Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) Flashcards

1
Q

Qual a melhor forma de abordar as ISTs?

A

Prevenção

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2
Q

Quais ISTs são necessário tratar os parceiros?

A

Tricomoníase: somente o parceiro atual
Corrimento uretral ou infecção cervical e Doença Inflamatória Pélvica (DIP): todas as parcerias dos últimos dois meses
Úlceras: todos os parceiros dos últimos 3 meses

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3
Q

Qual o agente etiológico da uretrite gonocócica (gonorreia)?

A

Neisseria gonorrhoae: bactéria intracelular diplococo gram-negativa

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4
Q

Qual a clínica da gonorreia em homens?

A

Corrimento mucoso evolui para fluxo uretral purulento - Disúria
Prurido uretral
Bordas da uretra edemaciadas e eritematosas
Comprometimento de faringe e ânus

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5
Q

Qual a clínica da gonorreia em mulheres?

A
Sintomatologia é menor. Pode apresentar:
Disúria
Urgência urinária
Pouca secreção amarelada
Comprometimento de faringe e ânus
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6
Q

Como fazer o diagnóstico da gonorreia?

A

Através da bacterioscopia: Biologia molecular, PCR ou captura híbrida (padrão-ouro). Coloração de Gram na secreção uretral evidencia presença de diplococos gram- negativos no interior de leucócitos polimorfonucleares

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7
Q

Qual a primeira opção de tto para gonorreia?

A

Ceftriaxona 500 mg IM dose única (cefalosporina de 3a geração)
Se suspeitarmos de coinfeccao por clamídia, adicionamos azitromicina 1g

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8
Q

Quais as opções de tto secundárias na gonorreia?

A

Doxiciclina 100 mg 12/12 h por 7 dias (tetraciclina)

Não se deve usar quinolonas em gestantes e menores de 18 anos

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9
Q

Quais as complicação da gonorreia no homem?

A

Balanopostite (infecção na glande e prepúcio prostatite), epididimite e estenose de uretra

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10
Q

Quais as complicação da gonorreia na mulher)?

A

Bartolinite, DIP, salpingite (inflamação das tubas uterinas), pelveperitonite

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11
Q

Qual o agente etiológico da clamídia?

A

Chlamydia trachomatis (cepas D, E, F, G, I, J, K): bactérias intracelulares de células epiteliais cilíndricas

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12
Q

Qual o período de incubação da clamídia?

A

3-14 dias (Campbell); 2-3 semanas (MS)

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13
Q

Qual o período de incubação da gonorreia?

A

2 a 10 dias

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14
Q

Quais as manifestações clínicas da clamídia no homem?

A

Mais que 50% são oligoassintomáticos
Uretrite com secreção clara e mucoide, raramente purulenta
Disúria leve

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15
Q

Quais as manifestações clínicas da clamídia na mulher?

A

Mais que 50% são oligoassintomáticos
Endocervicite com secreção clara e mucoide
* Síndrome de Reiter: artrite reativa + disúria + conjuntivite

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16
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial da clamídia?

A

PCR ou captura híbrida
Sorologia: positiva em casos de títulos maiores que 1:32
Cultura de células McCoy para pesquisa de clamídia, usando swab ou escova (padrão- ouro, porém de difícil uso)

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17
Q

Qual a primeira opção de tto da clamídia?

A

Azitromicina 1g

Casos suspeitarmos de confecção por gonorreia, adicionamos ceftriaxona 500mg

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18
Q

Quais as opções secundárias de tto para clamídia ?

A

Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 7 dias

Levofloxacino 500 mg VO 1x/dia por 7 dias

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19
Q

Como fazer diagnóstico e tratar Mycoplasma genitalium?

A

Diagnóstico: PCR, captura híbrida, cultura

Tratamento: azitromicina 1g VO dose única

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20
Q

Como fazer diagnóstico e tratar Ureaplasma urealyticum e parvum?

A

Diagnóstico: PCR, captura híbrida, cultura

Tratamento: azitromicina 1 g VO dose única

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21
Q

Como fazer diagnóstico e tratar Trichomonas vaginalis (protozoário)?

A

Diagnóstico: PCR, bacterioscopia (60%), cultura anaeróbica (95%)
Tratamento: metronidazol 2g VO dose única

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22
Q

Como fazer diagnóstico de Herpes genital?

A

PCR do 1o jato urinário

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23
Q

Qual agente etiológico do condiloma acuminado (verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista)?

A

Papiloma vírus humano (HPV)

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24
Q

Qual período de incubação do HPV?

A

3 semanas a 8 meses (em média 3 meses)

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25
Q

Quais tipos de HPV a vacina quadrivalente previne? E qual é o risco para Neoplasia intraepitelial cervical?

