Clínica Médica Flashcards

1
Q

Síndrome Ictérica

Valor para definição de icterícia

A

Bilirrubina total > 2,5 - 3,0 mg/dL

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2
Q

Síndrome Ictérica

A bilirrubina tem grande afinidade pela ….., justificando a seguinte ordem de acometimento: ….., ….. e …..

A

Elastina. Esclera, língua e pele.

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3
Q

Síndrome Ictérica

A bilirrubina ….. é insolúvel, enquanto a bilirrubina ….. é solúvel

A

Indireta e direta.

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4
Q

Síndrome Ictérica

Quais as 3 etapas do metabolismo da bilirrubina que são realizadas pelos hepatócitos? Qual a etapa limitante e por quê?

A

1) Captação da BI

2) Conjugação (BI ➡️ BD)

3) Excreção (etapa limitante, maior consumo de ATP)

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5
Q

Síndrome Ictérica

Causas de aumento da bilirrubina indireta (2)

A

1) Hemólise (principal)

2) Distúrbios do metabolismo da bilirrubina

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6
Q

Síndrome Ictérica

Achados séricos da hemólise (5)

A

1) ⬆️ BI

2) Anemia

3) ⬆️ LDH

4) ⬆️ Reticulócitos

5) ⬇️ Haptoglobina

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7
Q

Síndrome Ictérica

No distúrbio primário (falha da conjugação) esperamos encontrar…..

A

Aumento isolado da BI (sem anemia)

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8
Q

Síndrome Ictérica

Distúrbio do metabolismo da bilirrubina: causas de aumento de BI (2)

A

1) Síndrome de Gilbert (mais comum)

2) Crigler-Najjar (mais grave)

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9
Q

Síndrome Ictérica

Na síndrome de Gilbert temos a deficiência parcial / leve da ….., enquanto na síndrome de Crigler-Najjar essa deficiência é grave

A

Glucuronil-transferase (etapa de conjugação)

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10
Q

Síndrome Ictérica

Características da síndrome de Gilbert (6)

A

1) Acomete mais homens

2) Assintomática

3) Bilirrubina < 4 mg/dL

4) Precipitado por situações de estresse (jejum, exercício, febre, álcool…)

5) Melhora com dieta hipercalórica e fenobarbital

6) Possível efeito antioxidante (proteção cardiovascular e menor risco de neoplasias)

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11
Q

Síndrome Ictérica

Características da síndrome de Crigler-Najjar (2)

A

1) Deficiência total: bilirrubina 18-45 mg/dL, encefalopatia bilirrubínica (Kernicterus) ➡️ transplante

2) Deficiência parcial: bilirrubina 6-25 mg/dL ➡️ fenobarbital

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12
Q

Síndrome Ictérica

Causas de aumento da bilirrubina direta (3)

A

1) Hepatites

2) Colestase

3) Distúrbios do metabolismo da bilirrubina

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13
Q

Síndrome Ictérica

Com o aumento de BD, esperamos encontrar ….. e …..

A

Acolia fecal e colúria.

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14
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites: achados séricos (2)

A

1) AST (TGO) e ALT (TGP) > 10x LSN (normal ~ 30 - 40 U/L)

2) GGT e FA “tocadas”

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15
Q

Síndrome Ictérica

Qual das transaminases é mais específica para o fígado?

A

ALT (L de liver)

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16
Q

Síndrome Ictérica

O valor das transaminases indica gravidade?

A

Não!

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17
Q

Síndrome Ictérica

Transaminases > 1000 U/L causas (3)

A

1) Vírus

2) Isquemia

3) Drogas

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18
Q

Síndrome Ictérica

Na hepatite alcoólica, ….. > …..

A

AST (TGO) > ALT (TGP)

Dica: S de Skol

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19
Q

Síndrome Ictérica

Colestase: achados séricos (3)

A

1) FA e GGT > 4x LSN

2) AST e ALT “tocadas”

3) ⬆️ 5’-nucleotidase (pouco usado na prática)

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20
Q

Síndrome Ictérica

Na colestase, o ….. é um sintoma importante e ocorre devido ao acúmulo de …..

A

Prurido. Sais biliares

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21
Q

Síndrome Ictérica

Distúrbios do metabolismo da bilirrubina: causas do aumento da BD (2)

A

Dubbin-Johnson e Rotor

Dica: BDiR

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22
Q

Síndrome Ictérica

No Dubbin-Johson, os níveis de ….. urinária é normal, enquanto na síndrome de Rotor esses níveis estão aumentados. Ambas são ….. (benignas / malignas) e ….. (não precisam / precisam) de tratamento.

A

Coproporfirina tipo I. Benignas. Não precisam

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23
Q

Síndrome Ictérica

Duração de hepatite viral aguda e da crônica

A

Aguda: < 6 meses

Crônica: > 6 meses

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24
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quais são de transmissão fecal-oral?

A

Hepatites A e E

A hepatite A também pode ser transmitida por via sexual e parenteral

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25
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quais são de transmissão parenteral?

A

Hepatites B, C e D

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26
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: a hepatite D está relacionada com …..

A

Hepatite B

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27
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: tempo de incubação

A

Hepatite A: 4 semanas

Hepatite E: 5 - 6 semanas

Hepatite B e D: 8 - 12 semanas

Hepatite C: 7 semanas

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28
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: evolução trifásica

A

1) Prodrômica

2) Ictérica

3) Convalescença

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29
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: qual está relacionada com colestase?

A

Hepatite A

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30
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: qual fulmina mais?

A

Hepatite B (< 1%)

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31
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quais cronificam?

A

Hepatites B e C

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32
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: qual pode evoluir para carcinoma hepatocelular sem passar pela etapa de cirrose?

A

Hepatite B

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33
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: qual está relacionada com hepatite fulminante em gestantes?

A

Hepatite E (20%)

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34
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: maior gravidade em…

A

Idosos e hepatopatas

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35
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: diagnóstico da hepatite A

A

Anti-HAV IgM

O anti-HAV igG não dá diagnóstico

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36
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: tratamento

A

Suporte

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37
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite A: tempo de afastamento das atividades

A

7 a 14 dias após o aparecimento da icterícia

O MS recomenda 14 dias

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38
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: profilaxia pré-exposição da hepatite A

A

Vacinação
- SBP: 2 doses
- MS: 1 dose

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39
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: profilaxia pós-exposição (indicação e método) da hepatite A

A

Para contatos não vacinados e em até 2 semanas do contato

< 1 ano ou alergia: imunoglobulina

Imunossuprimidos: vacina + imunoglobulina

Demais: vacina

Observação: em < 1 ano, se não tiver IG pode fazer a vacina e considerar como dose 0

Pode-se utilizar vacina ou imunoglobulina

Na hepatite A, o tempo de resposta dos dois métodos é semelhante

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40
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: qual a via mais importante de transmissão da hepatite B?

A

Via sexual

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41
Q

Síndrome Ictérica

Na hepatite B, temos ….. (muitos/poucos) sintomas para ….. (muita/pouca) icterícia

A

Muitos. Pouca

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42
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: na hepatite B, o risco de cronificação é maior em …..

A

RN (90%)

O risco diminui com a idade

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43
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quais as manifestações extra-hepáticas da hepatite B? (3)

A

1) Poliarterite nodosa (PAN)

2) Glomerulonefrite membranosa

3) Gianotti-Crosti (lesões papulares)

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44
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: valor do anti-HBs que indica proteção

A

Anti-HBs >= 10 UI/ml

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45
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: a transmissão vertical da hepatite B está relacionado com …..

A

HBeAg positivo (90% de chance de transmitir)

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46
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: HBeAg (+) indica…..

A

Replicação

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47
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: etapas para a interpretação dos marcadores da hepatite B

A

1) HBsAg
- Positivo: tem hepatite B
- Negativo: não tem hepatite B ou falso-negativo

2) Anti-HBc total (IgG e IgM)
- Negativo: não teve hepatite B ou janela imunológica
- Positivo: tem ou teve hepatite B
- IgM (+): agudo
- IgG (+): crônico

3) Anti-HBs
- Positivo + Anti-HBc (+): infecção curada
- Negativo + Anti-HBc (+): hepatite B crônica

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48
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: Anti-HBs (+) isolado indica …..

A

Vacinação

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49
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: HBsAg (+), HBeAg (-) e Anti-HBe (-), qual a conclusão e qual a conduta?

A

Infecção por mutante pré-core da hepatite B. Solicitar HBV-DNA

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50
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: material genético das hepatites virais

A

Hepatites A, C, D e E: RNA

Hepatite B: DNA

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51
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: na hepatite B aguda, o tratamento é indicado em caso de …..

A

Infecção grave (hepatite fulminante)

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52
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: o aleitamento materno na hepatite B é contraindicado?

A

Falso!

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53
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: infecção materna por hepatite B indica cesárea?

A

Não, parto por via obstétrica

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54
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: como reduzir a carga viral da hepatite B antes do parto?

A

Com o uso de Tenofovir no 3° trimestre da gestação

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55
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: RN de mãe com hepatite B, o quê fazer?

A

Vacina + imunoglobulina idealmente em até 12h

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56
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: profilaxia pré-exposição da hepatite B

A

Vacinação (3 doses - 0, 1 e 6 meses)

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57
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quantidade de esquemas completos recomendado pelo MS para vacinação da hepatite B

A

2 esquemas completos (principal + um)

Se < 2 meses da última dose: fazer novo esquema com 3 doses

Se > 2 meses da última dose: fazer 1 dose e reavaliar o Anti-HBS
- Não positivou: novo esquema completo

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58
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para não vacinados

A

Imunoglobulina em até 7 dias ou 14 dias (vítimas de violência sexual) + iniciar esquema de vacinação

Imunossuprimidos recebem a imunoglobulina mesmo se vacinação

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59
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para profissionais de saúde não vacinados ou com esquema incompleto

A

Profissional não vacinado: IG + vacina se paciente-fonte HBsAg (+) ou com HBsAg desconhecido e com alto risco de infecção, nas demais situações inicia-se o esquema vacinal apenas

Profissional com esquema incompleto: IG + completar vacinação se paciente fonte HBsAg (+), nos demais casos apenas completa a vacinação

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60
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para profissionais de saúde vacinados

A

Com resposta vacinal adequada: nenhuma medida

Sem resposta vacinal após 1° esquema:
- Paciente-fonte HBsAg (+): IG + iniciar outro esquema
- HBsAg (-): iniciar novo esquema
- HBsAg desconhecido: iniciar novo esquema + IG em caso de paciente de alto-risco

Sem resposta vacinal após 2° esquema:
- Paciente-fonte HBsAg (+) ou desconhecido: IG (2x) - intervalo de 1 mês entre as doses
- HBsAg (-): nenhuma medida específica

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61
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: suspeitar de hepatite D em pacientes provenientes da região ….. e do …..

A

Amazônica. Mediterrâneo

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62
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: apresentações da hepatite D (2)

A

Coinfecção: Hepatite B e D agudas

Superinfecção: Hepatite D em portador crônico da hepatite B

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63
Q

Síndrome Ictérica

A coinfecção ….. o risco de cronicidade, enquanto a superinfecção ….. o risco de hepatite fulminante e de cirrose

A

Não aumenta. Aumenta.

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64
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: a hepatite D apresenta tratamento específico?

A

Não, por ser um vírus defectivo (dependente) o tratamento é voltado para hepatite B

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65
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: Anti-HCV (+) confirma infecção por Hepatite C?

A

Não, é necessário solicitar HCV-RNA

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66
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: manifestações extra-hepáticas da hepatite C (4)

A

1) Crioglobulinemia

2) Glomerulonefrite mesangiocapilar

3) Líquen plano

4) Porfiria

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67
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: a hepatite C está relacionado com qual anticorpo? Qual hepatopatia se associa com esse mesmo anticorpo?

A

Anti-LKM1. Hepatite autoimune

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68
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quem deve ter a hepatite C tratada?

A

Todos os portadores, devido ao risco acentuado de cronificação (80-90%)

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69
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites autoimune: marcador sérico

A

Hipergamaglobulinemia (⬆️ IgG)

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70
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites autoimune: associação

A

Com outras doenças autoimunes

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71
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites autoimune: tipos (2)

A

Tipo 1 (mais comum) - Mulher jovem

Tipo 2 - Meninas (2 - 15 anos) e Homens (> 40 anos)

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72
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites autoimune: anticorpos do tipo 1

A

FAN + (hepatite lupoide)

Anticorpo anti-músculo liso

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73
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites autoimune: anticorpos do tipo 2

A

Anti-LKM1 e anti-LC1

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74
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites autoimune: tratamento

A

Corticoide + azatioprina (poupador de corticoide)

Indicado nos sintomáticos

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75
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: o quê é?

A

Agressão autoimune aos ductos biliares do espaço porta

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76
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: Acomete principalmente ….. entre ….. e ….. anos. Associa-se com doença autoimunes como a síndrome de ….., além de haver aumento de …… (IgG / IgM).

A

Mulheres. 30 e 60 anos. Sjögren. IgM

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77
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: clínica relacionada à colestase e à disabsorção

A

Colestase: prurido, icterícia, xantelasma…

Disabsorção: esteatorreia, ⬇️ vitaminas lipossolúveis (ADEK)

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78
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: quando suspeitar?

A

⬆️ FA + USG sem a dilatação das vias biliares

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79
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: diagnóstico

A

Anticorpo anti-mitocôndria (+)

Biópsia em casos suspeitos

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80
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: tratamento dos casos leves

A

Ácido ursodesoxicólico (UDCA)

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81
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: tratamento dos casos graves (cirrose)

A

Transplante

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82
Q

Síndrome Ictérica

Colangite biliar primária: anteriormente conhecida por…..

A

Cirrose biliar primária

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83
Q

Síndrome Ictérica

Colestase: qual o primeiro exame?

A

USG de abdome superior

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84
Q

Síndrome Ictérica

Defina:
1) Colelitíase
2) Colecistite
3) Coledocolitíase
4) Colangite

A

1) Cálculo no interior da vesícula

2) Inflamação da vesícula

3) Cálculo no colédoco

4) Infecção / inflamação das vias biliares, associado com a obstrução da via

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85
Q

Síndrome Ictérica

Cálculos da vesícula e vias biliares: tipos e substância principal

A

Amarelo ➡️ colesterol, mais comum, radiotransparente

Preto ➡️ bilirrubinato de cálcio, formado no interior da vesícula, associado com hemólise crônica

Marrom ➡️ mais raro, bilirrubinato de cálcio, formado na via biliar

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86
Q

Síndrome Ictérica

Colelitíase: clínica (2)

A

Assintomáticos (~ 80-85%)

Cólica biliar ➡️ dor em hipocôndrio direito com < 6h de duração

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87
Q

Síndrome Ictérica

Colelitíase: diagnóstico (exame e achado)

A

USG de abdome (padrão-ouro)

Imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior

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88
Q

Síndrome Ictérica

Colelitíase: como diferenciar um cálculo de um pólipo ao USG?

A

Os pólipos apresentam imagem hiperecogênica sem sombra acústica posterior

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89
Q

Síndrome Ictérica

Colelitíase: tratamento do paciente sintomático

A

Colecistectomia por videolaparoscopia (CVL)

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90
Q

Síndrome Ictérica

Colelitíase: quando tratar um paciente assintomático? (4)

A

1) Vesícula em porcelana

2) Associação com pólipo

3) Cálculo > 2,5 - 3,0 cm

4) Hemólise crônica

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91
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: duração da dor em HCD

A

> 6h

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92
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: sinal característico

A

Sinal de Murphy (+): interrupção da respiração durante a compressão do ponto cístico pelo examinador

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93
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: exame padrão-ouro

A

Cintilografia biliar

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94
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: complicações (4)

A

1) Gangrena (bile na cavidade abdominal)

2) Fístula (bile drena para outro órgão)

3) Íleo biliar (obstrução do íleo distal por cálculo)

4) Colecistite enfisematosa

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95
Q

Síndrome Ictérica

A colecistite enfisematosa é mais comum em ….., ….. e ….. . A bactéria ….. está relacionada com o quadro e a presença de ar na ….. é patognomônico.

A

Homens, diabéticos e idosos.

Clostridium perfringens.

Parede vesical.

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96
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: o tratamento é baseado no…..

A

Guideline de Tokyo

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97
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: definição e tratamento do Grau I (leve)

A

Ausência de critérios para os Graus II e III

Tratamento: colecistectomia VLC

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98
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: critérios (4) e tratamento do Grau II

A

Critérios
- Leucocitose > 18.000/mm3
- Massa dolorosa e palpável em QSD
- Evolução > 72h
- Sinais de complicação local

Tratamento
- Colecistectomia VLC

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99
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda: critérios (6) e tratamento do Grau III

A

Critérios
T - Tonteira (⬇️ nível de consciência)
O - O2 (PaO2/FiO2 < 300)
Q - Queda de plaqueta (< 100 mil)
U - Uso de amina vasoativa (hipotensão)
I - INR > 1,5
O - Oligúria ou Creatinina > 2

Tratamento: colecistostomia

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100
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda alitiásica: o que é? Em quem suspeitar?

A

Colecistite aguda na ausência de cálculo biliar

Mais comum em pacientes graves, internados há vários dias, em jejum e em nutrição parenteral total

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101
Q

Síndrome Ictérica

Colecistite aguda alitiásica: tratamento

A

Igual da colecistite aguda litiásica, colecistectomia VLC ou colecistostomia (mais comum devido a gravidade dos pacientes)

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102
Q

Síndrome Ictérica

Síndrome de Mirizzi: o que é?

A

Compressão externa do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico

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103
Q

Síndrome Ictérica

Síndrome de Mirizzi: clínica (2)

A

Colecistite + colestase

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104
Q

Síndrome Ictérica

Síndrome de Mirizzi: Classificação de CSENDES

A

Tipo I: sem fístula

Tipo II: fístula pega até 1/3 do hepático comum

Tipo III: fístula pega até 2/3 do hepático comum

Tipo IV: fístula pega toda circunferência do hepático comum

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105
Q

Síndrome Ictérica

Quais os componentes do triângulo de Calot? Qual estrutura passa em seu interior?

A

Ducto cístico + ducto hepático comum + borda hepática inferior

Artéria cística

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106
Q

Síndrome Ictérica

Na abordagem VLC, quais as duas estruturas que devem ser visualizadas entrando na vesícula?

A

Artéria cística e ducto cístico

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107
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: a maior parte dos cálculos é primária ou secundária?

A

Secundária (90%)

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108
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: característica da icterícia

A

Transitória (obstrução e desobstrução por movimento do cálculo)

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109
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: a vesícula é palpável?

A

Não, pois a obstrução é transitória

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110
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: exame inicial

A

USG abdominal

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111
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: outros exames (3)

A

1) Colangio-RM (bile funciona como contraste)

2) USG endoscópico

3) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) - capaz de diagnosticar e tratar

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112
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: tratamento

A

Se descoberto antes da CVL: CPRE

Se descoberto durante a CVL: exploração da via biliar

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113
Q

Síndrome Ictérica

Síndrome de Mirizzi: tratamento

A

Tipo I: colecistectomia

Tipos II e III: colecistectomia + coledocoplastia

Tipo IV: colecistectomia + anastomose biliodigestiva

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114
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: probabilidade alta de coledocolitíase, quais os preditores (3) e qual a conduta?

