Infecções de pele Flashcards
Principais patógenos causadores de infecções de pele e partes moles
Streptococcus pyogenes (cocos gram-positivos em cadeia)
Staphylococcus aureus (cocos gram-positivos agrupados)
Principais patógenos causadores de de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Diabetes mellitus
Staphylococcus aureus
Streptococcus do grupo B
Anaeróbios
Bacilos gram-negativos
Principais patógenos causadores de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Cirrose
Klebsiella pneumoniae
Escherichia coli
Campylobacter fetus
Outros bacilos gram-negativos
Vibrio vulnificus
Principais patógenos causadores de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Neutropenia
Pseudomonas aeruginosa
Principais patógenos causadores de de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Mordedura de gato
Pasteurella multocida
Principais patógenos causadores de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Mordedura de cão
Capnocytophaga canimorsus
Pasteurella multocida
Principais patógenos causadores de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Mordedura de rato
Streptobacillus moniliformis
Principais patógenos causadores de de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Contato com animal
Campylobacter spp.
Principais patógenos causadores de infecções de pele e partes moles em situações clínicas especiais:
Lesão aquática
Vibrio spp
Mycobacterium marinum
Principais antibióticos com ação contra MRSA
Glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina)
Lipopeptídeos (daptomicina)
Oxazolidinonas (linezolida)
Ceftaroline (cefalosporina de 5ª geração)
Tigeciclina (glicilciclina)
Clindamicina*
Tetraciclinas*
Sulfametoxazol-trimetoprima*
*Usadas em suspeita de infecções por CA-MRSA. HA-MRSA é comumente resistente.
Fatores de risco para CA-MRSA
Jovens
Atletas ou militares
População encarcerada
Uso de drogas endovenosas
Situação de surto
Fatores de risco para HA-MRSA
Hospitalização prévia ou atual /
Institucionalizados
Pós-operatório
Uso de dispositivos intravasculares
Hemodiálise
Imunocomprometidos
Tratamento de infecções LEVES de pele e partes moles:
Tempo de tratamento
5 dias (tempo mínimo considerando melhora de parâmetros infecciosos)
Tratamento de infecções LEVES de pele e partes moles:
Principais opções para o tratamento
Cefalexina (VO) - 500 mg de 6/6h
Cefadroxila (VO) - 500 mg de 12/12h
Cefazolina (EV) - 1 g de 8/8h
Amoxicilina + Clavulanato (VO) - 875/125 mg de 12/12h
Tratamento de infecções LEVES de pele e partes moles:
Opções com ação contra CA-MRSA
Clindamicina (VO) - 600 mg de 6/6h ou de 8/8h
Doxiciclina (VO) - 100 mg de 12/12h
Sulfametoxazol + Trimetoprima (VO) - 800/160 mg de 12/12h
Opções de tratamento de infecções LEVES de pele e partes moles em situações específicas:
Alergia a penicilina
Betalactâmicos podem ser usados em alguns casos de alergia a penicilina
Em reações graves preferir clindamicina, doxiciclina ou sulfametoxazol + trimetoprima
Opções de tratamento de infecções LEVES de pele e partes moles em situações específicas:
Gestante
Cefalosporinas, amoxicilina e clindamicina são categoria B
Opções de tratamento de infecções LEVES de pele e partes moles em situações específicas:
Lactante
Cefalosporinas, amoxicilna e clindamicina são compatíveis com a amamentação
Critérios para classificar a infecção de pele e partes moles como GRAVE
Falha no tratamento oral, imunocomprometidos, sinais clínicos de infecção mais profunda (p. ex., bolhas, descamação da pele), hipotensão, evidência de disfunção orgânica, outros sinais sistêmicos de infecção.
Tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles:
Tempo de tratamento
7 a 14 dias (tempo mínimo considerando melhora de parâmetros infecciosos)
Tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles:
Principais opções para o tratamento
Vancomicina (EV) - 15 - 20 mg/kg (dose de ataque); 30 - 40 mg/kg/dia dividos em 2 doses (manutenção); ajustar dose através de monitorização do nível sérico
Teicoplanina (EV/IM) - 6 - 12 mg/kg de 12/12h no primeiro dia. A partir do segundo dia, 24/24h
Daptomicina (EV) - 4 mg/kg de 24/24h
Linezolida (EV/VO) - 600 mg de 12/12h
Cefazolina (EV) - 1 g de 8/8h
Tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles:
Opções com ação contra gram-negativos e anaeróbios
Piperacilina+tazobactam (EV) - 4,5 g de 6/6h
Meropenem (EV) - 1 g de 8/8h
Tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles:
O que fazer diante de infecção invasiva confirmada por Streptococcus pyogenes?
Adicionar ao tratamento clindamicina (EV/VO) - 600 mg de 6/6h ou de 8/8h
Opções de tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles em situações específicas:
Alergia a penicilina
Betalactâmicos podem ser usados em alguns casos de alergia a penicilina.
Em reações graves preferir vancomicina, teicoplanina, daptomicina e linezolida.
Para cobertura de gram negativos, fluoroquinolonas e aminoglicosídeos podem ser usados.
Opções de tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles em situações específicas:
Gestante
Preferência para vancomicina, daptomicina, cefazolina e clindamicina, que são categoria B.
Piperacilina + tazobactam é categoria C se usado no 1º e 2º trimestre e categoria B se usado no 3º trimestre.
Linezolida, teicoplanina e meropenem são categoria C.
Opções de tratamento de infecções GRAVES de pele e partes moles em situações específicas:
Lactante
Vancomicina, teicoplanina, cefazolina, piperacilina + tazobactam e clindamicina são compatíveis com a amamentação.
Daptomicina e meropenem devem ser usados de forma criteriosa.
Linezolida é contraindicada.
Reação infusional à vancomicina:
Características
Mais comum na administração EV.
Reação idiossincrática – Pode ocorrer na primeira administração.
Geralmente associada à velocidade de infusão.
Ativação mastocitária direta - Diferente de reação imunomediada por IgE (anafilaxia).
Reação infusional à vancomicina:
Medicações predisponentes
Opioides, bloqueadores e relaxantes musculares, contraste iodado
Reação infusional à vancomicina:
Sintomas leves
Eritema ou rubor sem queixa do paciente
Reação infusional à vancomicina:
Conduta se sintomas leves
Diminuir taxa de infusão pela metade da infusão prévia
Reação infusional à vancomicina:
Sintomas moderados
Prurido intenso ou eritema progressivo, sem instabilidade hemodinâmica ou espasmo muscular/dor no peito
Reação infusional à vancomicina:
Conduta se sintomas moderados
Pausar infusão, administrar anti-histamínicos EV/VO e retomar infusão na metade da velocidade de infusão anterior ou a 10 mg/min, o que for menor
Reação infusional à vancomicina:
Sintomas graves
Espasmos musculares, hipotensão ou dor torácica
Reação infusional à vancomicina:
Conduta se sintomas graves
Pausar infusão, administrar anti-histamínicos e, se hipotensão, administrar expansão volêmica com cristaloide
Resolvidos os sintomas, a infusão pode ser retomada na velocidade de infusão de 4 horas ou mais, com monitorização hemodinâmica constante
Reação infusional à vancomicina:
Quando considerar anafilaxia?
Diferenciar a reação infusional de um quadro anafilático pode ser um desafio.
Se presença de edema laríngeo, sibilos, dor abdominal ou urticária, considerar administrar adrenalina para tratamento de anafilaxia.
Reação infusional à vancomicina:
Prevenção
Diminuição de taxas de infusão (10 mg/min ou até menos) em indivíduos em uso concomitante de medicações
predisponentes.
Considerar pré-medicação com anti-histamínicos em casos de doses acima de 1 g ou velocidade de infusão muito superior a 10 mg/min.
Micro-organismos (S. pyogenes | MSSA | CA-MRSA | HA-MRSA) e cobertura antimicrobiana (penicilinas naturais e aminopenicilinas | penicilinas antiestafilocócicas | cefalosporinas e carbapenêmicos | clindamicina, sulfametoxazol-trimetoprima e doxiciclina | vancomicina, teicoplanina, daptomicina, linezolida e ceftarolina)