Infecções do trato urinário Flashcards
Principais patógenos causadores de infecção do trato urinário
Escherichia coli (bacilos gram-negativos)
Klebsiella pneumoniae (bacilos gram-negativos)
Proteus mirabillis (bacilos gram-negativos)
Pseudomonas aeruginosa (bacilos gram-negativos)
Enterococcus spp. (cocos gram-positivos)
Staphylococcus saprophyticus (cocos gram-positivos)
Resistência da Escherichia coli no Brasil segundo o estudo ARESC
Ampicilina: 56,4%
Sulfametoxazol-trimetoprima: 45,5%
Ciprofloxacino: 10,8%
Amoxicilina+clavulanato: 5,5%
Cefuroxima: 3,4%
Nitrofurantoína: 2,4%
Fosfomicina: 0,8%
Tratamento da cistite:
Opções de primeira linha
Nitrofurantoína (VO) - 100 mg de 6/6h por 5 dias
Fosfomicina (VO) - 3 g (1 sachê) em dose única
Tratamento da cistite:
Opções de segunda linha
Amoxicilina-Clavulanato (VO) - 500/125 mg de 8/8h por 7 dias; OU 875/125 mg de 12/12h por 7 dias
Cefuroxima (VO) - 250 mg de 12/12h por 7 dias
Cefalexina (VO) - 500 mg de 6/6h por 7 dias
Opções de tratamento da cistite em situações específicas:
Alergia a penicilina
Nitrofurantoína e fosfomicina
Opções de tratamento da cistite em situações específicas:
Gestante
Fosfomicina, nitrofurantoína, amoxicilina-clavulanato e cefalosporinas são categoria B.
A nitrofurantoína não deve ser usada após 37 semanas de gestação, mas é opção para gestações < 36 semanas.
Opções de tratamento da cistite em situações específicas:
Lactante
Amoxicilina-clavulanato, cefuroxima e cefalexina são compatíveis com a amamentação.
A nitrofurantoína é compatível com a amamentação em crianças a termo. Uso criterioso durante a amamentação de crianças pré-termo, menores de um mês, com hiperbilirrubinemia e/ou deficiência de G6PD devido ao risco adicional de hemólise.
A fosfomicina é excretada no leite materno e deve ser usada apenas quando outras opções estiverem indisponíveis.
Tratamento da pielonefrite:
Qual é o problema do tratamento oral? Qual deve ser a conduta diante desse problema?
Altas taxas de resistência bacteriana.
Considerar como associação terapêutica a antibioticoterapia intravenosa inicial e utilizar preferencialmente guiado por urocultura.
Tratamento da pielonefrite:
Opções de tratamento oral
Ciprofloxacino - 500 mg de 12/12h por 7 dias
Levofloxacino - 750 mg de 24/24h por 5 dias
Sulfametoxazol-trimetoprima - 800/160 mg de 12/12h por 10 a 14 dias
Amoxicilina-clavulanato - 875/125 mg de 12/12h por 10 a 14 dias
Tratamento da pielonefrite:
Opções de tratamento intravenoso
Ceftriaxona - 1 g de 24/24h por 7 a 10 dias
Piperacilina-tazobactam - 3,375 g - 4,5 g de 6/6h por 10 a 14 dias
Ertapenem - 1 g de 24/24h por 7 a 10 dias
Meropenem - 1 g de 8/8h por 7 a 10 dias
Gentamicina - 5 a 7,5 mg/kg de 24/24h por 7 a 10 dias
Amicacina - 15 a 20 mg/kg de 24/24h por 7 a 10 dias
Opções de tratamento da pielonefrite em situações específicas:
Alergia a penicilina
Beta lactâmicos podem ser usados em alguns casos de alergia a penicilina
Em reações graves preferir aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e sulfametoxazol-trimetoprima.
Opções de tratamento da pielonefrite em situações específicas:
Gestante
Preferir cefalosporinas e ertapenem (categoria B).
Piperacilina-tazobactam é categoria C no primeiro e segundo trimestre e categoria B no terceiro trimestre.
Meropenem e fluoroquinolonas são categoria C.
Aminoglicosídeos são categoria D e devem ser evitados.
Opções de tratamento da pielonefrite em situações específicas:
Lactante
Ceftriaxona, ertapenem, amicacina, gentamicina e piperacilina-tazobactam são compatíveis com a amamentação.
Meropenem deve ser usado de forma criteriosa.
Micro-organismos (E. coli | K. pneumoniae | P. mirabillis | S. saprophyticus) e cobertura antimicrobiana (nitrofurantoína | fosfomicina | fluoroquinolonas | ceftriaxona | sulfametoxazol-trimetoprima)