A

Preditores:
- Cálculo visualizado em exame de imagem OU
- Colangite aguda OU
- Bilirrubina total > 4 + dilatação da via biliar em exame de imagem

Conduta: CPRE antes da CVL

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115
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: probabilidade intermediária de coledocolitíase, quais os preditores (3) e qual a conduta?

A

Preditores:
- Provas hepáticas alteradas (BT, FA, GGT) OU
- Idade > 55 anos OU
- Dilatação da via biliar em exame de imagem

Conduta: USG endoscópico ou Colangio-RM antes da CVL OU colangiografia intraoperatória

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116
Q

Síndrome Ictérica

Coledocolitíase: na ausência de preditores, o quê fazer?

A

Colecistectomia videolaparoscópica

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117
Q

Síndrome Ictérica

Colangite aguda: manifestações da colangite não-grave (3)

A

Tríade de Charcot
- Dor em HCD
- Febre com calafrios
- Icterícia

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118
Q

Síndrome Ictérica

Colangite aguda: manifestações da colangite grave (5)

A

Pêntade de Reynolds
- Tríade de Charcot (icterícia + febre com calafrios + dor em HCD)
- Hipotensão
- Redução do nível de consciência

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119
Q

Síndrome Ictérica

Colangite aguda: o tratamento é baseado no…

A

Guideline de Tokyo

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120
Q

Síndrome Ictérica

Colangite aguda: critérios e tratamento do Grau I

A

Critérios: ausência de critérios para os Graus II e III

Tratamento: antibioticoterapia + drenagem (refratários)

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121
Q

Síndrome Ictérica

Colangite aguda: critérios (5) e tratamento do Grau II

A

Critérios:
- Leucócitos > 12.000/mm3 ou < 4.000/mm3
- Febre > 39°C
- Idade >= 75 anos
- Bilirrubina total >= 5 mg/dL
- Hipoalbuminemia

Tratamento: antibioticoterapia + drenagem

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122
Q

Síndrome Ictérica

Colangite aguda: critérios (6) e tratamento do Grau III

A

Critérios
T - Tonteira (⬇️ nível de consciência)
O - O2 (PaO2/FiO2 < 300)
Q - Queda de plaqueta (< 100 mil)
U - Uso de amina vasoativa (hipotensão)
I - INR > 1,5
O - Oligúria ou Creatinina > 2

Tratamento: antibioticoterapia + drenagem

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123
Q

Síndrome Ictérica

Quais os tumores periampulares? (4)

A

1) Carcinoma de cabeça de pâncreas (85%)

2) Carcinoma de ampola de Vater

3) Colangiocarcinoma distal

4) Tumor de duodeno

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124
Q

Síndrome Ictérica

Tumores periampulares: manifestações (3)

A

1) Icterícia progressiva

2) ⬇️ Peso

3) Sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula indolor, distendida e palpável)

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125
Q

Síndrome Ictérica

Tumores periampulares: tratamento curativo

A

Cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia)

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126
Q

Síndrome Ictérica

Tumores periampulares: particularidade do carcinoma de ampola de Vater

A

Ocorrência de necrose hemorrágica, havendo redução da icterícia (desobstrução) e melena (sangramento)

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127
Q

Síndrome Ictérica

Tumores periampulares: tipo histológico mais comum do carcinoma de cabeça de pâncreas

A

Adenocarcinoma ductal (80-90%)

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128
Q

Síndrome Ictérica

Tumores periampulares: marcador tumoral do carcinoma de cabeça de pâncreas

A

CA 19-9

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129
Q

Síndrome Ictérica

Tumores periampulares: critérios de ressecabilidade e condutas

A

Ressecável: ➡️ cirurgia
- Sem contato arterial com tronco celíaco (TC) e artéria mesentérica superior (AMS) E
- Contato venoso com veia porta e veia mesentérica superior ≤ 180°

Bordeline: ➡️ neoadjuvância (QT + RT) + avaliar a cirurgia
- Contato arterial ≤ 180° E/OU
- Contato venoso > 180°

Irressecável: ➡️ paliação
- Contato arterial > 180° E/OU
- Reconstrução venosa inviável

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130
Q

Síndrome Ictérica

Tumor de Klatskin: o quê é?

A

O colangiocarcinoma peri-hilar é o tipo mais comum de colangiocarcinoma

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131
Q

Síndrome Ictérica

Tumor de Klatskin: manifestações (3)

A

1) Icterícia progressiva

2) ⬇️ peso

3) Vesícula não palpável (obstrução alta)

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132
Q

Síndrome Ictérica

Tumor de Klatskin: achados de suspeição no USG abdominal (2)

A

Vesícula murcha + dilatação das vias biliares intra-hepáticas

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133
Q

Síndrome Ictérica

Tumor de Klatskin: Classificação de Bismuth

A

Dica: anatômica e ascendente

Tipo I: hepático comum

Tipo II: confluência dos hepáticos

Tipo IIIa: hepático direito

Tipo IIIb: hepático esquerdo

Tipo IV: ambos os hepáticos

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134
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite alcoólica: clínica

A

Dor, icterícia, febre

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135
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite alcoólica: achados dos exames laboratoriais (2)

A

1) Leucocitose com neutrofilia (reação leucemoide)

2) Aumento de transaminases até 400 U/L (AST > ALT)

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136
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite alcoólica: achados na biópsia

A

Corpúsculos de Mallory + infiltrado polimorfonuclear + lesão de padrão venular (central ou centrolobular)

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137
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite alcoólica: tratamento nos casos leves

A

Abstinência alcoólica

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138
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite alcoólica: tratamentos dos casos graves

A

Abstinência alcoólica + prednisolona 40 mg/dia, por 28 dias

Alternativa: pentoxifilina

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139
Q

Síndrome Ictérica

Hepatite alcoólica: valor do Escore de Maddrey associado aos casos graves

A

> = 32

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140
Q

Síndrome Ictérica

Colangite esclerosante primária: associação

A

Retocolite ulcerativa (70%)

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141
Q

Síndrome Ictérica

Colangite esclerosante primária: anticorpo associado

A

p-ANCA

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142
Q

Síndrome Ictérica

A colangite esclerosante primária acomete mais ….. (homens / mulheres), enquanto a colangite biliar primária acomete mais ….. (homens / mulheres)

A

Homens. Mulheres.

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143
Q

Síndrome Ictérica

Na colangite esclerosante primária, por haver acometimento das ….., a CPRE ….. (está / não está) alterada. Na colangite biliar primária, o acometimento dos ….. faz a CPRE estar ….. (normal / alterada)

A

Grandes vias biliares intra e extra-hepáticas. Não está. Pequenos e médios ductos biliares do espaço porta. Normal.

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144
Q

Síndrome Ictérica

Colangite esclerosante primária: há indicação de ácido ursodesoxicólico?

A

Não, a eficácia é comprovada apenas para cirrose biliar primária

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145
Q

Síndrome Ictérica

Colangite esclerosante primária: conduta se obstrução

A

Stent

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146
Q

Síndrome Ictérica

Colangite esclerosante primária: tratamento na cirrose

A

Igual ao da cirrose biliar primária ➡️ transplante

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147
Q

Síndrome Ictérica

Cistos biliares: principal fator de risco

A

Junção pancreatobiliar anômala

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148
Q

Síndrome Ictérica

Cistos biliares: Classificação de Todani

A
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149
Q

Síndrome Ictérica

Cistos biliares: tríade clássica

A

Icterícia + dor em QSD + massa palpável

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150
Q

Síndrome Ictérica

Cistos biliares: tratamento

A

Sempre cirúrgico!

Tipos I, II e IV: colecistectomia + ressecção das lesões císticas e dos ductos extra-hepáticos + reconstrução com derivação biliodigestiva
- No tipo IV pode ser necessária a ressecção hepática

Tipo III: esfincterotomia (dilatação)

Tipo V (doença de Caroli): lobectomia se acometer só um lobo
- Demais: tratamento das complicações ou transplante hepático

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151
Q

Síndrome Ictérica

Antídoto para intoxicação aguda por paracetamol (acetaminofeno)

A

N-acetilcisteína, idealmente nas primeiras 8h, sendo efetivo até 24-36h

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152
Q

Síndrome Ictérica

Critérios de transplante hepático para pacientes em uso de paracetamol segundo o Hospital King’s College de Londres (2)

A

1) pH < 7,3, independente do grau de encefalopatia OU

2) Encefalopatia graus III e IV + TAP ou TP > 100s + creatinina > 3,4 mg/dL

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153
Q

Síndrome Ictérica

Critérios de transplante hepático para pacientes que não estão em uso de paracetamol segundo o Hospital King’s College de Londres

A

1) TAP ou TP > 100s (INR > 6,5) OU

2) ≥ 3 dos seguintes:
- Idade < 10 ou > 40 anos
- Etiologia desfavorável da doença hepática (não inclui HAV e HBV)
- Icterícia precedendo a encefalopatia por mais de 7 dias
- TP > 50s (INR > 3,5)
- Bilirrubina total > 17,5

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154
Q

Síndrome Diarreica

Definição de diarreia quanto à frequência e ao volume de fezes?

A

> 3 evacuações/dia

> 200 g/dia

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155
Q

Síndrome Diarreica

Classificação quanto a duração da diarreia (3)

A

Aguda: < 2 semanas

Protraída ou persistente: entre 2 e 4 semanas

Crônica: > 4 semanas

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156
Q

Síndrome Diarreica

Classificação da diarreia quanto a topografia (2)

A

Alta
- Delgado
- ⬆️ volume e ⬇️ frequência
- Restos alimentares

Baixa
- Cólon
- ⬇️ volume e ⬆️ frequência
- Tenesmo

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157
Q

Síndrome Diarreica

Classificação da diarreia quanto à presença de invasão (2)

A

Invasiva: com sangue, muco e/ou pus

Não invasiva: sem sangue, muco e/ou pus

Observação: muco é o achado menos confiável

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158
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: principal causa

A

Infecções

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159
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: principais agentes virais em adultos e em crianças

A

Crianças: rotavírus

Adultos: norovírus

Adultos + crianças: rotavírus

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160
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: qual é mais comum, as de etiologia viral ou bacteriana?

A

Viral, costumam ser mais curtas (2-3 dias)

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161
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: qual a conduta principal?

A

Hidratação, os quadros costumam ser autolimitados

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162
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: pode-se fazer antidiarreicos?

A

Depende, o uso de, por exemplo, Loperamida (Imosec) é contraindicado em caso de disenteria ou suspeita de disenteria

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163
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: quando indicar hidratação venosa?

A

Quando o paciente apresentar perda > 10% do peso em decorrência da diarreia

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164
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: está indicado ATB empírico?

A

Sim, sobretudo nos pacientes com maior chance de evoluir com diarreia bacteriana grave

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165
Q

Síndrome Diarreica

Diarreia aguda: como fazer ATB empírico?

A

Geralmente com quinolonas

Ciprofloxacina 500mg, 12/12h, por 3 dias

OU

Levofloxacina 500 mg, 1x/dia, por 3 dias

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166
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: agente

A

Clostridioides difficile, Gram-positivo anaeróbio obrigatório

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167
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: associação com quais substâncias? (3)

A

Uso prévio de ATB como Clindamicina, Cefalosporinas e Quinolonas

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168
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: quando inicia a diarreia?

A

No geral, em 4-9 dias (~ 7 dias) do início do ATB, mas pode ocorrer em até 6 semanas

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169
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: diagnóstico

A

Detecção das toxinas A (enterotoxina) e B (citotoxina) nas fezes

Detecção do C. difficile produtor de toxina por cultura, PCR ou teste de amplificação de ácido nucleico (NAAT)

Observação de pseudomembranas na colonoscopia

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170
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: classificação de gravidade (3)

A

Não grave: leucometria <= 15.000 e creatinina < 1,5

Grave: leucometria > 15.000 e/ou creatinina >= 1,5

Fulminante: presença de hipotensão, choque, íleo paralítico ou megacólon

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171
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: tratamento dos casos graves e não graves

A

Vancomicina 125 mg, 6/6h, VO, por 10-14 dias

OU

Fidaxomicina 200 mg, VO, por 10 dias

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172
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: tratamento da colite fulminante

A

Vancomicina 125 mg, 6/6h, VO, por 10-14 dias + Metronidazol 500 mg, 8/8h, IV, por 10-14 dias

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173
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: qual outra medida é importante para o tratamento independente da gravidade?

A

Suspender o ATB prévio

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174
Q

Síndrome Diarreica

Colite pseudomembranosa: qual a medida mais importante de prevenção?

A

Lavagem das mãos com água e sabão, o uso de álcool 70° pode não eliminar os esporos

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175
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: o que é?

A

Reação imunomediada à proteína do glúten presente em trigo, centeio e cevada

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176
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: predisposição genética (2)

A

HLA-DQ2 e HLA-DQ8

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177
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: clínica (4)

A

Assintomáticos

Diarreia crônica

Manifestações relacionadas a deficiência nutricional

Manifestações neuropsiquiátricas

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178
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: lesão cutânea

A

Dermatite herpetiforme

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179
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: risco aumentado de quais neoplasias?

A

Linfoma T intestinal e adenocarcinoma de jejuno

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180
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: associações (2)

A

Síndromes genéticas (ex.: Down) e doenças autoimunes (DM1, Hashimoto)…

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181
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: qual costuma ser o 1° exame?

A

Sorologia: antitransglutaminase tecidual IgA (melhor custo benefício com alta sensibilidade e especificidade)

O paciente precisa estar em dieta COM glúten

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182
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: qual exame confirmatório e padrão-ouro?

A

Biópsia da porção mais distal do duodeno com MARSH 2 e 3

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183
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: é possível confirmar o diagnóstico sem a biópsia?

A

Pelo Consenso Europeu, é possível em crianças com antitranglutaminase tecidual IgA > 10x o LSN + antiendomísio IgA positivo

A SBP preconiza a biópsia para todos os pacientes

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184
Q

Síndrome Diarreica

Doença celíaca: tratamento

A

Excluir o glúten da dieta

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185
Q

Síndrome Diarreica

Doença de Whipple: o que é?

A

Doença infecciosa causada pelo bacilo Gram-positivo Tropheryma whipplei

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186
Q

Síndrome Diarreica

Doença de Whipple: clínica (4)

A

Diarreia / esteatorreia

Artralgia / artrite

Mioarritmia oculomastigatória e oculofacialesquelética, acompanhada de paralisia do olhar vertical supranuclear

Endocardite

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187
Q

Síndrome Diarreica

Doença de Whipple: diagnóstico

A

Biópsia de delgado contendo macrófagos PAS-positivos

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188
Q

Síndrome Diarreica

Doença de Whipple: tratamento

A

Ceftriaxona, IV, por 2 semanas

+

Sulfametoxazol / Trimetropina, VO, por 1 ano

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189
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: 3 características da DC

A

Transmural

Pode acometer todo TGI (boca ao ânus)

Padrão descontínuo (pedra de calçamento)

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190
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: 3 características da RCU

A

Acomete a mucosa (menos comumente a submucosa)

Acomete do reto ao cólon

Padrão contínuo e ascendente

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191
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: em qual o cigarro é um fator de risco?

A

Doença de Crohn (DC = Doença do Cigarro)

O cigarro é fator protetor da RCU

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192
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: clínica da DC (3)

A

Dor abdominal + diarreia + emagrecimento

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193
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: clínica da RCU

A

Diarreia com sangue e muco

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194
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: autoanticorpos mais relacionados com DC e RCU

A

DC: ASCA (Quem tem Crohn se LASCA)

RCU: p-ANCA (colangite esclerosante)

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195
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: manifestações extra-intestinais

A

Mnemônico: RCU E DC

R: resposta imune

C: colangite esclerosante

U: uveíte anterior

E: eritema nodoso (geralmente pré-tibial) e pioderma gangrenoso (mais comum RCU)

D: dor articular, espondilite anquilosante

C: cálculos renais e biliares (mais comum na DC pelo aumento da absorção de oxalato)

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196
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: quais manifestações extra-intestinais tem relação com a atividade da doença? (2)

A

Eritema nodoso

Artrite periférica

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197
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: achado da biópsia patognomônico de DC

A

Presença de granuloma não caseoso

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198
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: o tratamento pode ser dividido em…

A

Indução da remissão e manutenção

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199
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: opções para indução da remissão (3)

A

Corticoide (não é pulsoterapia)

Derivados do 5-ASA (sulfassalazina, mesalazina…)

Anti-TNF (casos mais graves como DC com fístula)

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200
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: opções para manutenção (2)

A

Derivados do 5-ASA (casos mais leves)

Imunobiológico + imunomodulador

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201
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: indicações do tratamento cirúrgico (3)

A

1) Refratariedade ao tratamento clínico

2) Displasia / Câncer

3) Complicações

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202
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: tratamento cirúrgico eletivo da RCU

A

Protocolectomia com IPAA

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203
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: cirurgia de urgência da RCU

A

Colectomia à Hartmann

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204
Q

Síndrome Diarreica

Doença Inflamatória Intestinal: cirurgia de DC

A

Ressecção segmentar com menor tamanho possível (minimizar a chance de síndrome do intestino curto)

Estenoplastia pode ser opção se obstrução

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205
Q

Síndrome Diarreica

Síndrome do intestino irritável: população mais acometida

A

Mulheres entre 30-50 anos

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206
Q

Síndrome Diarreica

Síndrome do intestino irritável: diagnóstico (Critérios ROMA IV)

A

Dor abdominal pelo menos 1x/semana nos últimos 3 meses, mais >= 2 dos seguintes:
- Relação com a defecação
- Mudança na frequência da defecação
- Mudança na forma / consistência das fezes

Os sintomas devem ter começado há no mínimo 6 meses e outras causas devem ter sido excluídas

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207
Q

Síndrome Diarreica

Síndrome do intestino irritável: tratamento (3)

A

Suporte psicológico (entender que não há cura + tratamento das doenças psiquiátricas associadas)

Suporte nutricional (regularidade da alimentação, consumo de fibras)

Suporte farmacológico (antiespasmódicos, antidiarreico, antidepressivo…)

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208
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: anteriormente conhecido por…

A

Tumor carcinoide

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209
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: locais mais comum de acometimento

A

Apêndice (principal)

Jejuno-íleo (principalmente íleo distal)

Reto

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210
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: tríade da Síndrome Carcinoide

A

Flushing + Diarreia + Doença valvar direita

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211
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: qual o tipo mais associado com a síndrome carcinoide?

A

Principalmente os de íleo que produzem metástase hepática

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212
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: complicação

A

Pelagra (⬇️ niacina ou B3)
- Diarreia
- Demência
- Lesões cutâneas hiperpigmentadas e crostosas

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213
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: screening (2)

A

Dosagem do ácido 5-hidroxi-indolacético (5-HIAA) na urina

Concentração de cromogranina A no sangue

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214
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: exames de imagem (2)

A

Cintilografia com análogos da somatostatina (pentetreotide) ➡️ localizar o tumor

TC de abdome ➡️ metástases hepáticas

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215
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: cirurgia do tumor de apêndice < 1 cm ou entre 1-2 cm localizado na ponta do apêndice

A

Apendicectomia

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216
Q

Síndrome Diarreica

Tumor neuroendócrino intestinal: cirurgia do tumor de apêndice > 2 cm ou entre 1-2 cm com invasão do mesoapêndice

A

Hemicolectomia direita

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217
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: dois principais grupos?

