Má formações do Rim e do ureter Flashcards
O que são as Artérias renais acessórias?
As variações comuns no suprimento sanguíneo dos rins refletem a maneira pela qual o suprimento sanguíneo se altera continuamente durante a vida embrionária e fetal inicial (Fig. 12-10). Aproximadamente
25% dos rins adultos têm duas a quatro artérias renais. Artérias renais acessórias (supranumerárias) usualmente se originam da aorta superior ou inferior à artéria renal principal acompanhando-a até o hilo do
rim (Fig 12-11A, C e D).
Artérias acessórias também podem entrar nos rins diretamente, usualmente pelo polo superior ou inferior (Fig. 12-11B). Uma artéria acessória para o polo inferior (artéria renal polar) pode cruzar anteriormente ao ureter e obstruí-lo, causando hidronefrose, ou distensão da pelve e cálices renais com urina. Se a artéria entrar no polo inferior do rim direito, ela usualmente cruza anteriormente à veia cava inferior e ureter.
As artérias renais acessórias são artérias terminais; consequentemente se uma artéria acessória for danificada ou ligada, a parte do rim suprida por ela se tornará isquêmica. Artérias acessórias são aproximadamente duas vezes mais comuns que veias acessórias
Algum tipo de defeito dos rins e ureteres ocorre em 3% a 4% dos recém-nascidos. Defeitos em forma e posição são mais comuns. Muitos defeitos do trato urinário fetal podem ser detectados antes do nascimento por ultrassonografia.
Sendo assim, explique a AGENESIA RENAL UNILATERAL.
Agenesia (ausência) renal unilateral ocorre aproximadamente uma vez em cada 1.000 recém-nascidos. Homens são afetados mais frequentemente que mulheres, e o rim esquerdo é, em geral, o que está ausente (Figs. 12-12 A e B e 12-13A). A agenesia renal unilateral muitas vezes não causa sintomas e, geralmente, não é descoberta durante a infância porque o outro rim usualmente sofre hipertrofia compensatória e executa a função do rim que está faltando. Deve-se suspeitar de agenesia renal unilateral em b_ebês com uma única artéria umbilical_
Explique a AGENESIA RENAL BILATERAL E DO QUE ELA RESULTA.
Agenesia renal bilateral (Fig. 12-12C) é associada ao oligoidrâmnio, uma condição que se desenvolve porque pouca ou nenhuma urina é excretada para a cavidade amniótica. Essa condição ocorre aproximadamente uma vez em 3.000 nascimentos e é incompatível com a vida pós-natal. Cerca de 20% dos casos de síndrome de Potter são causados por agenesia renal bilateral. Esses bebês têm uma aparência facial característica: os olhos são largamente separados e apresentam pregas palpebronasais (pregas epicânticas), as orelhas estão em posição baixa, o nariz é largo e chato, o queixo é recuado, e há anormalidades dos membros respiratórios. Bebês com agenesia renal bilateral geralmente morrem logo após o nascimento de hipoplasia pulmonar que leva à insuficiência respiratória
A agenesia renal resulta quando os brotos uretéricos não se desenvolvem ou os primórdios (pedículos dos brotos) dos ureteres degeneram. A falha dos brotos em penetrar no blastema metanefrogênico resulta em falha do desenvolvimento do rim porque os néfrons não são induzidos pelos túbulos coletores a se desenvolverem a partir do blastema. A agenesia renal provavelmente tem uma causa multifatorial. Há evidência clínica de que a involução in utero completa de rins policísticos (muitos cistos) poderia levar à agenesia renal, com um ureter com uma terminação cega no mesmo lado
Defina o Rim mal Rotado.
Se um rim deixar de rotar, o hilo fica posicionado anteriormente, isto é, o rim fetal retém sua posição embrionária (Figs. 12-10A e 12-13C). Se o hilo se posiciona posteriormente, a rotação do rim prosseguiu excessivamente; se ele der face lateralmente, ocorreu rotação lateral em vez de medial. A rotação anormal dos rins é muitas vezes associada aos rins ectópicos
Explique os rins ectópicos.
Um ou ambos os rins podem estar em posição anormal (Fig. 12-13B, E e F). A maioria dos rins ectópicos estão localizados na pelve (Fig. 12-14), mas alguns ficam na parte inferior do abdome.
Rins pélvicos e outras formas de ectopia resultam da falha dos rins em ascender. Rins pélvicos são próximos um do outro e usualmente se fundem para formar um rim discoide (“panqueca”) (Fig. 12-13E).
