Clínica Médica Flashcards

1
Q

Síndrome Ictérica

Valor para definição de icterícia

A

Bilirrubina total > 2,5 - 3,0 mg/dL

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2
Q

Síndrome Ictérica

A bilirrubina tem grande afinidade pela ….., justificando a seguinte ordem de acometimento: ….., ….. e …..

A

Elastina. Esclera, língua e pele.

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3
Q

Síndrome Ictérica

A bilirrubina ….. é insolúvel, enquanto a bilirrubina ….. é solúvel

A

Indireta e direta.

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4
Q

Síndrome Ictérica

Quais as 3 etapas do metabolismo da bilirrubina que são realizadas pelos hepatócitos? Qual a etapa limitante e por quê?

A

1) Captação da BI

2) Conjugação (BI ➡️ BD)

3) Excreção (etapa limitante, maior consumo de ATP)

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5
Q

Síndrome Ictérica

Causas de aumento da bilirrubina indireta (2)

A

1) Hemólise (principal)

2) Distúrbios do metabolismo da bilirrubina

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6
Q

Síndrome Ictérica

Achados séricos da hemólise (5)

A

1) ⬆️ BI

2) Anemia

3) ⬆️ LDH

4) ⬆️ Reticulócitos

5) ⬇️ Haptoglobina

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7
Q

Síndrome Ictérica

No distúrbio primário (falha da conjugação) esperamos encontrar…..

A

Aumento isolado da BI (sem anemia)

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8
Q

Síndrome Ictérica

Distúrbio do metabolismo da bilirrubina: causas de aumento de BI (2)

A

1) Síndrome de Gilbert (mais comum)

2) Crigler-Najjar (mais grave)

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9
Q

Síndrome Ictérica

Na síndrome de Gilbert temos a deficiência parcial / leve da ….., enquanto na síndrome de Crigler-Najjar essa deficiência é grave

A

Glucuronil-transferase (etapa de conjugação)

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10
Q

Síndrome Ictérica

Características da síndrome de Gilbert (6)

A

1) Acomete mais homens

2) Assintomática

3) Bilirrubina < 4 mg/dL

4) Precipitado por situações de estresse (jejum, exercício, febre, álcool…)

5) Melhora com dieta hipercalórica e fenobarbital

6) Possível efeito antioxidante (proteção cardiovascular e menor risco de neoplasias)

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11
Q

Síndrome Ictérica

Características da síndrome de Crigler-Najjar (2)

A

1) Deficiência total: bilirrubina 18-45 mg/dL, encefalopatia bilirrubínica (Kernicterus) ➡️ transplante

2) Deficiência parcial: bilirrubina 6-25 mg/dL ➡️ fenobarbital

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12
Q

Síndrome Ictérica

Causas de aumento da bilirrubina direta (3)

A

1) Hepatites

2) Colestase

3) Distúrbios do metabolismo da bilirrubina

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13
Q

Síndrome Ictérica

Com o aumento de BD, esperamos encontrar ….. e …..

A

Acolia fecal e colúria.

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14
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites: achados séricos (2)

A

1) AST (TGO) e ALT (TGP) > 10x LSN (normal ~ 30 - 40 U/L)

2) GGT e FA “tocadas”

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15
Q

Síndrome Ictérica

Qual das transaminases é mais específica para o fígado?

A

ALT (L de liver)

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16
Q

Síndrome Ictérica

O valor das transaminases indica gravidade?

A

Não!

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17
Q

Síndrome Ictérica

Transaminases > 1000 U/L causas (3)

A

1) Vírus

2) Isquemia

3) Drogas

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18
Q

Síndrome Ictérica

Na hepatite alcoólica, ….. > …..

A

AST (TGO) > ALT (TGP)

Dica: S de Skol

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19
Q

Síndrome Ictérica

Colestase: achados séricos (3)

A

1) FA e GGT > 4x LSN

2) AST e ALT “tocadas”

3) ⬆️ 5’-nucleotidase (pouco usado na prática)

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20
Q

Síndrome Ictérica

Na colestase, o ….. é um sintoma importante e ocorre devido ao acúmulo de …..

A

Prurido. Sais biliares

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21
Q

Síndrome Ictérica

Distúrbios do metabolismo da bilirrubina: causas do aumento da BD (2)

A

Dubbin-Johnson e Rotor

Dica: BDiR

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22
Q

Síndrome Ictérica

No Dubbin-Johson, os níveis de ….. urinária é normal, enquanto na síndrome de Rotor esses níveis estão aumentados. Ambas são ….. (benignas / malignas) e ….. (não precisam / precisam) de tratamento.

A

Coproporfirina tipo I. Benignas. Não precisam

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23
Q

Síndrome Ictérica

Duração de hepatite viral aguda e da crônica

A

Aguda: < 6 meses

Crônica: > 6 meses

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24
Q

Síndrome Ictérica

Hepatites virais: quais são de transmissão fecal-oral?

