Infectologia Flashcards
Qual o tratamento para HIV?
Adulto comum: TDF/3TC/DTG
TB + HIV s/gravidade: TDF/3TC/EFV
TB + HIV c/ gravidade: TDF/3TC/RAL
TDF: Tenofovir 3TC: Lamivudina DTG: Dolutegravir EFV: Enfuvirtida RAL: Raltegravir AZT: Zidovudina ABC: Abacavir ATV/r: Atazanavir NVP: Nevirapina
Qual a profilaxia pós exposição ao HIV para o público geral?
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 DIAS
Qual a profilaxia pós exposição ao HIV para gestantes?
Até 14 semanas: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Zidovudina (ATZ/r)
Após 14 semanas: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Raltegravir (a) (RAL)
/r: Ritonavir
Qual a profilaxia pós exposição ao HIV para crianças?
De 0 a 14 dias: Zidovudina (ATZ) + Lamivudina (3TC) + Nevirapina (NVP)
De 14 dias a 2 anos: Zidovudina (ATZ) + Lamivudina (3TC) + Lopinavir (LPV)
De 2 a 12 anos: Zidovudina (ATZ) + Lamivudina (3TC) + Raltegravir (RAL)
/r: Ritonavir
Qual o grupo etário mais acometido por toxocaríase (Larva migrans visceral)?
Em crianças por botar muito a mão na boca (coco de cachorro - chão - mão - boca).
Quais os órgãos mais acometidos pelo Toxocara canis, a síndrome mais comun e os principais achados?
Pulmão e fígado;
Síndrome de Loeffler (pneumonia eosinofílica); Granuloma eosinofílico, nódulos que parecem implantes/metastáses, urticária crônica.
Faz diagnóstico diferencial com Síndrome de Churg Strauss, uveíte e retinoblastoma.
Toxocaríase causa diarreia?
Não.
Além do pulmão e do fígado, a toxocaríase causa sintomas em qual outro órgão?
Olhos, podendo causar cegueira, estrabismo e parece tumor, papilite e descolamento de retina.
Como se faz o diagnóstico de toxocaríase (Larva migrans visceral) e o tratamento?
IgG para LMV por ELISA e exame oftamológico para Larva migrans ocular (LMO). Exame parasitológico de fezes (EPF) não serve porque o ciclo do parasito no humano não passa pelo intestino.
O tratamento é realizado com albendazol ou tiobendazol (melhor para parênquima). Caso seja muito grave, utilizar corticoide.
Qual o ciclo do parasita Strongyloides stercoiralis no corpo humano?
Mucosa - sangue - pulmão - esôfago - intestino - fêmea bota ovos - reinfeccao
Qual o tratamento para estrongiloidiase, que deve ser feito antes de se realizar imunossupressão?
Ivermectina ou ivermectina com albendazol.
Qual o sinal patognomônico e de auto infestação por Strongyloides stercoiralis? E qual o sinal patognômico de estrongiloidíase na forma severa?
Larva currens. Da forma grave, púrpura periumbilical.
Quais os principais órgãos acometidos pelo Strongyloides stercoiralis?
Pele, pulmão (Síndrome de Loeffer) e intestino.
Quais os principais achados/características da forma grave de estrongiloidíase?
Púrpura periumblical, favorecimento de translocação bacteriana, desvio a esquerda e eosinopenia
Método diagnóstico e achado específico de estrongiloidíase:
Exame parasitológico de fezes com método de Baermann-Moraes e forma rabditóide.
Qual o tratamento medicamentoso profilático em caso de violência sexual?
1 - Penicilina G Benzatina contra sífilis
2 - Ceftriaxone contra gonorréia
3 - Azitromicina contra clamidiose e cancro mole
4 - Metronidazol contra tricomoníase
5 - Iniciar ou completar esquema de vacinação contra Hepatite B caso a paciente não seja corretamente imunizada
6 - Imunoglobulina para Hepatite B caso a paciente não tenha iniciado o esquema de vacinação contra hepatite B ou este esteja incompleto
7 - Até 72 horas: Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 DIAS para profilaxia contra HIV
Quais os marcadores sorológicos na hepatite B e o que cada um indica?