A

Protozoários e Helmintos

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218
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: subdivisão do grupo dos Helmintos (2)

A

Nematelminto e Platelminto

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219
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: quais os helmintos com ciclo pulmonar (Sd. de Löffler)? (5)

A

Mnemônico SANTA

S - Strongyloides stercoralis

A - Ancylostoma duodenale

N - Necator americanus

T - Toxocara canis

A - Ascaris lumbricoides

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220
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: o que é a Síndrome de Löffler?

A

Pneumonia eosinofílica com infiltrados pulmonares migratórios

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221
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: nas com ciclo pulmonar, há aumento de ….. no sangue periférico

A

Eosinófilos

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222
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: quais são causadas por platelmintos? (2)

A

Esquistossomose (Schistosoma mansoni)

Teníase (Taenia solium / Taenia saginata)

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223
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: droga para o tratamento de infecção por platelminto?

A

Praziquantel ➡️ Platelminto

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224
Q

Síndrome Diarreica

A teníase ocorre pela ingestão de ….. da Taenia solium ou Taenia saginata, sendo o hospedeiro intermediário da primeira os ….. e da segunda os ….. . A cisticercose ocorre pela ingestão de ….. da Taenia …..

A

Larvas (carne crua ou mal-cozida). Suínos. Bovinos. Ovos (água e hortaliças contaminadas). Solium

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225
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: qual o quadro clínico da teníase? (2)

A

Assintomático ou sintomas gastrointestinais inespecíficos

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226
Q

Síndrome Diarreica

Quanto ao diagnóstico de teníase, a detecção de ovos nas fezes ….. (permite / não permite) identificar a espécie. A detecção de proglótides por ….. nas fezes ….. (permite / não permite) identificar a espécie.

A

Não permite. Tamisação. Permite.

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227
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: tratamento da teníase (3)

A

Praziquantel

Mebendazol / Albendazol

Niclosamida

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228
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: quadro clínico da neurocisticercose (3)

A

Convulsões (mais comum)

Hidrocefalia

Hipertensão intracraniana

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229
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: característica do LCR na neurocisticercose

A

Linfomononuclear com aumento de eosinófilos

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230
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: o que determina o tratamento da neurocisticercose e como ele é feito? (2)

A

Determinado pela quantidade de lesões na neuroimagem

1 lesão: Albendazol OU Praziquantel + glicocorticoide

>= 2 lesões: Abendazol + Praziquantel + glicocorticoide

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231
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: na esquistossomose, como ocorre a contaminação?

A

Pela penetração cutânea da larva cercária

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232
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: no humano, onde vive o verme adulto da esquistossomose e onde ocorre a deposição dos ovos?

A

Verme adulto: vasos mesentéricos

Colocação dos ovos no plexo venoso retal

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233
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: na esquistossomose, qual os 3 destinos dos ovos?

A

Eliminação pelas fezes

Atingir outros órgãos como o fígado através da corrente sanguínea

Ficar retido na mucosa retal

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234
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: acometimento cutâneo da esquistossomose

A

Dermatite cercariana (erupção maculopapular e pruriginosa)

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235
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: história / epidemiologia clássica da esquistossomose

A

Pessoas que nadam em lagoas coceira

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236
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: clínica da esquistossomose aguda (4)

A

Febre de Katayama
- Febre alta
- Hepatoesplenomegalia
- Adenomegalia
- Eosinofilia marcante

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237
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: a forma crônica da esquistossomose relaciona-se com …. (ovos/larvas)

A

Ovos

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238
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: clínica da forma crônica da esquistossomose (3)

A

Granulomas e fenômenos imunológicos
- Hipertensão porta
- Hipertensão pulmonar
- Mielite transversa

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239
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: diagnóstico da esquistossomose (2)

A

Pesquisa de ovos nas fezes pelo método Lutz ou Kato-Katz

Biópsia retal

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240
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: tratamento de 1ª escolha da esquistossomose e alternativo

A

1ª escolha: Praziquantel

Alternativo: Oxamniquina

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241
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: características dos protozoários (4)

A

1) Unicelulares

2) Não causam eosinofilia

3) Geralmente assintomáticos

4) Transmissão fecal-oral

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242
Q

Síndrome Diarreica

A contaminação pelos protozoários ocorre pela ingestão de ….., os ….. são a forma parasitária e a transmissão, através das fezes, ocorre pela eliminação de …..

A

Cistos. Trofozoítas. Cistos.

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243
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: agente etiológico da amebíase

A

Entamoeba histolytica

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244
Q

Síndrome Diarreica

Quanto as parasitoses por protozoários, a ….. é uma parasitose ….. (invasiva/não invasiva) do cólon, enquanto que a ….. é uma parasitose ….. (invasiva/não invasiva) de intestino delgado

A

Amebíase. Invasiva. Giardíase. Não invasiva

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245
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: clínica da forma intestinal da amebíase (2)

A

Colite amebiana (disenteria)

Ameboma (massa abdominal, “pseudotumor”)

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246
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: clínica da forma extra-intestinal da amebíase (3)

A

Abscessos hepático, pulmonar e em SNC

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247
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: diagnóstico das parasitoses por protozoários (2)

A

Pesquisa de cistos ou trofozoítas EPF

Sorologia (formas extra-intestinais)

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248
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: o que determina o tratamento da amebíase e como ele é feito?

A

Presença ou não de clínica

Assintomáticos: Teclozam ou Etofamida

Sintomáticos: Secnidazol ou outro nidazol + Teclozam ou Etofamida

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249
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: deve-se tratar o paciente na presença de Entamoeba coli, Iodamoeba butschlii, Endolimax nana, Entamoeba dispar ou Entamoeba hartmanni?

A

Não, pois são amebas comensais!

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250
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: agente etiológico da giardíase

A

Giardia lamblia (Giardia intestinalis ou duodenalis)

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251
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: o que a Giardia faz no duodeno e no jejuno proximal? (2)

A

“Atapeta” e inflama

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252
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: clínica da giardíase

A

Associada à síndrome de má-absorção

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253
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: tratamento de 1ª escolha e alternativo da giardíase

A

1ª escolha: Tinidazol ou outro nidazol

Alternativo: Albendazol por pelo menos 5 dias

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254
Q

Síndrome Diarreica

Ascaridíase: agente etiológico

A

Ascaris lumbricoides

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255
Q

Síndrome Diarreica

Ascaridíase: clínica (2)

A

Síndrome de Löffler + Obstrução (intestinal, colédoco, apêndice…)

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256
Q

Síndrome Diarreica

Ascaridíase: tratamento na ausência de oclusão intestinal (4)

A

Bendazol (me/ti/al)

Levamisol (específico para Ascaris)

Pamoato de pirantel

Ivermectina

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257
Q

Síndrome Diarreica

Ascaridíase: 3 passos do tratamento da oclusão intestinal

A

1º) Suporte (SNG aberta + hidratação)

2°) Óleo mineral + piperazina (não usa mais) ou salina hipertônica ou gastrografina

3°) Bendazol para completar a eliminação

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258
Q

Síndrome Diarreica

Ascaridíase: conduta se obstrução refratária

A

Cirurgia para retirada dos vermes

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259
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: agente etiológico e sinonímia

A

Toxocara canis. Larva migrans visceral

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260
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: hospedeiro definitivo

A

Cães

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261
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: hospedeiro acidental

A

Humanos

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262
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: epidemiologia / história típica

A

Crianças que brincam na areia (praia/parquinho)

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263
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: clínica (4)

A

Síndrome de Löffler + hepatomegalia + febre + eosinofilia intensa (é a que mais aumenta)

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264
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: diagnóstico

A

Sorologia (humanos são hospedeiros acidentais, logo não eliminam ovos/larvas pelas fezes)

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265
Q

Síndrome Diarreica

Toxocaríase: tratamento

A

Albendazol +/- corticoide (em caso de muitos sintomas sistêmicos)

266
Q

Síndrome Diarreica

Ancilostomíase: agentes etiológicos

A

Ancylostoma duodenale e Necator americanus

267
Q

Síndrome Diarreica

Ancilostomíase: como ocorre a contaminação do hospedeiro?

A

Pela penetração cutânea da larva

268
Q

Síndrome Diarreica

Ancilostomíase: clínica (3)

A

Lesão cutânea (eritema serpiginoso, migratório e pruriginoso)

Síndrome de Löffler

Anemia ferropriva

269
Q

Síndrome Diarreica

Ancilostomíase: diagnóstico

A

EPF

270
Q

Síndrome Diarreica

Ancilostomíase: tratamento

A

Bendazol

271
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: agente etiológico

A

Strongyloides stercoralis

272
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: como ocorre a contaminação do hospedeiro?

A

Pela penetração cutânea da larva, cujo ovo eclode no interior do TGI

273
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: clínica (2)

A

Lesão cutânea (eritema serpiginoso e migratório) + Síndrome de Löffler

274
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: pode haver autoinfestação?

A

Sim, sobretudo em imunossuprimidos, caracterizando a forma disseminada da doença

275
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: na forma disseminada, pode haver…

A

Sepse por Gram-negativos

276
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: diagnóstico

A

EPF

277
Q

Síndrome Diarreica

Estrongiloidíase: tratamento de 1ª escolha e alternativos (3)

A

1ª escolha: Ivermectina

Alternativos: Albendazol ou Tiabendazol ou Cambendazol

Mebendazol não é eficaz

278
Q

Síndrome Diarreica

Enterobíase: agente etiológico e sinonímia

A

Enterobius vermicularis. Oxiuríase

279
Q

Síndrome Diarreica

Enterobíase: clínica (2)

A

Prurido anal intenso (pior a noite)

Corrimento vaginal da infância

280
Q

Síndrome Diarreica

Enterobíase: há eosinofilia?

A

Normalmente não, pois não há ciclo pulmonar

281
Q

Síndrome Diarreica

Enterobíase: diagnóstico

A

Fita gomada (método de Graham)

282
Q

Síndrome Diarreica

Enterobíase: tratamento (3)

A

Pamoato de pirvínio

Pamoato de pirantel

Bendazol (albendazol ou mebendazol)

Dose única e repetir em 15 dias

Tratar todos os contatos domiciliares

283
Q

Síndrome Diarreica

Tricuríase: agente etiológico e sinonímia

A

Trichuris trichiura. Tricocefalíase

284
Q

Síndrome Diarreica

Tricuríase: clínica característica

A

Prolapso retal

285
Q

Síndrome Diarreica

Tricuríase: diagnóstico

A

EPF

286
Q

Síndrome Diarreica

Tricuríase: tratamento (3)

A

Mebendazol, albendazol ou ivermectina

287
Q

Síndrome Diarreica

Parasitoses: medicamento universal

A

Nitazoxanida (Annita) - não disponível no SUS

288
Q

Síndrome metabólica I

Quais os 5 critérios para definição da SM?

A

> = 3 dos seguintes:

1) ⬆️ PA (>= 130/85 mmHg ou tratamento)

2) ⬆️ Triglicerídeos (>= 150 mg/dL ou tratamento)

3) ⬆️ Glicemia de jejum (>= 100 mg/dL) ou tratamento de diabetes

4) ⬇️ HDL (M < 50 | H < 40 mg/dL)

5) ⬆️ Circunferência abdominal (M > 88 | H > 102)
- O certo é considerar a etnia

289
Q

Síndrome metabólica I

HAS: diagnóstico (7)

A

PA >= 140/90 mmHg em 2 ou mais ocasiões / consultas OU

PA >= 140/90 mmHg em uma medida com lesão de órgão alvo (LOA) OU

PA >= 180/110 mmHg OU

Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA)

> = 130/80 mmHg (24h) OU

> = 135/85 mmHg (vigília) OU

> = 120/70 mmHg (sono) ➡️ perda do descenso noturno (maior risco cardiovascular) OU

Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA)

> = 130/80 mmHg (residencial) - idealmente 6 medidas em horários diferentes em 5 dias distintos

290
Q

Síndrome metabólica I

HAS: O que são HAS do jaleco branco e HAS mascarada? Qual apresenta maior gravidade?

A

HAS jaleco branco: ⬆️ PA consultório | MAPA normal

HAS mascarada: PA do consultório normal | ⬆️ MAPA
- Maior gravidade

291
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Qual a classificação? (6)

A

1) Ótima: PAS < 120 E PAD < 80

2) Normal: PAS < 130 E PAD < 85

3) Pré-HAS: PAS < 140 E PAD < 90

4) HAS E1: PAS >= 140 OU PAD >= 90

5) HAS E2: PAS >= 160 OU PAD >= 100

6) HAS E3: PAS >= 180 OU PAD >= 110

Dicas:
- PAS nos 3 primeiros aumenta de 10 em 10 e a PAD de 5 em 5
- Nos 3 últimos, o aumento dobra: PAS de 20 em 20 e PAD de 10 em 10

292
Q

Síndrome metabólica I

HAS: O que é HAS sistólica isolada?

A

PAS >= 140 E PAD < 90

293
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Qual o quadro clínico?

A

Geralmente assintomáticos

Depois de anos ➡️ lesão de órgão-alvo (LOA)
- Cardiopatia (IAM, IC…)
- AVE | Demência
- Aorta | Arteriopatia periférica (claudicação)
- Rim (nefroesclerose)
- Retinopatia

294
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais os dois mecanismos de LOA?

A

Dano vascular

Sobrecarga

295
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Classificação Keith-Wagener-Barker (KWB) da retinopatia hipertensiva (4)

A

I - Estreitamento arteriolar

II - Cruzamento AV patológico (“fios de cobre” ou “fios de prata”)

III - Hemorragias (chama de vela) e exsudatos (manchas algodonosas)

IV - Papiledema (edema de papila bilateral)

296
Q

Síndrome metabólica I

HAS: O que determina e como é feito o tratamento? Quais os alvos pressóricos? (3)

A

Alvos
- Geral: < 140/90
- Alto risco cardiovascular (DRC, DM, LOA, doenças cardiocerebrovasculares): < 130/80
- Idoso frágil: < 160/90

Tratamento:

  • Todos: mudança do estilo de vida ➡️ perda de peso (mais importante) | dieta DASH | atividade (30 minutos/dia) | ⬇️ consumo de sódio (< 2 g/dia)
  • Estágio 1 | Pré-HAS com alto risco cardiovascular | Idoso frágil ➡️ Começar com 1 droga OU Tentar MEV por 3-6 meses (pacientes jovens, com baixo risco cardiovascular)
  • Estágio 2 | 3 | Estágio 1 com alto risco cardiovascular ➡️ Começar com 2 drogas
297
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais as classes dos fármacos de 1ª linha (4)? Quais não podem ser associadas?

A

IECA (…pril)

BRA (…sartan)

Diurético tiazídico

Bloqueador de canal de cálcio

IECA e BRA não podem ser associadas

298
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais as indicações (5) e as contraindicações (5) para o uso de IECA ou BRA?

A

Indicações:
- Jovem, branco
- Doença renal
- Diabetes (sobretudo se microalbuminúria)
- IC, IAM (cardioproteção)
- Doença gotosa (apenas Losartan)

Contraindicações:
- Creatinina > 3 (IRA) ➡️ contraindicação relativa
- K > 5,5 (hipercalemia)
- Estenose bilateral das artérias renais
- Tosse | Angioedema (somente IECA) ➡️ aumento de bradicinina (a conduta é trocar o IECA por BRA)
- Gestação

299
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais a indicações (2) e contraindicações (7) ao uso dos diuréticos tiazídicos?

A

Clortalidona (mais potente) e Hidroclorotiazida

Indicações:
- Negro, idoso (sem as demais indicações para o uso de IECA ou BRA)
- Osteoporose (retém cálcio)

Contraindicações:
- 4 HIPO: volemia, Na, K, Mg
- 3 HIPER: glicemia, lipidemia, uricemia (contraindicado na doença gotosa)

Se hiperglicemia e/ou hiperlipidemia, pode-se prescrever com cautela

300
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais as indicações (3) e contraindicações (4) ao uso de bloqueadores de canais de cálcio?

A

Vaso: (“…dipinas”)

Cardio: diltiazem, verapamil

Indicações:
- Negro, idoso (sem as outras indicações para o uso de IECA ou BRA)
- Arteriopatia periférica
- Fibrilação atrial

Contraindicações:
- Cefaleia e edema
- Bradiarritmias e ICC

301
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Qual a 4ª droga de escolha no tratamento?

A

Espironolactona

302
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais as drogas de 2ª linha e quais as indicações de cada uma? (6)

A

“Indicado quando há outra condição que justifique o seu uso”

Betabloqueador
- IC, IAM, enxaqueca

Clonidina (efeito sedativo)
- Crise hipertensiva

Metildopa e Hidralazina
- Gestação

Prazosina
- Doença prostática

Alisquireno (inibe a renina)
- Sem indicação específica

303
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Qual a definição de HAS resistente?

A

PA não controlada apesar da adesão e do tratamento otimizado com pelo menos 3 fármacos de classes diferente, incluindo o diurético tiazídico, IECA ou BRA e bloqueador de canal de cálcio

304
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Na prova, quais os achados sugestivos de HAS secundária? (3)

A

Quando há a descrição de um caso de HAS resistente / grave

Idade < 30 ou > 55 anos (idade atípica)

LOA desproporcional ao valor pressórico / tempo de doença

305
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + hipocalemia e/ou alcalose metabólica, pensar em?

A

Hiperaldosteronismo primário (suprarrenal)
- ⬆️ aldosterona e ⬇️ renina

Hiperaldosteronismo secundário (estenose artéria renal)
- Sopro abdominal
- Angio-TC ou arteriografia renal

306
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + ⬆️ Cr e proteinúria (edema), pensar em?

A

Doença renal parenquimatosa
- USG
- Clearance creatinina (TGF)

307
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + ronco e sonolência, pensar em?

A

Apneia do sono (SAHOS)
- Polissonografia

308
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + crises de “cefaléia, sudorese e palpitação”, pensar em?

A

Feocromocitoma
- Dosagem de metanefrinas séricas (triagem)
- Dosagem de metanefrinas urinárias (diagnóstico)

309
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + paciente jovem com ⬇️ pulso femoral, pensar em?

A

Coarctação da aorta
- Doppler
- Angio-TC

310
Q

Síndrome metabólica I

HAS: O que é crise hipertensiva?

A

Aumento súbito e expressivo da PA, geralmente PAS >= 180 mmHg OU PAD >= 120 mmHg

311
Q

Síndrome metabólica I

HAS: definição de emergência hipertensiva

A

Crise hipertensiva + lesão aguda de órgão-alvo
- Encefalopatia
- IAM
- Edema agudo
- Retinopatia III e IV

312
Q

Síndrome metabólica I

HAS: definição de urgência hipertensiva

A

Crise hipertensiva sem lesão aguda de órgão-alvo
- Epistaxe
- Pré-operatório
- Retinopatia I e II

313
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais as condutas na emergência hipertensiva? Quais as drogas e via de administração?

A

1ª hora: ⬇️ PA em 20-25%

2-6 horas: PA 160 x 110 mmHg

Drogas IV:
- Nitroprussiato (escolha)
- Nitroglicerina (IAM)
- Betabloqueador (dissecção da aorta)

314
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Qual a conduta na urgência hipertensiva? Quais as drogas e via de administração?

