Clínica Médica Flashcards
Síndrome Ictérica
Valor para definição de icterícia
Bilirrubina total > 2,5 - 3,0 mg/dL
Síndrome Ictérica
A bilirrubina tem grande afinidade pela ….., justificando a seguinte ordem de acometimento: ….., ….. e …..
Elastina. Esclera, língua e pele.
Síndrome Ictérica
A bilirrubina ….. é insolúvel, enquanto a bilirrubina ….. é solúvel
Indireta e direta.
Síndrome Ictérica
Quais as 3 etapas do metabolismo da bilirrubina que são realizadas pelos hepatócitos? Qual a etapa limitante e por quê?
1) Captação da BI
2) Conjugação (BI ➡️ BD)
3) Excreção (etapa limitante, maior consumo de ATP)
Síndrome Ictérica
Causas de aumento da bilirrubina indireta (2)
1) Hemólise (principal)
2) Distúrbios do metabolismo da bilirrubina
Síndrome Ictérica
Achados séricos da hemólise (5)
1) ⬆️ BI
2) Anemia
3) ⬆️ LDH
4) ⬆️ Reticulócitos
5) ⬇️ Haptoglobina
Síndrome Ictérica
No distúrbio primário (falha da conjugação) esperamos encontrar…..
Aumento isolado da BI (sem anemia)
Síndrome Ictérica
Distúrbio do metabolismo da bilirrubina: causas de aumento de BI (2)
1) Síndrome de Gilbert (mais comum)
2) Crigler-Najjar (mais grave)
Síndrome Ictérica
Na síndrome de Gilbert temos a deficiência parcial / leve da ….., enquanto na síndrome de Crigler-Najjar essa deficiência é grave
Glucuronil-transferase (etapa de conjugação)
Síndrome Ictérica
Características da síndrome de Gilbert (6)
1) Acomete mais homens
2) Assintomática
3) Bilirrubina < 4 mg/dL
4) Precipitado por situações de estresse (jejum, exercício, febre, álcool…)
5) Melhora com dieta hipercalórica e fenobarbital
6) Possível efeito antioxidante (proteção cardiovascular e menor risco de neoplasias)
Síndrome Ictérica
Características da síndrome de Crigler-Najjar (2)
1) Deficiência total: bilirrubina 18-45 mg/dL, encefalopatia bilirrubínica (Kernicterus) ➡️ transplante
2) Deficiência parcial: bilirrubina 6-25 mg/dL ➡️ fenobarbital
Síndrome Ictérica
Causas de aumento da bilirrubina direta (3)
1) Hepatites
2) Colestase
3) Distúrbios do metabolismo da bilirrubina
Síndrome Ictérica
Com o aumento de BD, esperamos encontrar ….. e …..
Acolia fecal e colúria.
Síndrome Ictérica
Hepatites: achados séricos (2)
1) AST (TGO) e ALT (TGP) > 10x LSN (normal ~ 30 - 40 U/L)
2) GGT e FA “tocadas”
Síndrome Ictérica
Qual das transaminases é mais específica para o fígado?
ALT (L de liver)
Síndrome Ictérica
O valor das transaminases indica gravidade?
Não!
Síndrome Ictérica
Transaminases > 1000 U/L causas (3)
1) Vírus
2) Isquemia
3) Drogas
Síndrome Ictérica
Na hepatite alcoólica, ….. > …..
AST (TGO) > ALT (TGP)
Dica: S de Skol
Síndrome Ictérica
Colestase: achados séricos (3)
1) FA e GGT > 4x LSN
2) AST e ALT “tocadas”
3) ⬆️ 5’-nucleotidase (pouco usado na prática)
Síndrome Ictérica
Na colestase, o ….. é um sintoma importante e ocorre devido ao acúmulo de …..
Prurido. Sais biliares
Síndrome Ictérica
Distúrbios do metabolismo da bilirrubina: causas do aumento da BD (2)
Dubbin-Johnson e Rotor
Dica: BDiR
Síndrome Ictérica
No Dubbin-Johson, os níveis de ….. urinária é normal, enquanto na síndrome de Rotor esses níveis estão aumentados. Ambas são ….. (benignas / malignas) e ….. (não precisam / precisam) de tratamento.
Coproporfirina tipo I. Benignas. Não precisam
Síndrome Ictérica
Duração de hepatite viral aguda e da crônica
Aguda: < 6 meses
Crônica: > 6 meses
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: quais são de transmissão fecal-oral?
Hepatites A e E
A hepatite A também pode ser transmitida por via sexual e parenteral
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: quais são de transmissão parenteral?
Hepatites B, C e D
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: a hepatite D está relacionada com …..
Hepatite B
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: tempo de incubação
Hepatite A: 4 semanas
Hepatite E: 5 - 6 semanas
Hepatite B e D: 8 - 12 semanas
Hepatite C: 7 semanas
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: evolução trifásica
1) Prodrômica
2) Ictérica
3) Convalescença
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: qual está relacionada com colestase?
Hepatite A
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: qual fulmina mais?
Hepatite B (< 1%)
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: quais cronificam?
Hepatites B e C
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: qual pode evoluir para carcinoma hepatocelular sem passar pela etapa de cirrose?
Hepatite B
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: qual está relacionada com hepatite fulminante em gestantes?
