Moléstia trofolástica gestacional Flashcards
Definição de moléstia trofoblástica gestacional
É um tumor que acomete o trofoblasto e, portanto, as vilosidades coriônicas, também chamada de deciduoma, placentoma, sarcoma, trofoblastoma, coriomas e proliferações trofoblásticas.
Tipos de moléstia trofoblástica gestacional
Mola hidatiforme ou corioma benigno;
Mola invasora ou corioadenoma destruens;
Coriocarcinoma ou corioma maligno.
Mola hidatiforme ou corioma benigno
Patologia benigna relacionada a altos níveis de hCG, com fatores predisponentes nutricionais, raciais (asiáticos), de idade (acima de 40 anos), imunológicos e de consanguinidade.
Anatomia patológica da mola hidatiforme
Macroscopicamente: vesículas aglutinadas vermelho-escuras.
Microscopicamente: proliferação do epitélio do vilo, degeneração hidrópica e ausência ou escassez de vascularização.
Quadro clínico da mola hidatiforme
Amenorreia seguida de metrorragia, hiperêmese gravídica, aumento do volume abdominal, ausência de movimentação fetal, eliminação da vesícula (abortamento molar), toxemia gravídica (início da gestação; hipertensão, edema e proteinúria), embolização pulmonar.
Exame físico da mola hidatiforme
Abdominal: altura uterina maior que idade gestacional, palpação com homogeneidade e ausculta fetal ausente.
Genital: útero aumentado, colo amolecido e aumento dos anexos (formação de cistos tecaluteínicos).
Diagnóstico da mola hidatiforme
Clínico: história de atraso menstrual, sangramento, anemia, multiparidade, desidratação, eliminação do produto molar e altura uterina maior que o esperado.
Dosagem de beta-hCG: muito elevado.
Ultrassonografia: ausência de feto (visualização de “flocos de neve”).
Exame anatomopatológico: estudo macro e microscópico do material.
Diagnósticos diferenciais de mola hidatiforme
Gestação múltipla, polidrâmnio, ginecopatia, placenta de inserção baixa, hipertensão e ameaça de abortamento.
Tratamento da mola hidatiforme
Curetagem uterina (risco de perfuração) ou histerectomia abdominal total (prole constituída).
Vigilância pós-molar e prognóstico
Detecção de precoce de possível malignização (ocorre em 2-8% dos casos, 25% se a mulher tiver mais de 40 anos), seguimento da paciente por pelo menos um ano, controle clínico (diminuição ou cessão do sangramento), laboratorial (hCG) e por imagem (avaliar metástases pulmonares). A mortalidade é de 1%, e o prognóstico imediato depende da precocidade do diagnóstico e dos cuidados técnicos durante a resolução da patologia.
Mola invasora, hidatiforme maligna ou corioadenoma destruens
Patologia benigna que provoca invasão da parede uterina.
Anatomia patológica da mola invasora
Macroscopicamente: tecido molar no miométrio e crescimento trofoblástico excessivo.
Microscopicamente: penetração de elementos trofoblásticos no miométrio, com preservação do vilo.
Quadro clínico da mola invasora
Semelhante ao da hidatiforme, mas mais agressivo.
Diagnóstico da mola invasora
Clínico: história de atraso menstrual, sangramento, náuseas e vômitos.
Dosagem de beta-hCG: muito elevado.
Ultrassonografia: presença de material molar, mas não é possível identificar invasão do miométrio.
Arteriografia pélvica: hipervascularização uterina.
Exame anatomopatológico: fecha o diagnóstico.
Diagnósticos diferenciais de mola invasora
Restos molares, gestação ectópica e coriocarcinoma.