Introdução à OXPHOS Flashcards

1
Q

Fosforilação oxidativa

A

delta Eº’= Eº’O2/H2O- Eº’NADH/NAD+= + 0,82 V –(-0,32 V) = 1,14 V

deltaGº’= - n F deltaEº’

–>deltaGº’= -2 x (96,5 kJ V-1 mol-1) x (1,14 V) = –220 kJ/mol

Herman Kalckar (1939):
células aeróbias formam  ATP a partir de ADP e Pi por um processo dependente da respiração

Eugene Kennedy & Albert Lehninger (1948):
Os mitocôndrios oxidam NADH e 2-3 ATP são sintetizados por NADH oxidado.

=> Acoplamento transporte el. com síntese ATP

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2
Q

Eficiência da fosforilação oxidativa

A

xADP + xPi + ½ O2 + NADH + H+ –> xATP + H2O + NAD+

Razão P/2e- : nº de moles de ATP formadas por par de e- transferidos ao longo da cadeia respiratória

==> RAZÃO P/O: Razão P/O = Nº de moles de ATP produzidos a partir do ADP por ÁTOMO de oxigénio reduzido pela cadeia respiratória!!

(Se os e- forem do succinato ou NADH até ao O2 : razão P/2e- = razão P/O)

–> Determinação da razão P/O: elétrodo de O2, para diferentes dadores de e- (1.beta-hidroxibutirato, 2. succinato, 3. ascorbato), na presença de mits num excesso de tampão de fosfatos (tmb com inibidores como 2. rotenona (CI) e 3. antimicina A (CIII))

–> 3 locais eventualmente acoplados à síntese de ATP

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3
Q

Controlo respiratório

A

A respiração e a síntese de ATP estão fortemente acopladas em mits intactos (“acoplados”);
Respiração é controlada pelas necessidades de síntese de ATP.

–> regulação da vel. de transporte el. pela disponibilidade em ADP

–> Razão entre vel consumo de O2 no estado 3 e 4 RC= v(ADP)/v(controlled)

Chance e Williams (1956)

Estado 1:
Mitocôndrios sozinhos (na presença de Pi).

Estado 2:
Adição de substrato, respiração baixa devido à falta de ADP

Estado 3:
Uma quantidade limitada de ADP é adicionada, permitindo uma respiração rápida

Estado 4:
Todo o ADP foi convertido em ATP e a respiração torna-se lenta

Estado 5:
Anoxia.

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4
Q

Desacopladores

A

O acoplamento entre a respiração e a síntese do ATP é perdido:

  • Quando é perdida a integridade da membrana (ex se mits colocados numa solução hipotónica eles incham, e a vel respiração pode aumentar mesmo sem adicionar ADP. + há diminuição da razão P/O para zero! –> leakage (permeabilidade) de H+ através da membrana)
  • Na presença de desacopladores (geralmente ácidos fracos lipófilos, dissociam facilmente 1 dos H+)

2,4- Dinitrofenol (DNP);
Carbonilcianida-p-trifluorometoxifenilhdrazona (FCCP);
Carbonilcianida-m-clorofenilhidrazona (CCCP)

+desacoplador –>
na presença de substrato oxidável o consumo de O2 aumenta bruscamente até todo o O2 se esgotar!! Mesmo sem adicionar ADP e Pi! Em mits leaky/ presença de desacoplador, energia livre libertada das reacções de transporte electrónico não é capturada para formar ATP! + Os desacopladores estimulam a actividade de ATPase nos mits! –> razão P/O =0 (não há síntese de ATP apesar do consumo de O2)

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5
Q

Inibidores do ATP sintase

A
  • impedem o ADP de aumentar a velocidade de respiração
  • Não bloqueiam o estímulo da respiração provocado por um desacoplador –> sugere: atuam diretamente no ATP sintase

Ex: Oligomicina, DCCD, venturicidina, aurovertina

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6
Q

Premissas

A

1- cadeia de transporte el. = seq. de transportadores de e- com 3 regiões distintas onde a energia redox pode ser conservada para a síntese de ATP

2- velocidade de respiração é controlada pelo ADP (controlo respiratório)

3- Acoplamento entre OXPHOS e transporte el. perdido quando membrana int perde integridade

4- Acoplamento entre respiração e síntese de ATP pode ser quebrado por “desacopladores” que acabam com o controle respiratório e estimulam atividade de ATPase

5- O antibiótico oligomicina inibe a síntese do ATP, hidrólise estimulada por desacopladores