Hepatite E (20%)
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: maior gravidade em…
Idosos e hepatopatas
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: diagnóstico da hepatite A
Anti-HAV IgM
O anti-HAV igG não dá diagnóstico
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: tratamento
Suporte
Síndrome Ictérica
Hepatite A: tempo de afastamento das atividades
7 a 14 dias após o aparecimento da icterícia
O MS recomenda 14 dias
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: profilaxia pré-exposição da hepatite A
Vacinação
- SBP: 2 doses
- MS: 1 dose
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: profilaxia pós-exposição (indicação e método) da hepatite A
Para contatos não vacinados e em até 2 semanas do contato
< 1 ano ou alergia: imunoglobulina
Imunossuprimidos: vacina + imunoglobulina
Demais: vacina
Observação: em < 1 ano, se não tiver IG pode fazer a vacina e considerar como dose 0
Pode-se utilizar vacina ou imunoglobulina
Na hepatite A, o tempo de resposta dos dois métodos é semelhante
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: qual a via mais importante de transmissão da hepatite B?
Via sexual
Síndrome Ictérica
Na hepatite B, temos ….. (muitos/poucos) sintomas para ….. (muita/pouca) icterícia
Muitos. Pouca
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: na hepatite B, o risco de cronificação é maior em …..
RN (90%)
O risco diminui com a idade
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: quais as manifestações extra-hepáticas da hepatite B? (3)
1) Poliarterite nodosa (PAN)
2) Glomerulonefrite membranosa
3) Gianotti-Crosti (lesões papulares)
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: valor do anti-HBs que indica proteção
Anti-HBs >= 10 UI/ml
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: a transmissão vertical da hepatite B está relacionado com …..
HBeAg positivo (90% de chance de transmitir)
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: HBeAg (+) indica…..
Replicação
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: etapas para a interpretação dos marcadores da hepatite B
1) HBsAg
- Positivo: tem hepatite B
- Negativo: não tem hepatite B ou falso-negativo
2) Anti-HBc total (IgG e IgM)
- Negativo: não teve hepatite B ou janela imunológica
- Positivo: tem ou teve hepatite B
- IgM (+): agudo
- IgG (+): crônico
3) Anti-HBs
- Positivo + Anti-HBc (+): infecção curada
- Negativo + Anti-HBc (+): hepatite B crônica
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: Anti-HBs (+) isolado indica …..
Vacinação
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: HBsAg (+), HBeAg (-) e Anti-HBe (-), qual a conclusão e qual a conduta?
Infecção por mutante pré-core da hepatite B. Solicitar HBV-DNA
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: material genético das hepatites virais
Hepatites A, C, D e E: RNA
Hepatite B: DNA
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: na hepatite B aguda, o tratamento é indicado em caso de …..
Infecção grave (hepatite fulminante)
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: o aleitamento materno na hepatite B é contraindicado?
Falso!
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: infecção materna por hepatite B indica cesárea?
Não, parto por via obstétrica
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: como reduzir a carga viral da hepatite B antes do parto?
Com o uso de Tenofovir no 3° trimestre da gestação
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: RN de mãe com hepatite B, o quê fazer?
Vacina + imunoglobulina idealmente em até 12h
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: profilaxia pré-exposição da hepatite B
Vacinação (3 doses - 0, 1 e 6 meses)
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: quantidade de esquemas completos recomendado pelo MS para vacinação da hepatite B
2 esquemas completos (principal + um)
Se < 2 meses da última dose: fazer novo esquema com 3 doses
Se > 2 meses da última dose: fazer 1 dose e reavaliar o Anti-HBS
- Não positivou: novo esquema completo
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para não vacinados
Imunoglobulina em até 7 dias ou 14 dias (vítimas de violência sexual) + iniciar esquema de vacinação
Imunossuprimidos recebem a imunoglobulina mesmo se vacinação
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para profissionais de saúde não vacinados ou com esquema incompleto
Profissional não vacinado: IG + vacina se paciente-fonte HBsAg (+) ou com HBsAg desconhecido e com alto risco de infecção, nas demais situações inicia-se o esquema vacinal apenas
Profissional com esquema incompleto: IG + completar vacinação se paciente fonte HBsAg (+), nos demais casos apenas completa a vacinação
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para profissionais de saúde vacinados
Com resposta vacinal adequada: nenhuma medida
Sem resposta vacinal após 1° esquema:
- Paciente-fonte HBsAg (+): IG + iniciar outro esquema
- HBsAg (-): iniciar novo esquema
- HBsAg desconhecido: iniciar novo esquema + IG em caso de paciente de alto-risco
Sem resposta vacinal após 2° esquema:
- Paciente-fonte HBsAg (+) ou desconhecido: IG (2x) - intervalo de 1 mês entre as doses
- HBsAg (-): nenhuma medida específica
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: suspeitar de hepatite D em pacientes provenientes da região ….. e do …..
Amazônica. Mediterrâneo
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: apresentações da hepatite D (2)
Coinfecção: Hepatite B e D agudas
Superinfecção: Hepatite D em portador crônico da hepatite B
Síndrome Ictérica
A coinfecção ….. o risco de cronicidade, enquanto a superinfecção ….. o risco de hepatite fulminante e de cirrose
Não aumenta. Aumenta.
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: a hepatite D apresenta tratamento específico?
Não, por ser um vírus defectivo (dependente) o tratamento é voltado para hepatite B
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: Anti-HCV (+) confirma infecção por Hepatite C?
Não, é necessário solicitar HCV-RNA
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: manifestações extra-hepáticas da hepatite C (4)
1) Crioglobulinemia
2) Glomerulonefrite mesangiocapilar
3) Líquen plano
4) Porfiria
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: a hepatite C está relacionado com qual anticorpo? Qual hepatopatia se associa com esse mesmo anticorpo?
Anti-LKM1. Hepatite autoimune
Síndrome Ictérica
Hepatites virais: quem deve ter a hepatite C tratada?
