Neonato Flashcards
Classificação do RN quanto à IG
Pré-termo < 37 semanas
Termo 37-42 semanas
Pós-termo > 42 semanas
- 34-37 semanas: Pré-termo tardio
Classificação do RN quanto ao peso
Extremo baixo peso < 1000g
Muito baixo peso 1000-1500g
Baixo peso 1500-2500g
<2500g tem que fazer profilaxia de anemia ferropriva
Classificação do RN quanto a peso x IG
PIG: p90 Grande para idade gestacional
Qual imunoglobulina não passa pela placenta?
IgM
Sífilis Congênita - QC
Sífilis precoce (<2a)
Rinite: sanguinolenta
Lesão mucosa: placa mucosa
Lesão cutânea: pênfigo palmoplantar, condiloma plano
Lesão óssea: Osteocondrite (Pseudoparalisia de Parrot) / Periostite (sinal do duplo contorno)
Sífilis tardia (>2a) Fronte olímpica Nariz em sela Tíbia em sabre Rágade Dente de Hutchinson / Molar em amora Articulação de Clutton* Ceratite Intersticial*
*lesões imunomediadas
O que é a Pseudoparalisia de Parrot
Paralisia por dor, devido à lesão óssea causada pela Sífilis congênita
Critérios para tratamento adequado da gestante com Sífilis
Penicilina Benzatina
Intervalo entre as doses de 1 semana (considerar até 14 dias para reiniciar o esquema)
Início do tratamento 30 dias antes do parto
Avaliar risco de reinfecção
Documentação da queda dos títulos de VDRL
Sífilis Congênita - Exames complementares
VDRL de sangue periférico para TODOS os pacientes Hemograma Líquor Raio-X ossos longos Eletrólitos / Perfil hepático Avaliação oftalmológica e auditiva
Quando considerar VDRL positivo no RN?
VDRL RN > VDRL materno em 2 diluições
Confirmado por 2ª amostra
Sífilis Congênita - Alteração liquórica
VDRL +
Célular > 25
Proteínas > 150
*Na impossibilidade de avaliação liquórica, tratar RN como neurossífilis
Tratamento da Sífilis no adulto
- Sífilis 1ª, 2ª ou latente com duração < 1 ano:
P. Benzatina 2,4 milhões de unidades dose única (1,2mi em casa glúteo) - Sífilis 3ª, assintomática há mais de 1 ano ou com duração indeterminada:
P. Benzatina 2,4 milhões de unidades 3 doses com intervalo de 1 semana
Gestante reiniciar esquema se intervalo > 14 dias
Gestantes: tratamentos não penicilínicos são considerados inadequados
Sífilis Congênita - Manejo RN de mãe não tratada ou inadequadamente tratada
1) Solicitar: VDRL, Liquor, HMG, Rx ossos longos, eletrólitos/hepática, auditiva/oftalmológica
2) Líquor alterado: P. Cristalina 10 dias
3) Líquor normal + qualquer outra alteração: P. Cristalina ou P. Procaína 10 dias (preferência procaína)
4) RN assintomático + todos os exames normais (VDRL negativo): P. Benzatina dose única se acompanhamento garantido.
Sem acompanhamento: tratar com P. Cristalina / Procaína 10 dias
Sífilis Congênita - Manejo RN de mãe adequadamente tratada
1) Solicitar VDRL
2) VDRL RN > Materno em 2 diluições:
- Solicitar demais exames
- LCR alterado: P. Cristalina 10 dias
- LCR normal + outro exame alterado: Cristalina / Procaína 10 dias
3) VDRL RN < Materno e Assintomático
- Acompanhamento
- Sem garantia de acompanhamento: solicitar exames e tratar conforme necessário
4) VDRL não reagente e Assintomático
- Acompanhar
- Sem garantia de acompanhamento: P. Benzatina dose única
Sífilis Congênita - Acompanhamento pós-neonatal
Mensal até 6 meses
Bimestral até 18 meses
VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses (até 2 negativos)
Avaliação oftalmo, auditiva, neurológica 6/6meses por 2 anos
LCR 6/6 meses se alterado
Toxoplasmose Congênita - Clínica
50-85% dos RN são assintomáticos no nascimento
Na prova:
Tríade de Sabin:
1) Coriorretinite
2) Calcificação intracraniana (DIFUSA)
3) Hidrocefalia obstrutiva
Toxoplasmose Congênita - Característica da calcificação intracraniana
DIFUSA
Toxoplasmose Congênita - Clínica da gestante
Síndrome mononucleose like
Toxoplasmose Congênita - Sorologia e tempo de conversão
Anticorpo Antitoxoplasma IgM e IgG
IgM: positiva na 1ª ou 2ª semana após infecção.
