IRA; IRC e as Funções do Rim Flashcards

1
Q

Quais as causas de Aumento da Ureia Sérica?

A
Insuficiência Renal
Hipovolemia
Sangramento Digestivo
Estados Hipercatabólicos
Dieta Hiperproteica
Corticosteroides/Tetraciclinas
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2
Q

Quais parâmetros podem ser usados para avaliar a função endócrina renal?

A

Dosagem de Eritropoetina

Dosagem de Colecalciferol (Forma ativa da Vit D)

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3
Q

Qual o parâmetro permite quantificar a função renal?

A

Taxa de Filtração Glomerular

**VN = 120ml/min ou 170l/dia

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4
Q

Diante de paciente com Síndrome Urêmica o que podemos inferir sobre sua fisiologia renal?

A

TFG < 15-30 ml/min (Marco de início da SU)
Ur > 120 mg/dl
Cr > 4,0 mg/dl

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5
Q

Qual o exame considerado padrão ouro para quantificar a função renal?

A

Clearance de Inulina

**Usado somente em pesquisa

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6
Q

Quais os principais exames usados na avaliação da função renal?

A

Ureia Sérica + Creatinina Sérica

Clearance de Creatinina (Urina de 24h OU Estimativa)

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7
Q

Qual o ponto negativo da Ureia ao avaliar a função renal?

A

Reabsorção no TCP (30%-40%)
**Em estados que aumentem a reabsorção tubular há aumento desproporcional à queda da TFG.
Aumento na síntese hepática na HDA
**O metabolismo da hemoglobina pelas bactérias intestinais produz maior volume de amônia, substrato hepático para a síntese de ureia.

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8
Q

Qual o valor de referência para a ureia e creatinina séricas?

A
Ur = 20-40 mg/dl
Cr = HOMENS < 1,5 mg/dl  //  MULHERES < 1,3 mg/dl
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9
Q

Quais as vantagens da Creatinina em relação à Ureia para quantificar a Função Renal?

A
  1. Produção diária relativamente constante;

2. Não é reabsorvida no sistema tubular renal.

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10
Q

Qual a maior desvantagem do emprego da creatinina na avaliação da função renal?

A

Quando atinge valores acima do normal a TFG já se encontra acentuadamente reduzida (<50% do normal)
**Os estágios iniciais de IR não são detectados.

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11
Q

Quais as drogas estão associadas a aumento nos níveis de creatinina?

A

Penicilina
Cimetidina
Trimetoprim
Probenecida

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12
Q

Qual o exame permite estimar a TFG com maior acurácia dentre os disponíveis mais amplamente atualmente?

A

Clearence de Creatinina

  • *Superestima TFG 10%-15% (Secreção Tubular)
  • *VN = 91-130ml/min
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13
Q

Qual o exame de escolha para investigar a Injúria Renal em seus estágios Iniciais?

A

Clearance de Creatinina
**Em estágios avançados de Lesão Renal perde acurácia pois passa a superestimar a TFG (Elevada secreção tubular compensatória de Cr).

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14
Q

Como amenizar o efeito da secreção tubular de Cr ao calcular o ClCr de forma a aumentar a acurácia diagnóstica desse exame?

A

Adminstrar Cimetidina

(1. 200 mg Dia 1 // 400 mg/dia Dias 2, 3 e 4, antes da coleta)
* *Não é mais preconizado pela inconstância do bloqueio entre diferentes pacientes

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15
Q

Quais as limitações do cálculo do ClCr através da fórmula de Cockcrft-Gault?

A
  1. Obesos Mórbidos: Superestimação da TFG
  2. Desnutridos, Muito Idosos, Gestantes, Crianças e Amputados: Variação na proporção da massa muscular em relação ao peso corporal
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16
Q

Como calcular o ClCr com a fórmula de Cockcroft-Gaul?

A

ClCr = (140-idade)xPeso/72xCr

**Em mulheres multiplicar o resultado por 0,85

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17
Q

Qual o método de escolha para cálculo do ClCr?

A

Fórmula CKD-EPI

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18
Q

Qual a limitação para o uso das fórmulas para cálculo do ClCr na prática?

A

Injúria Renal Aguda (IRA) = Não usar

  • *Usa somente para pacientes com Função Renal Estável!!!
  • *Superestima a TFG pois a Cr sérica leva de 24-48h para atingir seu pico
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19
Q

Como definir Injúria Renal Aguda?