A

Hepatites A e E

A hepatite A também pode ser transmitida por via sexual e parenteral

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25
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: quais são de transmissão parenteral?
Hepatites B, C e D
26
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: a hepatite D está relacionada com .....
Hepatite B
27
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: tempo de incubação
Hepatite A: 4 semanas Hepatite E: 5 - 6 semanas Hepatite B e D: 8 - 12 semanas Hepatite C: 7 semanas
28
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: evolução trifásica
1) Prodrômica 2) Ictérica 3) Convalescença
29
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: qual está relacionada com colestase?
Hepatite A
30
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: qual fulmina mais?
Hepatite B (< 1%)
31
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: quais cronificam?
Hepatites B e C
32
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: qual pode evoluir para carcinoma hepatocelular sem passar pela etapa de cirrose?
Hepatite B
33
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: qual está relacionada com hepatite fulminante em gestantes?
Hepatite E (20%)
34
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: maior gravidade em...
Idosos e hepatopatas
35
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: diagnóstico da hepatite A
Anti-HAV IgM O anti-HAV igG não dá diagnóstico
36
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: tratamento
Suporte
37
**Síndrome Ictérica** Hepatite A: tempo de afastamento das atividades
7 a 14 dias após o aparecimento da icterícia O MS recomenda 14 dias
38
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: profilaxia pré-exposição da hepatite A
Vacinação - SBP: 2 doses - MS: 1 dose
39
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: profilaxia pós-exposição (indicação e método) da hepatite A
Para contatos não vacinados e em até 2 semanas do contato < 1 ano ou alergia: imunoglobulina Imunossuprimidos: vacina + imunoglobulina Demais: vacina Observação: em < 1 ano, se não tiver IG pode fazer a vacina e considerar como dose 0 Pode-se utilizar vacina ou imunoglobulina Na hepatite A, o tempo de resposta dos dois métodos é semelhante
40
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: qual a via mais importante de transmissão da hepatite B?
Via sexual
41
**Síndrome Ictérica** Na hepatite B, temos ..... (muitos/poucos) sintomas para ..... (muita/pouca) icterícia
Muitos. Pouca
42
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: na hepatite B, o risco de cronificação é maior em .....
RN (90%) O risco diminui com a idade
43
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: quais as manifestações extra-hepáticas da hepatite B? (3)
1) Poliarterite nodosa (PAN) 2) Glomerulonefrite membranosa 3) Gianotti-Crosti (lesões papulares)
44
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: valor do anti-HBs que indica proteção
Anti-HBs >= 10 UI/ml
45
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: a transmissão vertical da hepatite B está relacionado com .....
HBeAg positivo (90% de chance de transmitir)
46
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: HBeAg (+) indica.....
Replicação
47
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: etapas para a interpretação dos marcadores da hepatite B
1) HBsAg - Positivo: tem hepatite B - Negativo: não tem hepatite B ou falso-negativo 2) Anti-HBc total (IgG e IgM) - Negativo: não teve hepatite B ou janela imunológica - Positivo: tem ou teve hepatite B - IgM (+): agudo - IgG (+): crônico 3) Anti-HBs - Positivo + Anti-HBc (+): infecção curada - Negativo + Anti-HBc (+): hepatite B crônica
48
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: Anti-HBs (+) isolado indica .....
Vacinação
49
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: HBsAg (+), HBeAg (-) e Anti-HBe (-), qual a conclusão e qual a conduta?
Infecção por mutante pré-core da hepatite B. Solicitar HBV-DNA
50
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: material genético das hepatites virais
Hepatites A, C, D e E: RNA Hepatite B: DNA
51
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: na hepatite B aguda, o tratamento é indicado em caso de .....
Infecção grave (hepatite fulminante)
52
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: o aleitamento materno na hepatite B é contraindicado?
Falso!
53
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: infecção materna por hepatite B indica cesárea?
Não, parto por via obstétrica
54
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: como reduzir a carga viral da hepatite B antes do parto?
Com o uso de Tenofovir no 3° trimestre da gestação
55
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: RN de mãe com hepatite B, o quê fazer?
Vacina + imunoglobulina idealmente em até 12h
56
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: profilaxia pré-exposição da hepatite B
Vacinação (3 doses - 0, 1 e 6 meses)
57
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: quantidade de esquemas completos recomendado pelo MS para vacinação da hepatite B
2 esquemas completos (principal + um) Se < 2 meses da última dose: fazer novo esquema com 3 doses Se > 2 meses da última dose: fazer 1 dose e reavaliar o Anti-HBS - Não positivou: novo esquema completo
58
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para não vacinados
Imunoglobulina em até 7 dias ou 14 dias (vítimas de violência sexual) + iniciar esquema de vacinação Imunossuprimidos recebem a imunoglobulina mesmo se vacinação
59
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para profissionais de saúde não vacinados ou com esquema incompleto
**Profissional não vacinado:** IG + vacina se paciente-fonte HBsAg (+) ou com HBsAg desconhecido e com alto risco de infecção, nas demais situações inicia-se o esquema vacinal apenas **Profissional com esquema incompleto:** IG + completar vacinação se paciente fonte HBsAg (+), nos demais casos apenas completa a vacinação
60
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: profilaxia pós-exposição da hepatite B para profissionais de saúde vacinados
**Com resposta vacinal adequada:** nenhuma medida **Sem resposta vacinal após 1° esquema:** - Paciente-fonte HBsAg (+): IG + iniciar outro esquema - HBsAg (-): iniciar novo esquema - HBsAg desconhecido: iniciar novo esquema + IG em caso de paciente de alto-risco **Sem resposta vacinal após 2° esquema:** - Paciente-fonte HBsAg (+) ou desconhecido: IG (2x) - intervalo de 1 mês entre as doses - HBsAg (-): nenhuma medida específica
61
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: suspeitar de hepatite D em pacientes provenientes da região ..... e do .....
Amazônica. Mediterrâneo
62
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: apresentações da hepatite D (2)
Coinfecção: Hepatite B e D agudas Superinfecção: Hepatite D em portador crônico da hepatite B
63
**Síndrome Ictérica** A coinfecção ..... o risco de cronicidade, enquanto a superinfecção ..... o risco de hepatite fulminante e de cirrose
Não aumenta. Aumenta.
64
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: a hepatite D apresenta tratamento específico?
Não, por ser um vírus defectivo (dependente) o tratamento é voltado para hepatite B
65
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: Anti-HCV (+) confirma infecção por Hepatite C?
Não, é necessário solicitar HCV-RNA
66
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: manifestações extra-hepáticas da hepatite C (4)
1) Crioglobulinemia 2) Glomerulonefrite mesangiocapilar 3) Líquen plano 4) Porfiria
67
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: a hepatite C está relacionado com qual anticorpo? Qual hepatopatia se associa com esse mesmo anticorpo?
Anti-LKM1. Hepatite autoimune
68
**Síndrome Ictérica** Hepatites virais: quem deve ter a hepatite C tratada?
Todos os portadores, devido ao risco acentuado de cronificação (80-90%)
69
**Síndrome Ictérica** Hepatites autoimune: marcador sérico
Hipergamaglobulinemia (⬆️ IgG)
70
**Síndrome Ictérica** Hepatites autoimune: associação
Com outras doenças autoimunes
71
**Síndrome Ictérica** Hepatites autoimune: tipos (2)
Tipo 1 (mais comum) - Mulher jovem Tipo 2 - Meninas (2 - 15 anos) e Homens (> 40 anos)
72
**Síndrome Ictérica** Hepatites autoimune: anticorpos do tipo 1
FAN + (hepatite lupoide) Anticorpo anti-músculo liso
73
**Síndrome Ictérica** Hepatites autoimune: anticorpos do tipo 2
Anti-LKM1 e anti-LC1
74
**Síndrome Ictérica** Hepatites autoimune: tratamento
Corticoide + azatioprina (poupador de corticoide) Indicado nos sintomáticos
75
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: o quê é?
Agressão autoimune aos ductos biliares do espaço porta
76
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: Acomete principalmente ..... entre ..... e ..... anos. Associa-se com doença autoimunes como a síndrome de ....., além de haver aumento de ...... (IgG / IgM).
Mulheres. 30 e 60 anos. Sjögren. IgM
77
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: clínica relacionada à colestase e à disabsorção
Colestase: prurido, icterícia, xantelasma... Disabsorção: esteatorreia, ⬇️ vitaminas lipossolúveis (ADEK)
78
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: quando suspeitar?
⬆️ FA + USG sem a dilatação das vias biliares
79
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: diagnóstico
Anticorpo anti-mitocôndria (+) Biópsia em casos suspeitos
80
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: tratamento dos casos leves
Ácido ursodesoxicólico (UDCA)
81
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: tratamento dos casos graves (cirrose)
Transplante
82
**Síndrome Ictérica** Colangite biliar primária: anteriormente conhecida por.....
Cirrose biliar primária
83
**Síndrome Ictérica** Colestase: qual o primeiro exame?
USG de abdome superior
84
**Síndrome Ictérica** Defina: 1) Colelitíase 2) Colecistite 3) Coledocolitíase 4) Colangite
1) Cálculo no interior da vesícula 2) Inflamação da vesícula 3) Cálculo no colédoco 4) Infecção / inflamação das vias biliares, associado com a obstrução da via
85
**Síndrome Ictérica** Cálculos da vesícula e vias biliares: tipos e substância principal
**Amarelo** ➡️ colesterol, mais comum, radiotransparente **Preto** ➡️ bilirrubinato de cálcio, formado no interior da vesícula, associado com hemólise crônica **Marrom** ➡️ mais raro, bilirrubinato de cálcio, formado na via biliar
86
**Síndrome Ictérica** Colelitíase: clínica (2)
Assintomáticos (~ 80-85%) Cólica biliar ➡️ dor em hipocôndrio direito com < 6h de duração
87
**Síndrome Ictérica** Colelitíase: diagnóstico (exame e achado)
USG de abdome (padrão-ouro) Imagens hiperecogênicas com sombra acústica posterior
88
**Síndrome Ictérica** Colelitíase: como diferenciar um cálculo de um pólipo ao USG?
Os pólipos apresentam imagem hiperecogênica **sem** sombra acústica posterior
89
**Síndrome Ictérica** Colelitíase: tratamento do paciente sintomático
Colecistectomia por videolaparoscopia (CVL)
90
**Síndrome Ictérica** Colelitíase: quando tratar um paciente assintomático? (4)
1) Vesícula em porcelana 2) Associação com pólipo 3) Cálculo > 2,5 - 3,0 cm 4) Hemólise crônica
91
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: duração da dor em HCD
> 6h
92
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: sinal característico
Sinal de Murphy (+): interrupção da respiração durante a compressão do ponto cístico pelo examinador
93
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: exame padrão-ouro
Cintilografia biliar
94
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: complicações (4)
1) Gangrena (bile na cavidade abdominal) 2) Fístula (bile drena para outro órgão) 3) Íleo biliar (obstrução do íleo distal por cálculo) 4) Colecistite enfisematosa
95
**Síndrome Ictérica** A colecistite enfisematosa é mais comum em ....., ..... e ..... . A bactéria ..... está relacionada com o quadro e a presença de ar na ..... é patognomônico.
Homens, diabéticos e idosos. Clostridium perfringens. Parede vesical.
96
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: o tratamento é baseado no.....
Guideline de Tokyo
97
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: definição e tratamento do Grau I (leve)
Ausência de critérios para os Graus II e III Tratamento: colecistectomia VLC
98
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: critérios (4) e tratamento do Grau II
Critérios - Leucocitose > 18.000/mm3 - Massa dolorosa e palpável em QSD - Evolução > 72h - Sinais de complicação local Tratamento - Colecistectomia VLC
99
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda: critérios (6) e tratamento do Grau III
Critérios **T** - Tonteira (⬇️ nível de consciência) **O** - O2 (PaO2/FiO2 < 300) **Q** - Queda de plaqueta (< 100 mil) **U** - Uso de amina vasoativa (hipotensão) **I** - INR > 1,5 **O** - Oligúria ou Creatinina > 2 Tratamento: colecistostomia
100
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda alitiásica: o que é? Em quem suspeitar?
Colecistite aguda na ausência de cálculo biliar Mais comum em pacientes graves, internados há vários dias, em jejum e em nutrição parenteral total
101
**Síndrome Ictérica** Colecistite aguda alitiásica: tratamento
Igual da colecistite aguda litiásica, colecistectomia VLC ou colecistostomia (mais comum devido a gravidade dos pacientes)
102
**Síndrome Ictérica** Síndrome de Mirizzi: o que é?
Compressão externa do ducto hepático comum por um cálculo impactado no infundíbulo ou ducto cístico
103
**Síndrome Ictérica** Síndrome de Mirizzi: clínica (2)
Colecistite + colestase
104
**Síndrome Ictérica** Síndrome de Mirizzi: Classificação de CSENDES
Tipo I: sem fístula Tipo II: fístula pega até 1/3 do hepático comum Tipo III: fístula pega até 2/3 do hepático comum Tipo IV: fístula pega toda circunferência do hepático comum
105
**Síndrome Ictérica** Quais os componentes do triângulo de Calot? Qual estrutura passa em seu interior?
Ducto cístico + ducto hepático comum + borda hepática inferior Artéria cística
106
**Síndrome Ictérica** Na abordagem VLC, quais as duas estruturas que devem ser visualizadas entrando na vesícula?
Artéria cística e ducto cístico
107
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: a maior parte dos cálculos é primária ou secundária?
Secundária (90%)
108
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: característica da icterícia
Transitória (obstrução e desobstrução por movimento do cálculo)
109
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: a vesícula é palpável?
Não, pois a obstrução é transitória
110
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: exame inicial
USG abdominal
111
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: outros exames (3)
1) Colangio-RM (bile funciona como contraste) 2) USG endoscópico 3) Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) - capaz de diagnosticar e tratar
112
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: tratamento
Se descoberto antes da CVL: CPRE Se descoberto durante a CVL: exploração da via biliar
113
**Síndrome Ictérica** Síndrome de Mirizzi: tratamento
Tipo I: colecistectomia Tipos II e III: colecistectomia + coledocoplastia Tipo IV: colecistectomia + anastomose biliodigestiva
114
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: probabilidade alta de coledocolitíase, quais os preditores (3) e qual a conduta?
Preditores: - Cálculo visualizado em exame de imagem OU - Colangite aguda OU - Bilirrubina total > 4 + dilatação da via biliar em exame de imagem Conduta: CPRE antes da CVL
115
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: probabilidade intermediária de coledocolitíase, quais os preditores (3) e qual a conduta?
Preditores: - Provas hepáticas alteradas (BT, FA, GGT) OU - Idade > 55 anos OU - Dilatação da via biliar em exame de imagem Conduta: USG endoscópico ou Colangio-RM antes da CVL OU colangiografia intraoperatória
116
**Síndrome Ictérica** Coledocolitíase: na ausência de preditores, o quê fazer?
Colecistectomia videolaparoscópica
117
**Síndrome Ictérica** Colangite aguda: manifestações da colangite não-grave (3)
Tríade de Charcot - Dor em HCD - Febre com calafrios - Icterícia
118
**Síndrome Ictérica** Colangite aguda: manifestações da colangite grave (5)
Pêntade de Reynolds - Tríade de Charcot (icterícia + febre com calafrios + dor em HCD) - Hipotensão - Redução do nível de consciência
119
**Síndrome Ictérica** Colangite aguda: o tratamento é baseado no...
Guideline de Tokyo
120
**Síndrome Ictérica** Colangite aguda: critérios e tratamento do Grau I
Critérios: ausência de critérios para os Graus II e III Tratamento: antibioticoterapia + drenagem (refratários)
121
**Síndrome Ictérica** Colangite aguda: critérios (5) e tratamento do Grau II
Critérios: - Leucócitos > 12.000/mm3 ou < 4.000/mm3 - Febre > 39°C - Idade >= 75 anos - Bilirrubina total >= 5 mg/dL - Hipoalbuminemia Tratamento: antibioticoterapia + drenagem
122
**Síndrome Ictérica** Colangite aguda: critérios (6) e tratamento do Grau III
Critérios **T** - Tonteira (⬇️ nível de consciência) **O** - O2 (PaO2/FiO2 < 300) **Q** - Queda de plaqueta (< 100 mil) **U** - Uso de amina vasoativa (hipotensão) **I** - INR > 1,5 **O** - Oligúria ou Creatinina > 2 Tratamento: antibioticoterapia + drenagem
123
**Síndrome Ictérica** Quais os tumores periampulares? (4)
1) Carcinoma de cabeça de pâncreas (85%) 2) Carcinoma de ampola de Vater 3) Colangiocarcinoma distal 4) Tumor de duodeno
124
**Síndrome Ictérica** Tumores periampulares: manifestações (3)
1) Icterícia progressiva 2) ⬇️ Peso 3) Sinal de Courvoisier-Terrier (vesícula indolor, distendida e palpável)
125
**Síndrome Ictérica** Tumores periampulares: tratamento curativo
Cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia)
126
**Síndrome Ictérica** Tumores periampulares: particularidade do carcinoma de ampola de Vater
Ocorrência de necrose hemorrágica, havendo redução da icterícia (desobstrução) e melena (sangramento)
127
**Síndrome Ictérica** Tumores periampulares: tipo histológico mais comum do carcinoma de cabeça de pâncreas
Adenocarcinoma ductal (80-90%)
128
**Síndrome Ictérica** Tumores periampulares: marcador tumoral do carcinoma de cabeça de pâncreas
CA 19-9
129
**Síndrome Ictérica** Tumores periampulares: critérios de ressecabilidade e condutas
**Ressecável:** ➡️ cirurgia - Sem contato arterial com tronco celíaco (TC) e artéria mesentérica superior (AMS) E - Contato venoso com veia porta e veia mesentérica superior ≤ 180° **Bordeline:** ➡️ neoadjuvância (QT + RT) + avaliar a cirurgia - Contato arterial ≤ 180° E/OU - Contato venoso > 180° **Irressecável:** ➡️ paliação - Contato arterial > 180° E/OU - Reconstrução venosa inviável
130
**Síndrome Ictérica** Tumor de Klatskin: o quê é?
O colangiocarcinoma peri-hilar é o tipo mais comum de colangiocarcinoma
131
**Síndrome Ictérica** Tumor de Klatskin: manifestações (3)
1) Icterícia progressiva 2) ⬇️ peso 3) Vesícula não palpável (obstrução alta)
132
**Síndrome Ictérica** Tumor de Klatskin: achados de suspeição no USG abdominal (2)
Vesícula murcha + dilatação das vias biliares intra-hepáticas