A

PA 160 x 110 em 24-48h

Drogas VO:
- IECA (captopril)
- Furosemida
- Clonidina…

315
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Quais as situações em que a redução da PA deverá ser mais intensa? (2)

A

Dissecção da aorta (menor PA que o paciente tolerar)

AVE hemorrágico (“normalizar” PA)

316
Q

Síndrome metabólica I

HAS: Qual a conduta se AVE isquêmico? (2)

A

Só reduzir a PA se > 220/120 OU > 185/110 (se candidato à trombólise)

317
Q

Síndrome metabólica I

HAS: O que é pseudocrise hipertensiva e qual a conduta?

A

PA alterada em paciente sem sintomas, com exames normais e que não será submetido a nenhum procedimento, sendo geralmente ocasionada por dor ou evento emocional

Prescrever ansiolítico, analgesia…

318
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: Quais as 5 lipoproteínas?

A

Quilomícron ➡️ rica em triglicerídeos (exógeno)

VLDL ➡️ rica em triglicerídeos (endógeno)

IDL ➡️ rica em colesterol

LDL ➡️ rica em colesterol

HDL ➡️ rica em colesterol

319
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: como calcular o LDL? Qual a contraindicação ao uso dessa fórmula?

A

Fórmula de Friedewald: LDL = colesterol total - HDL - TG/5

Contraindicado se triglicerídeos (TG) > 400

320
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: Triglicerídeos, qual o alvo e qual a terapia?

A

Alvo: < 150

Terapia:
- Dieta (reduzir consumo de carboidratos)
- Atividade física
- >= 500: fibrato

321
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: HDL, qual o alvo e qual a terapia?

A

Alvo:
- > 40 em homens
- > 50 em mulheres

Terapia:
- Ácido nicotínico (sem recomendação de fazer)

322
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: LDL, quais os alvos (4) e qual a terapia?

A

Alvos (depende do risco cardiovascular):

  • Risco muito alto (doença arterial aterosclerótica - IAM, AVE, arteriopatia periférica…): < 50 mg/dL
  • Risco alto (LDL >= 190 | Escore de risco >= 20% | LDL 70-189 + Escore >= 7,5% ou diabetes): < 70 mg/dL
  • Risco intermediário (diabetes isolado): < 100 mg/dL
  • Baixo risco: < 130 mg/dL

Terapia:

  • Estatinas para terapia de alta intensidade (⬇️ LDL >= 50%): Atorvastatina 40-80 mg | Rosuvastatina 20-40 mg
  • Estatinas para terapia de moderada intensidade (⬇️ LDL 30-49%): Atorvastatina 10-20 mg | Sinvastatina 20-40 mg
323
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: Qual o tempo de uso das estatinas? Quais os efeitos adversos? (2)

A

Indefinido, mas pode-se reduzir a dose a fim de evitar efeitos adversos

Efeitos adversos:
- Hepatite
- Miopatia (mais comum)

324
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: Deve-se evitar a associação de estatina com fibrato?

A

Se possível, sim (reduzir a chance de efeitos adversos)

325
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: O que fazer se paciente intolerante ou refratário ao uso das estatinas?

A

Prescrever ezetimibe OU inibidor PCSK9 (evolocumabe ou alirocumabe)

326
Q

Síndrome metabólica I

Dislipidemias: Quando fazer terapia de alta intensidade com estatina?

A

Risco muito alto ou risco alto (LDL >= 190 | Escore de risco >= 20%)

Se risco alto com LDL entre 70 e 180, pode optar pela terapia de moderada intensidade

327
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os valores para o diagnóstico? (4)

A

≥ 2 testes alterados (podem ser iguais ou diferentes):

Glicemia em jejum
- ≥ 126 mg/dL

Glicemia após 2 horas (TOTG 75g)
- ≥ 200 mg/dL

Hemoglobina glicada (HbA1c)
- ≥ 6,5%

OU

Uma Glicemia aleatória ≥ 200 mg/dL com sintomas

328
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os valores que indicam pré-diabetes? (3)

A

Não são necessários 2 testes positivos

Glicemia em jejum
- 100-125 mg/dL

Glicemia após 2 horas (TOTG 75g)
- 140-199 mg/dL

HbA1c
- 5,7-6,4%

329
Q

Síndrome metabólica II

DM: Caso a glicemia em jejum esteja na faixa de pré-diabetes e o TOTG na faixa de DM, qual a conduta?

A

Deve-se repetir ou teste alterado, no caso, o TOTG a fim de confirmar ou descartar o diagnóstico

330
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quando iniciar o rastreamento e como fazer? (2)

A

Idade ≥ 35 anos (SBD ≥ 45 anos)

OU

IMC ≥ 25 Kg/m² + fator de risco:
- História familiar de DM (parente de 1º grau)
- HAS, dislipidemia, sedentário, doença cardiovascular
- Ovário policístico, DM gestacional
- HIV

331
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os critérios para indicar metformina em pré-diabéticos? (4)

A
  • 25 a 59 anos + IMC ≥ 35 Kg/m² OU
  • Glicemia ≥ 110 ou HbA1c ≥ 6% OU
  • Diabetes mellitus gestacional OU
  • Síndrome metabólica + HAS (somente na SBD)
332
Q

Síndrome metabólica II

DM: Características do Tipo 1 e do Tipo 2 quanto à etiologia, perfil do paciente, clínica e laboratório

A
333
Q

Síndrome metabólica II

DM: Dentre o Tipo 1 e o Tipo 2, qual apresenta maior peso genético?

A

Tipo 2

334
Q

Síndrome metabólica II

DM: O que são MODY e LADA?

A

São tipos específicos (atípicos) de DM
- LADA (adultos): autoimune, evolução lenta e tardia
- MODY (jovens): monogenético, magros ou obesos

335
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os alvos gerais do tratamento? (3)

A

1) HbA1c < 7% (principal)

2) Glicemia pré-prandial entre 80-130 mg/dL

3) Glicemia pós-prandial < 180 mg/dL

336
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os alvos terapêuticos para idosos saudáveis, frágeis e idosos muito comprometidos?

A
337
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os valores da glicemia podem ser tolerados em pacientes internados (críticos)?

A

Valores entre 140 e 180 mg/dL

338
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual a base do tratamento?

A

Terapia não farmacológica (perda de peso e exercício físico)

339
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual medida farmacológica pode ser utilizada para retardar o início do DM tipo 1 e qual a indicação?

A

Teplizumabe (anti-CD3)
- Indicado para ≥ 8 anos com marcadores de autoimunidade

340
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual a base do tratamento farmacológico do tipo 1? Qual o padrão-ouro de administração?

A

Insulinoterapia (0,5 - 1,0 U/Kg/dia)

A bomba de infusão contínua é o padrão-ouro

341
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual o esquema mais utilizado para administração da insulina? Como e feita a divisão?

A

Esquema intensivo ou de múltiplas dose (basal-bolus)
- 50% basal
- 50% boulos

342
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os tipos principais de insulina (6)? Qual o tempo para início da ação e qual a duração?

A
343
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual o principal benefício para o uso de análogos de insulina?

A

Minimizar a ocorrência de episódios de hipoglicemia

344
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais as duas causas da hiperglicemia matinal e qual a conduta? Como pode ser feito o diagnóstico diferencial?

A

Fenômeno do Alvorecer
- Manhã desprotegida
- Aplicar NPH mais tarde (primeira escolha) e/ou aumentar a dose

Efeito Somogyi
- Hipoglicemia de madrugada
- Aplicar NPH mais tarde / reduzir a dose da NPH / oferecer um lanche a noite

Diagnóstico diferencial: glicemia capilar às 3h
- Se reduzida: Efeito Somogyi
- Se normal ou elevada: Fenômeno do Alvorecer

345
Q

Síndrome metabólica II

DM: Como calcular o bolus pré-prandial de insulina conforme contagem de carboidratos? (6)

A

1) Calcular a dose diária total de insulina (Ex.: 20 U)

2) Dividir 500 pelo valor acima ➡️ 500/20 = 25 (1U de insulina cobre 25g de carboidratos)

3) Calcular o Bolus Alimentação (quantidade de insulina necessária para cobrir a quantidade de carboidrato daquela refeição) ➡️ Ex.: Se 50g, então precisaria de 2U

4) Calcular o Fator de Sensibilidade
- Se ultra-rápida: 1800 / 20 = 90
- Se rápida: 1500 / 20 = 75

5) Calcular “Bolus Corretivo”
- Glicemia pré-prandial - Meta glicêmica / FS (Ex.: 175 - 100 / 75 = 1 ➡️ Bolus Corretivo de 1U)

6) Bolus total (soma do bolus alimentação com bolus corretivo)
- Ex.: 2 + 1 = 3U

346
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Quais drogas reduzem a resistência à insulina (2)? Qual o comportamento de cada uma em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?

A

Biguanida (metformina)
- Neutra quanto ao peso
- Colaterais: sintomas gastrointestinais / redução da absorção de B12 / acidose láctica
- Contraindicações: TGF < 30 / insuficiência hepática (cirrose) / IC descompensada

Glitazonas (pioglitazona)
- Ganho de peso
- Colaterais: congestão sistêmica, piora da insuficiência cardíaca, risco de fraturas
- Contraindicações: IC com classe funcional III ou IV

347
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Quais drogas aumentam a secreção da insulina (1)? Qual o comportamento em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?

A

Sulfonilureias (Glibenclamida| Gliclazida | Glimepirida)
- Ganho de peso
- Colateral: hipoglicemia
- Contraindicações: insuficiência hepática / TGF < 30 (Gliclazida pode ser considerada)

348
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Quais drogas aumentam a ação incretínica reduzem a resistência à insulina (3)? Qual o comportamento de cada uma em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?

A

Dica: se atuam sobre a increTINA ➡️ terminam em TINA ou TIDA

Inibidores da DDP-4 (Sitagliptina | Vildagliptina)
- Neutros quanto ao peso
- Colaterais: sintomas gastrointestinais / urticária
- Podem ser utilizadas em todas as fases da DRC, bastando o ajuste da dose

Análogos do GLP-1 (Liraglutida | Semaglutida | Dulaglutida) ➡️ Benefício cardiovascular e renal
- Perda de peso
- Colaterais: sintomas gastrointestinais
- Contraindicação: TGF < 15

Agonistas duais da GIP + GLP-1 (Tirzepatida)
- Mais potentes na redução da glicemia e do peso

349
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Quais drogas reduzem a reabsorção renal de glicose (1)? Qual o comportamento em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?

A

Inibidores da SGLT-2 (Empagliflozina | Dapagliflozina) ➡️ Benefício cardiovascular (IC) e renal (albuminúria ≥ 30 mg/dia ou ClCr < 60 ml/min)
- Perda de peso
- Colaterais: ITU / candidíase / cetoacidose euglicêmica
- Contraindicação: TGF < 20-30 (perda do efeito do medicamento)

350
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Quais as duas informações importantes para se decidir sobre o tratamento?

A

Presença ou não de doença cardíaca e/ou renal

351
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Em pacientes sem doença renal e cardíaca, qual tratamento inicial com base na HbA1c (3)? Qual a conduta se não alcançar a meta?

A

< 7,5% ➡️ Metformina

Entre 7,5 e 9% ➡️ Metformina + 2ª droga

> 9% (ou > 10% na Americana) ➡️ Metformina + insulina

Se não alcançar a meta após 3 meses ➡️ acrescentar droga (terapia dupla ou tripla) ou insulina (NPH noturna - bedtime) com aumento progressivo da dose

352
Q

Síndrome metabólica II

DM2: Em pacientes com doença renal e cardíaca, qual tratamento preferencial? Quando adicionar outra droga como a metformina?

A

Glutida ou Gliflozina (preferência)
- TGF > 20 ml/min

Adiciona-se outras drogas a depender do valor da HbA1c (semelhante ao que ocorre em paciente sem doença renal e cardíaca)

353
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quando iniciar o rastreio das complicações crônicas? (2)

A

DM1 ➡️ No geral, em 5 anos de doença

DM2 ➡️ Ao diagnóstico

354
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual complicação aguda relacionada com o DM1?

A

Cetoacidose diabética (hiperglicemia + acidose metabólica por acúmulo de corpos cetônicos)

Pode ocorrer no DM tipo 2 também

355
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais as manifestações da cetoacidose diabética? (4)

A
  • Poliúria / desidratação
  • Hálito cetônico
  • Ritmo de Kussmaul (⬆️ FR)
  • Dor abdominal
356
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os critérios para o diagnóstico de CAD (3)? Quais os critérios da CAD-E (5)?

A

CAD:
- Glicemia > 200 mg/dL
- pH < 7,3 ou BIC < 15 mEq/L
- Cetonemia ≥ 3 mmol/L ou Cetonúria ≥ 2+ nas tiras reagentes

CAD-E:
- Glicemia < 200 mg/dL
- pH < 7,30
- BIC < 18 mEq/L
- Ânion-Gap > 10-12 mEq/L
- Cetonemia > 1,6 mmol/L (se disponível)

357
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual o tripé do tratamento da cetoacidose diabética?

A

Mnemônico: VIP (volume, insulina e potássio)

358
Q

Síndrome metabólica II

DM: Como fazer volume na cetoacidose diabética? O que fazer após a 1ª hora?

A

1) Soro 0,9% ➡️ 15 a 20 ml/Kg na 1ª hora
- Pode-se utilizar outro cristaloide

2) Dosar Na+ após a 1ª hora
- Se Na+≥ 135 mEq/L ➡️ trocar por soro 0,45%
- Se Na+ < 135 mEq/L ➡️ manter soro 0,9% (250 a 500 ml/h)

*Deve-se utilizar o sódio corrigido
- Na corrigido = Na medido + 0,016 . (glicose sérica - 100)

359
Q

Síndrome metabólica II

DM: No tratamento da cetoacidose diabética, qual a conduta antes de iniciar a insulinoterapia?

A

Dosar o potássio
- Infusão de 10 a 30 mEq/L de KCl 19,1% por hora, objetivando manter o K+ sérico entre 4 e 5 mEq/L

360
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quando não iniciar a insulina na cetoacidose diabética? O que fazer quando o potássio estiver dentro da faixa de normalidade e quando ele estiver elevado?

A

Quando o potássio sérico < 3,3 mEq/L

Se faixa de normalidade ➡️ deve haver infusão de KCl e de insulina

Se elevado (> 5,2 mEq/L) ➡️ somente infusão de insulina

361
Q

Síndrome metabólica II

DM: Na cetoacidose diabética, como é feita a infusão de insulina? Qual a redução esperada na glicose sérica?

A

Infusão contínua de insulina regular na dose 0,1 U/Kg/h
- Classicamente pode ser feito 0,1 U/Kg em bolus + 0,1 U/Kg/h em infusão contínua

Redução de 50 a 70 mg/dL/h

362
Q

Síndrome metabólica II

DM: Na cetoacidose diabética, durante a insulinoterapia, o que fazer quando a glicemia sérica estiver entre 200 e 250 mg/dL?

A

Iniciar soro glicosado 5% e reduzir a velocidade de infusão da insulina regular

363
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os 4 critérios da resolução da CAD? Qual dos critérios diagnóstico não pode ser utilizado como critério de resolução?

A
  • Glicemia < 200 mg/dL
  • pH > 7,30 e BIC > 18 mEq/L
  • Ânion-Gap < 12 mEq/L
  • Resolução da cetonemia

A cetonúria não pode ser utilizada como critério de resolução, pois a conversão do beta-hidroxibutirato em acetoacetato pode manter a cetonúria aumentada por horas ou dias

364
Q

Síndrome metabólica II

DM: Na cetoacidose diabética, quando indicar reposição de bicarbonato de sódio?

A

Em adultos, quando pH < 6,9

365
Q

Síndrome metabólica II

DM: Na CAD, qual a conduta antes de desligar a insulina em bomba de infusão contínua? Como calcular a dose?

A

Adicionar insulina subcutânea e suspender a insulina IV após 1-2 horas

Calcular a quantidade total em 24h ➡️ multiplicar por 0,8 ➡️ Dividir o valor basal-bolus (50% - 50%)

366
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual a complicação aguda relacionada ao DM2?

A

Estado hiperglicêmico hiperosmolar (hiperglicemia + hiperosmolaridade e desidratação)

Pode ocorrer no DM1 também

367
Q

Síndrome metabólica II

DM: Quais os critérios para diagnóstico do EHH? (3)

A
  • Glicemia > 600 mg/dL
  • pH > 7,30 e BIC > 18 mEq/L
  • Osmolaridade > 320 mOsm/L
368
Q

Síndrome metabólica II

DM: Como é o tratamento do EHH?

A

Igual ao da CAD

369
Q

Síndrome metabólica II

DM: Qual critério de compensação do EHH?

A

Osmolaridade < 310 mOsm/L

370
Q

Tireoide

Qual a unidade funcional da tireoide?

A

Folículo tireoidiano (células foliculares)

371
Q

Tireoide

Quais os dois componentes dos hormônios tireoidianos? Quais são esses hormônios?

A

Tireoglobulina (células foliculares) + iodo (dieta)

T4 e T3

372
Q

Tireoide

No mundo, qual a principal causa de deficiência de hormônios tireoidianos?

A

Dieta pobre em iodo (não é o caso do Brasil, onde o sal de cozinha contém iodo)

373
Q

Tireoide

Qual a enzima responsável pela união da tireoglobulina com o iodo?

A

Tireoperoxidase (TPO)

374
Q

Tireoide

Por quê uma droga anti-tireoidiana demora para fazer efeito?

A

Pois os hormônios tireoidianos são produzidos e armazenados nos folículos (coloide) por aproximadamente 15 dias antes de serem liberados

375
Q

Tireoide

Qual o principal hormônio liberado na circulação pela tireoide?

A

T4 (20x mais do que o T3)

376
Q

Tireoide

Qual o hormônio funcionante da tireoide? Como ele pode ser obtido?

A

T3
- Liberado em pequena quantidade pela tireoide
- Conversão de T4 em T3 pelas enzimas desiodases I e II

377
Q

Tireoide

Qual o benefício de liberar T4 em maior quantidade ao invés de T3?

A

Economia de energia, pois o T4 apresenta meia-vida mais longa

378
Q

Tireoide

Quais as 3 principais funções do T3?

A
  • Forma receptores β-adrenérgicos
  • Estimula o metabolismo basal
  • Produz calor
379
Q

Tireoide

Qual a ação da desiodase III? Qual a função do hormônio formado?

A

Converte T4 em rT3 (T3 reverso)

rT3 inibe a desiodase I, reduzindo a formação de T3

380
Q

Tireoide

Como é feito o controle da tireoide (eixo tireoidiano)?

A
381
Q

Tireoide

Quais as 3 topografias possíveis do hipotireoidismo ou do hipertireoidismo? Qual a topografia mais acometida?

A

Primário: tireoide (mais acometida)

Secundário: hipófise (adeno-hipófise)
- 2º mais acometido

Terciário: hipotálamo
- Extremamente mais raros (exceção)

382
Q

Tireoide

Como avaliar a tireoide laboratorialmente? Qual é o mais sensível?

A

T4L
- Indica se é hipo ou hiper

TSH
- Importante para topografia
- MAIS SENSÍVEL

383
Q

Tireoide

Qual o principal hormônio relacionado à formação dos bócios?

A

TSH ou análogos como o anticorpo TRAB

384
Q

Tireoide

O que é o efeito Wolff-Chaikoff?