Todos os portadores, devido ao risco acentuado de cronificação (80-90%)
Síndrome Ictérica
Hepatites autoimune: marcador sérico
Hipergamaglobulinemia (⬆️ IgG)
Síndrome Ictérica
Hepatites autoimune: associação
Com outras doenças autoimunes
Síndrome Ictérica
Hepatites autoimune: tipos (2)
Tipo 1 (mais comum) - Mulher jovem
Tipo 2 - Meninas (2 - 15 anos) e Homens (> 40 anos)
Síndrome Ictérica
Hepatites autoimune: anticorpos do tipo 1
FAN + (hepatite lupoide)
Anticorpo anti-músculo liso
Síndrome Ictérica
Hepatites autoimune: anticorpos do tipo 2
Anti-LKM1 e anti-LC1
Síndrome Ictérica
Hepatites autoimune: tratamento
Corticoide + azatioprina (poupador de corticoide)
Indicado nos sintomáticos
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: o quê é?
Agressão autoimune aos ductos biliares do espaço porta
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: Acomete principalmente ….. entre ….. e ….. anos. Associa-se com doença autoimunes como a síndrome de ….., além de haver aumento de …… (IgG / IgM).
Mulheres. 30 e 60 anos. Sjögren. IgM
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: clínica relacionada à colestase e à disabsorção
Colestase: prurido, icterícia, xantelasma…
Disabsorção: esteatorreia, ⬇️ vitaminas lipossolúveis (ADEK)
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: quando suspeitar?
⬆️ FA + USG sem a dilatação das vias biliares
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: diagnóstico
Anticorpo anti-mitocôndria (+)
Biópsia em casos suspeitos
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: tratamento dos casos leves
Ácido ursodesoxicólico (UDCA)
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: tratamento dos casos graves (cirrose)
Transplante
Síndrome Ictérica
Colangite biliar primária: anteriormente conhecida por…..
Cirrose biliar primária
Síndrome Ictérica
Colestase: qual o primeiro exame?
USG de abdome superior
Síndrome Ictérica
Defina:
1) Colelitíase
2) Colecistite
3) Coledocolitíase
4) Colangite
1) Cálculo no interior da vesícula
2) Inflamação da vesícula
3) Cálculo no colédoco
4) Infecção / inflamação das vias biliares, associado com a obstrução da via
Síndrome Ictérica
Cálculos da vesícula e vias biliares: tipos e substância principal
Amarelo ➡️ colesterol, mais comum, radiotransparente
Preto ➡️ bilirrubinato de cálcio, formado no interior da vesícula, associado com hemólise crônica
Marrom ➡️ mais raro, bilirrubinato de cálcio, formado na via biliar
Síndrome Ictérica
Colelitíase: clínica (2)
Assintomáticos (~ 80-85%)
Cólica biliar ➡️ dor em hipocôndrio direito com < 6h de duração
Síndrome Ictérica
Colelitíase: diagnóstico (exame e achado)
USG de abdome (padrão-ouro)
Imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior
Síndrome Ictérica
Colelitíase: como diferenciar um cálculo de um pólipo ao USG?
Os pólipos apresentam imagem hiperecogênica sem sombra acústica posterior
Síndrome Ictérica
Colelitíase: tratamento do paciente sintomático
Colecistectomia por videolaparoscopia (CVL)
Síndrome Ictérica
Colelitíase: quando tratar um paciente assintomático? (4)
1) Vesícula em porcelana
2) Associação com pólipo
3) Cálculo > 2,5 - 3,0 cm
4) Hemólise crônica
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: duração da dor em HCD
> 6h
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: sinal característico
Sinal de Murphy (+): interrupção da respiração durante a compressão do ponto cístico pelo examinador
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: exame padrão-ouro
Cintilografia biliar
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: complicações (4)
1) Gangrena (bile na cavidade abdominal)
2) Fístula (bile drena para outro órgão)
3) Íleo biliar (obstrução do íleo distal por cálculo)
4) Colecistite enfisematosa
Síndrome Ictérica
A colecistite enfisematosa é mais comum em ….., ….. e ….. . A bactéria ….. está relacionada com o quadro e a presença de ar na ….. é patognomônico.
Homens, diabéticos e idosos.
Clostridium perfringens.
Parede vesical.
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: o tratamento é baseado no…..
Guideline de Tokyo
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: definição e tratamento do Grau I (leve)
Ausência de critérios para os Graus II e III
Tratamento: colecistectomia VLC
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: critérios (4) e tratamento do Grau II
Critérios
- Leucocitose > 18.000/mm3
- Massa dolorosa e palpável em QSD
- Evolução > 72h
- Sinais de complicação local
Tratamento
- Colecistectomia VLC
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda: critérios (6) e tratamento do Grau III
Critérios
T - Tonteira (⬇️ nível de consciência)
O - O2 (PaO2/FiO2 < 300)
Q - Queda de plaqueta (< 100 mil)
U - Uso de amina vasoativa (hipotensão)
I - INR > 1,5
O - Oligúria ou Creatinina > 2
Tratamento: colecistostomia
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda alitiásica: o que é? Em quem suspeitar?
Colecistite aguda na ausência de cálculo biliar
Mais comum em pacientes graves, internados há vários dias, em jejum e em nutrição parenteral total
Síndrome Ictérica
Colecistite aguda alitiásica: tratamento
Igual da colecistite aguda litiásica, colecistectomia VLC ou colecistostomia (mais comum devido a gravidade dos pacientes)
Síndrome Ictérica
Síndrome de Mirizzi: o que é?
Compressão externa do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico
Síndrome Ictérica
Síndrome de Mirizzi: clínica (2)
Colecistite + colestase
Síndrome Ictérica
Síndrome de Mirizzi: Classificação de CSENDES
Tipo I: sem fístula
Tipo II: fístula pega até 1/3 do hepático comum
Tipo III: fístula pega até 2/3 do hepático comum
Tipo IV: fístula pega toda circunferência do hepático comum
Síndrome Ictérica
Quais os componentes do triângulo de Calot? Qual estrutura passa em seu interior?
