Linguagens Flashcards

1
Q

Bernoulli Enem 4 - questão 35

Século vinte. Um estouro nos aprendimentos. Os homens que sabiam tudo se deformaram como babéis de borracha. Rebentaram de enciclopedismo.
ANDRADE, O. Falação. In: Poesia pau-brasil. Disponível em: https://digital.bbm.usp.br. Acesso em: 27 fev. 2023.
O poema em prosa de Oswald de Andrade traz um olhar crítico sobre a história nacional ao:
A. prever o triunfo do progresso.
B. exaltar os avanços da educação.
C. exagerar as realizações humanas.
D. reconhecer o pensamento erudito.
E. ironizar a busca por conhecimento.

A

Letra E

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2
Q

Bernoulli Enem 4 - questão 40

Ao final de Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, você provavelmente vai se perguntar por que diabos está chorando. Como diabos um filme de lutinha com universos paralelos e dedos feitos de salsicha pode ser tão sensível e universal? Quando passar o transe provocado por essa mistura louca de absurdo elevado ao extremo, humor nonsense e ficção científica, no entanto, haverá provavelmente uma certeza. A de que este é o melhor filme do ano – se não, o melhor dos últimos anos. Com um elenco irretocável, uma direção criadora de algumas das imagens mais criativas e visualmente deslumbrantes e um final extremamente humano, a produção prova que grandes ideias podem superar orçamentos gigantescos.
SOTO, C. Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 1 mar. 2023. [Fragmento adaptado]
Como estratégia de progressão do texto, o autor simula uma interlocução com o público, a fim de:
A. explicitar seu ponto de vista.
B. selecionar leitores qualificados.
C. abordar informalmente o assunto. D. encadear os elementos da análise. E. persuadir o leitor pela identificação.

A

Letra E

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3
Q

Bernoulli Enem 4 - questão 41

Vizinho,
Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros. Prometo sinceramente adotar, depois das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa (perdão; ao meu número) será convidado a se retirar às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às 7 pois às 8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305. Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço que ela só pode ser tolerável quando um número não incomoda outro número, mas o respeita, ficando dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe desculpas – e prometo silêncio.
BRAGA, R. Recado ao senhor 903. In: Crônicas para gostar de ler. São Paulo: Ática, 2006. [Fragmento]
Considerando que a crônica se estrutura como uma carta do narrador a um vizinho, a referência a numerais opera como um recurso para a progressão textual, uma vez que eles:
A. introduzem os argumentos da tese do narrador.
B. demonstram a divisão de espaço sem convivência.
C. promovem a identificação com o cotidiano do leitor.
D. facilitam o reconhecimento de todos os personagens.
E. quantificam os dramas da convivência entre os vizinhos.

A

Letra C

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Q

Bernoulli Enem 4 - questão 42

A

Letra C

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Q

Bernoulli Enem 4 - questão 43

Padre Maximilian: 47 anos.
Poeta: 17 anos, aspecto extremamente frágil.
Carcereiro (também um dos prisioneiros judeus): 40 anos, aspecto vigoroso. Estudante: 20 anos.
Joalheiro: 50 anos, aspecto frágil.
Mulher: 30 anos, forte.
SS Hans: Ajudante do SS.
Nota
Quando a peça se inicia, os personagens já estão há algum tempo na cela da fome. Portanto, os estados de debilidade, comoção intensa, desespero e delírio fundem-se frequentemente. O Padre Maximilian usa uma batina de aspecto grotesco, sem mangas.
HILST, H. As aves da noite (1968). Porto Alegre: L&PM, 2018. p. 39.
O fragmento antecede o início do enredo, constituindo globalmente o texto dramático, o que se justifica pelo(a):
A. orientação para leitura da peça.
B. intenção de encenação da história.
C. enfoque nas idades das personagens.
D. explicitação da existência de um narrador.
E. delimitação das características das personagens.

A

Letra B

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6
Q

Bernoulli Enem 4 - questão 44

A

Letra a

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7
Q

Bernoulli - Unicamp 2 - questão 44

A

Letra B

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8
Q

Bernoulli - Unicamp 2 - questão 45

Os anos 90 foram marcados pela violência que explodiu nas ruas da Cidade de Deus. A guerra pelo controle do tráfico de drogas, que vinha sendo disputada há tempos, ganhou contornos ainda mais sangrentos com a entrada em cena de novas facções criminosas. A comunidade se tornou palco de confrontos diários entre traficantes e policiais, com moradores sendo frequentemente vítimas colaterais desse embate. Para muitos, a Cidade de Deus se tornou sinônimo de medo e insegurança, um lugar a ser evitado a todo custo.
(BARCELLOS, Caco. Cidade de Deus: a história de uma guerra urbana. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.)
A alternativa que melhor expressa a ideia central do parágrafo extraído do livro-reportagem do jornalista Caco Barcellos é:
a) O ambiente de medo e terror na Cidade de Deus na década de 90 foi o período com mais vítimas colaterais.
b) A Cidade de Deus era um lugar pacífico até os anos 90, quando a entrada de novas facções criminosas tornou a comunidade palco de confrontos.
c) A guerra pelo controle do tráfico de drogas na Cidade de Deus começou nos anos 90 e se intensificou com a entrada de novas facções criminosas.
d) A Cidade de Deus, um lugar que era sinônimo de segurança, foi transformada nos anos 90 pela violência entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas.

