HIV na Gestação Flashcards

1
Q

ACONSELHAMENTO PRÉ-CONCEPCIONAL

A

੦ diminuir carga viral
੦ melhorar condições imunológicas (dieta, atividade física, desaconselhar álcool, drogas de vício e tabagismo)
੦ avaliar comorbidades
੦ avaliação psicossocial
੦ Avaliar a fertilidade do casal
੦ explicar redução de riscos
੦ explicar a importância do uso de preservativo
੦ coito programado x TARV pré e pós-exposição (parceiro HIV-) se concepção natural
੦ autoinseminação/FIV ou inseminação artificial

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2
Q

HIV com carga viral indetectável

A

indetectável = intransmissível

** sustentada por pelo menos 6 meses e em uso de TARV

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3
Q

ACONSELHAMENTO NA CONCEPÇÃO DE CASAIS SORODIFERENTES

A

HOMEM =
- Reprodução humana
- Inseminação/FIV
- Lavagem de esperma

MULHER =
- Autoinseminação (redução de risco da transmissão sexual)
- Procedimentos de reprodução humana assistida podem ser considerados

–> indetectável, sem coinfeção ativa, infecções genitais, infecções oportunistas = CONCEP´~AO NATURAL NO PERÍODO FÉRTIL

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4
Q

PROFILAXIA NA CONCEPÇÃO

A

Profilaxia pré (1° dia da menstruação) e/ou pós-exposição sexual parceira (2 horas antes ou até 2 horas após por 28 dias)

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5
Q

ACONSELHAMENTO NA CONCEPÇÃO DE CASAIS SOROIGUAIS

A

੦ orientações sobre estratégias para reduzir a TV
੦ TARV para casal, esquema adequado para gestação,
boa adesão
੦ CV indetectável e CD4 estável ≥ 6 meses
੦ sem infecções genitais
੦ sem coinfecções ativas
੦ sem infecções oportunistas ativas

–> Concepção natural planejada para o período fértil
–> Procedimentos de reprodução humana assistida podem ser considerados

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6
Q

DIAGNÓSTICO - QUANDO PEDIR

A

Triagem sorológica

੦ 1ª consulta pré-natal (1º trimestre)
੦ início 3° trimestre
੦ maternidade (parto)
੦ história de risco/violência

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7
Q

QUAL A TRIAGEM SOROLÓGICA

A

੦ teste rápido
੦ teste laboratorial (se resultado até 14 dias)

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8
Q

FLUXOGRAMA NA INTERPRETAÇÃO DO TESTE RÁPIDO

A

NEGATIVO –> NEG P/ HIV

POSITIVO –> 2º TESTE OUTRO FABRICANTE
- NEG = REPETIR [neg. de novo = utilizar método lab tradicional]
- POSITIVO = REAGENTE P/ HIV [SOLICITA CARGA VIRAL, GENOTIPAGEM E CD4 DE IMEDIATO]

–> NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA

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9
Q

FATORES DE RISCO PARA TRANSMISSÃO VERTICAL DO RECÉM-NASCIDO

A

੦ prematuridade e baixo peso
੦ aleitamento materno

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10
Q

FATORES DE RISCO PARA TRANSMISSÃO VERTICAL DA MÃE

A

੦ carga viral
੦ terapia antirretroviral combinada (TARV)
੦ infecções associadas: hepatites C e B, sífilis, CMV,
TB, toxoplasmose, herpes genital, HPV
੦ uso de drogas de vício/sexo desprotegido

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11
Q

FATORES DE RISCO PARA TRANSMISSÃO VERTICAL - OBSTÉTRICOS

A

੦ 3º trimestre de gestação
੦ procedimentos invasivos
੦ via de parto
੦ rotura das membranas (> 4 horas)
੦ trabalho de parto prolongado
੦ manobras no parto (amniotomia, episiotomia, uso do fórcipe)

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12
Q

QUAL O RISCO DE TV? (%)

A

੦ 30-45%
੦ se acompanhamento e condutas adequadas:
* menos de 2% TV
੦ se em uso de TARV e:
* CV < 1.000 cópias – menor que 1%
* indetectável – quase desprezíve

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13
Q

CUIDADOS PRÉ-NATAIS

A

੦ equipe multiprofissional
੦ anamnese e EF detalhados na primeira consulta
੦ perfil pré-natal geral e sorologias

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14
Q

EXAMES PRÉ-NATAIS - AVALIAÇÃO LABORATORIAL

A

੦ hematológica – hemograma, plaquetas (mensal/
bimestral/trimestral)
੦ ABO+Rh – se Rh neg, Coombs indireto
੦ renal
੦ hepática
੦ perfil metabólico (glicemia e lipídios)
੦ TOTG – 75 g
੦ swab para pesquisa de Streptococcus do grupo B
੦ urina e urocultura
੦ sorologias