Rins ectópicos recebem seu suprimento sanguíneo de vasos sanguíneos perto deles (artérias ilíacas internas ou externas e/ou aorta abdominal). Eles são frequentemente supridos por vários vasos. Às vezes, um rim cruza para o outro lado, resultanto em ectopia renal cruzada e 90% desses rins são fundidos (Fig. 12-15). Um tipo incomum de rim anormal é o rim fundido unilateral. Nesses casos, os rins em desenvolvimento se fundem após deixarem a pelve, e um rim atinge sua posição normal, carregando consigo o outro rim (Fig. 12-13D).
Defina o Rim em ferradura.
Em 0,2% da população, os polos dos rins são fundidos; usualmente são os polos inferiores que se fundem. O grande rim em forma de U geralmente se localiza na região púbica, anterior às vértebras lombares inferiores.
A ascensão normal dos rins fundidos é impedida porque eles ficam presos pela raiz da artéria mesentérica inferior
Um rim em ferradura usualmente não produz sintomas porque o seu sistema coletor se desenvolve normalmente e os ureteres entram na bexiga. Se o fluxo de urina for impedido, pode aparecer sinais e sintomas de obstrução e/ou infecção. Aproximadamente 7% das pessoas com síndrome de Turner têm rins em ferradura
Cite as duplicações do trato urinário.
Duplicações da parte abdominal do ureter e pelve renal são comuns . Esses defeitos resultam da divisão anormal do broto uretérico. A divisão incompleta resulta em um rim dividido com um ureter bífido . A divisão completa resulta em um rim duplo com um ureter bífido ou ureteres separados
Um rim supranumerário com seu próprio ureter, o que é raro, provavelmente resulta da formação de dois brotos uretéricos
Explique o ureter ectópico.
Um ureter ectópico não se abre na bexiga urinária. Em homens, o ureter se abrirá no colo da bexiga ou na parte prostática da uretra. O ureter pode também entrar no ducto deferente, utrículo prostático ou glândula seminal.
Em mulheres, o ureter ectópico pode também se abrir no colo da bexiga ou na uretra, _vagina ou vestíbulo (cavidade) da vagina (_Fig. 12-18).
A incontinência é a queixa comum resultante de um ureter ectópico porque o fluxo da urina pelo orifício do ureter não entra na bexiga; em vez disso ela está continuamente gotejando da uretra, em homens, e da uretra e/ou vagina, em mulheres
Um ureter ectópico resulta quando o ureter não é incorporado no trígono entre as aberturas dos ureteres na parte posterior da bexiga urinária. Em vez disso, ele é carregado caudalmente com o ducto mesonéfrico e é incorporado na parte pélvica média da parte vesical do seio urogenital. Uma vez que essa parte do seio se torna a uretra prostática em homens e a uretra em mulheres, a localização de orifícios uretéricos ectópicos é compreensível. Quando dois ureteres se formam em um lado , eles usualmente se abrem na bexiga urinária
Nas doenças renais Císticas, defina a doença policística renal autossômica recessiva.
Na doença policística renal autossômica recessiva (1 em 20.000 nascidos vivos), diagnosticada ao nascimento ou in utero por ultrassonografia, ambos os rins contêm muitos cistos pequenos (Fig. 12-19A), o que resulta em insuficiência renal. A morte do bebê pode ocorrer logo depois do nascimento, com 25% dos casos associados com hipoplasia pulmonar; entretanto, mais de 80% desses bebês têm sobrevivido além de 1 ano devido a diálise pós-natal e transplante renal. A maioria dos casos se deve a uma mutação do gene PKHD1 que resulta em rim policístico e fibrose hepática congênita
Nas doenças renais Císticas, defina a doença renal displásica multicística.
A doença renal displástica multicística resulta de dismorfologia, desenvolvimento anormal do sistema renal (Fig. 12-19B). O prognóstico para a maioria das crianças com essa doença geralmente é bom, pois a doença é unilateral em 75% dos casos. Nessa doença renal são vistos menos cistos do que na doença de rins policísticos autossômica recessiva, e eles variam em tamanho de alguns milímetros a muitos centímetros no mesmo rim. Admitia-se que os cistos eram o resultado de uma falha do broto uretérico em se unir aos túbulos derivados do blastema metanefrogênico. Agora se considera que as estruturas císticas são amplas dilatações de partes contínuas dos néfrons, particularmente das alças dos néfrons (de Henle).