A

Letra C

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9
Q

Bernoulli - Unicamp 2 - questão 47

Vê-se no espelho; e vê, pela janela, A dolorosa angústia vespertina: Pálido, morre o sol… Mas, ai! termina Outra tarde mais triste, dentro dela;
Outra queda mais funda lhe revela
O aço feroz, e o horror de outra ruína: Rouba-lhe a idade, pérfida e assassina, Mais do que a vida, o orgulho de ser bela!
Fios de prata… Rugas… O desgosto Enche-as de sombras, como a sufocá-la Numa noite que aí vem… E no seu rosto
Uma lágrima trêmula resvala,
Trêmula, a cintilar, – como, ao sol posto,
Uma primeira estrela em céu de opala…
(BILAC, Olavo. In: Tarde. Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 31/03/2023.)
No poema, o eu lírico recorre a uma figura de linguagem que
a) humaniza as coisas e seus sentimentos.
b) repete a ideia da angústia pelo anoitecer.
c) compara a morte do sol a um fio de prata.
d) ironiza as marcas na pele provocadas pelo sol.

A

Letra A

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10
Q

Bernoulli - Unicamp 2 - questão 49

O diretor, no escritório do estabelecimento, ocupava uma cadeira rotativa junto à mesa de trabalho. Sobre a mesa, um grande livro abria-se em colunas maciças de escrituração e linhas encarnadas. Aristarco, que consagrava as manhãs ao governo financeiro do colégio, conferia, analisava os assentamentos do guarda-livros. De momento a momento, entravam alunos. Alguns acompanhados. A cada entrada, o diretor lentamente fechava o livro comercial, marcando a página com um alfanje de marfim; fazia girar a cadeira e soltava interjeições de acolhimento, oferecendo episcopalmente a mão peluda ao beijo contrito e filial dos meninos. Os maiores, em regra, recusavam-se à cerimônia e partiam com um simples aperto de mão.
(Adaptado de POMPEIA, Raul. O Ateneu. Disponível em http://www. dominiopublico.gov.br. Acesso em 31/03/2023.)
O narrador de O Ateneu, ao elencar as ações do diretor escolar, constrói o personagem, tendo em vista que
a) informa sobre sua rotina.
b) revela um conflito narrativo.
c) expõe a subjetividade do homem.
d) caracteriza a hierarquia social no colégio.

A

Letra B

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11
Q

Bernoulli - Unicamp - questão 54

A verdade é que me sentia tolhido. Casa, hábitos, pessoas davam-me ares de outro tempo, exalavam um cheiro de vida clássica. Não era raro o uso de capela particular; o que me pareceu único foi a disposição daquela, a tribuna de família, a sepultura do chefe, ali mesmo, ao pé dos seus, fazendo lembrar as primitivas sociedades em que florescia a religião doméstica e o culto privado dos mortos. Logo que as senhoras saíram da tribuna, por uma porta interior, voltamos à sacristia, onde o Padre Mascarenhas esperava com o coronel e os outros. Da porta da sacristia, passando por um saguão, descemos dois degraus para um pátio, vasto, calçado de cantaria, com uma cisterna no meio. De um lado e outro corria um avarandado, ficando à esquerda alguns quartos, e à direita a cozinha e a copa. Pretas e moleques espiavam-me, curiosos, e creio que sem espanto, porque naturalmente a minha visita era desde alguns dias a preocupação de todos. Com efeito, a casa era uma espécie de vila ou fazenda, onde os dias, ao contrário de um rifão peregrino, pareciam-se uns com os outros; as pessoas eram as mesmas, nada quebrava a uniformidade das cousas, tudo quieto e patriarcal.
(ASSIS, Machado de. Casa Velha. Disponível em http://www.dominiopublico. gov.br. Acesso em 31/03/2023.)
A maneira como o narrador descreve a casa revela como preocupação um traço central no Realismo, que é
a) o caráter simbólico das religiões.
b) as relações sociais estabelecidas.
c) a riqueza de detalhes nas descrições. d) a valorização das sociedades primitivas.

A

Letra B

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12
Q

Fuvest 1 - wr at home - questão 65

A

Letra A

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13
Q

Fuvest 1 - wr at home - questão 68

A

Letra C

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14
Q

Fuvest 1 - wr at home - questão 71

A

Letra D

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15
Q

Enem 1 - Bernoulli - questão 8

Um turista brasileiro morreu após ser atingido por um bloco de gelo que desprendeu do teto de uma caverna na cidade de Ushuaia, na Argentina. O acidente aconteceu na quarta-feira, 2, em uma área de acesso proibido conhecida como “Cueva de Jimbo”, ou Caverna de Gelo, dentro do Parque Nacional da Terra do Fogo. Os visitantes entraram na Caverna de Jimbo, uma formação situada nas zonas glaciares, mesmo tendo o acesso proibido devido ao frequente desprendimento de pedras e fragmentos de gelo. A tragédia foi registrada por um dos turistas.

Tendo em vista os recursos textuais e linguísticos utilizados, o autor do fragmento tem como objetivo:
A. narrar um fato ocorrido.
B. alertar os novos viajantes.
C. defender o turismo seguro.
D. informar sobre as zonas glaciais.
E. noticiar os perigos da Terra do Fogo.

