Infecções da Vias Superiores e Perigloticas - Flashcards do Slide
- Qual a prevalência de resfriado comum em crianças no primeiro ano de vida?
Cerca de 50% das crianças em creches têm 6 a 8 episódios de resfriado comum ao ano.
- Quais os principais agentes etiológicos do resfriado comum?
Rinovírus (com mais de 200 sorotipos) e coronavírus são os principais causadores.
- Como ocorre a transmissão do resfriado comum?
Por meio de contato direto (mãos), aerossóis e deposição de partículas.
- Descreva a fisiopatologia do resfriado comum.
Envolve infecção viral das vias aéreas, com ação sobre o epitélio nasal, resultando em inflamação e aumento da permeabilidade da mucosa sem destruição epitelial.
- Quais são os sintomas iniciais do resfriado comum?
Febre, obstrução nasal, coriza, dor de garganta e tosse, geralmente surgem entre 1 e 3 dias após a infecção e duram até 2 semanas.
- Qual é o método de diagnóstico do resfriado comum?
O diagnóstico é clínico, sem necessidade de exames complementares.
- Quais são as complicações possíveis do resfriado comum?
As principais complicações incluem sinusite bacteriana aguda e otite média aguda.
- Qual é o tratamento indicado para o resfriado comum?
Inclui hidratação oral, irrigação nasal com solução salina e uso de antipiréticos. Xaropes para tosse não são recomendados.
- Por que xaropes para tosse não são recomendados no tratamento do resfriado comum?
Eles não são eficazes e podem ter efeitos colaterais adversos em crianças.
- Como ocorre a eliminação viral no resfriado comum?
A eliminação viral geralmente atinge o pico entre 3 a 5 dias após o início dos sintomas.
- Quais são os sinais clínicos observados no exame físico de um paciente com resfriado comum?
Podem incluir febre, sintomas nasais como obstrução e coriza, dor de garganta e tosse.
- Caso Clínico 1: Uma criança de 2 anos apresenta febre, coriza e tosse há 3 dias. Não há sinais de complicações como otite ou sinusite. Qual o diagnóstico mais provável e a conduta inicial recomendada?
Resposta: Diagnóstico de resfriado comum. Conduta: tratamento sintomático com hidratação oral, irrigação nasal e antipiréticos, sem uso de xaropes.
- Caso Clínico 2: Um lactente de 1 ano frequentador de creche apresenta febre e obstrução nasal persistentes por 5 dias, além de secreção nasal purulenta. Quais exames e manejos são indicados?
Resposta: Considerar diagnóstico de sinusite bacteriana aguda, avaliação clínica e, se necessário, antibioticoterapia.
- Caso Clínico 3: Criança de 4 anos com quadro de febre baixa e sintomas nasais por mais de 10 dias sem melhora significativa. O que essa persistência pode indicar e qual a conduta?
Resposta: Persistência dos sintomas pode indicar evolução para sinusite bacteriana. Avaliar para possível introdução de antibióticos.
- Caso Clínico 4: Um pré-escolar de 3 anos apresenta febre, dor de garganta, coriza e tosse intensa. Os pais relatam que os sintomas pioram durante a noite. Qual é a abordagem recomendada para o manejo da tosse neste caso?
Resposta: O manejo inclui irrigação nasal e antipiréticos. Xaropes para tosse não são recomendados devido à eficácia limitada e possíveis efeitos colaterais.
- Qual é a prevalência de sinusite bacteriana aguda?
A sinusite bacteriana é uma complicação comum após resfriados prolongados, especialmente em crianças.
- Quais os agentes etiológicos principais da sinusite bacteriana aguda?
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis.
- Como a sinusite bacteriana aguda é classificada quanto à duração?
Em aguda, subaguda, crônica e recorrente.
- Descreva a fisiopatologia da sinusite bacteriana aguda.
Inicia-se com edema da mucosa e obstrução do seio, que leva ao acúmulo de muco e proliferação bacteriana.
