Ginecologia & Obstetrícia Flashcards
Síndromes sexualmente transmissíveis
Corrimento vaginal baixo x alto: ponto de referência anatômico
Orifício interno do colo (OIC)
- Baixo (abaixo do OIC): vulvovaginite e cervicite
- Alto (acima do OIC): doença inflamatória pélvica
Síndromes sexualmente transmissíveis
Método para diferenciar vulvovaginite e cervicite
Exame especular
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: agente
Gardnerella vaginalis (principal) e outras bactérias anaeróbias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: a Gardnerella faz parte da flora vaginal normal?
Sim. Na vaginose bacteriana, há desbalanço da microbiota normal
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: diagnóstico pelos critérios de Amsel
Pelo menos 3 dos 4 critérios:
1) Corrimento branco-acinzentado, fino e homogêneo
2) pH vaginal > 4,5
3) Teste das aminas (Whiff test) positivo (piora do odor após coito e no período menstrual)
4) Presença de clue cells ou células alvo (células epiteliais cobertas por bactérias)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: padrão-ouro para diagnóstico segundo o Ministério da Saúde (MS)
Critérios de Nugent >= 7: a partir da coloração pelo Gram, faz-se a relação entre a quantidade de anaeróbios e de lactobacilos
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: tratamento
Metronidazol 500 mg, VO, 12/12h por 7 dias
Ou
Metronidazol 100 mg/g, creme vaginal, um aplicador cheio a noite, por 5 dias
2a opção: Clindamicina 300 mg, VO, 12/12h, por 7 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: tratamento em gestantes
Metronidazol (mesmo esquema de não gestante)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: tratamento do parceiro
Somente se sintomático
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose bacteriana: na gestação, há aumento do risco de …..
Ruptura prematura das membranas ovulares (RPMO)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: agente
Fungos do gênero Candida sp.
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: características (4)
1) Prurido
2) Corrimento branco, grumoso, aderido nas paredes vaginais
3) pH < 4,5
4) Exame a fresco: pseudo-hifas e esporos
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: tratamento
Miconazol 2% (ou outro creme imidazólico): um aplicador cheio ao deitar, por 7 noites
OU
Nistatina 100.000UI: um aplicador cheio ao deitar, por 14 noites
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: definição de candidíase recorrente e tratamento
> = 4 episódios/ano
Fluconazol 150 mg, VO, 1 vez ao dia nos dias 1, 4 e 7 e, posteriormente, 1 vez na semana por 6 meses
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: tratamento da gestação
Somente com o uso de terapia tópica
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: tratamento do parceiro
Se sintomático (balanite e balanopostite)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Candidíase: a Candida pode ser encontrada na flora vaginal normal?
Sim
Síndromes sexualmente transmissíveis
Tricomoníase: agente
Trichomonas vaginalis
Síndromes sexualmente transmissíveis
Tricomoníase: o Trichomonas faz parte da flora vaginal normal?
Não.
Síndromes sexualmente transmissíveis
Tricomoníase: em crianças e adolescentes < 14 anos indica …..
Abuso sexual (notificar e acionar o Conselho Tutelar)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Tricomoníase: características (6)
1) Corrimento amarelo-esverdeado, bolhoso
2) pH > 5
3) Colo em framboesa / morango
4) Teste de Schiller (lugol): aspecto tigroide
5) Whiff test: positivo
6) Exame a fresco: presença de protozoários móveis (flagelados)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Tricomoníase: tratamento
Metronidazol 500 mg, VO, 12/12h por 7 dias ou Metronidazol 2g, VO, dose única
O uso de metronidazol creme não é eficaz na tricomoníase
Síndromes sexualmente transmissíveis
Tricomoníase: deve-se tratar o parceiro? Se sim, como?
Sim, mesmo se assintomático, pois é uma IST. Metronidazol 2g, VO, dose única
Cada comprimido de Metronidazol tem 250 mg
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose citolítica: causa
Aumento da população de lactobacilos com redução do pH vaginal
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose citolítica: diagnóstico diferencial
Candidíase
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose citolítica: características (6)
1) Corrimento branco, grumoso (leucorreia)
2) Prurido vaginal e ardor
3) Piora do período pré-menstrual
4) pH < 4,5
5) Aumento de lactobacilos
6) Citólise
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginose citolítica: tratamento
Alcalinização do meio vaginal com banho de assento (bicarbonato de sódio)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginite atrófica: causa
Redução dos níveis de estrogênio (mais comum na pós-menopausa)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginite atrófica: diagnóstico diferencial
Tricomoníase
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginite atrófica: características (6)
1) Corrimento amarelo-esverdeado
2) Prurido intenso
3) Ardência e dispareunia
4) pH > 5
5) Presença de células basais e parabasais
6) Grande quantidade de polimorfonucleares
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginite atrófica: tratamento
Estrogênio local
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vulvovaginite inespecífica: aspectos gerais (3)
1) Causa inespecífica
2) Mais comum em pré-púberes
3) Medidas gerais de higiene (limpeza, uso de roupas íntimas de algodão)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Vaginite descamativa: aspectos gerais (6)
1) Conteúdo vaginal purulento e em grande quantidade
2) pH alcalino
3) Grande número de polimorfonucleares
4) Flora vaginal do tipo 3: substituição dos lactobacilos por cocos Gram-positivos
5) Descamação intensa com a presença de células basais e parabasais
6) Tratamento: Clindamicina creme 2% - 5g, via vaginal, por 7 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cervicites: agentes
Neisseria gonorrhoeae (gonococo) e Chlamydia trachomatis
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cervicites: características (4)
1) Corrimento mucopurulento
2) Colo hiperemiado e friável
3) Sinusiorragia
4) Dispareunia de profundidade
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cervicites: tratamento
Se diplococo Gram-negativo: tratar gonococo e clamídia
Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única (Gonococo) + Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, dose única (Clamídia)
Se ausência de diplococo Gram-negativo: tratar clamídia
Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, dose única ou Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 7 dias
Não usar Doxiciclina em gestantes
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cervicites: principal complicação
Doença inflamatória pélvica (DIP)
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: agentes principais
Chlamydia trachomatis (mais prevalente) e Neisseria gonorrhoeae
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: diagnóstico
3 critérios maiores + 1 critério menor
OU
1 critério elaborado
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: diagnóstico (critérios maiores)
1) Dor à mobilização do colo do útero
2) Dor à palpação dos anexos
3) Dor abdominal infraumbilical ou pélvica
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: diagnóstico (critérios menores)
Alterações no exame físico e/ou exames laboratoriais
1) Febre
2) Leucocitose (mais de 10 leucócitos por campo)
3) Aumento de PCR e/ou VHS
4) Confirmação de infecção por gonococo ou clamídia
5) Cervicite (conteúdo vaginal ou endocervical anormal)
6) Massa pélvica
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: diagnóstico (critérios elaborados)
Alterações em processos elaborados ➡️ Eu vejo a doença
1) Endometrite na análise histopatológica da biópsia
2) Abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem (USG ou RM)
3) Sinais sugestivos de infecção tubária ou tuboperitoneal na laparoscopia
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: classificação de Monif e conduta
Estágio 1: endometrite e salpingite aguda sem peritonite
- Tratamento ambulatorial
Estágio 2: salpingite aguda com peritonite
- Tratamento hospitalar
Estágio 3: salpingite aguda com obstrução tubária ou comprometimento tubo-ovariano (abscesso)
- Tratamento hospitalar
Estágio 4: abscesso ovariano > 10 cm ou abscesso roto (secreção purulenta na cavidade)
- Tratamento hospitalar e cirúrgico
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: quais os outros critérios para hospitalização? (4)
1) Gestantes
2) Falha do tratamento ambulatorial após 72h
3) Impossibilidade de tratamento VO
4) Estado geral grave (náuseas, vômitos, febre)
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: tratamento ambulatorial
Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única (1a opção) ou Cefotaxima 500 mg, IM, dose única
+
Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, 12/12h, por 14 dias
+
Metronidazol 250 mg, 2 comprimidos, VO, 12/12h, por 14 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: tratamento hospitalar (2a opção)
Clindamicina 900 mg, IV, 3x/dia, por 14 dias
+
Gentamicina (IV ou IM):
- Dose de ataque: 2 mg/Kg
- Dose de manutenção: 3-5 mg/Kg/dia, por 14 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: tratamento hospitalar (1a opção)
Ceftriaxona 1g, IV, 1x ao dia
+
Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, VO, por 14 dias
+
Metronidazol 400 mg, IV, 12/12h
Após 24h sem febre, a via parenteral pode ser suspensa e a paciente completa os 14 dias com Doxiciclina VO
Gestantes não podem usar Doxiciclina
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: tratamento dos parceiros (indicação)
Parceiros dos últimos 2 meses independente se sintomáticos ou não
Tratamento igual ao da cervicite
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: o DIU deve ser removido sempre?
Não. Caso haja indicação, deve ser removido após duas doses da antibioticoterapia
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: complicações precoces (3)
1) Abscesso tubo-ovariano
2) Fase aguda da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (peri-hepatite)
3) Morte
Síndromes sexualmente transmissíveis
DIP: complicações tardias (6)
1) Infertilidade
2) Gravidez ectópica
3) Dor pélvica crônica
4) Dispareunia
5) Recorrência da DIP
6) Fase crônica da síndrome de Fitz-High-Curtis (aderências em corda de violino)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Uretrites: aspectos gerais (2)
1) Mesmos agentes da cervicite
2) Mesmo tratamento da cervicite
Síndromes sexualmente transmissíveis
Bartolinite: O que é? Quais os agentes?
Infecção das glândulas de Bartholin por gonococo, clamídia e outros agentes como a E. coli
Síndromes sexualmente transmissíveis
Bartolinite: principal sintoma
Dor intensa sobretudo ao sentar
Síndromes sexualmente transmissíveis
Bartolinite: tratamento (4)
1) Drenagem
2) Antibioticoterapia (controverso)
3) Marsupialização (orifício e cicatrização por segunda intenção)
4) Bartolinectomia (último caso, sangramento intenso)
Síndromes sexualmente transmissíveis
3 perguntas sobre as úlceras genitais
1) Múltiplas?
2) Doem?
3) Fistulizam?
Síndromes sexualmente transmissíveis
Úlceras genitais: quais são múltiplas? (3)
1) Herpes
2) Cancro mole
3) Donovanose
Síndromes sexualmente transmissíveis
Úlceras genitais: quais são dolorosas?
