HIV Flashcards

1
Q

Quais os tipos de vírus? Qual o tipo responsável pela maioria dos casos?

A

Dois tipos, HIV-1 e 2. Cada tipo é dividido em grupos M, N, O, P para o tipo 1. A-G para o tipo 2. Cada grupo é subdividido em clades.
(*) as clades podem se combinar entre si e formar formas recombinantes circulantes!
O HIV-1 do grupo M é responsável pela maioria dos casos.

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2
Q

Descrever o ciclo replicativo do HIV

A

1 - ligação da gp120 a molecula de cd4, ela está presente em três tipos celulares = linfócito t helper, monócito, célula dentrítica/langerhans
2- gp41 faz fusão do envelope com a memb da célula, seguido da inoculação do capsídeo com o rna dentro.
3- transcrição reversa
4- integração ao dna (a célula precisa estar ativada p/ o dna viral entrar no núcleo)

(*) o hiv causa ativação imune aberrante para a infecção ter sucesso.

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3
Q

História natural da doença

A
  • infecção primária - o vírus consegue atravessar uma mucosa íntegra pegando carona pelas céls dendríticas
  • entra em contato com linf tcd4 ativados
  • resposta imune controlando parcialmente a infecção
  • doença avançada - queda do cd4 até nível de imunossupressão
  • ativação aberrante do sistema inflamatório - o sistema imune fica ativado continuamente, isso facilita a replicação viral, causa exaustão celular, aterosclerose acelerada devido disfunção endotelial
  • fenômenos autoimunes - devido estimulação dos linf t e b ocorre hipergamaglobulinemia policlonal podendo ocorrer tbm produção de autoanticorpos

CCQ: infecção primária -> ataca GALT -> ataca linf t cd4 -> imunossupressão/inflamação/autoimune -> sintomática

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4
Q

Por que o indivíduo não fica imune ao HIV

A

pela grande capacidade de evoluir, quando o sistema imune está pronto pra combater (leva tempo) o vírus já mudou completamente. “o vírus está sempre um passo a frente do sistema imune”.

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5
Q

Por que o CD4 cai no HIV

A

Na infecção pelo HIV a todo momento os linfócitos T CD4+ são destruídos, sendo que aqueles que apresentam especificidade contra o vírus tendem a ser destruídos primeiro. Com o tempo, a capacidade do organismo em sustentar a produção de novos linfócitos T CD4+ é exaurida (possivelmente pela destruição de precursores no timo), e sua contagem entra em declínio progressivo!

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6
Q

Condições causadas pela ativação inflamatória crônica do HIV

A

É a sínd do envelhecimento acelerado.
• Osteopenia/Osteoporose.
• Diversas formas de câncer.
• Doenças cardiovasculares (ex.: IAM, AVC).
• Diabetes Mellitus (indução de resistência à
insulina).
• Doença renal crônica.
• Doença hepática crônica.
• Disfunção neurocognitiva (encefalopatia do
HIV).

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7
Q

Por que ocorre inflamação crônica no HIV

A

O GALT é um dos primeiros componentes do tecido linfoide a ser destruído fazendo com q a parede do tubo digestivo fique desprotegida favorecendo a invasão de germes.

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8
Q

Principais enzimas de replicação desse vírus

A

transcriptase reversa
protease
integrase

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9
Q

Alteração genética que protege contra o HIV

A

mutação do receptor CCR5

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10
Q

O que é a sínd retroviral aguda

A

“HIV aguda” sintomas inespecíficos na primo infecção.
Ocorre sínd mononucleose like: febre/rash, úlceras mucosas, adenomegalias, faringite/mialgia,

(**) infecção oportunista em 10 % dos casos (candidíase oral)!

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11
Q

Como fazer diagnóstico laboratorial do paciente que tem sínd retroviral aguda

A

detectar rna viral.

sorologia não serve nesse caso.

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12
Q

Conceito de linfadenopatia generalizada progressiva

A

linfonodos aumentados em 2 ou + cadeias extrainguinais, elásticos, >1cm, >3 meses.
Geralmente nas cadeias cervicais anterior e posterior.

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13
Q

Descrever os sintomas da fase sintomática

A

A fase sintomática (ao fim da história natural da doença*) tem duas fases, a precoce e a de aids propriamente dita.

Precoce (CD4 200-500): pode ocorrer candidíase oral, leucoplasia pilosa oral, herpes zoster, CA cervical in situ, tb pulmonar.