A

KDIGO 2012:

  1. Aumento de Cr ≥ 0,3 mg/dl dentro de 48h
  2. Aumento de Cr ≥ 1,5x Basal nos últimos 7 dias
  3. Débito Urinário < 0,5 ml/kg/h por mais de 6h
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20
Q

Quais os critérios para classificar a IRA como Estágio 1?

A

Aumento de Cr ≥ 0,3 mg/dl; OU
Aumento de Cr 1,5-1,9x o Basal; OU
Débito Urinário < 0,5 ml/kg/h por 6-12h.

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21
Q

Quais os critérios para classificar a IRA como Estágio 2?

A

Aumento de Cr 2-2,9x o Basal; OU

Débito Urinário , 0,5ml/kg/h por ≥ 12h.

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22
Q

Quais os critérios para classificar a IRA como Estágio 3?

A

Aumento de Cr ≥ 4 mg/dl; OU
Aumento de Cr 3x o Basal; OU
Débito Urinário < 0,5 ml/Kg/h por ≥ 24 h; OU
Anúria ≥ 12h; OU
Início de TSR;
(Menores de 18 anos) Queda na TFG estimada para < 35 ml/min/1,73m2

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23
Q

Como podemos classificar a IRA em relação ao Débito Urinário?

A
  1. Oligúrica: DU < 500-400 ml/24h;
  2. Não Oligúrica: DU > 400-500 ml/24h
  3. Anúrica: DU < 100-50 ml/24h
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24
Q

Qual a forma mais frequentemente encontrada de IRA?

A

Não-Oligúrica (> 50% dos caos)