1) Herpes
2) Cancro mole
Dica: Lesões sem dor
- Linfogranuloma venéreo
- Sífilis
- Donovanose
Síndromes sexualmente transmissíveis
Úlceras genitais: quais fistulizam? (2)
1) Cancro mole
2) Linfogranuloma venéreo
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: agentes
Herpes vírus humano dos tipos 1 (oral) e 2 (genital)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: características das lesões
Vesículas e úlceras dolorosas, rasas, de fundo limpo
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: acomete linfonodos?
Sim, presença de linfadenomegalia inguinal, bilateral, dolorosa e que não fistuliza
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: tratamento da primo-infecção
Aciclovir 400 mg, VO, 3x/dia, por 7-10 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: tratamento após a primo-infecção
Aciclovir 400 mg, VO, 3x/dia, por 5 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: tratamento dos casos graves
Aciclovir 5-10 mg/Kg, IV, 3x/dia, por 5-7 dias ou até regressão
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: tratamento supressivo (indicação e medicamentos)
> = 6 recidivas/ano
Aciclovir 400 mg, VO, 2x/dia, por 6-12 meses ou Fanciclovir 250 mg, VO, 2x/dia ou Valaciclovir 500-1000g, VO, 1x/dia
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: aciclovir e valaciclovir são seguros na gestação?
Sim, em todos os períodos
Síndromes sexualmente transmissíveis
Herpes: prevenção da herpes neonatal (3)
1) Se casos recorrentes ou primo-infecção durante a gestação, indicação de terapia supressiva com aciclovir a partir de 36 semanas até o fim da gestação
2) Se lesões ativas no momento do parto, indicação de via alta (cesariana)
3) Se RPMO, cesariana em até 4-6 horas
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cancro mole: também conhecida como …..
Cancroide
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cancro mole: agente
Haemophilus ducreyi (cocobacilo Gram-negativo)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cancro mole: características da lesão
Múltiplas úlceras dolorosas, de borda irregular e contorno eritematoso, fundo sujo, com tecido de granulação e friável
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cancro mole: características da adenopatia (3)
1) Massa sólida e dolorosa
2) Unilateral em 2/3 dos casos
3) Fistuliza por um único orifício
Síndromes sexualmente transmissíveis
Cancro mole: tratamento
Azitromicina 1g, VO, dose única (melhor opção)
OU
Ceftriaxona 250 mg, IM, dose única
Síndromes sexualmente transmissíveis
Linfogranuloma venéreo: sinônimo
Doença de Nicolas-Favre-Durand
Síndromes sexualmente transmissíveis
Linfogranuloma venéreo: agente
Chlamydia trachomatis sorotipos L1, L2 e L3 (Gram-negativa)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Linfogranuloma venéreo: características da lesão
Pápula, pústula ou úlcera indolor, que desaparece sem deixar sequelas
Síndromes sexualmente transmissíveis
Linfogranuloma venéreo: características da adenomegalia (3)
1) Massa dolorosa
2) Unilateral na maioria dos casos
3) Fistuliza por múltiplos orifícios (“bico de regador”)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Linfogranuloma venéreo: tratamento (1a opção e alternativo)
Recomendado: Doxiciclina 100 mg, VO, 1 comprimido, 12/12h, por 21 dias
Alternativo: Azitromicina 500 mg, VO, 2 comprimidos, 1x/semana, durante 3 semanas (preferencial em gestantes)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Dica para Chlamydia trachomatis
C - cervicite
L - linfogranuloma
A - adenite que fistuliza
M - múltiplos orifícios
I - imunofluorescência (diagnóstico)
D - doxiciclina (linfogranuloma)
A - azitromicina (cervicite)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Donovanose: agente
Klebsiella granulomatis (anterior Calymmatobacterium granulomatis)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Donovanose: sinônimo
Granuloma inguinal
Síndromes sexualmente transmissíveis
Donovanose: características da lesão
Úlcera profunda, indolor, crônica (> 4 semanas), de fundo granulomatoso, friável. Pode-se tornar vegetante ou ulcerovegetante e assumir a configuração “em espelho”
Síndromes sexualmente transmissíveis
Donovanose: achado característico da microscopia
Corpúsculos de Donovan (microorganismos no interior de grandes células mononucleadas)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Donovanose: tratamento (1a opção e alternativo)
Recomendado: Azitromicina 1g, VO, 1x/semana, durante 3 semanas ou até desaparecer a lesão
Alternativo: Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 21 dias ou até desaparecer a lesão
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: agente
Treponema pallidum (espiroqueta anaeróbia)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: ponto de corte para sífilis recente e tardia
<= 12 meses: recente
> 12 meses: tardia
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: achados da forma clínica primária
Cancro duro: úlcera única, indolor, com bordas bem delimitadas e regulares, base dura e fundo limpo
Também conhecida como protossifiloma
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: achados da forma clínica secundária (6)
1) Roséolas
2) Sifílides
3) Condiloma plano
4) Placas mucosas
5) Alopecia irregular
6) Madarose
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: achados da forma clínica terciária (4)
1) Tabes dorsalis (acometimento do sistema nervoso)
2) Aneurisma de aorta
3) Artropatia de Charcot
4) Gomas sifilíticas
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual dos testes positiva primeiro?
O teste rápido (treponêmico) positiva primeiro, enquanto o VDRL (não-treponêmico) positiva após 1-3 semanas
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual a recomendação do MS para diagnóstico?
Solicitar ambos os testes (treponêmico e não-treponêmico)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: o que significa VDRL (+) e teste rápido negativo
VDRL falso-positivo ➡️ não tem sífilis
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: o que fazer se um dos testes diagnósticos for positivo em uma gestante?
Iniciar o tratamento com benzilpenicilina benzatina e solicitar o segundo teste para confirmação
Na população geral, solicita-se ambos os testes para depois iniciar o tratamento
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: quanto a transmissão vertical da sífilis, em qual fase clínica a taxa é maior?
A taxa de transmissão é maior na sífilis secundária, seguida da sífilis primária e latente recente
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual o exame capaz de visualizar diretamente os espiroquetas?
Exame em campo escuro
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual o tratamento de escolha e alternativo para sífilis primária, secundária e latente recente
Escolha: Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhões UI em cada glúteo)
Alternativo: Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 15 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual o tratamento de escolha e alternativo para sífilis terciária e latente tardia
Escolha: Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/semana (1,2 milhões UI em cada glúteo), por 3 semanas
Alternativo: Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12h, por 30 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual o tempo máximo entre cada dose de benzilpenicilina? O que fazer se passar do tempo?
9 dias (idealmente 7 dias). Reiniciar o tratamento
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual o tratamento de escolha em gestantes? O que fazer em caso de alergia?
Para gestantes, somente benzilpenicilina benzatina. Em caso de alergia, recomenda-se a dessensibilização
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: como e com o quê é feito o seguimento dos pacientes?
O seguimento é feito trimestralmente com VDRL (testes não-treponêmicos) em não-gestantes e mensalmente em gestantes até 12 meses de acompanhamento
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: o que é considerado resposta imunológica adequada?
Sífilis primária, secundária e latente recente: queda da titulação em 2 diluições em até 6 meses
Sífilis terciária e latente tardia: queda da titulação em 2 diluições em até 12 meses
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: o Treponema pallidum pode ser resistente à benzilpenicilina?
Não!
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: qual o tratamento recomendado e alternativo para neurossífilis? Como é feito o seguimento com teste não-treponêmico?
Recomendado: Benzilpenicilina potássica / cristalina 18-24 milhões UI, EV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias
Alternativo: Ceftriaxona 2g, IV, 1x/dia, por 10-14 dias
Seguimento: LCR de 6/6 meses até a normalização
Síndromes sexualmente transmissíveis
Sífilis: o que é a reação de Jarisch-Herxheimer? Como resolver?
Evento que ocorre em até 24h após a primeira dose de penicilina, sobretudo nas formas primárias e secundárias, havendo piora das lesões cutâneas e sintomas sistêmicos como febre, cefaleia e artralgia. Os sintomas regridem espontaneamente em 12-24h e podem ser controlados com analgésicos simples. Não é necessário suspender o tratamento com penicilina
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: exame de corpo de delito e boletim de ocorrência (BO) são necessários para o atendimento?
Não!
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: quem notificar?
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em até 24h (todos)
Conselho Tutelar ou Vara da Infância e da Juventude se vítima < 18 anos
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: é preciso notificar a autoridade policial?
Não!
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: contracepção de emergência
Levonorgestrel 1,5 mg, VO, dose única, se não estiver fazendo uso de método contraceptivo de alta-eficácia de forma contínua e correta
Fazer idealmente em até 3 dias (72h) ou em até 5 dias (120h)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: profilaxia para HIV
Iniciar em até 3 dias (72h)
Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG) por 28 dias
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: profilaxia hepatite B
Indicação: vítima como esquema vacinal incompleto ou desconhecido
Imunoglobulina idealmente em até 48h e no máximo em 14 dias (somente para vítimas de violência sexual)
Deve-se iniciar ou completar a vacinação (3 doses) contra a hepatite B
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: profilaxia HPV
9 a 14 anos: 2 doses (0 e 6 meses)
15 a 45 anos: 3 doses (0, 2 e 6 meses)
Imunossuprimidos de 9 a 45: 3 doses (0, 2 e 6 meses)
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: interrupção da gestação, o que é necessário? (5)
1) Termo de relato circunstanciado
2) Parecer técnico
3) Termo de aprovação de procedimento de interrupção de gravidez
4) Termo de responsabilidade
5) Termo de consentimento livre e esclarecido
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: interrupção da gestação, o que não é necessário? (3)
1) Autorização judicial
2) Exame de corpo de delito
3) Boletim de ocorrência
Síndromes sexualmente transmissíveis
Violência sexual: profilaxia das ISTs não virais
ABC da Mulher
Azitromicina 1g, VO (infecção por clamídia e cancro mole)
Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM (sífilis)
Ceftriaxona 500 mg, IM (gonococo)
Metronidazol 2g, VO (tricomoníase)
Síndromes sexualmente transmissíveis
HPV: agente
Papilomavírus humano
Síndromes sexualmente transmissíveis
HPV: tipos relacionados ao condiloma acuminado (baixo risco oncogênico)
Tipos 6 e 11
Síndromes sexualmente transmissíveis
HPV: tipos de alto risco oncogênico
Tipos 16 e 18
Síndromes sexualmente transmissíveis
HPV: lesão típica
Condiloma acuminado
Síndromes sexualmente transmissíveis
HPV: fluxograma de manejo
Síndromes sexualmente transmissíveis
HPV: quais tratamentos não estão indicados na gestação?