1 - HBsAg: indica a presença do vírus podendo ser uma hepatite aguda ou crônica
2 - Anti HBc: é um importante marcador podendo ser o único positivo no período de janela imunológica. Se negativo, o paciente nunca teve contato com o vírus e se positivo o contato pode ser agudo (IgM) ou crônico (IgG);
3 - Anti-HBs: quando presente representa cura se o antiHBc for positivo ou vacinação se o Anti HBc for negativo
4 - HBeAg: reflete a replicação viral ou seja, sua infectividade
Quais as características do Sinal de Romanã, típico da doença de Chagas em fase aguda?
Edema unilateral indolor das pálpebras e tecidos perioculares que pode estar acompanhado de linfadenopatia, mal estar, febre e outras manifestações.
Como é caracterizada a leishmaniose visceral aguda (ou Calazar)?
Febre prolongada associada a caquexia, hipoalbuminemia, hepatoesplenomegalia com hipergamaglobulinemia, plenitude pós prandial, citopenias (pantopenias).
Comumente: nefrite, infecção bacteriana associada, linfohistiocitose hemofagocítica
5 parasitas do mnemônico SANTA que causam Síndrome de Loeffer:
Strongyloides stercoralis (Estrongiloidíase) Ancylostoma duodenale (Ancilostomíase) Necator americanus (Ancilostomíase) Toxocara canis (Toxocaríase) Ascaris lumbricoides (Ascaridíase)
Quais vermes causam anemia ferropriva?
Necator americanus
Ancylostoma duodenale
Trichuris trichiura
Qual o exame diagnóstico de ancilostomíase e ascaridíase?
Exame parasitológico de fezes - Método de Kato-Katz (principal) ou Método de Willis
Qual o tratamento para ancilostomíase?
Albendazol (1° linha)
Mebendazol e pamoato de pirantel
IVERMECTINA NÃO
Qual a forma de infecção pelo Ascaris lumbricoides?
Contato oral/consumo de água, alimentos e objetos infectados
Quais são as fases da infecção por Ascaris lumbricoides (Ascaridíase)?
Fase inicial (4 - 16 dias): Pulmonar - Síndrome de Loeffer (pode ter hemoptise leve)
Fase tardia (>6 meses): Intestinal - Sintomas gastrointestinais inespecíficos; complicações: obstrução intestinal, APENDICITE, desnutrição, envolvimento hepatobiliar e pancreático
Qual o tratamento para ascardíase?
Piperazina (bloqueio muscular do parasita) + óleo mineral;
Sonda nasogástrica;
Reposição hidroeletrolítica;
APÓS ISSO, albendazol.
Qual a caracterização de regiôes geográficas mais susceptíveis a infecções por Tenia solium?
Lugares onde há grande quantidade de porcos, como zonas rurais, periurbanas e com saneamento básico precário.
Qual a forma de infecção por Tenia solium?
Teníase precisa comer o cisticerco
Cisticercose eu preciso comer o cisticerco e posteriormente larva furar meu intestino
Como é feito o diagnóstico de cisticercose?
Suspeição: Manifestação clínica + história epidemiológica
Exame de neuroimagem
Oftalmoscopia para cisticercose ocular
Sorologia
Radiografia de coxa (cisticerco se aloja muito na coxa)
Qual o tratamento para cisticercose?
Primeiro pedir fundoscopia
Para uso de corticoides: pesquisar estrongiloidíase e TB
Não trate antes de resolver os problemas neurológicos
1 - ALBENDAZOL para lesão limitada;
2 - ALBENDAZOL E PRAZIQUANTEL para lesões difusas;
Para todos - Anticonvulsionantes e corticoides
Quais sinais e sintomas devem estar presentes para submeter o paciente a um rastreio de sepse?
1 - Clínicos: tem baixa especificade - fonte infecciosa, hipotensão arterial, taquipneia, redução do nível de consciência etc
2 - Laboratoriais: tem baixa especifidade - Hipoxemia, hiperglicemia, hiperbilirrubinemia, PCR etc
3 - Radiológicos: Sinais de infecção!!
4 - Microbiológico: Cerca 50% dos casos de sepse não tem evidência de bacteremia
Não há necessidade de sinais e sintomas específicos para diagnosticar. É probabilístico!
