Infecções intra-abdominais Flashcards
Principais patógenos causadores de infecções intra-abdominais
Escherichia coli (bacilos gram-negativos) (enterobactérias)
Klebsiella pneumoniae (bacilos gram-negativos) (enterobactérias)
Bacteroides fragilis (anaeróbio gram-negativo)
Pseudomonas aeruginosa (bacilos gram-negativos) (não fermentador)
Enterococcus spp (cocos gram-positivos)
Streptococcus spp. (cocos gram-positivos)
Principais anaeróbios patogênicos
Bacteroides fragilis (gram-negativo)
Fusobacterium spp. (gram-negativo)
Prevotella spp. (gram-negativo)
Actinomyces spp. (gram-positivo)
Clostridium spp. (gram-positivo)
Propionibacterium spp. (gram-positivo)
Peptostreptococcus spp. (gram-positivo)
Principais antibióticos com ação contra anaeróbios
Metronidazol
Clindamicina
Amoxicilina + clavulanato
Ampicilina + sulbactam
Piperacilina + tazobactam
Carbapenêmicos
Moxifloxacino
Tigeciclina
Principais antibióticos com ação contra Pseudomonas
Ciprofloxacino
Levofloxacino
Ceftazidima
Cefepime
Piperacilina + tazobactam
Carbapenêmicos, exceto ertapenem
Aminoglicosídeos
Polimixinas
Aztreonam
Ceftazidime-avibactam
Ceftolozane-tazobactam
Principais antibióticos com ação contra Enterococcus
Ampicilina
Piperacilina + tazobactam
Vancomicina
Linezolida
Daptomicina
Imipenem-cilastatina
Tigeciclina
Amicacina*
Gentamicina*
Ceftriaxona*
- Uso apenas em terapia combinada
Tratamento de infecções intra-abdominais não graves:
Tempo de tratamento
4 dias (tempo mínimo após resolução do foco em pacientes com melhora de parâmetros infecciosos)
Tratamento de infecções intra-abdominais não graves:
Opções de terapia dupla
Ceftriaxona (EV) - 1 g de 12/12h
+ Metronidazol (EV/VO) - 500 mg de 8/8h
Cefuroxima (EV) - 1,5 a 2 g de 8/8h
+ Metronidazol (EV/VO) - 500 mg de 8/8h
Cefepime (EV) - 2 g de 8/8h
+ Metronidazol (EV/VO) - 500 mg de 8/8h
Tratamento de infecções intra-abdominais não graves:
Opções de monoterapia
Piperacilina + tazobactam (EV) -
4,5 g de 6/6h
Ertapenem (EV/IM) - 1 g de 24/24h
Opções de tratamento de infecções intra-abdominais não graves em situações específicas:
Alergia a penicilina
Betalactâmicos podem ser usados em alguns casos de
alergia a penicilina
Em reações graves preferir levofloxacino ou ciprofloxacino associado a metronidazol, ou moxifloxacino isolado
Opções de tratamento de infecções intra-abdominais não graves em situações específicas:
Gestante
Evitar doxiciclina (Categoria X), levofloxacino (Categoria C) e claritromicina (Categoria D)
Preferir penicilinas (Categoria B), cefalosporinas (Categoria
B) e azitromicina (Categoria B)
Opções de tratamento de infecções intra-abdominais não graves em situações específicas:
Lactante
Preferir penicilinas, cefalosporinas e macrolídeos
Levofloxacino e doxiciclina devem ser usados de forma criteriosa
Tratamento de infecções intra-abdominais graves:
Tempo de tratamento
7 a 14 dias (tempo mínimo após resolução do foco em pacientes com melhora de parâmetros infecciosos)
Tratamento de infecções intra-abdominais graves:
Opções de tratamento
Piperacilina + tazobactam (EV) - 4,5 g de 6/6h
Cefepime (EV) - 2 g de 8/8h
+ Metronidazol (EV/VO) - 500 mg de 8/8h
Meropenem (EV) - 1 g de 8/8h
Imipenem + cilastatina (EV) - 1 g de 8/8h
Tratamento de infecções intra-abdominais graves:
Fatores de risco para infecção por Enterococcus
Pós operatório, imunossupressão, exposição prévia a antibioticoterapia
Tratamento de infecções intra-abdominais graves:
Conduta se risco de infecção por Enterococcus
Acrescentar ampicilina (EV) 2 g de 6/6 h se não estiver em uso de piperacilina + tazobactam ou imipenem + cilastatina