Ducto cístico + ducto hepático comum + borda hepática inferior
Artéria cística
Síndrome Ictérica
Na abordagem VLC, quais as duas estruturas que devem ser visualizadas entrando na vesícula?
Artéria cística e ducto cístico
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: a maior parte dos cálculos é primária ou secundária?
Secundária (90%)
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: característica da icterícia
Transitória (obstrução e desobstrução por movimento do cálculo)
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: a vesícula é palpável?
Não, pois a obstrução é transitória
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: exame inicial
USG abdominal
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: outros exames (3)
1) Colangio-RM (bile funciona como contraste)
2) USG endoscópico
3) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) - capaz de diagnosticar e tratar
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: tratamento
Se descoberto antes da CVL: CPRE
Se descoberto durante a CVL: exploração da via biliar
Síndrome Ictérica
Síndrome de Mirizzi: tratamento
Tipo I: colecistectomia
Tipos II e III: colecistectomia + coledocoplastia
Tipo IV: colecistectomia + anastomose biliodigestiva
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: probabilidade alta de coledocolitíase, quais os preditores (3) e qual a conduta?
Preditores:
- Cálculo visualizado em exame de imagem OU
- Colangite aguda OU
- Bilirrubina total > 4 + dilatação da via biliar em exame de imagem
Conduta: CPRE antes da CVL
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: probabilidade intermediária de coledocolitíase, quais os preditores (3) e qual a conduta?
Preditores:
- Provas hepáticas alteradas (BT, FA, GGT) OU
- Idade > 55 anos OU
- Dilatação da via biliar em exame de imagem
Conduta: USG endoscópico ou Colangio-RM antes da CVL OU colangiografia intraoperatória
Síndrome Ictérica
Coledocolitíase: na ausência de preditores, o quê fazer?
Colecistectomia videolaparoscópica
Síndrome Ictérica
Colangite aguda: manifestações da colangite não-grave (3)
Tríade de Charcot
- Dor em HCD
- Febre com calafrios
- Icterícia
Síndrome Ictérica
Colangite aguda: manifestações da colangite grave (5)
Pêntade de Reynolds
- Tríade de Charcot (icterícia + febre com calafrios + dor em HCD)
- Hipotensão
- Redução do nível de consciência
Síndrome Ictérica
Colangite aguda: o tratamento é baseado no…
Guideline de Tokyo
Síndrome Ictérica
Colangite aguda: critérios e tratamento do Grau I
Critérios: ausência de critérios para os Graus II e III
Tratamento: antibioticoterapia + drenagem (refratários)
Síndrome Ictérica
Colangite aguda: critérios (5) e tratamento do Grau II
Critérios:
- Leucócitos > 12.000/mm3 ou < 4.000/mm3
- Febre > 39°C
- Idade >= 75 anos
- Bilirrubina total >= 5 mg/dL
- Hipoalbuminemia
Tratamento: antibioticoterapia + drenagem
Síndrome Ictérica
Colangite aguda: critérios (6) e tratamento do Grau III
Critérios
T - Tonteira (⬇️ nível de consciência)
O - O2 (PaO2/FiO2 < 300)
Q - Queda de plaqueta (< 100 mil)
U - Uso de amina vasoativa (hipotensão)
I - INR > 1,5
O - Oligúria ou Creatinina > 2
Tratamento: antibioticoterapia + drenagem
Síndrome Ictérica
Quais os tumores periampulares? (4)
1) Carcinoma de cabeça de pâncreas (85%)
2) Carcinoma de ampola de Vater
3) Colangiocarcinoma distal
4) Tumor de duodeno
Síndrome Ictérica
Tumores periampulares: manifestações (3)
1) Icterícia progressiva
2) ⬇️ Peso
3) Sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula indolor, distendida e palpável)
Síndrome Ictérica
Tumores periampulares: tratamento curativo
Cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia)
Síndrome Ictérica
Tumores periampulares: particularidade do carcinoma de ampola de Vater
Ocorrência de necrose hemorrágica, havendo redução da icterícia (desobstrução) e melena (sangramento)
Síndrome Ictérica
Tumores periampulares: tipo histológico mais comum do carcinoma de cabeça de pâncreas
Adenocarcinoma ductal (80-90%)
Síndrome Ictérica
Tumores periampulares: marcador tumoral do carcinoma de cabeça de pâncreas
CA 19-9
Síndrome Ictérica
Tumores periampulares: critérios de ressecabilidade e condutas
Ressecável: ➡️ cirurgia
- Sem contato arterial com tronco celíaco (TC) e artéria mesentérica superior (AMS) E
- Contato venoso com veia porta e veia mesentérica superior ≤ 180°
Bordeline: ➡️ neoadjuvância (QT + RT) + avaliar a cirurgia
- Contato arterial ≤ 180° E/OU
- Contato venoso > 180°
Irressecável: ➡️ paliação
- Contato arterial > 180° E/OU
- Reconstrução venosa inviável
Síndrome Ictérica
Tumor de Klatskin: o quê é?