Fica positivo por 2 a 3 meses
IgG: positiva 1 a 2 semanas após infecção com aumento progressivo dos títulos.
Pico máximo é de 3-6 meses
Índice de Avidez do IgG:
Alto: infecção ocorreu há mais de 3-4 meses
Baixo: pode ser infecção recente, mas também tem casos em que fica baixo por muitos meses (não necessariamente é infecção aguda)
Toxoplasmose Congênita - Avaliação Fetal
USG obstétrica a cada 2 semanas
PCR do líquido amniótico (após 18 semanas)
Toxoplasmose Congênita - Sorologia da criança após nascimento
Títulos IgG 4x maiores que o da mãe podem sugerir infecção
Criança sem infecção: IgG diminui até negativar por volta de 1 ano de idade
Presença de IgM em sangue coletado no 5º dia de vida dá diagnóstico de infecção congênita
Toxoplasmose Congênita - Tratamento
No diagnóstico deve ser feita Espiramicina (previne infecção fetal)
Tto:
Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido Folínico
Corticóide se retinite em atividade ou LCR com proteína > 1g/dL
Criança:
Sulfadiazina 100mg/kg/dia por 1 ano
Pirimetamina 2mg/kg/dia 2 dias
1mg/kg/dia por 2-6 meses
1mg/kg/dia 3x/semana até 1 ano
Ácido Folínico: 10mg/dia
Toxoplasmose Congênita - Orientações para prevenir
Não comer carne crua ou mal passada
Lavar bem alimentos
Não beber água que não for filtrada ou fervida
Evitar contato com fezes de gato
Principal causa de surdez neurossensorial na infância?
Infecção congênita por CMV
Citomegalovirose Congênita - Clínica
Maioria dos RN é assintomática
Sintomas são inespecíficos
Calcificações intracranianas (PERIVENTRICULARES)
Característica da calcificação intracraniana no CMV
PERIVENTRICULAR
Citomegalovirose Congênita - Dx
Identificação do vírus na urina ou na saliva em até 3 semanas de vida
- após o período não da para diferenciar infecção congênita de infecção perinatal
Citomegalovirose Congênita - Sequelas
Surdez
*CMV mas não me ouve
Citomegalovirose Congênita - Tto
Ganciclovir 6mg/kg/dose 12/12h EV por 6 semanas
*Opção: Valganciclovir (oral e tem menos efeito adverso)
CMV contraindica a amamentação?
Não
Rubéola Congênita - Tríade clínica clássica
Catarata
Surdez
Cardiopatia congênita
Rubéola Congênita - Manifestações Clínicas
Transitórias: hepatoesplenomegalia, petéquia, púrpura, anemia hemolítica…
Permanentes:
Lesões cardíacas: PCA, Estenose Artéria Pulmonar
Lesões oculares: catarata, glaucoma, retinopatia…
Lesões auditivas: surdez…
Lesões neurológicas: microcefalia, retardo…
Tardias
DM tipo 1, disfunção tireoidiana…
Rubéola Congênita - Profilaxia
Vacina
Rubéola Congênita - Tto
Não há tratamento específico
Remediar sequelas
Rubéola Congênita - Preventiva
Tem que ser notificado
Varicela Congênita - Característica
Acontece quando há infecção na primeira metade da gestação < 20 semanas
+ importante < 13 semanas
*infecção materna próxima ao termo ou pós natal, leva à varicela neonatal que é diferente da congênita
Varicela Congênita - QC
Hipoplasia dos membros (mais característico)
Lesões cicatriciais (acompanham dermátomo)
SNC: microcefalia, hidrocefalia, calcificações
Varicela Congênita - Tto
As lesões não progridem
Não tem necessidade de tratamento
Varicela Congênita - Profilaxia
Imunoglobulina para gestante susceptível que entrou em contato
Definição de microcefalia
PC < 2 desvios padrão da média populacional
RN 37 semanas:
30,24cm feminino
30,54cm masculino
1º exame para o RN com infecção por Zyka vírus
USG tranfontanela
Doença da Membrana Hialina - O que é
Deficiência na concentração de surfactante
Doença da Membrana Hialina - Fisiopatologia
1) Deficiência de surfactante
2) Instabilidade alveolar
3) Colabamento alveolar
4) Aumento do esforço respiratório
- Hipoxemia por diminuição do tempo de troca gasosa
