INF 2 Flashcards

1
Q

Descreva o vírus HIV.

A

.RNA fita simples (retrovírus)
.HIV-1: maiora no mundo e Brasil
.HIV-2: África
.Enzimas replicativas
.Envelope lipoproteico

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2
Q

Descreva o ciclo viral do HIV.

A

Fusão com membrana plasmática > RNA convertido em DNA pela TRANSCRIPTASE > DNA viral integrado ao DNA hospedeiro pela INTEGRASE > DNA viral gerara RNA viral > RNA viral separado em partes menores pela PROTEASE > novos vírus

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3
Q

Descreva a fisiopatologia da AIDS.

A

HIV > linf T CD4 > resposte imune comprometida, pois o CD4 é o ‘‘maestro’’ da resposta imune > infecções e neoplasias oportunistas

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4
Q

A infecção pelo HIV é uma doença curável?

A

Atualmente não, a pessoa vive com HIV, embora controlada

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5
Q

Por que se diz que a PVHIV apresenta envelhecimento precoce (aterosclerose/neoplasia)?

A

Pois esses pacientes vivem em um estado de atividade imune crônica. O tratamento é capaz de retardar esse processo, mas não impedí-lo.

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6
Q

Qual a contagem de CD4 normal?

A

~1000/ml

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7
Q

Descreva o gráfico da evolução de CV e CD4.

A

.Fase aguda: elevadíssima CV // baixíssimo CD4

.Fase latente clínica: queda parcial da CV // recuperação de CD4
-set-point (valor da CV no quadro estável)
-queda progressiva do CD4 (50/ano)

.Fase avançada (AIDS): CV progressivamente elevada / CD4 progressivamente reduzida
-em torno de 10 anos desde a infecção
-CD4 <200

.Óbito: cerca de 1,5a após AIDS

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8
Q

Qual a clínica da fase aguda da infecção pelo HIV?

A

MONONUCLEOSE-LIKE!
Sempre investigar HIV na suspeita de mononucleose

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9
Q

Qual o tempo necessário para soroconversão na fase aguda do HIV (teste rápido + para HIV)?

A

Pelo menos 30 dias! Antes disso a infecção pelo HIV não será positiva no teste rápido. Nessa fase aguda, o diagnóstico ocorre pela CV (a partir de 7-10 dias).

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10
Q

Qual a clínica da fase de latência clínica da infecção pelo HIV?

A

.Assintomático
.Linfadenopatia generalizada persistente (>2 cadeias extrainguinais por pelo menos 3 meses)
.Queda da CV ~50/ano

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11
Q

Qual a definição de AIDS?

A

Infecção pelo HIV + um:
.CD4 <200

.Fungos: Cândida esofágica ou VA, Pneumocistose pulmonar, Histoplasmose disseminada

.TB extrapulmonar

.Vírus: CMV (exceto fígado, baço, linfo) e JC (Leucoencefalopatia multifocal progressiva)

.Neoplasia: Ca cervical invasivo, Kaposi (HHV8), Linfoma não-Hodgkin

.Parisitas: neurotoxoplasmose, Chagas agudo

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12
Q

Como é o diagnóstico da infecção pelo HIV?

A

CONFERIR ISSO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
.Anticorpos: dois imunoensaios ou dois testes rápidos positivos
-se positivos: dosar CV para confirmar o diagnóstico
-se negativos: descartar diagnóstico ou, se alta suspeita, repetir em 30 dias (janela imunológica)
-se discordantes: Western Blot ou Imunoblot (exames mais específicos)

.<18 meses: duas CV positivas (sorologia pode confundir com anticorpo materno)

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13
Q

Quais situações especiais para uso de teste rápido ao invés de imunoensaios?

A

Quando preciso de diagnóstico rápido, como:
-gestantes sem pré-natal em trabalho de parto
-campanhas públicas
-acidente de perfuração

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14
Q

O que falta para completar o diagnóstico?
A) 6 meses, CV+
B) 10 anos, IE +
C) 15 anos, TR +
D) 30 anos, 2 TR +, CV+

A

A) 6 meses, CV+: falta uma CV
B) 10 anos, IE +: falta um IE e uma CV
C) 15 anos, TR +: falta um TR e uma CV
D) 30 anos, 2 TR +, CV+: confirmado o diagnóstico

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15
Q

Quais os alvos farmacológicos da TARV?