O colangiocarcinoma peri-hilar é o tipo mais comum de colangiocarcinoma
Síndrome Ictérica
Tumor de Klatskin: manifestações (3)
1) Icterícia progressiva
2) ⬇️ peso
3) Vesícula não palpável (obstrução alta)
Síndrome Ictérica
Tumor de Klatskin: achados de suspeição no USG abdominal (2)
Vesícula murcha + dilatação das vias biliares intra-hepáticas
Síndrome Ictérica
Tumor de Klatskin: Classificação de Bismuth
Dica: anatômica e ascendente
Tipo I: hepático comum
Tipo II: confluência dos hepáticos
Tipo IIIa: hepático direito
Tipo IIIb: hepático esquerdo
Tipo IV: ambos os hepáticos
Síndrome Ictérica
Hepatite alcoólica: clínica
Dor, icterícia, febre
Síndrome Ictérica
Hepatite alcoólica: achados dos exames laboratoriais (2)
1) Leucocitose com neutrofilia (reação leucemoide)
2) Aumento de transaminases até 400 U/L (AST > ALT)
Síndrome Ictérica
Hepatite alcoólica: achados na biópsia
Corpúsculos de Mallory + infiltrado polimorfonuclear + lesão de padrão venular (central ou centrolobular)
Síndrome Ictérica
Hepatite alcoólica: tratamento nos casos leves
Abstinência alcoólica
Síndrome Ictérica
Hepatite alcoólica: tratamentos dos casos graves
Abstinência alcoólica + prednisolona 40 mg/dia, por 28 dias
Alternativa: pentoxifilina
Síndrome Ictérica
Hepatite alcoólica: valor do Escore de Maddrey associado aos casos graves
> = 32
Síndrome Ictérica
Colangite esclerosante primária: associação
Retocolite ulcerativa (70%)
Síndrome Ictérica
Colangite esclerosante primária: anticorpo associado
p-ANCA
Síndrome Ictérica
A colangite esclerosante primária acomete mais ….. (homens / mulheres), enquanto a colangite biliar primária acomete mais ….. (homens / mulheres)
Homens. Mulheres.
Síndrome Ictérica
Na colangite esclerosante primária, por haver acometimento das ….., a CPRE ….. (está / não está) alterada. Na colangite biliar primária, o acometimento dos ….. faz a CPRE estar ….. (normal / alterada)
Grandes vias biliares intra e extra-hepáticas. Não está. Pequenos e médios ductos biliares do espaço porta. Normal.
Síndrome Ictérica
Colangite esclerosante primária: há indicação de ácido ursodesoxicólico?
Não, a eficácia é comprovada apenas para cirrose biliar primária
Síndrome Ictérica
Colangite esclerosante primária: conduta se obstrução
Stent
Síndrome Ictérica
Colangite esclerosante primária: tratamento na cirrose
Igual ao da cirrose biliar primária ➡️ transplante
Síndrome Ictérica
Cistos biliares: principal fator de risco
Junção pancreatobiliar anômala
Síndrome Ictérica
Cistos biliares: Classificação de Todani
Síndrome Ictérica
Cistos biliares: tríade clássica
Icterícia + dor em QSD + massa palpável
Síndrome Ictérica
Cistos biliares: tratamento
Sempre cirúrgico!
Tipos I, II e IV: colecistectomia + ressecção das lesões císticas e dos ductos extra-hepáticos + reconstrução com derivação biliodigestiva
- No tipo IV pode ser necessária a ressecção hepática
Tipo III: esfincterotomia (dilatação)
Tipo V (doença de Caroli): lobectomia se acometer só um lobo
- Demais: tratamento das complicações ou transplante hepático
Síndrome Ictérica
Antídoto para intoxicação aguda por paracetamol (acetaminofeno)
N-acetilcisteína, idealmente nas primeiras 8h, sendo efetivo até 24-36h
Síndrome Ictérica
Critérios de transplante hepático para pacientes em uso de paracetamol segundo o Hospital King’s College de Londres (2)
1) pH < 7,3, independente do grau de encefalopatia OU
2) Encefalopatia graus III e IV + TAP ou TP > 100s + creatinina > 3,4 mg/dL
Síndrome Ictérica
Critérios de transplante hepático para pacientes que não estão em uso de paracetamol segundo o Hospital King’s College de Londres
1) TAP ou TP > 100s (INR > 6,5) OU
2) ≥ 3 dos seguintes:
- Idade < 10 ou > 40 anos
- Etiologia desfavorável da doença hepática (não inclui HAV e HBV)
- Icterícia precedendo a encefalopatia por mais de 7 dias
- TP > 50s (INR > 3,5)
- Bilirrubina total > 17,5
Síndrome Diarreica
Definição de diarreia quanto à frequência e ao volume de fezes?
> 3 evacuações/dia
> 200 g/dia
Síndrome Diarreica
Classificação quanto a duração da diarreia (3)
Aguda: < 2 semanas
Protraída ou persistente: entre 2 e 4 semanas
Crônica: > 4 semanas
Síndrome Diarreica
Classificação da diarreia quanto a topografia (2)
Alta
- Delgado
- ⬆️ volume e ⬇️ frequência
- Restos alimentares
Baixa
- Cólon
- ⬇️ volume e ⬆️ frequência
- Tenesmo
Síndrome Diarreica
Classificação da diarreia quanto à presença de invasão (2)
Invasiva: com sangue, muco e/ou pus
Não invasiva: sem sangue, muco e/ou pus
Observação: muco é o achado menos confiável
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: principal causa
Infecções
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: principais agentes virais em adultos e em crianças
Crianças: rotavírus
Adultos: norovírus
Adultos + crianças: rotavírus
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: qual é mais comum, as de etiologia viral ou bacteriana?
Viral, costumam ser mais curtas (2-3 dias)
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: qual a conduta principal?
Hidratação, os quadros costumam ser autolimitados
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: pode-se fazer antidiarreicos?
Depende, o uso de, por exemplo, Loperamida (Imosec) é contraindicado em caso de disenteria ou suspeita de disenteria
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: quando indicar hidratação venosa?