A

Dica: Wolff-ChaikOFF

HIPOtireoidismo após administração / consumo de iodo

385
Q

Tireoide

O que é efeito Jod-Basedow? Qual medicamento utilizado como antiarrítmico pode precipitar esse efeito?

A

Dica: Jod-BasedON

HIPERtireoidismo após administração / consumo de iodo

Amiodarona

386
Q

Tireoide

Qual a diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose?

A

Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireoide

Tireotoxicose: síndrome do excesso de hormônio tireoidiano

387
Q

Tireoide

Qual a clínica da tireotoxicose?

A

⬆️ receptores β-adrenérgicos
- Insônia
- Tremor
- Taquicardia
- PA divergente (⬆️ PAS e ⬇️ PAD)

⬆️ do metabolismo basal
- Polifagia
- Emagrecimento
- Hipercalcemia (aum metabolismo ósseo)

⬆️ produção de calor
- Intolerância ao calor
- ⬆️ da temperatura corporal

388
Q

Tireoide

Quais as causas de tireotoxicose com hipertireoidismo? (4)

A

Doença de Graves (principal)

Bócio multinodular tóxico
- Múltiplos nódulos

Adenoma tóxico (Doença de Plummer)
- Geralmente um único nódulo

Tumor hipofisário produtor de TSH

389
Q

Tireoide

Quais as causas de tireotoxicose sem hipertireoidismo?

A

Tireoidite

Tireotoxicose factícia (uso inadvertido do hormônio tireoidiano)

390
Q

Tireoide

Como diferenciar tireotoxicose com e sem hipertireoidismo?

A

Índice de captação do iodo radioativo (RAIU)
- Normal: 5 - 30% de captação
- COM hiper: 35 - 95%
- SEM hiper: < 5%

391
Q

Tireoide

Doença de Graves: Qual a fisiopatologia?

A

Doença autoimune

Anticorpo TRAB (TSI) se liga aos receptores de TSH, estimulando a tireoide continuamente

392
Q

Tireoide

Doença de Graves: Quais outros anticorpos, além do TRAB (TSI), podem ser avaliados? Qual a limitação?

A

Anti-TPO e Anti-TG

Não são específicos, indicam processo autoimune na tireoide

393
Q

Tireoide

Doença de Graves: Além da clínica da tireotoxicose, quais outros achados podem estar presentes? (3)

A

Bócio difuso
- Pode haver sopro e frêmito

Mixedema
- Geralmente pré-tibial

Exoftalmia
- Geralmente bilateral

394
Q

Tireoide

Doença de Graves: diagnóstico

A

Clínica + laboratório compatível com hipertireoidismo primário

Se dúvida: TRAB (TSI) | RAIU

395
Q

Tireoide

Doença de Graves: tratamento (3)

A

Medicamentoso
- Betabloqueador (sintomáticos)
- Metimazol (pelo menos 12 meses de tratamento) ou Propiltiuracil

Iodo radioativo
- Causa tireoidite actínica (destrói a tireoide)
- Indicado na recidiva ou reação tóxica aos medicamentos

Tireoidectomia (total | subtotal)
- Sem melhora farmacológica + contra-indicação ao iodo radioativo

396
Q

Tireoide

Doença de Graves: Quando preferir o propiltiuracil em relação ao metimazol? (2)

A

No 1º trimestre da gestação

Crise tireotóxica
- Nesse caso faz-se o propiltiuracil em altíssimas doses (reduz a conversão de T4 em T3)

397
Q

Tireoide

Doença de Graves: Quando não indicar a terapia com iodo radioativo? (3)

A
  • Durante a gravidez e/ou amamentação
  • Bócios muito volumosos
  • Exoftalmia em atividade (fazer corticoide e esperar regredir)
398
Q

Tireoide

Tireoidite: pode ser ….. ou …..

A

Subaguda. Crônica

399
Q

Tireoide

Tireoidite: Qual a principal causa de tireoidite subaguda?

A

Tireoidite Ganulomatosa Subaguda ou Tireoidite de Células Gigantes ou Tireoidite de Quervain
- Dolorosa
- Pós-viral (infecção de vias aéreas superiores)
- ⬆️ VHS

400
Q

Tireoide

Tireoidite: Qual a principal causa de tireoidite crônica? Qual a clínica?

A

Doença de Hashimoto (Tireoidite Linfocítica Crônica)
- Autoimune (anti-TPO 95 - 100%)
- Principal causa de hipotireoidismo

Clínica:
- Tireotoxicose (Hashitoxicose)
- Hipotireoidismo com bócio heterogêneo (maioria)
- Risco de linfoma de tireoide

401
Q

Tireoide

Tireoidite: Como é feito e o que determina o tratamento?

A

Na fase de tireotoxicose
- Betabloqueador (sintomáticos)
- AINE, ATB… (depende dos sintomas e da causa)
- NÃO FAZ metimazol ou propiltiuracil

Na fase de hipotireoidismo
- Levotiroxina

402
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: Qual a clínica?

A

⬇️ dos receptores β-adrenérgicos
- Bradicardia
- PA convergente (↔️ PAS e ⬆️ PAD)…

⬇️ metabolismo basal
- Dislipidemia
- Ganho de peso
- Anemia…

Red produção de calor
- Intolerância ao frio
- ⬇️ da temperatura corporal

Outros
- Hiperprolactinemia
- Mixedema…

403
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: Como investigar?

A

Dosar TSH e T4L:
- TSH ⬆️ e T4L ⬇️ ➡️ hipotireoidismo primário
- TSH ⬇️ e T4L ⬇️ ➡️ hipotireoidismo central
- TSH ⬆️ e T4L normal ➡️ hipotireoidismo subclínico

404
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: Como deve ser feito o diagnóstico do hipotireoidismo subclínico?

A

TSH aum e T4L normal em, pelo menos, duas dosagens com 3 meses de intervalo

405
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: causas de hipotireoidismo 1º

A

Doença de Hashimoto (principal)

Outras tireoidites

Iatrogênica (drogas que reduzem o iodo)

406
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: causas de hipotireoidismo central

A

Doença hipofisária (mais comum)

Doença hipotalâmica

407
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: Como diferenciar tireoidite de Hashimoto de outras tireoidites?

A

Dosagem de anti-TPO
- Se negativo: outras tireoidites
- Se positivo: Hashimoto

408
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: exame de imagem para diagnóstico de hipotireoidismo central

A

RNM de crânio ou de sela túrcica (hipotireoidismo 2º é mais comum)

409
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: Como e com o que é feito o tratamento?

A

Levotiroxina
- 1,6 mcg/Kg/dia
- 1x/dia, pela manhã, em jejum (30 min antes do café)
- Idoso e coronariopata: iniciar com 25 - 50 mcg/dia

410
Q

Tireoide

Hipotireoidismo: Quando tratar o hipotireoidismo subclínico? (5)

A
  • Gestação ou intenção de engravidar
  • TSH ≥ 10
  • anti-TPO (+)
  • Padrão heterogêneo à USG
  • Sintomático (teste terapêutico por 3 meses e reavaliar necessidade, pois os sintomas podem ter outra causa)

*Alvo terapêutico: ~ 50 mcg/dia

411
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Suprarrenal: Quais as camadas e quais os hormônios produzidos em cada camada?

A

Córtex
- Cortisol (glicocorticoide)
- Androgênios ➡️ pouca importância biológica
- Aldosterona (mineralocorticoide) ➡️ não depende do ACTH (sistema renina-angiotensina-aldosterona)

412
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Suprarrenal: Qual hormônio liberado juntamente com o ACTH? Qual hormônio da suprarrenal “interage” com o eixo (feedback positivo e negativo)?

A

Hormônio estimulador de melanócitos

Cortisol

413
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Pode ser ….. também conhecida por ….. ou …..

A

Primária. Doença de Addison. Secundária

414
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Como ficam os hormônios nas insuficiências adrenais primária e secundária?

A

Primária:
- ⬆️ ACTH
- ⬇️ cortisol
- ⬇️ aldosterona

Secundária:
- ⬇️ ACTH
- ⬇️ cortisol
- ↔️ aldosterona

415
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Quais as principais causas de insuficiência adrenal primária?

A

Destruição glandular
- Adrenalite autoimune (principal)
- Infecções (tuberculose, fungos…)

416
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Quais as principais causas de insuficiência adrenal secundária?

A

Interrupção do eixo
- Suspensão abrupta de corticoide em uso crônico (qualquer dose por período ≥ 2-3 semanas)
- Lesão hipotálamo| hipófise

417
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Quais os achados do hipocortisolismo? (4)

A

⬇️ Glicose

⬇️ PA

⬆️ Eosinófilos e Linfócitos

Dor abdominal

418
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Quais as diferenças clínicas e laboratoriais entre a insuficiência adrenal primária e secundária?

A

Na primária, devido ao ⬆️ ACTH e ⬇️ aldosterona:
- Hiponatremia
- Hipercalemia
- Acidose metabólica
- Pigmentação cutâneas

419
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Como é feito o tratamento da insuficiência adrenal primária?

A

Glicocorticoide (hidrocortisona) + Mineralocorticoide (fludrocortisona)

420
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Insuficiência adrenal: Como é feito o tratamento da insuficiência adrenal secundária?

A

Glicocorticoide (hidrocortisona)

421
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Síndrome de Cushing: Qual hormônio está aumentado? Quais as principais causas?

A

⬆️ Cortisol (hipercortisolismo)

Causas

1) Iatrogênica (principal)

2) ACTH dependentes

  • Doença de Cushing: adenoma de hipófise produtor de ACTH
  • Secreção ectópica de ACTH: tumores de pulmão, pâncreas e timo

3) ACTH independentes

  • Tumor de adrenal
422
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Síndrome de Cushing: Qual a clínica?

A
  • Gibosidade
  • Face em “lua cheia”
  • Obesidade central
  • Hiperglicemia
  • Hipertensão arterial
  • Estrias violáceas
  • Hirsutismo
  • Osteopenia
  • Fraqueza muscular
  • Hiperpigmentação cutânea (ACTH dependentes)
423
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Síndrome de Cushing: Como é feita a investigação diagnóstica inicial?

A

Suspeita ➡️ screening de hipercortisolismo (≥ 2 dos seguintes alterados)
- Cortisol urina 24h ➡️ positivo se elevado
- Cortisol salivar noturno ➡️ positivo se elevado
- Cortisol pela manhã após 1 mg de dexametasona às 23h ➡️ positivo se não ⬇️ cortisol de 8h

Determinação da etiologia
- ACTH ↔️ ou ⬆️: ACTH dependente ➡️ Doença de Cushing ou ACTH ectópico
- ACTH ⬇️: ACTH independente ➡️ Tumor de adrenal

424
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Síndrome de Cushing: Como investigar e tratar a causa da Síndrome de Cushing ACTH dependente?

A

1) RNM de sela túrcica (hipófise) ➡️ procurar Doença de Cushing

2) Testes (atuam no eixo) ➡️ procurar Doença de Cushing
- Teste de supressão com altas doses de dexametasona (16 mg em 2 dias)
- Teste do CRH

RNM | Testes (+) ➡️ Doença de Cushing ➡️ Neurocirurgia (transesfenoidal)

RNM | Testes (-) ➡️ Secreção ectópica ➡️ Investigar sítio ectópica ➡️ cirurgia ou cetoconazol | Metirapona (reduz a síntese de cortisol)

425
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Síndrome de Cushing: Como investigar e tratar a causas de Síndrome de Cushing ACTH independente?

A

TC de abdome ➡️ adrenalectomia

426
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Conceitos básicos e Informação da prova da Hiperplasia Adrenal Congênita

A
427
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Conceitos básicos e Informação da prova do Hiperaldosteronismo Primário

A
428
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Conceitos básicos e Informação da prova da Feocromocitoma

A
429
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Quais as principais causas de hipercalcemia? (3)

A

1) Hiperparatireoidismo primário: ⬆️ PTH + lesão óssea

2) Câncer (metástase; PTH-rP): ⬇️ PTH + lesão óssea

3) Hipervitaminose D (sarcoidose, exógena): ⬇️ PTH + osso saudável

430
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Quais os efeitos do aumento do PTH e qual o resultado final?

A
  • Reabsorção óssea
  • Ativação da 1-alfa-hidroxilase ➡️ aumento da reabsorção renal de cálcio
  • ⬆️ Excreção renal de fósforo

Resultado final: hipercalcemia

431
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Qual a principal causa de hiperparatireoidismo primário?

A

Adenoma solitário de paratireóide

432
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Hiperparatireoidismo Primário: Como está o laboratório e como localizar a principal causa?

A

⬆️ PTH

⬆️ Cálcio

⬇️ Fósforo

Localização: cintilografia (SPECT)

433
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Hiperparatireoidismo Primário: Qual o quadro clínico?

A

Osso
- Osteoporose
- Fraturas

Rins
- Nefrolitíase
- Nefrocalcinose
- DRC

Hipercalcemia
- Poliúria
- Fraqueza muscular
- Redução do intervalo QT

434
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Hiperparatireoidismo Primário: Quais as indicações de cirurgia se adenoma único?

A

1) Presença de sintomas

OU

2) Um do seguintes (RICO)
- Rim: ClCr < 60 ou Hipercalciúria ou Nefrolitíase
- Idade: < 50 anos
- Calcemia: > 1 mg/dL acima do LSN
- Osso: osteoporose ou fratura prévia

435
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Hiperparatireoidismo Primário: Qual a principal complicações da cirurgia?

A

Hipoparatireoidismo (demais glândulas disfuncionais)

436
Q

Grandes síndromes endócrinas - Parte II

Hiperparatireoidismo Secundário: Quais as principais causas e como está o laboratório?

A

DRC e Hipovitaminose D

⬆️ PTH

Calcemia ⬇️ ou ↔️

437
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Qual a definição?

A

Estado de HIPOperfusão tecidual, podendo, ou não, estar hipotenso

438
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os dois fatores que determinam a perfusão tecidual?

A

Débito cardíaco (DC) e Resistência Vascular Sistêmica (RVS)

439
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os tipo de choque?

A

Hipodinâmico (⬇️ DC | ⬆️ RVS)
- Hipovolêmico
- Cardiogênico
- Obstrutivo

Hiperdinâmico (⬆️ DC | ⬇️ RVS)
- Distributivo (sepse | anafilaxia | neurogênico)

440
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os parâmetros da monitorização hemodinâmica? (5)

A

Pressão arterial média (PAM)

Cateter de Swan-Ganz
- Pressão venosa central (PVC)
- Pressão capilar pulmonar (Pcap)
- Débito cardíaco (DC)
- Resistência vascular sistêmica (RVS)

441
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): O que a PVC avalia?

A

Coração direito ➡️ volemia + função de VD

442
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): O que a Pcap avalia?

A

Coração esquerdo ➡️ congestão + função do VE

443
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque Hipovolêmico?

A

⬇️ PVC

⬇️ Pcap

444
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque cardiogênico?

A

⬆️ PVC

⬆️ Pcap

445
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque obstrutivo (TEP)?

A

⬆️ PVC

↔️ Pcap

446
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque Distributivo?

A

⬇️ PVC | ⬇️ Pcap

Cuidado: Se recebeu volume, ↔️ PVC e ↔️ Pcap

447
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os parâmetros da monitorização da hipoperfusão? (5)

A
  • Tempo de enchimento capilar (TEC) > 3s
  • Diurese < 0,5 ml/Kg/h
  • Lactato > 1 mmol/L (9 mg/dL)
  • Gradiente venoarterial de CO2 (Gap CO2) > 6
  • Saturação venosa central de O2 (SvcO2) < 70%
448
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os parâmetros da fluido-tolerância e da fluido-responsividade?

A

USG (POCUS)
- Tolerante: veia cava inferior < 21 mm e colapso > 50%
- Congestão: > 3 linhas B por espaço intercostal

Elevação passiva das pernas a 45º
- Responsivo: ⬆️ DC ≥ 10%

Delta-PP (varição da pressão de pulso)
- Responsivo: DPP ≥ 13%

449
Q

Terapia Intensiva

Instabilidade hemodinâmica (choque): Qual o tratamento inicial de cada tipo de choque?

A

Hipovolêmico
- Volume: cristaloide, albumina, hemoconcentrado…

Cardiogênico | Obstrutivo
- Inotrópico (⬆️ contratilidade): Dobutamina (beta-adrenérgico)
- Outros: Dopamina (3 - 10 ug/Kg/min) | Não-adrenérgicos (milrinona, levosimendana)
- Dispositivos de assistência circulatória (refratários a medidas farmacológicas)
- Transplante cardíaco

Distributivo
- Vasopressor: Noradrenalina (alfa-adrenérgico)
- Outros: Dopamina (> 10 ug/Kg/min) | Adrenalina (anafilaxia) | Não-adrenérgicos (vasopressina)

Dica da Dopamina: dose alta = efeito alfa

450
Q

Terapia Intensiva

Sepse: Qual a definição? Sepse e choque séptico são sinônimos?

A

Não são sinônimos! Choque séptico também não é um quadro de sepse com hipotensão

Sepse
- Infecção + Resposta imune desregulada
- Disfunção orgânica

Choque séptico
- Vasopressor para obter PAM ≥ 65 mmHg
- Lactato > 2 mmol/L após reposição volêmica

451
Q

Terapia Intensiva

Sepse: Quais os Escores principais e qual o uso?

A

Os Escores servem para critério operacional, não sendo perfeitos para definição de sepse

qSOFA ≥ 2
- FR > 22
- PAS < 100
- Glasgow < 15

SOFA ≥ 2
- PaO2/FiO2
- PAM
- Glasgow
- Bilirrubina
- Creatinina
- Plaquetas

452
Q

Terapia Intensiva

Sepse: Quais as condutas? (3 prioritárias e 3 extras)

A

Medidas que devem ser iniciadas na 1ª hora

1) Ressuscitação inicial ➡️ Reduzir lactato
- Cristaloides (30 ml/Kg | repor em 3 horas | Ringer ou SF)

2) Manejo hemodinâmico ➡️ PAM ≥ 65 mmHg
- Noradrenalina ± vasopressina ou adrenalina
- Pode ser iniciada em veia periférica e depois transicionada para acesso central
- Pode ser iniciada assim que verificar que a resposta ao volume não está sendo suficiente

3) Cultura + antibiótico ➡️ Controle da Infecção
- ATB < 1h: Choque séptico ou ⬆️ probabilidade de sepse
- ATB < 3h: sepse possível, mas sem choque

Outras medidas

4) Corticoide
- Choque refratário ao vasopressor (após volume e drogas vasopressoras)

5) Dobutamina
- Hipoperfusão persistente (baixo débito?)

6) Transfusão
- Hb < 7 g/dL

453
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Como é a abordagem geral?

A

1) Abordagem por escalas
- Glasgow ≤ 8: proteger vias aéreas

2) Investigação do coma
- Semiologia + neuroimagem
- Localização: lesão de tronco? ➡️ pupila + reflexos do tronco encefálico
- Etiologia: estrutural ou tóxico-metabólica?

3) Checar critérios para morte encefálica
- Pré-requisitos
- 2 exames clínicos + 1 teste de apneia
- Exame complementar

454
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Quais os 4 principais reflexos do tronco encefálico?

A

Reflexo fotomotor
- Direto e consensual

Reflexo corneopalpebral

Reflexo oculocefálico
- Perda da mirada na linha média (“olhos de boneca”) ➡️ os olhos passam a acompanhar o movimento da cabeça

Reflexo oculovestibular
- Normal: infusão de líquido frio na orelha com movimento horiozontal dos olhos para o lado infundido e para o lado oposto se infusão de líquido aquecido

455
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Como diferenciar uma etiologia estrutural de uma tóxico-metabólica (2)? Qual a excessão?