Podofilina e Imiquimode
Sangramentos da primeira metade da gestação
Quando é possível ver a gestação no USTV? (3)
4 semanas ➡️ Saco gestacional
5 semanas ➡️ Vesícula vitelínica
6/7 semanas ➡️ Embrião / BCE (+)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Qual a medida do saco gestacional que asseguraria a presença de embrião no USTV?
SG >= 25 mm
Se não tiver, gravidez anembrionada
Sangramentos da primeira metade da gestação
Qual a medida (parâmetro e valor) que indicaria a presença de BCE no USTV?
Comprimento cabeça nádega (CCN)
CCN >= 7 mm
Se não houver BCE (+), abortamento retido
Sangramentos da primeira metade da gestação
Os achados do USG transabdominal diferem do USTV em quanto tempo?
Em 1 semana a mais em relação ao achados da USTV
Sangramentos da primeira metade da gestação
Qual o período a ser considerado e quais as possibilidades? (3)
< 20 semanas
- Abortamento
- Gestação ectópica
- Doença trofoblástica gestacional (DTG)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Dentre as 3 possibilidades de diagnóstico diferencial, qual a mais comum?
Abortamento
Sangramentos da primeira metade da gestação
Definição de abortamento
Interrupção (extração ou expulsão) da gestação antes de 20-22 semanas OU com feto pesando menos de 500g
Sangramentos da primeira metade da gestação
Qual a causa mais comum de abortamento?
Anomalias cromossômicas, sobretudo as trissomias
Sangramentos da primeira metade da gestação
Qual a trissomia mais relacionada ao abortamento?
Trissomia ou aneuploidia do cromossomo 16
Sangramentos da primeira metade da gestação
Diabetes gestacional é causa de abortamento?
Não, mas o diabetes prévio sim
Sangramentos da primeira metade da gestação
Classificação do abortamento quanto a idade gestacional (2)
Precoce: <= 12 semanas (maioria dos casos)
- Maior parte ocorre antes de 8 semanas
Tardio: > 12 semanas
Sangramentos da primeira metade da gestação
Classificação do abortamento quanto a periodicidade (2)
Esporádico: 1-2 vezes
- Não há necessidade de investigar um único abortamento precoce
Habitual ou Recorrente: >= 3 vezes
- Assim como os tardios, demandam investigação
Sangramentos da primeira metade da gestação
Quais os dois pontos necessários para a classificação dos abortamentos?
Colo (fechado ou aberto)
Achados do USTV
Sangramentos da primeira metade da gestação
Ameaça de abortamento (2)
Colo fechado
BCE (+)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Aborto completo (2)
Colo fechado
Útero vazio (endométrio < 15 mm)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Aborto retido (2)
Colo fechado
BCE (-)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Aborto inevitável (2)
Colo aberto
BCE (+ ou -)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Aborto incompleto (2)
Colo aberto
Presença de restos (endométrio > 15 mm)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Aborto infectado (2)
Colo aberto
Presença de restos + febre
Sangramentos da primeira metade da gestação
Conduta se ameaça de abortamento ou abortamento completo (2)
Sintomáticos (analgesia, antiespasmódico, repouso relativo…) + Acompanhamento
Não fazer progesterona
Abstinência sexual é indicado para evitar fatores de confundimento (sinusorragia)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Conduta se abortamento inevitável, incompleto, retido ou infectado
Dica: Se in…, eu vou intervir
Esvaziamento uterino +/- antibioticoterapia com gentamicina e clindamicina (somente se infectado)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Como realizar o esvaziamento uterino de forma cirúrgica? (2)
Aspiração manual intrauterina (AMIU): escolha até 12 semanas
- Pode ser feito misoprostol em dose baixa para preparo do colo (diferente do misoprostol para expulsão do feto)
Curetagem: alternativa à AMIU
Sangramentos da primeira metade da gestação
Quais as vantagens do AMIU? (2)
Menor risco de perfuração e de sinequias
Sangramentos da primeira metade da gestação
Como realizar o esvaziamento uterino de forma clínica?
Misoprostol: expulsão de fetos > 12 semanas
Sangramentos da primeira metade da gestação
Qual a importância do esvaziamento clínico em fetos > 12 semanas?
Como já há ossos, o esvaziamento clínico minimiza o risco de perfurações. Após a expulsão do embrião, avalia-se a necessidade de curetagem
Sangramentos da primeira metade da gestação
Abortamento recorrente: pensar em… (3)
Anomalias genéticas (continua sendo a principal causa)
Incompetência istmocervical
Síndrome do anticorpo antifosfolípide
Sangramentos da primeira metade da gestação
Na incompetência istmocervical, o orifício ….. (interno / externo) do colo uterino é incompetente
Interno
Sangramentos da primeira metade da gestação
Incompetência istmocervical: diagnóstico (3)
História de dilatação cervical indolor no 2° trimestre
- Tendência a ser cada vez mais precoce
- No aborto, o sangramento é doloroso
Dilatação + encurtamento do colo (atual)
Histeroscopia (realizado fora da gestação)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Incompetência istmocervical: causas identificáveis (3)
Conização
Curetagens
Amputações cervicais
Muitas vezes não há causa identificável
Sangramentos da primeira metade da gestação
Incompetência istmocervical: tratamento (2)
Cerclagem uterina, sendo a técnica de McDonald a mais utilizada
Há a possibilidade de cerclagem laparoscópica antes da gestação, contudo ela impede o parto vaginal
Sangramentos da primeira metade da gestação
Incompetência istmocervical: quais os critérios ideais para realizar a cerclagem? (3)
Idealmente:
- Entre 12 e 16 semanas (~ 14 semanas)
- Dilatação < 3 cm
- Sem herniação de bolsa
Cuidado: o USTV deve indicar viabilidade da gestação
Sangramentos da primeira metade da gestação
Incompetência istmocervical: conduta, em relação a cerclagem, se proximidade do parto ou trabalho de parto
Cortar o fio a fim de se evitar lacerações
Sangramentos da primeira metade da gestação
SAF: diagnóstico
1 critério clínico-obstétrico + 1 critério laboratorial (confirmado em duas medidas com um intervalo de pelo menos 12 semanas)
Sangramentos da primeira metade da gestação
SAF: critérios clínico-obstétricos (4)
Trombose arterial ou venosa confirmadas
OU
≥ 3 perdas antes de 10 semanas
OU
> 1 perda após 10 semanas
OU
Parto prematuro por pré-eclâmpsia (PE) / crescimento intrauterino restrito (CIUR) < 34 semanas
Sangramentos da primeira metade da gestação
SAF: critérios laboratoriais (3)
Anticoagulante lúpico
OU
Anticardiolipina IgG ou IgM
OU
Anti-beta2-glicoproteína I IgG ou IgM
Sangramentos da primeira metade da gestação
SAF: conduta se eventos obstétricos e conduta se eventos trombóticos
Obstétricos: AAS + heparina profilática (preferencialmente de baixo peso molecular - 0,5 mg/Kg/dia)
Trombose: AAS + heparina terapêutica (1 mg/Kg de 12/12h)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Interrupção legal da gestação: quais as três situações?
Risco de morte para a gestante
- Abortamento terapêutico (deve ser decisão da gestante)
- Atestado por 2 médicos
- Notificação da Comissão de Ética do Hospital
- Ex.: cardiopatias, hipertensão pulmonar…
Vítima de violência sexual
- Abortamento sentimental
- Permitido após solicitação na UBS
- Não precisa de B.O, exame de corpo de delito
- A IG deve ser compatível com a data do agravo
- Até 20-22 semanas (questionável)
Anencefalia
- Discriminalizada pelo STF em 2012
- Interrupção em qualquer IG (se desejado pela gestante)
- Diagnóstico ultrassonográfico inequívoco a partir de 12 semanas
Qualquer outra situação demanda judicialização do pedido
Sangramentos da primeira metade da gestação
Interrupção legal da gestação: o que significa diagnóstico ultrassonográfico inequívoco?
Duas fotografias (sagital e transversal) mostrando anencefalia + laudo assinado por dois médicos
Não é necessário dois exames de USG
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: o quê é?
Proliferação anormal do trofoblasto com a presença de degeneração hidrópica
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: classificação (5)
Benignas
- Mola hidatiforme completa
- Mola hidatiforme incompleta ou parcial
Malignas
- Mola invasora (mais comum dentre as malignas)
- Coriocarcinoma
- Tumor trofoblástico do sítio placentário
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: fatores de risco (4)
Idade > 40 anos
Mola anterior (principal)
Tabagismo
Abortamentos prévios
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: quando suspeitar? (9)
Sangramento intermitente com aspecto de suco de ameixa
Útero maior do que o esperado (sanfona)
Hiperêmese
Ultrassonografia com “tempestade de neve”
Saída de vesículas (cachos de uva)
Outros:
- Cistos tecaluteínicos bilaterais
- Pré-eclâmpsia precoce (antes de 20 semanas)
- Hipertireoidismo
- hCG muito elevado
Dica: HIPER (hiper-útero, hiperêmese, hiper-hCG, hipertireoidismo…)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: cariótipo da mola completa e incompleta
Completa (duplicação do material paterno):
- 46 XX (típico)
- 46 XY
Incompleta (fecundação de um óvulo por dois espermatozóides):
- 69 XXX / XXY / XYY
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: presença de feto na mola completa e incompleta
Completa: sem feto
Incompleta: pode haver tecido fetal
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: valor do beta-hCG da mola completa e incompleta
Completa: muito elevado
Incompleta: pouco elevado
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: presença de cistos tecaluteínicos na mola completa e incompleta
Completa: comum
Incompleta: raro
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: USG da mola completa e incompleta
Completa: ecos amorfos
Incompleta: ecos dispersos + feto
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: degeneração maligna da mola completa e incompleta
Completa: 10 a 30%
- A COMpleta é COMpletamente mola
Incompleta: 5 a 10%
- A incompleta é parte anormal e parte normal
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: diagnóstico
Quadro clínico + histopatológico (definitivo)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: tratamento
Vacuoaspiração (principal)
Outros:
- AMIU
- Curetagem
- Histerectomia profilática (prole completa e > 40 anos)
**Não retirar os cistos tecaluteínicos, pois são resultado do estímulo hormonal (irão reduzir)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: com o que e como realizar o acompanhamento?
Beta-hCG seriado:
- Semanalmente até zerar
- Após 3 semanais negativos ➡️ fazer mensal até completar 6 meses
Mesmo se histerectomia profilática
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: outras medidas de acompanhamento
Acompanhamento clínico
Acompanhamento ultrassonográfico (invasão locorregional)
Radiografia de tórax (metástases)
Anticoncepção de alta eficácia (exceto os dispositivos intra-uterinos)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença trofoblástica gestacional: e se o beta-hCG não zerar?