133
**Síndrome Ictérica** Tumor de Klatskin: Classificação de Bismuth
Dica: anatômica e ascendente Tipo I: hepático comum Tipo II: confluência dos hepáticos Tipo IIIa: hepático direito Tipo IIIb: hepático esquerdo Tipo IV: ambos os hepáticos
134
**Síndrome Ictérica** Hepatite alcoólica: clínica
Dor, icterícia, febre
135
**Síndrome Ictérica** Hepatite alcoólica: achados dos exames laboratoriais (2)
1) Leucocitose com neutrofilia (reação leucemoide) 2) Aumento de transaminases até 400 U/L (AST > ALT)
136
**Síndrome Ictérica** Hepatite alcoólica: achados na biópsia
Corpúsculos de Mallory + infiltrado polimorfonuclear + lesão de padrão venular (central ou centrolobular)
137
**Síndrome Ictérica** Hepatite alcoólica: tratamento nos casos leves
Abstinência alcoólica
138
**Síndrome Ictérica** Hepatite alcoólica: tratamentos dos casos graves
Abstinência alcoólica + prednisolona 40 mg/dia, por 28 dias Alternativa: pentoxifilina
139
**Síndrome Ictérica** Hepatite alcoólica: valor do Escore de Maddrey associado aos casos graves
>= 32
140
**Síndrome Ictérica** Colangite esclerosante primária: associação
Retocolite ulcerativa (70%)
141
**Síndrome Ictérica** Colangite esclerosante primária: anticorpo associado
p-ANCA
142
**Síndrome Ictérica** A colangite esclerosante primária acomete mais ..... (homens / mulheres), enquanto a colangite biliar primária acomete mais ..... (homens / mulheres)
Homens. Mulheres.
143
**Síndrome Ictérica** Na colangite esclerosante primária, por haver acometimento das ....., a CPRE ..... (está / não está) alterada. Na colangite biliar primária, o acometimento dos ..... faz a CPRE estar ..... (normal / alterada)
Grandes vias biliares intra e extra-hepáticas. Não está. Pequenos e médios ductos biliares do espaço porta. Normal.
144
**Síndrome Ictérica** Colangite esclerosante primária: há indicação de ácido ursodesoxicólico?
Não, a eficácia é comprovada apenas para cirrose biliar primária
145
**Síndrome Ictérica** Colangite esclerosante primária: conduta se obstrução
Stent
146
**Síndrome Ictérica** Colangite esclerosante primária: tratamento na cirrose
Igual ao da cirrose biliar primária ➡️ transplante
147
**Síndrome Ictérica** Cistos biliares: principal fator de risco
Junção pancreatobiliar anômala
148
**Síndrome Ictérica** Cistos biliares: Classificação de Todani
149
**Síndrome Ictérica** Cistos biliares: tríade clássica
Icterícia + dor em QSD + massa palpável
150
**Síndrome Ictérica** Cistos biliares: tratamento
Sempre cirúrgico! Tipos I, II e IV: colecistectomia + ressecção das lesões císticas e dos ductos extra-hepáticos + reconstrução com derivação biliodigestiva - No tipo IV pode ser necessária a ressecção hepática Tipo III: esfincterotomia (dilatação) Tipo V (doença de Caroli): lobectomia se acometer só um lobo - Demais: tratamento das complicações ou transplante hepático
151
**Síndrome Ictérica** Antídoto para intoxicação aguda por paracetamol (acetaminofeno)
N-acetilcisteína, idealmente nas primeiras 8h, sendo efetivo até 24-36h
152
**Síndrome Ictérica** Critérios de transplante hepático para pacientes em uso de paracetamol segundo o Hospital King's College de Londres (2)
1) pH < 7,3, independente do grau de encefalopatia OU 2) Encefalopatia graus III e IV + TAP ou TP > 100s + creatinina > 3,4 mg/dL
153
**Síndrome Ictérica** Critérios de transplante hepático para pacientes que não estão em uso de paracetamol segundo o Hospital King's College de Londres
1) TAP ou TP > 100s (INR > 6,5) OU 2) ≥ 3 dos seguintes: - Idade < 10 ou > 40 anos - Etiologia desfavorável da doença hepática (não inclui HAV e HBV) - Icterícia precedendo a encefalopatia por mais de 7 dias - TP > 50s (INR > 3,5) - Bilirrubina total > 17,5
154
**Síndrome Diarreica** Definição de diarreia quanto à frequência e ao volume de fezes?
> 3 evacuações/dia > 200 g/dia
155
**Síndrome Diarreica** Classificação quanto a duração da diarreia (3)
Aguda: < 2 semanas Protraída ou persistente: entre 2 e 4 semanas Crônica: > 4 semanas
156
**Síndrome Diarreica** Classificação da diarreia quanto a topografia (2)
**Alta** - Delgado - ⬆️ volume e ⬇️ frequência - Restos alimentares **Baixa** - Cólon - ⬇️ volume e ⬆️ frequência - Tenesmo
157
**Síndrome Diarreica** Classificação da diarreia quanto à presença de invasão (2)
Invasiva: **com** sangue, muco e/ou pus Não invasiva: **sem** sangue, muco e/ou pus Observação: muco é o achado menos confiável
158
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: principal causa
Infecções
159
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: principais agentes virais em adultos e em crianças
**Crianças**: rotavírus **Adultos**: norovírus **Adultos + crianças**: rotavírus
160
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: qual é mais comum, as de etiologia viral ou bacteriana?
Viral, costumam ser mais curtas (2-3 dias)
161
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: qual a conduta principal?
Hidratação, os quadros costumam ser autolimitados
162
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: pode-se fazer antidiarreicos?
Depende, o uso de, por exemplo, Loperamida (Imosec) é contraindicado em caso de disenteria ou suspeita de disenteria
163
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: quando indicar hidratação venosa?
Quando o paciente apresentar perda > 10% do peso em decorrência da diarreia
164
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: está indicado ATB empírico?
Sim, sobretudo nos pacientes com maior chance de evoluir com diarreia bacteriana grave
165
**Síndrome Diarreica** Diarreia aguda: como fazer ATB empírico?
Geralmente com quinolonas Ciprofloxacina 500mg, 12/12h, por 3 dias OU Levofloxacina 500 mg, 1x/dia, por 3 dias
166
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: agente
Clostridioides difficile, Gram-positivo anaeróbio obrigatório
167
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: associação com quais substâncias? (3)
Uso prévio de ATB como Clindamicina, Cefalosporinas e Quinolonas
168
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: quando inicia a diarreia?
No geral, em 4-9 dias (~ 7 dias) do início do ATB, mas pode ocorrer em até 6 semanas
169
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: diagnóstico
Detecção das toxinas A (enterotoxina) e B (citotoxina) nas fezes Detecção do C. difficile produtor de toxina por cultura, PCR ou teste de amplificação de ácido nucleico (NAAT) Observação de pseudomembranas na colonoscopia
170
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: classificação de gravidade (3)
**Não grave:** leucometria <= 15.000 e creatinina < 1,5 **Grave:** leucometria > 15.000 e/ou creatinina >= 1,5 **Fulminante:** presença de hipotensão, choque, íleo paralítico ou megacólon
171
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: tratamento dos casos graves e não graves
Vancomicina 125 mg, 6/6h, VO, por 10-14 dias OU Fidaxomicina 200 mg, VO, por 10 dias
172
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: tratamento da colite fulminante
Vancomicina 125 mg, 6/6h, VO, por 10-14 dias **+** Metronidazol 500 mg, 8/8h, IV, por 10-14 dias
173
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: qual outra medida é importante para o tratamento independente da gravidade?
Suspender o ATB prévio
174
**Síndrome Diarreica** Colite pseudomembranosa: qual a medida mais importante de prevenção?
Lavagem das mãos com água e sabão, o uso de álcool 70° pode não eliminar os esporos
175
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: o que é?
Reação imunomediada à proteína do glúten presente em trigo, centeio e cevada
176
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: predisposição genética (2)
HLA-DQ2 e HLA-DQ8
177
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: clínica (4)
Assintomáticos Diarreia crônica Manifestações relacionadas a deficiência nutricional Manifestações neuropsiquiátricas
178
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: lesão cutânea
Dermatite herpetiforme
179
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: risco aumentado de quais neoplasias?
Linfoma T intestinal e adenocarcinoma de jejuno
180
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: associações (2)
Síndromes genéticas (ex.: Down) e doenças autoimunes (DM1, Hashimoto)...
181
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: qual costuma ser o 1° exame?
Sorologia: antitransglutaminase tecidual IgA (melhor custo benefício com alta sensibilidade e especificidade) O paciente precisa estar em dieta COM glúten
182
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: qual exame confirmatório e padrão-ouro?
Biópsia da porção mais distal do duodeno com MARSH 2 e 3
183
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: é possível confirmar o diagnóstico sem a biópsia?
Pelo Consenso Europeu, é possível em **crianças** com antitranglutaminase tecidual IgA > 10x o LSN + antiendomísio IgA positivo A SBP preconiza a biópsia para todos os pacientes
184
**Síndrome Diarreica** Doença celíaca: tratamento
Excluir o glúten da dieta
185
**Síndrome Diarreica** Doença de Whipple: o que é?
Doença infecciosa causada pelo bacilo Gram-positivo Tropheryma whipplei
186
**Síndrome Diarreica** Doença de Whipple: clínica (4)
Diarreia / esteatorreia Artralgia / artrite **Mioarritmia oculomastigatória e oculofacialesquelética, acompanhada de paralisia do olhar vertical supranuclear** Endocardite
187
**Síndrome Diarreica** Doença de Whipple: diagnóstico
Biópsia de delgado contendo macrófagos PAS-positivos
188
**Síndrome Diarreica** Doença de Whipple: tratamento
Ceftriaxona, IV, por 2 semanas + Sulfametoxazol / Trimetropina, VO, por 1 ano
189
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: 3 características da DC
Transmural Pode acometer todo TGI (boca ao ânus) Padrão descontínuo (pedra de calçamento)
190
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: 3 características da RCU
Acomete a mucosa (menos comumente a submucosa) Acomete do reto ao cólon Padrão contínuo e ascendente
191
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: em qual o cigarro é um fator de risco?
Doença de Crohn (**DC** = **D**oença do **C**igarro) O cigarro é **fator protetor** da RCU
192
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: clínica da DC (3)
Dor abdominal + diarreia + emagrecimento
193
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: clínica da RCU
Diarreia com sangue e muco
194
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: autoanticorpos mais relacionados com DC e RCU
DC: ASCA (Quem tem Crohn se LASCA) RCU: p-ANCA (colangite esclerosante)
195
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: manifestações extra-intestinais
Mnemônico: **RCU E DC** **R**: resposta imune **C**: colangite esclerosante **U**: uveíte anterior **E**: eritema nodoso (geralmente pré-tibial) e pioderma gangrenoso (mais comum RCU) **D**: dor articular, espondilite anquilosante **C**: cálculos renais e biliares (mais comum na DC pelo aumento da absorção de oxalato)
196
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: quais manifestações extra-intestinais tem relação com a atividade da doença? (2)
Eritema nodoso Artrite periférica
197
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: achado da biópsia patognomônico de DC
Presença de granuloma não caseoso
198
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: o tratamento pode ser dividido em...
Indução da remissão e manutenção
199
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: opções para indução da remissão (3)
Corticoide (não é pulsoterapia) Derivados do 5-ASA (sulfassalazina, mesalazina...) Anti-TNF (casos mais graves como DC com fístula)
200
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: opções para manutenção (2)
Derivados do 5-ASA (casos mais leves) Imunobiológico + imunomodulador
201
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: indicações do tratamento cirúrgico (3)
1) Refratariedade ao tratamento clínico 2) Displasia / Câncer 3) Complicações
202
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: tratamento cirúrgico eletivo da RCU
Protocolectomia com IPAA
203
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: cirurgia de urgência da RCU
Colectomia à Hartmann
204
**Síndrome Diarreica** Doença Inflamatória Intestinal: cirurgia de DC
Ressecção segmentar com menor tamanho possível (minimizar a chance de síndrome do intestino curto) Estenoplastia pode ser opção se obstrução
205
**Síndrome Diarreica** Síndrome do intestino irritável: população mais acometida
Mulheres entre 30-50 anos
206
**Síndrome Diarreica** Síndrome do intestino irritável: diagnóstico (Critérios ROMA IV)
Dor abdominal pelo menos 1x/semana nos últimos 3 meses, mais >= 2 dos seguintes: - Relação com a defecação - Mudança na frequência da defecação - Mudança na forma / consistência das fezes Os sintomas devem ter começado há no mínimo 6 meses e outras causas devem ter sido excluídas
207
**Síndrome Diarreica** Síndrome do intestino irritável: tratamento (3)
Suporte psicológico (entender que não há cura + tratamento das doenças psiquiátricas associadas) Suporte nutricional (regularidade da alimentação, consumo de fibras) Suporte farmacológico (antiespasmódicos, antidiarreico, antidepressivo...)
208
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: anteriormente conhecido por...
Tumor carcinoide
209
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: locais mais comum de acometimento
Apêndice (principal) Jejuno-íleo (principalmente íleo distal) Reto
210
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: tríade da Síndrome Carcinoide
Flushing + Diarreia + Doença valvar direita
211
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: qual o tipo mais associado com a síndrome carcinoide?
Principalmente os de íleo que produzem metástase hepática
212
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: complicação
Pelagra (⬇️ niacina ou B3) - Diarreia - Demência - Lesões cutâneas hiperpigmentadas e crostosas
213
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: screening (2)
Dosagem do ácido 5-hidroxi-indolacético (5-HIAA) na urina Concentração de cromogranina A no sangue
214
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: exames de imagem (2)
Cintilografia com análogos da somatostatina (pentetreotide) ➡️ localizar o tumor TC de abdome ➡️ metástases hepáticas
215
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: cirurgia do tumor de apêndice < 1 cm ou entre 1-2 cm localizado na ponta do apêndice
Apendicectomia
216
**Síndrome Diarreica** Tumor neuroendócrino intestinal: cirurgia do tumor de apêndice > 2 cm ou entre 1-2 cm com invasão do mesoapêndice
Hemicolectomia direita
217
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: dois principais grupos?
Protozoários e Helmintos
218
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: subdivisão do grupo dos Helmintos (2)
Nematelminto e Platelminto
219
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: quais os helmintos com ciclo pulmonar (Sd. de Löffler)? (5)
Mnemônico **SANTA** **S** - Strongyloides stercoralis **A** - Ancylostoma duodenale **N** - Necator americanus **T** - Toxocara canis **A** - Ascaris lumbricoides
220
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: o que é a Síndrome de Löffler?
Pneumonia eosinofílica com infiltrados pulmonares migratórios
221
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: nas com ciclo pulmonar, há aumento de ..... no sangue periférico
Eosinófilos
222
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: quais são causadas por platelmintos? (2)
Esquistossomose (Schistosoma mansoni) Teníase (Taenia solium / Taenia saginata)
223
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: droga para o tratamento de infecção por platelminto?
**P**raziquantel ➡️ **P**latelminto
224
**Síndrome Diarreica** A teníase ocorre pela ingestão de ..... da Taenia solium ou Taenia saginata, sendo o hospedeiro intermediário da primeira os ..... e da segunda os ..... . A cisticercose ocorre pela ingestão de ..... da Taenia .....
Larvas (carne crua ou mal-cozida). Suínos. Bovinos. Ovos (água e hortaliças contaminadas). Solium
225
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: qual o quadro clínico da teníase? (2)
Assintomático ou sintomas gastrointestinais inespecíficos
226
**Síndrome Diarreica** Quanto ao diagnóstico de teníase, a detecção de ovos nas fezes ..... (permite / não permite) identificar a espécie. A detecção de proglótides por ..... nas fezes ..... (permite / não permite) identificar a espécie.
Não permite. Tamisação. Permite.
227
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: tratamento da teníase (3)
Praziquantel Mebendazol / Albendazol Niclosamida
228
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: quadro clínico da neurocisticercose (3)
Convulsões (mais comum) Hidrocefalia Hipertensão intracraniana
229
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: característica do LCR na neurocisticercose
Linfomononuclear com aumento de eosinófilos
230
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: o que determina o tratamento da neurocisticercose e como ele é feito? (2)
Determinado pela quantidade de lesões na neuroimagem **1 lesão**: Albendazol OU Praziquantel + glicocorticoide **>= 2 lesões**: Abendazol + Praziquantel + glicocorticoide
231
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: na esquistossomose, como ocorre a contaminação?
Pela penetração cutânea da larva cercária
232
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: no humano, onde vive o verme adulto da esquistossomose e onde ocorre a deposição dos ovos?
Verme adulto: vasos mesentéricos Colocação dos ovos no plexo venoso retal
233
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: na esquistossomose, qual os 3 destinos dos ovos?
Eliminação pelas fezes Atingir outros órgãos como o fígado através da corrente sanguínea Ficar retido na mucosa retal
234
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: acometimento cutâneo da esquistossomose
Dermatite cercariana (erupção maculopapular e pruriginosa)
235
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: história / epidemiologia clássica da esquistossomose
Pessoas que nadam em lagoas coceira
236
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: clínica da esquistossomose aguda (4)
**Febre de Katayama** - Febre alta - Hepatoesplenomegalia - Adenomegalia - **Eosinofilia marcante**
237
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: a forma crônica da esquistossomose relaciona-se com .... (ovos/larvas)
Ovos
238
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: clínica da forma crônica da esquistossomose (3)
**Granulomas e fenômenos imunológicos** - Hipertensão porta - Hipertensão pulmonar - Mielite transversa
239
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: diagnóstico da esquistossomose (2)
Pesquisa de ovos nas fezes pelo método Lutz ou Kato-Katz Biópsia retal
240
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: tratamento de 1ª escolha da esquistossomose e alternativo
1ª escolha: Praziquantel Alternativo: Oxamniquina
241