A

16 e 18 (alto risco para NIC)

6 e 11 (baixo risco para NIC, mas gera condiloma)

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26
Q

Quais cânceres os HPVs 16 e 18 estão relacionados?

A

Colo do útero, vulva e vagina, câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal.

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27
Q

Qual o principal fator desencadeante das neoplasias intraepiteliais de colo de útero (98%)?

A

HPV

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28
Q

Como pode cursar a infecção por HPV?

A

Infecção transitória (50% dos casos).
Eliminação completa do vírus em imunocompetente (regressão espontânea 30-50% dos casos).
Infecção resistente a tratamentos convencionais, de alto risco para o desenvolvimento de câncer (10-20%).

29
Q

Quais as manifestações clínicas do HPV no homem?

A

Assintomática, na maioria dos casos

Lesões verrucosas em prepúcio, freio, sulco, meato, pube, escroto

30
Q

Quais as manifestações clínicas do HPV na mulher?

A

Assintomática, na maioria dos casos

Lesões verrucosas em vulva, períneo, meato, colo do útero, ânus, reto e boca

31
Q

Como é feito o diagnóstico laboratorial de HPV?

A

Molecular: PCR, captura híbrida (amplifica o DNA do vírus)

Histológico: presença de coilocitose (célula abaulada, vacuolizada com núcleos localizados na periferia da célula)

32
Q

Como é feito o tto da lesão de hpv aplicada pelo paciente?

A

Imiquimode creme 5%: 3x/semana por 4-8 semanas.
Podofilotoxina 0,5 %: 2x/dia por 3 dias (intervalo de 4 dias e repete o
tratamento, chegando a no máximo 4 ciclos) —> Não usar em gestantes

33
Q

Como é feito o tto da lesão de HPV aplicada pelo médico?

A

Ácido Tricloroacético (ATA): muito forte, devendo se limitar ao local da lesão, na dosagem correta. Por isso restrito ao uso médico
- Crioterapia, laser, excisão ou cauterização

34
Q

Quando o pcte com HPV recebe alta?

A

Após 6 semanas sem manifestações clínicas

35
Q

Qual agente etiológico do cancro mole?

A

Haemophillus ducrey (bacilo gram-negativo agrupado em cadeias)

36
Q

Qual período de incubação do Haemophillus ducrey?

A

2-10 dias

37
Q

Quais as manifestações clínicas do cancro mole?

A

Lesões ulceradas, dolorosas, múltiplas, de bordas irregulares, autoinoculáveis, inflamadas, adenite regional unilateral (bubão) —> Indica que é infecção aguda

38
Q

Quais os locais que as úlceras do cancro mole aparecem?

A

No homem: freio e sulco balanoprepucial

Na mulher: fúrcula e face interna dos grandes e pequenos lábios

39
Q

Como fazer diagnóstico laboratorial do cancro mole?

A

Exame direto das lesões com:
Bacterioscopia pelo método de Gram
Cultura
PCR: maior sensibilidade e especificidade
Na prática: clínica compatível + teste negativo para herpes e sífilis

40
Q

Como tratar cancro mole?

A

Ceftriaxona 250 mg IM dose única (muitos utilizam 500 mg)
Azitromicina 1g VO dose única
Ciprofloxacino 500 mg VO 12/12 h por 3 dias

41
Q

Qual agente etiológico da donovanose?

A

Klebsiella granulomatis

42
Q

Quais as manifestações clínicas da donovanose?

A

Lesões ulceradas de bordas planas ou hipertróficas (carnudas) com fundo granuloso de aspecto vermelho vivo e sanguinolento; são indolores. Pode acometer pele e mucosas de regiões genitais, perineais, inguinais e boca.

43
Q

Qual diagnóstico diferencial para as lesões da donovanose?

A

Câncer

44
Q

Como fazer o diagnóstico laboratorial da donovanose?

A

Esfregaço ou biópsia de lesões identificando os corpúsculos de Donovan (métodos de coloração: Wright, papanicolau, giemsa e leishman).

45
Q

Quando fazer o estudo histopatologico de lesões da donovanose?

A

Lesões com mais de 30 dias de evolução, que não cicatrizaram com tratamento de abordagem sindrômica

46
Q

Qual tto da donovanose?

A

Azitromicina 1g 1X/semana por 3 semanas

Doxiciclina 100 mg 12/12 h até melhora clínica (no mínimo 3 semanas)

47
Q

Qual agente etiológico do linfogranuloma venéreo?

A

Clamydia trachomatis (cepas L1, L2, L3)

48
Q

Qual o quadro clínico do linfogranuloma venéreo?

