Infeções Urinárias Flashcards

1
Q

Definição infeção urinária

A

Presença de microorganismos patogénicos no aparelho urinário.

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2
Q

Classificação da ITU conforme a localização

A
Alta:
- Pielonefrite;
- Abcesso renal;
Baixa:
- Cistite;
- Prostatite;
- Uretrite.
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3
Q

Qual a localização de ITU mais frequente?

A

Baixa

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4
Q

Qual a ITU mais comum?

A

Cistite

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5
Q

Quais os agentes mais comuns causadores de uretrite?

A

Neisseira gonorrhae;
Chlamydia trachomatis;
Ureaplasmas.

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6
Q

Infeção urinária complicada

A

Associada a:

  • Alterações anatómicas ou funcionais do aparelho urinário;
  • Instrumentalização do aparelho urinário (cirurgia urológica prévia);
  • Cateter vesical;
  • Insuficiência renal crónica;
  • Diabetes;
  • Imunosupressão;
  • Microorganismos multiresistentes.
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7
Q

Qual o problema das infecções urinárias complicadas?

A

Estão associadas a:
Maior gravidade;
Maior incidência de complicações;
Maior risco de falência terapêutica.

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8
Q

Patogénese da infeção urinária

A

Via ascendente: (agentes da própria flora intestinal)
- Colonização periuretral -> uretra e bexiga -> ureteres e rins
Via hematogénea:
- Resulta de bacteriémia, mais frequente a:
º S. aureus;
º Salmonella spp;
º Candida spp;
º Mycobacterium spp.

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9
Q

Qual a via patogénica mais frequente?

A

Ascendente (98% dos casos)

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10
Q

Quais os fatores de risco para uma ITU?

A
Crianças;
Mulher jovem sexualmente ativa (+ frequente, NÃO são mais graves);
Gravidez;
Doentes com uropatia obstrutiva (HBP);
Diabetes mellitus;
Incontinência urinária;
Prolapso urogenital;
Imunodeprimidos;
Doentes com cateteres vesicais;
Instrumentalização urológica;
Idosos;
Doenças neurológicas: Parkinson e Alzheimer.
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11
Q

Porque é que as mulheres têm mais infeções urinárias que os homens?

A

A vagina é mais próxima do ânus que o pénis;

A uretra é mais curta.

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12
Q

Quais os agentes etiológicos mais frequentes da ITU?

A
E. coli;
Klebsiella spp;
Proteus spp;
Enterococcus spp;
S. saprophyticus;
Enterobacter spp;
Pseudomonas aeruginosa;
S. aureus;
S. epidermis;
S. agalactiae;
Candida spp.
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13
Q

Clínica da cistite

A
Disúria;
Polaquiúria;
Urgência urinária;
Dor supra púbica;
(Hematúria - inespecífico).
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14
Q

Clínica da pielonefrite

A
Disúria;
Polaquiúria;
Urgência urinária;
Febre (> 38ºC);
Calafrios;
Dor no flanco / lombar;
(Náuseas / vómitos).
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15
Q

Quando devemos considerar a hospitalização na pielonefrite?

A

Na grávida;
Nos doentes com comorbilidades;
Nos doentes com obstrução das vias urinárias;
Nos casos graves (sépsis).

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16
Q

Como se faz o exame bacteriológico da urina?

A

Através de uma amostra de urina asséptica

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17
Q

Como se faz a colheita da amostra asséptica de urina?

A

1ª urina da manhã (preferencialmente);
Lavagem dos genitais externos com água;
Desperdiçar jato inicial;
Colher jato médio para recipiente esterilizado.

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18
Q

Há casos especiais na colheita da amostra de urina?

A

Sim:

  • Crianças = saco coletor;
  • Algaliados = aspirar com agulha e seringa;
  • Suspeita de anaeróbios = punção supra púbica.
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19
Q

Porque é que se colhe a 1ª urina da manhã?

A

Porque é mais concentrada

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20
Q

Porque é que não se lavam os genitais externos com desinfetante?

A

Porque iam eliminar as bactérias e, assim, estragar a amostra colhida

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21
Q

Como é feito o transporte da amostra de urina?

A

Transporte deve ser imediato - se demorar + 2h então deve-se refrigerar a amostrar a 4ºC até 24h

22
Q

Qual a especificidade e seletividade do saco coletor?

A

Muito sensível;

Pouco específico.

23
Q

A colheita da amostra para cultura é feita antes ou depois da centrifugação?

A

ANTES - para ser possível quantificar amostra

24
Q

Depois da centrifugação, o que se faz?

A

Exame direto - a fresco ou corado (Gram ou ZN)

25
Q

O que se pretende ver no exame direto a fresco?

A

Quantidade de leucócitos;

Quantidade de células epiteliais.

26
Q

O que significa uma quantidade elevada de leucócitos?

A

Infeção

27
Q

O que significa uma quantidade elevada de cél. epiteliais?