A

.Transcriptase revesa
.Integrase
.Protease

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16
Q

Quando a TARV é uma emergência?

A

Acidente ocupacional
VS

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17
Q

Quando posso suspender a TARV?

A

É tratamento de uso contínuo, não podendo ser suspenso!

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18
Q

Como é composto a TARV, em questão de número de drogas?

A

No mínimo 3 drogas!

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19
Q

Quando está indicada a TARV?

A

Para todas as PVHIV.

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20
Q

A PVHIV com CV indetectável continua transmitindo o vírus?

A

NÃO!! Pode realizar sexo sem camisinha

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21
Q

Qual o objetivo da TARV? Em quanto tempo avaliar?

A

CV indetectável em 6 meses

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22
Q

Qual o arsenal terapêutico da TARV?

A

.Inibidores de transcriptase reversa:
-Zidovudina (AZT)
-Tenofovir (TDF)
-Lamivudina (3TC)
-Efavirenz (EFV)

.Inibidores de integrase:
-Dolutegravir (DTG)
-Raltegravir (RAL)

.Inibidores de protease:
-Atazanavir com ritonavir (ATV/r)
-Lopinavir com ritonavir (LPV/r)

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23
Q

Qual a dupla dinâmica que está quase sempre na TARV?

A

TDF + 3TC

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24
Q

Quais os efeitos colaterais da TARV:
A) TDF
B) 3TC
C) DTG
D) EFV

A

A) TDF: nefrotoxicidade e perda de massa óssea

B) 3TC: bem tolerado

C) DTG: cefaleia

D) EFV (‘‘efavironha’’): neuropsiquiátricos (semelhante a maconha), sonolência, rash

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25
Q

Qual o melhor antirretroviral no Brasil?

A

DTG: baixa resistência, alta potência, boa tolerabilidade

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26
Q

Qual o esquema de TARV inicial para a população geral?

A

TDF + 3TC + DTG

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27
Q

Qual o esquema de TARV inicial para HIV + TB?

A

.1o tratar a TB por 2 semanas, depois iniciar TARV (evita resposta imune exacerbada no pulmão)
.Problema: Rifampicina reduz os níveis de DTG
.Genotipagem:
-sensível ao EFV: TDF + 3TC + EFV
-resistente ao EFV ou genotipagem indisponível: TDF + 3TC + DTG dose dobrada (até terminar Rifampicina)

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28
Q

Qual o esquema de TARV inicial para a gestante?

A

<13 sem: TDF + 3TC + EFV (ou ATV/r se genotipagem indisponível)
>13 sem: TDF + 3TC + DTG

Se gestante já fazia uso de TARV, deverá mantê-la da mesma forma, exceto com o DTG que deve ser evitado no 1o tri (defeito no fechamento do tubo neural)

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29
Q

Quais condições para iniciar profilaxia pós-exposição do HIV?

A

.Até 72h, ideal até 2h
.Material infectante: sangue, fluido genital, líquidos (serosa, líquor)
.Acidente: percutâneo, mucoso, pele não íntegra

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30
Q

Qual a conduta na profilaxia pós-exposição do HIV com TR:
A) Exposto +
B) Fonte -
C) Exposto - e Fonte +
D) Fonte desconhecida

A

A) Exposto +: não é profilaxia, é TARV!
B) Fonte -: não é necessário profilaxia
C) Exposto - e Fonte +: profilaxia
D) Fonte desconhecida: profilaxia

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31
Q

Qual o esquema para profilaxia pós-exposição do HIV?

A

Igual o tratamento, mas por 28 dias

32
Q

Quando está indicada a profilaxia pré-exposição do HIV?

A

.Homens que fazem sexo com homens
.Transexuais
.Profissionais do sexo
.Casais sorodiscordantes

33
Q

Como é o esquema de profilaxia pré-exposição do HIV?