Pensar em neoplasia trofoblástica gestacional (NTG) se o o beta-hCG:
- Elevar por duas semanas (> 10% 1-7-14)
- Estabilizar por 3 semanas (dias 1-7-14-21)
- Ausência de negativação em 6 meses (questionável)
Sangramentos da primeira metade da gestação
NTG: outros critérios de malignização (3)
Surgimentos de metástases (vagina, pulmão)
USG com imagem intramiometrial (olho de coruja)
Índices de resistência e pulsatilidade baixos das artérias uterina (ao Doppler)
Sangramentos da primeira metade da gestação
NTG: tipos (3)
Mola invasora
- Mais comum
- Sequela da mola hidatiforme
Coriocarcinoma
- 10 a 30%
- Após qualquer tipo de gestação
- Grande número de metástases (pulmão, vagina)
Tumor trofoblástico de sítio placentário
- Mais raro
- Elevação de hPL (lactogênio placentário)
Sangramentos da primeira metade da gestação
NTG: tratamento se baixo risco
Monoquimioterapia
Sangramentos da primeira metade da gestação
NTG: tratamento se alto risco
Poliquimioterapia
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: o que é? Quais os dois locais mais comuns?
Qualquer gestação em que o implante não ocorreu na cavidade uterina
Locais:
- Região ampular da trompa (80%)
- Região ístmica (12% - segundo mais comum)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: qual o problema se a gestação ectópica for no istmo?
Por ser mais estreita e dilatar menor, há maior risco de rompimento
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: fatores de risco (7)
Dica: no geral interferem na função e na anatomia da trompa
- DIP
- Aderências
- Cirurgia tubária prévia
- Gestação ectópica anterior
- Reprodução assistida
- Contracepção de emergência
- DIU (não é método anovulatório)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: quando suspeitar? (3)
Atraso menstrual
Sangramento vaginal discreto (50%)
Dor abdominal importante
Massa anexial palpável
Irritação peritoneal
Grito de Douglas (sinal de Proust)
Sinal de Laffon (dor referida em ombro direito)
Sinal de Blumberg (ponto de McBurney)
Sinal de Cullen (equimose periumbilical)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: diagnóstico
Clínica + beta-hCG + USG
- beta-hCG > 1500 mUI/ml
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: o que fazer se beta-hCG < 1500 mUI/ml?
Repetir em 48h
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: quais os achados da USG? (4)
Saco gestacional em anexo
Anel tubário
Pseudo-saco gestacional
Alto fluxo ao Doppler
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: opções de tratamento (3)
Laparoscopia / Laparotomia
Metotrexate
Expectante (exceção)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: critérios que permitem a conduta expectante (4)
- Ectópica íntegra
- Beta-hCG baixo (< 1000 mUI/ml) e decrescente
- Paciente estável
- SG < 3,5 cm
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: tratamento cirúrgico, quando realizar salpingostomia ou salpingectomia?
Ectópica íntegra ➡️ prefiro Laparoscopia
Salpingostomia:
- Paciente sem prole definida E ectópica tubária íntegra
Salpingectomia:
- Tubária rota
- Prole completa
- Instabilidade hemodinâmica (sempre Laparotomia)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: quais as possibilidades de uso do metotrexate (3)? Quais os critérios para o uso? (3)
Antagonista do ácido fólico
Formas de aplicação:
- Injeção direta sobre o ovo
- Intramuscular em dose única (mais usado)
- Intramuscular em dias alternados (mais efeitos colaterais)
Critérios:
- Saco gestacional < 3,5 cm
- Embrião sem atividade cardíaca
- Beta-hCG < 5000 mUI/ml
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: quais os métodos para gestação ectópica íntegra e sem instabilidade hemodinâmica? (3)
Laparoscopia (pode ser feito se rota com estabilidade hemodinâmica)
- Salpingostomia OU Salpingectomia
Metotrexate
Expectante
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: qual o método para gestação ectópica com instabilidade hemodinâmica?
Laparotomia
- Salpingectomia apenas
Sangramentos da primeira metade da gestação
Gestação ectópica: o que é e o que NÃO fazer na gestação heterotópica?
Presença concomitante de gestação tópica e ectópica (muito rara)
Não fazer metotrexate (sacrificaria a gestação tópica por conta da ectópica)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: o que é?
Hemólise fetal causada por anticorpos maternos, sendo os do sistema ABO (mais comum, menos grave e sem profilaxia) e Rh (mais grave e sem profilaxia) os mais importantes
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: incompatibilidade Rh, quais os critérios? (3)
Mãe: Rh (-) e previamente sensibilizada por hemorragia fetomaterna ou outras causas (transfusão)
Pai: Rh (+)
Feto: Rh (+)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: qual o tipo de anticorpo relacionado?
IgG, pois IgM não atravessa a placenta
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: a gravidade aumenta com o número de gestações?
Sim (cada vez mais anticorpos)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: o que fazer se a gestante for sensibilizada?
Conduta expectante (não há mais indicação de profilaxia)
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal:quais as complicações para o feto? (4)
Hemólise
Anemia fetal
Hidropsia
Óbito fetal
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: qual exame pedir para uma gestante Rh (-) e pai Rh (+) ou desconhecido?
Coombs indireto
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: como fazer o acompanhamento com Coombs indireto?
Pedir no 1° trimestre para mãe Rh (-), segundo o MS
Se negativo:
- Repetir exame com 28, 32, 36 e 40 semanas
- Repetir no pós-parto
Se positivo:
- <= 1:8 (< 1:16) - Repetir mensalmente
- > 1:8 (>= 1:16) - Investigação fetal
Se história de feto gravemente acometido em gestação prévia, deve-se investigar o feto mesmo se o Coombs indireto for <= 1:8
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: como fazer a investigação fetal? (3)
Dopplervelocimetria da ACM:
- Método não invasivo de escolha
- Estado hipercinético fetal
- Vmáx > 1,5 MoM = Cordocentese ou Parto
Espectofotometria:
- No geral, não é mais realizado (necessita de amniocentese)
- Diferença de densidade óptica do líquido amniótico em decorrência do acúmulo de bilirrubina indireta
Cordocentese:
- Padrão-ouro
- Diagnóstico e tratamento transfusional intrauterino
- Invasivo (risco de óbito)
- Realizado se hidropisia fetal OU Vmáx > 1,5 MoM
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: quando optar entre cordocentese e parto?
< 34 semanas: cordocentese
> 34 semanas: parto
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: como e com o quê prevenir a sensibilização da gestante Rh (-) e pai Rh (+) ou desconhecido?
Imunoglobulina anti-D: 300 mcg IM
Indicações:
- Após o parto (ideal < 72h)
- Hemorragia na gestação (incluindo abortamento)
- Procedimento invasivo (amniocentese, cordocentese ou biópsia de vilo coriônica)
- 28 semanas (rotina?)
Após o parto, se criança Rh (+) no Coombs direto ou se Rh desconhecido
Sangramentos da primeira metade da gestação
Doença hemolítica perinatal: qual o cuidado tomar após a administração da imunoglobulina anti-D?
Lembrar que o Coombs indireto ficará positivo, não sendo isso um impeditivo para NÃO realizar a imunoglobulina anti-D novamente
Sangramentos da segunda metade da gestação
Quais as possíveis etiologias? (3)
Descolamento prematuro da placenta (DPP)
Placenta prévia
Roturas
**Ectópica abdominal pode ser causa de sangramento da 2ª metade gestacional
Sangramentos da segunda metade da gestação
DPP: fatores de risco (6)
Mnemônico: TÁ Com DPP
T - trauma
A - > 35 anos
C- corioamnionite
D - drogas (cocaína e tabaco) - maconha não é fator de risco
P - polidramnia e gemelar
P - pressão alta (principal)
Sangramentos da segunda metade da gestação
DPP: quadro clínico (5)
Sangue irrita o útero:
- Dor abdominal
- Taquissistolia (contrações intensas e sucessivas)
- Hipertonia uterina
- Sofrimento fetal agudo
- Pode haver exteriorização de sangramento pela vagina (20% são ocultos)
Sangramentos da segunda metade da gestação
DPP: como é o sangramento?
Sangue escurecido e contendo coágulos
Sangramentos da segunda metade da gestação
DPP: Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é clínico! Solicitar exames como o USG podem atrasar a conduta, resultado em óbito materno e/ou fetal
Sangramentos da segunda metade da gestação
DPP: O que determina a conduta e o que fazer?
A conduta depende se o feto está vivo ou morto
Sempre:
- Internar
- Obter 2 acessos calibrosos
- Amniotomia (reduz a velocidade de sangramento e o risco de CIVD)
Vivo ➡️ via mais rápida
- Parto iminente (dilatação total): vaginal
- No geral, cesariana
Morto:
- No geral, via vaginal
- Se demorar (dilatação 2-3 cm ou apresentação alta), cesariana
Sangramentos da segunda metade da gestação
DPP: complicações (3)
Útero de Couvelaire (apoplexia útero-placentária)
- Atonia uterina
Síndrome de Sheehan
- Necrose hipofisária com amenorréia
- Agalactia (devido a hipoprolactnemia) pode ser um sinal precoce
- Pode ocorrer hipopituitarismo completo a depender da extensão
Coagulação intravascular disseminada (CIVD)
- Aumento da tromboplastina na circulação materna
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: O que é? Quando é possível diagnosticar?
Placenta entre a apresentação fetal e o orifício interno do colo
É possível confirmar o diagnóstico após a 28ª semana de gestação, pois até essa data a placenta pode “migrar”
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: Quais as duas formas de classificação?
Clássica:
- Marginal ➡️ não recobre o colo
- Parcial ➡️ recobre parcialmente
- Total ➡️ recobre totalmente o colo
Atual:
- Placenta prévia ➡️ total + parcial
- Inserção baixa ➡️ não atinge o orifício interno do colo, mas dista até 2 cm dele
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: Quais os fatores de risco?
Mnemônico: CIMET entre o colo e o feto
C - cicatriz / cesárea (quanto mais cicatriz, maior o risco)
I - idade > 35 anos
M - multiparidade / gestação múltipla
E - endometrite
T - tabagismo
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: Qual a clínica? (6)
Mnemônico: PREVIA
P - progressivo (sangramento)
R - repetição
E - espontâneo
V - vermelho vivo
I - indolor
A - ausência de hipertonia e de sofrimento fetal
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: Como é feito o diagnóstico? O que não se pode fazer?
Clínica + exame especular + USG transvaginal
Não pode fazer toque vaginal
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: O que determina a conduta e o que fazer?