A

Geralmente, na tóxico-metabólica, as pupilas permanecem fotorreativas e não há déficit focal

Hipoglicemia pode ocasionar déficit focal

456
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Quais os pré-requisitos para o diagnóstico de morte encefálica?

A

1) Lesão encefálica conhecida e irreversível

2) Tempo de observação
- No mínimo 6 horas ou 24 horas se hipóxico-isquêmica

3) Sinais vitais
- Temperatura > 35ºC
- SatO2 > 94%
- PAS ≥ 100 | PAM ≥ 65

457
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Quais os intervalos mínimos entre os dois exames clínicos para o diagnóstico de morte encefálica? Qual o critério utilizado?

A

Critério: idade
- 7d - 2m ➡️ 24h
- 2m - 2a ➡️ 12h
- ≥ 2 anos ➡️ 1h

458
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Quais os achados dos exames clínicos corroboram com a hipótese de morte encefálica? (2)

A

Coma aperceptivo

E

Reflexos de tronco encefálico ausentes

459
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: O quê é teste da apneia (+)? (2)

A

PaCO2 > 55 mmHg

E

Respiração ausente

460
Q

Terapia Intensiva

Alteração da consciência: Quais as possibilidades de exames complementares?

A

Pelo menos um dos seguintes:
- Ausência de perfusão
- Atividade elétrica
- Atividade metabólica (menos utilizado)

461
Q

Terapia Intensiva

Insuficiência respiratória: Qual a classificação e a principal causa de cada um?

A

Tipo 1: Hipoxêmica
- Troca de O2
- Distúrbio da ventilação/perfusão (V/Q) ➡️ SDRA, IC, TEP…

Tipo 2: Hipercápnica
- Eliminação de CO2
- Hipoventilação ➡️ Miastenia Gravis, DPOC…

462
Q

Terapia Intensiva

Insuficiência respiratória: Como está a PaO2/FiO2 e a relação alvéolo-arterial de O2 no tipo 1?

A
  • PaO2/FiO2 ≤ 300
  • Gradiente alvéolo-arterial de O2 > 15
463
Q

Terapia Intensiva

Insuficiência respiratória: Como está o PaCO2 e o pH no tipo 2?

A
  • PaCO2 > 50 mmHg
  • pH < 7,35
464
Q

Terapia Intensiva

Insuficiência respiratória: Qual a conduta inicial no tipo 1?

A

Oxigenoterapia
- Cateter nasal
- Máscara facial

465
Q

Terapia Intensiva

Insuficiência respiratória: Qual a conduta inicial no tipo 2?

A

1) Ventilação não invasiva (VNI)
- CPAP (um nível de pressão | edema de pulmão) ou BiPAP (dois níveis de pressão | DPOC)

2) Ventilação invasiva
- VCV (volume controlado) ou PCV (pressão)

466
Q

Terapia Intensiva

Insuficiência respiratória: O que fazer se houver fadiga respiratória no tipo 1?

A

Conduta igual ao da hipercapnia

467
Q

Terapia Intensiva

Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): Qual a definição? Qual a principal causa?

A

Edema pulmonar inflamatório

Principal causa: sepse

468
Q

Terapia Intensiva

Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): Como fazer o diagnóstico conforme os critérios de Berlim (tradicional) e o ATS?

A

Critérios de Berlim (2012)
- S ➡️ Sete dias (início dos sintomas após exposição)
- D ➡️ Descartar outras causas (coração e hipervolemia)
- R ➡️ Radiografia de tórax com opacidades bilaterais (excluir derrames, atelectasias e nódulos)
- A ➡️ Aalteração da PaO2/FiO2 (leve: ≤ 300 | moderada: ≤ 200 | grave: ≤ 100)

ATS (2023) ➡️ Incluir
- Opacidades visualizadas por USG
- Alternativa para oxigenação: SpO2/FiO2 ≤ 315
- Paciente em CNAF (cateter de alto fluxo): ≥ 30 L/min

469
Q

Terapia Intensiva

Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): Quais os pontos do tratamento (2)? Qual deles é o mais importante?

A

Diminuir inflamação
- Corticoterapia (até pouco tempo não era recomendado)

Ventilação protetora (pulmão de baixa complacência) ➡️ mais importante
- Volume corrente: ≤ 6 ml/Kg de peso predito (hipercapnia permissiva)
- Pressão de platô: ≤ 30 cmH2O (medida pressórica mais importante)
- Driving pressure (Pplatô - PEEP): ≤ 15 cmH2O
- Ajustar ou titular a PEEP: recrutar alvéolos e obter SpO2 > 90%

470
Q

Terapia Intensiva

Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): O que são pacientes refratários? Quais as medidas possíveis? (3)

A

Refratários (PaO2/FiO2 < 150)
- Posição pronta
- Bloqueador neuromuscular
- ECMO

471
Q

Pneumonias

Qual definição de pneumonia comunitária (PAC)?

A

Adquirida fora do ambiente hospitalar ou em menos de 48h da admissão hospitalar

472
Q

Pneumonias

Qual definição de pneumonia hospitalar (PAH)?

A

Ocorre após 48h da admissão hospitalar

473
Q

Pneumonias

Qual definição de pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM)?

A

Ocorre após 48h do início da ventilação mecânica invasiva

474
Q

Pneumonias

PAC: Como ocorre a patogenia? Qual a principal?

A

Aspiração (principal)
- Destaque para as micro-aspirações

Inalação

Hematogênica

Extensão direta

475
Q

Pneumonias

PAC: Como fazer o diagnóstico em adultos?

A

Clínica + imagem (radiografia)

476
Q

Pneumonias

PAC: Quais os achados clínicos?

A

Febre

Tosse

Dispneia

Dor torácica

Crepitações

477
Q

Pneumonias

PAC: Quais os dois principais padrões radiográficos?

A

Lobar

Broncopneumonia (parte de um lobo pulmonar, podendo pegar mais de um lobo)

478
Q

Pneumonias

PAC: Quando pesquisar o agente em secreções (hemocultura, escarro, antígeno urinário, testes moleculares)?

A

Casos refratários, graves ou em UTI

479
Q

Pneumonias

PAC: O que são agente típicos e atípicos?

A

Típicos
- Parede celular de peptideoglicanos
- Coram pelo Gram
- Sensíveis aos betalactâmicos

Atípicos
- Não tem parede celular de peptideoglicanos
- Não coram pelo Gram
- Resistentes aos betalactâmicos
- Sensíveis a macrolídeos e quinolonas respiratórias

480
Q

Pneumonias

PAC: Qual agente mais comum? Quais as características?

A

Streptococcus pneumoniae
- Agente típico
- Diplococo Gram +
- É o que mais causa derrame pleural, mas não é o de maior risco para o derrame
- Pneumonia redonda (pseudotumor)

481
Q

Pneumonias

PAC: Quais as características da pneumonia por H. influenzae?

A
  • Agente típico
  • Cocobacilo Gram (-)
  • Mais comum em idosos e DPOC
482
Q

Pneumonias

PAC: Quais as características da pneumonia por Klebsiella pneumoniae?

A
  • Agente típico
  • Bastonete Gram (-)
  • Mais comum em estilistas e diabéticos
  • Pneumonia de lobo pesado (incisura curvada), necrosante
483
Q

Pneumonias

PAC: Quais as características da pneumonia por Staphylococcus aureus?

A
  • Agente típico
  • Cocos Gram (+) em cachos
  • Quadro grave, necrosante, derrame pleural (é o que oferece maior risco), pneumatocele
  • Pós-influenza, usuários de drogas IV
484
Q

Pneumonias

PAC: Qual o 2º principal agente? Quais as características?

A

Mycoplasma pneumoniae
- Agente atípico
- Síndrome gripal + miringite bolhosa e/ou anemia hemolítica por crioaglutininas e/ou Raynaud e/ou Guillain-Barré

485
Q

Pneumonias

PAC: Quais as características da pneumonia por Legionella? (4)

A
  • Agente atípico
  • Quadro típico e grave de pneumonia
  • Sinal de Faget (⬆️ Temperatura corporal e ausência de taquicardia)
  • Diarreia, dor abdominal, ⬇️ Na (SIADH), ⬆️ Transaminases
486
Q

Pneumonias

PAC: Como definir onde tratar o paciente?

A

CURB 65 ➡️ Ambulatório x Hospital
- Confusão mental
- Ureia > 50 mg/dL
- Respiração (FR ≥ 30 irpm)
- Baixa pressão (PAS ≤ 90 ou PAD ≤ 60 mmHg)
- 65 anos ou mais
- 0 - 1 ➡️ Ambulatório
- ≥ 2 ➡️ Internação
≥ 3 ➡️ UTI
- Cuidado: importante avaliar caso a caso

IDSA/ATS ➡️ Enfermaria x UTI
- Critérios maiores: ventilação mecânica | choque séptico
- Critérios menores: CURB (sem 65)| Tax < 36ºC | Relação P/F ≤ 250 | Multilobar | Leucócitos < 4.000 | Plaquetas < 100.000
- UTI: 1 maior ou 3 menores

487
Q

Pneumonias

PAC: Como é o tratamento ambulatorial (3)? O que fazer se comorbidade, ATB nos últimos 3 meses ou Pneumococo resistente?

A

Agentes: Pneumococo, Mycoplasma, H. influenzae

Esquema empírico básico
- Macrolídeos (Azitromicna ou Claritromicina) ou
- Amoxicilina ± clavulanato (não cobre atípico) ou
- Doxiciclina (usado nos EUA)

Se comorbidade, ATB nos últimos 3 meses ou Pneumococo resistente
- Macrolideo (azitromicina ou claritromicina) + betalactâmico (amoxicilina ± clavulanato) ou
- Fluorquinolona respiratória (moxifloxacino, gemifloxacino ou levofloxacino)

488
Q

Pneumonias

PAC: Como é o tratamento na enfermaria? (2)

A

Agentes: Pneumococo, Mycoplasma, H. influenzae

Esquema empírico (ATB EV)
- Macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) + betalactâmico (ex.: ceftriaxone) ou
- Fluorquinolona respiratória (moxifloxacino ou levofloxacino)

489
Q

Pneumonias

PAC: Como é o tratamento na UTI? O que fazer se suspeita de Pseudomonas? O que fazer se suspeita de S. aureus MRSA?

A

Agentes: Pneumococo, Gram (-), Legionella, S. aureus

Esquema básico
- Betalactâmico (ceftriaxone, ampicilina-sulbactam) + Azitromicina ou Fluorquinolona respiratória

Se possibilidade de Pseudomonas
- Mudar para: Piperacilina ou Cefepime ou Imipenem + Levofloxacino ou Ciprofloxacino

Se S. aureus MRSA
- Adicionar: Vancomicina ou Linezolida

490
Q

Pneumonias

Qual achado radiográfico do derrame pleural?

A

Parábola de Damoiseau (sinal do menisco)

491
Q

Pneumonias

Quando realizar a toracocentese no derrame pleural? Como saber se é um exsudato? Como saber se é um derrame parapneumônico complicado?

A

Fazer se Laurell > 1 cm (decúbito lateral)

Critérios de Light ≥ 1 (exsudato)
- Proteína pleural / sérica > 0,5
- LDH pleural / sérica > 0,6
- LDH pleural > 2/3 do limite superior no soro (> 200)

Complicado ➡️ ≥ 1
- pH < 7,2
- Glicose < 40-60
- LDH > 1000
- Presença de bactérias
- Empiema
- Loculado

492
Q

Pneumonias

Como tratar o derrame pleural e o que define o tratamento? (2)

A

Não complicado: manter ATB

Complicado: ATB + drenagem em selo d’água

493
Q

Pneumonias

Qual a diferença o entre um abscesso pulmonar e uma pneumonia necrosante? Qual o principal fatores de risco?

A

Abscesso pulmonar: ≥ 2 cm

PNM necrosante: < 2

Fator de risco: macro-aspirações

494
Q

Pneumonias

Após macro-aspirações, se a evolução do quadro for em horas, o que isso indica e qual o tratamento?

A

Indica pneumonite química (Síndrome de Mendelson)

Tratamento: suporte (ATB não)

495
Q

Pneumonias

Como é a evolução clínica do abscesso pulmonar e o tratamento?

A

Evolução lenta (dias), com relato de secreção fétida

Tratamento: amoxicilina + clavulanato
- Drenagem ou lobectomia somente se ausência de melhora clínica, hemorragia ou suspeita de malignidade

496
Q

Pneumonias

PAH e PAVM: Como é o diagnóstico?

A

Infiltrado pulmonar (novo ou progressivo) + ≥ 2 dos seguintes:
- Febre
- Leucocitose ou Leucopenia
- Secreção purulenta
- Piora da oxigenação

497
Q

Pneumonias

PAH e PAVM: Quais os principais agentes? (4)

A

Gram negativos entéricos

Pseudomonas aeruginosa

Gram (-) multi-droga resistentes (MDR)

S. aureus (MRSA)

498
Q

Pneumonias

PAH e PAVM: Como é o tratamento? (4)

A

Minimo recomendado
- Cefepime ou Piperacilina-Tazobactam ou Imi/Meropenem

Se risco de Gram (-) MDR (ex.: fibrose cística, bronquiectasias)
- Adicionar: Aminoglicosídeo ou Cipro/Levofloxacino

Se risco de MRSA (> 20% de MRSA na unidade ou desconhecida)
- Adicionar: Vancomicina ou Linezolida

Se VM + ATV IV últimos 90 dias ou diálise ou choque séptico ou SDRA ou ≥ 5 dias de internação
- Escolher um de cada grupo acima (ex.: Cefepime + Ciprofloxacino + Vancomicina)

499
Q

Síndromes Febris

O que são arboviroses?

A

Viroses transmitidas por artrópodes

500
Q

Síndromes Febris

Qual o vetor da dengue? Qual outras arboviroses ele pode transmitir?

A

Aedes aegypti

Chikungunya e Zika

501
Q

Síndromes Febris

Qual período de incubação da dengue?

A

3 a 15 dias

502
Q

Síndromes Febris

Dengue: Qual o agente causador?

A

Flavivírus (RNA)

503
Q

Síndromes Febris

Dengue: Quais os sorotipos da dengue? Qual deles não está em circulação no Brasil?

A

DEN 1, 2, 3, 4 e 5

O sorotipos DEN 5 não está em circulação no Brasil, sendo mais comum na Índia

504
Q

Síndromes Febris

Dengue: A infecção causa imunidade duradoura?

A

Sim, contudo é sorotipo específica, ou seja, é possível ter dengue pelos outro sorotipos

505
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que pode ocorrer em caso de infecções sequenciais?

A

⬆️ risco de formas graves devido à resposta imune exacerbada (teoria de Halstead)

506
Q

Síndromes Febris

Dengue: Como definir um um caso suspeito de dengue?

A

Febre de início súbito (até 7 dias) + ≥ 2 achados:
- Mialgias, artralgia (leve)
- Cefaleia, dor retro-orbitária
- Náusea, vômitos
- Exantema com ou sem prurido e auto limitado (início 3º - 6º dia)
- Leucopenia (linfocitose relativa, podendo haver atipia)
- Petéquias ou prova do laço positiva

507
Q

Síndromes Febris

Dengue: Quando há melhora da febre? Qual nome dessa fase?

A

Melhora da febre entre o 3º - 4º dia (fase crítica)

508
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que a prova do laço avalia? Como realizar?

A

Avalia a permeabilidade capilar

Como realizar:
- Desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado no antebraço
- Insuflar o manguito com valor da média da PA (PAS + PAD / 2)
- Manter insuflado por 3 min (crianças) ou 5 min (adultos)

509
Q

Síndromes Febris

Dengue: Qual número de petéquias para a prova do laço ser considerada positiva?

A

Crianças: ≥ 10 petéquias

Adultos: ≥ 20 petéquias

510
Q

Síndromes Febris

Dengue: Quais os sinais de alarme da dengue?

A

A - Aumento do hematócrito
L - Lipotímia | Letargia | Líquidos (derrames)
A - Abdome (dor intensa e contínua)
R - “Rauuul” (vômitos persistentes)
ME - “MEgalia” (fígado > 2 cm do RCD)
S - Sangramento mucoso

511
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que fazer se houver 1 sinal de alarme?

A

Internação para hidratação EV

512
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que é dengue grave? (3)

A

Sinais de choque
- Hipotensão
- ⬆️ FC
- Oligúria…

Disfunção de órgãos grave
- Hepatite
- Encefalite
- Miocardite…

Sangramento grave
- Hematêmese
- SNC
- Metrorragia volumosa

513
Q

Síndromes Febris

Dengue: Onde tratar o paciente com dengue grave?

A

UTI

514
Q

Síndromes Febris

Dengue: Como confirmar o diagnóstico de dengue? (2)

A

Viremia (até o 5º dia) ➡️ Isolamento viral ou antígeno NS1

Após soroconversão (≥ 6º dia) ➡️ sorologia pelo método ELISA (IgM)

515
Q

Síndromes Febris

Dengue: Até quando pode-se solicitar a pesquisa do antígeno NS1?

A

Até o 5º dia, sendo melhor até o 3º dia

516
Q

Síndromes Febris

Dengue: Quando se deve confirmar o diagnóstico de dengue em caso de epidemia?

A

Grupos C e D

517
Q

Síndromes Febris

Dengue: Quando se deve confirmar o diagnóstico de dengue na ausência de epidemia?

A

Para todos

518
Q

Síndromes Febris

Dengue: Com realizar o tratamento?

A

Sintomáticos
- Paracetamol | Dipirona

Suporte

519
Q

Síndromes Febris

Dengue: Quais os dois tipos de medicamentos que devem ser evitados na dengue?

A

AAS e AINEs

Cuidado: se o paciente for coronariopata, suspender se plaquetas < 30.000

520
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que é o grupo A? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?

A

Não é B, C ou D

Hidratação ➡️ Ambulatorial
- 60 ml/Kg/dia VO ➡️ 1/3 SRO + 2/3 líquidos

521
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que é o grupo B? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?

A

Critérios para o grupo B
- < 2 anos e > 65 anos
- Sangramento de pele (petéquias)
- Gestantes
- Comorbidades
- Risco social

Hidratação ➡️ leito de enfermaria
- Solicitar hemograma
- Hidratação igual ao do grupo A

522
Q

Síndromes Febris

Dengue: No grupo B, o que fazer em caso de Ht normal e em caso de Ht alterado?

A

Ht normal ➡️ grupo A

Ht aumentado ➡️ grupo C

523
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que é o grupo C? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?

A

Presença de sinais de alarme

Hidratação ➡️ enfermaria
- 20 ml/Kg em 2h IV
- Pode repetir até 3x

524
Q

Síndromes Febris

Dengue: No paciente do grupo C, o que fazer se não houver melhora?

A

Reclassificar como grupo D

525
Q

Síndromes Febris

Dengue: O que é o grupo D? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?

A

Sinais de gravidade

Hidratação ➡️ UTI
- 20 ml/Kg em 20 minutos
- Pode repetir até 3x

526
Q

Síndromes Febris

Dengue: No grupo D, o que fazer se o paciente não melhorou após a hidratação?