A

TDF + FTC (entricitabina) todos os dias

34
Q

Como a prova mostra para nós que o PVHIV está em risco de pneumocistose?

A

CD4 <200
Candidíase

35
Q

Qual a clínica e laboratório da pneumocistose?

A

.Quadro arrastado
.Tosse seca
.Dispneia
.AP normal
.Gasometria arterial: hipoxemia e alcalose respiratório
.LDH muito elevada (>LDH) ~ao contrário de TB

36
Q

Como é o rX na pneumocistose?

A

.Infiltrado intersticial bilateral
.Pneumatoceles (raro)
.Geralmente poupa ápices (ao contrário de TB)

.DUVIDE DO DX SE:
-adenopatia hilar (TB)
-derrame pleural

37
Q

Como é feito o diagnóstico da pneumocistose?

A

.Clínica + laboratório + rX

Se dúvida:
.Escarro com coloração por prata metenamina ou Grocott

38
Q

Como é o tratamento da pneumocistose?

A

.SMX-TMP 21 dias
-leve: VO
-grave: EV

.Corticoide se: PaO2 <70

39
Q

Quando é indicado a profilaxia 1a da pneumocistose?

A

.CD4 <200
.Candidíase oral
.Febre >2 semanas sem diagnóstico

40
Q

Como é feito a profilaxia 1a da pneumocistose?

A

SMX + TMP

41
Q

Como é o tratamento da TB concomitante ao HIV?

A

Iniciar com RIPE, depois de 2 semanas iniciar TARV

42
Q

Qual o espectro da Neuroaids?

A

.Meningite: Neurocriptococose

.Encefalite (lesão focal): Neurotoxoplasmose, Linfoma primário do SNC, LEMP

.Encefalite (lesão difusa): complexo demencial da AIDS

43
Q

Qual o agente da neurocriptococose?

A

Cryptococcus neoformans

44
Q

Qual a clínica da neurocriptococose?

A

.Meningite mais arrastada
.Febre
.Cefaleia
.Raros sinais meníngeos
.HIPERTENSÃO INTRACRANIANA com PARALISIA DE SEXTO PAR

45
Q

Como é o diagnóstico da neurocriptococose?

A

LCR:
.Pressão de saída muito elevada
.Pleocitose mononuclear leve
.Proteinorraquia
.Hipoglicorraquia
.Tinta Nanquim (da China) positivo
.Cultura
.Antígeno criptocócio sérico

46
Q

Qual o tratamento da neurocriptococose?

A

.Anfotericina B + Flucitosina

.Punção lombar de alívio se P >25cm H2O ou paralisia de VI par (deixar gotejar 20-30ml)

47
Q

Qual o espectro de encefalite com lesão focal na PVHIV?

A

.Neurotoxo
.Linfoma primário do SNC (não-Hodgkin)
.LEMP

48
Q

Qual a clínica da neurotoxoplasmose?

A

.Febre baixa, cefaleia
.Déficit neurológico súbito

49
Q

Como é o diagnóstico da neurotoxoplasmose?

A

TC de crânio COM CONTRASTE
.sem contraste: lesão hipodensa (igual AVC)
.com contraste: lesão hipodensa (inflamatório) com centro hiperdenso (necrótico)

50
Q

Como é o tratamento da neurotoxoplasmose?

A

.Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác folínico

ou

.SMX + TMP

51
Q

Quando é indicada a profilaxia da neurotoxoplasmose?

A

IgG+ para toxo + CD4 <100

52
Q

Como é feito a profilaxia da neurotoxoplasmose?

A

SMX + TMP

53
Q

Qual o agente do linfoma primário do SNC?

A

EBV

54
Q

Qual a clínica do linfoma primário do SNC?

A

.Déficit neurológico
.Geralmente é o paciente tratado para neurotoxo, mas sem melhora em 2 semanas de tratamento (o achado radiológico dos dois é igual)

55
Q

Como é o diagnóstico do linfoma primário do SNC?

A

.CD4 <50
.LCR com EBV+
.RNM com lesão ÚNICA
.Biópsia (obrigatório)

56
Q

Qual o tratamento do linfoma primário do SNC?

