Introdução a sociologia do trabalho Flashcards

1
Q

A Sociologia do Trabalho dedica-se a compreender

A

as dinâmicas sociais, estruturas de
poder, desigualdades e transformações que ocorrem no mundo do trabalho

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2
Q

Assim, a especificidade do ramo da Sociologia do Trabalho reside

A

no seu enfoque particular na
compreensão da organização e evolução do mundo do trabalho na sociedade. C

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3
Q

Podemos sistematizar os aspectos-chave da especificidade da Sociologia do Trabalho da seguinte maneira:

A

 Organização e Evolução do Mundo do Trabalho: analisa como as estruturas organizacionais se
formam e evoluem ao longo do tempo. Investigação das mudanças nas práticas de trabalho,
tecnologias e formas de emprego.

 Relações de Trabalho: enfoca as interações entre empregadores e empregados, bem como as
dinâmicas de poder presentes no ambiente de trabalho. Considera as negociações, conflitos e formas
de cooperação dentro das relações laborais.

 Implicações Sociais do Trabalho: examina como as relações de trabalho impactam não apenas os
indivíduos, mas as comunidades e a sociedade como um todo. Avaliação das consequências sociais
das mudanças nas condições de emprego, desigualdades laborais e práticas de gestão.

 Desigualdades e Dinâmicas Sociais: investigação das desigualdades relacionadas a gênero, raça,
classe social e outros fatores, no contexto do ambiente de trabalho. Compreensão das dinâmicas
sociais que moldam as oportunidades e desafios enfrentados pelos trabalhadores.

 Movimentos Trabalhistas e Ativismo: estudo dos sindicatos, movimentos trabalhistas e iniciativas de
ativismo que buscam melhorar as condições laborais e promover direitos dos trabalhadores

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4
Q

O filósofo sustentava a tese de que o trabalho atua

hegel

A

como um elemento mediador na relação entre o homem
e a natureza, oferecendo suporte para a formação da consciência

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5
Q

Essa concepção fundamentou o sistema de necessidades de Hegel, no qual o trabalho é pensado como
elemento de mediação entre a

A

necessidades subjetivas

necessidades do outro.

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6
Q

Mas, além disso, Marx consolidou na tradição sociológica a noção de trabalho como
a “eterna necessidade natural da vida social

A

impor sobre a natureza, transformando-a enquanto mudava a si mesmo

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7
Q

Weber destacou, em particular, a influência da ascese protestante (ética protestante) e outras visões de
mundo, tanto intra quanto extramundanas, na configuração do trabalho como

A

uma vocação

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8
Q

Assim, para Durkheim era o processo (trabalho)

A

de interação
do indivíduo na sociedade.

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9
Q

Ele também defendeu que a atividade
laboral é uma fonte de

A

realização pessoal e contribuição para a sociedade, conferindo significado à vida e

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10
Q

Podemos afirmar que o trabalho é uma categoria do pensamento sociológico porque, ao longo do
desenvolvimento da sociologia como disciplina acadêmica

A

o trabalho emergiu como um fenômeno central
para a compreensão das dinâmicas sociais, econômicas e culturais.

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10
Q

A sociologia, enquanto ciência que busca compreender a sociedade e suas estruturas,
dedica uma atenção significativa ao estudo do trabalho por várias razões:

A

Centralidade na Vida Social: o trabalho é uma atividade humana fundamental que desempenha um papel
central na organização da vida social. Ele influencia não apenas a subsistência econômica, mas também a
estruturação das relações sociais, identidades individuais e coletivas, e as dinâmicas de poder.

Impacto nas Relações Sociais: a forma como o trabalho é organizado e distribuído afeta diretamente as
relações sociais. A divisão do trabalho, por exemplo, cria padrões de interdependência entre diferentes
grupos e indivíduos, moldando a estrutura social e as hierarquias existentes.

Reflexos nas Desigualdades Sociais: o acesso ao trabalho, os tipos de empregos disponíveis e as condições
laborais têm implicações diretas nas desigualdades sociais. A sociologia explora como as estruturas sociais
influenciam a distribuição desigual do trabalho e suas consequências para grupos específicos na sociedade.

