Nefropatia diabética Flashcards

1
Q

Quais as complicações mais comuns do diabetes mellitus?

A

Acidente vascular cerebral, retinopatia diabética, infarto agudo do miocárdio, nefropatia diabética, doença renal crônica, hipoestesia de membros inferiores, amputação de extremidades por lesões vasculares periféricas e coma e óbito por hiperglicemia.

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2
Q

Como é feita a classificação da doença renal crônica?

A

A classificação é feita a partir da análise da quantidade de creatinina eliminada (G1, G2, G3a, G3b, G4 e G5) e da quantidade de albumina eliminada por grama de creatinina (A1, A2 e A3).

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3
Q

O que é a nefropatia diabética?

A

A nefropatia diabética é uma glomerulopatia decorrente do diabetes mellitus (DM) que, geralmente, está associada a retinopatia diabética. Ela se manifeste entre 5 e 10 anos do início do quadro de DM tipo 1 e cerca de 10 anos do início do quadro de DM tipo 2. É importante ressaltar que nefropatia diabética não é sinônimo de doença renal crônica.

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4
Q

Qual a fisiopatologia da nefropatia diabética?

A

Quando a hiperglicemia é alta o suficiente para que moléculas de glicose sejam eliminadas através da urina, ocorre up-regulation de cotransportadores SGLT-2 no túbulo contorcido proximal para compensar a eliminação dessas moléculas de glicose. A reabsorção de glicose ocorre às custas da reabsorção de íons sódio, fazendo com que a hiperglicemia seja mantida e a natremia aumente. Consequentemente, uma menor quantidade de íons sódio alcança o túbulo contorcido distal, indicando anormalidade na eliminação de íons sódio através da urina. As células da mácula densa, a fim de corrigir essa anormalidade, estimulam a vasodilatação da arteríola aferente e a vasconstrição da arteríola eferente, que resulta em hipertensão intraglomerular e hiperfiltração de componentes séricos. Se sustentada, por sua vez, a hiperfiltração de componentes séricos resulta em inflamação e lesão glomerular (lesão aos e apoptose dos podócitos, espessamento da membrana basal que sustenta os podócitos e lesão às células mesangiais). A perda da negatividade pela membrana basal resulta em microalbuminúria, marcador inicial de dano renal no DM.

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5
Q

Quais as alterações glomerulares características da nefropatia diabética?

A

A dilatação de capilares sanguíneos causa degeneração hialina da camada subintimal e microaneurismas, com insudação plasmática. A lesão glomerular como um todo causa deposição de agentes inflamatórios que diminuem a adesão dos podócitos e os levam à morte. A lesão às células mensangiais causa proliferação dessas células e expansão da matriz mesangial, com modularidade precoce, mesangiólise e nódulos de Kimmelstiel-Wilson.

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6
Q

Quais as alterações tubulares características da nefropatia diabética?

A

A hiperfiltração de componentes séricos causa espessamento da membrana basal tubular e expansão intersticial. Em quadros mais avançados, causa enrugamento da membrana basal, atrofia tubular e fibrose intersticial.

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7
Q

Quais as alterações arteriolares decorrentes da nefropatia diabética?

A

As arteríolas estão sujeitas à hialinose arteriolar, ou seja, à deposição de material proteico de aspecto hialino em posição subendotelial, e, consequentemente, redução de seu lúmen.

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8
Q

Qual a história natural da nefropatia diabética?

A

A doença se inicia com hiperfiltração e consequente proteinúria progressiva. Pode ocorrer hipertrofia renal. Após cerca de 5 anos do início da doença, a hiperfiltração crônica causa lesão glomerular, com diminuição progressiva da taxa de filtração glomerular. Após cerca de 15 anos, com a proteinúria aumentada e a taxa de filtração glomerular diminuída progressivamente, pode haver síndrome nefrótica. A biópsia renal revela nódulos de Kimmelstiel-Wilson e fibrose túbulo-intersticial. Após cerca de 20 anos, cerca de 50% do parênquima renal está lesionado. Há aumento do risco de eventos cardiovasculares e, consequentemente, da mortalidade.

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9
Q

Como é o manejo clínico do DM para evitar complicações?

A

O manejo clínico deve ser precoce, com tratamento hipoglicemiante e monitoramento constante da glicemia, além da mudança de estilo de vida. No DM tipo 1, a glicemia é controlada a partir da administração do hormônio insulina. No DM tipo 2, a partir da administração de metformina e de inibidores do cotransportador SGLT-2 quando a taxa de filtração glomerular é maior que 30 mL/min/1,73 m². A mudança de estilo de vida envolve ingestão de 0,8 g de proteína/kg a cada dia, ingestão de íons sódio menor que 2 a 5 g a cada dia e prática de atividade física de intensidade moderada por, pelo menos, 150 minutos a cada semana.

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10
Q

Como é o manejo clínico do DM, da doença renal crônica e da doença cardiovascular para evitar complicações?

A

Além do tratamento hipoglicemiante e monitoramento constante da glicemia (hemglobina A1c entre 6,5 e 8%), o manejo clínico com controle da doença renal crônica e da doença cardiovascular a partir da combinação entre IECAs e BRAs em indivíduos diabéticos com proteinúria e hipertensão arterial. No caso de indivíduos com DM tipo 2, se o tratamento com metformia e/ou inibidores do cotransportador SGLT-2 não proporcionar o efeito desejado, podem ser administrados agonistas do receptor GLP-1 (GLP-1 RA).

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