A

Letra A

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16
Q

Enem 1 - Bernoulli - questão 11

Chega de abafar os gritos
Chega de abusar dos ritos
Chega de fingir que acha bom, quando está mal
Chega de calar
Na hora exata de dizer
Uma palavra que podia ser
A chave de acordar
COSTA, A.; DUNCAN, Z. Abertura. Biscoito Fino, 2019.

O eu lírico da canção de Ana Costa e Zélia Duncan apresenta uma mensagem social construída a partir da:
A. relação de oposição entre o gritar e o calar.
B. associação entre os abusos reais e o sonho.
C. convocação da resistência contra a violência.
D. elaboração de palavras de apoio aos marginalizados.
E. expressão da ausência de empatia com os oprimidos.

A

Letra C

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17
Q

Enem 1 - Bernoulli - questão 24

A polícia suburbana
Noticiam os jornais que um delegado inspecionando, durante uma noite destas, algumas delegacias suburbanas, encontrou-as às moscas, comissários a dormir e soldados a sonhar.
Dizem mesmo que o delegado-inspetor surripiou objetos para pôr mais à mostra o descaso dos seus subordinados.
Os jornais, com aquele seu louvável bom senso de sempre, aproveitaram a oportunidade para reforçar as suas reclamações contra a falta de policiamento nos subúrbios.
Leio sempre essas reclamações e pasmo. Moro nos subúrbios há muitos anos e tenho o hábito de ir para a casa alta noite.
Uma vez ou outra encontro um vigilante noturno, um policial e muito poucas vezes é-me dado ler notícias de crimes nas ruas que atravesso.
A impressão que tenho é de que a vida e a propriedade daquelas paragens estão entregues aos bons sentimentos dos outros e que os pequenos furtos de galinhas e coradouros não exigem um aparelho custoso de patrulhas e apitos.
Aquilo lá vai muito bem, todos se entendem livremente e o Estado não precisa intervir corretivamente para fazer respeitar a propriedade alheia.
Penso mesmo que, se as coisas não se passassem assim, os vigilantes, obrigados a mostrar serviço, procurariam meios e modos de efetuar detenções e os notívagos, como eu, ou os pobres-diabos que lá procuram dormida, seriam incomodados, com pouco proveito para a lei e para o Estado.
Os policiais suburbanos têm toda a razão. Devem continuar a dormir. Eles, aos poucos, graças ao calejamento do ofício, se convenceram de que a polícia é inútil.
Ainda bem.
BARRETO, L. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 18 maio 2021.</www.dominiopublico.gov.br>

A linguagem figurativa torna os textos mais expressivos e cria simbologias. Na descrição das delegacias realizada pelo autor, esse tipo de linguagem tem o intuito de:
A. generalizar o assunto, buscando o entendimento do leitor pouco proficiente.
B. legitimar uma tese polêmica, embasando uma reprovação a um órgão oficial.
C. qualificar a crítica contra os jornais, revelando a desenvoltura verbal do autor.
D. garantir o tom coloquial do gênero literário, construindo expressões populares.
E. amenizar o posicionamento do narrador, gerando imprecisão com a realidade.

A

Letra D

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18
Q

Enem 1 - Bernoulli - questão 31

Nos últimos meses, o preço do café vem subindo por toda a Europa. No Brasil, principal produtor mundial, houve fortes geadas em julho de 2021, elevando o preço para 5,55 dólares o quilo. Em julho de 2022, o preço chegou a 5,80 dólares, antes de recuar para 4,80 dólares em agosto.
Especialistas sugerem que uma xícara de café em cafeterias da Europa deveria custar entre 5 e 6 euros, especialmente na Alemanha. A barista Nicole Battefeld argumenta que o produto também deveria ser vendido mais caro nos supermercados, a pelo menos 20 euros o quilo. “Estamos simplesmente usurpando os agricultores do dinheiro investido. É uma outra forma de colonialismo: nós nunca nos demos conta totalmente de quanto trabalho está envolvido.”
Battefeld observa que o café fair trade (produzido e comercializado segundo padrões de comércio justo), com contratos que oferecem aos fazendeiros 3 dólares por quilo, é apenas uma solução parcial. A barista frisa que preços do comércio justo subiram míseros 10 centavos de euro ao longo dos últimos 20 anos.
Para a maioria dos pequenos agricultores da América Latina, os custos trabalhistas e de produção aumentaram. Segundo especialistas, muitos deles assinaram contratos a termo com multinacionais antes da pandemia, portanto, não lucrarão com os preços mais altos atualmente adotados.
MATALUCCI, S. Café, a bebida que ameaça virar luxo na Europa. Disponível em: <www.dw.com>. Acesso em: 8 nov. 2022.</www.dw.com>

Os argumentos apresentados na reportagem defendem uma ideia sobre a venda do café, segundo a qual o(a):
A. público europeu tem optado por consumir a bebida em casa.
B. pequeno agricultor sofre com as sanções das multinacionais.
C. crise climática favorece a cafeicultura no mercado internacional.
D. aumento do quilo do produto beneficia parcialmente os cafeicultores.
E. comércio justo prejudica os contratos dos produtores latino-americanos.