6- Energia da respiração também pode ser acoplada (além da síntese de ATP) à acumulação de Ca2+ e à redução de NAD+ e NADP+
–> propulsionados através da hidrólise de ATP em mits em anaerobiose, sendo neste caso inibidos tanto por desacopladores como pela oligomicina. *

Since respiration and phosphorylation are in TD equilibrium, it should be possible for intact mit to reverse their direction of electron transfer at the expense of ATP hydrolysis. This was confirmed in 1060 by Chance and Klingenberg, It proceeds optimally at anaerobic conditions

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7
Q

Hipóteses de acoplamento energético

A
  • Hipótese do acoplamento químico (Slater, 1953)
  • Hipótese do acoplamento conformacional (Boyer, 1964)
  • Hipótese do acoplamento quimiósmotico (Mitchell, 1961)
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8
Q

Hipótese do acoplamento químico (Slater, 1953)

A

essência do mecanismo de fosforilação ao nível do substrato!!! : substrato que sofre a oxidação é convertido num intermediário lábil (de “alta energia”) que posteriormente é degradado para formar ATP

ANALOGIA À GLICÓLISE:
1- GAP liga-se ao enzima GAPDH
2- O grupo SH do centro activo forma um tio-hemiacetal com o substrato
3 – O NAD+ oxida o tio-hemiacetal a um tioéster
4 - O NADH formado é substituído por um NAD+
5 – Pi ataca o tioéster formando um fosfato de acilo (1,3-BPG) e regenera-se o enzima activo

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9
Q

Hipótese do acoplamento químico (Slater, 1953) - Mecanismo

A

AH2 e B: componentes da cadeia de transporte eletrónico;
X e Y: fatores de acoplamento

Mecanismo de Acoplamento:

Passo 1 – transformação de energia da oxidação

AH2 + B + X -(eq)-> A~X + BH2

(A~X –> intermed de “alta energia”)

Passo 2 – transmissão de energia ao sistema de acoplamento

A~X + Y -(eq)-> X~Y + A

(X~Y intermed de “alta energia” sem componentes da cadeia resp)

Mecanismo de formação de ATP:
Passo 3 – transformação da energia

X~Y + Pi -(eq)-> X~Pi + Y
X~Pi + ADP -(eq)-> X + ATP + H2O

==> Reação total
AH2 + B + Pi + ADP -(eq)-> BH2 + A + ATP + H2O

PROBLEMAS TEORIA:
- Se desacoplador –> “descarga” de A~X => libertação de A e, cadeia de transporte electrónico continuaria. Bem, MAS: devia haver algo dif. na OXPHOS pq desacopladores não tem efeito na fosforilação (3-fosfato de gliceraldeído desidrogenase) + não afectam enzimas que sintetizam/ usam ATP.

  • Apesar de esforços intensivos, nunca se identificou o composto reactivo necessário para acoplamento!
  • hipótese não explicava pq é necessário que membrana mit esteja intacta p/ haver acoplamento entre a respiração e OXPHOS
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10
Q

Hipótese do acoplamento conformacional(Boyer, 1964)

A

Mecanismo de Acoplamento
Passo 1 – transformação de energia

 AH2 + B -(eq)->       A* + BH2

 Passo 2 – transmissão de energia

	A* -(eq)-> X*

Mecanismo de formação de ATP
Passo 3 – transformação da energia

X* + Pi + ADP -(eq)-> X  + ATP + H2O
    • estado de mudança de conformação (mais energético)

PROBLEMA TMB:
falta de suporte exp, não se descobriu X, A…

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11
Q

Hipótese do acoplamento quimiosmótico (Mitchell, 1961)

A

PN 1978, receção hostil… mto inovador

quimiosmótica: reacções quím. podem propulsionar/ ser propulsionadas por movimentos de mols ou iões através de espaços osmoticamente distintos separados por membranas!!
–> general principle of coupling by proticity (protonic analogue of electricity), not by direct chemical or physical contact between the redox and reversible ATPase systems

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12
Q

Postulados da hipótese quimiosmótica

A

1 - ATP sintase = ATPase quimiosmótico, reversível, loc. na membrana com estequiometria H+/P característica;

2 - Cadeias respiratórias/ fotossintéticas = sistemas locs. na membrana com estequiometria H+/2e- característica e mesma polaridade de translocação de H+ para a sua atividade redox normal que ATPase tem para hidrólise do ATP

3 - Há sistemas de transporte dependentes de H+ (ou de iões OH-) para estabilização osmótica e transporte de metabolitos;

4 - Todos estes locs. numa membrana isolante, top. fechada, que atua como barreira osmótica não aquosa com baixa permeabilidade para solutos em geral (H+ e OH- em particular) Ex: membrana mit. interna, membrana tilacóide nos cloroplastos, membrana plasmática das bactérias.