Quando o paciente apresentar perda > 10% do peso em decorrência da diarreia
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: está indicado ATB empírico?
Sim, sobretudo nos pacientes com maior chance de evoluir com diarreia bacteriana grave
Síndrome Diarreica
Diarreia aguda: como fazer ATB empírico?
Geralmente com quinolonas
Ciprofloxacina 500mg, 12/12h, por 3 dias
OU
Levofloxacina 500 mg, 1x/dia, por 3 dias
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: agente
Clostridioides difficile, Gram-positivo anaeróbio obrigatório
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: associação com quais substâncias? (3)
Uso prévio de ATB como Clindamicina, Cefalosporinas e Quinolonas
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: quando inicia a diarreia?
No geral, em 4-9 dias (~ 7 dias) do início do ATB, mas pode ocorrer em até 6 semanas
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: diagnóstico
Detecção das toxinas A (enterotoxina) e B (citotoxina) nas fezes
Detecção do C. difficile produtor de toxina por cultura, PCR ou teste de amplificação de ácido nucleico (NAAT)
Observação de pseudomembranas na colonoscopia
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: classificação de gravidade (3)
Não grave: leucometria <= 15.000 e creatinina < 1,5
Grave: leucometria > 15.000 e/ou creatinina >= 1,5
Fulminante: presença de hipotensão, choque, íleo paralítico ou megacólon
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: tratamento dos casos graves e não graves
Vancomicina 125 mg, 6/6h, VO, por 10-14 dias
OU
Fidaxomicina 200 mg, VO, por 10 dias
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: tratamento da colite fulminante
Vancomicina 125 mg, 6/6h, VO, por 10-14 dias + Metronidazol 500 mg, 8/8h, IV, por 10-14 dias
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: qual outra medida é importante para o tratamento independente da gravidade?
Suspender o ATB prévio
Síndrome Diarreica
Colite pseudomembranosa: qual a medida mais importante de prevenção?
Lavagem das mãos com água e sabão, o uso de álcool 70° pode não eliminar os esporos
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: o que é?
Reação imunomediada à proteína do glúten presente em trigo, centeio e cevada
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: predisposição genética (2)
HLA-DQ2 e HLA-DQ8
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: clínica (4)
Assintomáticos
Diarreia crônica
Manifestações relacionadas a deficiência nutricional
Manifestações neuropsiquiátricas
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: lesão cutânea
Dermatite herpetiforme
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: risco aumentado de quais neoplasias?
Linfoma T intestinal e adenocarcinoma de jejuno
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: associações (2)
Síndromes genéticas (ex.: Down) e doenças autoimunes (DM1, Hashimoto)…
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: qual costuma ser o 1° exame?
Sorologia: antitransglutaminase tecidual IgA (melhor custo benefício com alta sensibilidade e especificidade)
O paciente precisa estar em dieta COM glúten
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: qual exame confirmatório e padrão-ouro?
Biópsia da porção mais distal do duodeno com MARSH 2 e 3
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: é possível confirmar o diagnóstico sem a biópsia?
Pelo Consenso Europeu, é possível em crianças com antitranglutaminase tecidual IgA > 10x o LSN + antiendomísio IgA positivo
A SBP preconiza a biópsia para todos os pacientes
Síndrome Diarreica
Doença celíaca: tratamento
Excluir o glúten da dieta
Síndrome Diarreica
Doença de Whipple: o que é?
Doença infecciosa causada pelo bacilo Gram-positivo Tropheryma whipplei
Síndrome Diarreica
Doença de Whipple: clínica (4)
Diarreia / esteatorreia
Artralgia / artrite
Mioarritmia oculomastigatória e oculofacialesquelética, acompanhada de paralisia do olhar vertical supranuclear
Endocardite
Síndrome Diarreica
Doença de Whipple: diagnóstico
Biópsia de delgado contendo macrófagos PAS-positivos
Síndrome Diarreica
Doença de Whipple: tratamento
Ceftriaxona, IV, por 2 semanas
+
Sulfametoxazol / Trimetropina, VO, por 1 ano
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: 3 características da DC
Transmural
Pode acometer todo TGI (boca ao ânus)
Padrão descontínuo (pedra de calçamento)
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: 3 características da RCU
Acomete a mucosa (menos comumente a submucosa)
Acomete do reto ao cólon
Padrão contínuo e ascendente
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: em qual o cigarro é um fator de risco?