- Quais são os principais sintomas que indicam sinusite bacteriana aguda?
Secreção nasal espessa e purulenta, dor facial intensa, febre maior que 38°C e sintomas que persistem por mais de 10 dias.
- Qual o diagnóstico diferencial entre sinusite viral e bacteriana?
A sinusite bacteriana é sugerida quando os sintomas persistem ou pioram após 10 dias, ou em caso de febre alta e secreção purulenta.
- Quais são as complicações orbitárias possíveis da sinusite bacteriana?
Incluem celulite periorbital e celulite orbital, com sintomas como edema palpebral e proptose.
- Quais são as principais complicações intracranianas da sinusite bacteriana aguda?
Abcesso epidural, meningite, trombose do seio cavernoso e abcesso cerebral.
- Como é feito o diagnóstico de sinusite bacteriana aguda?
É clínico, baseado nos sintomas e na duração, sem necessidade de tomografia ou raio-x.
- Quais são os principais fatores de risco para sinusite bacteriana aguda?
Incluem IVAS, rinite alérgica, exposição ao tabaco, imunodeficiências, e defeitos anatômicos.
- Como é realizado o tratamento da sinusite bacteriana aguda?
Com antibioticoterapia, geralmente Amoxicilina ou Amoxicilina + Clavulanato, além de suporte com antipiréticos e hidratação.
- Qual o esquema terapêutico recomendado para sinusite bacteriana aguda?
Amoxicilina 90 mg/kg/dia, dividida em duas doses diárias, por pelo menos 10 dias ou até 7 dias após a melhora.
- Caso Clínico 1: Uma criança de 6 anos apresenta-se com febre alta, dor facial unilateral e secreção nasal purulenta há mais de 10 dias. Qual é o diagnóstico mais provável e o tratamento recomendado?
Resposta: Diagnóstico de sinusite bacteriana aguda; iniciar antibioticoterapia com Amoxicilina ou Amoxicilina + Clavulanato.
- Quando deve ser considerada a hospitalização em casos de sinusite bacteriana?
Em casos de complicações orbitárias ou intracranianas, ou se houver falha no tratamento ambulatorial.
- Caso Clínico 2: Um paciente de 4 anos com congestão nasal e febre persistente apresenta quadro de edema e dor ao redor dos olhos. Qual a suspeita diagnóstica e o próximo passo?
Resposta: Suspeita de celulite periorbital secundária à sinusite bacteriana; considerar hospitalização e tratamento com antibióticos intravenosos.
- Caso Clínico 3: Criança de 3 anos com sintomas de IVAS há 12 dias sem melhora significativa. Quais são os critérios para diferenciar sinusite bacteriana de uma infecção viral?
Resposta: Persistência de sintomas por mais de 10 dias ou febre alta com secreção nasal purulenta indicam sinusite bacteriana.
- Caso Clínico 4: Uma criança com histórico de sinusite apresenta cefaleia intensa e sinais de proptose ocular. Qual a principal suspeita e a conduta inicial?
Resposta: Suspeita de complicação orbital (celulite orbitaria) secundária; hospitalização e antibioticoterapia intravenosa.
- Qual é o agente etiológico mais comum da síndrome gripal?
Vírus influenza, especialmente subtipos A (H1N1, H3N2) e B (Victoria, Yamagata).
- Quais os principais grupos de risco para a síndrome gripal?
Pessoas com comorbidades pulmonares, cardíacas, neurológicas, imunossupressão e residentes em instituições de longa permanência.
- Como é feita a transmissão do vírus influenza?
Por gotículas respiratórias e contato direto com secreções.
- Qual a fisiopatologia básica da síndrome gripal?
O vírus infecta as células epiteliais ciliadas, causando perda de função e descamação epitelial, resultando em diminuição da produção de muco.
- Quais são os principais sintomas da síndrome gripal?
Febre, mialgia, calafrios, mal-estar, anorexia e sintomas respiratórios leves.
- Como é realizado o diagnóstico da síndrome gripal?
