Hemorragias da 1ª Metade da Gestação Flashcards

1
Q

Condição para doença hemolítica perinatal

A

Mãe Rh negativo + feto Rh positivo
Mãe em contato com sangue do feto desenvolve anticorpos anti-D, devido hemorragias durante a gestação (cerca de 0,1 ml já é suficiente)

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Q

Definição de doença hemolítica perinatal

A

Anticorpos anti-D atravessam a placenta e destroem as hemácias do feto

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3
Q

Edema generalizado no feto

A

Hidropsia fetal

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4
Q

Clínica na doença hemolítica perinatal

A

Anemia
Icterícia
Edema/hidropsia
Morte

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5
Q

Sequência de acontecimentos na doença hemolítica perinatal

A

Exposição materna a antígenos não compatíveis → produção de IgM → SEGUNDA EXPOSIÇÃO → produção de IgG → atravessa a placenta → adere aos eritrócitos e causa hemólise → feto anêmico com eritrócitos jovens na periferia → anemia crescente, disfunção hepática, hipoalbuminemia, derrames, Kernicterus (impregnação cerebral por bilirrubina indireta)

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6
Q

Quando solicitar coombs indireto

A

Mãe Rh negativo
PRIMEIRA CONSULTA
Se negativo, repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas
Se positivo e titulação ≤ 1:8, repetir mensalmente até o parto

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7
Q

Exames solicitados no pós-parto imediato de mãe Rh negativo

A

Coombs indireto + coombs direto (RN) + fator Rh (RN)

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8
Q

Coombs indireto

A

Verifica presença de anticorpos no soro da mãe

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9
Q

Coombs direto

A

Identifica anticorpo materno ligado à superfície da hemácia do RN

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10
Q

Exame complementar de escolha em caso de coombs indireto > 1:8

A

Doppler de artéria cerebral média

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11
Q

Achados no doppler de artéria cerebral média na doença hemolítica perinatal

A

Procurar CENTRALIZAÇÃO de sangue nos órgãos nobres
Anemia diminui a viscosidade sanguínea e aumenta o débito cardíaco para compensar a falta de oxigênio nos tecidos → AUMENTO da velocidade máxima do pico sistólico na artéria cerebral média

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12
Q

Seguimento se doppler de ACM com alteração ≤ 1,0 MoM

A

Repetir o doppler de ACM a cada 3 semanas

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13
Q

Seguimento se doppler de ACM com alteração entre 1,0-1,5 MoM

A

Repetir o doppler de ACM a cada 5-10 dias

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14
Q

Seguimento se doppler de ACM com alteração > 1,5 MoM

A

Cordocentese + programar transfusão

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15
Q

Cordocentese

A

PADRÃO-OURO na avaliação da anemia fetal
Dosagem de Ht, Hb, tipagem sanguínea fetal, coombs direto
Permite transfusão sanguínea

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16
Q

Conduta se anemia grave na ACM próximo ao termo (> 34 semanas)

A

PARTO

Exsanguinotransfusão pós-nascimento

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17
Q

Conduta se anemia grave na ACM em < 34 semanas (prematuridade)

A

Ht < 30%: TRANSFUSÃO INTRAUTERINA
Cordocentese
Alvo Ht > 40%

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18
Q

Condições para profilaxia de doença hemolítica perinatal

A

Mãe Rh negativo
Coombs indireto negativo
RN Rh positivo
Coombs direto negativo

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19
Q

Indicações para profilaxia de doença hemolítica perinatal

A

Sangramentos
Pós-parto até 72h
A partir de 28 semanas (na ausência de sangramento)
Procedimentos invasivos

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20
Q

Dose da profilaxia de doença hemolítica perinatal

A

Imunoglobulina anti-D 300 mcg IM dose única

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21
Q

Como avaliar resposta da profilaxia de doença hemolítica perinatal

A

Coombs indireto POSITIVA após profilaxia: NÃO USAR para seguimento
Teste de Kleihauer: se tiver hemácias fetais no sangue da mãe, REPETIR a imunoglobulina
Coombs direto: se estiver POSITIVO, a dose foi suficiente

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22
Q

Doença hemolítica perinatal LEVE

A

Hb > 11 g/dl
Bilirrubina < 0,2 mg/ml
Tto: fototerapia

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23
Q

Doença hemolítica perinatal MODERADA

A

Hb > 9 g/dl
Sem alteração de função hepática
Alto risco de Kernicterus
Tto: exsanguinotransfusão

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24
Q

Doença hemolítica perinatal GRAVE

A
Hidropsia fetal
Disfunção hepática
Disfunção cardíaca
Óbito
Tto: suporte
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25
Q