A IG determina a conduta
A termo ➡️ resolver a gestação
Pré-termo ➡️ depende do sangramento
- INTenso / INSTável ➡️ INTerromper
- EScasso / EStável ➡️ EXpectante
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: qual a via de parto?
Total: cesariana
Parcial: maioria cesariana
Marginal / inserção baixa: avaliar possibilidade de parto vaginal
Sangramentos da segunda metade da gestação
A anemia do ….. é desproporcional ao sangramento exteriorizado, enquanto que a anemia da ….. é proporcional ao sangramento.
DPP. Placenta prévia.
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: complicações (3)
Se a placenta tem inserção anomal…
Apresentação anormal
Penetração anormal (acretismo)
Puerpério anormal
- Hemorragia
- Infecção
Sangramentos da segunda metade da gestação
O que é acretismo placentário?
Penetração anormal da placenta nas camadas uterinas
Sangramentos da segunda metade da gestação
Quando suspeitar de acretismo?
Paciente com diagnóstico de placenta prévia + cesárea anterior (quanto mais cesarianas, maior o risco)
Sangramentos da segunda metade da gestação
Na suspeita de acretismo, o que fazer e quando fazer?
USG com Doppler +/- RNM sem contraste (caso duvidoso)
Deve ser feito durante o pré-natal, para planejar o momento do parto
Casos duvidosos:
- Obesas
- Implantação posterior da placenta
- Suspeita de acometimento dos paramétrios
Sangramentos da segunda metade da gestação
Placenta prévia: Classificação e conduta
Acreta ➡️ atinge até a camada esponjosa do endométrio
- Histerectomia é o “padrão-ouro”, mas pode-se tentar a extração
Increta ➡️ invade o miométrio
- Histerectomia
Percreta ➡️ invade a serosa ou além
- Histerectomia
Sangramentos da segunda metade da gestação
Roturas: quais os tipos? (3)
Rotura do seio marginal
Rotura da vasa prévia
Rotura uterina
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura do seio marginal: Onde se localiza? Qual o quadro clínico?
Localiza-se na extrema periferia do espaço interviloso
Clínica:
- Sangramento indolor
- Vermelho vivo
- Espontâneo
- Periparto
- Tônus uterino normal
- Sem sofrimento fetal
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura do seio marginal: diagnóstico
A confirmação diagnóstica é após o parto pela análise histopatológica
Devido a clínica semelhante, deve-se realizar USG transvaginal para excluir placenta prévia
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura do seio marginal: conduta
Como o sangramento é geralmente discreto ➡️ o prognóstico é bom e o parto pode ser via vaginal
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura da vasa prévia: o que é? Qual a origem do sangramento?
Ruptura de vasos umbilicais desprotegidos entre a apresentação e o colo uterino
O sangramento é fetal (única de origem fetal)
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura da vasa prévia: fatores de risco (3)
Placenta bilobada
Placenta suscenturiadas
Inserção velamentosa (principal)
- Maior risco na gemelaridade e na quantidade de gemelares (trigêmeos > gêmeos)
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura de vasa prévia: quadro clínico (2)
Sangramento vaginal após amniorrexe + sofrimento fetal agudo
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura do vasa prévia: conduta
Cesariana imediata
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura uterina: fatores de risco (5)
- Multiparidade
- Manobra de Kristeller (pressão no fundo uterino para acelerar o parto)
- Cicatriz uterina (miomectomia, cesariana…)
- Parto obstruído
- Malformação uterina (ex.: útero bicorno)
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura uterina: quais os sinais de iminência da rotura? (2)
Síndrome de Bandl-Frommel:
- Anel (banda) separando corpo do segmento - Bandl (útero em ampulheta)
- Ligamento redondo distendido - Frommel
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura uterina: quais os sinais de rotura consumada? (4)
Dor lancinante, de forte intensidade seguida de acalmia
Fácil percepção das partes fetais
Súbida da apresentação fetal (sinal de Reasens)
Crepitação na palpação abdominal / enfisema subcutâneo (sinal de Clark)
Dica: Rotura Consumada (Reasens e Clark)
Sangramentos da segunda metade da gestação
Rotura uterina: quais as condutas?
Iminência ➡️ cesariana
Consumada
- Histerorrafia (lesão menos extensa)
- Histerectomia (se lesão mais extensa)
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais as características do derrame papilar que podem indicar malignidade? (5)
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais características dos nódulos palpáveis de mama que podem indicar malignidade? (5)
Oncologia I - Mama e Ovário
Como investigar os nódulos de mama?
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais as indicações para RNM na investigação de nódulos de mama (3)? Quais as limitações desse método (2)?
Indicações
- Múltiplas cirurgias
- BIRADS 0
- Avaliação de jovens com ⬆️ risco (⬆️ sensibilidade e sem radiação)
Limitações
- Não mostra lesões < 2 mm
- Não mostra microcalcificações
Oncologia I - Mama e Ovário
Durante a investigação dos nódulos de mama, quais os achados da USG que aumentam a suspeição? (4)
- Diâmetro vertical > Diâmetro lateral
- Ecogenicidade irregular
- Contornos irregulares
- Sombra acústica posterior (reforço acústico posterior é sugestivo de benignidade)
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais as duas principais incidências da mamografia?
- Craniocaudal (direita)
- Mediolateral (esquerda)
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o significado de BIRADS 0? Quais as condutas possíveis?
Mamografia inconclusiva
Condutas
- USG
- RNM
- Nova MMG com ampliação ➡️ microcalcificações
- Nova MMG com compressão ➡️ assimetria focal
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o significado de BIRADS 1? Qual a conduta?
Nenhuma alteração (0%)
Conduta: repetir de acordo com a idade / rastreamento
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o significado de BIRADS 2? Qual a conduta?
Alterações benignas (0%)
Conduta: repetir de acordo com a idade / rastreamento
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual significado de BIRADS 3? Qual a conduta?
Achados duvidosos, mas provavelmente benignos (≤ 2%)
Conduta:
- Repetir MMG de 6 em 6 meses no 1º ano
- MMG anual no 2º e 3º anos
- Se normais ➡️ reclassificar como BIRADS 2
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o significado de BIRADS 4? Qual a conduta?
Achados suspeitos de malignidade (3 - 94%)
Conduta: avaliação histopatológica da lesão
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o significado de BIRADS 5? Qual a conduta?
Achados altamente sugestivos de malignidade (≥ 95%)
Conduta: avaliação histopatológica
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o significado de BIRADS 6? Qual a conduta?
Lesão já biopsiada com o diagnóstico de malignidade, mas não retirada ou tratada (100%)
Conduta: depende das características da lesão
Oncologia I - Mama e Ovário
Para a biópsia de achados suspeitos da mama, quais as opções ambulatoriais e as indicações?
Core biopsy (biópsia com agulha grossa)
- Indicado para nódulos
Mamotomia (guiado por mamografia)
- Indicado em caso de microcalcificações
Oncologia I - Mama e Ovário
Para a biópsia de achados suspeitos da mama, quais as opções cirúrgicas e as indicações?
A biópsia cirúrgica é o padrão-ouro, conduto costumam ser indicadas na impossibilidade de core biopsy ou mamotomia
Biópsia incisional
- Retira parte do tumor (lesões maiores)
Biópsia excisional
- Retira todo tumor (lesões menores)
Oncologia I - Mama e Ovário
Como identificar, na mama, um local que deve ser biopsiado ou ressecado?
Estereotaxia (marcação com clipes ou agulhamento)
Oncologia I - Mama e Ovário
Como é feito o rastreamento do câncer de mama de acordo com o MS e de acordo com o CRB, SBM e FEBRASGO?
MS
- Mamografia bienal de 50 a 69 anos (risco habitual)
- Risco elevado: exame clínico a partir dos 30 anos e mamografia a partir do 35 anos
- 2015: não recomenda-se o autoexame e o exame clínico passou a benefício incerto
CRB, SBM, FEBRASGO
- Baixo risco: MMG anual a partir dos 40 anos até 74 anos (continuar se não houver comorbidades significativas e se a expectativa de vida for de pelo menos 7 anos)
- Alto risco: MMG < 40 anos e > 30 anos
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual exame de rastreamento para mulheres com próteses de silicone?
Mamografia
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual o exame capaz de reduzir a mortalidade pelo câncer de mama?
Mamografia
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais os 4 principais nódulos benignos da mama e as características principais de cada um?
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais os 4 principais tipos histológicos do câncer de mama e quais as principais características de cada um?
Oncologia I - Mama e Ovário
Qual dos tipos histológicos do câncer de mama também é conhecido como carcinoma invasivo de tipo não especial?
Carcinoma ductal invasivo
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais os subtipos moleculares principais (4) e como está a expressão do Ki-67, receptores hormonais e HER2?
Oncologia I - Mama e Ovário
Atualmente, qual estratégia pode ser utilizada para avaliar prognóstico e decidir quanto à QT?
Expressão gênica (Oncotype e Mammagene)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais os tipos de cirurgias conservadoras (2) e qual a principal indicação?
Tipos
- Segmentectomia ou setorectomia: poupa a pele
- Quadrantectomia: não poupa a pele
Indicação
- Relação tumor/mama < 20%
- Na prova: carcinoma até 3,5 cm
Cuidado: impossibilidade de radioterapia adjuvante e tumores multicêntricos contraindicam a cirurgia conservadora
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: O que deve ser sempre feito na cirurgia conservadora?
Radioterapia adjuvante
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: O que fazer em caso de CA invasivo / infiltrante?
Avaliar a axila ➡️ Se clinicamente negativo, estudo do linfonodo sentinela ➡️ Se negativo, não precisa fazer esvaziamento axilar
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais as duas principais complicações do esvaziamento axilar? (2)
Escápula alada ➡️ lesão do nervo torácico longo
Alterações sensitivas na face medial do braço ➡️ lesão do nervo intercostobraquial
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais as indicações de quimioterapia adjuvante?
- Tumores > 1 cm
- Linfonodo positivo (≥ N1)
- Metástase hematogênica (M1)
- Receptor hormonal negativo
- Superexpressão de HER2
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais as indicações de QT neoadjuvante?
Localmente avançado (estádio III) ou prognóstico ruim (receptor hormonal negativo)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais as 2 principais indicações de radioterapia adjuvante?
- Cirurgia conservadora
- Tumores > 4 cm
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais as drogas utilizadas na hormonioterapia e qual o critério fundamental para esse tipo de terapia?
Receptor hormonal positivo
Drogas:
- Pré-menopausa: tamoxifeno
- Pós-menopausa: inibidores da aromatase (anastrozol, letrozol…)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Qual o cuidado que se deve ter com o uso de tamoxifeno?