Pode ser clínico, mas casos graves são confirmados por aspirado nasofaríngeo ou swabs de nasofaringe e orofaringe.
- Quais são os sinais de gravidade na síndrome gripal?
Dispneia, desconforto respiratório, saturação de O2 menor que 95%, e exacerbação de doenças persistentes.
- Quando deve ser feita a notificação na síndrome gripal?
Notifica-se todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
- Quais complicações podem surgir da síndrome gripal?
Otite média aguda, pneumonia, encefalite, miosite e até insuficiência renal.
- Qual é o tratamento de primeira linha para síndrome gripal leve?
Medicação sintomática, aumento da ingestão de líquidos e acompanhamento ambulatorial.
- Quando é indicado o uso de Oseltamivir no tratamento da síndrome gripal?
Em pacientes com fator de risco ou em casos de agravamento dos sintomas.
- Quais fármacos podem ser utilizados em pacientes graves com síndrome gripal?
Oseltamivir, antibióticos para prevenção de infecções secundárias, oxigenoterapia e corticosteroides em alguns casos.
- Qual é o esquema de tratamento para pacientes internados com síndrome gripal?
Inclui Oseltamivir, antibioticoterapia, oxigenoterapia, hidratação e exames complementares para monitoramento.
- Caso Clínico 1: Um paciente de 5 anos com diagnóstico de síndrome gripal desenvolve febre persistente, dificuldade respiratória e saturação de O2 de 94%. Qual a conduta inicial?
Resposta: Paciente apresenta sinais de SRAG; iniciar Oseltamivir e considerar internação com oxigenoterapia.
- Caso Clínico 2: Criança de 4 anos, com comorbidades cardíacas, apresenta febre, calafrios e tosse. Qual a abordagem recomendada para prevenção de complicações?
Resposta: Iniciar Oseltamivir precocemente e monitorar sinais de agravamento; indicar internação se sintomas piorarem.
- Caso Clínico 3: Paciente de 2 anos em acompanhamento ambulatorial apresenta piora dos sintomas de síndrome gripal, incluindo prostração e desconforto respiratório. Qual a conduta?
Resposta: Avaliar a necessidade de internação e iniciar suporte respiratório, além de monitorar o quadro clínico.
- Caso Clínico 4: Uma criança de 3 anos com febre e mialgia apresenta início de sintomas respiratórios leves. Quando o uso de Oseltamivir é recomendado neste caso?
Resposta: Oseltamivir é recomendado em caso de presença de fatores de risco ou sinais de piora clínica.
- Qual a prevalência da otite média aguda (OMA) em crianças?
É mais frequente nos primeiros dois anos de vida.
- Quais são os agentes etiológicos mais comuns da OMA?
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae não tipável e Moraxella catarrhalis.
- Descreva a fisiopatologia da otite média aguda.
Inicia-se com inflamação da mucosa da tuba auditiva após IVAS, levando ao acúmulo de secreção na orelha média e proliferação bacteriana.
- Quais são os sintomas clínicos característicos da OMA?
Febre, otalgia, hipoacusia e, em lactentes, irritabilidade e alterações no sono.
- Como a otoscopia ajuda no diagnóstico de OMA?
A membrana timpânica apresenta-se opaca, abaulada e sem mobilidade à insuflação pneumática.
- Quais fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de OMA?
Idade, exposição ao tabaco, perfil socioeconômico e frequência a creches.
- Qual é a complicação mais comum associada à OMA?
Mastoidite aguda, que pode evoluir com inflamação retroauricular e deslocamento do pavilhão auricular.
- Como é feito o diagnóstico da otite média aguda?
É clínico, baseado em sintomas e exame físico. Radiografia é solicitada apenas em casos de mastoidite.
- Qual é o tratamento de primeira linha para OMA em crianças?
Amoxicilina em dose padrão (40-45 mg/kg/dia) ou em dose alta (80-90 mg/kg/dia) por 10 dias.