HIV Flashcards
Quais os tipos de vírus? Qual o tipo responsável pela maioria dos casos?
Dois tipos, HIV-1 e 2. Cada tipo é dividido em grupos M, N, O, P para o tipo 1. A-G para o tipo 2. Cada grupo é subdividido em clades.
(*) as clades podem se combinar entre si e formar formas recombinantes circulantes!
O HIV-1 do grupo M é responsável pela maioria dos casos.
Descrever o ciclo replicativo do HIV
1 - ligação da gp120 a molecula de cd4, ela está presente em três tipos celulares = linfócito t helper, monócito, célula dentrítica/langerhans
2- gp41 faz fusão do envelope com a memb da célula, seguido da inoculação do capsídeo com o rna dentro.
3- transcrição reversa
4- integração ao dna (a célula precisa estar ativada p/ o dna viral entrar no núcleo)
(*) o hiv causa ativação imune aberrante para a infecção ter sucesso.
História natural da doença
- infecção primária - o vírus consegue atravessar uma mucosa íntegra pegando carona pelas céls dendríticas
- entra em contato com linf tcd4 ativados
- resposta imune controlando parcialmente a infecção
- doença avançada - queda do cd4 até nível de imunossupressão
- ativação aberrante do sistema inflamatório - o sistema imune fica ativado continuamente, isso facilita a replicação viral, causa exaustão celular, aterosclerose acelerada devido disfunção endotelial
- fenômenos autoimunes - devido estimulação dos linf t e b ocorre hipergamaglobulinemia policlonal podendo ocorrer tbm produção de autoanticorpos
CCQ: infecção primária -> ataca GALT -> ataca linf t cd4 -> imunossupressão/inflamação/autoimune -> sintomática
Por que o indivíduo não fica imune ao HIV
pela grande capacidade de evoluir, quando o sistema imune está pronto pra combater (leva tempo) o vírus já mudou completamente. “o vírus está sempre um passo a frente do sistema imune”.
Por que o CD4 cai no HIV
Na infecção pelo HIV a todo momento os linfócitos T CD4+ são destruídos, sendo que aqueles que apresentam especificidade contra o vírus tendem a ser destruídos primeiro. Com o tempo, a capacidade do organismo em sustentar a produção de novos linfócitos T CD4+ é exaurida (possivelmente pela destruição de precursores no timo), e sua contagem entra em declínio progressivo!
Condições causadas pela ativação inflamatória crônica do HIV
É a sínd do envelhecimento acelerado.
• Osteopenia/Osteoporose.
• Diversas formas de câncer.
• Doenças cardiovasculares (ex.: IAM, AVC).
• Diabetes Mellitus (indução de resistência à
insulina).
• Doença renal crônica.
• Doença hepática crônica.
• Disfunção neurocognitiva (encefalopatia do
HIV).
Por que ocorre inflamação crônica no HIV
O GALT é um dos primeiros componentes do tecido linfoide a ser destruído fazendo com q a parede do tubo digestivo fique desprotegida favorecendo a invasão de germes.
Principais enzimas de replicação desse vírus
transcriptase reversa
protease
integrase
Alteração genética que protege contra o HIV
mutação do receptor CCR5
O que é a sínd retroviral aguda
“HIV aguda” sintomas inespecíficos na primo infecção.
Ocorre sínd mononucleose like: febre/rash, úlceras mucosas, adenomegalias, faringite/mialgia,
(**) infecção oportunista em 10 % dos casos (candidíase oral)!
Como fazer diagnóstico laboratorial do paciente que tem sínd retroviral aguda
detectar rna viral.
sorologia não serve nesse caso.
Conceito de linfadenopatia generalizada progressiva
linfonodos aumentados em 2 ou + cadeias extrainguinais, elásticos, >1cm, >3 meses.
Geralmente nas cadeias cervicais anterior e posterior.
Descrever os sintomas da fase sintomática
A fase sintomática (ao fim da história natural da doença*) tem duas fases, a precoce e a de aids propriamente dita.
Precoce (CD4 200-500): pode ocorrer candidíase oral, leucoplasia pilosa oral, herpes zoster, CA cervical in situ, tb pulmonar.
AIDS (CD4<200): pneumonia p. jiroveci, neurotoxo, sarcoma kaposi, linfoma primário, ca invasivo colo uterino, retinite por cmv, candidíase (esofago e taqueobronquica), criptococo extrapulmonar, tb extrapulmonar, reativação chagas
*tentar lembrar de toda a história natural (questão 3)
Doenças definidoras de AIDS
sarcoma kaposi carcinoma invasivo colo uterino candidíase "profunda" - esofago, traqueo bronquica tb extrapulmonar reativação de chagas
Como é feito o diagnóstico de AIDS
Diferente em dois grupos - de 18 meses pra baixo e a partir de 19 meses. Pois nos com menos de 18 meses (princ 12) a sorologia não garante diagnóstico! Pois tem anticorpo da mãe na criança dando falso positivo.
a) Em pct com 18 meses ou menos fazer a carga viral (quantifica rna viral) - 2 exames positivos fecham diagnóstico.
b) Sorologia + carga viral
Confirma com 2 testes rápidos positivos ou 1 elisa de 4ª geração + RNA acima de 5000 cópias.