Definição de infecção, bacteremia, septicemia, sepse, sepse grave e choque séptico:
1 - Infecção: Invasão de microorganismos em tecidos
2 - Bacteremia: Presença de bactérias viáveis no sangue; hemocultura positiva
3 - Disfunção orgânica múltipla: Anormalidades progressivas de parâmetros de órgãos múltiplos
4 - Sepse: Infecção + SIRS (1992) // Infecção + SOFA+
5 - Sepse grave: Sepse + disfunção orgânica (1992) // Redundante p/ SOFA
6 - Choque séptico: Sepse + necessidade de vasopressores mesmo com infusão de volume (1992) + hiperlactatemia (>2 mmol/L ou 18 mg/dL) [SOFA]
O termo septicemia não é mais usado.
Critérios do SIRS (Síndrome da resposta inflamatória sistêmica) - 1992:
1 - TAX > 38°C ou <36°C
2 - FC > 90 bpm
3 - FR > 20 irpm ou PaCO2 < 32 mmHg
4 - Leucocitose > 12.000 ou Leucopenia < 4.000 ou formas imaturas > 10% no sangue periférico
Como utilizar o SOFA e o quickSOFA?
SOFA no CTI com aumento de score 2 QuickSOFA fora do CTI. Critérios (precisa de pelo menos 2): 1 - FR > 22 irpm 2 - Glasgow < 15 3 - PAS < 100 mmHg
Quais são os critérios do quickSOFA?
Pelo menos 2 para dar positivo:
1 - FR > 22 irpm
2 - Glasgow < 15
3 - PAS < 100 mmHg
Qual biomarcador podemos utilizar para fechar diagnóstico de uma infecção bacteriana (biomarcador elevado) e para saber quando interromper o antibiótico (biomarcador baixo)?
Procalcitonina (PCT)
Como deve ser feita a hidratação venosa para sepse?
Cristaloides: 30 mL/kg durante 3hrs (2L para 70 Kg +/-) em bolus de 500 mL como avaliação clínica constante
Critérios de parada:
1 - Pressão e perfusão boas;
2 - Edema pulmonar;
3 - Fluidorresponsividade ausente.
Quais os passos para estabelecer a antibiótico terapia na sepse?
1 - Identificação do foco infeccioso;
2 - Tempo de início: DENTRO DA 1° HORA;
3 - Regime de escolha: Terapia empírica e de amplo espectro (comumente VANCOMICINA e CEFTRIAXONE) via endovenosa;
4 - Tempo de adm.: 7 a 10 dias - avaliação procalcitonina
Quais as bactérias “causadoras” de sepse mais frequentes?
1 - E. coli
2 - S. aureus
3 - Klebsiella pneumoniae
4 - S. pneumoniae
Antibióticoterapia na sepse:
1 - MRSA: Vancomicina, Daptomicina, Linezolida.
2 - Pseudomonas improvável: Cefalosporina 3ª ou 4ª geração, Beta-lactâmicos, carbapenêmico
3 - Pseudomonas provável (terapia combinada)
Cefalosporina,carbapenêmico, Beta-lactâmico, fluoroquinolona, aminoglicosídeo com atividade antipseudomônica.
4 - Gram negativo NÃO pseudomonas Cefalosporina de 3ª ou 4ª geração, Beta-lactâmico, carbapenêmico.
Qual deve ser a prescrição nos casos de sepse?
1 - Nutrição enteral precoce - cateter nasoenteral em menos de 48h - Não fazer nutrição parenteral;
2 - Omeprazol/pantoprazol em quem tiver fator de risco (coagulopatia, VM > 48hrs, HD no último ano, trauma grave, CTI > 7 dias, corticoterapia, sangramento GI);
3 - Profilaxia TVP - mecânica e medicamentosa (Heparina BPM - CLEXANE 40 MG);
4 - Controle glicêmico (Insulina para glicemia > 180 - gasometria é melhor que glicemia capilar);
5 - Hemodiálise em caso de: hipervolemia, hipercalemia, acidose metabólica (refratárias), sinais de uremia, intoxicações;
6 - Bicarbonato SOMENTE SE pH < 7,15;
7 - Hemoconcentrado quando Hb < 7g/dL e plaquetas caso < 50, 20, 10k
Quais sinais de fluidorresponsividade?