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15
Q

SOROLOGIAS NA AVALIAÇÃO PRÉ-NATAL

A

੦ sífilis
੦ rubéola
੦ toxoplasmose
੦ CMV
੦ hepatites A, B e C
੦ herpes
੦ HTLV
੦ chagas (se grupo de risco)

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16
Q

EXAMES PRÉ-NATAIS - COLPOCITOLOGIA ONCOLÓGICA

A

੦ citologia vaginal alterada
੦ lesão suspeita no trato genital inferior
੦ lesões resultantes de HPV

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17
Q

RASTREAMENTO PARA TUBERCULOSE

A

੦ teste tuberculínico de Mantoux – PPD
* se ≥ 5 mm – investigar tuberculose ativa
> se positiva – tratar com esquema
completo
> se negativa – iniciar isoniazida + piridoxina
੦ diagnóstico e tratamento de ISTs e de infecções
vaginais
੦ prevenção TPP/RPMO
੦ fundoscopia: CD4 < 50

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18
Q

ULTRASSONOGRAFIAS

A

੦ 1° trimestre morfológico
੦ 2° trimestre morfológico
੦ 3° trimestre
੦ cardiotocografia e Doppler > 30 semanas (patologias associadas)
੦ ecocardiografia fetal

19
Q

GENOTIPAGEM OBRIGATÓRIA ANTES DO 1º TRATAMENTO

A

Carga viral e contagem de linfócitos T-CD4
੦ estágio da doença
੦ tratamento/alterações de TARV
੦ profilaxia da transmissão vertical e oportunistas

20
Q

Quando fazer os três exames de CV-HIV durante a gestação?

A
  1. na primeira consulta do PN
  2. quatro semanas após a introdução ou mudança da TARV
  3. a partir da 34ª semana, para indicação da via de parto
21
Q

Quando fazer a Contagem de LT-CD4+?

A
  1. na primeira consulta de PN
  2. a cada três meses durante a gestação
  3. na 34ª semana
22
Q

CUIDADOS GERAIS NOS PRÉ-NATAIS

A

੦ evitar procedimentos invasivos
੦ ênfase no uso constante do preservativo
੦ desaconselhados tabagismo e drogas ilícitas
੦ suplementação de ferro e ácido fólico

23
Q

VACINAS RECOMENDADAS

A

੦ Haemophilus tipo b (menores de 19 anos não vacinadas)
੦ dT/dTPa
੦ hepatite A
੦ hepatite B
੦ pneumocócica
੦ meningocócica conjugada
੦ influenza/H1N1
੦ febre amarela (risco x benefício)

–> Adiar se sintomática/imunodeficiência grave (CD4 < 200)
–> Evitar no final da gestação (pode aumentar CV - 4 semanas antes do parto)
–> Imunoglobulinas profilaxia - HBIG e VVZ (pós-exposição)

24
Q

PROFILAXIA - QUAIS SÃO AS INFECÇÕES OPORTUNISTAS?

A

PNEUMOCYSTIS JIROVECII

TOXO

MICOBACTÉRIAS DO COMPLEXO AVIUM

25
Q

QUANDO E COMO FAZER PROFILAXIA PARA TOXO?

A

< 100 cel/mm3

Sulfametoxazol + Trimetoprima a 800 mg/160 mg 1x/dia

26
Q

QUANDO E COMO FAZER PROFILAXIA PARA PNEUMOCYSTIS JIROVECII?

A

< 200 cel/mm3

Sulfametoxazol + Trimetoprima 800 mg/160 mg 3x/sem

27
Q

QUANDO E COMO FAZER PROFILAXIA PARA MICOBACTÉRIAS DO COMPLEXO AVIUM?

A

< 50 cel/mm3

Sulfametoxazol + Trimetoprima a 800 mg/160mg 1x/dia + Azitromicina 1.200 a 1.500 mg 1x/semana

28
Q

QUANDO FAZER A TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (TARV)?

A

TODAS as gestantes HIV+ (independente de T-CD4 ou CV)

Tratamento materno + Profilaxia TV

TARV combinada

Não interrompida após o parto

29
Q

O QUE É A SÍNDROME INFLAMATÓRIA DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE?

A

QUADRO CLÍNICO DA CARÁTER INFLAMATÓRIO EXACERBADO

੦ relacionada ao início da TARV e à recuperação do sistema imunológico da pessoa em queda de carga viral do HIV

੦ piora da condição clínica do paciente após início da TARV, atribuída à recuperação da resposta imune a patógenos viáveis ou inviáveis

30
Q

COMO ESCOLHER A VIA DE PARTO?