Transfusão intrauterina na doença hemolítica perinatal

A

Prematuros ou com doença grave
Através da veia umbilical (a partir de 20 semanas)
Cordocentese
Sangue O negativo
Repetir quando os níveis de Hb não estiverem adequados, com intervalo de 2-21 dias

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26
Q

Local mais frequente de gestação ectópica

A

Tubas uterinas (98%): ampola (70%) e istmo (30%)

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27
Q

Definição de gestação ectópica

A

Zigoto implantado e se desenvolvendo FORA da cavidade endometrial

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28
Q

Fatores de risco para gestação ectópica

A
Antecedente de gestação ectópica
Falha de DIU
Falha de contracepção de emergência
DIP
Cirurgia tubária
Endometriose
Reprodução assistida
Tabagismo
Alterações anatômicas da turba uterina
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29
Q

Gestação ectópica SUBAGUDA

A

Queixa de atraso menstrual
Sangramento irregular
Diagnóstico: b-hCG e USG

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30
Q

Gestação ectópica AGUDA

A

Dor abdominal aguda
Sangramento intraperitoneal
Choque hemorrágico

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31
Q

Indicação de tratamento expectante na gestação ectópica

A

b-hCG < 2000 e decrescente

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32
Q

Indicação de tratamento cirúrgico na gestação ectópica

A

Gestação ectópica rota

Impossibilidade de tto com metotrexato

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33
Q

Indicações para uso de metotrexato na gestação ectópica

A

Gestação ectópica íntegra de até 3,5-4 cm
Estabilidade hemodinâmica
Desejo reprodutivo
Embrião sem atividade cardíaca
b-hCG < 5.000 e decrescente em 2 dosagens consecutivas
Líquido livre restrito a pelve
Normalidade HMG, função renal e enzimas hepáticas

34
Q

Local mais comum de rotura de gestação ectópica

A

Porção ístmica da tuba uterina

Ocorre nas primeiras semanas

35
Q

Sinal de Laffon

A

Dor no ombro devido irritação do nervo frênico

36
Q

Sinal de Proust

A

Dor na palpação do fundo de saco de Douglas

37
Q

Alteração dos títulos de b-HCG em uma gestação TÓPICA

A

Duplicação no intervalo de 2-3 dias

38
Q

Tratamento cirúrgico de gestação ectópica em paciente estável

A

Laparoscopia

39
Q

Tratamento cirúrgico de gestação ectópica em paciente instável hemodinamicamente

A

Laparotomia

40
Q

Contraindicações para tratamento medicamentoso da gestação ectópica

A
Aleitamento materno
Imunodeficiência
Recidiva de gestação ectópica
Sensibilidade ao medicamento
Úlcera péptica ativa
Impossibilidade de seguimento
41
Q

Ameaça de abortamento

A

Útero = IG
b-hCG positivo
BCF positivo
Sangramento discreto + colo fechado + gestação evolutiva

42
Q

Tratamento da ameaça de abortamento

A

Sintomáticos + tranquilizar a paciente

43
Q

Abortamento completo

A

Útero < IG
b-hCG negativo
Endométrio < 15 mm

44
Q

Tratamento do abortamento completo

A

Orientações
Gestação já finalizada
Rh negativa: imunoglobulina anti-D

45
Q

Abortamento retido

A

Útero < IG
b-hCG negativo
BCF negativo

46
Q

Tratamento do abortamento retido

A
Rh negativo: imunoglobulina anti-D
Esvaziamento uterino (aspiração ou curetagem) ou expectante (risco de coagulopatia)
47
Q

Diagnóstico de gestação inviável

A

CCN > 7 mm sem BCF

Saco gestacional > 25 mm sem embrião

48
Q

Conduta em abortamento retido > 12 semanas

A
Conduta medicamentosa (misoprostol)
Risco de perfuração uterina se AMIU ou curetagem, pois feto já apresenta espículas ósseas
49
Q

Definição de abortamento

A

Expulsão de feto < 500 g ou < 20 semanas

Espontâneo ou induzido

50
Q

Abortamento precoce

A

< 12 semanas

51
Q

Abortamento tardio

A

12-20 semanas

52
Q

Causas mais comuns de abortamento

A

Alterações cromossômicas e genéticas

Mais frequente: trissomia autossômica (erros de meiose e idade materna avançada)

53
Q

Principal causa de abortamento tardio de causa anatômica

A

Incompetência istmocervical

54
Q

Causas maternas de abortamento

A
Infecção aguda grave
DM1 descompensado
SOP
Autoimune (SAAF)
Aloimune
Aderências
Miomas intramurais e submucosos
Malformações uterinas
Desnutrição acentuada
Uso excessivo de álcool e tabaco
Trauma grave
Cirurgias abdominais
55
Q