PAM > 65/70 mmHg
PVC entre 8 a 12 mmHg
ScvO2 > 70%
Na sepse, qual droga deve ser iniciada em caso de hipotensão refratária a ressucitação volumétrica?
1° linha - Norepinefrina
2° linha - (pós nora) - vasopressina ou epinefrina
3° linha - Dopamina, dobutamina e fenilefrina
O que precisa estar presente para o diagnóstico sindrômico de doença exantemática febril?
Exantema maculopapular e febre.
Exantema - pele
Enantema - mucosa
Qual a causa do exantema quando ele não some com digitopressão?
Hemorrágico, chamado de exantema petequial ou purpúrico.
Qual o principal diagnóstico diferencial de arboviroses e qual o sinal patognomônico?
Sarampo; Sinal de Kopilk (enantema - hiperemia mucosa)
Qual o sinal diferencial da infecção por Rubivírus?
Exantema maculopapular e puntiforme centrífugo (difusão axial para a periferia).
Escarlatina por Streptococcus pyogenes
Faringoamigdalite, febre alta, exantema puntiforme, pele áspera, sinal de Filatov (Hiperemia em regiões de dobra), sinal de Pastia (palidez perioral) e língua em fambroesa.
Swab orofaríngeo e antibioticoterapia.
Quais as características clínicas que diferenciam a mononucleose infecciosa por Epstein-Barr?
Febre mais demorada associada a amigdalite; exantema associada a antibioticoterapia
Eritema infeccioso por Parbovírus B19
Exantema em “vespertilho” - fácies esbofeteada
Varicela-Zoster
Rash craniocaudal, papulovesicular, afecção de dermátomos.
Tratamento com aciclovir e cremes tópicos. Prevenção com vacina
Dengue (Flavírus - DENV 1, 2 [mais virulento], 3 e 4 (pouco comuns))
Febre alta com cefaleia retrorbitária e prova do laço positiva (petéquias pós compressão)
Tratamento com hidratação + sintomáticos
Chikungunya (Alphavirus)
Febre alta, poliartralgia ou artrite intensa de grandes articulações, exantema malucopapular, flogose
Tratamento com hidratação + sintomáticos (não diferente da dengue por inespecifidade diagnóstica)
Zika (Flavivirus)
Febre baixa, exantema maculopapular PRURIGINOSO, hiperemia conjuntiva não purulenta, edema periarticular.
Tratamento com hidratação + anti histamínicos + sintomáticos (não diferente da dengue por inespecifidade diagnóstica)
O uso de AINEs é AAS é permitido em arboviroses?
Não, pois caso seja dengue o risco de hemorragia é aumentado.
Quais são os sinais de alarme da dengue hemorrágica?
SINAIS DE CHOQUE + Lipotimia, hipotensão postural, agitação ou letargia, derrame cavitário (ascite, derrame pleural, pericardite), vômitos persistentes, hepatomegalia dolorosa, sangramento de mucosas, aumento repentino de hematócrito.
Pressão arterial convergente (PAS = PAD - 2)
Como é feita a prova do laço?
1 - Definir pressão média (PAS + PAD/2);
2 - Manguito em pressão média por 5 min (adulto) ou 3 min (criança);
3 - Desenhar quadrado de 2,5 x 2,5
4 - 20 ou mais petéquias dentro = positividade
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de dengue hemorrágico?
1 - Idade < 11 anos
2 - Exposição anterior a outro vírus de dengue
3 - Melhor nutrição
4 - Fatores genéticos
Diagnóstico de Zika na gravidez
1 - Sintomática < 12 semanas: PCR; IGM - sangue ou urina
2 - Assintomática com história epidemiológica e sexual de risco: PCR 3 vezes durante a gravidez (1°, 2° e 3° tri)
Craniometria para diagnóstico de microcefalia:
33 semanas < 28 cm
42 semanas < 33 cm
+ Infecção de Zika suspeita
Mosquito transmissor da Leishmania sp
Flebotomíneos - Lutzomya longipalpis
Bota promastigotas -> amastigota (no macrófago)
Quais as regiões mais comuns de apresentação de lesão de leishmaniose cutânea localizada e qual a ordem cronológica da lesão.