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: características dos protozoários (4)
1) Unicelulares 2) Não causam eosinofilia 3) Geralmente assintomáticos 4) Transmissão fecal-oral
242
**Síndrome Diarreica** A contaminação pelos protozoários ocorre pela ingestão de ....., os ..... são a forma parasitária e a transmissão, através das fezes, ocorre pela eliminação de .....
Cistos. Trofozoítas. Cistos.
243
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: agente etiológico da amebíase
Entamoeba histolytica
244
**Síndrome Diarreica** Quanto as parasitoses por protozoários, a ..... é uma parasitose ..... (invasiva/não invasiva) do cólon, enquanto que a ..... é uma parasitose ..... (invasiva/não invasiva) de intestino delgado
Amebíase. Invasiva. Giardíase. Não invasiva
245
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: clínica da forma intestinal da amebíase (2)
Colite amebiana (disenteria) Ameboma (massa abdominal, "pseudotumor")
246
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: clínica da forma extra-intestinal da amebíase (3)
Abscessos hepático, pulmonar e em SNC
247
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: diagnóstico das parasitoses por protozoários (2)
Pesquisa de cistos ou trofozoítas EPF Sorologia (formas extra-intestinais)
248
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: o que determina o tratamento da amebíase e como ele é feito?
Presença ou não de clínica **Assintomáticos:** Teclozam ou Etofamida **Sintomáticos:** Secnidazol ou outro nidazol + Teclozam ou Etofamida
249
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: deve-se tratar o paciente na presença de **Entamoeba coli**, **Iodamoeba butschlii**, **Endolimax nana**, **Entamoeba dispar** ou **Entamoeba hartmanni**?
Não, pois são amebas comensais!
250
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: agente etiológico da giardíase
Giardia lamblia (Giardia intestinalis ou duodenalis)
251
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: o que a Giardia faz no duodeno e no jejuno proximal? (2)
"Atapeta" e inflama
252
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: clínica da giardíase
Associada à síndrome de má-absorção
253
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: tratamento de 1ª escolha e alternativo da giardíase
1ª escolha: Tinidazol ou outro nidazol Alternativo: Albendazol por pelo menos 5 dias
254
**Síndrome Diarreica** Ascaridíase: agente etiológico
Ascaris lumbricoides
255
**Síndrome Diarreica** Ascaridíase: clínica (2)
Síndrome de Löffler + Obstrução (intestinal, colédoco, apêndice...)
256
**Síndrome Diarreica** Ascaridíase: tratamento na ausência de oclusão intestinal (4)
Bendazol (me/ti/al) Levamisol (específico para Ascaris) Pamoato de pirantel Ivermectina
257
**Síndrome Diarreica** Ascaridíase: 3 passos do tratamento da oclusão intestinal
1º) Suporte (SNG aberta + hidratação) 2°) Óleo mineral + piperazina (não usa mais) ou salina hipertônica ou gastrografina 3°) Bendazol para completar a eliminação
258
**Síndrome Diarreica** Ascaridíase: conduta se obstrução refratária
Cirurgia para retirada dos vermes
259
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: agente etiológico e sinonímia
Toxocara canis. Larva migrans visceral
260
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: hospedeiro definitivo
Cães
261
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: hospedeiro acidental
Humanos
262
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: epidemiologia / história típica
Crianças que brincam na areia (praia/parquinho)
263
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: clínica (4)
Síndrome de Löffler + hepatomegalia + febre + eosinofilia intensa (é a que mais aumenta)
264
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: diagnóstico
Sorologia (humanos são hospedeiros acidentais, logo não eliminam ovos/larvas pelas fezes)
265
**Síndrome Diarreica** Toxocaríase: tratamento
Albendazol +/- corticoide (em caso de muitos sintomas sistêmicos)
266
**Síndrome Diarreica** Ancilostomíase: agentes etiológicos
Ancylostoma duodenale e Necator americanus
267
**Síndrome Diarreica** Ancilostomíase: como ocorre a contaminação do hospedeiro?
Pela penetração cutânea da larva
268
**Síndrome Diarreica** Ancilostomíase: clínica (3)
Lesão cutânea (eritema serpiginoso, migratório e pruriginoso) Síndrome de Löffler **Anemia ferropriva**
269
**Síndrome Diarreica** Ancilostomíase: diagnóstico
EPF
270
**Síndrome Diarreica** Ancilostomíase: tratamento
Bendazol
271
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: agente etiológico
Strongyloides stercoralis
272
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: como ocorre a contaminação do hospedeiro?
Pela penetração cutânea da larva, cujo ovo eclode no interior do TGI
273
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: clínica (2)
Lesão cutânea (eritema serpiginoso e migratório) + Síndrome de Löffler
274
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: pode haver autoinfestação?
Sim, sobretudo em imunossuprimidos, caracterizando a forma disseminada da doença
275
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: na forma disseminada, pode haver...
Sepse por Gram-negativos
276
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: diagnóstico
EPF
277
**Síndrome Diarreica** Estrongiloidíase: tratamento de 1ª escolha e alternativos (3)
1ª escolha: Ivermectina Alternativos: Albendazol ou Tiabendazol ou Cambendazol Mebendazol não é eficaz
278
**Síndrome Diarreica** Enterobíase: agente etiológico e sinonímia
Enterobius vermicularis. Oxiuríase
279
**Síndrome Diarreica** Enterobíase: clínica (2)
Prurido anal intenso (pior a noite) Corrimento vaginal da infância
280
**Síndrome Diarreica** Enterobíase: há eosinofilia?
Normalmente não, pois não há ciclo pulmonar
281
**Síndrome Diarreica** Enterobíase: diagnóstico
Fita gomada (método de Graham)
282
**Síndrome Diarreica** Enterobíase: tratamento (3)
Pamoato de pirvínio Pamoato de pirantel Bendazol (albendazol ou mebendazol) Dose única e repetir em 15 dias Tratar todos os contatos domiciliares
283
**Síndrome Diarreica** Tricuríase: agente etiológico e sinonímia
Trichuris trichiura. Tricocefalíase
284
**Síndrome Diarreica** Tricuríase: clínica característica
Prolapso retal
285
**Síndrome Diarreica** Tricuríase: diagnóstico
EPF
286
**Síndrome Diarreica** Tricuríase: tratamento (3)
Mebendazol, albendazol ou ivermectina
287
**Síndrome Diarreica** Parasitoses: medicamento universal
Nitazoxanida (Annita) - não disponível no SUS
288
**Síndrome metabólica I** Quais os 5 critérios para definição da SM?
>= 3 dos seguintes: 1) ⬆️ PA (>= 130/85 mmHg ou tratamento) 2) ⬆️ Triglicerídeos (>= 150 mg/dL ou tratamento) 3) ⬆️ Glicemia de jejum (>= 100 mg/dL) ou tratamento de diabetes 4) ⬇️ HDL (M < 50 | H < 40 mg/dL) 5) ⬆️ Circunferência abdominal (M > 88 | H > 102) - O certo é considerar a etnia
289
**Síndrome metabólica I** HAS: diagnóstico (7)
PA >= 140/90 mmHg em 2 ou mais ocasiões / consultas **OU** PA >= 140/90 mmHg em uma medida com lesão de órgão alvo (LOA) **OU** PA >= 180/110 mmHg **OU** **Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA)** >= 130/80 mmHg (24h) **OU** >= 135/85 mmHg (vigília) **OU** >= 120/70 mmHg (sono) ➡️ perda do descenso noturno (maior risco cardiovascular) **OU** **Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA)** >= 130/80 mmHg (residencial) - idealmente 6 medidas em horários diferentes em 5 dias distintos
290
**Síndrome metabólica I** HAS: O que são HAS do jaleco branco e HAS mascarada? Qual apresenta maior gravidade?
HAS jaleco branco: ⬆️ PA consultório | MAPA normal HAS mascarada: PA do consultório normal | ⬆️ MAPA - Maior gravidade
291
**Síndrome metabólica I** HAS: Qual a classificação? (6)
1) Ótima: PAS < 120 E PAD < 80 2) Normal: PAS < 130 E PAD < 85 3) Pré-HAS: PAS < 140 E PAD < 90 4) HAS E1: PAS >= 140 OU PAD >= 90 5) HAS E2: PAS >= 160 OU PAD >= 100 6) HAS E3: PAS >= 180 OU PAD >= 110 Dicas: - PAS nos 3 primeiros aumenta de 10 em 10 e a PAD de 5 em 5 - Nos 3 últimos, o aumento dobra: PAS de 20 em 20 e PAD de 10 em 10
292
**Síndrome metabólica I** HAS: O que é HAS sistólica isolada?
PAS >= 140 E PAD < 90
293
**Síndrome metabólica I** HAS: Qual o quadro clínico?
Geralmente **assintomáticos** Depois de anos ➡️ lesão de órgão-alvo (LOA) - Cardiopatia (IAM, IC...) - AVE | Demência - Aorta | Arteriopatia periférica (claudicação) - Rim (nefroesclerose) - Retinopatia
294
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais os dois mecanismos de LOA?
Dano vascular Sobrecarga
295
**Síndrome metabólica I** HAS: Classificação Keith-Wagener-Barker (KWB) da retinopatia hipertensiva (4)
I - Estreitamento arteriolar II - Cruzamento AV patológico ("fios de cobre" ou "fios de prata") III - Hemorragias (chama de vela) e exsudatos (manchas algodonosas) IV - Papiledema (edema de papila bilateral)
296
**Síndrome metabólica I** HAS: O que determina e como é feito o tratamento? Quais os alvos pressóricos? (3)
Alvos - Geral: < 140/90 - Alto risco cardiovascular (DRC, DM, LOA, doenças cardiocerebrovasculares): < 130/80 - Idoso frágil: < 160/90 Tratamento: - Todos: mudança do estilo de vida ➡️ **perda de peso** (mais importante) | dieta DASH | atividade (30 minutos/dia) | ⬇️ consumo de sódio (< 2 g/dia) - Estágio 1 | Pré-HAS com alto risco cardiovascular | Idoso frágil ➡️ Começar com 1 droga **OU** Tentar MEV por 3-6 meses (pacientes jovens, com baixo risco cardiovascular) - Estágio 2 | 3 | Estágio 1 com alto risco cardiovascular ➡️ Começar com 2 drogas
297
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais as classes dos fármacos de 1ª linha (4)? Quais não podem ser associadas?
IECA (...pril) BRA (...sartan) Diurético tiazídico Bloqueador de canal de cálcio IECA e BRA não podem ser associadas
298
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais as indicações (5) e as contraindicações (5) para o uso de IECA ou BRA?
Indicações: - Jovem, branco - Doença renal - Diabetes (sobretudo se microalbuminúria) - IC, IAM (cardioproteção) - Doença gotosa (apenas **Losartan**) Contraindicações: - Creatinina > 3 (IRA) ➡️ **contraindicação relativa** - K > 5,5 (hipercalemia) - Estenose **bilateral** das artérias renais - Tosse | Angioedema (somente IECA) ➡️ aumento de bradicinina (a conduta é trocar o IECA por BRA) - Gestação
299
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais a indicações (2) e contraindicações (7) ao uso dos diuréticos tiazídicos?
Clortalidona (mais potente) e Hidroclorotiazida Indicações: - Negro, idoso (sem as demais indicações para o uso de IECA ou BRA) - Osteoporose (retém cálcio) Contraindicações: - 4 HIPO: volemia, Na, K, Mg - 3 HIPER: glicemia, lipidemia, uricemia **(contraindicado na doença gotosa)** Se hiperglicemia e/ou hiperlipidemia, pode-se prescrever com cautela
300
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais as indicações (3) e contraindicações (4) ao uso de bloqueadores de canais de cálcio?
Vaso: ("...dipinas") Cardio: diltiazem, verapamil Indicações: - Negro, idoso (sem as outras indicações para o uso de IECA ou BRA) - Arteriopatia periférica - Fibrilação atrial Contraindicações: - Cefaleia e edema - Bradiarritmias e ICC
301
**Síndrome metabólica I** HAS: Qual a 4ª droga de escolha no tratamento?
Espironolactona
302
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais as drogas de 2ª linha e quais as indicações de cada uma? (6)
"Indicado quando há outra condição que justifique o seu uso" Betabloqueador - IC, IAM, enxaqueca Clonidina (efeito sedativo) - Crise hipertensiva Metildopa e Hidralazina - Gestação Prazosina - Doença prostática Alisquireno (inibe a renina) - Sem indicação específica
303
**Síndrome metabólica I** HAS: Qual a definição de HAS resistente?
PA não controlada apesar da adesão e do tratamento otimizado com pelo menos 3 fármacos de classes diferente, incluindo o diurético tiazídico, IECA ou BRA e bloqueador de canal de cálcio
304
**Síndrome metabólica I** HAS: Na prova, quais os achados sugestivos de HAS secundária? (3)
Quando há a descrição de um caso de HAS resistente / grave Idade < 30 ou > 55 anos (idade atípica) LOA desproporcional ao valor pressórico / tempo de doença
305
**Síndrome metabólica I** HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + hipocalemia e/ou alcalose metabólica, pensar em?
Hiperaldosteronismo primário (suprarrenal) - ⬆️ aldosterona e ⬇️ renina Hiperaldosteronismo secundário (estenose artéria renal) - Sopro abdominal - Angio-TC ou arteriografia renal
306
**Síndrome metabólica I** HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + ⬆️ Cr e proteinúria (edema), pensar em?
Doença renal parenquimatosa - USG - Clearance creatinina (TGF)
307
**Síndrome metabólica I** HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + ronco e sonolência, pensar em?
Apneia do sono (SAHOS) - Polissonografia
308
**Síndrome metabólica I** HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + crises de "cefaléia, sudorese e palpitação", pensar em?
Feocromocitoma - Dosagem de metanefrinas séricas (triagem) - Dosagem de metanefrinas urinárias (diagnóstico)
309
**Síndrome metabólica I** HAS: Achados sugestivos de HAS secundária + paciente jovem com ⬇️ pulso femoral, pensar em?
Coarctação da aorta - Doppler - Angio-TC
310
**Síndrome metabólica I** HAS: O que é crise hipertensiva?
Aumento súbito e expressivo da PA, geralmente PAS >= 180 mmHg OU PAD >= 120 mmHg
311
**Síndrome metabólica I** HAS: definição de emergência hipertensiva
Crise hipertensiva + lesão aguda de órgão-alvo - Encefalopatia - IAM - Edema agudo - Retinopatia III e IV
312
**Síndrome metabólica I** HAS: definição de urgência hipertensiva
Crise hipertensiva sem lesão aguda de órgão-alvo - Epistaxe - Pré-operatório - Retinopatia I e II
313
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais as condutas na emergência hipertensiva? Quais as drogas e via de administração?
1ª hora: ⬇️ PA em 20-25% 2-6 horas: PA 160 x 110 mmHg Drogas IV: - Nitroprussiato (escolha) - Nitroglicerina (IAM) - Betabloqueador (dissecção da aorta)
314
**Síndrome metabólica I** HAS: Qual a conduta na urgência hipertensiva? Quais as drogas e via de administração?
PA 160 x 110 em 24-48h Drogas VO: - IECA (captopril) - Furosemida - Clonidina...
315
**Síndrome metabólica I** HAS: Quais as situações em que a redução da PA deverá ser mais intensa? (2)
Dissecção da aorta (menor PA que o paciente tolerar) AVE hemorrágico ("normalizar" PA)
316
**Síndrome metabólica I** HAS: Qual a conduta se AVE isquêmico? (2)
Só reduzir a PA se > 220/120 **OU** > 185/110 (se candidato à trombólise)
317
**Síndrome metabólica I** HAS: O que é pseudocrise hipertensiva e qual a conduta?
PA alterada em paciente sem sintomas, com exames normais e que não será submetido a nenhum procedimento, sendo geralmente ocasionada por dor ou evento emocional Prescrever ansiolítico, analgesia...
318
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: Quais as 5 lipoproteínas?
Quilomícron ➡️ rica em triglicerídeos (exógeno) VLDL ➡️ rica em triglicerídeos (endógeno) IDL ➡️ rica em colesterol LDL ➡️ rica em colesterol HDL ➡️ rica em colesterol
319
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: como calcular o LDL? Qual a contraindicação ao uso dessa fórmula?
Fórmula de Friedewald: LDL = colesterol total - HDL - TG/5 Contraindicado se triglicerídeos (TG) > 400
320
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: Triglicerídeos, qual o alvo e qual a terapia?
Alvo: < 150 Terapia: - Dieta (reduzir consumo de carboidratos) - Atividade física - >= 500: fibrato
321
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: HDL, qual o alvo e qual a terapia?
Alvo: - > 40 em homens - > 50 em mulheres Terapia: - Ácido nicotínico (sem recomendação de fazer)
322
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: LDL, quais os alvos (4) e qual a terapia?
Alvos (depende do risco cardiovascular): - **Risco muito alto** (doença arterial aterosclerótica - IAM, AVE, arteriopatia periférica...): < 50 mg/dL - **Risco alto** (LDL >= 190 | Escore de risco >= 20% | LDL 70-189 + Escore >= 7,5% ou diabetes): < 70 mg/dL - **Risco intermediário** (diabetes isolado): < 100 mg/dL - **Baixo risco**: < 130 mg/dL Terapia: - Estatinas para terapia de alta intensidade (⬇️ LDL >= 50%): Atorvastatina 40-80 mg | Rosuvastatina 20-40 mg - Estatinas para terapia de moderada intensidade (⬇️ LDL 30-49%): Atorvastatina 10-20 mg | Sinvastatina 20-40 mg
323
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: Qual o tempo de uso das estatinas? Quais os efeitos adversos? (2)
Indefinido, mas pode-se reduzir a dose a fim de evitar efeitos adversos Efeitos adversos: - Hepatite - Miopatia (mais comum)
324
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: Deve-se evitar a associação de estatina com fibrato?
Se possível, sim (reduzir a chance de efeitos adversos)
325
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: O que fazer se paciente intolerante ou refratário ao uso das estatinas?
Prescrever ezetimibe OU inibidor PCSK9 (evolocumabe ou alirocumabe)
326
**Síndrome metabólica I** Dislipidemias: Quando fazer terapia de alta intensidade com estatina?
Risco muito alto ou risco alto (LDL >= 190 | Escore de risco >= 20%) Se risco alto com LDL entre 70 e 180, pode optar pela terapia de moderada intensidade
327
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os valores para o diagnóstico? (4)
≥ 2 testes alterados (podem ser iguais ou diferentes): **Glicemia em jejum** - ≥ 126 mg/dL **Glicemia após 2 horas (TOTG 75g)** - ≥ 200 mg/dL **Hemoglobina glicada (HbA1c)** - ≥ 6,5% **OU** Uma **Glicemia aleatória** ≥ 200 mg/dL **com** sintomas
328
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os valores que indicam pré-diabetes? (3)
Não são necessários 2 testes positivos **Glicemia em jejum** - 100-125 mg/dL **Glicemia após 2 horas (TOTG 75g)** - 140-199 mg/dL **HbA1c** - 5,7-6,4%
329
**Síndrome metabólica II** DM: Caso a glicemia em jejum esteja na faixa de pré-diabetes e o TOTG na faixa de DM, qual a conduta?
Deve-se repetir ou teste alterado, no caso, o TOTG a fim de confirmar ou descartar o diagnóstico
330
**Síndrome metabólica II** DM: Quando iniciar o rastreamento e como fazer? (2)
Idade ≥ 35 anos (SBD ≥ 45 anos) **OU** IMC ≥ 25 Kg/m² + fator de risco: - História familiar de DM (parente de 1º grau) - HAS, dislipidemia, sedentário, doença cardiovascular - Ovário policístico, DM gestacional - HIV
331
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os critérios para indicar metformina em pré-diabéticos? (4)
- 25 a 59 anos + IMC ≥ 35 Kg/m² **OU** - Glicemia ≥ 110 ou HbA1c ≥ 6% **OU** - Diabetes mellitus gestacional **OU** - Síndrome metabólica + HAS (somente na SBD)
332
**Síndrome metabólica II** DM: Características do Tipo 1 e do Tipo 2 quanto à etiologia, perfil do paciente, clínica e laboratório
333
**Síndrome metabólica II** DM: Dentre o Tipo 1 e o Tipo 2, qual apresenta maior peso genético?
Tipo 2
334
**Síndrome metabólica II** DM: O que são MODY e LADA?
São tipos específicos **(atípicos)** de DM - LADA (adultos): autoimune, evolução lenta e tardia - MODY (jovens): monogenético, magros ou obesos
335