A

Letra D

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19
Q

Enem 1 - Bernoulli - questão 34

Para reciclar embalagens plásticas, é preciso juntar várias toneladas de plásticos parecidos, feitos do mesmo tipo de plástico e, de preferência, da mesma cor. Mas como as embalagens de produtos de limpeza costumam ter uma cor diferente cada uma, isso se torna mais difícil de efetivamente acontecer.
O que costuma acontecer com frequência é que essas embalagens chegam nas cooperativas de reciclagem (organizações que fazem a separação dos resíduos) e são separadas como rejeitos e vão direto para o aterro. Quando as cooperativas juntam diversas cores de plástico opaco, o plástico reciclado que é gerado é de uma coloração preta. Como consequência dessa coloração, poucas empresas têm interesse em comprá-lo para utilizá-lo em suas embalagens. Portanto, o ideal é que as embalagens sejam de plástico transparente ou opaco branco, pois são os mais encontrados e que geram um plástico reciclado desejado por outras empresas.
LOTARIO, I. Disponível em: http://reciclagemsemescandalo.com.br/. Acesso em: 25 nov. 2018. [Fragmento]

De maneira geral, os conectivos no texto anterior articulam o(a):
A. resumo sobre os diversos tipos de plástico e processos de reaproveitamento.
B. enumeração de diferentes causas que dificultam a reciclagem do plástico.
C. alternância de eventos que ora viabilizam, ora impossibilitam a reciclagem.
D. comparação entre as ações empreendidas nas cooperativas e nas empresas.
E. progressão dos fatos por meio das relações estabelecidas entre as etapas da reciclagem.

A

Letra E

20
Q

Enem 1 - Bernoulli - questão 36

A

Letra B

21
Q

UFU 2017 - tipo 1 - questão 45

Desafios atuais e ameaças
Nos 514 anos desde que os europeus chegaram ao Brasil, os povos indígenas sofreram genocídio em grande escala, e perda da maioria de suas terras.
‘Nós não sabíamos que os brancos iam tirar a nossa terra. Nós não sabíamos de nada sobre o desmatamento. Nós não sabíamos sobre as leis dos homens brancos.’ (Enawenê Nawê)
Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia. Até os territórios mais remotos estão agora sob ameaça. Vários complexos de barragens hidrelétricas estão sendo construídos perto de tribos isoladas, e eles também irão privar milhares de outros índios da terra, água e meios de subsistência. Os complexos de barragens irão fornecer energia barata para as empresas de mineração, que estão prestes a realizar a mineração em grande escala nas terras indígenas se o Congresso aprovar um projeto de lei que está sendo empurrado duramente pelo lobby de mineração.
Muitas tribos do sul do país como os Guarani vivem em condições desumanas sob barracos de lona em beiras de estradas. Seus líderes estão sendo sistematicamente atacados e mortos por milícias privadas de pistoleiros contratados pelos fazendeiros para evitar que eles ocupem sua terra ancestral. Muitos Guarani cometem suicídio em desespero com a falta de qualquer futuro significativo.
Os Guarani estão se suicidando por falta da terra. ‘A gente antigamente tinha a liberdade, mas hoje em dia nós não temos mais liberdade. Então, por isso, os nossos jovens vivem pensando que eles não têm mais condições de viver. Eles se sentam e pensam muito, se perdem e se suicidam.’ Rosalino Ortiz, Guarani
Disponível em: http://www.survivalbrasil.org/povos/indios-brasileiros. Acesso em: 28 abr. 2017.
Com base na leitura do texto e nas expressões em destaque, assinale a alternativa INCORRETA.
A) No trecho “Nós não sabíamos que os brancos iam tirar a nossa terra. Nós não sabíamos de nada sobre o desmatamento. Nós não sabíamos sobre as leis dos homens brancos.’ (linhas 3 e 4) a repetição de “nós não sabíamos” tem a função de ressaltar informações que o índio desconhecia.
B) O trecho “Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”, (linha 6), se modificado para “Hoje, no Brasil, _______ planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”, deveria, de acordo com a modalidade formal da língua portuguesa, fazer uso do verbo HAVER para preencher a lacuna.
C) No trecho “Hoje, o Brasil tem planos agressivos para desenvolver e industrializar a Amazônia”. (linha 6) O uso da palavra ‘agressivos’ indica posição ideológica do autor, ou seja, não há neutralidade na informação.
D) No trecho “Nos 514 anos desde que os europeus chegaram ao Brasil, os povos indígenas sofreram genocídio em grande escala, e perda da maioria de suas terras”, (linhas 1 e 2) a vírgula antes da conjunção e está adequadamente empregada.

A

Letra D

22
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 10

A

Letra D

23
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 11

A

Letra B
Revisão: período composto

24
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 13

Mas amava ela a alguém? Ao cavaleiro? Talvez! Úrsula sentia uma vaga necessidade de ser amada, de amar mesmo; mas em quem empregar esse amor, que devia ser puro como a luz do dia, ardente como o fogo de madeira resinosa?! Em quem? Não o sabia ainda.
REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Edições Câmara, 2019. p. 41.
No trecho de Úrsula, identifica-se uma característica dos escritores do Romantismo, uma vez que ele apresenta um
A. emprego de interrogações e exclamações que revelam a angústia existencial da personagem.
B. jogo de palavras para tematizar o amor, valorizando os detalhes da escrita romanesca.
C. refinamento da linguagem, indicando uma retomada dos princípios da estética Clássica.
D. questionamento da personagem sobre a validação idealizada do sentimento amoroso.
E. raciocínio com o enfoque no sujeito, marcando o individualismo comum à narrativa.