- Acidose respiratória por aumento do esforço respiratório
Doença da Membrana Hialina - Fatores de Risco
- Prematuridade
- Asfixia
- Sexo masculino
- Diabetes materno
Doença da Membrana Hialina - Fatores que reduzem risco
Fatores que aumentam cortisol
- Estresse fetal crônico
- Ruptura prolongada das membranas
- Mãe usuária de drogas
Doença da Membrana Hialina - Clínica
Início nas primeiras horas
Desconforto respiratório clássico
Doença da Membrana Hialina - Radiografia
- Infiltrado Reticulogranular Difuso
“Vidro moído” - Volume Pulmonar Diminuído
Doença da Membrana Hialina - Tto
- Oxigênio terapia (Hood) *não muda a história natural
- CPAP (estabilidade alveolar)
- VM se apneia persistente, acidose respiratória, hipoxemia mesmo com CPAP
- Iniciar ATB (difícil de diferenciar de Sepse/Pneumonia)
Doença da Membrana Hialina - Prevenção
- Evitar prematuridade
- Corticoterapia antenatal
- CPAP x Surfactante profilático
Pneumonia / Sepse neonatal - Classificação
Sepse precoce (<48h) Sepse tardia (>7dias)
Pneumonia / Sepse neonatal - Principais Agentes sepse precoce
GBS
E coli
Pneumonia / Sepse neonatal - Principais agentes sepse tardia
Gram Negativo
Stafilococo aureus
Pneumonia / Sepse neonatal - Fatores de Risco
- Bolsa rota > 18h
- Prematuridade
- Coriamnionite
- Colonização por GBS
Pneumonia / Sepse neonatal - Clínica
Pode ser assintomático por até 48h
Sinais sistêmicos: febre/hipotermia, hipoatividade
Pneumonia / Sepse neonatal - Radiografia
IGUAL MEMBRANA HIALINA
Infiltrado Reticulogranular Difuso
Pneumonia / Sepse neonatal - Exames complementares
- Hemograma: neutropenia, Relação I/T > 0,2
- PCR
- Identificação do agente: HMC, URC, LCR
Pneumonia / Sepse neonatal - Tto
Sepse precoce: Ampicilina + Aminoglicosídeo (Genta)
Sepse tardia: depende do perfil de resistência
Pneumonia / Sepse neonatal - Prevenção de Sepse por GBS, quando agir
RN assintomático
- Casos de Corioamnionite: Avaliação limitada + ATB
- Casos de RNPT ou BR>18h sem corioamnionite, sem ATB profilático materno apesar da indicação: Avaliação limitada + Observação por 48h
Taquipneia Transitória - outro nome
Síndrome do pulmão úmido
Taquipneia Transitória - Fisiopatologia
Retardo na absorção do líquido pulmonar
Taquipneia Transitória - Fator de risco
Cesariana Eletiva
Taquipneia Transitória - Clínica
Desconforto respiratório leve/moderado
Resolução rápida <72h
Taquipneia Transitória - Radiografia
“Edema Pulmonar”
Congestão perihilar
Aumento da trama vascular
Taquipneia Transitória - Tto
Suporte
SNG, oxigenoterapia
*NÃO FAZER DIURÉTICO
Estruturas ligadas pelo Forame Oval
Átrios
Estruturas ligadas pelo Ducto Arterioso
Artérias Pulmonar e Aorta
Estruturas ligadas pelo Ducto Venoso
Veias Umbilical e Cava Inferior
Síndrome da Aspiração Meconial - Fisiopatologia
- Asfixia -> liberação esfincteriana + Aumento frequência respiratória
- Presença de mecônio na traqueia
- Obstrução expiratória
- Pneumonite química
- Infecção Secundária
Síndrome da Aspiração Meconial - Clínica
Líquido meconial Unhas esverdeadas Cordão esverdeado Sofrimento Fetal Agudo Desconforto respiratório grave Início nas primeiras horas
Síndrome da Aspiração Meconial - Tto
Suporte ventilatório
Surfactante (alto consumo)
Síndrome da Aspiração Meconial - Complicação
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal - Fisiopatologia
Resistência pulmonar não cai
Patência forame oval
Patência do ducto arterial
Shunt Direita - Esquerda
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal - Dx diferencial
Cardiopatias Congênitas cianóticas
Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal - Tto
Óxido Nítrico inalatório
Reanimação Neonatal - 3 Perguntas
1) RN à Termo?