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25
Qual o impacto da IRA no prognóstico dos pacientes?
Aumento de morbimortalidade intra-hospitalar
26
Qual a classificação da IRA quanto a seu mecanismo etiopatogênico?
Pré-Renal (Hipofluxo renal) Intrínseca (Lesão no parênquima renal) Pós-Renal (Obstrução do Sistema Uroexcretor)
27
Qual a causa mais frequente de IRA Intrinseca?
NTA
28
Qual o tipo mais comum de IRA? Qual o menos comum?
Pré-Renal Pós-Renal
29
Qual a causa mais frequente de IRA em pacientes críticos?
NTA
30
Quais as principais causas de IRA pré-renal?
Hipovolemia Choque (Diversos) Insuficiência Cardíaca Cirrose Hepática com Ascite
31
Qual o limite de PAS até o qual sustenta-se a autorregulação da perfusão renal
80mmHg
32
Quais os medicamentos prejudicam o mecanismo de autorregulação da perfusão renal?
AINEs IECA BRA II **Podem induzir IRA pré-renal em pacientes com hipofluxo renal (Hipovolemia, ICC descompensada, Nefropatas crônicos ou Estenose bilateral de artéria renal)
33
Qual o mecanismo associado ao estabelecimento da IRA na síndrome Hepatorrenal?
Intensa vasoconstrição das artérias e arteríolas pré-glomerulares. * *É uma IRA funcional potencialmente reversível * *Acomete 20-40% dos portadores de cirrose hepática avançada.
34
Qual o tratamento para a IRA da Síndrome Hepatorrenal?
Normalização da Função hepática (espontaneamente ou atraves de transplante hepático)
35
Como classificar a Síndrome Hepatorrenal em relação ao seu padrão evolutivo?
Tipo 1: Cr dobra de valor (>2,5mg/dl) em menos de 2 semanas (Associada a PBE) -IRA Oligúrica- Tipo 2: Cr aumenta de maneira lenta e gradual e demora mais de 2 semanas para superar os 2,5mg/dl (Evolução natural da hepatopatia) -Ascite refratária-
36
Quais os critérios diagnósticos da Síndrome Hepatorrenal?
. Hepatopatia grave, aguda ou crônica, com hipertensão porta; . Cr > 1,5 mg/dl . Ausência de melhora da Cr após expansão volêmica com Albumina IV (1 g/Kg) . Ausência de Choque circulatório . Ausência de uso recente ou atual de drogas nefrotóxicas . Ausência de sinais de doença parenquimatosa renal
37
Quais os sinais de doença parenquimatosa renal devem ser pesquisados no paciente Hepatopata com IRA?
Proteinúria (< 500mg/dia) Hematúria (<50 hemácias/campo de grande aumento) USG de rins e vias urinárias (Normal) **Se todos os exames apresentarem os resultados correlacionados podemos suspeitar de SHR
38
Quais condições estão associadas á Necrose Cortical Aguda?
``` Descolamento Prematuro de Placenta Aborto Retido Síndrome HELLP Sepse Grave Envenenamento por Cobra ou Aranha Síndrome Hemolítico-Urêmica ```
39
Qual a condição básica necessária para que se desenvolva a IRA pós-renal?
Obstrução com repercussão renal bilateral * *Obstrução em paciente com rim Único também * *Em pacientes nefropatas crônicos a obstrução de rim único pode ser o suficiente para causar IRA
40
Qual a principal causa de IRA pós-renal?
Obstrução da uretra prostática (Hiperplasia Prostática Benigna -HPB)
41
Qual o perfil do paciente com IRA pós-renal?
Idoso com História de Prostatismo | Anúria Repentina
42
Quais os principais sinais e sintomas da uremia aguda?
``` Hipertensão Arterial Edema Pulmonar, SDRA Distúrbio de Hemostasia com sangramentos Encefalopatia, Crise Convulsiva e Coma Hiper-reflexia, asterixis, mioclonias ```
43
Quais as manifestações da pericardite urêmica?
``` Dor torácica pleurítica Atrito pericárdico Alterações eletrocardiográficas: **Supradesnivelamento de ST concavo em diversas derivações. **Taquicardia Sinusal. ```
44
Qual o aspecto macroscópico do líquido pericárdico da pericardite urêmica?
HEMORRÁGICO | **Rotura de Capilares e Sangramento
45
Qual a causa mais comum de tamponamento cardíaco no paciente com IRA?
Sangramento Pericárdico | **Uso de Heparina na diálise
46
Quais os fatores associados ao distúrbio de hemostasia da Síndrome Urêmica?
Disfuncionalidade disfuncionante | Depleção de Fator III
47
Qual a medida possibilita melhora do distúrbio hemostático da Síndrome Urêmica?
Administração de Desmopressina
48
Quais as manifestações presentes na encefalopatia urêmica?
Confusão Mental, Agitação psicomotora, mioclonia asterixis, hiper-reflexia e BABINSKI BILATERAL
49
Quais os distúrbios hidroeletrolíticos mais frequentes na IRA oligúrica ou anúrica?
``` Hipercalemia Hiponatremia Acidose Metabólica Hiperfosfatemia Hipocalcemia ```
50
Qual a principal causa de IRA Pós-renal?
Hiperplasia prostática Benigna
51
Qual o tipo de IRA do paciente idoso, que refere sintomas prostáticos prévios, tendo iniciado oligoanúria agudamente há algumas horas, no momento com dor hipogástrica e bexigoma palpado no exame físico?
IRA Pós-Renal *Fatores precipitantes: Medicamentos com efeito anticolinérgico ou simpatomimético; Infecção prostática ou ITU; Infarto prostático.
52
Qual a condição essencial para que surja IRA Pós-renal?