Avaliar o endométrio, se houver sangramento vaginal
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Qual a droga utilizada e qual a indicação de terapia alvo dirigida?
Super-expressão de HER2
Drogas:
- Trastuzumabe
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais os fatores de risco? Qual o principal?
Sexo feminino (principal)
Idade > 40 anos
História de CA de mama
História familiar
Menarca precoce*
Menopausa tardia (menacme longo)*
Nuliparidade*
Primiparidade idosa*
Dieta rica em gordura (obesidade)*
Terapia hormonal ou uso de ACO*
(questionável)
BRCA1/BRCA2
Lesões de risco
- Hiperplasia ductal atípica
- Hiperplasia lobular atípica
- Carcinoma lobular in situ (alguns autores o consideram lesão precursora assim como o carcinoma ductal in situ)
*: maior tempo de exposição ao estrógeno
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais os fatores que indicam iniciar o rastreamento antes (população de alto risco)? (6)
- Parente 1º grau antes dos 50 anos
- Parentes 1º grau com CA de ovário ou CA de mama bilateral
- Parentes masculinos com CA de mama
- Lesões atípicas ou CA lobular in situ
- BRCA1 (17q21) e BRCA2 (13q12)
- Radioterapia entre 10 e 30 anos de idade
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais achados suspeitos (9)? Qual dos achados tem maior relação com malignidade?
Mnemônico: SUSPEITA
S - sólida (maior relação)
U - USG Doppler ⬇️ IR (< 0,4)
S - septos espessos
P - papilas (especialmente se > 4)
E - espessamento de parede
I - irregular
T - tamanho > 8 ou 10 cm
A - antes ou após menacme | ascite
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Como realizar a investigação diagnóstica e como confirmar?
Clínica e USGTV ➡️ suspeita
CA 125 ➡️ principal marcador
- Ruim para diagnóstico inicial, sendo melhor para o seguimento
- CA inicial: pode estar normal
- Aumentado em outras ginecopatias (DIP, mioma…) e na gravidez
Confirmação ➡️ histopatológico
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais os 4 principais tumores benignos não neoplásicos?
Cistos funcionais
- Folicular (mais comum)
- Corpo lúteo hemorrágico
Endometrioma
Abcessos tubo-ovarianos
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais os 4 principais tumores benignos neoplásicos?
- Teratoma benigno (maduro)
- Cistoadenomas serosos
- Fibromas
- Struma ovarii
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Qual dos tumores de ovário está mais relacionado com torção? Quando suspeitar (3)?
Teratoma benigno (sobretudo os de tamanho mediano)
Suspeitar:
- Mulheres jovens
- Tumor sólido-cístico
- Dor abdominal súbita (abdome agudo)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: O que é síndrome de Meigs?
Tumor ovariano (fibroma ou tumor de Brenner) + ascite + derrame pleural
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Qual tumor ovariano está relacionado com crise tireotóxica?
Struma ovarii (presença de grande quantidade de tecido tireoidiano)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Qual a conduta frente a um tumor benigno de ovário?
Cirurgia conservadora (ooforoplastia)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais as linhagens (4) e os principais tumores malignos de ovário (8)? Quais as principais características de cada um?
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Pode-se puncionar o tumor?
Não, pois há risco de implantes em peritônio
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Qual a forma mais precoce de disseminação?
Transcelômica
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais os 3 principais locais de metástase à distância?
Fígado, pulmão e cérebro
*Cuidado: os implantes peritoneais são mais comuns
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Qual a conduta frente a suspeição de uma neoplasia maligna de ovário?
1°) Laparotomia: lavado + inventário da cavidade + excisão do tumor primário + biópsia por congelação
Se maligno ➡️ completar o estadiamento
- Biópsias peritoneais + histerectomia total + salpingooforectomia bilateral + omentectomia infracólica + ressecar implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos
Oncologia I - Mama e Ovário
Quais os 4 principais aspectos do CA de mama na gestação?
- É aquele que ocorre em até 1 ano do parto
- Pode fazer o estudo do linfonodo sentinela desde que com tecnécio
- Limitação quanto à cirurgia conservadora, pois não pode fazer RT durante a gestação
- Quimioterapia, a depender do quimioterápico, é possível
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quando fazer quimioterapia adjuvante?
Todo, exceto IA e IB (bilateral) moderadamente (G2) ou bem (G1) diferenciados
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais os critérios (2) e qual a conduta conservadora em caso de desejo reprodutivo?
Critérios
- Se epitelial: IA (apenas 1 ovário)
- Se germinativo: jovens e estádio I
Conduta: salpingooforectomia unilateral
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais os fatores de risco?
- História familiar (↑ 3x)
- Idade (± 60 anos)
- Mutação BRCA (síndrome de câncer mamaovário hereditária)
- Síndrome de Lynch II (pode ter CA de endométrio também)
- Menacme longa
- Nuliparidade (↑ 30-60%)
- Indutores de ovulação
- Obesidade (IMC ≥ 30 Kg/m2)
- Tabagismo (subtipo mucinoso)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Quais os fatores de proteção? (4)
Amamentação
Uso de anovulatórios (ACO)
- Quimioprevenção (↓ 30-50%)
Salpingooferectomia profilática
- Mutação BRCA
Laqueadura tubária
- ⬇️ fluxo sanguíneo ➡️ ⬇️ fatores carcinogênicos (↓30%)
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de mama: Quais os 4 tipos de mastectomia? Quais as características quanto aos componentes retirados e quanto ao esvaziamento axilar?
Simples
- Sem esvaziamento
- Mama e pele
Halsted
- Com esvaziamento
- Mama e pele + peitoral maior + peitoral menor
Patey
- Com esvaziamento
- Mama e pele + peitoral menor
Madden
- Com esvaziamento
- Mama e pele + preserva os peitorais
Oncologia I - Mama e Ovário
CA de ovário: Qual a característica do corpo lúteo hemorrágico ao USG e ao Doppler? Qual as condutas possíveis?
USG ➡️ aspecto heterogêneo / reticular devido ao sangue dentro do folículo
Doppler ➡️ anel de fogo
Condutas
- Maioria regride: analgesia + acompanhamento
- Se hemorragia intensa e instabilidade ➡️ cirurgia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Quando suspeitar?
Sangramento anormal + endométrio espesso
- Após menopausa sem TH: > 4 mm
- Após menopausa com TH: > 8 mm
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Quais os fatores de risco? Qual o principal?
Dica: estrogênio sobre o endométrio sem oposição da progesterona
Fatores de risco
- Obesidade (principal)
- > 60 anos
- Nuliparidade
- Branca
- Anovulação crônica
- Menacme longo
- DM
- Hiperplasia
- Síndrome de Lynch (endométrio e ovário)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Quais os fatores de proteção?
- Tabagismo
- Multiparidade
- Contracepção com progesterona
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Como fazer o diagnóstico?
Histopatológico de fragmento obtido por:
- Cureta de Novak (pouco material, muito falso-negativo)
- Curetagem fracionado (não permite visualização direta da cavidade uterina)
- Histeroscopia com biópsia (padrão-ouro)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Qual a principal lesão precursora? Qual o risco de malignização?
Hiperplasia endometrial (80% dos CA endométrio)
Tipos de Hiperplasia (OMS) - Risco de malignização
- Simples sem atipia (1%)
- Complexa sem atipia (3%)
- Simples com atipia (8%)
- Complexa com atipia (29%)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Qual a classificação da hiperplasia endometrial pelo International Endometrial Group? Como é a conduta?
Benigna ou sem atipia
- Progesterona (preferencialmente SIU - Mirena) é o principal
- Nova biópsia em 6 meses
- Se não responder ou progredir para atipia ➡️ histerectomia
- Observação: o Kyleena não deve ser usado devido a menor dose de levonorgestrel
Neoplasia intraepitelial ou com atipia
- Progesterona (excessão) se desejo de gestar ➡️ biópsia em 3 meses
- Histerectomia (preferencial)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Quais os tipos de câncer de endométrio? Qual o tipo histológico mais comum?
Tipo I
- Mais comum
- Relação com estrogênio
Tipo II
- Pior prognóstico
- Endométrio atrófico (fino)
- Mulheres mais velhas e magras
Endometrioide é o mais comum e com bom prognóstico
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Como é feito o estadiamento e o tratamento?
Laparotomia ➡️ estadiamento e tratamento
- Lavado + histerectomia + anexectomia bilateral + linfadenectomia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Quando não precisa fazer a linfadenectomia? Como avaliar?
Estágio IA (< 50% miométrio) e G1(bem diferenciado)
RNM: permite avaliar invasão miometrial e cervical, além de linfonodos e metástase
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Endométrio: Quando fazer radioterapia adjuvante?
Todos, exceto estágio IA
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Quais os sorotipos de HPV mais relacionados?
16 (mais oncogênico)
18
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Qual atualização da vacina do HPV?
Será dose única na população de 9-14 anos hígidos
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Quais os fatores de risco?
- HPV (principal)
- Exposição sexual
- Tabagismo
- ⬇️ imunidade (deficiência de vitaminas A e C; de enzima alfa-1-antitripsina)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como é feito o rastreio?
2024 ➡️ MS incorporou teste molecular para HPV (ainda não houve atualização)
Colpocitologia oncótica
- 1x/ano, após 2 negativos, a cada 3 anos
- Entre 25 e 64 anos, após a sexarca
- Parar após histerectomia por doença benigna sem história de lesão de alto grau (se houver, colher do fundo de saco até 64 anos
- Se HIV: 6/6 meses, após 2 negativos, anualmente (se CD4 < 200, manter de 6/6 meses)
- Se gestante: igual da população geral
- Se virgem: não colher
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como é feita a coleta?
Coleta ectocervical (espátula de Ayre) + Coleta endocervical (escova cervical) +/- Coleta fundo de saco (na EPM faz)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se LIE-BG (LSIL)?
≥ 25 anos: repetir em 6 meses
< 25 anos: repetir em 3 anos
Se manter LIE-BG (LSIL) ➡️ Colposcopia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se ASC-US?
≥ 30 anos: repetir em 6 meses
25-29 anos: repetir em 1 ano
< 25 anos: repetir em 3 anos
Se manter ASC-US ➡️ Colposcopia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se ASC-H?
Colposcopia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se AGC (AGUS)?
Colposcopia + avaliação do canal +/- USG transvaginal (se > 35 anos apenas)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se LIE-AG (HSIL)?
Colposcopia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se AOI (origem indefinida)?
Colposcopia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se LIE-BG ou ASC-US em HIV (+)?