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13
Q

(postulado 2)

A

As membranas que fazem transdução de energia têm bombas de protões (que utiliza e-das oxidações/ é propulsionada por fotões (hv)) com a mesma orientação:

nos mit/ bacterias:
N (matriz) –> P (espaço intemembranar/exterior)
(nas bacterias: ciclo de transporte eletrónico)

nos tilacoides ao contrário! (Vai de fora para dentro, fluxo eletrónico ‘uphill’)

ATP sintase atua na direção da hidrólise do ATP, quando bombeia protões do lado N para o lado P.

!!A direcção de funcionamento do ATP sintase/ATPase depende do valor do gradiente electroquímico protónico

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14
Q

Hipótese quimiosmótica

A

energia de Gibbs libertada pelo transporte electrónico armazenada sob forma de diferença de potencial electroquímico (devida às diferentes [H+] nos dois lados da membrana mit interna)
(tirar H+ –> aumenta pH;
diferenças de pH e potencial eléctrico através da membrana = força condutora que puxa os H+ do espaço intermembranar novamente para a matriz)

A direção de funcionamento do ATP sintase/ATPase depende do valor do gradiente electroquímico protónico

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15
Q

Analogia circuitos protótipos e elétricos

A
  1. Ambos têm geradores de uma diferença de potencial (pilha/ cadeia resp)
  2. Ambos os potenciais expressos em mV
  3. Ambos os potenciais podem ser usados para fazer trabalho (luz/ síntese ATP)
  4. A corrente que flui em ambos os circuitos obedece à lei de Ohm (I = V/R ou I = VG) (! bio… há desvios..)
  5. A velocidade de conversão química na bateria (ou na cadeia respiratória) está fortemente ligada à corrente de eletrões (ou protões) que flui no resto do circuito, a qual por sua vez depende da resistência do circuito
  6. Ambos os circuitos podem ser curto-circuitados (protonóforos)
  7. Potenciais caiem quando a corrente aumenta (pq resistência interna na pilha/ cadeia de transporte el.)
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16
Q

Circuitos: 3 casos

A

A. Aberto

  • Sem fuga basal protões (ideal)
  • Sem síntese ATP
  • Corrente zero (não há respiração)
  • Potencial Δp máximo

B. Completo

  • Há síntese ATP (trabalho útil)
  • Corrente flui (há respiração)
  • Potencial Δp menor devido à resistência interna

C. Curto circuito

  • Energia dissipada
  • Potencial Δp baixo
  • Corrente (respiração) alta
17
Q

Circuito protónico na cadeia respiratória

A

Cadeia = 3 complexos que translocam H+:

  • em paralelo em relação ao circuito protónico
  • em série relativamente ao fluxo de eletrões

–> corrente protónica é a soma das correntes geradas em paralelo por cada um dos 3 complexos, mas cada complexo gera a força motriz protónica total

Tight coupling between electron flux and proton pumping in each respiratory chain complex => electron flux (and hence respiration) is in turn controlled by ATP demand, the phenomenon of respiratory control.

18
Q

Processos de transporte secundário acoplados ao circuito protónico

A

O circuito protónico também é usado:

  • Pelos transportadores de metabolitos;
  • Pelo nicotinamida nucleótido trans-hidrogenase ligado à energia que transfere eletrões do NADH para o NADP+;
  • Pela proteína desacopladora (UCP1) e/ou fuga de protões
  • Para a reciclagem de Na+ e Ca2+ através da membrana
19
Q

Testes para a hipótese quimiosmótica

A
  1. Cadeias de transporte el. da respiração e fotossíntese devem bombear protões.
  2. ATP sintase deve funcionar como ATPase translocador de H+ reversível.
  3. Membranas transdutoras de energia devem ter condutância protónica baixa.
  4. Membranas transdutoras de energia devem ter transportadores específicos –> permitir passagem de metabolitos (maiorit. aniónicos) e manutenção da estabilidade osmótica na presença de um potencial de membrana elevado e neg no seu interior
20
Q
  1. Cadeias de transporte el. da respiração e fotossíntese devem bombear protões.
A

Teste Mitchell & Moyle

Suspensão fracamente tamponada de mits
+ substrato oxidável (por ex. b-hidroxibutirato), deixa-se esgotar todo o O2

=> medições de variação de pH da suspensão.