Transformações Econômicas e Sociais: o trabalho é sensível às mudanças econômicas e sociais, e seu estudo
permite compreender as transformações ao longo do tempo. Desde a Revolução Industrial até as formas
contemporâneas de emprego, a Sociologia analisa como essas mudanças afetam as relações sociais, a
identidade e as instituições.

Construção de Identidade: o tipo de trabalho que uma pessoa realiza muitas vezes contribui para a
construção de sua identidade. A sociologia explora como as ocupações e as experiências laborais moldam a
autopercepção e a forma como os outros percebem os indivíduos na sociedade.

Relação com Outras Instituições Sociais: O trabalho está interligado com outras instituições sociais, como a
família, a educação e o governo. A sociologia investiga como essas instituições influenciam e são
influenciadas pelo mundo do trabalho

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11
Q

Alienação

A

A alienação, conforme proposta por Marx, refere-se à perda de controle e significado no
trabalho. A crítica se estende às condições de trabalho capitalistas que podem desumanizar os
trabalhadores (aprofundaremos este conceito na Aula sobre Karl Marx)

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11
Q

Divisão do Trabalho:

A

A teoria da divisão do trabalho, de Adam Smith a Durkheim, destaca como a
especialização e a distribuição de tarefas contribuem para a eficiência econômica e a coesão social,
mas também podem gerar desigualdades. Mais baixo, ainda nesta aula, há um desenvolvimento mais
aprofundado desta discussão.

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12
Q

Trabalho Imaterial e Pós-Fordismo

A

Autores contemporâneos, como Maurizio Lazzarato e Antonio
Negri, exploram o trabalho imaterial na era digital, destacando como as formas de trabalho evoluíram
além da produção industrial tradicional.

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12
Q

Feminismo e Trabalho

A

Autoras como Silvia Federici e Heidi Hartmann criticam a divisão sexual do
trabalho, destacando como as mulheres enfrentam desigualdades no mercado de trabalho e em suas
responsabilidades domésticas.

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12
Q

 Globalização e Trabalho Precário

A

: A globalização trouxe mudanças nas formas de trabalho, incluindo
o aumento do trabalho precário. Autores como Guy Standing analisam as consequências sociais e
econômicas dessas mudanças

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13
Q

modo de produção escravagista

A

antiguidade
trabalho escravo

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13
Q

Podemos pensar em 3 grandes impulsionadores dessa transformação

feudalismo para burguesia

A

reformas religiosas
renascimento cultural
renascimento comercial e urbano

13
Q

Podemos sistematizar dois tipos de relações de trabalho nas Antiguidades Clássica e
Medieval:

A

 Modo de produção escravista:
A vida cotidiana é sustentada por aqueles que estão submetido à escravidão. Apesar de ser a característica
principal das sociedades que se fundamentavam no regime escravista, como a grega e a romana, o trabalho
escravo existiu até o final do século XIX. Somente após as lutas abolicionistas é que essa condição passou a
ser rejeitada pela humanidade. É claro, há exceções, pois, hoje em dia, fala-se em trabalho em condições análogas/semelhantes ao trabalho escravo. Contudo, discutiremos esse assunto mais contemporâneo no
momento certo.

 Modo de produção feudal.
Seu embrião remonta às relações servis do fim do Império Romano, tanto porque a população passou a se
concentrar no campo, quanto porque o regime do colonato entrou em declínio. Além disso, a atividade
comercial entrou em declínio e o fim das guerras diminuiu o trabalho por escravidão.