Lesões em locais expostos pode aparecer meses após o contágio;
Pápula rosa -> nódulo ou “placa like” com região central amolecida -> úlcera indolor com borda endurecida -> pode ou não ter escara hiperceratótica ou fibrina amarelo esbranquiçada.
Padrão de lesão da leishmaniose cutânea difusa
Lesão única que NÃO ULCERA e pode disseminar para outras regiões.
Leishmaníose mucosa
Clássico: destruição de mucosas, dor, destruição mucosa extensa e poucos parasitas com muita reação inflamatória
Histopatológico de leishmaniose cutânea
Amastigota;
Outros: cultura, PCR
Tratamento para leishmaniose cutânea e visceral
Antimônio pentavalente
Anfotericina B
Pentamidina
Paromixina
Principal agente etiológico da leishmania visceral
Leishmania infantum
Exame diagnóstico para leishmaniose visceral/calazar
Histologia (ver amastigota), cultura (parasita isolado in vivo), PCR, sorologia - ASPIRADO DE MEDULA ÓSSEA
Qual o agente etiológico da malária?
Plasmodium
Tipos:
1 - Plasmodium vivax (MAIS COMUM NO BRASIL);
2 - Plasmodium falciparum (incubação de 7 a 30 dias);
Plasmodium malariae; Plasmodium ovale.
A anemia hemolítica causada por plasmodium falciparum causa reticulocitose?
Muitas vezes não
Quais os sinais laboratoriais de malária por Plasmodium falciparum?
Aumento da bilirrubina indireta, ausência de reticulocitose, aumento de LDH, aumento da incidência de coagulopatia difusa, plaquetopenia.
Qual o tipo de Plasmodium que pode desencadear o início de um quadro de malária tempos depois da infecção?
Plasmodium falciparum, devido à deposição de hipnozoitos no fígado que podem eclodir posteriormente.
Quais os tipos de apresentação clínica da malária (lembrando que os sinais e sintomas são progressivos)?
1 - Forma não complicada: sem disfunção de órgão vital; clínica pouco específica; FEBRE TERÇÃ: febre a cada 48hrs; mialgia em músculos dorsais, organomegalia (principalmente esplenomegalia)
2 - Forma complicada (falciparum e vivax, principalmente): Disfunção de órgão vital.
3 - Forma muito complicada (falciparum): encefalopatia e delirium; síndrome do desconforto respiratório agudo; acidose metabólica, colapso circulatório, hemoglobinúria, CIVD (coagulopatia intravascular disseminada), hipoglicemia
4 -
Qual a espécie e o subtipo importante de patógeno causador de leptospirose para gravar?
Leptospira interrogans
Leptospira icterohemorragea
Qual o período de tempo após a infecção no qual os sintomas de leptospirose aparecem?
De 2 a 26 dias (média de 10 dias)
Quais são as fases clínicas da leptospirose?
1 fase (fase bactéria): bacteremia com pico febril com melhora posterior da febre.
2 febre (fase imunológica): Pode haver leptospira na urina, mas não no sangue
Quais as manifestações clínicas mais comuns da leptospirose?
Febre, rigidez, MIALGIA (PRINCIPALMENTE EM PANTURRILHA), SUFUSÃO CONJUNTIVAL.
Qual a apresentação clínica da Doença de Weil, ou leptospirose icterohemorrágica?
1 - Icterícia rubínica (alaranjada);
2 - Fenômenos hemorrágicos;
3 - Lesão renal aguda não oligúrica COM K+ BAIXO (hipocalemia);
Quais são as etapas para o diagnóstico de leptospirose?