A) Peq quantidade de O2 é adicionada –> respiração durante alguns segundos.
!pH da solução baixa brusc.
mudança de pH persiste uns minutos, muito depois de todo o O2 ter sido consumido.

B) + desacoplador: só peq. mudança de pH, volta rapid. ao valor original.

C) + detergente Triton X-100 (permeabiliza a membrana interna a H+). Respiração ainda ocorre mas deltapH= 0 pq perdeu integridade!
=> indica que H+ se originam na matriz, não num processo que provoca a produção de H+ (ex. hidrólise de lig éster)

em A): nº H+ que se move através da membrana pode ser calculada a partir de deltapH e relacionada com o nº de átomos de oxigénio consumidos. Aqui ~6H+ parecem ser translocados por átomo de hidrogénio consumido. MAS estimativa por baixo (sistema de transporte do fosfato/OH- dissipa parte do gradiente de pH!! Razões delta H+/O maiores quando se inibe este transportador!)

21
Q

Hipótese quimiosmótica e desacopladores: Protonóforos

A

são ácidos fracos hidrófobos –> difundem rel. livremente através da membrana

–> podem ser protonados de um lado da membrana, transportar esse H+ através da membrana e libertá-lo do outro lado! A mol não protonada difunde novamente através da membrana e repete-se…

=> desacopladores = agentes que aumentam permeabilidade da membrana aos H+ –> dissipam o gradiente electroquímico impedindo síntese do ATP

[Ex: tomar DNP para “perder peso” leva a morte, pq há atividade de ATPase mas libertação de calor pq não é feito trabalho útil]

22
Q

força motriz protónica

A

variações de potencial redox deltaEh –> transformadas numa força motriz protónica deltap –> transformada em energia de Gibbs para a síntese do ATP (potencial de fosforilação)

variação da energia de Gibbs = função do deslocamento em relação ao equilíbrio.

Há 2 forças que actuam num gradiente iónico através da membrana:

  1. devida ao gradiente de concentração do ião, deltapH
  2. devida à diferença de potencial eléctrico entre as duas fases aquosas separadas pela membrana = “potencial de membrana” deltapsi

!“potencial de membrana” = forma abreviada para dif de potencial electrico entre 2 compart. aquosos separados por uma membrana”

ir estudar fórmulas!!! Permite prever direção transporte

matriz: N, alcalino –> P, ácido: espaço intermembranar

Força motriz protónica deltap (mV) = - (deltamiuH+)/F (combina deltapsi e deltapH)

Mas?
deltapsi = diferença de potencial na faseP (final) - fase N (inicial);
deltapH = pH na fase P (intermembranar) – pH na fase N (matriz)

23
Q

Efeitos do gradiente protónico

A

deltap (mV) = deltapsi- 59 deltapH (a 25 °C )

Em mitocôndrios respirantes:

pH fora < pH dentro => delta pH neg!

transporte de H+ para fora da matriz –> superfície interna da membrana mit interna mais negativa (-)

=> exportação de H+ para fora da matriz (contra gradiente de H+) está associada a deltapsi positivo e é endergónico (deltaG > 0)

  • transporte para o exterior de um catião (+) –> processo endergónico
  • o transporte para o exterior de um anião (-) –> processo exergónico
24
Q

Quantificação da força motriz protónica- resultados

A

delta ~ 228 mV para mitocôndrios a respirar na ausência de síntese de ATP.

deltapsi consensual actualmente 168 mV para mitocôndrios de fígado (negativo na matriz).

pH na matriz é cerca de 0,5 unidades superior ao pH no espaço intermembranar.

25
Q

Como quantificar?