Tratamento na SAAF com morbiletalidade obstétrica

A

Anticoagulação profilática + AAS

56
Q

Tratamento na SAAF com tromboembolismo prévio

A

Anticoagulação terapêutica + AAS

57
Q

Probabilidade de uma ameaça de abortamento evoluir para abortamento espontâneo

A

50% de chance

58
Q

Abortamento inevitável

A
"não iniciou, mas vai acontecer"
Útero = ou < IG
b-hCG positivo
BCF positivo
Descolamento ovular na USG
Colo aberto
59
Q

Tratamento do abortamento inevitável

A

Internar SEMPRE
Estabilização
Esvaziamento uterino
Imunoglobulina anti-D (Rh negativo)

60
Q

Abortamento incompleto

A
"iniciou, mas ainda não acabou"
Útero < IG
b-hCG negativo
Endométrio > 15 mm
Colo aberto
61
Q

Tratamento do abortamento incompleto

A

Internar SEMPRE
Estabilização
Esvaziamento uterino
Imunoglobulina anti-D (Rh negativo)

62
Q

Abortamento infectado

A

Complicação do abortamento incompleto
Útero < IG
b-hCG negativo
Febre

63
Q

Tratamento do abortamento infectado

A
Internar SEMPRE
Estabilização
Antibioticoterapia
Esvaziamento uterino
Imunoglobulina anti-D (Rh negativo)
Vacina anti-tetânica
64
Q

Apresentação clínica da doença trofoblástica gestacional

A
VESÍCULAS
Útero > IG (hipergestação)
Hiperêmese
Sangramento
Anemia
Pré-eclâmpsia
HELLP
Hipertireoidismo (b-hCG mimetiza TSH)
65
Q

Diagnóstico de doença trofoblástica gestacional

A

b-hCG MUITO alto (> 100.000)
USG com “flocos de neve” e cistos tecaluteínicos
HISTOPATOLÓGICO fecha diagnóstico

66
Q

Tratamento da doença trofoblástica gestacional

A

Esvaziamento uterino: AMIU (preferência) ou curetagem

Histerotomia ou histerectomia se tiver partes fetais ou invasão

67
Q

Seguimento da doença trofoblástica gestacional

A
Anticoncepção (por pelo menos 1 ano)
RX de tórax
USG
b-hCG semanal (quantitativo)
b-hCG mensal depois que zerar
68
Q

Principal sítio de metástase de doença trofoblástica gestacional

A

Pulmões

69
Q

Suspeita de neoplasia trofoblástica gestacional

A

b-hCG sem negativar por 6 meses
Platô de b-hCG por 3 semanas
Elevação do b-hCG por 2 semanas

70
Q

Fatores de risco para doença trofoblástica gestacional

A
Idade > 40 anos
Intervalo interpartal curto
SOP
Abortamentos prévios
Mola hidatiforme prévia
Inseminação artificial
Tabagismo
Exposição à radiação ionizante
AHCO
71
Q

Tipos de neoplasia trofoblástica gestacional

A

Mola invasora (70% - mais comum)
Coriocarcinoma (30%)
Tumor trofoblástico de sítio placentário

72
Q

Tecido do trofoblasto que produz hCG

A

Sinciciotrofoblasto

73
Q

Mola completa

A

Sem partes fetais
Vilosidades dilatadas com líquido em uma cisterna central
Hiperplasia do cito e do sinciciotrofoblasto
Óvulo vazio fecundado por espermatozoide 23X (duplicação do genoma paterno, 46XX)
b-hCG > 100.000
20% de risco de malignizar

74
Q

Mola parcial ou incompleta

A

Presença de partes fetais
Placenta aumentada de tramanho
Hiperplasia vilosa focal (apenas sinciciotrofoblasto)
Fecundação de um óvulo por 2 espermatozoides (célula triploide 69XXX ou 69XXY)
b-hCG < 100.000
5% de risco de malignizar

75
Q

Estadiamento da neoplasia trofoblástica gestacional

A

I: útero
II: local
III: pulmão
IV: não pulmão

76
Q

Mola invasora

A

Sequela da mola hidatiforme
Vilosidades invadem o miométrio
Podem causar hemorragias, perfurações uterinas e infecções
Mx para pulmão e estruturas pélvicas

77
Q

Tratamento da mola invasora

A

Quimioterapia

Em caso de perfuração: histerectomia

78
Q

Forma mais agressiva de neoplasia trofoblástica

A

Coriocarcinoma

79
Q

Coriocarcinoma

A

Forma mais agressiva
Invade profundamente miométrio e vasos sanguíneos → necrose e hemorragia
Mx pulmões, vagina, fígado e SNC
Fator de risco: gestação molar anterior

80
Q

Tratamento do coriocarcinoma

A

Quimioterapia

Alta taxa de cura