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os alvos gerais do tratamento? (3)
1) HbA1c < 7% (principal) 2) Glicemia pré-prandial entre 80-130 mg/dL 3) Glicemia pós-prandial < 180 mg/dL
336
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os alvos terapêuticos para idosos saudáveis, frágeis e idosos muito comprometidos?
337
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os valores da glicemia podem ser tolerados em pacientes internados (críticos)?
Valores entre 140 e 180 mg/dL
338
**Síndrome metabólica II** DM: Qual a base do tratamento?
Terapia não farmacológica (perda de peso e exercício físico)
339
**Síndrome metabólica II** DM: Qual medida farmacológica pode ser utilizada para retardar o início do DM tipo 1 e qual a indicação?
Teplizumabe (anti-CD3) - Indicado para ≥ 8 anos com marcadores de autoimunidade
340
**Síndrome metabólica II** DM: Qual a base do tratamento farmacológico do tipo 1? Qual o padrão-ouro de administração?
Insulinoterapia (0,5 - 1,0 U/Kg/dia) A bomba de infusão contínua é o padrão-ouro
341
**Síndrome metabólica II** DM: Qual o esquema mais utilizado para administração da insulina? Como e feita a divisão?
Esquema intensivo ou de múltiplas dose (basal-bolus) - 50% basal - 50% boulos
342
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os tipos principais de insulina (6)? Qual o tempo para início da ação e qual a duração?
343
**Síndrome metabólica II** DM: Qual o principal benefício para o uso de análogos de insulina?
Minimizar a ocorrência de episódios de hipoglicemia
344
**Síndrome metabólica II** DM: Quais as duas causas da **hiperglicemia matinal** e qual a conduta? Como pode ser feito o diagnóstico diferencial?
**Fenômeno do Alvorecer** - Manhã desprotegida - Aplicar NPH mais tarde (primeira escolha) e/ou aumentar a dose **Efeito Somogyi** - Hipoglicemia de madrugada - Aplicar NPH mais tarde / reduzir a dose da NPH / oferecer um lanche a noite Diagnóstico diferencial: glicemia capilar às 3h - Se reduzida: Efeito Somogyi - Se normal ou elevada: Fenômeno do Alvorecer
345
**Síndrome metabólica II** DM: Como calcular o bolus pré-prandial de insulina conforme contagem de carboidratos? (6)
1) Calcular a dose diária total de insulina (Ex.: 20 U) 2) Dividir 500 pelo valor acima ➡️ 500/20 = 25 (1U de insulina cobre 25g de carboidratos) 3) Calcular o Bolus Alimentação (quantidade de insulina necessária para cobrir a quantidade de carboidrato daquela refeição) ➡️ Ex.: Se 50g, então precisaria de 2U 4) Calcular o Fator de Sensibilidade - Se ultra-rápida: 1800 / 20 = 90 - Se rápida: 1500 / 20 = 75 5) Calcular "Bolus Corretivo" - Glicemia pré-prandial - Meta glicêmica / FS (Ex.: 175 - 100 / 75 = 1 ➡️ Bolus Corretivo de 1U) 6) Bolus total (soma do bolus alimentação com bolus corretivo) - Ex.: 2 + 1 = 3U
346
**Síndrome metabólica II** DM2: Quais drogas reduzem a resistência à insulina (2)? Qual o comportamento de cada uma em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?
**Biguanida (metformina)** - Neutra quanto ao peso - Colaterais: sintomas gastrointestinais / redução da absorção de B12 / acidose láctica - Contraindicações: TGF < 30 / insuficiência hepática (cirrose) / IC descompensada **Glitazonas (pioglitazona)** - Ganho de peso - Colaterais: congestão sistêmica, piora da insuficiência cardíaca, risco de fraturas - Contraindicações: IC com classe funcional III ou IV
347
**Síndrome metabólica II** DM2: Quais drogas aumentam a secreção da insulina (1)? Qual o comportamento em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?
**Sulfonilureias (Glibenclamida| Gliclazida | Glimepirida)** - Ganho de peso - Colateral: hipoglicemia - Contraindicações: insuficiência hepática / TGF < 30 (Gliclazida pode ser considerada)
348
**Síndrome metabólica II** DM2: Quais drogas aumentam a ação incretínica reduzem a resistência à insulina (3)? Qual o comportamento de cada uma em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?
Dica: se atuam sobre a increTINA ➡️ terminam em TINA ou TIDA **Inibidores da DDP-4 (Sitagliptina | Vildagliptina)** - Neutros quanto ao peso - Colaterais: sintomas gastrointestinais / urticária - Podem ser utilizadas em todas as fases da DRC, bastando o ajuste da dose **Análogos do GLP-1 (Liraglutida | Semaglutida | Dulaglutida)** ➡️ Benefício cardiovascular e renal - Perda de peso - Colaterais: sintomas gastrointestinais - Contraindicação: TGF < 15 **Agonistas duais da GIP + GLP-1 (Tirzepatida)** - Mais potentes na redução da glicemia e do peso
349
**Síndrome metabólica II** DM2: Quais drogas reduzem a reabsorção renal de glicose (1)? Qual o comportamento em relação ao peso, efeitos colaterais e contraindicações?
**Inibidores da SGLT-2 (Empagliflozina | Dapagliflozina)** ➡️ Benefício cardiovascular (IC) e renal (albuminúria ≥ 30 mg/dia ou ClCr < 60 ml/min) - Perda de peso - Colaterais: ITU / candidíase / cetoacidose euglicêmica - Contraindicação: TGF < 20-30 (perda do efeito do medicamento)
350
**Síndrome metabólica II** DM2: Quais as duas informações importantes para se decidir sobre o tratamento?
Presença ou não de doença cardíaca e/ou renal
351
**Síndrome metabólica II** DM2: Em pacientes sem doença renal e cardíaca, qual tratamento inicial com base na HbA1c (3)? Qual a conduta se não alcançar a meta?
< 7,5% ➡️ Metformina Entre 7,5 e 9% ➡️ Metformina + 2ª droga > 9% (ou > 10% na Americana) ➡️ Metformina + insulina Se não alcançar a meta **após 3 meses** ➡️ acrescentar droga (terapia dupla ou tripla) ou insulina (NPH noturna - bedtime) com aumento progressivo da dose
352
**Síndrome metabólica II** DM2: Em pacientes com doença renal e cardíaca, qual tratamento preferencial? Quando adicionar outra droga como a metformina?
Glutida ou Gliflozina (preferência) - TGF > 20 ml/min Adiciona-se outras drogas a depender do valor da HbA1c (semelhante ao que ocorre em paciente sem doença renal e cardíaca)
353
**Síndrome metabólica II** DM: Quando iniciar o rastreio das complicações crônicas? (2)
DM1 ➡️ No geral, em 5 anos de doença DM2 ➡️ Ao diagnóstico
354
**Síndrome metabólica II** DM: Qual complicação aguda relacionada com o DM1?
Cetoacidose diabética (hiperglicemia + acidose metabólica por acúmulo de corpos cetônicos) Pode ocorrer no DM tipo 2 também
355
**Síndrome metabólica II** DM: Quais as manifestações da cetoacidose diabética? (4)
- Poliúria / desidratação - Hálito cetônico - Ritmo de Kussmaul (⬆️ FR) - **Dor abdominal**
356
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os critérios para o diagnóstico de CAD (3)? Quais os critérios da CAD-E (5)?
CAD: - Glicemia > 200 mg/dL - pH < 7,3 ou BIC < 15 mEq/L - Cetonemia ≥ 3 mmol/L ou Cetonúria ≥ 2+ nas tiras reagentes CAD-E: - Glicemia < 200 mg/dL - pH < 7,30 - BIC < 18 mEq/L - Ânion-Gap > 10-12 mEq/L - Cetonemia > 1,6 mmol/L (se disponível)
357
**Síndrome metabólica II** DM: Qual o tripé do tratamento da cetoacidose diabética?
Mnemônico: VIP (volume, insulina e potássio)
358
**Síndrome metabólica II** DM: Como fazer volume na cetoacidose diabética? O que fazer após a 1ª hora?
1) Soro 0,9% ➡️ 15 a 20 ml/Kg na 1ª hora - Pode-se utilizar outro cristaloide 2) Dosar Na+ após a 1ª hora - Se Na+≥ 135 mEq/L ➡️ trocar por soro 0,45% - Se Na+ < 135 mEq/L ➡️ manter soro 0,9% (250 a 500 ml/h) *Deve-se utilizar o sódio corrigido - Na corrigido = Na medido + 0,016 . (glicose sérica - 100)
359
**Síndrome metabólica II** DM: No tratamento da cetoacidose diabética, qual a conduta antes de iniciar a insulinoterapia?
Dosar o potássio - Infusão de 10 a 30 mEq/L de KCl 19,1% por hora, objetivando manter o K+ sérico entre 4 e 5 mEq/L
360
**Síndrome metabólica II** DM: Quando não iniciar a insulina na cetoacidose diabética? O que fazer quando o potássio estiver dentro da faixa de normalidade e quando ele estiver elevado?
Quando o potássio sérico < 3,3 mEq/L Se faixa de normalidade ➡️ deve haver infusão de KCl e de insulina Se elevado (> 5,2 mEq/L) ➡️ somente infusão de insulina
361
**Síndrome metabólica II** DM: Na cetoacidose diabética, como é feita a infusão de insulina? Qual a redução esperada na glicose sérica?
Infusão contínua de insulina regular na dose 0,1 U/Kg/h - Classicamente pode ser feito 0,1 U/Kg em bolus + 0,1 U/Kg/h em infusão contínua Redução de 50 a 70 mg/dL/h
362
**Síndrome metabólica II** DM: Na cetoacidose diabética, durante a insulinoterapia, o que fazer quando a glicemia sérica estiver entre 200 e 250 mg/dL?
Iniciar soro glicosado 5% e reduzir a velocidade de infusão da insulina regular
363
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os 4 critérios da resolução da CAD? Qual dos critérios diagnóstico não pode ser utilizado como critério de resolução?
- Glicemia < 200 mg/dL - pH > 7,30 e BIC > 18 mEq/L - Ânion-Gap < 12 mEq/L - Resolução da cetonemia A cetonúria não pode ser utilizada como critério de resolução, pois a conversão do beta-hidroxibutirato em acetoacetato pode manter a cetonúria aumentada por horas ou dias
364
**Síndrome metabólica II** DM: Na cetoacidose diabética, quando indicar reposição de bicarbonato de sódio?
Em adultos, quando pH < 6,9
365
**Síndrome metabólica II** DM: Na CAD, qual a conduta antes de desligar a insulina em bomba de infusão contínua? Como calcular a dose?
Adicionar insulina subcutânea e suspender a insulina IV após 1-2 horas Calcular a quantidade total em 24h ➡️ multiplicar por 0,8 ➡️ Dividir o valor basal-bolus (50% - 50%)
366
**Síndrome metabólica II** DM: Qual a complicação aguda relacionada ao DM2?
Estado hiperglicêmico hiperosmolar (hiperglicemia + hiperosmolaridade e desidratação) Pode ocorrer no DM1 também
367
**Síndrome metabólica II** DM: Quais os critérios para diagnóstico do EHH? (3)
- Glicemia > 600 mg/dL - pH > 7,30 e BIC > 18 mEq/L - Osmolaridade > 320 mOsm/L
368
**Síndrome metabólica II** DM: Como é o tratamento do EHH?
Igual ao da CAD
369
**Síndrome metabólica II** DM: Qual critério de compensação do EHH?
Osmolaridade < 310 mOsm/L
370
**Tireoide** Qual a unidade funcional da tireoide?
Folículo tireoidiano (células foliculares)
371
**Tireoide** Quais os dois componentes dos hormônios tireoidianos? Quais são esses hormônios?
Tireoglobulina (células foliculares) + iodo (dieta) T4 e T3
372
**Tireoide** No mundo, qual a principal causa de deficiência de hormônios tireoidianos?
Dieta pobre em iodo (não é o caso do Brasil, onde o sal de cozinha contém iodo)
373
**Tireoide** Qual a enzima responsável pela **união** da tireoglobulina com o iodo?
Tireoperoxidase (TPO)
374
**Tireoide** Por quê uma droga anti-tireoidiana demora para fazer efeito?
Pois os hormônios tireoidianos são produzidos e armazenados nos folículos (coloide) por aproximadamente 15 dias antes de serem liberados
375
**Tireoide** Qual o principal hormônio liberado na circulação pela tireoide?
T4 (20x mais do que o T3)
376
**Tireoide** Qual o hormônio funcionante da tireoide? Como ele pode ser obtido?
T3 - Liberado em pequena quantidade pela tireoide - Conversão de T4 em T3 pelas enzimas desiodases I e II
377
**Tireoide** Qual o benefício de liberar T4 em maior quantidade ao invés de T3?
Economia de energia, pois o T4 apresenta meia-vida mais longa
378
**Tireoide** Quais as 3 principais funções do T3?
- Forma receptores β-adrenérgicos - Estimula o metabolismo basal - Produz calor
379
**Tireoide** Qual a ação da desiodase III? Qual a função do hormônio formado?
Converte T4 em rT3 (T3 reverso) rT3 inibe a desiodase I, reduzindo a formação de T3
380
**Tireoide** Como é feito o controle da tireoide (eixo tireoidiano)?
381
**Tireoide** Quais as 3 topografias possíveis do hipotireoidismo ou do hipertireoidismo? Qual a topografia mais acometida?
Primário: tireoide **(mais acometida)** Secundário: hipófise (adeno-hipófise) - 2º mais acometido Terciário: hipotálamo - Extremamente mais raros (exceção)
382
**Tireoide** Como avaliar a tireoide laboratorialmente? Qual é o mais sensível?
**T4L** - Indica se é **hipo** ou **hiper** **TSH** - Importante para **topografia** - MAIS SENSÍVEL
383
**Tireoide** Qual o principal hormônio relacionado à formação dos bócios?
TSH ou análogos como o anticorpo TRAB
384
**Tireoide** O que é o efeito Wolff-Chaikoff?
Dica: Wolff-Chaik**OFF** **HIPO**tireoidismo após administração / consumo de iodo
385
**Tireoide** O que é efeito Jod-Basedow? Qual medicamento utilizado como antiarrítmico pode precipitar esse efeito?
Dica: Jod-Based**ON** **HIPER**tireoidismo após administração / consumo de iodo Amiodarona
386
**Tireoide** Qual a diferença entre hipertireoidismo e tireotoxicose?
Hipertireoidismo: hiperfunção da glândula tireoide Tireotoxicose: síndrome do excesso de hormônio tireoidiano
387
**Tireoide** Qual a clínica da tireotoxicose?
**⬆️ receptores β-adrenérgicos** - Insônia - Tremor - Taquicardia - PA divergente (⬆️ PAS e ⬇️ PAD) **⬆️ do metabolismo basal** - Polifagia - Emagrecimento - Hipercalcemia (aum metabolismo ósseo) **⬆️ produção de calor** - Intolerância ao calor - ⬆️ da temperatura corporal
388
**Tireoide** Quais as causas de tireotoxicose **com** hipertireoidismo? (4)
Doença de Graves **(principal)** Bócio multinodular tóxico - Múltiplos nódulos Adenoma tóxico (Doença de Plummer) - Geralmente um único nódulo Tumor hipofisário produtor de TSH
389
**Tireoide** Quais as causas de tireotoxicose **sem** hipertireoidismo?
Tireoidite Tireotoxicose factícia (uso inadvertido do hormônio tireoidiano)
390
**Tireoide** Como diferenciar tireotoxicose **com** e **sem** hipertireoidismo?
**Índice de captação do iodo radioativo (RAIU)** - Normal: 5 - 30% de captação - COM hiper: 35 - 95% - SEM hiper: < 5%
391
**Tireoide** Doença de Graves: Qual a fisiopatologia?
Doença autoimune Anticorpo TRAB (TSI) se liga aos receptores de TSH, estimulando a tireoide continuamente
392
**Tireoide** Doença de Graves: Quais outros anticorpos, além do TRAB (TSI), podem ser avaliados? Qual a limitação?
Anti-TPO e Anti-TG Não são específicos, indicam processo autoimune na tireoide
393
**Tireoide** Doença de Graves: Além da clínica da tireotoxicose, quais outros achados podem estar presentes? (3)
**Bócio difuso** - Pode haver sopro e frêmito **Mixedema** - Geralmente pré-tibial **Exoftalmia** - Geralmente bilateral
394
**Tireoide** Doença de Graves: diagnóstico
Clínica + laboratório compatível com hipertireoidismo primário Se dúvida: TRAB (TSI) | RAIU
395
**Tireoide** Doença de Graves: tratamento (3)
**Medicamentoso** - Betabloqueador (sintomáticos) - **Metimazol** (pelo menos 12 meses de tratamento) ou Propiltiuracil **Iodo radioativo** - Causa tireoidite actínica (destrói a tireoide) - Indicado na recidiva ou reação tóxica aos medicamentos **Tireoidectomia (total | subtotal)** - Sem melhora farmacológica + contra-indicação ao iodo radioativo
396
**Tireoide** Doença de Graves: Quando preferir o propiltiuracil em relação ao metimazol? (2)
No 1º trimestre da gestação Crise tireotóxica - Nesse caso faz-se o propiltiuracil em altíssimas doses (reduz a conversão de T4 em T3)
397
**Tireoide** Doença de Graves: Quando não indicar a terapia com iodo radioativo? (3)
- Durante a gravidez e/ou amamentação - Bócios muito volumosos - Exoftalmia em atividade (fazer corticoide e esperar regredir)
398
**Tireoide** Tireoidite: pode ser ..... ou .....
Subaguda. Crônica
399
**Tireoide** Tireoidite: Qual a principal causa de tireoidite subaguda?
Tireoidite Ganulomatosa Subaguda ou Tireoidite de Células Gigantes ou Tireoidite de Quervain - Dolorosa - Pós-viral (infecção de vias aéreas superiores) - ⬆️ VHS
400
**Tireoide** Tireoidite: Qual a principal causa de tireoidite crônica? Qual a clínica?
Doença de Hashimoto (Tireoidite Linfocítica Crônica) - Autoimune (anti-TPO 95 - 100%) - Principal causa de hipotireoidismo Clínica: - Tireotoxicose (Hashitoxicose) - Hipotireoidismo com bócio **heterogêneo** (maioria) - Risco de linfoma de tireoide
401
**Tireoide** Tireoidite: Como é feito e o que determina o tratamento?
**Na fase de tireotoxicose** - Betabloqueador (sintomáticos) - AINE, ATB... (depende dos sintomas e da causa) - NÃO FAZ metimazol ou propiltiuracil **Na fase de hipotireoidismo** - Levotiroxina
402
**Tireoide** Hipotireoidismo: Qual a clínica?
**⬇️ dos receptores β-adrenérgicos** - Bradicardia - PA convergente (↔️ PAS e ⬆️ PAD)... **⬇️ metabolismo basal** - Dislipidemia - Ganho de peso - Anemia... **Red produção de calor** - Intolerância ao frio - ⬇️ da temperatura corporal **Outros** - Hiperprolactinemia - Mixedema...
403
**Tireoide** Hipotireoidismo: Como investigar?
Dosar TSH e T4L: - TSH ⬆️ e T4L ⬇️ ➡️ hipotireoidismo primário - TSH ⬇️ e T4L ⬇️ ➡️ hipotireoidismo central - TSH ⬆️ e T4L normal ➡️ hipotireoidismo subclínico
404
**Tireoide** Hipotireoidismo: Como deve ser feito o diagnóstico do hipotireoidismo subclínico?
TSH aum e T4L normal em, pelo menos, **duas** dosagens com 3 meses de intervalo
405
**Tireoide** Hipotireoidismo: causas de hipotireoidismo 1º
Doença de Hashimoto (principal) Outras tireoidites Iatrogênica (drogas que reduzem o iodo)
406
**Tireoide** Hipotireoidismo: causas de hipotireoidismo central
Doença hipofisária (mais comum) Doença hipotalâmica
407
**Tireoide** Hipotireoidismo: Como diferenciar tireoidite de Hashimoto de outras tireoidites?
Dosagem de anti-TPO - Se negativo: outras tireoidites - Se positivo: Hashimoto
408
**Tireoide** Hipotireoidismo: exame de imagem para diagnóstico de hipotireoidismo central
RNM de crânio ou de sela túrcica (hipotireoidismo 2º é mais comum)
409
**Tireoide** Hipotireoidismo: Como e com o que é feito o tratamento?
**Levotiroxina** - 1,6 mcg/Kg/dia - 1x/dia, pela manhã, em jejum (30 min antes do café) - **Idoso e coronariopata:** iniciar com 25 - 50 mcg/dia
410
**Tireoide** Hipotireoidismo: Quando tratar o hipotireoidismo subclínico? (5)
- Gestação ou intenção de engravidar - TSH ≥ 10 - anti-TPO (+) - Padrão heterogêneo à USG - Sintomático (teste terapêutico por 3 meses e reavaliar necessidade, pois os sintomas podem ter outra causa) *Alvo terapêutico: ~ 50 mcg/dia
411
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Suprarrenal: Quais as camadas e quais os hormônios produzidos em cada camada?
**Córtex** - Cortisol (glicocorticoide) - Androgênios ➡️ pouca importância biológica - Aldosterona (mineralocorticoide) ➡️ não depende do ACTH (sistema renina-angiotensina-aldosterona) **Medula** -
412
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Suprarrenal: Qual hormônio liberado juntamente com o ACTH? Qual hormônio da suprarrenal "interage" com o eixo (feedback positivo e negativo)?
Hormônio estimulador de melanócitos Cortisol
413
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Pode ser ..... também conhecida por ..... ou .....
Primária. Doença de Addison. Secundária
414
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Como ficam os hormônios nas insuficiências adrenais primária e secundária?
Primária: - ⬆️ ACTH - ⬇️ cortisol - ⬇️ aldosterona Secundária: - ⬇️ ACTH - ⬇️ cortisol - ↔️ aldosterona
415
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Quais as principais causas de insuficiência adrenal primária?
**Destruição glandular** - Adrenalite autoimune (principal) - Infecções (tuberculose, fungos...)
416
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Quais as principais causas de insuficiência adrenal secundária?