1 - Suspeita epidemiológico e clínica;
2 - Alterações inespecíficas;
3 - Achados laboratoriais:
- Trombocitopenia
- Bilirrubina elevada
- Leucocitose com possível desvio à esquerda
- Aumento de CPK; também aldolase, TGO e TGP
- Hiponatremia e hipocalemia
- EAS alterado
4 - Exames específicos: Sorologia (IgM), hemocultura/urinocultura, detecção Ag, teste molecular (PCR)
Tratamento de primeira linha para leptospirose:
Doxiciclina
Segunda linha: penicilina, ceftriaxone
Diagnóstico de gripe (influenza):
Síndrome respiratório comum de início súbito; HISTÓRIA EPIDEMIOLÓGICA; sintomas inespecíficos;
Grande diferenciador: Infiltrado reticulonodular bilateral; se houver pneumonia bacteriana: consolidação
Na dúvida entre viral e bacteriana: TRATAR PARA AS DUAS
Testes diagnósticos para gripe (influenza):
1 - Teste molecular;
2 - Teste rápido para antígeno;
3 - Cultura viral;
Como deve ser feito o tratamento para gripe (influenza)? Além do sintomático sem AAS, claro
Critério para o início do tratamento: início dos sintomas em até 48hrs, gripe complicada, pacientes de alto risco:
OSELTAMAVIR (1 escolha), Zanamavir, Peramavir (IV)
Dose de oseltamavir: 75 mg VO 12/12h por 5 dias
Em caso de resistência: Baloxavir
Principais vírus causadores de encefalite
- Herpes simples tipo 1 - ACICLOVIR 10 mg/kg IV 8/8hrs
- Arbovírus
- Vírus da raiva
- Enterovírus
- Sarampo
Outros vários
Características sugestivas de encefalite viral
- Parotidite com alteração neurológica - vírus da caxumba (Paramyxoviridae)
- Paralisia flácida
- Hidrofobia, espamo laríngeo, hiperatividade (vírus da raiva)
- Vesículas em dermátomo (herpes zoster)
Exames complementares para encefalite
- Punção lombar: básico, PCR (vírus suspeito) e cultura
- Imagem de crânio - desmilienização?
- EEG
- Sorologia do sangue
Bactérias mais comuns causadoras de meningite
- Streptocccus pneumoniae: infecção bacteriana anterior (otite média e sinusite), imunodeprimidos, alcoolismo, contato com infectado
- Neisseria meningitidis: casa com aglomeração, má nutrição, viagem recente, RASH CUTÂNEO
- Listeria monocytogenes: alcoolismo
- Haemophilus influenzae B: HIV+, esplenectomia
- Staphylococcus aureus: neurocirurgia, TCE, endocardite, ACESSO VENOSO CONTAMINADO
- E. coli: alcoolismo, idade avançada
- Bacilos gram negativos: idade avançada, neurocirugia
Contraindicação para punção lombar em meningoencefalites
- Hipertensão intracaniana
- Trombocitopenia ou diátese hemorrágica
- Suspeita de abcesso epidural
Tratamento para meningite bacteriana
Considerar alergias, imunossupressão (germes atípicos), uso de ATB recente - TRATAMENTO SEMPRE IV
- Cefalosporinas de 3 geração (beta lactâmicos) [cefepime] + vancomicina
Por idade:
< 1 mês: ampicilina + aminoglicosídeo OU cefotaxima
1 mês a 50 anos: vancomicina + cefalosporina de 3
> 50 anos: vancomicina + ampicilina + cefalosporina de 3
Imunocomprometido: vancomicina + ampicilina + cefepime ou vancomicina + meropenem
+ corticoide
Manifestações sistêmicas em acidente botrópicos
Gengivorragia, hematúria, hematêmese, equimoses, hemorragia cavitária
Proflaxia vacinal em exposição em risco de exposição ao vírus da raiva
- Harrison: D0, D3, D7, D14
- Ministério da Saúde: D0, D7 e D28
Sintoma mais comum por uso de isoniazida (esquema terapêutica para tuberculose) e tratamento
Neuropatia periférica (parestesia, principalmente); REPOSIÇÃO DE VITAMINA B6
Antibiótico para Clostridium difficile em colite pseudomembranosa
Metronidazol
Síndrome caracterizada por insuficiência adrenal aguda na meningococcemia
Síndrome de Waterhouse-Friderichsen
Diferenciação nas formas de aquisição de endocardite infecciosa
- Endocardite associado aos cuidados de saúde
- Endocardite adquirida na comunidade (EAC) (até 2 dias de internação
Fatores de risco para endocardite infecciosa
- Sexo masculino; idade > 60
- Fatores de risco cardíaco
- Hemodiálise crônica; uso de droga IV
- Dentição ruim
- Infecção por HIV; doença cardíaca estrutural
Principais agentes etiológicos de endocardite
- S. aureus: 32%.