AIDS (CD4<200): pneumonia p. jiroveci, neurotoxo, sarcoma kaposi, linfoma primário, ca invasivo colo uterino, retinite por cmv, candidíase (esofago e taqueobronquica), criptococo extrapulmonar, tb extrapulmonar, reativação chagas

*tentar lembrar de toda a história natural (questão 3)

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14
Q

Doenças definidoras de AIDS

A
sarcoma kaposi
carcinoma invasivo colo uterino
candidíase "profunda" - esofago, traqueo bronquica
tb extrapulmonar
reativação de chagas
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15
Q

Como é feito o diagnóstico de AIDS

A

Diferente em dois grupos - de 18 meses pra baixo e a partir de 19 meses. Pois nos com menos de 18 meses (princ 12) a sorologia não garante diagnóstico! Pois tem anticorpo da mãe na criança dando falso positivo.

a) Em pct com 18 meses ou menos fazer a carga viral (quantifica rna viral) - 2 exames positivos fecham diagnóstico.

b) Sorologia + carga viral
Confirma com 2 testes rápidos positivos ou 1 elisa de 4ª geração + RNA acima de 5000 cópias.

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16
Q

Síndrome retroviral aguda (sintomas, quando ocorre)

A

Parece mononucleose: febre, rash, úlceras mucosas, adenomegalias, faringite, mialgia, infeccoes oportunistas em 10% dos pct (candidíase oral)

Ocorre entre a primeira e terceira semana apos a infeccao na maioria dos pct (50-90%)

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17
Q

O que é a molécula de cd4

A

cluster of differentation (grupamento de diferenciação 4) - cd4 é uma molécula que fica na superfície de algumas cels t, macrófagos, monócitos e céls dendríticas, é uma glicoproteína que tem 4 domínios de tipo imunoglobulinas

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18
Q

Duração do período de latência clínica

A

em média 10 anos

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19
Q

Fator mais importante na determinação da taxa de progressão da doença

A

carga viral, analisada apos 6 meses da infeccao inicial pois é nesse momento em que a cv atinge o set point, a magnitude desse set point tem relacao direta com a velocidade de queda do cd4

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20
Q

Que exame usar quando o teste molecular nao estiver disponivel

A

western blot

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21
Q

Quais os testes disponíveis

A

teste molecular, western blot, imunoblot elisa e quarta e terceira geracao
O elisa de quarta geração detecta: anticorpos anti-hiv e o antígeno p24

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22
Q

Depois de quanto tempo da infecção a pesquisa de anticorpos ant-hiv fica positiva

A

cerca de 8 semanas

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23
Q

Exames complementares iniciais para todo pct hiv+

A

Contagem cd4, carga viral, hemograma, lipidograma, gj, bioquimica hepatica, bioquimica renal, eas,
Parasitologico de fezes, testes nao treponemicos, sorologias para hepatites virais (A, B e C), igg anti-toxoplasma, sorologias para htlv I e II e chagas,
Prova tuberculinica (ppd), rx de tórax.
(*)htlv - virus linfotropico da celula humana

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24
Q

Como definir a via de parto na gestante HIV positivo

A

Por critérios obstétricos e não há relação com a carga viral

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25
Q

Segunda causa mais comumente associada a lesões no SNC

A

Linfoma primário

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26
Q

Como tratar o paciente com coinfecção HIV/Tuberculose Pulmonar

A

Se cd<50 iniciar tarv só dps de 2 semanas, Se cd>50 iniciar tarv só dps de 8 semanas

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27
Q

Qual a periodicidade em que os exames devem ser feitos e avaliação de itens clinicos importantes

A

Anuais - bioquimica hepatica e renal, eas, anti-hcv, lipidograma, gj, ppd (lembrar das dç causadas pela inf cronica como dlp, dm, dç hepatica, drc)

Semestral - carga viral, testes nao treponemicos, fundoscopia, hemograma (3-6 meses), funçao neurologica (6-12 meses), cd4? (ver estrategia de monitoramento do cd4)

2-5 anos - densitrometria ossea
(*) Atenção - no pct assintomatico em uso de tarv, carga viral indetectavel e cd4>350 nao precisa solicitar cd4 periodicamente.

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28
Q

Como proceder no teste tuberculinico no pct hiv+

A

Fazer ele anualmente, se o ppd>5 mm indica infeccao latente por tuberculose (ILTB) -> fazer tto (isoniazida em monoterapia por 9 meses), mas pra isso tem q descartar TB ativa por meio de criterios clinicos, radiograficos e escarro pois esse esquema não é para TB em atividade e sim p/ latente.