Colposcopia na 1ª alteração
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Conduta se parecer câncer?
Colposcopia + biópsia
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como definir a área a ser biopsiada durante a colposcopia?
1º) Ácido acético
- Atividade proteica
- Biópsia na área acetobrando denso
2º) Teste de Schiller (lugol)
- Afinidade pelo glicogênio
- Biópsia na área iodo negativo (Schiller positivo)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Quando biopsiar a gestante? Qual achado levanta mais suspeita?
Somente se suspeita de invasão (tabela colposcópica)
- Vasos atípicos (sinal mais clássico de invasão)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: O que é uma colposcopia insatisfatória? Quais as condutas possíveis?
Quando não é possível visualizar a JEC
Conduta:
- Abrir mais o espéculo
- Espéculo endocervical
- Estrogênio por 2 semanas e repetir o exame
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como avaliar o canal cervical durante a colposcopia?
Escovado (principal)
- Gira a escova cervical mais vezes
Curetagem
- Mais traumático
Histeroscopia
- Nas > 35 anos, permite avaliar tanto o canal cervical quanto o endométrio
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Quais os tipos de lesões intraepiteliais (NIC)? Quais as condutas?
NIC I
- Não é precursor do CA de colo de útero
- Destruir a lesão (crioterapia ou cauterização) se não sumir após 2 anos de seguimento
NIC II
- Precursor de CA de colo uterino
- Exérese da zona de transformação (EZT)
NIC III
- Precursor de CA de colo uterino
- Exérese da zona de transformação (EZT)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Quais os tipos de EZT? Quando fazer um cone?
EZT III (cone)
- Suspeita de invasão
- Não vê o limite da lesão
- Não vê a JEC
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Quando “ver e tratar”?
HSIL em ≥ 25 anos + JEC totalmente visível na colposcopia (colposcopia satisfatória) + achado anormal maior sem suspeita de invasão ou de lesão glandular ➡️ EZT direito
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Qual o tipos histológico mais comum?
Carcinoma epidermóide (HPV 16)
Observação: o 2º mais comum é o adenocarcinoma (HPV 18)
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como é o estadiamento?
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como é o tratamento com base no estadiamento?
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como avaliar a invasão do paramétrio?
Toque retal ou RNM
Oncologia I - Endométrio e Colo Uterino
Colo uterino: Como é a cirurgia de Wertheim-Meigs? O quê não é retirado de rotina? Qual complicação chama a atenção?
Histerectomia total + retirada dos paramétrios + terço superior da vagina + linfadenectomia pélvica
Não são retirados os ovários
Fístula ureterovaginal
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quais as principais diferenças entre a HAS crônica e a pré-eclâmpsia? (6)
HAS crônica
- > 35 anos
- Multigesta (desde que mantenha o parceiro)
- HAS antes da 20ª semana
- Pode ou não ter proteinúria
- Calcúria > 100 mg/24h
- Persiste no puerpério
Pré-eclâmpsia
- < 18 anos e > 35 anos
- Primigesta (ou Multigesta que trocou o parceiro)
- HAS após 20ª semana (mola pode causar antes)
- Proteinúria após 20 semanas
- Calcúria < 100 mg/24h
- Melhora até 12 semanas do puerpério
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Qual a definição de pré-eclâmpsia?
Surgimento após 20ª semana de PA ≥ 140 x 90 mmHg + proteinúria ≥ 300 mg/dia ou proteína/creatinina urina ≥ 0,3 ou ≥ 1+ na fita
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Pode haver pré-eclâmpsia sem proteinúria?
Sim, se…
- Hipertensão > 20 semanas MAIS plaquetopenia (< 100.000), Cr > 1,1, EAP, ⬆️ 2x transaminases, sintomas cerebrais ou visuais
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: O que é hipertensão gestacional?
Hipertensão > 20 semanas SEM proteinúria E SEM as alterações da pré-eclâmpsia sem proteinúria
Para confirmar, precisa resolver em até 12 semanas do puerpério
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Como e quando pode ser feito o rastreamento?
Entre 11 e 14 semanas
- Doppler artérias uterinas, história clínica, PA e bioquímica materna (PAPP-A e PLGF)
Devido ao custo é pouco aplicado na população geral
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Como e em quais situações fazer a prevenção?
Alto risco (qualquer um dos seguintes)
- HAS
- DM
- LES
- SAF
- Gemelar
- Pré-eclâmpsia anterior
- Doença renal
Como fazer
- AAS iniciar de 12 a 16 semanas e até 36 semanas
- Cálcio se alto risco e baixa ingesta
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: O que diferencia a pré-eclâmpsia leve da grave?
Leve
- PA entre 140x90 mmHg e 160x110 mmHg
- Sem lesão de órgão-alvo
Grave
- Presença de qualquer sinal de gravidade
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quais os sinais de gravidade?
- PAS ≥ 160 e/ou PAD ≥ 110
- Creatinina ≥ 1,2 mg/dL, oligúria ➡️ não são consensuais
- Edema agudo de pulmão, cianose
- Síndrome HELLP
- Iminência de eclâmpsia (distúrbios cerebrais, visuais e dor abdominal)
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quais os critérios da síndrome HELLP?
Hemólise
- LDH > 600
- Presença de esquizócitos (células em capacete)
- Bilirrubina total ≥ 1,2
AST > 70
Plaquetas < 100.000
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Ponto de corte para pré-eclâmpsia precoce e tardia?
Precoce: < 34 semanas
Tardia: ≥ 34 semanas
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quando fazer anti-hipertensivos? Quais os objetivos?
PA ≥ 160x110 mmHg
- Minimizar o risco de de hemorragia cerebral
- PAS entre 140-155 e PAD entre 90-105
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quais medicamentos podem ser utilizados na crise hipertensiva? (3)
Hidralazina EV
Nifedipina VO (de ação rápida)
Labetalol IV
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quais medicamentos anti-hipertensivos podem ser utilizados na manutenção? (4)
Metildopa VO
Nifedipina VO (retard, de ação longa)
Hidralazina VO
Pindolol VO
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Pode-se utilizar diurético tiazídicos na gestação?
Sim, desde que não seja pré-eclâmpsia ➡️ na HAS crônica pode
- Não pode na lactação
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Como e em quem prevenir eclâmpsia?
Toda grávida com pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia
Sulfato de magnésio ➡️ prevenção e manutenção
- Pritchard: 4g IV + 10g IM (A) | 5g IM 4/4h (M)
- Zuspan: 4g IV (A) | 1-2 g/h IV em BI (M)
- Sibai: 6g IV (A) | 2-3 g/h IV em BI (M)
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Quais os sinais de intoxicação por magnésio?
Magnesemia terapeutica entre 4 - 7 mEq/L
Se > 8 mEq/L, há risco de intoxicação
- Reflexo patelar: abolido ➡️ suspender sulfato de magnésio + aplicar gluconato de cálcio (1g)
- Respiração: < 12 irpm ➡️ suspender sulfato de magnésio + aplicar gluconato de cálcio (1g)
- Rins (diurese): se oligúria ≤ 25 ➡️ reduzir a dose do sulfato de magnésio
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Qual a conduta em relação ao parto na PE leve e na PE grave?
PE leve
- Expectante até o termo, conforme condições maternas e fetais
PE grave
- < 34 semanas: se binômio bem ➡️ tentar fazer corticoide | se piorar ➡️ parto
- ≥ 34 semanas: parto (MS fala em avaliar chegar em 37 semanas)
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Qual a conduta em relação ao parto na eclâmpsia e na síndrome HELLP?
Estabilizar e parto independente da idade gestacional
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: O que fazer para estabilizar a paciente em caso de eclâmpsia?
Via aérea prévia, cânula de Guedel, decúbito lateral esquerdo e máscara de O2
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Qual a via de parto?
Parto vaginal continua sendo a via preferencial
A cesárea é opção após a estabilização e reavaliação das condições maternas e fetais
Doenças Clínicas na Gravidez
DHG: Qual a conduta quanto a suspensão do sulfato de magnésio?
É importante manter por pelo menos 24 horas após o parto devido ao risco de eclâmpsia puerperal
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Como é feito o rastreamento conforme o MS?
1ª consulta do pré-natal < 20 semanas
- Glicemia de jejum < 92 ➡️ TOTG 75g (24 - 28 semanas)
- Glicemia de jejum 92 - 125 ➡️ DM gestacional
- Glicemia de jejum ≥ 126 ➡️ DM prévio
Basta 1 exame alterado
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Quais os parâmetros do TOTG 75g?
DM gestacional
- Após 1 hora ≥ 180
- Após 2 horas entre 153 a 199 (se ≥ 200, é DM prévio)
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Como rastrear se a 1ª consulta ocorrer após a 20ª semana?
TOTG 75g entre 24 e 28 semanas
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Como conduzir após o diagnóstico de DM gestacional?
Por 2 semanas
- Dieta fracionada (6 refeições - 50% carboidratos; 30% lipídeos; 20% proteína) + atividade física + perfil glicêmico (Jejum < 95 | 1h após < 140 | 2h após < 120)
Após 2 semanas
- > 30% das glicemias alteradas ➡️ iniciar insulina (droga de escolha)
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Como manejar a insulina (aumentar e diminuir) durante a gestação?
1º trimestre e pós-parto: < dose insulina
2º e 3º trimestre: > dose insulina
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Quando usar metformina pelo MS? (2)
- Falha adesão ou acesso à insulina ou
- Adjuvante em caso de hiperglicemias graves (insulina > 100 U)
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Qual a conduta em relação ao parto se DMG sem complicações e nas situações em que houve tratamento com insulina?
DMG sem complicações: não precisa antecipar
Uso de insulina: 38/39 semanas
Parto pode ser vaginal se binômio bem
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Quais as principais complicações?
Macrosomia ➡️ em decorrência da hiperinsulinemia fetal
Distocia de espáduas
Sofrimento fetal agudo
Polidrâmnio ➡️ diurese hiperosmolar da criança
Malformação fetal
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Qual a malformação mais específica?
Síndrome de regressão caudal
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Diabetes gestacional aumenta o risco de malformações?
Não!
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Quais as manobras em caso de distócia de espáduas?
Manobra de McRoberts +/- Pressão suprapúbica
Outras:
- Manobra de Jacquemier
- Manobra de Wood
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Quais as condutas no puerpério para DM1, DM2 e DMG?
DM1
- Dose de insulina pré-gestacional ou metade da dose do final da gestação
DM2
- Insulina metade da dose do final da gestação ou hipoglicemiantes orais
DMG
- Dieta normal e suspender insulina
Doenças Clínicas na Gravidez
DMG: Quando repetir o TOTG no puerpério?