13
Q

Com a crise da ordem feudal, a partir do século XIII, o centro econômico, político, social e cultural da
Europa começa a se deslocar

A

para as concentrações urbanas, nas cidades

13
Q

modo de produção feudal

A

idade média
servil

14
Q

O sociólogo durkheim
francês demonstra que a crescente especialização do trabalho promovida pela industrialização trouxe uma
forma de solidariedade no funcionamento da sociedade, e não uma situação conflitiva como vista pelo
marxismo, de modo que este fenômeno novo passou a contribuir para ____

A

a coesão social

14
Q

Estabelece, então, a existência de dois tipos de sociedade

durkheim

A

1-) em um tipo, há uma solidariedade mecânica entre os homens, fruto da divisão social
do trabalho contida na sociedade pré-capitalista. Nela os indivíduos se identificam e se
relacionam por meio da família, da tradição, da religião. A coletividade exerce uma forte
coerção social para manter a sociedade harmônica e em funcionamento. É tudo muito
mecânico, automático, independentemente da forma de organização do trabalho. Nas
sociedades de caçadores-coletores, por exemplo, as divisões do trabalho eram/são
relativamente simples, uma vez que não é muito grande o número de tarefas a serem
feitas.

2-) já na sociedade em que prevalece a solidariedade orgânica, própria das sociedades
capitalistas, os indivíduos são interdependentes em razão da divisão social e industrial do
trabalho. Aqui a coesão social é muito mais em razão das relações do trabalho na indústria
e no comércio do que por conta dos costumes, por exemplo. Então, as instituições como a
família e a religião já não exerceriam a mesma função.

15
Q

Émile Durkheim também identificou as possíveis anomalias que poderiam surgir no
fenômeno social da divisão social do trabalho. Em sua análise, Durkheim delineia três formas
anormais da divisão do trabalho. Olha só:

A
  1. Divisão do Trabalho Anômica:
    Durkheim conceituou a divisão do trabalho anômica como a desregulação do mercado e das relações sociais.
    Essa forma anormal emerge em períodos de crise econômica e social, quando as normas e os valores que
    orientam a sociedade se tornam instáveis. Durante tais crises, a falta de coordenação entre as atividades
    produtivas pode resultar em desordem, desemprego e desequilíbrio social. A compreensão desta forma
    anômala permite uma análise profunda das interações entre a economia e a estrutura social, destacando a
    importância da regulação normativa. Trata-se de “verdadeiras rupturas parciais da solidariedade orgânica”.
  2. Divisão do Trabalho por constrangimento:
    Outra forma identificada por Durkheim é a divisão do trabalho por constrangimento ou forçada,
    caracterizada por uma repartição injusta e desigual dos indivíduos entre as diversas funções laborais. Este
    fenômeno, ao acentuar disparidades sociais, pode levar à alienação e ao descontentamento, minando a
    coesão social. Sob essa ótica, Durkheim nos instiga a considerar não apenas a eficiência econômica, mas
    também a equidade e a justiça social como componentes fundamentais da saúde do corpo social.
  3. Divisão do Trabalho “Burocrática”:
    Durkheim também observou uma forma específica de anomalia na divisão do trabalho, que ele rotula como
    “burocrática”. Nesse cenário, há uma superabundância de agentes, mas paradoxalmente uma baixa
    produtividade. Entender a relação entre a quantidade de agentes envolvidos em processos laborais e a
    eficácia da produção fornece insights sobre os desafios enfrentados por estruturas organizacionais
    complexas.
16
Q

A partir do advento da Revolução Industrial e do desenvolvimento do capitalismo, as relações de trabalho
passaram a ser caracterizadas pela lógica do sistema capitalista. Isso significa que

A

trabalho passou a ser
predominantemente LIVRE ASSALARIADO.

16
Q

Essa alienação (separação) ocorreu por meio de dois processos da forma de organização do
trabalho:

A

1- Cooperação simples (oficina): Era a que ocorria entre o Mestre e o Aprendiz, como descrito
acima.

2- Cooperação avançada (ou manufatura): o trabalhador continuava a ser uma artesão, mas perdia
a noção de todas as etapas do processo produtivo. É aqui que ocorre a consolidação do trabalho
coletivo, ou seja, o produto final é resultado da atividade especializada de muitos trabalhadores.
É aqui também que aparece o salário. Aqui é o proprietário que define todos os elementos da
produção: tempo de trabalho, ferramentas, local de trabalho, comportamento esperado, regras
de convivência, entre outros

16
Q

Weber constata que, apesar de livre, o trabalhador, na prática, foi forçado a condições de
trabalho precárias para não morrer de fome, ou seja,

A

trabalho livre desprotegido

16
Q

A concepção da divisão do trabalho, como fundamental para a compreensão dos processos sociais e
econômicos, ganhou destaque nas análises pioneiras de Adam Smith (1723-1790), notadamente em sua
obra “Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações”, mais conhecido como “A
Riqueza das Nações” (1776).