Se ppd<5mm indica apenas repetição anual.

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29
Q

Estratégia de monitoramento do cd4

A
  • Se tiver em uso de tarv/assintomatico/carga viral indetectavel: acompanhamento depende do cd4, se menor que 350 medir a cada 6 meses, se >350 não solicitar mais cd4.
  • Se sem uso de tarv/evento clínico/em falha virologica: solicitar cd4 independente do valor do cd4.
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30
Q

Atb de escolha para tratar pneumocistose

A

bactrim: sulfametoxazol + trimetoprima

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31
Q

Manifestacões neurológicas da aids

A
  • meningite na aids: crypotococus neoformans - clinica febre cefaleia e confusao mental - diag puncao lombar
  • lesao focal: toxoplasma gondii - clinica de hemiparesia e crise convulsiva, diag clinico-radiologico
  • lesoes multifocais (princ subs branca) : leucoencefalopatia multifocal progressiva
  • lesao difusa (afeta subst branca e cortex)
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32
Q

Clinica da leucoencefalopatia multifocal progressiva

A

Afasia, dist visuais

Afasia: desorganização da linguagem, podendo afetar habilidades de acesso ao vocabulário, organização sintática, e codificação e decodificação das mensagens. A depender do tipo de afasia, o indivíduo pode apresentar dificuldades na fluência, compreensão, repetição, nomeação, leitura, escrita, parafasias, agramatismos ou apraxias, sendo que as afasias podem ser classificadas em duas categorias, segundo a manifestação da fluência: fluente e não fluente.

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33
Q

Agente etiologico da leucoencefalopatia multifocal progressiva (lemp)

A

virus jc

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34
Q

Agente etiologico da lesao difusa do cerebro

A

o proprio virus do hiv

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35
Q

Clínica da lesao difusa do cerebro

A

Complexo de demencia da aids

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36
Q

Lesões características da neurotoxoplasmose na imagem

A

Lesões únicas ou múltiplas nos núcleos da base, edema perilesional, realce de contraste em anel

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37
Q

Tratamento da neurotoxoplasmose

A

sulfadiazina + pirimetamina + acido folico por 6 semanas

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38
Q

Se o pct com suspeita de neurotoxoplasmose nao melhorar com tto qual diag diferencial pensar

A

linfoma primario do snc

especilamente se houver poucos lesoes e em local periventricular

39
Q

Quais os respectivos agentes de cada doença na neuroaids - na meningite, lesao focal, multifocal e difusa

A

respectivamente - criptococo, toxoplasmose ou linfoma, jc na lemp, hiv

40
Q

Como começar o tratamento

A

2 ITRN + 1 inibidor da integrase é a primeira linha (tenofovir + 3tc + dolutegravir)
(*)se houver contraindicacao a um deles, substituir pelo mais adequado (existe um substituto ideal para cada um)

41
Q

Em caso de pct com ins renal o que usar no lugar do tenofovir

A

Azt - zidovudina

42
Q

Qual o grande problema do tenofovir

A

nefrotoxicidade

43
Q

Quais os remedios que a gestante nao pode usar

A

ITRNN (efavirens, nevirapina), nao sei se tem outros

44
Q

Qual o esquema básico na gestante

A

Tenofovir, lamivudina e raltegravir

45
Q

Mecanismo de ação do dolutegravir

A

Inibe a hiv integrase ligando-se ao sítio ativo da integrase e bloqueando a etapa de transferência de integração do ácido desoxirribonucleico (dna) retroviral que é essencial ao ciclo de replicação do hiv

46
Q

Quais as classes disponiveis de tratamento

A
  • inibidores da transc reversa nucleosídeos: azt(zidovudina), 3tc(lamivudina), tenofovir
  • inibidores da transc reversa não nucleosídeos: efavirenz, nevirapina
  • inibidores da protease: lopinavir, amprenavir, saquinavir, indinavir (abandonado por causar nefrolitiase)
  • inibidores de fusao: enfuvirtida (parenteral)
  • antagonista de ccr5: maraviroc
  • inibidor de integrase: raltegravir
47
Q