- Streptococcus viridans: 18%.
- Enterococos: 11%.
- S. coagulase-negativos: 11%.
- Streptococcus gallolyticus ou bovis: 7%.
- Outros estreptococos: 5%.
- Bactérias Gram- negativas: 2%.
- Fungos: 2%.
- HACEK: 2%.
Classificação de endocardite
- Endocardite bacteriana ou fúngica
- Endocardite aguda (<30d) ou subaguda/crônica (>30d)
- Envolvimento valvar (válvula nativa ou por prótese)
- Lado do coração
Clínica da endocardite infecciosa
- Febre (pode ser ausente na subaguda)
- VHS aumentada
- Anorexia, perda de peso, sudorese noturna
- Sintomas articulares proximais e mialgia (20%)
- **- Sopros cardíacos (regugirtação mitral ou aórtica) (85%)
- Abcesso cardíaco (bradiarritmias)
- **- Petéquias, baqueteamento digital (Clubbing), manchas de Splinter (hemorragia em lasca), lesões de Janeway (máculas nas palmas e solas). nódulos de Osler (nódulos dolorosos em mãos e pés), manchas de Roth (na retina)
- Embolias sistêmicas (encefálicas, periféricas, renal, mesentérica etc)
Diagnóstico de endocardite infecciosa
- Clínica
- Hemocultura (3 sets)
- Ecocardiograma; ECG
- Radiografia; tomografia
Critérios maiores e menores para diagnóstico de endocardite infecciosa
- EI definida: 2M ou 1M + 3m ou 5m
- EI possível: 1M+1m ou 3m
- EI rejeitada: não inclui ai em cima
- Maiores: Hemocultura (germes típicos em duas amostras ou raros - Coxiella burnetti) e ECO positivo
- Menores: 5 F’s => Fator de risco, Febre, Fenômenos vasculares, Fenômenos imunológicos, Faltou uma hemocultura
Meningoencefalites virais: padrões por vírus + tratamento
- Herpes vírus: Lobo temporal
- Varicela zoster: lesões multifocais/infartos/desmielinização
- Citomegalovírus: aumento de sinal periventricular
ACICLOVIR 10 mg/kg 8/8h 14-21d
Abcessos cerebrais
- Cerebrite: 2 primeiras semanas
- Necrose lifequativa com cápsula: >2 semanas
Disseminação: - streptococcus ou staphylococcus
- Hematogênica (60%) - múltiplos focos em região de ACM - infecções gerais
- Direta (20%) - abcesso único - otite média crônica, mastoidite (temporal/occipital), infecção odontogênica, sinusite (frontal), neurocirurgia
Tratamento empírico da endocardite infecciosa aguda
VANCO + GENTA + ALGUMA COISA
- Válvula nativa: vancomicina + gentamicina (com ou sem ceftriaxone):
Vancomicina: 15 mg/kg IV de 12/12 h (máximo de 1 g de 12/12 h), durante 4 a 6 semanas (monitorizar
os níveis séricos).
Gentamicina: 1 mg/kg/dose de 8/8 h, durante 3 semanas.
– Válvula protética precoce: vancomicina + cefepime + gentamicina:
Vancomicina: 15 mg/kg IV de 12/12 h (máximo de 1 g de 12/12 h), durante 4 a 6 semanas (monitorizar
os níveis séricos).
Cefepime: 2 g IV 12/12 h ou 8/8 h (se infecção muito grave).
Gentamicina: 1 mg/kg/dose de 8/8 h, durante 2 semanas.
– Válvula protética tardia: vancomicina + ceftriaxona + gentamicina:
Vancomicina: 15 mg/kg IV de 12/12 h (máximo de 1 g de 12/12 h), durante 4 a 6 semanas (monitorizar
os níveis séricos).
Ceftriaxona: 1 g IV 12/12 h.
Gentamicina: 1 mg/kg/dose de 8/8 h, durante 2 semanas.