A

Noradrenalina | Albumina

527
Q

Síndromes Febris

Quais as principais características da Chikungunya e do Zika?

A
528
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Qual o agente?

A

Flavivírus (RNA)

529
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Quais os vetores do ciclo silvestre?

A

Haemagogus e Sabethes

530
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Qual o vetor do ciclo urbano?

A

Aedes aegypti

531
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: No ciclo silvestre, o hospedeiro é o ….. e o ….. é o hospedeiro acidental

A

Macaco. Humano

532
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Quando foi o último caso de febre amarela urbana no Brasil?

A

1942

533
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Quais os principais achados clínicos da forma leve?

A

Maioria dos casos (90%)

Síndrome febril pura + dicas:
- SInal de Faget (febre sem taquicardia)
- Ecoturismo recente

534
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Quais os principais achados clínicos da forma grave?

A

Minoria dos casos (10%)
- Letalidade de 20 a 50%

Achados
- Lesão hepatorrenal (principalmente hepática)
- Tríade: icterícia + hematêmese + oligúria
- ⬆️ BD | ⬆️ AST > ALT

535
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Como pode ser feito o diagnóstico?

A

Viremia (até o 5º dia) ➡️ isolamento viral

Após soroconversão (≥ 6º dia) ➡️ sorologia por ELISA IgM

536
Q

Síndromes Febris

Febre amarela: Tratamento

A

Suporte

537
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Qual o agente?

A

Leptospira interrogans (espiroqueta)

538
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Qual o reservatório da doença?

A

Roedores (ratos e camundongos)
- Nos rins

539
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Como ocorre a transmissão?

A

Contato laboral ou acidental com águas contaminadas

540
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Quais os principais achados clínicos da forma anictérica?

A

Maioria dos casos

Achados
- Febre + sufusão conjuntival + mialgia (sobretudo em panturrilhas)
- Meningite asséptica (fase imune)

541
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Quais os principais achados da forma íctero-hemorrágica? Qual o outro nome?

A

Minoria dos casos (10%)

Síndrome de Weil

Achados
- Icterícia rubínica (tons alaranjados)
- Síndrome pulmão-rim (hemorragia alveolar + IRA com hipocalemia)
- Laboratório: ⬆️ BD | ⬆️ GGT e FA

542
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Como fazer o diagnóstico?

A

Achados laboratoriais inespecíficos
- Leucocitose neutrofílica
- ⬇️ Plaquetas
- ⬆️ CPK

Achados específicos (≥ 7 dias)
- Teste de microaglutinação no látex

543
Q

Síndromes Febris

Leptospirose: Como tratar os casos leves e os graves?

A

Casos leves
- Doxiciclina (escolha) ou amoxicilina

Casos graves
- Penicilina G cristalina (escolha) ou ceftriaxone

544
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Qual o outro nome?

A

Calazar

545
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Quais os principais agentes?

A

Leishmania chagasi | Leishmania infantum

546
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Qual o vetor?

A

Lutzomyia longipalpis (flebotomíneo)

547
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Qual período de incubação?

A

2 a 6 meses

548
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Qual o reservatório?

A

Cães (urbano) e raposas

549
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Quais os principais achados clínicos?

A

Baixa patogenicidade (a maioria não adoece)

Achados devido a ⬇️ imunidade celular
- Febre arrastada
- Hepatoesplenomegalia (principalmente esplenomegalia)
- Pancitopenia
- Reação de Montenegro negativa

Achados devido a ⬆️ imunidade humoral
- Inversão da relação Albumina / Globulina
- Hipergamaglobulinemia POLIclonal

550
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Como fazer o diagnóstico?

A

Parasitológico
- Formas amastigotas intracelulares
- Aspirado de medula óssea (S = 70%) - preferencial (complica menos)
- Punção esplênica (S = 90%) - ⬆️ risco de sangramento

Sorológico
- Imunofluorescência
- Teste para rK39 (antígeno)

551
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Como tratar?

A

Primeira escolha ➡️ Antimonial pentavalente (Glucantime)
- Pode ⬆️ intervalo QT
- Mais barato e disponível

Melhor opção ➡️ Anfotericina B lipossomal
- Mais caro e menos disponível

552
Q

Síndromes Febris

Leishmaniose visceral: Para quem indicar a anfotericina B lipossomal?

A

G’s
- Graves
- Gestantes

I’s
- Imunodepressão
- Idade < 1 ou > 50 anos
- “Insuficiências”
- Intolerância ao Glucantime

553
Q

Tosse crônica

Qual a definição de tosse aguda, subaguda e crônica?

A

Aguda: < 3 semanas

Subaguda: 3 - 8 semanas

Crônica: > 8 semanas

554
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Qual o agente?

A

Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch)

Primeiro relatos datam de 3.000 a.C na China

555
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Trata-se de uma condição de ….. (alta/baixa) infectividade e ….. (alta/baixa) patogenicidade

A

Alta. Baixa

556
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como ocorre a transmissão?

A

Através da via aérea por aerossóis (tosse, fala ou espirro)

557
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quando geralmente ocorre a primoinfecção em locais de alta prevalência de TB?

A

Na infância

558
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais as etapas da primoinfecção?

A

< 8 semanas: disseminação de bacilos

≥ 8 semanas: imunidade celular (células T e interferon-gamma)

559
Q

Tosse crônica

Tuberculose: As células T relacionam-se ao ….. (PPD/IGRA), enquanto que o interferon-gamma relaciona-se ao ….. (PPD/IGRA)

A

PPD. IGRA

560
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Qual a lesão típica da tuberculose?

A

Granuloma caseoso - não é patognomônico, mas é sugestivo

561
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Após a primoinfecção, quais as duas possibilidades?

A

Controle da infecção (90%)
- Mata o Bacilo
- Tuberculose latente (diagnosticada pelo PPD ou IGRA)

Doença (10%)
- ⬆️ risco: primeiros 2 anos
- TB primária (adoece “na largada”)
- TB pós-primária (reativa foco latente)

562
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Qual a forma mais comum?

A

Pulmonar (80-85%)

563
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais as características da TB pulmonar primária?

A

Mais comum em crianças (1º contato)

Apresentação
- Infiltrado ≥ 2 semanas sem resposta ao ATB
- Linfonodomegalia hilar unilateral (mais comum à direita)

Detalhe
- Paucibacilífera (⬇️ importância na transmissão)

564
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Qual condição deve ser suspeitada na presença de linfonodomegalia hilar bilateral?

A

Sarcoidose

565
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quem são mais acometidos pela forma miliar (micronodular) da TB?

A

< 2 anos não vacinados e imunodeprimidos

566
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais as características da TB pós-primária?

A

Mais comum em adolescentes e adultos jovens (reativação de foco latente)

Achados
- Tosse ≥ 3 semanas (sintomático respiratória), febre, sudorese noturna, perda ponderal…

Detalhe
- Bacilífero (importância na transmissão)

567
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Qual complicação da cavitação na TB pós-primária?

A

Aspergiloma (bola fúngica)

568
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como pode ser feito o diagnóstico?

A

(1) Critério clínico-radiológico
- Tosse ≥ 3 semanas +/- (febre, sudorese noturna, perda de peso, inapetência)
- Rx de tórax compatível

(2) Critério laboratorial (microbiológico-escarro)
- Teste rápido molecular (TRM-TB) ➡️ preferência
*Avalia também resistência à rifampicina
- Baciloscopia (BAAR) ➡️ se TRM-TB indisponível
*Duas amostras, sendo uma na consulta e a segunda na manhã do dia seguinte
- Cultura ➡️ se TRM-TB indisponível (junto com BAAR) | após diagnóstico confirmado | desde o início em vulneráveis (PHIV, população de rua, indígenas, presos)

569
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como fazer o diagnóstico em crianças?

A

Sistema de pontuação (< 10 anos)
C ➡️ Clínica (sintomas ≥ 2 semanas): 15 pontos
H ➡️ História de contato (últimos 2 anos): 10 pontos
I ➡️ Imagem (Rx alterado ≥ 2 semanas): 15 pontos
L ➡️ Latente (PPD ≥ 5-10 mm): 5-10 pontos
D ➡️ Desnutrição (peso < p10): 5 pontos

≥ 40 (muito provável): tratar
≥ 30 (possível): avaliar tratamento

570
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Qual a forma extrapulmonar mais comum? Quais as duas excessões?

A

TB pleural

Excessões: PHIV e crianças ➡️ ganglionar

571
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais as características da TB pleural?

A

Febre + ⬇️ peso + dor torácica pleurítica + derrame pleural

Toracocentese: exsudato, ⬇️ glicose, linfomonocitário (PMN no início), adenosina deaminase (ADA) > 40 U

572
Q

Tosse crônica

Tuberculose: ADA é patognomônico?

A

Não, mas muito sugestivo

573
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como diagnosticar a TB pleural?

A

Líquido pleural
- TRM-TB 30-50% | BAAR < 5% | Cultura < 15%

Biópsia da pleura (80-90%) ➡️ padrão-ouro

Pode-se aceitar ADA

574
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais os grupos mais acometidos pela TB meníngea?

A

Não vacinados e imunodeprimidos

575
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais as características da TB meníngea?

A

Subaguda, acometimento de par craniano, hidrocefalia

LCR: ⬆️ proteínas, ⬇️ glicose, linfomonocitário (= líquido pleural…)

576
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como diagnosticar a TB meníngea?

A

LCR
- TRM-TB 30-80% | BAAR 15% | Cultura 50-80%

577
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como é feito o tratamento da tuberculose (drogas e esquemas)?

A

Drogas: Rifampicina (R) | Isoniazida (I) | Pirazinamida (P) | Etambutol (E)
- Em crianças < 10 anos não se faz Etambutol devido ao risco de neurite óptica

Esquemas
- Básico (caso novo ou retratamento) ➡️ RIPE 6 meses (2 RIPE + 4 RI)
*2024 ➡️ pacientes entre 3 meses a 16 anos com forma não grave: pode tentar 4 meses de tratamento (2 + 2)
- Meníngea ou Osteoarticular: RIPE 12 meses (2 RIPE + 10 RI)
*Se meníngea ➡️ corticoide por 4-8 meses

578
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Em PHIV, como deve ser feito o tratamento? Qual o objetivo?

A

Iniciar esquema RIPE e, em até 7 dias, iniciar a TARV

Evitar a síndrome da reconstituição imune

579
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como deve ser feito o acompanhamento desses pacientes?

A
  • Oferecer teste para HIV no 1º mês
  • Baciloscopia mensal (ideal) ou no 2º|4º|6º mês (mínimo) ➡️ não pode fazer TRM-TB
  • Radiografia de tórax no 2º e 6º mês
580
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais os efeitos adversos das 4 drogas do esquema básico?

A

Hepatotoxicidade
- R | I | P (suspender e REIntroduzir: RE ➡️ I ➡️ P)

Rifampicina
- Urina / suor alaranjado (orientar)
- Penias e nefrite (suspender)

Isoniazida
- Neuropatia periférica (repor vitamina B6/piridoxina ➡️ gestantes já suplementar B6 desde o início do tratamento)

Pirazinamida
- Hiperuricemia (tratar se risco ou histórico de doença gotosa)
- Rabdomiólise (suspender)

Etambutol ➡️ EtambutOLHO
- Neurite óptica (suspender)

581
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como pode ser feito o controle?

A
  • Busca ativa de sintomáticos respiratórios (tosse ≥ 3 semanas)
    *Vulneráveis: indígenas, PHIV, preso, situação de rua (tosse de qualquer durações)
  • Tratamento diretamente observado (TDO)
  • Vacina BCG (protege contra formas graves como meníngea e miliar)
  • Controle / rastreio dos contactantes
582
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como proceder frente a um contactante de TB?

A

Se sintomático
- Pesquisar TB ativa (doença) ➡️ escarro e Rx

Se assintomático
- Pesquisar TB latente (risco de doença) ➡️ PPD (≥ 5 mm) ou IGRA (+) ➡️ Tratar TB latente

583
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Quais os aspectos (definição, indicações de tratamento e esquemas) da TB latente (ILTB)?

A

Conceito
- Infecção sem doença (PT ≥ 5 mm ou IGRA positivo)

Indicações de tratamento (se risco elevado de adoecimento)
- Contactante
- ⬇️ imunidade (corticoide, PHIV, inibidor TNF)
- Profissionais de saúde com conversão (incremento ≥ 10 mm na PT em 1 ano)

Esquemas
- 3HP: isoniazida + rifapentina por 3 meses (dose semanal) ➡️ padrão-ouro
- 6H ou 9H: isoniazida por 6 a 9 meses (doses diárias)
- 4R: rifampicina por 4 meses (doses diárias)

584
Q

Tosse crônica

Tuberculose: Como e qual a indicação da quimioprofilaxia primária?

A

Objetiva impedir a tuberculose latente após a primoinfecção, ou seja está indicado para RN contactante de Bacilífero

Conduta
(1) Não vacinar com BCG ao nascer
(2) Iniciar Isoniazida (I) ou Rifampicina (R) por 3 meses
(3) Realizar PPD ao final dos 3 primeiros meses
* < 5 mm ➡️ vacinar com BCG
* ≥ 5 mm ➡️ manter Isoniazida por 3 meses **ou* Rifampicina por 1 mês ➡️ não vacinar com BCG, pois a criança desenvolveu imunidade natural e ativa

585
Q

Dispneia

TEP: Quais as principais características de um TEP maciço? Quais marcadores podem estar elevados em TEPs mais graves?

A
  • Hipotensão ➡️ choque obstrutivo
  • Insuficiência de VD ➡️ Cor pulmonale

Podem estar elevados o BNP e a troponina

586
Q

Dispneia

TEP: Quais as manifestações clínicas? (5)

A

Início súbito de:
- Dor torácica (pleurítica)
- Hemoptise
- Sibilância
- Taquipnéia (principal sinal)
- Dispneia (principal sintoma)

587
Q

Dispneia

TEP: Quais os 4 principais exames complementares e os seus principais achados? Esses exames são capazes de dar o diagnóstico?

A

Nenhum dos exames abaixo são capazes de fechar o diagnóstico de TEP

ECG
- Taquicardia sinusal (mais comum)
- S1Q3T3 ➡️ onda S em DI | onda Q em DIII |onda T invertida em DIII

Radiografia de tórax
- Sinal de Westermark ➡️ oligoemia localizada
- Corcova de Hampton ➡️ hipotransparência triangular periférica

Ecocardiograma
- Se disfunção de VD ➡️ pior prognóstico

Marcadores
- ⬆️ BNP e troponina ➡️ pior prognóstico
- D-dímero ➡️ (1) expectativa de elevação | (2) sem relação prognóstica

588
Q

Dispneia

TEP: Qual algoritmo diagnóstico?

A

1) Escore de Wells
- E - Episódio prévio de TVP/TEP ➡️ 1,5
- M - Malignidade ➡️ 1
- B - Batata inchada (clínica de TVP) ➡️ 3
- O - sem Outro diagnóstico mais provável ➡️ 3
- L - Lung Bleeding (hemoptise) ➡️ 1
- I - Imobilização ou cirurgia recente 1,5
- A - Alta FC (> 100) ➡️ 1,5

2) Escore de Wells ≤ 4 ➡️ solicitar D-dímero
- Se normal ➡️ sem TEP
- Se alto (> 500) ➡️ Imagem (abaixo)

3) Escore de Wells > 4 ➡️ imagem
- (1) AngioTC | (2) Cintilografia | (3) Doppler MMII | (4) Arteriografia pulmonar (padrão-ouro, mas muito invasivo)
- Se qualquer um positivo ➡️ TEP
- Se todos negativos ➡️ não é TEP

589
Q

Dispneia

TEP: Como e quando iniciar o tratamento?

A

Inicia-se o tratamento em caso de alta suspeita, mesmo antes de realizar o exame de imagem

Tratamento
- Anticoagulação por ≥ 3 meses
- Trombólise ➡️ rtPA ou estreptoquinase (se TEP maciço)
- Filtro de VCI ➡️ se contraindicação ou falha à anticoagulação
- Embolectomia mecânica ➡️ se contraindicação ou falha da trombólise

590
Q

Dispneia

TEP: Como realizar a anticoagulação?

A

Varfarina ➡️ iniciar junto com heparina até INR terapêutico entre 2-3

Dabigatrana | Edoxabana ➡️ DEpois de 5 dias de heparina

Rivaroxabana | Apixabana ➡️ sem heparina (pido)

591
Q

Dispneia

TEP: Qual o intervalo de tempo para trombólise?

A

Até o 14º dia

592
Q

Dispneia

Espirometria: Como diferenciar um distúrbio obstrutivo de um restritivo?

A

Obstrutivo ➡️ compromete principalmente a expiração
- ⬇️⬇️ VEF1
- ⬇️ CVF
- ⬇️ VEF1/CVF (Tiffenau) ➡️ < 70% (indica doença obstrutiva)

Restritivo ➡️ compromete principalmente a inspiração, mas como o volume inspirado é menor, o volume expirado também será
- ⬇️ VEF1
- ⬇️ CVF
- ↔️ ou ⬆️ VEF1/CVF

593
Q

Dispneia

Espirometria: Como diferenciar DPOC de asma?

A

Prova broncodilatadora
- Se VEF1 > 200 ml e >12% ➡️ Asma

594
Q

Dispneia

DPOC: Qual o conceito e como e feito o diagnóstico?

A

Obstrução fixa ao fluxo aérea

Diagnóstico: VEF1/CVF < 0,7 mesmo após a prova broncodilatadora

595
Q

Dispneia

DPOC: Quais os dois principais mecanismos de lesão e o quê cada um causa?

A

Bronquite crônica ➡️ fibrose de vias aéreas

Enfisema ➡️ destruição de septos alveolares

596
Q

Dispneia

DPOC: Quais os dois principais fatores de risco e qual o mecanismo de lesão que cada um se relaciona?

A

Tabagismo ➡️ bronquite crônica e enfisema

Deficiência de alfa-1-antitripsina ➡️ enfisema
- Importante pesquisar

597
Q

Dispneia

DPOC: Quais as principais manifestações clínicas?

A

Obstrução ao fluxo de ar
- Hiperinsuflação (“entra, mas sai pouco”)

Hipoventilação alveolar
- ⬇️ MV
- ⬆️ CO2 (retenção crônica)
- ⬇️ O2 (dispneia, cianose)

598
Q

Dispneia

DPOC: Por que não se deve corrigir a hipoxemia?

A

Respiração depende da hipoxemia e risco de efeito Haldane (hemoglobina solta o CO2 para se ligar ao O2, produzindo aumento do CO2 no sangue)

599
Q

Dispneia

DPOC: O quê é exacerbação da DPOC? Como tratar?

A

Piora da dispneia e/ou tosse + piora do escarro que ocorrem em < 14 dias

Tratamento
- A ➡️ ATB por 5-7 dias (se escarro purulento, VNI ou intubação)
- B ➡️ Broncodilatador de curta (SABA ± Ipratrópio)
- C ➡️ Corticoide sistêmico (VO ou IV) por 5 dias
- D ➡️ Dar oxigênio
> O2 suplementar (alvo 88-92%)
> VNI: pH < 7,35 e PaCO2 ≥ 45 mmHg (acidose respiratória descompensada) | Hipoxemia persistente | sinais de fadiga
> IOT: ⬇️ consciência| falha VNI

600
Q

Dispneia

DPOC: Quais as principais bactérias envolvidas na exacerbação?

