX ossos longos Av. hepática e eletrólitos Av. auditiva e visual RX tórax
SÍFILIS: o que esperaria encontrar no hemograma?
Anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose (por linfocitose ou monocitose)
SÍFILIS: diagnóstico neurossífilis pelo LCR
VDRL reagente em qualquer titulação OU celularidade >25 OU proteína >150
SÍFILIS: defina gestante adequadamente tratada
Penicilina benzatina com dose e intervalos adequados para a fase
Iniciado até 30 dias antes do parto
Avaliado risco de reinfecção
Queda no VDRL (acompanhamento mensal: sem aumento da titulação em 2 diluições OU queda do títudo em 2 diluições em 3 meses OU 4 em 6 meses)
SÍFILIS: dose e intervalo penicilina benzatina gestação de acordo com fase
Fase 1ª, 2ª ou latente recente (<1 ano): 1 dose 2.400 Ui IM
Fase 3ª ou latente tardia ou indeterminada: 3 doses 2.400 Ui com intervalo de 1 semana e dividir entre bumbuns
SÍFILIS: conduta frente a alergia a penicilina
Desensibilização em hospital e aplicar penicilina.
Alternativa: ceftriaxone, mas considerar como gestante inadequadamente tratada porque a única que impede transmissão vertical é a penicilina! Segura para feto.
SÍFILIS: mãe adequadamente tratada e RN com VDRL maior ou igual a duas titulações
Essa criança tem sífilis congênita —> pedir todos os exames e tratar com penicilina cristalina ou procaína 10 dias, a depender do LCR
SÍFILIS: mãe adequadamente tratada e RN com VDRL que não é maior que 2 titulações
Fazer exame físico:
Normal: apenas acompanhamento, não precisa de nenhum exame complementar.
Alterado e VDRL reagente: Essa criança tem sífilis congênita —> pedir todos os exames e tratar com penicilina cristalina ou procaína 10 dias, a depender do LCR
Alterado e VDRL não reagente: procurar outro diagnóstico
SÍFILIS: conduta RN de mãe não tratada ou inadequadamente tratada:
Pedir todos os exames:
- LCR alterado: penicilina cristalina EV 10 dias
- LCR normal, mas outra alteração (ex: VDRL reagente): penicilina procaína IM 10 dias (de escolha pq pode ser ambulatorial) ou penicilina cristalina EV 10 dias
- Assintomático e todos os exames normais: penicilina benzatina dose única
SÍFILIS: indicação de acompanhamento
Todas as crianças expostas (infectadas ou não)
SÍFILIS: como fazer o acompanhamento
VDRL: 1,3,6,12 e 18 meses
Av. auditiva, visual e neurológica de 6/6 meses nos primeiros 2 anos
LCR 6/6 meses se teve neurossífilis
Obs: na avaliação auditiva, teste da orelinha normal não afasta necessidade de abaliação específica para surdez do 8º par.
SÍFILIS: o que é esperado para o VDRL?
Declínio aos 3 meses e negativação aos 6 meses.
Se 6 meses e não negativou ou VDRL aumentou de título: nova investigação ou retratamento
SÍFILIS: por que fazer só testes não treponêmicos?
Porque os treponêmicos positivos refletem IgG, que podem ser maternos, então são contra-indicados nos primeiros 18 meses de vida.
E se pedir o IgM é pouco sensivel, e tão se negativo, nao descarta.
Os não treponêmicos avaliam IgG e IgM!
TOXOPLASMOSE: agente
Toxoplasma gondii
TOXOPLASMOSE: significado de mãe no 1º trimestre com IgM - e IgG +
Mãe imune e não há risco de infecção congênita.
Exceção: mãe imunodeprimida porque infecção latente pode reativar e fazer infecção congênita.
TOXOPLASMOSE: significado de mãe no 1º trimestre com IgM + e IgG -
Infeção aguda ou falso-positivo —> repetir em algumas semanas —> se IgM + e IgG +, é infecção aguda e feto pode ser infectado.
TOXOPLASMOSE: significado de mãe no 1º trimestre com IgM + e IgG +
Infecção aguda ou antiga (até 12 meses antes) —> índice de avidez de IgG —> se alto = infecção há 3-4 meses, pelo menos (antiga, não há risco de infecção congênita).
Obs: se avidez baixa, não dá para afirmar que é infecção aguda, as vezes só não aumentou ainda.
TOXOPLASMOSE: conduta mãe com infecção aguda
Espiramicina (=rovamicina): não trata feto!! Se concentra na placenta e evita que feto seja contaminado.
Avaliar infecção fetal: USG/amniocentese a partir da 17ª semana com pesquisa de toxoplasma no líquido amniótico por técnica de PCR