Clínica de abcessos cerebrais
CEFALEIA bem localizada, febre e déficit focal
Alteração do status mental, vômito
Melhores antibióticos p abcessos cerebrais
- Penicilina G cristalina; metronidazol; ceftriaxone (otites e sinusites);
- Ceftiazidima; cefepime; meropenem (neurocirugia/PSEUDOMONAS);
- Vancomicina (trauma/neurocirurgia)
4 - 8 semanas
NÃO UTILIZAR: os que não penetram bem BHE
Terapía empírica para abcessos cerebrais
CORTICOIDE somente com efeito de massa
- Hematogênico: vancomicina ou oxaciclina
- Neurocirugia: Vancomicina + ceftazidima//cefepime//meropenem//imipenem
- Trauma: Vancomicina + Ceftriaxone//Cefotaxime//Cefepime//Metronidazol(em caso de seio da face)
- Fonte desconhecida: Vancomicina + Ceftriaxone + Metronidazol
Clínica de Coqueluche por Bordetella pertussis
Coriza, paroxismos de tosse seca, comprometimento tranqueobrônquico
Febre maculosa brasileira por Rickettsia rickettsii
- Picada carrapato Amblyomma com bactéria Rickettsia rickettsii
- Insuficiências renal e hepática aguda, déficits neurológicos
- Tratamento: Clorafenicol ou doxiciclina
Difteria por Corynebacterium diphteriae
- Faringoamigdalite aguda, orofaringe com placas pseudomembranosas branco acinzentadas
- Corynebacterium diphteriae
- Tratamento: soro antidiftérico, hidratação e antibioticoterapia
Teste rápido para dengue de 3 a 5 dias de sintomas
Teste NS1 (antígeno viral não estrutural 1)
Marcadores na hepatite B
- HBsAg é o primeiro marcador a se elevar na infecção pelo HBV;
- Anti-HBs é o único anticorpo que é capaz de oferecer imunidade ao vírus B, sendo considerado um indicador de cura ou imunidade;
- Anti-HBc IgM é um marcador de infecção recente
- Anti-HBc IgG é capaz de indicar contato prévio com o vírus;
- HBeAg é um marcador de replicação viral;
- Anti-HBe surge após desaparecimento do HBeAg, indicando fim da fase replicativa
Tratamento de metahemoglobinemia por uso de dapsona na hanseníase
Azul de metileno
Colite pseudomembranosa
- Clostridium difficile
- Metronidazol ou vancomicina ORAL
Bactérias de pneumonia bacteriana muito frequentes em diabéticos e etilistas
Klebsiella pneumoniae
Staphylococcus aureus
Tratamento para escabiose
1 - Permetrina tópica
2 - Ivermectina oral (só mata insetos adultos, não lêndeas)
Tratamento de pancreatite aguda grave com necrose infectada
- Carbapenêmicos ou quinolonas e metronidazol (Imipenem, meropenem etc)
- A maioria das infecções (cerca de 75%) são monomicrobianas com derivados de organismos do intestino (por exemplo, Escherichia coli, Pseudomonas, Klebsiella, Enterococcus e)
Como é a imunização para tétano em caso de acidentes expostos?
- Desconhecida ou < 3 doses de vacina: completar esquema vacinal + soro ou imunogloblulina em locais diferentes
- Vacinado < 5 anos: cuidados locais
- Vacinado 5-10 anos: Dose de reforço da vacina
- Vacinado > 10 anos Duas doses de reforço da vacina
O que é o sinal de Faget?
Presença de febre sem taquicardia. Comum em patologias infecciosas como febre tifóide e febre amarela
Vacinas necessárias para cobertura do saramapo
Ao menos duas (sarampo sozinha e/ou tríplice viral)
Indicação de quimioprofilaxia para influenza
- Pessoas com risco elevado de complicações não vacinadas ou vacinadas há menos de duas semanas, após exposição a caso suspeito ou confirmado de influenza
- Crianças com menos de 9 anos de idade, primo-vacinadas, que necessitem de uma 2a dose de vacina com intervalo de 1 mês para serem consideradas vacinadas
- Imunossuprimidas
- Profissionais de saúde