2) Respira ou chora?
3) Tônus adequado?
Reanimação Neonatal - Conduta após 3 perguntas
1 Não como resposta = Reanimação
*Não para:
Respira/Chora ou Tônus adequado = Clampeamento imediato do cordão
Reanimação Neonatal - Passos Iniciais
APAS - Fazer em 30 segundos
Aquece
Posiciona
Aspira se necessário
Seca
Reanimação Neonatal - Após APAS
1) Avaliar FC, Apneia ou Respiração Irregular
- Se FC<100 ou outra alteração:
VPP (se >34 sem: Ar ambiente. Se <34sem: O2 30%) por 30 segundos
Monitorizar e oximetria
2) Reavaliar FC
- Se FC<100: checar técnica por 30 segundos ou IOT
3) Reavaliar FC
- Se FC<60:
IOT, MCE, considerar O2 100%
4) Reavaliar FC
- Se FC<60:
Adrenalina
Icterícia Neonatal - Características icterícia fisiológica
Inicia após 2-3 dias de vida
Bilirrubina < 12 no RNT
Icterícia Neonatal - Fisiopatologia icterícia fisiológica
- Alta produção de bilirrubinas (Hemácia tem meia vida menor, hematócrito é maior)
- Conjugação e Captação são deficientes por imaturidade
- Aumento do ciclo entero-hepático (trânsito intestinal mais lento, menos bactérias)
Icterícia Neonatal - Fração de Bb aumentada na fisiológica
Bilirrubina Indireta
Icterícia Neonatal - Fatores que levam a pensar em Icterícia não fisiológica
- Início < 24h
- Alta elevação de bilirrubinas > 5mg/dL/dia
- Concentração de bilirrubina muito alta
- Alteração clínica
- Icterícia Persistente
RNT: >7-10 dias
RNPT: >10-14 dias - Colestase
Icterícia Neonatal - Causas de Icterícia Precoce
Anemia Hemolítica:
- Incompatibilidade ABO e RH
- Esferocitose
- Deficiência de G6PD
Icterícia Neonatal - Investigação de icterícia precoce
BT e frações Hematócrito / Hemoglobina e Reticulócitos Tipo Sanguíneo / Rh Coombs Direto Hematoscopia
Corpúsculo de Heinz é característico de qual patologia neonatal?
Deficiência de G6PD
Icterícia Neonatal - Causas de Icterícia Prolongada ou Tardia
- Sem colestase:
Icterícia do Leite Materno (alguma substância do leite que está causando a alteração - Suspender aleitamento por curto período) - Com colestase
Atresia de Vias Biliares - Urgência diagnóstica (Correção com cirurgia de Kasai)
Icterícia Neonatal - Tto
Fototerapia (início <24h, BT>17)
Exsanguíneotransfusão
Parâmetros do boletim Apgar
Cor Respiração FC Tônus Resposta a estímulos
Doenças avaliadas no Teste do Pezinho
Fenilcetonúria Fibrose Cística Hipotireoidismo Hiperplasia Adrenal Deficiência da biotinidase Doenças Falciformes
Quando realizar o teste do coraçãozinho?
entre 24-48 horas de vida
Critérios para considerar o teste do coraçãozinho positivo?
Sat <95% em algum membro
Diferença entre MSD e M inferior (direito ou esquerdo) > 3%
Achado radiográfico que confirma o DX da Enterocolite Necrosante
Pneumatose Intestinal
Enterocolite Necrosante - Clínica
RN pré termo com sangue nas fezes
Critérios para o uso de hipotermia em casos de RN com Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica
IG > 35 semanas
Peso > 1800g
Usado nas 6 primeiras horas
Droga de escolha para tratar crise convulsiva no período neonatal
Fenobarbital
Cardiopatia Congênita mais comumente associada à Síndrome de Down
Síndrome do Defeito do Septo Atrio Ventricular