A

Letra D

25
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 22

A

Letra E

26
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 33

A

Letra E

27
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 34

TEXTO I
Assim como a trama de Torto arado, Salvar o fogo, novo romance de Itamar Vieira Junior, também traz uma história emocionante, lírica, mas sem perder o tom narrativo. No livro, podemos conhecer “Tapera”, uma comunidade de agricultores, pescadores e ceramistas de origens afro-indígena que vive ao mando da igreja (dona de um mosteiro construído no século XVII). Por conta disso, a gente consegue ver a dinâmica dos interiores do país: de um lado, a proprietária de um mosteiro que há muitos séculos domina a região, a igreja que detém a posse da terra e, do outro, pessoas que sofrem com este poder, delegadas à margem do país.
RIBEIRO, L. A. 5 motivos para ler “Salvar o fogo”, de Itamar Vieira Junior. Disponível em: https://jornalnota.com.br. Acesso em: 24 maio 2023. [Fragmento adaptado]

TEXTO II
De modo geral, é este o problema do romance – problema que aparecia de modo mais inventivo em Torto arado: a abordagem maniqueísta das relações sociais e raciais, que parte do princípio, implicitamente acordado com o leitor, de que, nessas páginas, por uma questão de justiça histórica, os negros e indígenas estarão do lado certo e a elite branca estará do lado não apenas errado, mas diabólico. Não se trata aqui de duvidar dos referentes sócio-históricos que fundamentam essa polarização – eles são muito concretos –, e sim de questionar a forma ficcional dada a esses elementos. São muitos os personagens rasos, como o hediondo abade Tomás, que, em vez de suscitarem uma reflexão a respeito da dinâmica do racismo e do domínio eurocêntrico, levam a uma interpretação do processo colonial e de suas consequências como uma mera empreitada de homens doentiamente maus.

Na comparação entre as resenhas críticas, conclui-se que a discordância dos autores sobre o livro Salvar o fogo se dá em torno do(a)
A. trabalho com a forma ficcional.
B. representação de grupos sociais.
C. relevância da temática abordada.
D. dúvida sobre os referenciais sócio-históricos.
E. maniqueísmo nos personagens representados.

A

Letra A

28
Q

Enem 5 - Bernoulli - questão 35

Sete de setembro
Foi um dia de glória! – O povo altivo Trocou sorrindo as vozes de cativo Pelo cantar das festas!
O leão indomável do deserto
Bramiu soberbo, dos grilhões liberto, No meio das florestas!
Lá no Ipiranga do Brasil o Marte Enrolado nas dobras do estandarte Erguia o augusto porte;
Cercada a fronte dos lauréis da glória Soltou tremendo brado da vitória:
– Independência ou morte!
O santo amor dos corações ardentes Achou eco no peito dos valentes
No campo e na cidade;
E nos salões – do pescador nos lares, Livres soaram hinos populares
À voz da liberdade!
ABREU, C. Sete de setembro. In: As primaveras. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2023.
Escrito em 1858, o poema de Casimiro de Abreu recria o contexto de Independência do Brasil. O aspecto que permite associar o texto ao Romantismo é explicitado pelo(a):
A. esforço em omitir temáticas impopulares ao nacionalismo de exaltação.
B. empenho da voz poética em testemunhar a soberania do povo brasileiro.
C. sonoridade das três estrofes ritmadas simulando o som do brado da liberdade.
D. vocabulário com termos destinados a enaltecer a imagem do príncipe herdeiro.
E. idealização da nação e do contexto político pós-emancipação de Portugal positivos.</www.dominiopublico.gov.br>

A

Letra D

29
Q

Enem 6 - Bernoulli - questão 6

Demasiada abundância de livros é fonte de dispersão; assim, como não poderás ler tudo quando possuis, contenta-te em possuir apenas o que possas ler. Dirás tu: “Mas sinto vontade de folhear ora este livro, ora aquele”. Provar muita coisa é sinônimo de estômago embotado; quando são muitos e variados os pratos, só fazem mal em vez de alimentar. Lê, portanto, autores de confiança, e quando sentires vontade de passar a outros, regressa aos primeiros.
SÊNECA. In: BARBEIRO, H. (Org.). Sócrates, Platão e Cia. São Paulo: Idea Editora, 2010.
A relevância do Renascimento é grande, mesmo nos dias atuais, dado o legado de artistas que se destacaram nesse período. Nesse contexto, o rigor prescrito pelo filósofo romano Sêneca no fragmento anterior incentivava os artistas renascentistas à:
A. adoção de hábitos literários limitantes da ampla difusão de conhecimento.
B. prescrição de uma existência simples, sem ambições materiais e intelectuais.
C. retomada de princípios e valores da Antiguidade Clássica Greco-Romana.
D. leitura de poucos autores e teóricos para melhor aproveitamento do tempo.
E. rejeição de livros sem o credenciamento das autoridades clericais da época.