A

RT paliativa…

57
Q

Qual o agente da leucoencefalopatia multifocal progressiva?

A

Vírus JC

58
Q

Qual a clínica da leucoencefalopatia multifocal progressiva?

A

.’‘Múltiplos AVCs’’
.Déficits neurológicos progressivos

59
Q

Como é o diagnóstico da leucoencefalopatia multifocal progressiva?

A

.RNM: hiperintensidade em T2

60
Q

Qual o tratamento da leucoencefalopatia multifocal progressiva?

A

Não há tratamento específico, apenas otimizar TARV

61
Q

Qual o agente do complexo demencial da AIDS?

A

O próprio HIV

62
Q

Qual a clínica do complexo demencial da AIDS?

A

.Demência em pacientes jovens
.Alteração motora
.Alteração comportamental

63
Q

Como é o diagnóstico do complexo demencial da AIDS?

A

.RNM: atrofia cerebral

64
Q

Qual o tratamento do complexo demencial da AIDS?

A

Otimizar TARV

65
Q

Quais os cuidados imediatos no parto com o RN em risco de HIV vertical?

A

.Evitar amniotomia, fórcipe e bolsa rota >4h
.Clampeamento imediato do cordão
.Banho em sala de parto
.Evitar procedimentos invasivos
.Aspirar vias aéreas, se necessário, delicadamente!!

66
Q

O AM é contraindicado na mãe HIV+?

A

Sim

67
Q

Qual a classificação de risco para o RN com exposição perinatal?

A

.Baixo risco: uso de TARV desde 1a metade E CV indetectável após 28sem E sem falha de adesão

.Alto risco:
-sem pré-natal
-sem TARV na gestação
-com indicação de profilaxia no parto e não recebeu
-início de TARV após 2a metade da gestação
-infecção aguda pelo HIV durante gestação
-CV detectável no 3o tri
-CV desconhecida
-TR+ no momento do parto

68
Q

Qual a conduta no RN com baixo risco de transmissão vertical do HIV?

A

Zidovudina (AZT) por 28 dias, começar de preferência nas primeiras 48h

69
Q

Qual a conduta no RN com alto risco de transmissão vertical do HIV?

A

Depende da IG:
Termo e pós-termo (>37s): AZT + 3TC + RAL (Raltegravir) por 28d

Pré-termo tardio (34-37s): AZT + 3TC (28d) + NVP (Nevirapina 14d)

Pré-termo precoce (<34s): AZT 28d

70
Q

Quando está indicada a profilaxia 1a da pneumocistose para os RN em risco de transmissão vertical?

A

Todos os RNs a partir de 4 semanas.
Suspender apenas se afastar o diagnóstico ou após o 1o ano de vida.

71
Q

Como é feito o diagnóstico do RN com risco de transmissão vertical do HIV?

A

1a CV: ao nascer (antes do ARV)
2a CV: 2 semanas
3a CV: 6 semanas
4a CV: 12 semanas

Se CV positiva, repetir imediatamente.

HIV+ se 2 resultados >5000

*Aos 12 meses: sorologia
-positivo: repetir em 18m (pode ser Ac materno)
-negativo: sororreversão!

72
Q

Qual a conduta se a PVHIV em uso de TARV recebe o diagnóstico de TB?

A

Manter TARV e iniciar RIPE, ajustar medicações para diminuir toxicidade (se estiver usando inibidores da protease, substituir rifampicina por rifabutina)

73
Q

Gestante 39s sem pré-natal, chega ao PS com contrações (30’ 30’ em 10min) e dilatação 3cm. TRHIV+. Qual a conduta?

A

AZT EV + cesárea em 3 horas

74
Q

O que é a leucoplasia pilosa?

A

Infecção oportunista do EBV, placa branca em bordo lateral da língua, não removível com raspagem. Indica imunodepressão

75
Q

Homem 33a HIV+ com CV <40 e CD4 550. Deseja ser vacinado para FA. Qual a orientação?

A

Vacinação permitida (CD4 >200), dose normal

76
Q

Quando e por quê está indicada a Azitromicina profilática na PVHIV?

A

.CD4 <50
.M avium