NEONATO: Distúrbios Respiratórios Flashcards
Doença Membrana Hialina: fisiopatologia
Imaturidade pulmonar —> pouco surfactante alveolar —> colapso alveolar expiratorio
Doença Membrana Hialina: FR
PREMATURIDADE (<34 sem)
Asfixia (pouco O2 faz pneumocitos morrer)
Sexo masculino (maturidade bio lenta)
DM materno (insulina diminui liberacao de surfactante)
Doença Membrana Hialina: fatores que diminuem risco
Estresse cronico (ex: mae HAS, drogas ilicitas —> aumento cortisol —> maior liberacao de surfactante) Ruptura prolongada de membranas
Doença Membrana Hialina: qual pior prognostico, PIG da mae com HAS ou GIG da mae com DM?
GIG! Porque o hiperinsulinemismo diminui a liberacao de surfactante, enquanto o PIG tem mais cortisol que aumenta a liberacao de surfactante.
Doença Membrana Hialina: CLÍNICA
Inespecíficos:
Taquipnéia (FR>60)
Sinais de esforço respiratorio (gemido, retracoes costais, BAN..)
Início nas primeiras seis horas de vida (geralmente não há período assintomatico) e piora progressiva até 2º-3º dia, depois melhora a partir do 3º dia.
Doença Membrana Hialina: RX
Padrão de vidro moído/fosco: Infiltrado reticulogranular (hipotransparência difusa não homogênea/pontilhada) difuso com aerobroncograma. Volume pulmonar diminuído (pq é cheio de micro-atelectasias).
DEPOIS DE 6 HORAS (daí raro ver porque trata antes)
Doença Membrana Hialina: TTO
Crianças não graves:
CPAP precoce (na sala de parto)
INSURE (IOT —> surfactante na traqueia —> extuba —> CPAP
ATB
Crianças graves (em CPAP mas com acidose resp, hipoxemia e apneia persistente):
IOT
Surfactante
ATB
Doença Membrana Hialina: CD criança assintomática, mas com FR importante
CPAP precoce
Surfactante profilático (tecnica semelhante a INSURE, a diferença é que aqui é profilaxia)
OBS: eficácia é igual, logo hoje se faz mais o CPAP precoce!!
Doença Membrana Hialina: PREVENÇÃO
Corticoide antenatal que atravesse placenta
Evitar prematuridade
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: definição precoceXtardia
Precoce = primeiras 48 ou 72 hrs ou 7 dias
Tardia = após 7 dias
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: mecanismo e etio precoce
Via ascendente (intra-útero) ou via intraparto.
ETIO: flora vaginal mãe
- estreptococo hemolítico grupo B (S. agalactiae = GBS) —> coco gram +
- E. coli —> gram - entéricos
Outros: enterobacter, klebsiella, pseudomonas, anaerobios
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: mecanismo e etio tardia
Infecção comunitária ou hospitalar:
- Staphylococos aureus e coagulase -
- gram -
- fungos se extremo baixo peso (menor que 1000g) ou prematuro extremo, em NPT, se já tomou ATB
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: FR precoce
Ruptura prolongada membranas (>18 hrs)
Corioamnionite (febre materna intraparto, liquido amniotico fétido..)
Colonizacao materna por germes parogenicos (S. agalactiae)
ITU mãe (sem tto ou tto a menos de 72 hrs)
Prematuridade
Sexo masculino
Taquicardia fetal
Apgar 5 min <7 (asfixia —> neutropenia)
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: FR tardia
Prematuridade
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: CLÍNICA
Pode haver período assintomático (primeiras 48 hrs)
Desconforto respiratório
Sinais sistêmicos: distermina, hipoatividade, hipotensão/taquicardia, distensão andominal/vômito, icterícia (aumento bb direta), CIVD e sangramentos
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: RX
Igual doença hialina.
Padrão de vidro fosco: infiltrado reticulogranular difuso (pontilhado) com aerobroncograma.