Síndrome retroviral aguda (sintomas, quando ocorre)
Parece mononucleose: febre, rash, úlceras mucosas, adenomegalias, faringite, mialgia, infeccoes oportunistas em 10% dos pct (candidíase oral)
Ocorre entre a primeira e terceira semana apos a infeccao na maioria dos pct (50-90%)
O que é a molécula de cd4
cluster of differentation (grupamento de diferenciação 4) - cd4 é uma molécula que fica na superfície de algumas cels t, macrófagos, monócitos e céls dendríticas, é uma glicoproteína que tem 4 domínios de tipo imunoglobulinas
Duração do período de latência clínica
em média 10 anos
Fator mais importante na determinação da taxa de progressão da doença
carga viral, analisada apos 6 meses da infeccao inicial pois é nesse momento em que a cv atinge o set point, a magnitude desse set point tem relacao direta com a velocidade de queda do cd4
Que exame usar quando o teste molecular nao estiver disponivel
western blot
Quais os testes disponíveis
teste molecular, western blot, imunoblot elisa e quarta e terceira geracao
O elisa de quarta geração detecta: anticorpos anti-hiv e o antígeno p24
Depois de quanto tempo da infecção a pesquisa de anticorpos ant-hiv fica positiva
cerca de 8 semanas
Exames complementares iniciais para todo pct hiv+
Contagem cd4, carga viral, hemograma, lipidograma, gj, bioquimica hepatica, bioquimica renal, eas,
Parasitologico de fezes, testes nao treponemicos, sorologias para hepatites virais (A, B e C), igg anti-toxoplasma, sorologias para htlv I e II e chagas,
Prova tuberculinica (ppd), rx de tórax.
(*)htlv - virus linfotropico da celula humana
Como definir a via de parto na gestante HIV positivo
Por critérios obstétricos e não há relação com a carga viral
Segunda causa mais comumente associada a lesões no SNC
Linfoma primário
Como tratar o paciente com coinfecção HIV/Tuberculose Pulmonar
Se cd<50 iniciar tarv só dps de 2 semanas, Se cd>50 iniciar tarv só dps de 8 semanas
Qual a periodicidade em que os exames devem ser feitos e avaliação de itens clinicos importantes
Anuais - bioquimica hepatica e renal, eas, anti-hcv, lipidograma, gj, ppd (lembrar das dç causadas pela inf cronica como dlp, dm, dç hepatica, drc)
Semestral - carga viral, testes nao treponemicos, fundoscopia, hemograma (3-6 meses), funçao neurologica (6-12 meses), cd4? (ver estrategia de monitoramento do cd4)
2-5 anos - densitrometria ossea
(*) Atenção - no pct assintomatico em uso de tarv, carga viral indetectavel e cd4>350 nao precisa solicitar cd4 periodicamente.
Como proceder no teste tuberculinico no pct hiv+
Fazer ele anualmente, se o ppd>5 mm indica infeccao latente por tuberculose (ILTB) -> fazer tto (isoniazida em monoterapia por 9 meses), mas pra isso tem q descartar TB ativa por meio de criterios clinicos, radiograficos e escarro pois esse esquema não é para TB em atividade e sim p/ latente.
Se ppd<5mm indica apenas repetição anual.
Estratégia de monitoramento do cd4
- Se tiver em uso de tarv/assintomatico/carga viral indetectavel: acompanhamento depende do cd4, se menor que 350 medir a cada 6 meses, se >350 não solicitar mais cd4.
- Se sem uso de tarv/evento clínico/em falha virologica: solicitar cd4 independente do valor do cd4.
Atb de escolha para tratar pneumocistose
bactrim: sulfametoxazol + trimetoprima
Manifestacões neurológicas da aids
- meningite na aids: crypotococus neoformans - clinica febre cefaleia e confusao mental - diag puncao lombar
- lesao focal: toxoplasma gondii - clinica de hemiparesia e crise convulsiva, diag clinico-radiologico
- lesoes multifocais (princ subs branca) : leucoencefalopatia multifocal progressiva
- lesao difusa (afeta subst branca e cortex)
Clinica da leucoencefalopatia multifocal progressiva
Afasia, dist visuais
Afasia: desorganização da linguagem, podendo afetar habilidades de acesso ao vocabulário, organização sintática, e codificação e decodificação das mensagens. A depender do tipo de afasia, o indivíduo pode apresentar dificuldades na fluência, compreensão, repetição, nomeação, leitura, escrita, parafasias, agramatismos ou apraxias, sendo que as afasias podem ser classificadas em duas categorias, segundo a manifestação da fluência: fluente e não fluente.
Agente etiologico da leucoencefalopatia multifocal progressiva (lemp)
virus jc
Agente etiologico da lesao difusa do cerebro
o proprio virus do hiv
Clínica da lesao difusa do cerebro
Complexo de demencia da aids
Lesões características da neurotoxoplasmose na imagem
Lesões únicas ou múltiplas nos núcleos da base, edema perilesional, realce de contraste em anel
Tratamento da neurotoxoplasmose
sulfadiazina + pirimetamina + acido folico por 6 semanas