Cardiologia Flashcards

1
Q

Contraindicações à utilização de trombolítico no IAM com supra de ST

A

Absolutas:

1 - Sangramento intracraniano prévio
2 - AVE isquêmico ou trauma importante de cabeça/rosto nos últimos 3 meses
3 - Neoplasia no SNC ou vascular
4 - Sangramento ativo ou diátese hemorrágica
5 - Suspeita de disecção aórtica

Relativas:

  • AVE isquêmico > 3 meses, gravidez, uso de antagonista da vitamina K, sangramento interno recente, RCP ou cirurgia < 3 semanas, HAS descontrolada (PAS > 180 mmHg), úlcera péptica, uso de estreptoquinase (somente se for usar estrepto)
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2
Q

Critérios de melhora pós valvuloplastia percutânea

A

1 - Aumento da área valvar
2 - Diminuição do gradiente MÁXIMO AE-VE
3 - Diminuição do gradiente MÉDIO AE-VE

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3
Q

Alterações cronológicas no ECG por hipercalemia

A
1 - Onda T apiculada
2 - Depressão do ST
3 - Diminuição da amplitude de R
4 - Prolongamento PR
5 - Onda P diminuída, alargamento do QRS e alargamento QT
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4
Q

Trombolítico para embolia pulmonar maciça com instabilidade hemodinâmica

A

Estreptoquinase

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5
Q

Disfunção mais comum responsável por ICC

A

Disfunção sistólica de VE

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6
Q

Patologia de base da endocardite de Libman-Sacks

A

Lúpus eritematoso sistêmico (LES)

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7
Q

Classificação de Vaughan Williams (antiarritmicos bloqueadores dos canais de Ca)

A
  • Classe Ia: Quinidina
  • Classe Ib: Lidocaína
  • Classe II: Esmolol (betabloqueadores)
  • Classe III: Amiodarona (bloqueadores do canal de potássio)
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8
Q

Qual a abordagem para IAM?

A

1 - MOV: Monitorização, oxigênio (se SaO2 < 92%) e acesso venoso
2 - Anti isquemia-angina: Morfina (não usar em infarto de VD), nitrato SL (se PA alta/NÃO EM VD), beta bloqueador (metoprolol) ou iECA (preferível em SUPRA)
3 - Anti trombose/anti plaq: AAS/Clopidogrel e heparina/heparina não fracionada
4 - Estatina
- MONABEEC: Morfina, oxigênio, nitrato, AAS, betabloq/IECA, enoxaparina, estatina, clopidogrel

  • Critérios para trombólise em IAMCSST: supra > 1mm em duas derivações ou BRE novo
  • Sem trombólise no IAMSSST - somente cateterismo + angioplastia se o paciente for de alto risco (até 24/48h)
  • Em caso de sangramento na trombólise: administrar crioprecipitado e plasma
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9
Q

Critérios de reperfusão pós trombólise

A
  • Redução de 50% do maior supra
  • Pico precoce de CK-MB em 8-12h
  • Arritmia de reperfusão (RIVA: ritmo idio-ventricular acelerado)
  • Melhora da dor
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10
Q

Escala de TIMI

A
1 - Idade ≥ 65 anos
2 - ≥ 3 fatores de risco para DAC
3 - Coronariopatia conhecida com obstrução ≥ 50%
4 - Uso de AAS últimos 7 dias
5 - Angina instável nas últimas 24h
6 - Enzimas cardíacas positivas
7 - InfraST ≥ 0,5mm
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11
Q

Síndrome de Wolff-Parkinson-White

A
  • Pré excitação ventricular por existência de via acessória no ventrículo (Taquicardia reentrante átrio-ventricular/Fibrilação atrial com pré excitação ventricular/Fibrilação ventricular)
  • Onda delta entre P e Q (empastamento do QRS)
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12
Q

Qual a definição de emergência hipertensiva?