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: lab
Alterações de boa predição de sepse:
Relação neutrofilos imaturos/total maior ou igual a 0,2 (como se fosse um desvio a esquerda)
Neutropenia
Outros: leucocitose (pode ser normal nas primeiras horas de vida) ou leucopenia
Plaquetopenia: maior gravidade
Aumento PCR (para acompanhamento)
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: identificação agente
Hemocultura
Punção lombar
Urinocultura (na infec tardia, na precoce só se há indício de malformação do TGU, nao é rotina)
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: TTO
Precoce: Amp + genta
Tardia: depende do hosp, mas sempre cobrir estafilo (oxacilina ou vanco)
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: droga prevenção GBS intraparto
Penicilina cristalina EV 5 milhoes ataque + 2,5 4/4 hrs
Alternativa: amp EV 2g + 1g 4/4 hrs
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: indicação prevenção GBS intraparto
Swab vaginal ou retal 35-37 semanas positivo
Sem swab, mas alto risco: bolsa rota >18 hrs, febre intraparto, TP prematuro (<37 semanas)
Independente do swab: bacteriúria atual para GBS ou filho anterior com historia de sepse por GBS
PNEUMONIA/SEPSE NEONATAL: profilaxia sepse GBS no RN>35 sem assintomático
Corioamnionite materna = cultura + ATB
Profilaxia intraparto indicada, mas inadequada = observação 36/48 hrs
Profilaxia ntraparto adequada = rotina neonatal (alta com 24 hrs de vida)
SÍNDROME ASPIRAÇÃO MECONIAL: fisiopatologia
ASFIXIA FETAL (grande FR) —> relamento esfincter anal + aumento movimento respiratório —> mecônio na traqueia (ainda nao é a Sd) —> início ventilação pulmonar após nascimento —> aspiração para via aérea inferior —> bloqueio mecanico expiratorio (completo: atelectasia/ parcial: hiperinsuflacao), pneumonite química e favorece infec secundária —> diminuição complacencia pulmonar
SÍNDROME ASPIRAÇÃO MECONIAL: FR
Asfixia fetal/ sofrimento
LÍquido amniótico meconial (evidencias: unha suja, cordao umbilicar sujo..)
Termo e pós-termo (prematuro nao pq peristalse nao é expulsiva)
SÍNDROME ASPIRACÃO MECONIAL: clínica
Desconforto respiratório grave com início nas primeiras horas de vida
SÍNDROME ASPIRACÃO MECONIAL: RX
Infiltrado alveolar grosseiro (distribuído de forma anárquica no pulmão)
Pneumotórax (hiperinsuflado + ventilaçao em alta pressao)
Volume pulmonar aumentado
SÍNDROME ASPIRACÃO MECONIAL: TTO
Suporte ventilatorio (mtas vezes IOT) ATB (por via das duvidas) Surfactante (pq inflamacao intensa destruiu surfactante)
SÍNDROME ASPIRACÃO MECONIAL: CD reanimação RN a termo, vigoroso, bem
Colo materno
SÍNDROME ASPIRACÃO MECONIAL: CD RN deprimido, não respirando, tonus inadequado
Clampeamento imediato + APAS
1º) aspiraçao sempre, se nao melhorou:
2º) VPP 30 sg, se nao melhorou depois de checar tecnica:
3º) IOT para aspirar traqueia (nao para ventilar)
4º) tira IOT e volta a ventilar com ambu e mascara e volta para fluxograma normal
SÍNDROME ASPIRACÃO MECONIAL: complicação e tto
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal
Mantem shunt direito —> esquerdo pelo canal arterial: cianose, diferenca de sat pré e pós-ductal e nao responde a O2 (problema é na circulacao, nao na ventilacao)
TTO: NO inalatório (VD pulmonar)
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA = Sd do Pulmão Úmido: fisiopatologia
CESÁREA ELETIVA (grande FR) —> retardo da absorção do líquido pulmonar
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA: FR
Cesariana eletiva (ausência de TP) Termo/ pré-termo limítrofe Asfixia perinatal Sexo masculino Macrossomia Prematuridade
Maternos: asma, sedação e exposição a beta lactâmicos
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA: clínica
Início primeiras horas e resolução rápida (no máx 72 hrs).
Desconforto respiratório moderado e autolimitado.
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA: RX
Congestão generalizada: Convestão hilar Aumento trama vascular Líquido nas cisuras = cisurite Derrame pleural Cardiomegalia Hiperinsuflação (arcos costais retificados e aumento dos espaços entre eles)
TAQUIPNÉIA TRANSITÓRIA: TTO
Suporte:
Oxigenioterapia (O2 baixa concentração, máx 40%) —> pode ser por CPAP
Suporte nutricional (mtas vezes por sonda)
OBS: nunca diurético!