A

H. influenzae, S. pneumoniae e M. catarrhalis

601
Q

Dispneia

DPOC: Como é a classificação GOLD?

A
602
Q

Dispneia

DPOC: O que determina como fazer a terapia de manutenção?

A

Para todos
- Parar de fumar
- Avaliar necessidade de O2 domiciliar
- Broncodilatador 🆘
- Vacina (pneumo | gripe | COVID |coqueluche | zoster | VSR)

A
- Broncodilatador de curta ou de longa duração (preferencial)

B
- LABA + LAMA
- Reabilitação pulmonar

E
- LABA + LAMA
- Reabilitação pulmonar
- Corticoide inalatório se ⬆️ eosinófilos ≥ 300

603
Q

Dispneia

DPOC: Quais as duas indicações de O2 domiciliar? Qual o tempo diário de uso?

A

Pelo menos 15 horas/dia

  • PaO2 ≤ 55 mmHg ou SatO2 ≤ 88%
  • PaO2 entre 56 e 59% + Ht > 55% ou cor pulmonale

A gasometria deve ser realizada com o paciente estável, em repouso e em ar ambiente

604
Q

Dispneia

Asma: O que é?

A

Inflamação crônica com episódios reversíveis de hiper-reatividade brônquica

605
Q

Dispneia

Asma: Quais as principais manifestações clínicas?

A
  • Dispneia
  • Tosse
  • SIbilo
  • Aperto no peito
606
Q

Dispneia

Asma: Como realizar o diagnóstico?

A

Clínica + hiper-reatividade
- Espirometria: prova broncodilatadora positiva (principal) | broncoprovocação positiva com metacolina (⬇️ VEF1)
- Pick flow: variação do pico de fluxo expiratório (PFE) em duas semanas ➡️ > 10% (adultos) ou > 13% (criança)
- Melhora com o tratamento empírico se exames indisponíveis (GINA 2024)

607
Q

Dispneia

Asma: Como classificar a asma de acordo com a gravidade?

A
608
Q

Dispneia

Asma: Como tratar a crise asmática?

A

Tratamento
- A - Cuidado com as Armadilhas
> Adrenalina: somente se anafilaxia
> Aminofilina IV: não
> ATB: não
- B - Broncodilatador de curta
> SABA: 3 ciclos em 1 hora
> Se não melhorar ou crise grave/muito grave: associar ipratrópio
- C - Corticoide sistêmico (VO ou IV)
> Iniciar na 1a hora
- D - Dar O2
> Alvo SatO2 93-95% (adultos) e 94-98% (crianças)
> Intubar se crise muito grave

Alta se melhora: redução dos sintomas / PFE > 60-80% / SatO2 > 94% (ar ambiente)

Sem melhora: manter tratamento / considerar sulfato de magnésio IV

609
Q

Dispneia

Asma: Como é a classificação de controle da asma?

A
610
Q

Dispneia

Asma: Quais os steps de tratamento até 5 anos?

A
611
Q

Dispneia

Asma: Quais os steps de tratamento de 6 a 11 anos?

A
612
Q

Dispneia

Asma: Em qual step iniciar se entre 6 e 11 anos?

A
613
Q

Dispneia

Asma: Quais os steps de tratamento em maiores de 12 anos?

A
614
Q

Dispneia

Asma: Em qual step iniciar se maior de 12 anos?

A
615
Q

Dispneia

Asma: Quando realizar step up e step down?

A

Se controlada por 2-3 meses: pode reduzir o step

Parcialmente controlada: considerar subir o step

Não-controlada: subir etapa

Sempre é importante avaliar a adesão e o uso correto do medicamento e do dispositivo

616
Q

Dispneia

Asma: Quais as principais diferenças na pediatria?

A
  • Não se faz Formoterol em < 12 anos
  • Steps 1 e 2 são diferentes (separados) em < 12 anos
617
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Geriatria: Quais os 4 setores principais da avaliação geriátrica ampla (AGA)?

A

Cognição
- Mini-exame do estado mental (máximo de 30 pontos, varia conforme o grau de instrução do paciente)
> Se > 7 anos de estudo: corte de 28 pontos
> Se < 7 anos: corte de 19 pontos

Humor
- Escala de depressão geriátrica (EDG ou Yesavage)
> ⬆️ risco de depressão: > 5 pontos

Capacidade funcional
- Atividades básicas de vida diária - AVDs (Katz)
> Autocuidado: banho, continência, comer, vestir-se
- Atividades instrumentais - AIVDs (Lawton)
> Interação: telefonar, fazer compras, cozinhar…

Mobilidade
- Timed up and go (TUG)
> Levantar, caminhar 3 metros e retornar (⬆️ risco se > 20 segundos)

618
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Geriatria: Quais as principais síndromes geriátricas? (7)

A

“Is” da geriatria
- Incapacidade cognitiva
- Incapacidade comunicativa
- Instabilidade (quedas)
- Imobilidade
- Incontinência
- Iatrogenia
- Insuficiência familiar

619
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Geriatria: O que é síndrome de fragilidade?

A

≥ 3 critérios:
- Fraqueza (⬇️ força de preensão palmar)
- Função motora (marcha lentificada)
- Fadiga (autorreferida)
- Fatless (perda de peso ≥ 5% no último ano)
- Atividade Física (baixo gasto calórico semanal

620
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Geriatria: Quais vacinas devem ser administradas no paciente idoso?

A

Dica: 60 anos ➡️ 6
- Hepatite B ➡️ 3 doses
- dT ➡️ 3 doses + reforço 10/10 anos
- Febre amarela ➡️ 1 dose (avaliar caso a caso a administração apesar de recomendada)
- Influenza ➡️ anual
- COVID ➡️ 6/6 meses
- Pneumococo ➡️ 2 doses de VPP23 (1 dose + 1 reforço após 5 anos)
> Apenas se morador de asilo | morbidade
> Ideal: VPC13 ➡️ Após 6-12 meses, fazer 1 dose de VPP23 ➡️ Após 5 anos, fazer o reforço da VPP23

621
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Geriatria: Quais doenças devem ser rastreadas na população geral e idosa?

A

A partir dos 20 anos ➡️ sexual
- IST (HIV, HBV e HCV)
- CA colo uterino (25-64 anos)

A partir dos 35 anos ➡️ metabólica
- Diabetes (SBD: 45 anos)
- Dislipidemia (iniciar antes se risco aumentado)

A partir dos 50 anos ➡️ neoplásica
- CA de mama (Febrasgo: a partir dos 40 anos)
- CA de próstata (INCA não recomenda de rotina)
- CA colorretal (EUA: a partir dos 45 anos)
- CA pulmão (MS não recomenda de rotina, apenas se tabagista ou cessou < 15 anos + carga de 20 anos-maço)

A partir dos 65 anos ➡️ vascular e óssea
- Osteoporose
- Aneurisma de aorta abdominal (recomendado para homens + história de tabagismo)

622
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Geriatria: Quais as duas vacinas extras recomendadas pela SBIM?

A
  • Herpes-zóster ➡️ 2 doses (a partir de 50 anos)
  • Vírus sincicial respiratório (VSR) ➡️ 1 dose
623
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Síndrome demencial: O que é?

A

Perda de funções cognitivas (memória, linguagem, destreza…) de forma progressiva e gradual
- Interfere, obrigatoriamente, nas atividades usuais ou profissionais

624
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Síndrome demencial: Quais condições podem confundir o diagnóstico de síndrome demencial? (4)

A

Dica: os “4 DS”
- Delirium
- Depressão
- Doenças mentais
- Droga (sobretudo benzodiazepínicos)

625
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Síndrome demencial: Quais exames devem ser solicitados para excluir causas reversíveis?

A

Laboratoriais
- Função renal e hepática
- TSH
- B12
- Cálcio
- VDRL e HIV

Neuroimagem
- TC ou RNM

626
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Síndrome demencial: Qual a principal causa de síndrome demencial?

A

Doença de Alzheimer (> 50%)

627
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Alzheimer: Quais as duas principais alterações neuronais e no que elas resultam?

A

Deposição aumentada de proteína beta-amiloide (Abeta42) ➡️ placa senil ou neurítica

Fosforilação da proteína Tau (p-tau) ➡️ emaranhado neurofibrilar

Resultado: atrofia do hipocampo (⬇️ acetilcolina)

628
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Alzheimer: Quais os principais fatores de risco? (5)

A
  • > 60 anos
  • História familiar
  • Genético (apoE E4)
  • Síndrome de Down
  • Sedentarismo
629
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Alzheimer: Qual a clínica?

A
  • Amnésia anterógrada (fatos recentes)
  • Afasia (linguagem)
  • Apraxia (destreza)
  • Agnosia (reconhecimento)
  • Desorientação
  • Incontinência
  • Imobilidade
630
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Alzheimer: Como diagnosticar? Quais exames de imagem podem ser utilizados?

A

Clínica + exclusão de outras causas

SPECT / PET (fase inicial): ⬇️ perfusão e metabolismo| ⬆️ Beta-amiloide
TC (avançada): atrofia cortical e hidrocefalia compensatória

631
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Alzheimer: É possível detectar a doença pelo sangue?

A

Precivity AD2 (proteínas no sangue periférico - Acurácia de 88%)

632
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Alzheimer: Como tratar? (4)

A

⬆️ Acetilcolina
- Anticolinesterásicos de ação central (Rivastigmina, donepezila)
- Antagonista do receptor NMDA do Glutamato (Memantina) ➡️ quadros mais avançados
- Vitamina E
- Anticorpo anti Beta-amiloide (?)

633
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Demência vascular: Quais as principais características?

A

2ª causa mais comum

Fatores de risco (HAS, DM…) + doença cerebrovascular

Classificação:
- Cortical (grades vasos)
> “Multi-infartos”
> Evolução súbita, em degraus
- Subcortical (pequenos vasos)
> Infarto lacunar, periventricular
> Evolução arrastada

Tratamento:
- AVE: controlar fatores de risco
- Demência: Anticolinesterásicos (?) ➡️ é o que tem, mas, muitas vezes, a resposta não é satisfatória

634
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Quais as outras causas de demência (5) e suas principais características?

A
635
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Síndrome Parkinsoniana: Quais os 4 sinais cardinais?

A

Tétrade
- Bradicinesia
- Rigidez
- Tremor de repouso (geralmente inicia-se de forma unilateral e assimétrica)
- Instabilidade postural

636
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Síndrome Parkinsoniana: Qual a principal causa?

A

Doença de Parkinson (~ 75%)

637
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Parkinson: Quais as principais alterações encefálicas?

A

Degeneração da substância negra ➡️ ⬇️ Dopamina da via nigroestriatal
- Depósitos de alfa-sinucleína (SNCA)

638
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Parkinson: Quais os principais fatores de risco?

A
  • > 50 anos
  • História familiar
  • Genético
  • Exposição a pesticidas (?)
639
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Parkinson: Qual o quadro clínico?

A

Parkinsonismo

Achados não motores
- Hiposmia (pode ser o primeiro sinal)
- Disautonomia
- Seborreia
- Sono…

640
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Parkinson: Como diagnosticar? O que obrigatoriamente deve ser descartado para confirmar o diagnóstico?

A

Clínica + exclusão de outras causas

Afastar drogas antagonistas da dopamina
- Metoclopramida
- Flunarizina
- Haloperidol

641
Q

Síndromes geriátricas e neurovasculares

Doença de Parkinson: Como tratar?

A

⬆️ Dopamina
- Fase inicial: agonista dopaminérgico (pramipexol)
- Mais efetivo: levodopa + inibidores da descarboxilase periférica (ex.: prolopa)
- Discinesias, refratários: selegilina (inibidores da MAO-B), amantadina (?) | estimulação cerebral profunda

642
Q

Síndrome Neurovascular

Quando suspeitar de um AVE?

A

Déficit neurológico focal súbito > 15 minutos

643
Q

Síndrome Neurovascular

AVE: Quais os dois tipos principais e qual o mais comum?

A

Isquêmico (80%) e hemorrágico (20%)

644
Q

Síndrome Neurovascular

AVE: Como diagnosticar por neuroimagem? (2)

A

TC (ou RNM) de crânio sem contraste
- AVEi ➡️ normal no início ➡️ lesão HIPOdensa após 24-72 horas
- AVEh ➡️ lesão HIPERdensa

RNM por difusão (DWI)
- Indicado se deltaT impreciso (wake-up stroke | afasia - a pessoa não consegue referir quando iniciou)
- DWI (+) e FLAIR (-) ➡️ Mismatch (isquemia muito precoce)

645
Q

Síndrome Neurovascular

AVE: Quais os sinais precoces de isquemia?

A

Sinal de hiperdensidade arterial

Escore de ASPECTS
- Avalia 10 regiões
- Normal = 1 ponto | Alterado = 0 pontos
- Quanto menor o valor, mais alterações

646
Q

Síndrome Neurovascular

AVE isquêmico: Como tratar na fase aguda? (2)

A

1) Hipertensão permissiva
- Reduzir PA se: > 220 x 120 mmHg se não-candidato à trombólise | > 185 x 110 mmHg se candidato à trombólise

2) Terapia de reperfusão
- Trombólise IV
* Alteplase / rtPA 0,9 mg/Kg (escolha) | Tenecteplase (opção)
* Inclusão: deltaT até 4,5 horas ou Mismatch
* Exclusão: NIHSS < 6 (“não debilitante” - avaliar caso a caso, sobretudo se relacionado ao ofício) | AVEi ou TCE ≤ 3 meses | AVEh prévio | Hemorragia digestiva ≤ 21 dias…
- Trombectomia mecânica
* Indicação ideal (regra 6-6-6😈): NIHSS ≥ 6 | ASPECTS ≥ 6 |deltaT ≤ 6 horas (razoável até 24 horas)

647
Q

Síndrome Neurovascular

AVE isquêmico: Quais os 4 exames necessários e como realizar a profilaxia secundária?

A

Exames
- ECG
- Ecocardiograma
- Doppler de carótidas
- Doppler de vertebrais

Etiologia aterotrombótica
- Antiagregação: AAS ou Clopidogrel (monoterapia)
* Se trombólise: aguardar 24 horas
* Se leve (NIHSS ≤ 3): AAS + Clopidogrel nos primeiros 90 dias
- Estatina
- Estenose carotídea: endarterectomia se grave (oclusão 70 - 99%)

Etiologia cardioembólica
- Anticoagulação ➡️ iniciar ≥ 2º dia
* Se extenso, aguardar 14 dias

648
Q

Síndrome Neurovascular

Onde se localiza a área de Broca e qual sua função?

A

Lobo frontal, no hemisfério dominante (contralateral à mão dominante)
- Linguagem motora ➡️ entende, mas não consegue falar (afasia motora)

649
Q

Síndrome Neurovascular

Onde localiza-se o centro motor e o que ele controla?

A

Lobo frontal, controla a motricidade do lado contralateral
- Medial ➡️ caudal
- Lateral ➡️ cefálico

650
Q

Síndrome Neurovascular

Onde localiza-se o centro da sensibilidade?

A

Lobo parietal, sente o lado contralateral
- Medial ➡️ caudal (perna)
- Lateral ➡️ cefálico (face)

651
Q

Síndrome Neurovascular

Onde localiza-se a área de Wernicke?

A

Lobo temporal, apenas no hemisfério dominante
- Compressão da linguagem ➡️ não compreende o quê é falado, mas consegue falar de forma incompreensível

652
Q

Síndrome Neurovascular

Onde localiza-se o córtex visual?

A

Lobo occipital

653
Q

Síndrome Neurovascular

Quais a principais artérias cerebrais e quais a principais síndromes isquêmicas relacionadas a cada uma?

A

Cerebral média
- Motor + sensitivo contralateral, pode poupar a perna
- Afasia motora (Broca) ➡️ se pegar o ramo superior ou antes de bifurcar
- Afasia sensitiva (Wernicke) ➡️ se pegar o ramo inferior ou antes de bifurcar

Cerebral anterior
- Motor + sensitivo da perna contralateral

Cerebral posterior
- Alteração visual

654
Q

Síndrome Neurovascular

AVEh: Quais as duas principais causas?

A

Hemorragia intraparenquimatosa ➡️ começa com déficit focal

Hemorragia subaracnoide ➡️ déficit focal se complicar

655
Q

Síndrome Neurovascular

HSA: Qual a principal causa e a tríade clínica clássica?

A

Causa: ruptura de aneurismas saculares

Manifestações: cefaleia súbita (pior da vida) + ⬇️ nível consciência + rigidez de nuca (geralmente após 12-24 horas)

656
Q

Síndrome Neurovascular

HSA: O que é e qual a Escala Hunt-Hess?

A

Escala prognóstica ( 1 a 5 ➡️ maior = pior)
- 1: cefaleia leve
- 2: ⬆️ cefaleia, rigidez
- 3: sonolento, déficit focal leve
- 4: torpor, ⬆️ déficit focal
- 5: coma

657
Q

Síndrome Neurovascular

HSA: Como diagnosticar pela neuroimagem? Qual a Escala de Fisher?

A

Neuroimagem
- TC de crânio sem contraste (confirmação)
- Punção lombar ➡️ se TC normal, em especial se feita > 6 horas ➡️ positivo de xantocrômico
- AngioTC ou arteriografia (localizar após a confirmação)

Escala de Fisher (graus)
1: sem sangue
2: < 1mm
3: > 1mm
4: intracerebral, ventricular

658
Q

Síndrome Neurovascular

HSA: Como tratar?

A

Prevenção do ressangramento
- Intervenção (ideal ≤ 24 horas): clipagem cirúrgica | endovascular (coil)
- Alvo PA: sem consenso (razoável PAS < 160 mmHg)

Isquemia cerebral tardia e vasoespasmo
- Período de maior risco entre o 4º e o 14º dia
- Prevenção: nimodipina VO (60 mg, 4/4h, por 14-21 dias) | manter euvolemia
- Detecção precoce (sem sintomas): Doppler transcraniano diário
- Tratamento (em caso de sintoma): hipertensão (antigo 3Hs - hipervolemia, hemodiluição e hipertensão arterial)

Hidrocefalia
- Obstrução da drenagem por coágulo que costuma se resolver espontaneamente
- DVE ou drenagem lombar (até resolução do quadro)

659
Q

Síndrome Neurovascular

Hemorragia intraparenquimatosa: Quais as duas principais causas e as manifestações?

A

Causa
- Hipertensão (microaneurisma)
- Angiopatia amiloide (idoso, Alzheimer) ➡️ mais grave

Manifestações
- Hipertensão intracraniana (cefaleia + ⬇️ consciência…)
- Déficit neurológico focal súbito

660
Q

Síndrome Neurovascular

Hemorragia intraparenquimatosa: Como diagnosticar?

A

TC (ou RNM) crânio sem contraste

661
Q

Síndrome Neurovascular

Hemorragia intraparenquimatosa: Como tratar?

A

Suporte (hipertensão intracraniana)
- PAS 140 mmHg
- Cirurgia: hematoma cerebelar > 3 cm (para drenar)
- **Reverter anticoagulação (adotar também na HSA…)
* Varfarina ➡️ complexo protrombínico e vitamina K
* Heparina ➡️ protamina
* Dabigatrana ➡️ idarucizumabe
* Rivaroxabana, Apixabana e Edoxabana ➡️ andexanet alfa
* Para os os dois últimos: carvão ativado se última dose < 2 horas (potencial de eficácia até 8h)