A

Úlcera em região genital
Grande bubão inguinal: inflamatório e doloroso (na fase aguda pode ocorrer fistulização multifocal – bico de regador)
Fase crônica: linfonodos pararretais, podendo ocorrer estenose de reto, elefantíase, fístulas e úlceras

49
Q

Quais exames laboratoriais para linfogranuloma venéreo ?

A

Análise direta de material por colocação de giemsa ou papanicolau.
Detecção do C. tracomatis por ELISA, imunofluorescência biologia molecular (PCR, captura híbrida) de captura coletado das lesões ou bubão.
Sorologia.

50
Q

Qual tto para linfogranuloma venéreo?

A

Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 21 dias

Azitromicina 1g VO 1x/semana por 3 semanasEscolha para gestante

51
Q

Qual agente etiológico da herpes genital?

A

HSV 1: acomete mais lábios, face e regiões expostas ao sol

HSV 2: acomete mais região genital

52
Q

Qual período de incubação do HSV?

A

1 a 26 dias (média 4-7 dias)

53
Q

Quais manifestações clínicas da herpes?

A

Surgimento de vesículas agrupadas sobre base eritematosa, que se rompem em 4-5 dias
Precedida de eritema, ardor, prurido e dor
Febre, mialgia, linfoadenopatia em 75% dos casos

54
Q

Como fazer dx da herpes ?

A

Raspado das lesões (citodiagnóstico: coloração de papanicolau ou giemsa)
Cultura em meio celular
PCR, captura híbrida
* Deve-se realizar o histopatológico em ulcerações crônica

55
Q

Qual tto da primo infeccao de herpes?

A

Aciclovir 400 mg VO 8/8 h por 7-10 dias ou
Valaciclovir 1g VO 12/12 h por 7-10 dias
- se for recorrência, usar por 5 dias

56
Q

Como é a terapia de supressão da herpes?

A

Aciclovir 400 mg VO 1 cp/dia por 6 meses ou

Valaciclovir 500 mg VO 12/12 h por 6 meses

57
Q

Qual agente etiológico da sífilis?

A

Treponema pallidum (não se cora mo Gram)

58
Q

Qual período de incubação do Treponema pallidum?

A

21 a 30 dias (pode variar de 10 a 90 dias)

59
Q

Como ocorre a transmissão da sífilis?

A

Via sexual

Maternofetal: pelo canal do parto

60
Q

Qual a clínica da sífilis primária?

A
  • Cancro duro: úlcera única, indolor, limpa, rica em treponemas
  • Linfadenopatia regional
  • Incubação: 10 a 90 dias (média de 3 semanas)
  • Duração: 2-6 semanas (some espontaneamente, com ou sem tratamento)
61
Q

Qual a clínica da sífilis secundária?

A
  • Aparece de 6 semanas a 6 meses após cicatrização do cancro duro
  • Erupção cutânea macular eritematosa (roséola sifilítica), placas mucosas, placas papulosas eritematocastanhadas, colarinho de escamação não pruriginosa
  • Regiões palmar e plantar
  • Desaparece em algumas semanas, com ou sem tratamento
62
Q

O que é a sífilis latente?

A
  • Não se observa nenhum sinal ou sintoma
  • O diagnóstico é exclusivo por testes treponêmicos e não treponêmicos
  • Latente recente: até 1 ano de infecção
  • Latente tardia: mais de 1 ano de infecção
63
Q

Qual a clínica da sífilis terciária?

A
  • Vista em 15-25% das infecções não tratadas, podendo ser de 1 a 40 anos depois - Destruição tecidual
  • Atinge SNC e SCV
  • Gomas sifilíticas na pele, mucosas, ossos ou qualquer tecido
64
Q

Como é feito o dx laboratorial da sífilis?

A
Métodos diretos: direto da lesão 
Métodos indiretos: do sangue
Método imunológico: pesquisa de ac
-FTA-Abs é o teste treponemico rápido 
-VDRL é o teste não treponemico
65
Q

Qual a 1 opção de tto da sífilis?

A

Penicilina G benzatina: inclusive na gestação

66
Q

Quais tto secundários da sífilis?

A

Se não gestantes, Doxiciclina ou Ceftriaxona

67
Q

Quando é necessário tto imediato da sífilis?

A
  • Gestantes
  • Vítimas de violência sexual
  • Pessoas com chance de perda de seguimento
  • Pessoa com sinais e sintomas de sífilis 1a ou 2a - Pessoas sem diagnóstico prévio de sífilis
68
Q

O que é a relação de Jarich? Está relacionada a qual IST?

A

Relacionada a sífilis com piora das lesões cutâneas, artralgia, febre, cefaleia 24 h após a 1a dose de qualquer treponemicida. Melhora em 12-24 h, devendo-se manter o tratamento