A

a divisão do trabalho é um método pelo qual cada indivíduo se especializa em
uma fase específica do processo produtivo.

17
Q

divisão do trabalho

A

Separação das tarefas e ocupações do trabalho em um processo de produção que cria uma
abrangente interdependência econômica13
.

17
Q

Opressão como Faceta do Patriarcalismo:

A

No contexto do patriarcalismo, a opressão das mulheres emerge como uma faceta fundamental desse
sistema.

A opressão opera em várias dimensões, desde a limitação do acesso das mulheres à educação e
oportunidades até a imposição de normas de gênero restritivas.

O controle sobre a sexualidade e a
autonomia das mulheres, muitas vezes evidenciado pela violência de gênero, é uma expressão clara da
opressão que permeia o patriarcalismo histórico

17
Q

divisão do trabalho para smith

A
  1. Em primeiro lugar, a divisão do trabalho aprimora a habilidade de cada operário, conferindo-lhe
    destreza em uma tarefa específica;
  2. Em seguida, há economia de tempo, otimizando a eficiência do processo produtivo;
  3. Por fim, por meio da divisão do trabalho, indivíduos inventam máquinas que, ao facilitarem e
    encurtarem o trabalho, estas máquinas possibilitam que um único indivíduo execute as tarefas
    anteriormente realizadas por vários operários.
18
Q

Apesar de o pensamento marxista ser objeto de aula futura,
cumpre destacar que, do ponto de vista marxista, o capitalismo utiliza da divisão social do trabalho
complexa para melhor

A

controlar os trabalhadores dentro de um processo de exploração do trabalho com
vistas a ampliar margens de lucro e otimizar a reprodução do capital.

18
Q

No mundo do trabalho, a exploração econômica das mulheres está centrada na

A

extração de trabalho não
remunerado e mal remunerado, muitas vezes associado ao trabalho doméstico e de cuidado.

19
Q

O que é divisão sociossexual e racial do trabalho?

A

? É uma divisão social do trabalho cujos critérios estão
ligados à gênero e raça.

19
Q

Divisão social do trabalho entre os sexos: divisão sexual do trabalho

características

A

Refere-se a uma diferenciação entre papéis destinados a homens e mulheres e está presente
em todas as sociedades humanas conhecidas até aqui.
É o critério mais simples para divisão social do trabalho.
São formas de divisão social do trabalho “pré capitalistas”.

19
Q

Pode-se dizer que a divisão sexual do trabalho refere-se a uma

A

diferenciação entre papéis destinados a homens e mulheres e está
presente em todas as sociedades humanas conhecidas até aqui. As
formas dessa divisão sexual do trabalho são extremamente variadas, bem
como são variadas tanto a extensão como a rigidez da separação entre os
afazeres considerados apropriados aos homens e aqueles atribuídos às
mulheres

19
Q

O Papel do Patriarcalismo Histórico:

A

patriarcalismo histórico é um sistema estrutural que tem raízes profundas na
história e que molda as relações sociais e econômicas entre homens e mulheres

19
Q

Exploração Econômica:

A exploração econômica das mulheres, por sua vez, está intricadamente ligada ao patriarcalismo

A

O sistema
patriarcal historicamente relegou as mulheres ao papel de cuidadoras, limitando seu acesso a
oportunidades econômicas e mantendo-as em posições subalternas. A exploração econômica é evidente
na segregação ocupacional, na disparidade salarial e na falta de representação das mulheres em cargos de
liderança.

20
Q

 Necessidade de Políticas de Apoio:
A implementação de políticas que visam apoiar a economia do cuidado é crucial. Isso pode incluir políticas
de licença parental, serviços de cuidados acessíveis e flexibilidade no trabalho, visando redistribuir a carga
de cuidados de forma mais equitativa entre os gêneros e facilitar a participação das mulheres no mercado
de trabalho.