A

SOLICITAR TARV CARGA VIRAL (34 SEM)

*** > 1.000 cópias/mL ou desconhecida = Cesárea eletiva 38 semanas, empelicado, com AZT EV, Manter TARV VO

*** Detectável < 1.000 cópias/mL = Sem contraindicação obstétrica // Parto vaginal com AZT EV, Manter TARV VO

*** Indetectável sustentada (< 50 cópias/mL) TARV = Sem contraindicação obstétrica // Parto vaginal, Manter TARV VO

31
Q

PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL

A

AZT frasco com 200 mg em 20 mL (10 mg/mL)
–>
Ataque – 2 mg/kg na primeira hora
Manutenção – 1 mg/kg/h até clampear cordão
–>
AZT IV iniciado 3 horas antes da intervenção cirúrgica ou antes do nascimento

*** manter horário habitual do TARV VO no dia do parto

32
Q

Gestante HIV + com diagnóstico de TPP antes de 34 semanas e bolsa íntegra. Conduta?

A
  • Realizar tocólise
  • Realizar corticoterapia 24-34 semanas
  • Profilaxia para infecção neonatal por GBS
  • Infundir AZT EV em conjunto com a tocólise, enquanto houver dinâmica uterina
33
Q

Gestante HIV + com diagnóstico de TPP após 34 semanas e bolsa íntegra. Conduta?

A
  • Profilaxia para infecção neonatal por SGB
  • Infundir AZT EV
  • Conduta baseada na CV
34
Q

Gestante HIV com necessidade de procedimento invasivo. Conduta?

A
  • Infundir AZT EV 2 mg/kg, 3 horas antes da punção
35
Q

Puerpério imediato de paciente HIV com atonia uterina. Conduta?

A
  • Não administrar derivado do Ergot em pacientes em uso de AR que utiliza citocromo P450 (IP)
36
Q

Gestante HIV + com RPMO < 34 semanas. Conduta?

A
  • Hiper-hidratação oral no oligoâmnio
  • Corticoide 24-34 semanas
  • Antibioticoterapia (latência e SGB)
  • Vigilância de infecção
37
Q

Gestante HIV + com RPMO > 34 semanas. Conduta?

A
  • AZT
  • Antibioticoterapia (SGB)
  • Depende do tempo de bolsa rota e trabalho de parto
  • NÃO INDUZIR (considerar somente em CV indetectável)
38
Q

Gestante com diagnóstico de HIV na admissão da maternidade ou que tinha cesariana agendada com 38 sem, em trabalho de parto com < 4 cm, bolsa íntegra ou BR. Conduta?

A
  • AZT EV
  • Cesárea
39
Q

Gestante com diagnóstico de HIV na admissão da maternidade, em trabalho de parto com ≥ 4 cm e BR ou íntegra. Conduta?

A
  • AZT EV
  • Individualizar
  • Parto vaginal, se parto com evolução rápida (preferência pela cesariana)
40
Q

CUIDADOS NO PARTO VAGINAL

A

੦ não realizar procedimentos invasivos
੦ iniciar AZT (se indicado) assim que chegar ao hospital
੦ preferir condução do trabalho de parto à indução (se membranas íntegras) – pode-se usar ocitocina
੦ evitar amniotomia e bolsa rota ≥ 4 horas
੦ evitar toques repetidos e conduzir o TP (partograma)
੦ evitar episiotomia e parto instrumentado
੦ clampear imediatamente o cordão (sem ordenha)
੦ limpar delicadamente as vias aéreas do RN

41
Q

CUIDADOS NO PUERPÉRIO

A

੦ inibição da lactação
* cabergolina – 2 comprimidos (0,5 mg), dose única
* enfaixamento/top
੦ reforçar adesão TARV – continuidade
੦ não isolar a paciente e o RN
੦ anticoncepção
੦ agendar retorno precoce
੦ apoio emocional e psicológico
੦ encaminhar para infectologista:
* seguimento/alteração TARV

42
Q

TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (MENOS DE 12 SEMANAS DE IDADE GESTACIONAL) - COM GENOTIPAGEM E AUSÊNCIA DE MUTAÇÕES CONTRA OS ITRNN

A

TENOFOVIR + LAMIVUDINA + EFAVIRENZ

(TDF + 3TC) + EFV

43
Q

TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (MENOS DE 12 SEMANAS DE IDADE GESTACIONAL) - SEM GENOTIPAGEM OU RESISTÊNCIA AOS ITRNN

A

TENOFOVIR + LAMIVUDINA + ATAZANAVIR

(TDF + 3TC) + ATV/r

44
Q

TERAPIA ANTIRRETROVIRAL (ACIMA DE 13 SEMANAS DE IDADE GESTACIONAL)

A

TENOFOVIR + LAMIVUDINA + DOLUTEGRAVIR

(TDF + 3TC) + DTG