**Interrupção do eixo** - Suspensão abrupta de corticoide em uso crônico (qualquer dose por período ≥ 2-3 semanas) - Lesão hipotálamo| hipófise
417
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Quais os achados do hipocortisolismo? (4)
⬇️ Glicose ⬇️ PA ⬆️ Eosinófilos e Linfócitos Dor abdominal
418
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Quais as diferenças clínicas e laboratoriais entre a insuficiência adrenal primária e secundária?
Na primária, devido ao ⬆️ ACTH e ⬇️ aldosterona: - Hiponatremia - Hipercalemia - Acidose metabólica - Pigmentação cutâneas
419
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Como é feito o tratamento da insuficiência adrenal primária?
Glicocorticoide (hidrocortisona) + Mineralocorticoide (fludrocortisona)
420
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Insuficiência adrenal: Como é feito o tratamento da insuficiência adrenal secundária?
Glicocorticoide (hidrocortisona)
421
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Síndrome de Cushing: Qual hormônio está aumentado? Quais as principais causas?
⬆️ Cortisol (hipercortisolismo) **Causas** 1) Iatrogênica (principal) 2) ACTH dependentes - **Doença de Cushing:** adenoma de hipófise produtor de ACTH - **Secreção ectópica de ACTH:** tumores de pulmão, pâncreas e timo 3) ACTH independentes - **Tumor de adrenal**
422
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Síndrome de Cushing: Qual a clínica?
- Gibosidade - Face em "lua cheia" - Obesidade central - Hiperglicemia - Hipertensão arterial - Estrias violáceas - Hirsutismo - Osteopenia - Fraqueza muscular - Hiperpigmentação cutânea **(ACTH dependentes)**
423
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Síndrome de Cushing: Como é feita a investigação diagnóstica inicial?
**Suspeita** ➡️ screening de hipercortisolismo **(≥ 2 dos seguintes alterados)** - Cortisol urina 24h ➡️ positivo se **elevado** - Cortisol salivar noturno ➡️ positivo se **elevado** - Cortisol pela manhã após 1 mg de dexametasona às 23h ➡️ positivo se não ⬇️ cortisol de 8h **Determinação da etiologia** - **ACTH ↔️ ou ⬆️:** ACTH dependente ➡️ Doença de Cushing ou ACTH ectópico - **ACTH ⬇️:** ACTH independente ➡️ Tumor de adrenal
424
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Síndrome de Cushing: Como investigar e tratar a causa da Síndrome de Cushing ACTH dependente?
1) RNM de sela túrcica (hipófise) ➡️ procurar Doença de Cushing 2) Testes (atuam no eixo) ➡️ procurar Doença de Cushing - Teste de supressão com altas doses de dexametasona (16 mg em 2 dias) - Teste do CRH RNM | Testes (+) ➡️ Doença de Cushing ➡️ Neurocirurgia (transesfenoidal) RNM | Testes (-) ➡️ Secreção ectópica ➡️ Investigar sítio ectópica ➡️ cirurgia ou cetoconazol | Metirapona (reduz a síntese de cortisol)
425
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Síndrome de Cushing: Como investigar e tratar a causas de Síndrome de Cushing ACTH independente?
TC de abdome ➡️ adrenalectomia
426
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Conceitos básicos e Informação da prova da Hiperplasia Adrenal Congênita
427
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Conceitos básicos e Informação da prova do Hiperaldosteronismo Primário
428
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Conceitos básicos e Informação da prova da Feocromocitoma
429
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Quais as principais causas de hipercalcemia? (3)
1) Hiperparatireoidismo primário: ⬆️ PTH + lesão óssea 2) Câncer (metástase; PTH-rP): ⬇️ PTH + lesão óssea 3) Hipervitaminose D (sarcoidose, exógena): ⬇️ PTH + osso saudável
430
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Quais os efeitos do aumento do PTH e qual o resultado final?
- Reabsorção óssea - Ativação da 1-alfa-hidroxilase ➡️ aumento da reabsorção renal de cálcio - ⬆️ Excreção renal de fósforo Resultado final: hipercalcemia
431
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Qual a principal causa de hiperparatireoidismo primário?
Adenoma solitário de paratireóide
432
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Hiperparatireoidismo Primário: Como está o laboratório e como localizar a principal causa?
⬆️ PTH ⬆️ Cálcio ⬇️ Fósforo Localização: cintilografia (SPECT)
433
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Hiperparatireoidismo Primário: Qual o quadro clínico?
Osso - Osteoporose - Fraturas Rins - Nefrolitíase - Nefrocalcinose - DRC Hipercalcemia - Poliúria - Fraqueza muscular - Redução do intervalo QT
434
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Hiperparatireoidismo Primário: Quais as indicações de cirurgia se adenoma único?
1) Presença de sintomas **OU** 2) Um do seguintes **(RICO)** - **R**im: ClCr < 60 ou Hipercalciúria ou Nefrolitíase - **I**dade: < 50 anos - **C**alcemia: > 1 mg/dL acima do LSN - **O**sso: osteoporose ou fratura prévia
435
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Hiperparatireoidismo Primário: Qual a principal complicações da cirurgia?
Hipoparatireoidismo (demais glândulas disfuncionais)
436
**Grandes síndromes endócrinas - Parte II** Hiperparatireoidismo Secundário: Quais as principais causas e como está o laboratório?
DRC e Hipovitaminose D ⬆️ PTH Calcemia ⬇️ ou ↔️
437
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Qual a definição?
Estado de **HIPO**perfusão tecidual, podendo, ou não, estar hipotenso
438
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os dois fatores que determinam a perfusão tecidual?
Débito cardíaco (DC) e Resistência Vascular Sistêmica (RVS)
439
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os tipo de choque?
**Hipodinâmico (⬇️ DC | ⬆️ RVS)** - Hipovolêmico - Cardiogênico - Obstrutivo **Hiperdinâmico (⬆️ DC | ⬇️ RVS)** - Distributivo (sepse | anafilaxia | neurogênico)
440
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os parâmetros da monitorização hemodinâmica? (5)
**Pressão arterial média (PAM)** **Cateter de Swan-Ganz** - Pressão venosa central (PVC) - Pressão capilar pulmonar (Pcap) - Débito cardíaco (DC) - Resistência vascular sistêmica (RVS)
441
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): O que a PVC avalia?
Coração direito ➡️ volemia + função de VD
442
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): O que a Pcap avalia?
Coração esquerdo ➡️ congestão + função do VE
443
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque Hipovolêmico?
⬇️ PVC ⬇️ Pcap
444
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque cardiogênico?
⬆️ PVC ⬆️ Pcap
445
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque obstrutivo (TEP)?
⬆️ PVC ↔️ Pcap
446
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Como estão PVC e Pcap no choque Distributivo?
⬇️ PVC | ⬇️ Pcap **Cuidado:** Se recebeu volume, ↔️ PVC e ↔️ Pcap
447
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os parâmetros da monitorização da hipoperfusão? (5)
- Tempo de enchimento capilar (TEC) > 3s - Diurese < 0,5 ml/Kg/h - Lactato > 1 mmol/L (9 mg/dL) - Gradiente venoarterial de CO2 (Gap CO2) > 6 - Saturação venosa central de O2 (SvcO2) < 70%
448
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Quais os parâmetros da fluido-tolerância e da fluido-responsividade?
**USG (POCUS)** - Tolerante: veia cava inferior < 21 mm e colapso > 50% - Congestão: > 3 linhas B por espaço intercostal **Elevação passiva das pernas a 45º** - Responsivo: ⬆️ DC ≥ 10% **Delta-PP (varição da pressão de pulso)** - Responsivo: DPP ≥ 13%
449
**Terapia Intensiva** Instabilidade hemodinâmica (choque): Qual o tratamento inicial de cada tipo de choque?
**Hipovolêmico** - Volume: **cristaloide**, albumina, hemoconcentrado... **Cardiogênico | Obstrutivo** - Inotrópico (⬆️ contratilidade): **Dobutamina** (beta-adrenérgico) - Outros: **Dopamina (3 - 10 ug/Kg/min)** | Não-adrenérgicos (milrinona, levosimendana) - Dispositivos de assistência circulatória (refratários a medidas farmacológicas) - Transplante cardíaco **Distributivo** - Vasopressor: **Noradrenalina** (alfa-adrenérgico) - Outros: **Dopamina (> 10 ug/Kg/min)** | Adrenalina (anafilaxia) | Não-adrenérgicos (vasopressina) Dica da Dopamina: dose **alta** = efeito **alfa**
450
**Terapia Intensiva** Sepse: Qual a definição? Sepse e choque séptico são sinônimos?
Não são sinônimos! Choque séptico também não é um quadro de sepse com hipotensão **Sepse** - Infecção + Resposta imune desregulada - Disfunção orgânica **Choque séptico** - Vasopressor para obter PAM ≥ 65 mmHg - Lactato > 2 mmol/L após reposição volêmica
451
**Terapia Intensiva** Sepse: Quais os Escores principais e qual o uso?
Os Escores servem para critério **operacional**, não sendo perfeitos para definição de sepse **qSOFA ≥ 2** - FR > 22 - PAS < 100 - Glasgow < 15 **SOFA ≥ 2** - PaO2/FiO2 - PAM - Glasgow - Bilirrubina - Creatinina - Plaquetas
452
**Terapia Intensiva** Sepse: Quais as condutas? (3 prioritárias e 3 extras)
**Medidas que devem ser iniciadas na 1ª hora** 1) Ressuscitação inicial ➡️ Reduzir lactato - **Cristaloides** (30 ml/Kg | repor em 3 horas | **Ringer** ou SF) 2) Manejo hemodinâmico ➡️ PAM ≥ 65 mmHg - **Noradrenalina** ± vasopressina ou adrenalina - Pode ser iniciada em veia periférica e depois transicionada para acesso central - Pode ser iniciada assim que verificar que a resposta ao volume não está sendo suficiente 3) Cultura + antibiótico ➡️ Controle da Infecção - **ATB < 1h:** Choque séptico **ou** ⬆️ probabilidade de sepse - **ATB < 3h:** sepse possível, mas sem choque **Outras medidas** 4) Corticoide - Choque refratário ao vasopressor (após volume e drogas vasopressoras) 5) Dobutamina - Hipoperfusão persistente (baixo débito?) 6) Transfusão - Hb < 7 g/dL
453
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Como é a abordagem geral?
1) Abordagem por escalas - Glasgow ≤ 8: proteger vias aéreas 2) Investigação do coma - Semiologia + neuroimagem - **Localização:** lesão de tronco? ➡️ pupila + reflexos do tronco encefálico - **Etiologia:** estrutural ou tóxico-metabólica? 3) Checar critérios para morte encefálica - Pré-requisitos - 2 exames clínicos + 1 teste de apneia - Exame complementar
454
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Quais os 4 principais reflexos do tronco encefálico?
**Reflexo fotomotor** - Direto e consensual **Reflexo corneopalpebral** **Reflexo oculocefálico** - Perda da mirada na linha média ("olhos de boneca") ➡️ os olhos passam a acompanhar o movimento da cabeça **Reflexo oculovestibular** - Normal: infusão de líquido **frio** na orelha com movimento horiozontal dos olhos para o lado infundido **e** para o lado oposto se infusão de líquido **aquecido**
455
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Como diferenciar uma etiologia estrutural de uma tóxico-metabólica (2)? Qual a excessão?
Geralmente, na tóxico-metabólica, as pupilas permanecem **fotorreativas** e **não há** déficit focal **Hipoglicemia** pode ocasionar déficit focal
456
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Quais os pré-requisitos para o diagnóstico de morte encefálica?
1) Lesão encefálica **conhecida** e **irreversível** 2) Tempo de observação - No mínimo 6 horas **ou** 24 horas se **hipóxico-isquêmica** 3) Sinais vitais - **Temperatura** > 35ºC - **SatO2** > 94% - **PAS** ≥ 100 | **PAM** ≥ 65
457
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Quais os intervalos mínimos entre os dois exames clínicos para o diagnóstico de morte encefálica? Qual o critério utilizado?
**Critério:** idade - 7d - 2m ➡️ 24h - 2m - 2a ➡️ 12h - ≥ 2 anos ➡️ 1h
458
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Quais os achados dos exames clínicos corroboram com a hipótese de morte encefálica? (2)
Coma aperceptivo **E** Reflexos de tronco encefálico ausentes
459
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: O quê é teste da apneia (+)? (2)
PaCO2 > 55 mmHg **E** Respiração ausente
460
**Terapia Intensiva** Alteração da consciência: Quais as possibilidades de exames complementares?
Pelo menos um dos seguintes: - Ausência de perfusão - Atividade elétrica - Atividade metabólica (menos utilizado)
461
**Terapia Intensiva** Insuficiência respiratória: Qual a classificação e a principal causa de cada um?
**Tipo 1: Hipoxêmica** - Troca de O2 - **Distúrbio da ventilação/perfusão (V/Q)** ➡️ SDRA, IC, TEP... **Tipo 2: Hipercápnica** - Eliminação de CO2 - **Hipoventilação** ➡️ Miastenia Gravis, DPOC...
462
**Terapia Intensiva** Insuficiência respiratória: Como está a PaO2/FiO2 e a relação alvéolo-arterial de O2 no tipo 1?
- PaO2/FiO2 ≤ 300 - Gradiente alvéolo-arterial de O2 > 15
463
**Terapia Intensiva** Insuficiência respiratória: Como está o PaCO2 e o pH no tipo 2?
- PaCO2 > 50 mmHg - pH < 7,35
464
**Terapia Intensiva** Insuficiência respiratória: Qual a conduta inicial no tipo 1?
**Oxigenoterapia** - Cateter nasal - Máscara facial
465
**Terapia Intensiva** Insuficiência respiratória: Qual a conduta inicial no tipo 2?
**1) Ventilação não invasiva (VNI)** - CPAP (um nível de pressão | edema de pulmão) **ou** BiPAP (dois níveis de pressão | DPOC) **2) Ventilação invasiva** - VCV (volume controlado) **ou** PCV (pressão)
466
**Terapia Intensiva** Insuficiência respiratória: O que fazer se houver fadiga respiratória no tipo 1?
Conduta igual ao da hipercapnia
467
**Terapia Intensiva** Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): Qual a definição? Qual a principal causa?
Edema pulmonar **inflamatório** Principal causa: sepse
468
**Terapia Intensiva** Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): Como fazer o diagnóstico conforme os critérios de Berlim (tradicional) e o ATS?
**Critérios de Berlim (2012)** - **S** ➡️ **S**ete dias (início dos sintomas após exposição) - **D** ➡️ **D**escartar outras causas (coração e hipervolemia) - **R** ➡️ **R**adiografia de tórax com opacidades bilaterais (excluir derrames, atelectasias e nódulos) - **A** ➡️ **A**alteração da PaO2/FiO2 (**leve:** ≤ 300 | **moderada:** ≤ 200 | **grave:** ≤ 100) **ATS (2023)** ➡️ Incluir - **Opacidades** visualizadas por USG - **Alternativa para oxigenação:** SpO2/FiO2 ≤ 315 - **Paciente em CNAF (cateter de alto fluxo):** ≥ 30 L/min
469
**Terapia Intensiva** Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): Quais os pontos do tratamento (2)? Qual deles é o mais importante?
**Diminuir inflamação** - Corticoterapia (até pouco tempo não era recomendado) **Ventilação protetora (pulmão de baixa complacência)** ➡️ mais importante - **Volume corrente:** ≤ 6 ml/Kg de peso predito (hipercapnia permissiva) - **Pressão de platô:** ≤ 30 cmH2O (medida pressórica mais importante) - **Driving pressure (Pplatô - PEEP):** ≤ 15 cmH2O - **Ajustar ou titular a PEEP:** recrutar alvéolos e obter SpO2 > 90%
470
**Terapia Intensiva** Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA): O que são pacientes refratários? Quais as medidas possíveis? (3)
**Refratários (PaO2/FiO2 < 150)** - Posição pronta - Bloqueador neuromuscular - ECMO
471
**Pneumonias** Qual definição de pneumonia comunitária (PAC)?
Adquirida fora do ambiente hospitalar ou em menos de 48h da admissão hospitalar
472
**Pneumonias** Qual definição de pneumonia hospitalar (PAH)?
Ocorre após 48h da admissão hospitalar
473
**Pneumonias** Qual definição de pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM)?
Ocorre após 48h do início da ventilação mecânica invasiva
474
**Pneumonias** PAC: Como ocorre a patogenia? Qual a principal?
Aspiração (principal) - Destaque para as micro-aspirações Inalação Hematogênica Extensão direta
475
**Pneumonias** PAC: Como fazer o diagnóstico em adultos?
Clínica + imagem (radiografia)
476
**Pneumonias** PAC: Quais os achados clínicos?
Febre Tosse Dispneia Dor torácica Crepitações
477
**Pneumonias** PAC: Quais os dois principais padrões radiográficos?
Lobar Broncopneumonia (parte de um lobo pulmonar, podendo pegar mais de um lobo)
478
**Pneumonias** PAC: Quando pesquisar o agente em secreções (hemocultura, escarro, antígeno urinário, testes moleculares)?
Casos refratários, graves ou em UTI
479
**Pneumonias** PAC: O que são agente típicos e atípicos?
**Típicos** - Parede celular de peptideoglicanos - **Coram** pelo Gram - **Sensíveis** aos betalactâmicos **Atípicos** - Não tem parede celular de peptideoglicanos - **Não coram** pelo Gram - **Resistentes** aos betalactâmicos - **Sensíveis** a macrolídeos e quinolonas respiratórias
480
**Pneumonias** PAC: Qual agente mais comum? Quais as características?
**Streptococcus pneumoniae** - Agente **típico** - Diplococo Gram + - É o que mais causa **derrame pleural**, mas não é o de maior risco para o derrame - **Pneumonia redonda** (pseudotumor)
481
**Pneumonias** PAC: Quais as características da pneumonia por H. influenzae?
- Agente **típico** - Cocobacilo Gram (-) - Mais comum em idosos e DPOC
482
**Pneumonias** PAC: Quais as características da pneumonia por Klebsiella pneumoniae?
- Agente **típico** - Bastonete Gram (-) - Mais comum em estilistas e diabéticos - Pneumonia de lobo pesado (incisura curvada), necrosante
483
**Pneumonias** PAC: Quais as características da pneumonia por Staphylococcus aureus?
- Agente **típico** - Cocos Gram (+) em cachos - Quadro grave, necrosante, derrame pleural (é o que oferece maior risco), pneumatocele - Pós-influenza, **usuários de drogas IV**
484
**Pneumonias** PAC: Qual o 2º principal agente? Quais as características?
**Mycoplasma pneumoniae** - Agente **atípico** - Síndrome gripal + **miringite bolhosa** e/ou **anemia hemolítica por crioaglutininas** e/ou **Raynaud** e/ou **Guillain-Barré**
485
**Pneumonias** PAC: Quais as características da pneumonia por Legionella? (4)
- Agente **atípico** - Quadro típico e **grave** de pneumonia - **Sinal de Faget** (⬆️ Temperatura corporal e ausência de taquicardia) - Diarreia, dor abdominal, ⬇️ Na (SIADH), ⬆️ Transaminases
486
**Pneumonias** PAC: Como definir onde tratar o paciente?
**CURB 65** ➡️ Ambulatório x Hospital - **C**onfusão mental - **U**reia > 50 mg/dL - **R**espiração (FR ≥ 30 irpm) - **B**aixa pressão (PAS ≤ 90 ou PAD ≤ 60 mmHg) - **65** anos ou mais - **0 - 1** ➡️ Ambulatório - **≥ 2** ➡️ Internação **≥ 3** ➡️ UTI - **Cuidado:** importante avaliar caso a caso **IDSA/ATS** ➡️ Enfermaria x UTI - **Critérios maiores:** ventilação mecânica | choque séptico - **Critérios menores:** CURB (sem 65)| Tax < 36ºC | Relação P/F ≤ 250 | Multilobar | Leucócitos < 4.000 | Plaquetas < 100.000 - **UTI:** 1 maior **ou** 3 menores
487
**Pneumonias** PAC: Como é o tratamento ambulatorial (3)? O que fazer se comorbidade, ATB nos últimos 3 meses ou Pneumococo resistente?
Agentes: Pneumococo, Mycoplasma, H. influenzae **Esquema empírico básico** - Macrolídeos (Azitromicna ou Claritromicina) **ou** - Amoxicilina ± clavulanato (não cobre atípico) **ou** - Doxiciclina (usado nos EUA) **Se comorbidade, ATB nos últimos 3 meses ou Pneumococo resistente** - Macrolideo (azitromicina ou claritromicina) + betalactâmico (amoxicilina ± clavulanato) **ou** - Fluorquinolona respiratória (moxifloxacino, gemifloxacino ou levofloxacino)
488
**Pneumonias** PAC: Como é o tratamento na enfermaria? (2)
Agentes: Pneumococo, Mycoplasma, H. influenzae **Esquema empírico (ATB EV)** - Macrolídeo (azitromicina ou claritromicina) + betalactâmico (ex.: ceftriaxone) **ou** - Fluorquinolona respiratória (moxifloxacino ou levofloxacino)