A
  • PAS > 180 e PAD > 120 com lesão de órgão álvo/sintomático
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13
Q

Emergências hipertensivas

A
  • Baixar PA em 10% na 1°h e 10-15% nas próximas
  • Nitroprussiato de sódio ou nitroglicerina em coronariopatas
  • Hiperatividade simpática: fentolamina ou nitroprussiato
  • Disecção aórtica: PAS 100-120 em 20 min (betabloq + nipride)
  • Em AVEi: Diminuir para < 185/110 ou em caso de ir p reperfusão (labetalol ou nicardipina ou nipride)
  • Dano renal: Nefroesclerose hipertensiva (tto com fenoldopam//os outros diminuem perfusão renal)
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14
Q

Como deve ser feito o manejo de fluídos nos choques

A

Acrônimo SOSD:

  • S(alvage): Doente muito chocado - 1.500 mL (20-30 ml/Kg) aos poucos (ver condição clínica)
  • O(ptimization): Fora de risco imediato após avaliação do motivo do choque - 250 - 500 mL de fluído se necessário
  • S(tabilization): Somente equilibrar balanço - Não atrapalhar processo com paciente estável
  • D(escalonation): Causa do choque revertida, desmame de drogas e NEGATIVAR balanço hídrico
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15
Q

Qual a indicação de se utilizar colóides (albumina)?

A
  • Profilaxia de síndrome hepatorrenal com PBE (peritonite bacteriana espontânea)
  • Ascite com retirada > 5L (volume pra 5L + excedente)
    => Prescrição: 10g/frasco (50 ml a 20%) :
    => PBE: 1° dia: 1,5 g/kg (10 frascos) //3° dia: 1 g/kg (7 frascos);
    => Paracentese: 6-8g de albumina/L. Ex: 9L = 72g (7 frascos)
    => Suspeita SHR: 1 g/kg/dia por 2 dias. Verificar creatinina após
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16
Q

Indicações de soro fisiológico em vez de ringer lactato

A
  • TCE
  • Alcalose metabólica sensível a cloreto
  • Hiponatremia
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17
Q

Indicações e manejo de soro de manutenção

A
  • Paciente em jejum sem uso de via oral
  • 100 g de glicose/dia
  • Perda de líquido estimada no paciente crítica: 25 mL/Kg/dia
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18
Q

Como deve ser feita a reposição de eletrólitos (após verificar valores de eletrólitos)

ATENÇÃO nos critérios impeditivos de reposição hidroeletrolítica

A

=> Reposição de volume para 70Kg: ~1.750 mL + 100g/dia de glicose
=> Na: 1-2 mEq/Kg/dia: 70 - 140 mEq/dia (média)
- Ampola de NaCl 20%: 3,42 mEq/mL - 34,2 mEq/10mL
- Ampola de NaCl 10%: 1,71 mEq - 17,1 mEq/10mL
- Prescrição: 2 ampolas 20mL de NaCl 20% em 1.5L de SG 10%

=> K: 1 mEq/Kg/dia: 70 mEq/dia (melhor dar K de menos

  • Ampola de KCl 19.1% tem 2,52 mEq/mL e 10mL
  • Ampola de KCl 10% tem 1,32 mEq/mL em 10mL
  • Prescrição: 2 ampolas 10mL de KCl 19,1% em 1.5L de SG 10%
19
Q

Classificação de Killip para IAM (com chance de óbito)

A

1 - Sem sinais de insuficiência cardíaca - 2 a 3%
2 - Estertores em base, presença de B3 - 8 a 10%
3 - Edema agudo de pulmão - 20 a 25%
4 - Choque cardiogênico - 45 a 70%

20
Q

Quais são os Critérios modificados de Sgarbossa?

A

1 - Elevação de segmento ST em pelo menos 1 mm em derivação com QRS predominante positivo;
2 - Depressão de segmento ST em pelo menos 1 mm em derivação com QRS predominante negativo
nas derivações V1 a V3;
3 - Discordância entre segmento ST e complexo QRS acima de 30%. O segmento ST deve ter desvio mínimo de 1 mm. O cálculo é a razão entre o desvio do segmento ST (seja positivo ou negativo) e o tamanho da onda S no caso de QRS predominantemente negativo ou tamanho da onda R no caso de QRS predominantemente positivo.

