Lombalgia e cervicalgia Flashcards

1
Q

Quantas vértebras tem a coluna cervical? Torácica? Lombar? Sacro? Qual o nome de C1 e C2?

Quantos nervos espinhais tem na cervical?

A

7, 12, 5, 5.
C1: Atlas
C2: Axis

8 nervos espinhais

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2
Q

Quais são as curvaturas fisiológicas da coluna?

A

Lordose fisiológica na coluna cervical
Cifose fisiológica na coluna torácica
Lordose fisiológica na coluna lombar: se retifica fica hipolordose, se aumenta curvatura fica hiperlordose.

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3
Q

Até que parte da coluna vai a medula?

A

Do forame magno até L1 ou L2. A partir dessa altura temos a calda equina.

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4
Q

Quais são as etiologias das lombalgias/cervicalgias?

A
  1. Musculoesquelética
    - Tensão muscular
    - Síndrome da dor miofascial
    - Dor discogênica: espondilite vertebral, discopatia degenerativa
    - Dor de origem facetária
  2. Neurológica
    - Radiculopatias
    - Mielopatia espondilótica
    - Síndrome da cauda equina
  3. Causas não espinhais
    - Infecção
    - Malignidades
    - Cefaleia tensional
    - Doença reumatológica: fibromialgia, polimialgia reumática
    - Condições vasculares/viscerais
    - Doença arterial coronariana
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5
Q

Quais são os sinais de alerta (red flags)?
*Risco neurológico, infeccioso, neoplásico e reumatológico.

Como atuar?

A
  • Sistêmico: febre, perda de peso, sudorese noturna, calafrio.
  • Déficit neurológico focal progressivo/profundo
  • Dor persistente > 6 semanas
  • Idade > 50 anos
  • História pessoal de câncer
  • Incontinência/retenção urinária
  • Uso de glicocorticoide
  • Trauma
  • Imunocomprometimento

Investigação adicional a partir de exames complementares.

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6
Q

Quais são os sinais de recorrência (amarelo, yellow flags)?
* Risco de cronificação e incapacidade

Como atuar?

A
  • Pensamento catastrófico
  • Sintomas sem base anatômica/fisiológica definida
  • Elevado comprometimento funcional basal
  • Baixo estado geral de saúde
  • Depressão, ansiedade ou pessimismo diante da vida

Abordar o paciente de forma mais holística e multidisciplinar, evitando excessiva solicitação de exames e terapia farmacológica em demasia.

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7
Q

O que é um dermátomo? E o um miótomo?

A

Dermátomo: território cutâneo inervado apenas por 1 raiz nervosa posterior/dorsal (aferente), recebendo o nome da raiz que o inerva.

Miótomo: conjunto de músculos inervados por uma única raiz anterior/ ventral (motora).

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8
Q

Como é feito o exame físico ortopédico da coluna lombar? E cervical?

A
  1. INSPEÇÃO
    - Estática: desvios, atrofia muscular, da pele, sinais flogísticos.
    - Dinâmica: marcha e mobilidade da colunar
  2. PALPAÇÃO: identificar pontos álgicos e irradiação
    - Músculo
    - Vértebras
    - Espaços discais
  3. TESTES DA LOMBAR
    - Teste de Lasegue: em decúbito dorsal, elevar o membro dolori do com o joelho estendido. + quando há exacerbação da dor e irradiação neste membro a 35-70 graus. Contribui para suspeita de radiculopatia lombossacra.
    - Teste de Patricl/Fabere: avaliação do quadril e sacroilíaca. Maléolo lateral na patela contralateral, pressionando a perna fletida em borboleta e a outra mão no outro lado do quadril. Dor na parte posterior contralateral: sacroileíte. Dor na parte anterior ipsilateral: patologia do quadril.
    - Teste de Schober: avalia a mobilidade da coluna lombar. Paciente em pé, marca ponto da coluna na altura de L5 e outro ponto 10cm acima desse. Pedir para o paciente fazer flexão ventral. Se os pontos se afastarem mais de 5 cm (totalizando 15) o teste é positivo.
  4. TESTES CERVICAIS
    - Teste de Spurling: rastreia radiculopatia da região cervical. Paciente sentado, inclina a cabeça para o lado doloroso + compressão para baixo. + se doer, parestesia e irradiar.
  5. EXAME NEUROLÓGICO
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9
Q

Como se dá o exame neurológico da coluna?

A
  • Tônus
  • Reflexo
  • Dermátomo: teste de sensibilidade
    • C5: face lateral do antebraço
    • C6: face lateral do antebraço, polegar, metade do dedo médio.
    • C7: Dedo médio
    • C8: Dedo anelar e mínimo, face medial do antebraço
    • T1: face medial do antebraço
    • L4: face anterolateral da coxa, borda anterior da perna
    • L5: face posterolateral da coxa, face lateral da perna até tornozelo, região dorsal do pé e hálux
    • S1: face posterior da coxa, face posterior da perna, região plantar do pé
  • Miótomos
    • C5: Deltoide e bíceps
    • C6: Bíceps, extensores do punho
    • C7: Tríceps, flexores do punho
    • C8: Flexores dos dedos
    • T1: Musculatura intrínseca da mão
    • L4: Dorsiflexão do pé
    • L5: Dorsiflexão do hálux
    • S1: Flexão plantar do pé
  • Força: se fraqueza, pode indicar compressão radicular.
    • L4: Força do quadríceps: levantar da cadeira com apenas 1 perna
    • L5: Dorsiflexão do tornozelo e do hálux contra a resistência
    • S1: Flexão plantar do pé: deambular na ponta dos pés
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10
Q

Quando indicar exames de imagem para lombalgia?