Doença de Crohn (DC = Doença do Cigarro)
O cigarro é fator protetor da RCU
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: clínica da DC (3)
Dor abdominal + diarreia + emagrecimento
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: clínica da RCU
Diarreia com sangue e muco
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: autoanticorpos mais relacionados com DC e RCU
DC: ASCA (Quem tem Crohn se LASCA)
RCU: p-ANCA (colangite esclerosante)
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: manifestações extra-intestinais
Mnemônico: RCU E DC
R: resposta imune
C: colangite esclerosante
U: uveíte anterior
E: eritema nodoso (geralmente pré-tibial) e pioderma gangrenoso (mais comum RCU)
D: dor articular, espondilite anquilosante
C: cálculos renais e biliares (mais comum na DC pelo aumento da absorção de oxalato)
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: quais manifestações extra-intestinais tem relação com a atividade da doença? (2)
Eritema nodoso
Artrite periférica
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: achado da biópsia patognomônico de DC
Presença de granuloma não caseoso
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: o tratamento pode ser dividido em…
Indução da remissão e manutenção
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: opções para indução da remissão (3)
Corticoide (não é pulsoterapia)
Derivados do 5-ASA (sulfassalazina, mesalazina…)
Anti-TNF (casos mais graves como DC com fístula)
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: opções para manutenção (2)
Derivados do 5-ASA (casos mais leves)
Imunobiológico + imunomodulador
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: indicações do tratamento cirúrgico (3)
1) Refratariedade ao tratamento clínico
2) Displasia / Câncer
3) Complicações
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: tratamento cirúrgico eletivo da RCU
Protocolectomia com IPAA
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: cirurgia de urgência da RCU
Colectomia à Hartmann
Síndrome Diarreica
Doença Inflamatória Intestinal: cirurgia de DC
Ressecção segmentar com menor tamanho possível (minimizar a chance de síndrome do intestino curto)
Estenoplastia pode ser opção se obstrução
Síndrome Diarreica
Síndrome do intestino irritável: população mais acometida
Mulheres entre 30-50 anos
Síndrome Diarreica
Síndrome do intestino irritável: diagnóstico (Critérios ROMA IV)
Dor abdominal pelo menos 1x/semana nos últimos 3 meses, mais >= 2 dos seguintes:
- Relação com a defecação
- Mudança na frequência da defecação
- Mudança na forma / consistência das fezes
Os sintomas devem ter começado há no mínimo 6 meses e outras causas devem ter sido excluídas
Síndrome Diarreica
Síndrome do intestino irritável: tratamento (3)
Suporte psicológico (entender que não há cura + tratamento das doenças psiquiátricas associadas)
Suporte nutricional (regularidade da alimentação, consumo de fibras)
Suporte farmacológico (antiespasmódicos, antidiarreico, antidepressivo…)
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: anteriormente conhecido por…
Tumor carcinoide
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: locais mais comum de acometimento
Apêndice (principal)
Jejuno-íleo (principalmente íleo distal)
Reto
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: tríade da Síndrome Carcinoide
Flushing + Diarreia + Doença valvar direita
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: qual o tipo mais associado com a síndrome carcinoide?
Principalmente os de íleo que produzem metástase hepática
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: complicação
Pelagra (⬇️ niacina ou B3)
- Diarreia
- Demência
- Lesões cutâneas hiperpigmentadas e crostosas
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: screening (2)
Dosagem do ácido 5-hidroxi-indolacético (5-HIAA) na urina
Concentração de cromogranina A no sangue
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: exames de imagem (2)
Cintilografia com análogos da somatostatina (pentetreotide) ➡️ localizar o tumor
TC de abdome ➡️ metástases hepáticas
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: cirurgia do tumor de apêndice < 1 cm ou entre 1-2 cm localizado na ponta do apêndice
Apendicectomia
Síndrome Diarreica
Tumor neuroendócrino intestinal: cirurgia do tumor de apêndice > 2 cm ou entre 1-2 cm com invasão do mesoapêndice
Hemicolectomia direita
Síndrome Diarreica
Parasitoses: dois principais grupos?
Protozoários e Helmintos
Síndrome Diarreica
Parasitoses: subdivisão do grupo dos Helmintos (2)
Nematelminto e Platelminto
Síndrome Diarreica
Parasitoses: quais os helmintos com ciclo pulmonar (Sd. de Löffler)? (5)
Mnemônico SANTA
S - Strongyloides stercoralis
A - Ancylostoma duodenale
N - Necator americanus
T - Toxocara canis
A - Ascaris lumbricoides
Síndrome Diarreica
Parasitoses: o que é a Síndrome de Löffler?
Pneumonia eosinofílica com infiltrados pulmonares migratórios
Síndrome Diarreica
Parasitoses: nas com ciclo pulmonar, há aumento de ….. no sangue periférico
Eosinófilos
Síndrome Diarreica
Parasitoses: quais são causadas por platelmintos? (2)
Esquistossomose (Schistosoma mansoni)
Teníase (Taenia solium / Taenia saginata)
Síndrome Diarreica
Parasitoses: droga para o tratamento de infecção por platelminto?
Praziquantel ➡️ Platelminto
Síndrome Diarreica
A teníase ocorre pela ingestão de ….. da Taenia solium ou Taenia saginata, sendo o hospedeiro intermediário da primeira os ….. e da segunda os ….. . A cisticercose ocorre pela ingestão de ….. da Taenia …..
Larvas (carne crua ou mal-cozida). Suínos. Bovinos. Ovos (água e hortaliças contaminadas). Solium
Síndrome Diarreica
Parasitoses: qual o quadro clínico da teníase? (2)
Assintomático ou sintomas gastrointestinais inespecíficos
Síndrome Diarreica
Quanto ao diagnóstico de teníase, a detecção de ovos nas fezes ….. (permite / não permite) identificar a espécie. A detecção de proglótides por ….. nas fezes ….. (permite / não permite) identificar a espécie.
Não permite. Tamisação. Permite.
Síndrome Diarreica
Parasitoses: tratamento da teníase (3)
Praziquantel
Mebendazol / Albendazol
Niclosamida
Síndrome Diarreica
Parasitoses: quadro clínico da neurocisticercose (3)
Convulsões (mais comum)
Hidrocefalia
Hipertensão intracraniana
Síndrome Diarreica
Parasitoses: característica do LCR na neurocisticercose
Linfomononuclear com aumento de eosinófilos
Síndrome Diarreica
Parasitoses: o que determina o tratamento da neurocisticercose e como ele é feito? (2)
Determinado pela quantidade de lesões na neuroimagem
1 lesão: Albendazol OU Praziquantel + glicocorticoide
>= 2 lesões: Abendazol + Praziquantel + glicocorticoide
Síndrome Diarreica
Parasitoses: na esquistossomose, como ocorre a contaminação?
Pela penetração cutânea da larva cercária
Síndrome Diarreica
Parasitoses: no humano, onde vive o verme adulto da esquistossomose e onde ocorre a deposição dos ovos?