A

Métodos de distribuição de sondas

-deltapsi:
–sondas com carga pos, ex
Rb+/validomicina (para entrar na membrana)
metiltrifenilfosfónio (MTPP+), tetratrifenilfosfónio (TPP+)
[estes têm orbs pi dos anéis benzénicos –> escudos em rel. à carga –> aumentam hidrofobicidade–> passam membrana!]
–sondas fluorescentes: safranina [estrutura plana –> agregam –> diminui capacidade de absorver luz –> “quanching”]

  • deltapH:
  • -sondas hidrófobas que são ácidos/ bases fracas (ex metilamina), vão atingir eq. de acordo com deltapH
  • -3P-NMR (Medição direta da energia de ressonância do fosfato quando está protonado mas pouco sensível: necessita grandes quantidades de Pi e suspensões celulares )
  • -Green Fluorescence Protein (GFP), Red Fluorescence Protein (RFP) e Yellow Fluorescence Protein (YFP) sensíveis ao pH
26
Q

Fatores que controlam a contribuição de ∆ e deltapH para deltap

A

mits sem respirar
(a) a iniciação da respiração (b) leva a um ∆psi elevado e baixo ∆pH (capacitância elétrica da membrana muito baixa)

(c) + catião que atravessa membrana como o Ca2+ (existe um transportador para o efeito) —> começa a colapsar ∆psi => aumenta respiração –> aumento da saída de H+ –> aumento do ∆pH.
Se também presente ácido fraco permeável como o fosfato –>entra para mit com um H+ (por difusão sob a forma neutra), sendo que esta entrada é propulsionada pelo ∆pH (d)
–> neutralização do ∆pH => reestabelecido o ∆psi –> permite mais entrada de Ca2+.

27
Q

Corrente protónica (J H+) e condutância protónica (CM H+)

A

CM H+ = J H+/ delta
(JH+ é a corrente protónica por mg de proteína mitocondrial)

circuito elétrico: condutância = corrente que flui por unidade de diferença de potencial

–> semelhante para o circuito protónico –> determinar condutância protónica efetiva da membrana CMH+:

!!!!Para haver uma transdução eficiente de energia a condutância deverá ser o mais baixa possível

28
Q

Controlo respiratório e teoria quimiosmótica

A

controlo respiratório = retroinibição da cadeia de transporte el. pelo gradiente eletroquímico protónico por ela gerado:
Sem reacções para usar gradiente electroquímico –> vel de transferência electrónica baixa ~10x

Quando gradiente é colapsado por desacoplador–> o transporte electrónico à velocidade máxima sem controle!

Quando o gradiente aumenta, transporte electrónico torna-se mais difícil e lento. Ex criação de gradiente electroquímico artificialmente através da membrana interna –> parar completamente transporte electrónico normal + em algumas secções da cadeia há fluxo reverso.

!pequena diminuição deltap => grande aumento de respiração!

–> equilíbrio simples (TD) entre o deltaG devido ao bombeamento de protões ligado ao transporte el. e deltaG das reações redox do transporte eletrónico

valor do gradiente eletroquímico protónico (deltaµH+ ; deltap) afeta velocidade + direção do transporte eletrónico + direção de funcionamento do ATP sintase

Tight coupling between electron flux and proton pumping in each respiratory chain complex means that electron flux (and hence respiration) is in turn controlled by ATP demand = respiratory control

29
Q

Transporte eletrónico reverso

A

Chance, Klingenberg

Situação de quase equilíbrio (termodinâmico) no estado 4 entre deltap e variações de potencial redox nos complexos I e III: em dets condições estes segmentos da cadeia respiratória podem ter sentido de transporte eletrónico invertido (fluxo reverso) –> entrada de H+ para a matriz!!

!!!não se aplica ao Complexo IV, TD irreversível

2 formas de inverter:

  • gerar deltap através da hidrólise do ATP
  • usar fluxo de e- do succinato ou do cyt c para o O2 –> inverter a transferência de e- através do complexo I ou I e III respectivamente

–> envolve maioria do fluxo de e- para o O2 que gera deltap vs. pequena parte gasta energia sob a forma de deltap para reduzir NAD+.

Em condições óptimas em situações de anaerobiose/ situações de inibição do lado do O2 (antimicina) => , referida tmb como transferência de electrónica inversa anaeróbia

Condições fisio: o ATP sintase mit. não funciona como ATPase translocador de H+ (exceto em períodos de anóxia em que o ATP glicolítico pode ser usado para manter o deltap mit)

30
Q

Transporte eletrónico reverso e o circuito protónico propulsionado pela hidrólise do ATP

A

ATP sintase reversível, funciona na direção da síntese de ATP devido à formação contínua de deltap + uso do ATP pela cél

Se cadeia respiratória inibida + fornecido ATP ao mit –> ATPase => gera deltap comparável ao da cadeia respiratória!

!Circuito protónico deve completar-se: entrada de H+ novamente para a matriz => translocadores de H+ aceleram hidrólise do ATP + velocidade de respiração! –> atividade de ATPase estimulada por desacopladores!