Etapas da profilaxia pós-exposição

A

1- avaliar risco da exposição (a quanto tempo? Que material foi exposto? Tipo de exposição? Status sorológico do pct exposto e da fonte)
2- prescrição do esquema tdf+3tc+atv/r por 28 dias ou seja tenofovir + lamivudina + dolutegravir
3- medidas adicionais (cuidados com area exposta, profilaxia do tetano, anticoncepcao de emergencia- levonorgestrel nao interage, profilaxia de outras dst’s)
4- seguimento clinico-laboratorial (rever apos 1 semana do inicio de pep pois 50% deles desenvolvem efeitos colaterais), fazer testagem anti-hiv apos 30 e 90 dias
Hemograma, glicose, funcao renal, hepatograma no atendimento inicial e na segunda semana de pep

48
Q

Tempo pos exposicao em que ainda vale a pena fazer a profilaxia pós-exposição

A

Até 72 horas

49
Q

Como é feito o teste rápido? Qual o fluido avaliado? Quanto tempo após exposição fica positivo?

A

Com sangue ou saliva, sendo que a janela com sangue é menor (detecta em 30 dias depois da exposição) já a da saliva é 3x maior levando 90 dias

50
Q

Que antirretroviral deve ser substituido no pct que faz uso de IBP, por qual substituir

A

O atazanavir com ritonavir, substituir por lopinavir potencializado por ritonavir, ou fazer azt
(*) se usar bloqueador de h2 só tomar em horario diferente com diferenca de 12 horas

51
Q

O hiv passa atraves da amamentação?

A

Sim, inclusive na gestante com contato sexual com alguem hiv+ deve-se (além da terapia pos exposicao) evitar a amamentação.

52
Q

Classificação do hiv

A

Tem a categoria clínica e o grupo de acordo com o CD4
A = indivíduos com sorologia positiva para o hiv, sem apresentar sintomas clínicos
B = indivíduos com sorologia positiva para o hiv, sintomáticos, que não estejam incluídos na categoria c, mas que apresentem infecções oportunistas e neoplasias
C = indivíduos com número absoluto de linfócitos t auxiliares (cd4) menor que 200/mm

Grupo 1 - CD4>500
Grupo 2- CD4 200-499
Grupo 3 - CD4 <200

53
Q

Quando fazer profilaxia para pneumocistose no hiv

A

Cd4<200
Candidíase oral
Febre indeterminada >2semanas de duração

54
Q

Que medicamento usar durante o parto, quando nao precisa fazer?

A
A zidovudina (azt) injetável, deve ser administrada na mae durante o início do trabalho de parto até o clampeamento do cordão umbilical (ou pelo menos 3 horas antes da cesárea eletiva).
2mg/kg na primeira hora seguindo de infusão contínua com 1mg/kg/hora até clampeamento.

Nas gestantes com carga viral indetectável após 34 semanas de gestação não precisa!
Não precisa fazer quando carga viral indetectável

55
Q

Clínica e radiologia típica da pneumocistose

A

Febre, fadiga, tosse seca, dispneia aos esforços, dor torácica retroesternal e perda ponderal. Ausuclta alterada em 1/3 dos casos.
Radiografia normal, ou infiltrado intersticial bilateral e difuso, pode haver cistos.
Não se espera derrame pleural nem adenomegalias na pneumocistose !!

56
Q

Pode fazer parto vaginal se paciente tem hiv??

A

Sim, exceto se contraindicações

Contraindicacoes: carga viral desconhecida ou se conhecida acima de 1000

57
Q

Criança infectada com hiv apresenta tosse crônica, hipoxemia, baqueteamento digital, isso indica

A

Pneumonia intersticial linfocítica
É a causa mais comum de doença pulmonar após a infecção por pneumocystis em crianças com sorologia positiva para o hiv e é a doença que define aids em até metade das crianças com sorologia positiva para o hiv. A pil compromete < 1% de adultos com ou sem infecção pelo hiv.

58
Q

Quadro clínico, diagnóstico e tratamento da colite por CMV no HIV

A

Diarreia crônica, dor abdominal e perda de
peso
Colonoscopia
Ganciclovir

59
Q

Paciente com HIV é diagnósticado com sífilis tardia, está assintomático, como proceder?

A

Punção lombar para excluir neurossífilis

60
Q

Qual infecção pulmonar oportunista é mais frequente em pacientes imunocomprometidos?

A

Aspergilose

61
Q

Um lactente de um mês de idade com história de exposição vertical ao HIV. A mãe utilizou tratamento antirretroviral durante toda a gestação, apresentando carga viral próxima ao parto de 2.000 cópias/ml. Ainda na maternidade a criança iniciou profilaxia da infecção pelo HIV. Quais exames confirmariam a infecção pelo HIV no lactente?