Em 6 semanas nas pacientes que apresentaram DMG, pois há risco aumentado de DM2
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Classificação quanto a zigotia
Monozigótica ➡️ mesmo ovo
Dizigótica ➡️ ovos diferentes
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Classificação quanto a corionicidade
Monocoriônica ➡️ uma placenta
Dicoriônica ➡️ duas placentas
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Classificação quanto a amnionicidade
Monoamniótica ➡️ uma membrana amniótica
Diamniótica ➡️ duas membranas amnióticas
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Toda gestação dizigótica é…
Dicoriônica e Diamniótica
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: O que determina a corionicidade e a amnionicidade em gestação monozigótica?
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Qual o único fator de risco para gestação monozigótica?
Técnicas de fertilização
- Também aumenta o risco de dizigótica
História familiar, etnia, idade… ➡️ somente dizigótica
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Ao USG, o que o sinal do lambda indica e o que o sinal do T indica?
Sinal Y / lambda: dicoriônica
Sinal T: monocoriônica
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Quais as condutas possíveis em relação ao parto?
Dicoriônica
- 38 semanas (antes se complicar)
Monocoriônica
- 36 semanas se diamniótica
- 34 semanas de monoamniótica
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Quanto a transfusão feto-fetal, é mais comum em? Como estão o feto doador e o receptor? Qual o parâmetro mais sensível? Qual costuma morrer primeiro?
Mais comum nas monocoriônicas
Feto doador: pálido, oligodramnia, CIUR
Feto receptor: polidramnia, hidrópsia
- Costuma morrer primeiro por insuficiência cardíaca
Mais sensível: diferença entre os bolsões (oligodramnia e polidramnia)
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Como tratar em caso de transfusão feto-fetal?
Amniocentese seriada nos casos leves
Fotocoagulação com laser nos casos graves
Doenças Clínicas na Gravidez
Gemelar: Quando indicar cesárea? (5)
- Complicações (STFF, unidos)
- Monoamniótica
- ≥ 3 fetos
- 1º feto não cefálico
- Segundo > 20% maior que o primeiro
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
CIUR: Quais os passos para o diagnóstico? (3)
1º passo ➡️ IG correta (USG 1º trimestre)
2º passo ➡️ Altura uterina
- Concorda com IG entre 18 e 30 semanas
- 3 cm menor sugere CIUR
3º passo ➡️ USG obstétrico
- Peso inferior ao 10º percentil para IG
> Percentil 3 a 10 + Doppler normal = PIG
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
CIUR: Qual o indicador mais sensível? Como a HD de CIUR pode ser confirmada?
Circunferência abdominal do feto
- Geralmente o primeiro a alterar
Pode ser confirmada após o parto, pelo pediatra
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
CIUR: Quais os tipos de CIUR? (3)
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Oligodramnia: Como diagnosticar?
Altura uterina
- ⬇️ esperado para IG ➡️ suspeita
USG ➡️ confirma o diagnóstico
- ILA < 5 cm ou maior bolsão < 2 cm
- ILA normal entre 8 e 18 cm
- Cuidado: se entre 5 e 8, trata-se de líquido diminuído
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Oligodramnia: Quais as causas? (5)
- Insuficiência placentária
- RPMO
- Malformações urinárias
- IECA
- Indometacina (tocolítico)
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Dopplervelocimetria: O que a dopplefluxometria da artéria uterina avalia?
- Circulação materna
- Incisura bilateral > 26 semanas ➡️ risco de CIUR e pré-eclâmpsia
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Dopplervelocimetria O que a dopplefluxometria da artéria umbilical avalia?
Circulação placentária
- Normal: ⬇️ resistência (< percentil 95)
- Alterada: ⬆️ resistência, diástole 0 ou reversa
- Resistência pode ser avaliada pelo RI, PI e S/D
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Dopplervelocimetria: O que a dopplefluxometria do ducto venoso avalia?
Avaliação função cardíaca fetal
- Especialmente para fetos < 32 semanas já centralizados
- Onda A negativa = ⬆️ risco de óbito ➡️ indicar parto
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Dopplervelocimetria: O que a dopplefluxometria da artéria cerebral média avalia?
Avalia a circulação fetal
- Normal: ⬆️ resistência e ⬇️ fluxo
- Avalia centralização fetal (coração, encéfalo e adrenais)
- Resistência umbilical ⬆️ / Resistência ACM ⬇️ ≥ 1 (indica a centralização)
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Vitalidade fetal: Como pode ser realizado a ausculta cardíaca?
Intermitente
- Baixo risco: 30/30 min na dilatação| 15/15 min (5/5 para alguns autores) no expulsivo
- Alto risco: 15/15 min na dilatação| 5/5 min no expulsivo
Contínua ➡️ cardiotocografia
- BCF, contração uterina e movimentação fetal
- Não é rotina em baixo risco
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Vitalidade fetal: Quais as recomendações para cardiotocografia?
- Decúbito lateral ou posição de Fowler (45º) e evitar jejum
- Duração de 20 a 40 minutos
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Vitalidade fetal: Quais os 4 parâmetros que devem ser avaliados na banda cardíaca da cardiotocografia?
Linha de base ➡️ BCF médio em 10 minutos
- Taquicardia: > 160 bpm
- Bradicardia: < 110 bpm
Variabilidade ➡️ diferença entre o maior e o menor BCF
- Aumentada: > 25 bpm
- Moderada: 6 a 25
- Mínima: ≤ 5
- Ausente: 0
- Sinusoidal: padrão de anemia grave
Acelerações ➡️ ⬆️ 15 bpm por 15 segundos
- Reativo: 2x em 20 minutos
Desacelerações
- DIP 1 ou precoce ou cefálica: coincide com a contração
- DIP 2 ou tardia: após a contração ➡️ indica asfixia, sobretudo, se repetição
- DIP 3 ou variável ou umbilical: variável em relação à contração (antes, junto ou depois)
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Cardiotocografia: Como classificar e como conduzir?
Categoria I (normal)
- Entre 110 e 160 bpm
- Variabilidade normal
- Sem DIP 2 ou 3
- Acelerações presentes ou ausentes
- Conduta: acompanhar
Categoria II (indeterminada)
- Não é I nem III
- Conduta: nova CTG ou perfil biofísico fetal (PBF)
Categoria III (anormal)
- Sem variabilidade + DIP II ou DIP III recorrente ou bradicardia
- Conduta: reanimação intrauterina (máscara de O2, decúbito lateral esquerdo, suspender ocitocina, corrigir ⬇️ PA…) + parto pela via mais rápida
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Perfil biofísico fetal: Quais o parâmetros (5)? Qual o primeiro a alterar? Qual o último a alterar?
CTG + 4 parâmetros da USG
- Movimento respiratório fetal
- Movimento fetal
- Tônus fetal
- Líquido amniótico (VLA)
1º a alterar: cardiotocografia (CTG)
Último a alterar: ⬇️ LA é alteração crônica
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Fórcipe: Quais os 3 principais e as condições para aplicar? Como é a pega ideal?
Simpson
- Qualquer variedade (exceto transversa)
Kielland
- Variedade transversa (rotação e assinclitismo)
Piper
- Cabeça derradeira (parto pélvico)
Condições para aplicar
- Ausência de colo (dilatação total)
- Pelve proporcional (não pode haver desproporção cefalopélvica)
- Livre canal de parto
- Insinuação fetal
- Conhecer a variedade
- Amniotomia
- Reto (não precisa mais) e bexiga vazios
Pega ideal: biparietomalomentoniano
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Vácuo-extrator: Quais as principais características?
- Aplicar sobre a sutura sagital entre o lambda e o bregma
- Critérios de aplicabilidade semelhantes ao do fórceps, mas somente para fletidos
- Mais trauma fetal e menos materno
- NÃO usar em < 34 semanas ➡️ risco de hemorragia intracraniana
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Puerpério: Quais os fatores de risco, etiologia, clínica, tratamento e profilaxia da endometrite?
Fatores de risco
- Cesariana (principal)
- RPMO
- Anemia
- Desnutrição
- Número de toques…
Etiologia
- Polimicrobiana
Clínica
- Febre (do 2º ao 10º dia, não valorizar se nas primeiras 24h - resposta ao trauma)
- Odor fétido
- Tríade de Bumm (útero doloroso, amolecido e hipoinvoluído)
Tratamento
- Clindamicina + Gentamicina IV até 72 horas afebril e assintomática
- Não precisa transicionar para VO
- Se não melhorar ➡️ exame de imagem para procurar abscesso
Profilaxia
- Antibiótico na indução anestésica da cesárea
- ⬇️ nº de toques
- Assepsia
- Manter bolsa íntegra
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Puerpério: Quais as principais características da mastite puerperal?
Agente ➡️ Staphylococcus aureus
Causa ➡️ pega incorreta e fissuras mamárias
Clínica ➡️ mastalgia + sinais flogísticos + febre
> Ingurgitamento é mais comum na 1ª semana
> Mastite é mais comum após a 2ª semana
Conduta
- Amamentar
- AINE
- Cefalosporina de 1ª geração por 7 a 10 dias
Complicação
- Abscesso mamário ➡️ pode amamentar a menos que haja secreção purulenta na papila ou incisão de drenagem na papila
> Fazer ATB além de drenar
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Puerpério: O que é tromboflebite pélvica séptica?
Condição de exclusão de infecção puerperal ➡️ se suspeita, prova terapêutica com heparina
Sofrimento fetal, avaliação da vitalidade fetal, fórcipe e puerpério
Puerpério: Conceito e conduta de hemorragia puerperal?
Definição
- > 0,5 L no vaginal e > 1 L na cesária ou qualquer sangramento que torna a paciente sintomática e/ou com sinais de hipovolemia
Índice de choque
- FC/PAS ≥ 0,9 (risco de transfusão)
Causas ➡️ 4 Ts
- Tônus (principal) ➡️ atonia uterina
- Trauma ➡️ laceração do canal de parto
- Tecido ➡️ restos placentários
- Trombina ➡️ coagulopatia
Conduta
- 1º: massagem uterina bimanual (Hamilton) + ocitocina + ácido tranexâmico
- 2º: ergometrina (não usar em hipertensas) e misoprostol
- 3º: rafia de B-Lynch
- 4º: rafia vascular (uterina ou hipogástrica)
- 5º: embolização uterina (se disponível pode ser feita antes da rafia de B-Lynch)
- 6º: histerectomia
Pode-se fazer balão de Bakri ou sonda de Foley para tamponamento intrauterino se disponível
Prevenção
- 10 UI de ocitocina IM no 3º período