A

Letra C

30
Q

Enem 6 - Bernoulli - questão 15

E amamos – Este amor foi um delírio…
Foi ela minha crença, foi meu lírio,
Minha estrela sem véu…
Seu nome era o meu canto de poesia,
Que com o sol – pena de ouro – eu escrevia Nas lâminas do céu.
Em seu seio escondi-me… como à noite Incauto colibri, temendo o açoite
Das iras do tufão,
A cabecinha esconde sob as asas,
Faz seu leito gentil por entre as gazas Da rosa do Japão.
E depois… embalei-a com meus cantos Seu passado esqueci… lavei com prantos Seu lodo e maldição…
…Mas um dia acordei… E mal desperto Olhei em torno a mim… – Tudo deserto… Deserto o coração…

ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 20 maio 2021. [Fragmento]
Na obra Espumas flutuantes, destaca-se a abordagem do sentimento amoroso. No poema, a via escolhida pelo poeta para retratar esse tema relaciona-se à:
A. indiferença para com a mulher.
B. ruptura da relação concretizada.
C. idealização do sentimento romântico.
D. busca infrutífera pela satisfação carnal. E. depreciação das experiências passadas.</www.dominiopublico.gov.br>

A

Letra B

31
Q

Enem 6 - Bernoulli - questão 22

Na semana passada, a Sophia, uma robô com cara de humana, foi lançada em Dubai e me instigou sobre um tema que faz parte do meu trabalho e da minha vida pessoal.
Eu e o Bruno, meu marido, somos apaixonados por novas tecnologias, e uma delas é a Inteligência Artificial. No ano passado, ele comprou duas Alexas para a nossa casa.
Tenho que confessar que convivemos com a Alexa desde o momento em que acordamos. O Bruno pergunta tudo para a Alexa: quais são as notícias do dia, qual a agenda de reuniões e calls dele, qual a previsão do tempo e até conversa com ela. Sim, ela é capaz de responder qualquer coisa e até dar uma receita de um prato incrível.
Não tenho ciúme da Alexa, mas confesso que às vezes ela responde mais serenamente a qualquer pergunta e não perde a paciência. Ela acende a luz na hora que ele quer e tranca ou abre a porta de casa naqueles momentos no fim do dia em que já estou bem cansada e com preguiça.
SATKUNAS, L. Disponível em: <www.linkedin.com>. Acesso em: 12 jun. 2023. [Fragmento adaptado] No fragmento da crônica, a autora aborda a questão de um dispositivo de inteligência artificial, sugerindo que o(a):
A. desenvolvimento eletrônico gera temores sobre os rumos da sociedade.
B. novidade tecnológica prejudica a dinâmica de relacionamento dos casais.
C. progresso tecnológico trouxe mudanças que auxiliam a rotina das pessoas.
D. tecnologia na vida dos cidadãos causa o esvaziamento das relações sociais.
E. aparelho digital é mais eficiente que o ser humano fazendo tarefas básicas.</www.linkedin.com>

A

Letra C

32
Q

Enem 6 - Bernoulli - questão 25

A

Letra C

33
Q

Enem 6 - Bernoulli - questão 27

TEXTO I
Chamam-lhes tatus, são tamanhos como coelhos e têm um casco à maneira de lagosta como de cágado, mas é repartido em muitas juntas como lâminas; parecem totalmente um cavalo armado, têm um rabo do mesmo casco comprido, o focinho é como de leitão, e não botam mais fora do casco que a cabeça, têm as pernas baixas e criam-se em covas, a carne deles tem o sabor quase como de galinha. Esta caça é muito estimada na terra. Há também muitas galinhas de mato que os índios matam com frechas, e outras muitas aves muito gordas e sabrosas melhores que perdizes. Desta e de outra muita caça há no Brasil muita abundância.
GÂNDAVO, P. M. Tratado da Terra do Brasil. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 13 mar. 2018.
TEXTO II
Quando Pero de Magalhães Gândavo, por exemplo, quer descrever um tatu para os olhos europeus, o animal que brota de sua descrição tem tanto a ver com o verdadeiro tatu, quanto com a imagem de um monstro compósito que existe sobretudo ali mesmo no seu texto – tal acontece num poema –, o que caracteriza portanto um procedimento de fundo poético, centrado, nesse caso, na profusão de símiles, ainda que essa não fosse a intenção do autor.
FREITAS, M. V. Charles Frederick Hartt, um naturalista no império de Pedro II. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. p. 84.
Inserido no contexto da colonização no território brasileiro ainda na segunda metade do século XVI, Gândavo foi um dos mais importantes cronistas responsáveis pela divulgação de uma paisagem idílica do Novo Mundo. Com base num de seus textos e num comentário acerca dele, conclui-se que o historiador português utiliza a estratégia de:
A. elaboração da linguagem, que eleva o documento ao nível de texto artístico.
B. reinterpretação do cenário, que elimina os principais elementos da paisagem.
C. mescla de formalidade, que permite ao documento ser lido por qualquer pessoa.
D. recriação de estilo da Língua Portuguesa, que facilita a compreensão do texto.
E. construção inovadora do vocabulário, que descreve criativamente a realidade.

A

Letra A

34
Q

Enem PPL - azul - 2022 - questão 5

Fútbol, pelota, gol, copa, recopa, partido, promoción, campeonato, equipo, portería, córner, falta,
quiniela, liga, entrenador y árbitro… Bastan sólo estos términos precisos, junto con otros pocos de igual rango, para hablar de política, de ciencia,
de civismo y de paz con los hispánicos. Otras palabras hay, pero no constan más que en algún rincón del diccionario.
BADOSA, E. Dad este escrito a las llamas (1971-1973). Barcelona: Barral Editores, 1976. O texto aproxima elementos culturais distintos na construção poética. Nesse contexto,
A) explicita-se a necessidade de se admirar um pouco mais o futebol.
B) critica-se o hábito dos espanhóis de nivelar temas como futebol e política.
C) registra-se a quantidade insuficiente de palavras para se referir ao futebol.
D) explora-se o grande interesse dos hispânicos pelo futebol na atualidade.
E) mostra-se o fato de haver palavras sobre o futebol não incluídas no dicionário.