21
Q

Identificação das bradiarritmias

A
  • Diagnóstico: FC < 50 e MOVE; tratar somente pacientes SINTOMÁTICOS
  • Clínica: alterações do nível de consciência, dor torácica, sinais de choque, hipotensão, congestão pulmonar
  • Benignas: de 1° grau; Fenômeno de Wenckebach (2° grau Mobitz 1 - only atraso varíavel)
  • Malignas: 2° grau Mobitz 2 (regular com bloqueios espontâneos); 3º grau ou BAVT (dissociação regular AV)
22
Q

Tratamento das bradiarritmias

A
  • Tratamento de 1° linha: Atropina 0.5 mg IV em bolus
  • Tratamento de 2º linha (não responsiva a 1°): adrenalina (2-10 mcg/min), dopamina (2-20 mcg/kg/min) [REGRA DOS 4D] ou marcapasso transcutâneo
23
Q

Identificação das taquiarritmias

A
  • Clínica: FC > 100; Paciente estável ou instável? Ritmo regular ou irregular? QRS estreito ou largo?
  • Com ritmo regular: Taquicardia supraventricular (QRS estreito); Taquicardiaventricular monomórfica (QRS largo).
  • Com ritmo irregular: Fibrilação atrial; Taquicardiaventricular polimórfica; Flutter atrial
  • Instável: cardioversão elétrica (50 a 100J) // estável: cardioversão farmacológica
24
Q

Classificação das taquiarritmias por ritmo e QRS

A
  • Regular e estreito
  • Regular e largo
  • Irregular e estreito
  • Irregular e largo
25
Q

Tratamento das taquiarritmias

A
  • QRS largo, FC regular (TV monomórfica sustentada): Adenosina 6mg => Amiodarona 150mg em 10 minutos (até 2x) => dose de manutenção
  • ## QRS estreito: Manobra vagal => adenosina 6mg => adenosina 12mg=> Paciente instável:
  • Regular e largo: Cardioversão 100J com sincronização
  • Irregular e estreito: Cardioversão 120 a 200J (fibrilação atrial) com sincronização
  • Irregular e largo: Desfibrilação 200 (bifásico) a 360J (monofásico) (Taquisupra anárquico) sem sincronização
  • Flutter atrial: Cardioversão 50J
  • TV sem pulso: Desfibrilação 200J
26
Q

Classificação de IC

A
  • FEpreservada: > 50%
  • FEintermediária: 40-49%
  • FEreduzida: > 40%
27
Q

Classificação de NYHA para IC + Estágios de progressão da doença

A

I - Ausência de sintomas - Assintomático (betabloq + iECA)
II - Atividades habituais causam sintoma - Sintomas leves (começar espironolactona a partir daqui)
III - Atividades menos intensas que as habituais causam sintomas - Sintomas moderados
IV - Incapacidade de realizar atividade sem ter desconforto - Sintomas graves
—-
A - Risco de desenvolver IC sem doença estrutural ou sintomas
B - Doença estrutural cardíaca presente sem sintomas de IC
C - Doença estrutural cardíaca presente com sintomas de IC
D - IC refratária ao tratamento clínico

28
Q

Drogas contraindicadas/proscritas (nível III) para pacientes com IC

A
  • Glitazonas
  • Bloqueadores dos canais de cálcio (exceto amlodipina e felodipina)
  • AINES e inibidores Cox2
  • Associação tripla de IECA+BRA+ARM (antagonista do recepetor mineralocorticoide/espironolactona)
29
Q

Classificação de fibrilação atrial

A
  • Paroxística: duração < 7 dias
  • Persistente: duração > 7 dias
  • Persistente de longa duração: > 12 meses
  • Permanente: sem retorno a ritmo sinusal normal
30
Q

Score de CHA2DS2VASc para fibrilação atrial

A
  • Congestive heart failure (1)
  • Hypertension (1)
  • Age > 75 (2)
  • Diabetes mellitus (1)
  • Stroke/AIT (2)
  • Vascular disease (IAM prévio, doença arterial periférica, placa aórtica/coronário) (1)
  • Age 65-74 (1)
  • Sex female gender (1)
31
Q

Anticoagulação na fibrilação atrial

A
  • Protese valvar ou estenose mitral: Varfarina

- Não protese valvar: Outros anticoagulantes novos ou varfarina

32
Q

Score HAS-BLED para avaliação de risco de anticoagulação

A
  • Hipertensão (1)
  • Alteração de função renal ou hepática (1 ou 2)
  • Stroke (1)
  • Bleeding prévio (1)
  • Labilidade do INR (1)
  • Elderly (>65) (1)
  • Drogas ou álcool (1 ou 2)
33
Q