489
**Pneumonias** PAC: Como é o tratamento na UTI? O que fazer se suspeita de Pseudomonas? O que fazer se suspeita de S. aureus MRSA?
**Agentes:** Pneumococo, Gram (-), Legionella, S. aureus **Esquema básico** - Betalactâmico (ceftriaxone, ampicilina-sulbactam) + Azitromicina **ou** Fluorquinolona respiratória **Se possibilidade de Pseudomonas** - **Mudar para:** Piperacilina **ou** Cefepime **ou** Imipenem + Levofloxacino ou Ciprofloxacino **Se S. aureus MRSA** - **Adicionar:** Vancomicina ou Linezolida
490
**Pneumonias** Qual achado radiográfico do derrame pleural?
Parábola de Damoiseau (sinal do menisco)
491
**Pneumonias** Quando realizar a toracocentese no derrame pleural? Como saber se é um exsudato? Como saber se é um derrame parapneumônico complicado?
Fazer se **Laurell > 1 cm** (decúbito lateral) **Critérios de Light** ≥ 1 (exsudato) - Proteína pleural / sérica > 0,5 - LDH pleural / sérica > 0,6 - LDH pleural > 2/3 do limite superior no soro (> 200) **Complicado** ➡️ ≥ 1 - pH < 7,2 - Glicose < 40-60 - LDH > 1000 - Presença de bactérias - Empiema - Loculado
492
**Pneumonias** Como tratar o derrame pleural e o que define o tratamento? (2)
**Não complicado:** manter ATB **Complicado:** ATB + drenagem em selo d'água
493
**Pneumonias** Qual a diferença o entre um abscesso pulmonar e uma pneumonia necrosante? Qual o principal fatores de risco?
**Abscesso pulmonar:** ≥ 2 cm **PNM necrosante:** < 2 **Fator de risco:** macro-aspirações
494
**Pneumonias** Após macro-aspirações, se a evolução do quadro for em horas, o que isso indica e qual o tratamento?
Indica pneumonite química (Síndrome de Mendelson) **Tratamento:** suporte (ATB não)
495
**Pneumonias** Como é a evolução clínica do abscesso pulmonar e o tratamento?
Evolução lenta (dias), com relato de **secreção fétida** **Tratamento:** amoxicilina + clavulanato - Drenagem ou lobectomia somente se ausência de melhora clínica, hemorragia ou suspeita de malignidade
496
**Pneumonias** PAH e PAVM: Como é o diagnóstico?
Infiltrado pulmonar (novo ou progressivo) + ≥ 2 dos seguintes: - Febre - Leucocitose ou Leucopenia - Secreção purulenta - Piora da oxigenação
497
**Pneumonias** PAH e PAVM: Quais os principais agentes? (4)
Gram negativos entéricos Pseudomonas aeruginosa Gram (-) multi-droga resistentes (MDR) S. aureus (MRSA)
498
**Pneumonias** PAH e PAVM: Como é o tratamento? (4)
**Minimo recomendado** - Cefepime **ou** Piperacilina-Tazobactam ou Imi/Meropenem **Se risco de Gram (-) MDR** (ex.: fibrose cística, bronquiectasias) - **Adicionar:** Aminoglicosídeo **ou** Cipro/Levofloxacino **Se risco de MRSA** (> 20% de MRSA na unidade ou desconhecida) - **Adicionar:** Vancomicina **ou** Linezolida **Se VM + ATV IV últimos 90 dias ou diálise ou choque séptico ou SDRA ou ≥ 5 dias de internação** - **Escolher um de cada grupo acima** (ex.: Cefepime + Ciprofloxacino + Vancomicina)
499
**Síndromes Febris** O que são arboviroses?
Viroses transmitidas por artrópodes
500
**Síndromes Febris** Qual o vetor da dengue? Qual outras arboviroses ele pode transmitir?
Aedes aegypti Chikungunya e Zika
501
**Síndromes Febris** Qual período de incubação da dengue?
3 a 15 dias
502
**Síndromes Febris** Dengue: Qual o agente causador?
Flavivírus (RNA)
503
**Síndromes Febris** Dengue: Quais os sorotipos da dengue? Qual deles não está em circulação no Brasil?
DEN 1, 2, 3, 4 e 5 O sorotipos DEN 5 não está em circulação no Brasil, sendo mais comum na Índia
504
**Síndromes Febris** Dengue: A infecção causa imunidade duradoura?
Sim, contudo é sorotipo específica, ou seja, é possível ter dengue pelos outro sorotipos
505
**Síndromes Febris** Dengue: O que pode ocorrer em caso de infecções sequenciais?
⬆️ risco de formas graves devido à resposta imune exacerbada (teoria de Halstead)
506
**Síndromes Febris** Dengue: Como definir um um caso suspeito de dengue?
Febre de início súbito (até 7 dias) + ≥ 2 achados: - **Mialgias**, artralgia (leve) - Cefaleia, dor **retro-orbitária** - Náusea, vômitos - Exantema com ou sem prurido e auto limitado (início 3º - 6º dia) - Leucopenia (linfocitose relativa, podendo haver atipia) - Petéquias ou prova do laço **positiva**
507
**Síndromes Febris** Dengue: Quando há melhora da febre? Qual nome dessa fase?
Melhora da febre entre o 3º - 4º dia (fase crítica)
508
**Síndromes Febris** Dengue: O que a prova do laço avalia? Como realizar?
Avalia a permeabilidade capilar Como realizar: - Desenhar um quadrado de 2,5 cm de lado no antebraço - Insuflar o manguito com valor da média da PA (PAS + PAD / 2) - Manter insuflado por 3 min **(crianças)** ou 5 min **(adultos)**
509
**Síndromes Febris** Dengue: Qual número de petéquias para a prova do laço ser considerada positiva?
Crianças: ≥ 10 petéquias Adultos: ≥ 20 petéquias
510
**Síndromes Febris** Dengue: Quais os sinais de alarme da dengue?
**A** - Aumento do hematócrito **L** - Lipotímia | Letargia | Líquidos (derrames) **A** - Abdome (dor intensa e contínua) **R** - "Rauuul" (vômitos persistentes) **ME** - "MEgalia" (fígado > 2 cm do RCD) **S** - Sangramento mucoso
511
**Síndromes Febris** Dengue: O que fazer se houver 1 sinal de alarme?
Internação para hidratação EV
512
**Síndromes Febris** Dengue: O que é dengue grave? (3)
**Sinais de choque** - Hipotensão - ⬆️ FC - Oligúria... **Disfunção de órgãos grave** - Hepatite - Encefalite - Miocardite... **Sangramento grave** - Hematêmese - SNC - Metrorragia volumosa
513
**Síndromes Febris** Dengue: Onde tratar o paciente com dengue grave?
UTI
514
**Síndromes Febris** Dengue: Como confirmar o diagnóstico de dengue? (2)
**Viremia** (até o 5º dia) ➡️ Isolamento viral ou antígeno NS1 **Após soroconversão** (≥ 6º dia) ➡️ sorologia pelo método ELISA (IgM)
515
**Síndromes Febris** Dengue: Até quando pode-se solicitar a pesquisa do antígeno NS1?
Até o 5º dia, sendo melhor até o 3º dia
516
**Síndromes Febris** Dengue: Quando se deve confirmar o diagnóstico de dengue em caso de epidemia?
Grupos C e D
517
**Síndromes Febris** Dengue: Quando se deve confirmar o diagnóstico de dengue na ausência de epidemia?
Para todos
518
**Síndromes Febris** Dengue: Com realizar o tratamento?
**Sintomáticos** - Paracetamol | Dipirona **Suporte**
519
**Síndromes Febris** Dengue: Quais os dois tipos de medicamentos que devem ser evitados na dengue?
AAS e AINEs **Cuidado:** se o paciente for coronariopata, suspender se plaquetas < 30.000
520
**Síndromes Febris** Dengue: O que é o grupo A? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?
Não é B, C ou D **Hidratação** ➡️ Ambulatorial - 60 ml/Kg/dia VO ➡️ 1/3 SRO + 2/3 líquidos
521
**Síndromes Febris** Dengue: O que é o grupo B? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?
Critérios para o grupo B - < 2 anos e > 65 anos - Sangramento de pele (petéquias) - Gestantes - Comorbidades - Risco social **Hidratação** ➡️ leito de enfermaria - Solicitar hemograma - Hidratação igual ao do grupo A
522
**Síndromes Febris** Dengue: No grupo B, o que fazer em caso de Ht normal e em caso de Ht alterado?
Ht normal ➡️ grupo A Ht aumentado ➡️ grupo C
523
**Síndromes Febris** Dengue: O que é o grupo C? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?
Presença de sinais de alarme **Hidratação** ➡️ enfermaria - 20 ml/Kg em 2h IV - Pode repetir até 3x
524
**Síndromes Febris** Dengue: No paciente do grupo C, o que fazer se não houver melhora?
Reclassificar como grupo D
525
**Síndromes Febris** Dengue: O que é o grupo D? Como e onde hidratar os pacientes desse grupo?
Sinais de gravidade **Hidratação** ➡️ UTI - 20 ml/Kg em 20 minutos - Pode repetir até 3x
526
**Síndromes Febris** Dengue: No grupo D, o que fazer se o paciente não melhorou após a hidratação?
Noradrenalina | Albumina
527
**Síndromes Febris** Quais as principais características da Chikungunya e do Zika?
528
**Síndromes Febris** Febre amarela: Qual o agente?
Flavivírus (RNA)
529
**Síndromes Febris** Febre amarela: Quais os vetores do ciclo silvestre?
Haemagogus e Sabethes
530
**Síndromes Febris** Febre amarela: Qual o vetor do ciclo urbano?
Aedes aegypti
531
**Síndromes Febris** Febre amarela: No ciclo silvestre, o hospedeiro é o ..... e o ..... é o hospedeiro acidental
Macaco. Humano
532
**Síndromes Febris** Febre amarela: Quando foi o último caso de febre amarela urbana no Brasil?
1942
533
**Síndromes Febris** Febre amarela: Quais os principais achados clínicos da forma leve?
Maioria dos casos (90%) Síndrome febril pura + **dicas**: - SInal de Faget (febre sem taquicardia) - Ecoturismo recente
534
**Síndromes Febris** Febre amarela: Quais os principais achados clínicos da forma grave?
Minoria dos casos (10%) - Letalidade de 20 a 50% **Achados** - Lesão hepatorrenal (principalmente hepática) - **Tríade**: icterícia + hematêmese + oligúria - ⬆️ BD | ⬆️ AST > ALT
535
**Síndromes Febris** Febre amarela: Como pode ser feito o diagnóstico?
**Viremia** (até o 5º dia) ➡️ isolamento viral **Após soroconversão** (≥ 6º dia) ➡️ sorologia por ELISA IgM
536
**Síndromes Febris** Febre amarela: Tratamento
Suporte
537
**Síndromes Febris** Leptospirose: Qual o agente?
Leptospira interrogans (espiroqueta)
538
**Síndromes Febris** Leptospirose: Qual o reservatório da doença?
Roedores (ratos e camundongos) - Nos rins
539
**Síndromes Febris** Leptospirose: Como ocorre a transmissão?
Contato laboral ou acidental com águas contaminadas
540
**Síndromes Febris** Leptospirose: Quais os principais achados clínicos da forma anictérica?
Maioria dos casos **Achados** - Febre + sufusão conjuntival + mialgia (sobretudo em panturrilhas) - Meningite **asséptica** (fase imune)
541
**Síndromes Febris** Leptospirose: Quais os principais achados da forma íctero-hemorrágica? Qual o outro nome?
Minoria dos casos (10%) Síndrome de Weil **Achados** - Icterícia rubínica (tons alaranjados) - Síndrome pulmão-rim (hemorragia alveolar + IRA com **hipocalemia**) - Laboratório: ⬆️ BD | ⬆️ GGT e FA
542
**Síndromes Febris** Leptospirose: Como fazer o diagnóstico?
Achados laboratoriais inespecíficos - Leucocitose neutrofílica - ⬇️ Plaquetas - ⬆️ CPK Achados específicos (≥ 7 dias) - Teste de microaglutinação no látex
543
**Síndromes Febris** Leptospirose: Como tratar os casos leves e os graves?
**Casos leves** - Doxiciclina (escolha) ou amoxicilina **Casos graves** - Penicilina G cristalina (escolha) ou ceftriaxone
544
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Qual o outro nome?
Calazar
545
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Quais os principais agentes?
Leishmania chagasi | Leishmania infantum
546
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Qual o vetor?
Lutzomyia longipalpis (flebotomíneo)
547
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Qual período de incubação?
2 a 6 meses
548
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Qual o reservatório?
Cães (urbano) e raposas
549
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Quais os principais achados clínicos?
Baixa patogenicidade (a maioria não adoece) **Achados devido a ⬇️ imunidade celular** - Febre arrastada - Hepatoesplenomegalia (principalmente esplenomegalia) - Pancitopenia - Reação de Montenegro **negativa** **Achados devido a ⬆️ imunidade humoral** - Inversão da relação Albumina / Globulina - Hipergamaglobulinemia **POLI**clonal
550
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Como fazer o diagnóstico?
**Parasitológico** - Formas amastigotas **intracelulares** - Aspirado de medula óssea (S = 70%) - **preferencial** (complica menos) - Punção esplênica (S = 90%) - ⬆️ risco de sangramento **Sorológico** - Imunofluorescência - Teste para rK39 (antígeno)
551
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Como tratar?
**Primeira escolha** ➡️ Antimonial pentavalente (Glucantime) - Pode ⬆️ intervalo QT - Mais barato e disponível **Melhor opção** ➡️ Anfotericina B lipossomal - Mais caro e menos disponível
552
**Síndromes Febris** Leishmaniose visceral: Para quem indicar a anfotericina B lipossomal?
**G's** - Graves - Gestantes **I's** - Imunodepressão - Idade < 1 ou > 50 anos - "Insuficiências" - Intolerância ao Glucantime
553
**Tosse crônica** Qual a definição de tosse aguda, subaguda e crônica?
**Aguda:** < 3 semanas **Subaguda:** 3 - 8 semanas **Crônica:** > 8 semanas
554
**Tosse crônica** Tuberculose: Qual o agente?
Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) Primeiro relatos datam de 3.000 a.C na China
555
**Tosse crônica** Tuberculose: Trata-se de uma condição de ..... (alta/baixa) infectividade e ..... (alta/baixa) patogenicidade
Alta. Baixa
556
**Tosse crônica** Tuberculose: Como ocorre a transmissão?
Através da via aérea por aerossóis (tosse, fala ou espirro)
557
**Tosse crônica** Tuberculose: Quando geralmente ocorre a primoinfecção em locais de alta prevalência de TB?
Na infância
558
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais as etapas da primoinfecção?
**< 8 semanas:** disseminação de bacilos **≥ 8 semanas:** imunidade celular (células T e interferon-gamma)
559
**Tosse crônica** Tuberculose: As células T relacionam-se ao ..... (PPD/IGRA), enquanto que o interferon-gamma relaciona-se ao ..... (PPD/IGRA)
PPD. IGRA
560
**Tosse crônica** Tuberculose: Qual a lesão típica da tuberculose?
Granuloma caseoso - não é patognomônico, mas é sugestivo
561
**Tosse crônica** Tuberculose: Após a primoinfecção, quais as duas possibilidades?
Controle da infecção (90%) - Mata o Bacilo - Tuberculose latente (diagnosticada pelo PPD ou IGRA) Doença (10%) - ⬆️ risco: primeiros 2 anos - TB primária (adoece "na largada") - TB pós-primária (reativa foco latente)
562
**Tosse crônica** Tuberculose: Qual a forma mais comum?
Pulmonar (80-85%)
563
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais as características da TB pulmonar primária?
Mais comum em crianças (1º contato) **Apresentação** - Infiltrado **≥ 2 semanas sem resposta ao ATB** - Linfonodomegalia hilar **unilateral (mais comum à direita)** **Detalhe** - Paucibacilífera (⬇️ importância na transmissão)
564
**Tosse crônica** Tuberculose: Qual condição deve ser suspeitada na presença de linfonodomegalia hilar bilateral?
Sarcoidose
565
**Tosse crônica** Tuberculose: Quem são mais acometidos pela forma miliar (micronodular) da TB?
< 2 anos não vacinados e imunodeprimidos
566
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais as características da TB pós-primária?
Mais comum em adolescentes e adultos jovens (reativação de foco latente) **Achados** - **Tosse ≥ 3 semanas (sintomático respiratória)**, febre, sudorese noturna, perda ponderal... **Detalhe** - **Bacilífero** (importância na transmissão)
567
**Tosse crônica** Tuberculose: Qual complicação da cavitação na TB pós-primária?
Aspergiloma (bola fúngica)
568
**Tosse crônica** Tuberculose: Como pode ser feito o diagnóstico?
**(1) Critério clínico-radiológico** - Tosse ≥ 3 semanas +/- (febre, sudorese noturna, perda de peso, inapetência) - Rx de tórax compatível **(2) Critério laboratorial (microbiológico-escarro)** - Teste rápido molecular (TRM-TB) ➡️ **preferência** *Avalia também resistência à rifampicina - Baciloscopia (BAAR) ➡️ se TRM-TB indisponível *Duas amostras, sendo uma na consulta e a segunda na manhã do dia seguinte - Cultura ➡️ se TRM-TB indisponível (junto com BAAR) | após diagnóstico confirmado | desde o início em vulneráveis (PHIV, população de rua, indígenas, presos)
569
**Tosse crônica** Tuberculose: Como fazer o diagnóstico em crianças?
**Sistema de pontuação (< 10 anos)** **C** ➡️ **C**línica (sintomas ≥ 2 semanas): 15 pontos **H** ➡️ **H**istória de contato (últimos 2 anos): 10 pontos **I** ➡️ **I**magem (Rx alterado ≥ 2 semanas): 15 pontos **L** ➡️ **L**atente (PPD ≥ 5-10 mm): 5-10 pontos **D** ➡️ **D**esnutrição (peso < p10): 5 pontos ≥ 40 (muito provável): tratar ≥ 30 (possível): avaliar tratamento
570
**Tosse crônica** Tuberculose: Qual a forma extrapulmonar mais comum? Quais as duas excessões?
TB pleural Excessões: PHIV e crianças ➡️ ganglionar
571
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais as características da TB pleural?
Febre + ⬇️ peso + dor torácica pleurítica + derrame pleural Toracocentese: exsudato, ⬇️ glicose, **linfomonocitário** (PMN no início), **adenosina deaminase (ADA) > 40 U**
572
**Tosse crônica** Tuberculose: ADA é patognomônico?
Não, mas muito sugestivo
573
**Tosse crônica** Tuberculose: Como diagnosticar a TB pleural?
**Líquido pleural** - TRM-TB 30-50% | BAAR < 5% | Cultura < 15% **Biópsia da pleura (80-90%)** ➡️ padrão-ouro Pode-se aceitar ADA
574
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais os grupos mais acometidos pela TB meníngea?
Não vacinados e imunodeprimidos
575
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais as características da TB meníngea?
Subaguda, acometimento de par craniano, hidrocefalia LCR: ⬆️ proteínas, ⬇️ glicose, linfomonocitário (= líquido pleural...)
576
**Tosse crônica** Tuberculose: Como diagnosticar a TB meníngea?
**LCR** - TRM-TB 30-80% | BAAR 15% | **Cultura 50-80%**
577
**Tosse crônica** Tuberculose: Como é feito o tratamento da tuberculose (drogas e esquemas)?
Drogas: Rifampicina (R) | Isoniazida (I) | Pirazinamida (P) | Etambutol (E) - Em crianças < 10 anos não se faz Etambutol devido ao risco de neurite óptica **Esquemas** - **Básico** (caso novo ou retratamento) ➡️ RIPE 6 meses (2 RIPE + 4 RI) *2024 ➡️ pacientes entre 3 meses a 16 anos com forma não grave: pode tentar 4 meses de tratamento (2 + 2) - **Meníngea ou Osteoarticular:** RIPE 12 meses (2 RIPE + 10 RI) *Se meníngea ➡️ corticoide por 4-8 meses
578
**Tosse crônica** Tuberculose: Em PHIV, como deve ser feito o tratamento? Qual o objetivo?
Iniciar esquema RIPE e, **em até 7 dias**, iniciar a TARV Evitar a síndrome da reconstituição imune
579
**Tosse crônica** Tuberculose: Como deve ser feito o acompanhamento desses pacientes?
- Oferecer teste para HIV no 1º mês - Baciloscopia mensal (ideal) ou no 2º|4º|6º mês (mínimo) ➡️ não pode fazer TRM-TB - Radiografia de tórax no 2º e 6º mês
580
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais os efeitos adversos das 4 drogas do esquema básico?
**Hepatotoxicidade** - R | I | P (suspender e **REI**ntroduzir: RE ➡️ I ➡️ P) **Rifampicina** - Urina / suor alaranjado **(orientar)** - Penias e nefrite **(suspender)** **Isoniazida** - Neuropatia periférica (repor vitamina B6/piridoxina ➡️ gestantes já suplementar B6 desde o início do tratamento) **Pirazinamida** - Hiperuricemia (tratar se risco ou histórico de doença gotosa) - Rabdomiólise **(suspender)** **Etambutol** ➡️ EtambutOLHO - Neurite óptica **(suspender)**
581
**Tosse crônica** Tuberculose: Como pode ser feito o controle?
- Busca ativa de sintomáticos respiratórios (tosse ≥ 3 semanas) *Vulneráveis: indígenas, PHIV, preso, situação de rua (tosse de qualquer durações) - Tratamento diretamente observado (TDO) - Vacina BCG (protege contra formas graves como meníngea e miliar) - Controle / rastreio dos contactantes
582
**Tosse crônica** Tuberculose: Como proceder frente a um contactante de TB?
**Se sintomático** - Pesquisar TB ativa (doença) ➡️ escarro e Rx **Se assintomático** - Pesquisar TB latente (risco de doença) ➡️ PPD (≥ 5 mm) ou IGRA (+) ➡️ Tratar TB latente
583