Verme adulto: vasos mesentéricos
Colocação dos ovos no plexo venoso retal
Síndrome Diarreica
Parasitoses: na esquistossomose, qual os 3 destinos dos ovos?
Eliminação pelas fezes
Atingir outros órgãos como o fígado através da corrente sanguínea
Ficar retido na mucosa retal
Síndrome Diarreica
Parasitoses: acometimento cutâneo da esquistossomose
Dermatite cercariana (erupção maculopapular e pruriginosa)
Síndrome Diarreica
Parasitoses: história / epidemiologia clássica da esquistossomose
Pessoas que nadam em lagoas coceira
Síndrome Diarreica
Parasitoses: clínica da esquistossomose aguda (4)
Febre de Katayama
- Febre alta
- Hepatoesplenomegalia
- Adenomegalia
- Eosinofilia marcante
Síndrome Diarreica
Parasitoses: a forma crônica da esquistossomose relaciona-se com …. (ovos/larvas)
Ovos
Síndrome Diarreica
Parasitoses: clínica da forma crônica da esquistossomose (3)
Granulomas e fenômenos imunológicos
- Hipertensão porta
- Hipertensão pulmonar
- Mielite transversa
Síndrome Diarreica
Parasitoses: diagnóstico da esquistossomose (2)
Pesquisa de ovos nas fezes pelo método Lutz ou Kato-Katz
Biópsia retal
Síndrome Diarreica
Parasitoses: tratamento de 1ª escolha da esquistossomose e alternativo
1ª escolha: Praziquantel
Alternativo: Oxamniquina
Síndrome Diarreica
Parasitoses: características dos protozoários (4)
1) Unicelulares
2) Não causam eosinofilia
3) Geralmente assintomáticos
4) Transmissão fecal-oral
Síndrome Diarreica
A contaminação pelos protozoários ocorre pela ingestão de ….., os ….. são a forma parasitária e a transmissão, através das fezes, ocorre pela eliminação de …..
Cistos. Trofozoítas. Cistos.
Síndrome Diarreica
Parasitoses: agente etiológico da amebíase
Entamoeba histolytica
Síndrome Diarreica
Quanto as parasitoses por protozoários, a ….. é uma parasitose ….. (invasiva/não invasiva) do cólon, enquanto que a ….. é uma parasitose ….. (invasiva/não invasiva) de intestino delgado
Amebíase. Invasiva. Giardíase. Não invasiva
Síndrome Diarreica
Parasitoses: clínica da forma intestinal da amebíase (2)
Colite amebiana (disenteria)
Ameboma (massa abdominal, “pseudotumor”)
Síndrome Diarreica
Parasitoses: clínica da forma extra-intestinal da amebíase (3)
Abscessos hepático, pulmonar e em SNC
Síndrome Diarreica
Parasitoses: diagnóstico das parasitoses por protozoários (2)
Pesquisa de cistos ou trofozoítas EPF
Sorologia (formas extra-intestinais)
Síndrome Diarreica
Parasitoses: o que determina o tratamento da amebíase e como ele é feito?
Presença ou não de clínica
Assintomáticos: Teclozam ou Etofamida
Sintomáticos: Secnidazol ou outro nidazol + Teclozam ou Etofamida
Síndrome Diarreica
Parasitoses: deve-se tratar o paciente na presença de Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii, Endolimax nana, Entamoeba dispar ou Entamoeba hartmanni?
Não, pois são amebas comensais!
Síndrome Diarreica
Parasitoses: agente etiológico da giardíase
Giardia lamblia (Giardia intestinalis ou duodenalis)
Síndrome Diarreica
Parasitoses: o que a Giardia faz no duodeno e no jejuno proximal? (2)
“Atapeta” e inflama
Síndrome Diarreica
Parasitoses: clínica da giardíase
Associada à síndrome de má-absorção
Síndrome Diarreica
Parasitoses: tratamento de 1ª escolha e alternativo da giardíase
1ª escolha: Tinidazol ou outro nidazol
Alternativo: Albendazol por pelo menos 5 dias
Síndrome Diarreica
Ascaridíase: agente etiológico
Ascaris lumbricoides
Síndrome Diarreica
Ascaridíase: clínica (2)
Síndrome de Löffler + Obstrução (intestinal, colédoco, apêndice…)
Síndrome Diarreica
Ascaridíase: tratamento na ausência de oclusão intestinal (4)
Bendazol (me/ti/al)
Levamisol (específico para Ascaris)
Pamoato de pirantel
Ivermectina
Síndrome Diarreica
Ascaridíase: 3 passos do tratamento da oclusão intestinal
1º) Suporte (SNG aberta + hidratação)
2°) Óleo mineral + piperazina (não usa mais) ou salina hipertônica ou gastrografina
3°) Bendazol para completar a eliminação
Síndrome Diarreica
Ascaridíase: conduta se obstrução refratária
Cirurgia para retirada dos vermes
Síndrome Diarreica
Toxocaríase: agente etiológico e sinonímia
Toxocara canis. Larva migrans visceral
Síndrome Diarreica
Toxocaríase: hospedeiro definitivo
Cães
Síndrome Diarreica
Toxocaríase: hospedeiro acidental
Humanos
Síndrome Diarreica
Toxocaríase: epidemiologia / história típica
Crianças que brincam na areia (praia/parquinho)
Síndrome Diarreica
Toxocaríase: clínica (4)
Síndrome de Löffler + hepatomegalia + febre + eosinofilia intensa (é a que mais aumenta)
Síndrome Diarreica
Toxocaríase: diagnóstico
Sorologia (humanos são hospedeiros acidentais, logo não eliminam ovos/larvas pelas fezes)