LEISHMANIOSE Flashcards
CARACTERÍSTICA DO PARASITA DO LEISHMANIOSE
O protozoário possui duas formas de vida:
- promastigota: Flagelada, Extracelular, Vive no tubo digestivo do vetor
- amastigota: Sem flagelo, Intracelular, Vive dentro dos macrófagos do hospedeiro
QUAL VETOR DA LEISHMANIOSE
A Leishmaniose é transmitida por mosquitos flebotomíneos (“mosquito-palha”, “birigui”, “tatuquira”) dos gêneros Lutzomya e Psychodopygus.
CICLO DE VIDA DA LEISHMANIOSE
- O protozoário é inoculado no hospedeiro na forma promastigota !
- O mosquito adquire o protozoário na forma amastigota !
TRANSMISSÃO DA LEISHMANIOSE
A transmissão é pela picada !!! Não há transmissão pessoa a pessoa ! Não é uma doença contagiosa !!!
CARACTERÍSTICA DA LEISHMANIOSE CUTÂNEA
- Relacionada à boa imunidade celular (Th1)
- É a forma clássica de LTA
- É a forma mais comum
- Agente L. (V) braziliensis (principalmente)
- Inicialmente surge uma pápula eritematosa arredondada, que
ulcera e passa a ter um crescimento centrífugo. - Lesão ulcerada com borda elevada e bem delimitada (“em moldura de quadro”),
eritematosa e infiltrada. O centro é eritematoso e sem secreção purulenta. - O quadro é INDOLOR !!!
LEISHMANIOSE MUCOSA
- L. (V) braziliensis
- O Nariz é o local mais acometido, mas pode afetar lábio superior, palato duro, palato mole, úvula e gengivas.
- Inicialmente há eritema e edema no local da lesão, que posteriormente ulcera.
- No nariz, pode causar desabamento do septo.
- Lesão ulcerativa com aumento de volume do nariz e presença de eritema e infiltrado no lábio superior.
LEISHMANIOSE DIFUSA
- Associada a paciente com predomínio da resposta humoral (Th2)
- Agente L. (L) amazonensis
- O quadro começa com uma pápula ou nódulo único que
lentamente dissemina para grandes áreas cutâneas. - Lesões queloidianas múltiplas, placas infiltradas e nódulos não
ulcerados. - Recidivas são comuns.
- Diagnóstico Reação de Montenegro: negativO
LEISHMANIOSE DISSEMINADA
- L. (V) braziliensis
- Múltiplas lesões acneiformes em pelo menos duas regiões
corporais. Com o tempo, as lesões aumentam em número e
evoluem para pápulas, nódulos e ulcerações que coexistem. - Sintomas gerais: calafrios, febre, mialgia durante a fase de
disseminação.
Diagnóstico (DIRETA) DA LEISHMANIOSE
- Exame direto: é ideal em casos de úlcera. Realiza-se a raspagem da borda da lesão
para análise microscópica em busca de amastigotas. A coloração utilizada é Giemsa
ou Leishman. É quase sempre positivo para lesões recentes e raramente positivo em
lesões tardias. - Histopatológico: presença de dermatite granulomatosa (histiócitos organizados).
DIAGNÓSTICO INDIRETO DA LEISHMANIOSE
- Sorologia: Imunofluorescência indireta ou ELISA.
- Teste de Montenegro: injeção intradérmica com promastigotas mortas. Se após 48-72h houver pápula ou área infiltrada ≥ 5mm, o teste é positivo, logo o indivíduo tem boa resposta celular. Caso contrário, o indivíduo tem boa resposta humoral. Reflete a
resposta de hipersensibilidade tardia
TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE
N-metil-glucamina
(Primeira linha)
* 15mg kg/dia por 20 dias para formas cutâneas
* 20mg kg/dia por 30 dias para formas muucosas
Anfotericina B
(Segunda linha)
* Inicia-se com 0,25 mg/kg/dose, aumentando
gradualmente até atingir 1mg/kg em dias alternados.