Qual exame pedir?

A

Apenas pacientes com sinais de alerta e que não melhoram em 6 semanas com tratamento.

A MAIORIA DOS PACIENTES NÃO TEM INDICAÇÃO DE AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR.

  1. RM: Alta sensibilidade, porém baixa especificidade. Os achados não correlacionam com a clínica.
  2. RX coluna: detecta alterações ósseas. Mais barato.
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11
Q

O que é a síndrome dolorosa miofascial?

A

Dor muscular associada a queimação e irradiação para pontos gatilhos (trigger points). Os pontos doem e podem causar fraqueza e sintomas autonômicos.

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12
Q

Qual a principal causa de lombalgia crônica? Qual sua definição? Qual o tratamento?

A

LOMBALGIA MECÂNICA COMUM (LMC)

  • Dor lombar inespecífica.
  • Pode ser bilateral ou unilateral.
  • Pode irradiar para nádega e região sacral. A irradiação não é compatível com trajeto de raiz nervosa.
  • Lasegue e reflexos normais
  • Imagem: inespecífica como alterações degenerativas: desidratação discal e osteófito.

T: Analgesia, educação ao paciente, cinesioterapia e fortalecimento muscular.

*DESENCORAJAR REPOUSO ABSOLUTO E AFASTAMENTO DO TRABALHO!

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13
Q

Quais são os componentes do disco intervertebral? O que acontece com o envelhecimento? O que é uma hérnia discal? Quando esta é sintomática?

A
  • Anel fibroso: surgem fissuras.
  • Núcleo pulposo: consistência gelatinosa e rico em água, absorve impacto. Ao envelhecer, ocorre desidratação.

Hérnia discal: deslocamento do anel fibroso além dos limites do núcleo pulposo. Sintomática quando comprime a raiz nervosa (RADICULOPATIA).

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14
Q

Qual o quadro clínico da radiculopatia por hérnia discal? Quais são as partes da coluna mais acometidas? Tratamento?

A
  • Dor irradiada em trajeto radicular: cervicobraquialgia e lombociatalgia.
  • Início agudo após esforço em flexão (dor piora a flexão)
  • Lasegue positivo
  • Alteração de reflexo: hiporreflexia
  • Déficit motor

L4/L5/S1

Resolução da dor em semanas com analgésicos. Apenas 10% necessitam de cirurgia.

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15
Q

Quando uma hérnia discal evolui para uma síndrome da cauda equina? Qual a sintomatologia desse quadro?

A

Quando ocorre uma hérnia discal maciça na linha média, causando uma compressão total. Raro.

Ciatalgia bilateral
Déficit motor
Anestesia em cela: perda sensorial no períneo
Incontinência urinária e fecal

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16
Q

Estenose canal lombar: fisiopatologia, quadro clínico, exame complementar e tratamento.

A
  • Compressão progressiva do tecido nervoso após processo degenerativo: espessamento ligamentar, osteofitose, prolapso discal e escolioses. Diminuem o canal lombar.
  • Lombalgia crônica
  • Piora a extensão da coluna e melhora com a flexão
  • Claudicação neurogênica: dor ou desconforto em MMII exacerbada pela extensão da coluna lombar, ostostase prolongada ou marcha.
  • RM da coluna: capaz de avaliar o canal e estruturas adjacentes.
  • Analgesia e reabilitação. Se incapacitado por claudicação neurogênica, indicação cirúrgica.
17
Q

Quais são as síndromes clínicas da lombalgia?

A
  • Lombalgia mecânica comum*
  • Síndrome dolorosa miofascial
  • Hérnia discal com radiculopatia
  • Estenose do canal lombar
18
Q

O que seria uma medida conservadora nos lombalgias?

A
  1. Analgesia
    - Simples: dipirona
    - AINE
    - Relaxante muscular
    - Cronica: antidepressivo dual, tricíclico e gabapentinas.
  2. Educação ao paciente: vício postural, perda de peso, carregamento de peso. REPOUSO ABSOLUTO DESENCORAJADO! Atividades rotineiras levam a uma recuperação mais rápida.
  3. Reabilitação: FISIOTERAPIA! fortalecimento muscular.
19
Q

Paciente com lombalgia que corresponde ao trajeto da raiz nervosa. O que pensar?

A

Hérnia discal com radiculopatia.

20
Q

Paciente, 76 anos, com dor lombar após períodos em pé e a movimentação, que melhora com a flexão da coluna e piora com a extensão?

A

Claudicação neurogênica indicando estenose de canal medular.

21
Q

Paciente com dor lombar que não corresponde ao trajeto nervoso e não apresenta piora da dor durante a marcha/ extensão?

A

Lombalgia mecânica comum