A

Duas cargas virais acima de 5000
A primeira dosagem 2 semanas após a última dose de profilaxia de zidovudina
A segunda dosagem logo após a primeira

62
Q

Tratamento da aspergilose

A

voriconazol por 6-12 semanas

63
Q

Um jovem de 24 anos, portador de AIDS, com dor abdominal crônica, febre e diarreia. Oocistos foram observados nas fezes. Assinale a alternativa que contém a mais provável causa da diarreia e respectivo tratamento para esse paciente

A

Isospora belli/SMX-TMP

64
Q

Antirretroviral que causa anemia

A

zidovudina

65
Q

Quando está indicada profilaxia para toxoplasma? Quando suspender essa profilaxia?

A

Fazer se CD4 < 100

Suspender quando CD4 > 200

66
Q

Quais as características das ulceras esofágicas por CMV

A

Úlcera única e profunda

67
Q

Doenças definidoras de aids

A

Candidiase esofágica, pneumocistose, micoses profundas disseminadas, TB extrapulmonar, CMV retiniano, LEMP, LNH, CA de colo invasivo, NTX

68
Q

O características do sarcoma de kaposi (aspecto, local…)

A

Surgimento de nódulos hipervasculares na pele, membranas mucosas e órgãos internos de
coloração vermelho-violácea.
Curso indolente ou fulminate

69
Q

Agente etiológico relacionado ao sarcoma de kaposi

A

Herpesvírus Humano tipo 8 (HHV-8) também chamado de KSHV- herpesvírus

70
Q

Formas clinico-epidemiológicas do sarcoma de kaposi

A

Forma endêmica da África subsaariana,
Formas típicas de pacientes imunodeprimidos, como na infecção pelo HIV
e nos indivíduos que receberam transplante de órgãos

71
Q

Quais os testes disponíveis

A

Teste molecular, western blot, imunoblot elisa e quarta e terceira geracao
O elisa de quarta geração detecta: anticorpos anti-hiv e o antígeno p24

72
Q

Depois de quanto tempo da infecção a pesquisa de anticorpos ant-hiv fica positiva =

A

Cerca de 8 semanas

73
Q

Qual a periodicidade em que os exames devem ser feitos e avaliação de itens clinicos importantes

A

Anuais - bioquimica hepatica e renal, eas, anti-hcv, lipidograma, gj, ppd (lembrar das dç causadas pela inf cronica como dlp, dm, dç hepatica, drc)
Semestral - carga viral, testes nao treponemicos, fundoscopia, hemograma (3-6 meses), funçao neurologica (6-12 meses), cd4? (ver estrategia de monitoramento do cd4)
2-5 anos - densitrometria ossea
(*) atenção - no pct assintomatico em uso de tarv, carga viral indetectavel e cd4>350 nao precisa solicitar cd4 periodicamente.

74
Q

Como fazer o diagnóstico de meningite por criptococos

A

Análise de LCR com visualização direta do Cryptococcus neoformans pela tinta nanquim (tinta da China) ou pela positividade do antígeno criptocócico no teste da aglutinação com látex

75
Q

Tratamento da meningite por criptococus

A

Tratamento é feito com anfotericina B seguida de fluconazol.

76
Q

Qual o tratamento para HIV na gestação

A

TDF + 3TC + EFV

O AZT permanece como alternativa em casos de intolerância ao TDF.

77
Q

Em caso de paciente com ins renal ou intolerância, o que usar no lugar do tenofovir

A

Zidovudina

78
Q

Profilaxias que precisam ser feitas no paciente com HIV, quais as indicações dessas profilaxias

A

Pneumocistose está indicada de forma primária nos pacientes com Aids e CD4 < 200 céls/mm3, candidíase orofaríngea ou febre de origem indeterminada > 2 semanas. Episódio prévio de pneumocistose exige profilaxia secundária.
Tuberculose: (1) alterações em radiografia de tórax sugestivas de “cicatriz” de tuberculose, em paciente sem história de tratamento prévio, independentemente da prova tuberculínica; (2) prova tuberculínica ≥ 5 mm; (3) contato domiciliar de portador de TB bacilífera, independentemente da prova tuberculínica; (4) paciente com PT atual < 5 mm, porém com relato de PT > 5 mm não tratada previamente.
Toxoplasmose: Fazer se CD4 < 100. Suspender quando CD4 > 200