A

Contaminação

28
Q

Como interpretamos os valores de UFC/ml?

A

Menos de 10^4 - contaminação;
Entre 10^4 e 10^5 - integrar com restante informação;
Acima de 10^5 - infeção.

29
Q

Bacteriúria significativa

A

Contagem de colónias pelo menos de 10^5 UFC/ml

30
Q

Bacteriúria assintomática

A
  • Pelo menos 2 uroculturas com crescimento de 10^5 UFC/ml, ou mais, da mesma bactéria, sem sintomas, numa mulher;
  • Urocultura com crescimento de 10^5 UFC/ml, ou mais, da mesma bactéria, sem sintomas, num homem;
  • Urocultura (urina colhida por cateterização) com crescimento 10^2 UFC/ml, da mesma bactéria em homens ou mulheres.
31
Q

A piúria a acompanhar bacteriúria assintomática é indicação para tratamento?

A

Não

32
Q

Quando se trata uma bacteriúria assintomática?

A

Grávidas;

Doentes submetidos a intervenção urológica.

33
Q

Caso clínico:
Mulher, 34 anos;
Ardor ao urinar;
Exame a fresco: muitas cél epiteliais vaginais, poucos leucócitos;
Exame cultural: crescimento de 3 estirpes diferentes, cada com 10^4 a 10^5 UFC/ml
VALORIZAÇÃO?

A

Não se valoriza:

  • Tem 3 estirpes diferentes;
  • Nenhuma tem uma quantidade significativa
  • Será uma provável contaminação: aconselhável repetir urocultura.
34
Q

Caso clínico:
Mulher, 54 anos;
Disúria, polaquiúria;
Exame a fresco: poucas cél. epiteliais vaginais, muitos leucócitos;
Cultura: crescimento de 1 estirpe com mais de 10^5 UFC/ml
VALORIZAÇÃO?

A

Valoriza-se:

  • 1 estirpe em quantidade significativa;
  • Próximo passo seria fazer teste de sensibilidade aos antibióticos (TSA).
35
Q
Caso clínico:
Homem, 64 anos;
Disúria;
Exame a fresco: alguns leucócitos;
Cultura: crescimento de 1 estirpe, entre 10^4 e 10^5 UFC/ml;
VALORIZAÇÃO?
A

Sim, valoriza-se:

  • Está sintomático e tem uma quantidade significativa de bactérias;
  • Tem crescimento de 1 só estirpe.
36
Q

Em que situações de cistite não complicada é que medicamos com quinolonas?

A

Em casos de contraindicação ou intolerância aos restantes antibióticos - a eficácia é menor que as outras opções terapêuticas

37
Q

Em que situações não devemos prescrever nitrofurantoína nas cistites não complicadas?

A

Infeções com pH urinário superior a 7:
º Infeções por Proteus spp (é urease positivo)

Atenção à sua utilização nos idosos

38
Q

Em que situações não é recomendado prescrever fosfomicina ou nitrofurantoína nas cistites não complicadas?

A

Creatinina < 10 ml/min;

Hemodiálise

39
Q

As quinolonas são terapêutica empírica nas pielonefrites?

A

Não - promovem frequentemente seleção de bactérias corresistentes

40
Q

Qual o AB com melhor atividade contra agentes Gram +, utilizados nas cistites não complicadas?

A

Fosfomicina, apesar de maior frequência de eventos adversos

41
Q

Sintomatologia das infeções do aparelho urinário inferior

A
Disúria;
Polaquiúria;
Hematúria;
Urina turva ou com odor forte;
Dor referida à região supra púbica
42
Q

Presença de corrimento uretral purulento faz suspeitar de que etiologia da ITU?

A

Etiologia gonocócica

43
Q

Pielonefrite - definição

A

Inflamação de causa infecciosa do parênquima renal

44
Q

ABs usados no tratamento da cistite aguda não complicada na mulher não grávida

A

Nitrofurantoína;
Fosfomicina;
Amoxiclav

45
Q

ABs usados no tratamento da cistite aguda não complicada na mulher grávida

A

Fosfomicina;

Amoxiclav

46
Q

ABs usados no tratamento da pielonefrite (casos ligeiros a moderados)

A

Cetriaxone, seguido de cefuroxima-axetil

47
Q

ABs usados no tratamento da pielonefrite (casos ligeiros a moderados) em doentes intolerantes a beta lactâmicos

A

Levofloxacina

48
Q

ABs usados no tratamento da pielonefrite (casos graves)

A

Ceftriaxona

49
Q

ABs usados no tratamento da pielonefrite (casos graves) em doentes intolerantes a beta lactâmicos

A

Gentamicina, seguido de antibioterapia dirigida por antibiograma

50
Q

ABs usados no tratamento de bacteriúria assintomática em grávidas

A

Amoxiclav e Fosfomicina

51
Q

ABs usados no tratamento de bacteriúria assintomática em candidatos a cirurgia do trato urinário (RTU-P)

A

Ceftriaxona