A

Letra B

35
Q

Enem PPL - 2022 - azul - questão 19

O boato insiste em ser um gênero da comunicação. Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é acreditar, porque: 1 - confiamos em quem o transmite; 2 - é fisicamente impossível verificar a veracidade de tudo; 3-os meios de comunicação estão sistematicamente relapsos com a verificação de seus conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede?
O boato não informa, mas ensina: mostra como uma sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas que dão nome de “informação” a todo tipo de “copia e cola” difundido pela internet como se fosse um fato verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais, do modo como vamos lidar com os rumores.
PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado).
Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na internet, esse texto reconhece a importância da posição tomada pelo internauta leitor ao:
A) confiar nos contatos pessoais que transmitiram a informação.
B) acompanhar e reproduzir o comportamento dos meios de comunicação.
C) seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes sociais existentes.
D) excluir de seus contatos usuários que não confirmam a veracidade das notícias.
E) pesquisar em diferentes mídias a veracidade das notícias que circulam na rede.

A

Letra E

36
Q

Enem PPL - 2022 - azul - questão 29

A

Letra D

37
Q

Enem PPL - 2022 - azul - questão 37

A vida deveria nos oferecer um lugarzinho no rodapé da nossa história pessoal para eventuais erratas, como em tese de doutorado. Pelas vezes em que na infância e adolescência a gente foi bobo, foi ingênuo, foi indesculpavelmente romântico, cego e teimoso, devia haver uma errata possível. Como quando a gente acreditou que se fosse bonzinho ganharia aquela bicicleta; que todos os professores eram sábios e justos e todas as autoridades decentes; e quando a gente acreditou que pai e mãe eram imortais ou perfeitos.
Devia haver erratas que anulassem bobagens adultas: botei fora aquela oportunidade, não cuidei da minha grana, fui onipotente, perdi quem era tão precioso para mim, escolhi a gostosona em lugar da parceira alegre e terna; fiquei com aquele cara porque com ele seria mais divertido, mas no fundo eu não o queria como meu amigo e pai dos meus filhos. Profissionalmente não me preparei, não me preveni, não refleti, não entendi nada, tomei as piores decisões. Ah, que bom seria se essas trapalhadas pudessem ser anuladas com uma boa errata! Em geral, não podem.
Por todas as vezes que desviamos o olhar lúcido ou recolhemos o dedo denunciador, pagaremos — talvez num futuro não muito distante — um alto preço, durante um tempo incalculavelmente longo. E não haverá erratas. LUFT, L. Errata de pé de página. Veja, n. 28, 18 jul. 2007 (adaptado). No texto, a autora propõe o uso metafórico da errata como recurso para:
A)assumir uma posição humilde diante da efemeridade da vida.
B) evitar decisões equivocadas advindas da inexperiência.
C) antecipar as consequências das nossas ações.
D) promover um maior amadurecimento intelectual.
E) rever atitudes realizadas no passado.

A

Letra E

38
Q

Enem PPL - 2022 - azul - questão 44

O sucesso das redes sociais é fruto da combinação inteligente da capacidade de interagir dentro de uma mesma página da internet e do uso de sistemas de avaliação. Existem duas dinâmicas psicossociais legitimando tais recursos de avaliação. Na primeira, alguém produz conteúdo e é recompensado com essas reações. Já na segunda dinâmica, a produção de conteúdo serve de balão de ensaio para a vida off-line.
Prazer e aprendizado são, portanto, as duas promessas originais das redes sociais (anteriores à monetização), nas quais os algoritmos de recomendação prometem reduzir o tempo e a energia para encontrar aquilo que interessa a cada um, no mar de opções disponibilizadas, levando a situação a outro patamar, pela exposição reiterada dos usuários aos conteúdos que agravam sua ansiedade.
Assim, por exemplo, pessoas que estão insatisfeitas com o seu corpo fazem buscas que refletem esse desconforto, procurando postagens relacionadas a essa temática. O algoritmo, então, passa a recomendar cada vez mais conteúdos nessa linha e, o que é pior, a convergir para os mais extremos, já que estes tendem a fixar mais a atenção. Em pouco tempo, o usuário “desconfortável” está sendo bombardeado por vídeos que elevam em muito o seu pessimismo e que muitas vezes servem de caminho à anorexia, à bulimia e à depressão.

As sociedades têm evoluído concomitantemente ao desenvolvimento de tecnologias que buscam, cada vez mais, automatizar a gestão das informações. No texto, uma consequência negativa desse processo é o fato de ele
A) ser dirigido por um sistema de recomendações individualizado.
B) estar vinculado ao aumento da satisfação e da prática dos usuários.
C) sobrecarregar o usuário com um fluxo massivo de informações.
D) guiar-se pela confluência das interações on-line em busca de avaliações positivas.
E) focar no engajamento dos usuários em detrimento de suas necessidades concretas.