79
Q

Etapas da profilaxia pós-exposição

A

Avaliar risco da exposição (a quanto tempo? Que material foi exposto? Tipo de exposição? Status sorológico do pct exposto e da fonte)

Prescrição do esquema por 28 dias tenofovir + lamivudina + dolutegravir

Medidas adicionais (cuidados com area exposta, profilaxia do tetano, anticoncepcao de emergencia- levonorgestrel nao interage, profilaxia de outras dst’s)

Seguimento clinico-laboratorial (rever apos 1 semana do inicio de pep pois 50% deles desenvolvem efeitos colaterais), fazer testagem anti-hiv apos 30 e 90 dias
Hemograma, glicose, funcao renal, hepatograma no atendimento inicial e na segunda semana de pep

80
Q

Para o profissional de saúde que se acidentou no hospital com objeto perfurocortante sujo com secreção serossanguinolenta de origem não identificada (paciente fonte não identificado), recomenda-se

A

Quimioprofilaxia para HIV e investigação da situação sorológica anti-hepatite B

81
Q

Lesão única com realce de contraste no SNC indica o que?

A

Linfoma primário

82
Q

Abordagem do paciente HIV positivo com convulsão

A

Pensar em neurotoxoplasmose, Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva, linfoma primário do sistema nervoso central, meningite viral ou bacteriana e encefalopatia associada ao HIV, criptococose
Nas 3 primeiras encontrarei alteraçao na TC
Nas meningites viral e bacteriana ocorre alteração no LCR

83
Q

Classificação do hiv

A
Categoria a: HIV assintomático
Categoria b: HIV sintomático
Categoria c: desenvolveu AIDS
Grupo 1 - CD4>500
Grupo 2- CD4 200-499
Grupo 3 - <200
84
Q

Antirretroviral que causa anemia

A

Zidovudina

85
Q

Na criança com HIV o que indica imunodeficiência grave

A

Se CD4<500 nas crianças 1-5 anos

86
Q

Quando fazer profilaxia para tuberculose no HIV

A

Sempre que CD4 menor que 350!

PPD>5mm

87
Q

A faixa etária em que a AIDS é mais incidente, em ambos os sexos, é a de___anos de idade

A

25-49

88
Q

Visando evitar a ocorrência de micobacteriose pelo complexo Mycobacterium avium, um paciente portador de HIV/Aids que apresenta níveis de linfócitos T-CD4 positivo < 50 céls/mm³ de sangue deverá receber profilaxia primária preferencialmente usando

A

Azitromicina

89
Q

Um paciente HIV positivo (2 ELISA e 1 Western Blot positivos), com CD4 de 40 céls/mm³, é admitido por crise convulsiva. Ao exame de Tomografia de Crânio (TC) contrastada, não evidenciou anormalidades e estudo liquórico mostrou 5 céls/mm³, com glicorraquia normal. A melhor condução para o caso é

A

Estudo do liquor com tinta Nanquim e detecção de antígeno criptococócico

90
Q

Mulher HIV positiva com carga viral indetectável pode amamentar?

A

Não!!

91
Q

O que é a PrEP? Sua composição?

A

Profilaxia Pré-Exposição ao HIV
Consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o vírus cause infecção
É a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina)

92
Q

Em quanto tempo a PrEP começa a fazer efeito?

A

Após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação vaginal.
ATENÇÃO: a PrEP só tem efeito se tomar os comprimidos todos os dias.

93
Q

Caracteristicas da encefalopatia por HIV

A

marcada por uma evolução lenta e gradual, com diminuição na celularidade do líquor.

Como ela ocorre? No SNC, o HIV se localiza no interior das células que expressam a molécula de CD4, sendo os constituintes da micróglia seu principal “alvo”. A estimulação aumentada e anômala do sistema inflamatório também atinge essas células, que passam a secretar localmente uma grande quantidade de citocinas neurotóxicas capazes de induzir necrose/apoptose neuronal. A perda generalizada de neurônios resulta em graus progressivos de disfunção neurocognitiva, evoluindo de um estágio inicial, perceptível apenas com o emprego de testes neuropsicológicos, passando por quadros

leves/moderados até culminar em sinais e sintomas de franca síndrome demencial. Dessa forma, o quadro clínico tem um curso insidioso e crônico

94
Q

antirretroviral com efeito colateral comum a tontura, alteração do sono, sonhos vívidos e alucinação.

A

efavirens