Obstrução com repercussão bilateral (ou obstrução unilateral em rim único, ou ainda obstrução unilateral em paciente com DRC)
53
Qual a principal preocupação no paciente com obstrução urinária?
Infecção/Pielonefrite | *A desobstrução é procedimento de emergência se identificada a Pielonefrite associada
54
Quais as consequências da nefropatia obstrutiva crônica?
Fibrose intersticial renal Atrofia do sistema tubular renal *Manifestação: Acidose tubular hipercalêmica (Tipo IV) e Poliúria
55
Qual a população com DRC que encontra-se contraindicado o uso de Diuréticos?
Estágios IV e V (Clcr < 30 ml/min) | **Não foi evidenciado benefício do uso de diuréticoterapia nessa população.
56
Qual o tipo de anemia característica dos pacientes com DRC?
Normo-Normo * *O mecanismo é a redução da produção de eritropoetina. * *Pode haver em alguns pacientes um componente de Ferropenia associado.
57
O que acontece com o PTH nos pacientes com DRC?
Aumento (Reposição dos estoques e Ca, devido à perda da capacidade renal de reabsorve-lo)
58
Qual o achado de paciente com DRC grave na sedimentoscopia urinária (EAS)?
Cilindros Céreos * *Traduzem Inflamação e Degeneração Tubular. * *Ocorrem também na Hipertensão maligna e Nefropatia Diabética
59
Qual o mecanismo associado à hipovitaminose D na DRC?
Déficit de formação da 1,25-diidroxi vitamina D (Vitamina D ativa) no parênquima renal.
60
Qual medida possibilitou reduzir a nefrotoxicidade da Anfotericina-B?
Formulações lipídicas | **Antigas formulações como o DESOXICOLATO são mais nefrotóxicas
61
Qual a justificativa para o prognóstico do paciente que responde à diureticoterapia ser melhor do que os não respondedores?
Há uma lesão renal mais branda nos respondedores (Melhor prognóstico) em comparação aos não respondedores (Prognóstico Ruim)
62
Qual o primeiro passo para o controle da hiperfosfatemia no paciente portador de DRC?
Restrição de Fósforo na dieta (Redução de ingesta proteica). * *Se houver insucesso parte-se para o uso de quelantes de fosfato e reposição de vitamina D ativa. * *Em ultimo caso pode usar-se de calcimiméticos * *Diálise não é eficaz
63
Qual o tipo de distúrbio ácido-básico encontrado nos pacientes com IRA oligoanúrica?
Acidose metabólica com ânion gap aumentado
64
Qual o mecanismo desencadeador da hipocalcemia nos pacientes com Insuficiência Renal?
Hiperfosfatemia (Quando TFG < 20 ml/min) | **O fosfato se liga ao cálcio produzindo fosfato de Ca que se precipita nos tecidos.
65
Qual a medida imediata deve ser tomada diante de paciente com retenção urinária?
Cateterismo vesical com sonda de Foley
66
Qual o exame de escolha a ser solicitado em casos de dúvida diagnóstica no paciente com IRA pós-renal?
USG de rins e vias urinárias: | Dilatação do sistema pielocalicial (hidronefrose) -98% das vezes-
67
Qual a conduta imediata a ser adotada diante de paciente com quadro suspeito de IRA pré-renal
Prova terapêutica com cristaloide: SF 0,9%, 1.000 ml IV em infusão rápida. * *Pode-se utilizar coloides em paciente com albumina muito baixa; * *Se ausência de resposta: Lesão renal ja instalada ou hipovolemia mais grave que o esperado, demandando mais volume.
68
Quais as indicações para a realização de Diálise de Urgência?
1) Síndrome Urêmica inquestionável (Encefalopatia, pericardite, hemorragia) 2) Hipervolemia grave refratária (HAS e edema Pulmonar) 3) Hipercalemia grave refratária ou recorrente 4) Acidose metabólica grave refratária ou recorrente 5) Azotemia Grave: Ur> 200 ou Cr > 8-10 * *Na prática do SUS não se indica a Diálise apenas pelos valores de Ur e Cr.
69
Qual o método Dialítico de escolha em paciente hemodinamicamente estável? E nos pacientes instáveis?
Hemodiálise Intermitente. Diálise Peritoneal Contínua ou Hemofiltração venosa contínua. **Se o paciente já estiver em Hemodiálise e apresentar hipotensão podemos associar vasopressores.
70
Como podemos definir a Doença Renal Crônica?
Dano Renal (Albuminúria ≥ 30mg/dia ou equivalente) e/ou Perda de Função Renal (TFG < 60ml/min/1,73m2) por período ≥ 3 meses
71
Quais os dois marcos fisiopatológicos que permitem diferenciar a IRA da DRC?
Em DRC são processos patológicos lentamente progressivos; Não há recuperação/regeneração do parênquima renal; A DRC ocorre quando há dano renal e/ou perda de função renal por período superior ou igual a 3 meses.
72
Como se comporta a DRC no tocante à sua evolução? Ela tende a agravar-se? Qual o limite de tempo para tal acontecimento?
SIM! | Após um período entre 3 e 20 anos de DRC instalada ela pode evoluir para Doença Renal em Fase Terminal (DRFT).
73
Quais as características da Doença Renal em Fase Terminal (DRFT)?
Instalação entre 3 a 20 anos de DRC instalada. O marco é uma TFG residual < 15% do normal. A lesão histopatológica fundamental observada é a Fibrose Glomerular e Intersticial, Aliada à atrofia dos Túbulos. A TSR torna-se imprescindível para a sobrevivência do paciente.