A

Letra E

39
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 4

A

Letra A

40
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 5

La primera actitud del hombre ante el lenguaje fue la confianza: el signo y el objeto representado eran lo mismo. Pero al cabo de los siglos los hombres advirtieron que entre las cosas y sus nombres se abría un abismo. Las ciencias del lenguaje conquistaron su autonomía apenas cesó la creencia en la identidad entre el objeto y su signo. La primera tarea del pensamiento consistió en fijar un significado preciso y único a los vocablos; y la gramática se convirtió en el primer peldaño de la lógica. Mas las palabras son rebeldes a la definición. Y todavía no cesa la batalla entre la ciencia y el lenguaje.
El equívoco de toda filosofía depende de su fatal sujeción a las palabras. Casi todos los filósofos afirman que los vocablos son instrumentos groseros, incapaces de asir la realidad. Ahora bien, ¿es posible una filosofía sin palabras? Los símbolos son también lenguaje, aun los más abstractos y puros, como los de la lógica y la matemática. Además, los signos deben ser explicados y no hay otro medio de explicación que el lenguaje. El hombre es inseparable de las palabras. Sin ellas, es inasible. El hombre es un ser de palabras.
PAZ, O. Disponível em: https://ciudadanoaustral.org. Acesso em: 17 ago. 2021. [Fragmento adaptado]
A reflexão sobre a utilização da linguagem é comum entre muitos intelectuais. A perspectiva de Octavio Paz sobre isso leva o leitor a constatar que a
A. possibilidade de inventar palavras representa a confiança do ser humano nas diversas línguas.
B. definição de um termo é tarefa da gramática na medida em que compreende a dificuldade da ação.
C. autonomia das ciências da linguagem se consolidou pelo esforço de relacionar vocábulos e objetos.
D. realidade é inapreensível pelos símbolos ao mesmo tempo que estes dimensionam a existência humana.
E. filosofia é a área em que foi possível fugir ao dilema do uso das palavras para questionar sua própria validade.

A

Letra D

41
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 21

Martim vai a passo e passo por entre os altos juazeiros que cercam a cabana do Pajé. Era o tempo em que o doce aracati chega do mar, e derrama a deliciosa frescura pelo árido sertão. A planta respira; um suave arrepio erriça a verde coma da floresta. O cristão contempla o ocaso do sol. A sombra, que desce dos montes e cobre o vale, penetra sua alma. Lembra-se do lugar onde nasceu, dos entes queridos que ali deixou. Sabe ele se tornará a vê-los algum dia? Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso.

O fragmento do romance Iracema, publicado em 1865, indica a escola literária a que pertence ao:
A. abolir as diferenças étnicas e os conflitos nas trocas culturais.
B. defender os costumes europeus e o valor das riquezas nacionais.
C. demonstrar religiosidade e exaltar a beleza do ecossistema nacional.
D. representar o colonizador português e a cooperação entre povos distintos.
E. indicar as intenções catequizantes e a colonização das populações indígenas.

A

Letra E

42
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 30

A

Letra B

43
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 35

A

Letra E

44
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 38

SÔNIA MASCARO: Gostaria que você falasse sobre o ato de escrever, essa necessidade imperiosa que você sente de comunicar-se com o outro através da literatura. Gostaria também que você se lembrasse de alguns momentos de sua infância, que possam sugerir o início de sua vocação de escritora.
HH: Outro dia, não sei onde, ouvi alguém dizer que escrevia por debilidade, por debilidade pessoal. Eu me senti demais atraída por isso. Meu Deus, é verdade! Sempre me perguntam por que eu escrevo, e uma palavra que eu não tinha lembrado – talvez quem sabe se por amor- próprio – é a palavra “debilidade”. É uma sensação de debilidade mais do que de força o ato de escrever. É uma necessidade tão grande que você tem que se espelhar em alguma coisa, de que alguém seja parecido com você, de dizer, assim, bem, eu estou escrevendo, será que aquela pessoa sentiu o que sinto alguma vez também? Necessidade de não se sentir muito isolada, porque desde menina eu sempre senti em mim alguma coisa diferente dos outros.

Uma compaixão muito grande que eu sentia pelas pessoas, pelos animais, pelo mundo, pela vida. Eu olhava as coisas e já me vinha esse pensamento: que pena, tudo tão impressionante, tão bonito, e depois, parece que essa árvore vai emurchecer, a folha vai cair, o cachorro que está vivo e bonito daqui a pouco vai ficar velhinho e então vai morrer, e eu também, com tudo que eu imagino, penso e sinto, também vou acabar. Eu não tinha um vigor suficiente, vamos dizer, para ouvir notícias, doenças, mortes, desgraças, com dignidade. Eu imediatamente desabava, ficava mal, ao ver que as coisas não eram mais, não estavam mais ali. Tinha uma pedra ali e não está mais, mas o que aconteceu com a pedra?

No trecho da entrevista, a repetição de preposições que acompanham a regência nominal dos substantivos “necessidade” e “compaixão” utilizados por Hilda Hilst tem o objetivo de:
A. contrariar a ideia de debilidade pessoal do escritor, a qual a autora questiona.
B. listar os elementos que fazem parte da resposta, reiterando a que cada um se refere.
C. comparar a experiência da escrita com a falta de amor- -próprio, citada no início da resposta.
D. explicar que a vocação pela escrita surgiu em sua infância, inspirada pelo encantamento com a finitude.
E. atribuir ao trabalho de criação literária a necessidade de isolamento, para aprimorar a percepção.

A

Letra B

45
Q

Enem 7 - Bernoulli - questão 44

A

Letra A