Bradiarritmias - classificação

A
  • BAV 1° grau: intervalo PR > 0.2s
  • BAV 2° grau Mobitz I: PR alarga progressivamente até uma onda P bloqueada sem QRS
  • BAV 2° grau Mobitz II: Mais de um P até o QRS
  • BAVT 3° grau: P regular com P e QRS regular com QRS, porém dessincronizados.
34
Q

Taquiarritmias - classificação

A
  • Taquicardia sinusal: bleh
  • Fibrilação atrial: RC e pulsos irregulares, irregularidade RR, linha de base irregular (átrio louco), ondas f irregulares
  • Flutter atrial: QRS regular, ondas F negativas em DII, DIII e AVF e linha de base serrilhada
  • Taquicardia paroxística supraventricular (TPSV): conriga ~ adenosina
  • Torsades de pointes: TV polimórfica (irregular) ~ desfibrilação com carga máxima
35
Q

Classificação e conduta dos bloqueios atrioventriculares

A
  • BAV de 1° grau: Intervalo PR > 5 quadradinhos/1 quadradão (200 ms)
  • BAV de 2° grau Mobitz 1: PR alargando e às vezes bloqueio (P sem QRS)
    => Conduta para as benignas: atropina => adrenalina/marcapasso/dobuta
    —————————————–
  • BAV de 2° grau Mobitz 2: PR normal e às vezes bloqueia sem alargamento de PR
  • BAVT: P regular com P e QRS regular com QRS
    => Conduta para as malignas: MARCAPASSO necessariamente
36
Q

Tratamento de bradiarritmias sintomáticas

A
  • Atropina 0,5 mg a cada 3-5 min - máximo de 3 mg

- Não respondeu à atropina: marcapasso transcutâneo ou transvenoso OU adrenalina em dripping OU dobutamina

37
Q

Como calcular o ritmo cardíaco em ritmos irregulares

A

1 - Calcular quantos QRS há em 15 quadradões

2 - Multiplicar os QRS por 6

38
Q

Conduta ao identificar ritmo chocável (TV ou FV s/pulso) na PCR

A

1 - Desfibrilação (360J monofásico e 200J bifásico)
2 - Voltar as compressões (ciclo de 2 min)
3 - Checar RITMO

39
Q

Sequência de ações na PCR com ritmo chocável

A
1 - Desfibrilação
D1 - Adrenalina (1 mg a cada 3-5 min) - EPINEFRINA PÓS CHOQUE
2 - Ciclo de 2 minutos
3 - Checagem de ritmo
4 - Desfibrilação
D2 - Amiodarona 300 mg (fazer 150 mg na 2° e última vez)
5 - Ciclo de 2 minutos
6 - Checagem de irtmo
40
Q

Conduta taquiarritmias

A
  • Taquicardia ventricular monomórfica sustentada: amiodarona /// Se causa não reversível: Betabloq e CDI
  • Fibrilação atrial: Betabloq e anticoagulação
  • Flutter atrial: Cardioversão a 50J mesmo estável
  • Taquisupra: Manobra vagal (valsalva modificado) => adenosina 6mg => adenosina 12mg
41
Q

Tempo de CATE em IAM

A

=> <2h: Instabilidade hemodinâmica, elétrica ou clínica (angina refratária)

=> <24h: Troponina alta, ECG alterado, GRACE > 140

=> <72h: DMII, insuficiência renal ou cardíaca prévia, revascularização prévia

42
Q

Antiagregantes plaquetários no IAM

A
  • Trombólise: Clopidogrel
  • SCA com ou sem SST e angioplastia: Ticagrelor ou prasugrel
  • SCASST e tratamento clínico: Ticagrelor
  • Angioplastia + FA: Clopidogrel
43
Q

Medidas que avaliam a pré carga ventricular

A
  • Pressão venosa central (PVC)
  • POAP
  • Volume diastólico final de VD
  • Pressão diastólica da artéria pulmonar