Oligomicina –> distinguir como é originado o deltap

Evento dependente do deltap = insensível à oligomicina quando potencial é gerado pela respiração!
vs sensível quando deltap é produzido pela hidrólise do ATP. + inverso para evento dependente do ATP.

Medir deltap ou deltapsi:

  • mits geradores de ATP –> hiperpolarizam com oligomicina
  • mits cujo deltap depende da hidrólise do ATP–> despolarizam
31
Q

fluxo protónico –> síntese ATP

A

Protões que fluem na direção reversa (de volta para matriz) propulsionam síntese de ATP!

Provas: demonstrar que gradiente electroquímico protónico –> à formação de ATP SEM reacções da cadeia respiratória de transporte electrónico

  • Experiência do ‘banho ácido’ em cloroplastos, Jagendorf (1966)

Cloroplastos em solução ácida de succinato –> estroma e espaço do tilacoideacidificados.

O succinato apenas parcialmente dissociado a pH 4 –> passa membrana do tilacoide (também é impermeável)

Depois foram colocados em meio básico (pH 8) na presença de ADP e Pi

–> gradiente eletroquímico protónico => formação de ATP sem reações da cadeia!

  • Mits:
    incubar mits a pH 9 –> interior alcalino, depois baixar repentinamente pH do meio para 7 => gradiente de pH transiente

+ K+ e valinomicina (permite a passagem de K+ através da membrana) –> gradiente electroquímico cumulativo com a força que tende a puxar H+ para a matriz.

mits inicialmente + K+ sem valinomicina, depois colocados num meio semK + e tratados repentinamente com valinomicina. –> carga total neg dentro

=> artificially imposed electrochemical gradient can drive ATP synthesis without oxidizable substrate as electron donor!

Racker & Stoekenius (1974)
–> specific confirmation of the Mitchell hypothesis

bovine mitochondrial ATP synthase reconstituted in simple lipid vesicles with bacteriorhodopsin (light-driven proton pump)

Illumination –> bacteriorhodopsin pumped H+ into vesicles => proton gradient sufficient to drive ATP synthesis by the ATP synthase.

==> only2 kinds of proteins present: 1 that produced a H+ gradient and 1 that used such a gradient to make ATP

32
Q

Mecanismos de translocação de protões

A

Mecanismo do loop redox (Mitchell, 1966)

Mecanismo da bomba de H+ / bomba conformacional (Wikstroem, 1979)

–> os 2!

33
Q

Mecanismo do loop redox (Mitchell, 1966)

A

centros redox da cadeia respiratória (FMN, UQ, citocromos, Fe-S) dispostos na membrana –> redução envolve um centro redox aceitando sim. e- e H+ do lado da matriz da membrana. A reoxidação deste centro redox pelo seguinte envolveria libertação de H+ no lado cit da membrana e sim. transferência de e-novamente para lado da matriz –> fluxo de e- de um centro para o próximo iria resultar em translocação de H+ –> criação gradiente electroquímico.

!!!do loop redox exige que 1º transportador redox contenha + H+ no seu estado red que no seu estado ox e que o 2º transportador não tenha diferença entre o conteúdo de H+ no seu estado red e ox!!

FMN e Q funcionam como transportadores (H+ + e-), centros Fe-S e os citocromos funcionam como transportadores puros de e-
MAS: preciso 3º transportador X para 3º local de translocação –> não há!

==> Alterações ao mec do loop redox: Ciclo Q!
mas: limitado a razão H+/O=6 para cadeia desde o NADH até ao oxigénio.

34
Q

Loop redox ou bomba de protões? Estequiometria para a translocação de H+

A

CI: Bomba de protões (4H+/2e-)

CIII: Ciclo Q (2H+/2e-)

CIV: Bomba de protões (4H+/2e-)

Mas necessário transportar H+ para síntese ATP:
F0F1: 3;
+ para translocação ADP+PI para matriz: 1

=> Reação total:
NADH + H+ + 10 H+(N) + ½O2 –> NAD+ + 10 H+(P) + H2O

NADH: P/O = 10/4 = 2,5
succinato: P/O = 6/4 = 1,5

35
Q

Estrutura bombas H+

A

CI:
4 semicanais, abertos p/ lado N ou P; tmb alteração conformacional do eixo hidrófilo… importante K, E

CIII:
2 canais para translocação H+: D (é o proton pumping channel) e K, com ligs por H, cavidades para H2O…