Hérnia abdominal Flashcards
Diástase dos retos
- Tratar quando?
- Diástase dos retos: evita-se cirurgia a menos que sintomas importantes, não há anel fascial ou saco herniário, protusão da linha média, contudo não é uma hérnia verdadeira.
Hérnia Umbilical na Criança
- Tratamento cirúrgico se (4)
Criança: defeito congênito.
- Tratamento conservador (fechamento espontâneo, geralmente até os 2 anos).
Tratamento cirúrgico se (4): concomitante a hérnia inguinal, defeito >2cm, associação à DVP (derivação ventrículo peritoneal), não fechamento com 4-6 (sabiston 5) anos
Hérnia Umbilical no Adulto
- Quando tratar?
- Em adultos geralmente são adquiridas (pressão intra-abdominal aumentada). Estrangulamento é incomum.
- Geralmente são reparadas se sintomas importantes, hérnia volumosa, encarceramento, adelgaçamento da pele sobrejacente e ASCITE (sobretudo descontrolada, risco maior de estrangulamento e ruptura, com peritonite e morte).
- Pequenos defeitos são fechados primariamente após separação, do saco herniário, do umbigo sobrejacente e da fáscia circundante. Defeitos maiores que 3 cm são fechados usando telas como prótese.
Hérnia epigástrica
- Definição anatômica
- Clínica: dor
- Localizados entre o processo xifoide e cicatriz umbilical, geralmente de 5 a 6 cm do umbigo, cruzando a linha mediana (linha alba)
- Decussação aponeurótica: os defeitos são pequenos e, em geral, produzem DOR fora de proporção para seu tamanho, devido a encarceramento de gordura pré-peritoneal
- O reparo geralmente consiste na excisão do tecido pré-peritoneal encarcerado e fechamento simples do defeito fascial
- Raramente, esses defeitos podem ser de grande tamanho e conter omento ou outra víscera intra-abdominal e podem exigir reparos com tela.
Hérnia Incisional
- Fatores de risco
Fatores de risco para Hérnia Incisional:
- Técnica incorreta
- Infecção de Sítio Cirúrgico, hematoma, seroma
- Desnutrição, idade avançada, corticoide
Aumento de pressão intra abdominal, obesidade
Perda de domínio abdominal: progressão de hérnia incisional
- Definição
- Consequências
- Complicações
- Perda de domínio abdominal: nas hérnias volumosas conteúdos abdominais podem sair da cavidade abdominal, com retração da musculatura e difícil reparo com riscos de complicação.
- Consequências: edema do intestino, estase do sistema venoso esplâncnico, retenção urinária e constipação, disfunção respiratória.
- Complicações do reparo: aumento da pressão abdominal, com sd compartimental abdominal e insuficiência respiratória aguda ou mesmo a incapacidade de fechar o abdome.
Estruturas que passam pelo funículo espermático (canal inguinal):
- Homens: m. cremaster, vasos deferentes, plexo (venoso) pampiniforme
- Mulheres: ligamento redondo do útero
O conduto peritônio-vaginal que encaminha a migração dessas estruturas no desenvolvimento e depois se torna obliterado. Caso patente (defeito congênito) há possibilidade de hérnias indiretas.
Hérnia Abdominal mais comum
Hérnia indireta
Hérnia Inguinal Indireta
- Anatomia e Definição
- Se anuncia através do canal inguinal interno (lateral aos vasos epigástricos)
- Defeito congênito (não fechamento do conduto peritônio-vaginal)
- Típica da infância
- Encarcera mais que a direta
- Direita > esquerda
Hérnia Inguinal Indireta
- Anatomia e Definição
- Se anuncia através do triângulo de Hesselbach
- Efeito adquirido (enfraquecimento da parede posterior)
- Triângulo de Hesselbach: Região de maior fragilidade da fáscia transversal limitada pelo Ligamento inguinal (lateral/inferior), Vaso epigástrico inferior (superior/lateral) e Linha semilunar (medial)
- Encarcera menos que a indireta
Diferenciar hérnia inguinal Direta e Indireta pelo exame físico e com referência às Vv epigástricos inferior
- Vasos epigástrico
○ Medial: Direta (triângulo de Hasselbach) ○ Lateral: Indireta (anel inguinal interno)
- Exame físico
○ Palpar anel inguinal externo e, à valsava, palpar conteúdo herniário
○ Na polpa do dedo: direto
○ Na ponta do dedo: indireta (vem de encontro pelo canal inguinal)
Hérnia Femoral (Crural)
- Anatomia e definição
- Se anuncia abaixo do ligamento inguinal
- Mais comum no sexo feminino e do lado diretiro
- Maior risco de encarceiramento
Tratamento da hérnia Inguino-femoral: Redutível, Encarcerada, Estrangulada
- Redutível: cirurgia eletiva
- Encarcerada:
○ redução manual: manobra de TAXE
○ Quando não reduzir: sofrimento isquêmico
§ Tempo >6-8 horas
§ Obstrução
§ Peritonismo, hiperemia e hipotensão - Estrangulada: Cirurgia de emergência
○ Escolha: Inguinotomia
○ Se redução espontânea durante cirurgia ou indução anestésica: lapatoromia para achar e avaliar alça que estava em isquemia e possível necrose
- Encarcerada:
Quando não fazer redução manual de hérnia inguino-femoral encarceirada/estrangulada
- Encarcerada:
○ redução manual: manobra de TAXE
○ Quando não reduzir: sofrimento isquêmico
§ Tempo >6-8 horas
§ Obstrução
§ Peritonismo, hiperemia e hipotensão- Estrangulada: Cirurgia de emergência
Epônimos
- Hérnia de Richter
- Hérnia de Spiegel:
- Hérnia de Littré
- Hérnia de Amyand
- Hérnia de Garangeot
- Hérnia de Pantalon
- Hérnia de Richter = pinça da borda antimesentérica da alça intestinal que leva à ISQUEMIA SEM OBSTRUÇÃO, é mais comum na hérnia femoral
- Hérnia de Spiegel: INTRAPARIETAL. Entre a borda lateral do reto do abdome e a linha de spiegel (semilunar). Diagnóstico pelo exame de imagem
- Hérnia de Littré = Herniação do Divertículo de MeckeL (L de Littré)
- Hérnia de Amyand = Herniação do Apêndice (Aaaamyand Aaaapêndice)
- Hérnia de Garangeot = Herniação FEMORAL do Apêndice
- Hérnia de Pantalon = hérnia mista