A

hierarquizar as
atividades e assim ampliar a exploração/opressão entre homens e mulheres e entre mulheres brancas e
mulheres negras

20
Q

Economia do Cuidado

A

A “economia do cuidado” é um conceito que se refere ao trabalho não remunerado relacionado ao cuidado
de indivíduos, incluindo crianças, idosos, membros da família e pessoas com necessidades especiais.

20
Q

Interseccionalidade

A

A interseccionalidade é um conceito que foi cunhado por Kimberlé Crenshaw, uma
professora de direito norte-americana, para descrever o processo social de como
diferentes formas de discriminação e opressão interagem e se sobrepõem, criando
experiências únicas e complexas para pessoas que pertencem a múltiplos grupos
marginalizados.
O conceito destaca a importância de considerar não apenas uma única dimensão de
identidade (como gênero, raça, classe social, orientação sexual), mas sim a interação
entre essas diversas dimensões.
Assim, o conceito de interseccionalidade deve ser usado para reconhecer que as pessoas
podem enfrentar diferentes formas de discriminação e desvantagem com base em uma
combinação de fatores, e que essas experiências não podem ser totalmente
compreendidas isoladamente. Por exemplo, uma mulher negra pode enfrentar desafios
únicos que não são totalmente capturados ao se analisar separadamente as questões de
gênero e raça.

21
Q

Divisão racial do trabalho

A

A divisão racial do trabalho refere-se à maneira como as oportunidades de emprego,
salários e posições dentro da força de trabalho são distribuídas com base na raça ou
etnia das pessoas

21
Q

No que se refere à economia, o autor agrega a questão da escravidão às análises

Florestan Fernandes (1920-1995)

A

Assim,
seguindo a linha de Caio Prado Jr. Sobre o sentido da economia colonial, ele combina a discussão
sobre o papel da escravidão. Ele afirma que as estruturas de dominação do período da colonização
foram preservadas no processo de modernização capitalista no Brasil. Por isso, foi uma
“modernização conservadora”.

21
Q

Algumas características importantes desse conceito incluem

economia do trabalho

A

 Natureza Não Remunerada:
O trabalho na economia do cuidado é frequentemente realizado de maneira não remunerada, o que significa
que não é reconhecido ou compensado financeiramente no sistema econômico convencional. Isso inclui
atividades como cuidados com crianças, preparação de alimentos, assistência a idosos, entre outras
responsabilidades relacionadas ao bem-estar das pessoas

Gênero e Divisão Sexual do Trabalho: A economia do cuidado está intrinsecamente ligada à divisão sexual do trabalho, uma vez que as
responsabilidades de cuidado são frequentemente atribuídas às mulheres. Isso contribui para a perpetuação
de estereótipos de gênero, reforçando a ideia de que as mulheres têm uma afinidade natural para o cuidado
e a responsabilidade doméstica

Impacto na Participação no Mercado de Trabalho:
A carga desproporcional de trabalho na economia do cuidado pode limitar as oportunidades de participação
das mulheres no mercado de trabalho remunerado. Isso ocorre devido à pressão de conciliar as
responsabilidades de cuidado não remunerado com as demandas de um emprego formal

Contribuição para a Reprodução Social:
O trabalho na economia do cuidado é fundamental para a reprodução social, pois garante que as novas
gerações sejam cuidadas, educadas e preparadas para a vida. O cuidado de idosos também desempenha um
papel crucial na preservação e transmissão de conhecimentos, tradições e valores.

Desafios e Reconhecimento:
A falta de reconhecimento e valorização do trabalho na economia do cuidado pode levar a uma série de
desafios, incluindo a desvalorização do trabalho das mulheres, a sobrecarga de responsabilidades e a
limitação das oportunidades de desenvolvimento profissional.

 Necessidade de Políticas de Apoio:
A implementação de políticas que visam apoiar a economia do cuidado é crucial. Isso pode incluir políticas
de licença parental, serviços de cuidados acessíveis e flexibilidade no trabalho, visando redistribuir a carga
de cuidados de forma mais equitativa entre os gêneros e facilitar a participação das mulheres no mercado
de trabalho.