**Tosse crônica** Tuberculose: Quais os aspectos (definição, indicações de tratamento e esquemas) da TB latente (ILTB)?
**Conceito** - Infecção sem doença (PT ≥ 5 mm ou IGRA positivo) **Indicações de tratamento (se risco elevado de adoecimento)** - Contactante - ⬇️ imunidade (corticoide, PHIV, inibidor TNF) - Profissionais de saúde com conversão (incremento ≥ 10 mm na PT em 1 ano) **Esquemas** - 3HP: isoniazida + rifapentina por 3 meses (dose semanal) ➡️ **padrão-ouro** - 6H ou 9H: isoniazida por 6 a 9 meses (doses diárias) - 4R: rifampicina por 4 meses (doses diárias)
584
**Tosse crônica** Tuberculose: Como e qual a indicação da quimioprofilaxia primária?
Objetiva impedir a tuberculose latente após a primoinfecção, ou seja está indicado para RN contactante de Bacilífero **Conduta** (1) Não vacinar com BCG ao nascer (2) Iniciar Isoniazida (I) ou Rifampicina (R) por 3 meses (3) Realizar PPD ao final dos 3 primeiros meses * < 5 mm ➡️ **vacinar** com BCG * ≥ 5 mm ➡️ manter Isoniazida por 3 meses **ou* Rifampicina por 1 mês ➡️ **não vacinar** com BCG, pois a criança desenvolveu imunidade natural e ativa
585
**Dispneia** TEP: Quais as principais características de um TEP maciço? Quais marcadores podem estar elevados em TEPs mais graves?
- Hipotensão ➡️ choque obstrutivo - Insuficiência de VD ➡️ Cor pulmonale Podem estar elevados o BNP e a troponina
586
**Dispneia** TEP: Quais as manifestações clínicas? (5)
Início **súbito** de: - Dor torácica (pleurítica) - Hemoptise - Sibilância - Taquipnéia **(principal sinal)** - Dispneia **(principal sintoma)**
587
**Dispneia** TEP: Quais os 4 principais exames complementares e os seus principais achados? Esses exames são capazes de dar o diagnóstico?
Nenhum dos exames abaixo são capazes de fechar o diagnóstico de TEP **ECG** - Taquicardia sinusal **(mais comum)** - S1Q3T3 ➡️ onda S em DI | onda Q em DIII |onda T invertida em DIII **Radiografia de tórax** - Sinal de Westermark ➡️ oligoemia localizada - Corcova de Hampton ➡️ hipotransparência triangular periférica **Ecocardiograma** - Se disfunção de VD ➡️ pior prognóstico **Marcadores** - ⬆️ BNP e troponina ➡️ pior prognóstico - D-dímero ➡️ (1) expectativa de elevação | (2) sem relação prognóstica
588
**Dispneia** TEP: Qual algoritmo diagnóstico?
1) Escore de Wells - **E** - **E**pisódio prévio de TVP/TEP ➡️ 1,5 - **M** - **M**alignidade ➡️ 1 - **B** - **B**atata inchada (clínica de TVP) ➡️ 3 - **O** - sem **O**utro diagnóstico mais provável ➡️ 3 - **L** - **L**ung Bleeding (hemoptise) ➡️ 1 - **I** - **I**mobilização ou cirurgia recente 1,5 - **A** - **A**lta FC (> 100) ➡️ 1,5 2) Escore de Wells ≤ 4 ➡️ solicitar D-dímero - Se normal ➡️ sem TEP - Se alto (> 500) ➡️ Imagem (abaixo) 3) Escore de Wells > 4 ➡️ imagem - (1) AngioTC | (2) Cintilografia | (3) Doppler MMII | (4) Arteriografia pulmonar **(padrão-ouro, mas muito invasivo)** - Se qualquer um positivo ➡️ TEP - Se todos negativos ➡️ não é TEP
589
**Dispneia** TEP: Como e quando iniciar o tratamento?
Inicia-se o tratamento em caso de alta suspeita, mesmo antes de realizar o exame de imagem **Tratamento** - Anticoagulação por ≥ 3 meses - Trombólise ➡️ rtPA ou estreptoquinase **(se TEP maciço)** - Filtro de VCI ➡️ se contraindicação ou falha à anticoagulação - Embolectomia mecânica ➡️ se contraindicação ou falha da trombólise
590
**Dispneia** TEP: Como realizar a anticoagulação?
Varfarina ➡️ iniciar junto com heparina até INR terapêutico entre 2-3 **D**abigatrana | **E**doxabana ➡️ **DE**pois de 5 dias de heparina **R**ivaroxabana | **A**pixabana ➡️ sem heparina (**RÁ**pido)
591
**Dispneia** TEP: Qual o intervalo de tempo para trombólise?
Até o 14º dia
592
**Dispneia** Espirometria: Como diferenciar um distúrbio obstrutivo de um restritivo?
**Obstrutivo** ➡️ compromete principalmente a expiração - ⬇️⬇️ VEF1 - ⬇️ CVF - ⬇️ VEF1/CVF (Tiffenau) ➡️ < 70% (indica doença obstrutiva) **Restritivo** ➡️ compromete principalmente a inspiração, mas como o volume inspirado é menor, o volume expirado também será - ⬇️ VEF1 - ⬇️ CVF - ↔️ ou ⬆️ VEF1/CVF
593
**Dispneia** Espirometria: Como diferenciar DPOC de asma?
**Prova broncodilatadora** - Se **VEF1 > 200 ml** e **>12%** ➡️ Asma
594
**Dispneia** DPOC: Qual o conceito e como e feito o diagnóstico?
Obstrução fixa ao fluxo aérea Diagnóstico: VEF1/CVF < 0,7 mesmo após a prova broncodilatadora
595
**Dispneia** DPOC: Quais os dois principais mecanismos de lesão e o quê cada um causa?
**Bronquite crônica** ➡️ fibrose de vias aéreas **Enfisema** ➡️ destruição de septos alveolares
596
**Dispneia** DPOC: Quais os dois principais fatores de risco e qual o mecanismo de lesão que cada um se relaciona?
Tabagismo ➡️ bronquite crônica e enfisema Deficiência de alfa-1-antitripsina ➡️ enfisema - Importante pesquisar
597
**Dispneia** DPOC: Quais as principais manifestações clínicas?
Obstrução ao fluxo de ar - Hiperinsuflação ("entra, mas sai pouco") Hipoventilação alveolar - ⬇️ MV - ⬆️ CO2 (retenção crônica) - ⬇️ O2 (dispneia, cianose)
598
**Dispneia** DPOC: Por que não se deve corrigir a hipoxemia?
Respiração depende da hipoxemia e risco de efeito Haldane (hemoglobina solta o CO2 para se ligar ao O2, produzindo aumento do CO2 no sangue)
599
**Dispneia** DPOC: O quê é exacerbação da DPOC? Como tratar?
Piora da dispneia e/ou tosse + piora do escarro que ocorrem em < 14 dias **Tratamento** - **A** ➡️ **A**TB por 5-7 dias (se escarro purulento, VNI ou intubação) - **B** ➡️ **B**roncodilatador de curta (SABA ± Ipratrópio) - **C** ➡️ **C**orticoide sistêmico (VO ou IV) por 5 dias - **D** ➡️ **D**ar oxigênio > O2 suplementar (alvo 88-92%) > VNI: pH < 7,35 e PaCO2 ≥ 45 mmHg (acidose respiratória descompensada) | Hipoxemia persistente | sinais de fadiga > IOT: ⬇️ consciência| falha VNI
600
**Dispneia** DPOC: Quais as principais bactérias envolvidas na exacerbação?
H. influenzae, S. pneumoniae e M. catarrhalis
601
**Dispneia** DPOC: Como é a classificação GOLD?
602
**Dispneia** DPOC: O que determina como fazer a terapia de manutenção?
**Para todos** - Parar de fumar - Avaliar necessidade de O2 domiciliar - Broncodilatador 🆘 - Vacina (pneumo | gripe | COVID |coqueluche | zoster | VSR) **A** - Broncodilatador de curta ou de longa duração (preferencial) **B** - LABA + LAMA - Reabilitação pulmonar **E** - LABA + LAMA - Reabilitação pulmonar - Corticoide inalatório se ⬆️ eosinófilos ≥ 300
603
**Dispneia** DPOC: Quais as duas indicações de O2 domiciliar? Qual o tempo diário de uso?
Pelo menos 15 horas/dia - PaO2 ≤ 55 mmHg **ou** SatO2 ≤ 88% - PaO2 entre 56 e 59% **+** Ht > 55% **ou** cor pulmonale A gasometria deve ser realizada com o paciente estável, em repouso e em ar ambiente
604
**Dispneia** Asma: O que é?
Inflamação crônica com episódios reversíveis de hiper-reatividade brônquica
605
**Dispneia** Asma: Quais as principais manifestações clínicas?
- Dispneia - Tosse - SIbilo - Aperto no peito
606
**Dispneia** Asma: Como realizar o diagnóstico?
Clínica + hiper-reatividade - **Espirometria:** prova broncodilatadora positiva **(principal)** | broncoprovocação positiva com metacolina (⬇️ VEF1) - **Pick flow:** variação do pico de fluxo expiratório (PFE) em duas semanas ➡️ > 10% (adultos) **ou** > 13% (criança) - Melhora com o tratamento empírico se exames indisponíveis (GINA 2024)
607
**Dispneia** Asma: Como classificar a asma de acordo com a gravidade?
608
**Dispneia** Asma: Como tratar a crise asmática?
Tratamento - **A** - Cuidado com as **A**rmadilhas > Adrenalina: somente se anafilaxia > Aminofilina IV: não > ATB: não - **B** - **B**roncodilatador de curta > SABA: 3 ciclos em 1 hora > Se não melhorar **ou** crise grave/muito grave: associar ipratrópio - **C** - **C**orticoide sistêmico (VO ou IV) > Iniciar na 1a hora - **D** - **D**ar O2 > Alvo SatO2 93-95% (adultos) e 94-98% (crianças) > Intubar se crise muito grave Alta se melhora: redução dos sintomas / PFE > 60-80% / SatO2 > 94% (ar ambiente) Sem melhora: manter tratamento / considerar sulfato de magnésio IV
609
**Dispneia** Asma: Como é a classificação de controle da asma?
610
**Dispneia** Asma: Quais os steps de tratamento até 5 anos?
611
**Dispneia** Asma: Quais os steps de tratamento de 6 a 11 anos?
612
**Dispneia** Asma: Em qual step iniciar se entre 6 e 11 anos?
613
**Dispneia** Asma: Quais os steps de tratamento em maiores de 12 anos?
614
**Dispneia** Asma: Em qual step iniciar se maior de 12 anos?
615
**Dispneia** Asma: Quando realizar step up e step down?
Se controlada por 2-3 meses: pode reduzir o step Parcialmente controlada: considerar subir o step Não-controlada: subir etapa **Sempre é importante avaliar a adesão e o uso correto do medicamento e do dispositivo**
616
**Dispneia** Asma: Quais as principais diferenças na pediatria?
- Não se faz Formoterol em < 12 anos - Steps 1 e 2 são diferentes (separados) em < 12 anos
617
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Geriatria: Quais os 4 setores principais da avaliação geriátrica ampla (AGA)?
**Cognição** - Mini-exame do estado mental (máximo de 30 pontos, varia conforme o grau de instrução do paciente) > Se > 7 anos de estudo: corte de 28 pontos > Se < 7 anos: corte de 19 pontos **Humor** - Escala de depressão geriátrica (EDG ou Yesavage) > ⬆️ risco de depressão: > 5 pontos **Capacidade funcional** - Atividades básicas de vida diária - AVDs (Katz) > **Autocuidado:** banho, continência, comer, vestir-se - Atividades instrumentais - AIVDs (Lawton) > **Interação:** telefonar, fazer compras, cozinhar... **Mobilidade** - Timed up and go (TUG) > Levantar, caminhar 3 metros e retornar (⬆️ risco se > 20 segundos)
618
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Geriatria: Quais as principais síndromes geriátricas? (7)
**"Is"** da geriatria - **I**ncapacidade cognitiva - **I**ncapacidade comunicativa - **I**nstabilidade (quedas) - **I**mobilidade - **I**ncontinência - **I**atrogenia - **I**nsuficiência familiar
619
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Geriatria: O que é síndrome de fragilidade?
**≥ 3 critérios:** - **F**raqueza (⬇️ força de preensão palmar) - **F**unção motora (marcha lentificada) - **F**adiga (autorreferida) - **F**atless (perda de peso ≥ 5% no último ano) - Atividade **F**ísica (baixo gasto calórico semanal
620
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Geriatria: Quais vacinas devem ser administradas no paciente idoso?
**Dica:** **6**0 anos ➡️ **6** - Hepatite B ➡️ 3 doses - dT ➡️ 3 doses + reforço 10/10 anos - Febre amarela ➡️ 1 dose (avaliar caso a caso a administração apesar de recomendada) - Influenza ➡️ anual - COVID ➡️ 6/6 meses - Pneumococo ➡️ 2 doses de VPP23 (1 dose + 1 reforço após 5 anos) > Apenas se morador de asilo | morbidade > **Ideal:** VPC13 ➡️ Após 6-12 meses, fazer 1 dose de VPP23 ➡️ Após 5 anos, fazer o reforço da VPP23
621
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Geriatria: Quais doenças devem ser rastreadas na população geral e idosa?
**A partir dos 20 anos** ➡️ sexual - IST (HIV, HBV e HCV) - CA colo uterino (25-64 anos) **A partir dos 35 anos** ➡️ metabólica - Diabetes (SBD: 45 anos) - Dislipidemia (iniciar antes se risco aumentado) **A partir dos 50 anos** ➡️ neoplásica - CA de mama (Febrasgo: a partir dos 40 anos) - CA de próstata (INCA não recomenda de rotina) - CA colorretal (EUA: a partir dos 45 anos) - CA pulmão (MS não recomenda de rotina, apenas se tabagista ou cessou < 15 anos + carga de 20 anos-maço) **A partir dos 65 anos** ➡️ vascular e óssea - Osteoporose - Aneurisma de aorta abdominal (recomendado para homens + história de tabagismo)
622
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Geriatria: Quais as duas vacinas extras recomendadas pela SBIM?
- Herpes-zóster ➡️ 2 doses (a partir de 50 anos) - Vírus sincicial respiratório (VSR) ➡️ 1 dose
623
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Síndrome demencial: O que é?
Perda de funções cognitivas (**memória**, linguagem, destreza...) de forma progressiva e gradual - Interfere, obrigatoriamente, nas atividades usuais ou profissionais
624
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Síndrome demencial: Quais condições podem confundir o diagnóstico de síndrome demencial? (4)
Dica: os **"4 DS"** - **D**elirium - **D**epressão - **D**oenças mentais - **D**roga (sobretudo benzodiazepínicos)
625
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Síndrome demencial: Quais exames devem ser solicitados para excluir causas reversíveis?
**Laboratoriais** - Função renal e hepática - TSH - B12 - Cálcio - VDRL e HIV **Neuroimagem** - TC ou RNM
626
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Síndrome demencial: Qual a principal causa de síndrome demencial?
Doença de Alzheimer (> 50%)
627
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Alzheimer: Quais as duas principais alterações neuronais e no que elas resultam?
Deposição aumentada de proteína beta-amiloide (Abeta42) ➡️ placa senil ou neurítica Fosforilação da proteína Tau (p-tau) ➡️ emaranhado neurofibrilar **Resultado:** atrofia do hipocampo **(⬇️ acetilcolina)**
628
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Alzheimer: Quais os principais fatores de risco? (5)
- **> 60 anos** - **História familiar** - Genético (apoE E4) - Síndrome de Down - Sedentarismo
629
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Alzheimer: Qual a clínica?
- Amnésia **anterógrada** (fatos recentes) - Afasia (linguagem) - Apraxia (destreza) - Agnosia (reconhecimento) - Desorientação - Incontinência - Imobilidade
630
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Alzheimer: Como diagnosticar? Quais exames de imagem podem ser utilizados?
Clínica + exclusão de outras causas **SPECT / PET (fase inicial):** ⬇️ perfusão e metabolismo| ⬆️ Beta-amiloide **TC (avançada):** atrofia cortical e hidrocefalia compensatória
631
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Alzheimer: É possível detectar a doença pelo sangue?
Precivity AD2 (proteínas no sangue periférico - Acurácia de 88%)
632
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Alzheimer: Como tratar? (4)
**⬆️ Acetilcolina** - Anticolinesterásicos de **ação central** (Rivastigmina, donepezila) - Antagonista do receptor NMDA do Glutamato (Memantina) ➡️ quadros mais avançados - Vitamina E - Anticorpo anti Beta-amiloide (?)
633
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Demência vascular: Quais as principais características?
2ª causa mais comum Fatores de risco (HAS, DM...) + doença cerebrovascular Classificação: - **Cortical (grades vasos)** > "Multi-infartos" > Evolução súbita, em degraus - **Subcortical (pequenos vasos)** > Infarto lacunar, periventricular > Evolução arrastada Tratamento: - AVE: controlar fatores de risco - Demência: Anticolinesterásicos (?) ➡️ é o que tem, mas, muitas vezes, a resposta não é satisfatória
634
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Quais as outras causas de demência (5) e suas principais características?
635
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Síndrome Parkinsoniana: Quais os 4 sinais cardinais?
**Tétrade** - Bradicinesia - Rigidez - Tremor de repouso (geralmente inicia-se de forma unilateral e assimétrica) - Instabilidade postural
636
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Síndrome Parkinsoniana: Qual a principal causa?
Doença de Parkinson (~ 75%)
637
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Parkinson: Quais as principais alterações encefálicas?
Degeneração da substância negra ➡️ ⬇️ Dopamina da via nigroestriatal - Depósitos de alfa-sinucleína (SNCA)
638
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Parkinson: Quais os principais fatores de risco?
- > 50 anos - História familiar - Genético - Exposição a pesticidas (?)
639
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Parkinson: Qual o quadro clínico?
Parkinsonismo Achados não motores - **Hiposmia** (pode ser o primeiro sinal) - Disautonomia - Seborreia - Sono...
640
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Parkinson: Como diagnosticar? O que obrigatoriamente deve ser descartado para confirmar o diagnóstico?
Clínica + exclusão de outras causas Afastar drogas **antagonistas da dopamina** - Metoclopramida - Flunarizina - Haloperidol
641
**Síndromes geriátricas e neurovasculares** Doença de Parkinson: Como tratar?
**⬆️ Dopamina** - **Fase inicial:** agonista dopaminérgico (pramipexol) - **Mais efetivo:** levodopa + inibidores da descarboxilase periférica (ex.: prolopa) - **Discinesias, refratários:** selegilina (inibidores da MAO-B), amantadina (?) | estimulação cerebral profunda
642
**Síndrome Neurovascular** Quando suspeitar de um AVE?
Déficit neurológico focal súbito > 15 minutos
643
**Síndrome Neurovascular** AVE: Quais os dois tipos principais e qual o mais comum?
Isquêmico (80%) e hemorrágico (20%)
644
**Síndrome Neurovascular** AVE: Como diagnosticar por neuroimagem? (2)
TC (ou RNM) de crânio **sem contraste** - **AVEi** ➡️ normal no início ➡️ lesão **HIPO**densa após 24-72 horas - **AVEh** ➡️ lesão **HIPER**densa RNM por difusão (DWI) - Indicado se **deltaT impreciso** (wake-up stroke | afasia - a pessoa não consegue referir quando iniciou) - DWI (+) e FLAIR (-) ➡️ Mismatch **(isquemia muito precoce)**
645
**Síndrome Neurovascular** AVE: Quais os sinais precoces de isquemia?
Sinal de **hiper**densidade arterial Escore de ASPECTS - Avalia 10 regiões - Normal = 1 ponto | Alterado = 0 pontos - Quanto menor o valor, mais alterações
646
**Síndrome Neurovascular** AVE isquêmico: Como tratar na fase aguda? (2)
1) Hipertensão permissiva - **Reduzir PA se:** > 220 x 120 mmHg se **não-candidato à trombólise** | > 185 x 110 mmHg se **candidato à trombólise** 2) Terapia de reperfusão - **Trombólise IV** * Alteplase / rtPA 0,9 mg/Kg **(escolha)** | Tenecteplase **(opção)** * **Inclusão:** deltaT até 4,5 horas **ou** Mismatch * **Exclusão:** NIHSS < 6 ("não debilitante" - avaliar caso a caso, sobretudo se relacionado ao ofício) | AVEi ou TCE ≤ 3 meses | AVEh prévio | Hemorragia digestiva ≤ 21 dias... - **Trombectomia mecânica** * **Indicação ideal (regra 6-6-6😈):** NIHSS ≥ 6 | ASPECTS ≥ 6 |deltaT ≤ 6 horas (razoável até 24 horas)
647
**Síndrome Neurovascular** AVE isquêmico: Quais os 4 exames necessários e como realizar a profilaxia secundária?
**Exames** - ECG - Ecocardiograma - Doppler de carótidas - Doppler de vertebrais **Etiologia aterotrombótica** - **Antiagregação:** AAS **ou** Clopidogrel (monoterapia) * Se trombólise: aguardar 24 horas * Se leve (NIHSS ≤ 3): AAS **+** Clopidogrel nos primeiros 90 dias - **Estatina** - **Estenose carotídea:** endarterectomia se grave (oclusão 70 - 99%) **Etiologia cardioembólica** - **Anticoagulação** ➡️ iniciar ≥ 2º dia * Se extenso, aguardar 14 dias
648
**Síndrome Neurovascular** Onde se localiza a área de Broca e qual sua função?
Lobo frontal, no hemisfério dominante (contralateral à mão dominante) - Linguagem motora ➡️ entende, mas não consegue falar (afasia motora)
649
**Síndrome Neurovascular** Onde localiza-se o centro motor e o que ele controla?
Lobo frontal, controla a motricidade do lado contralateral - Medial ➡️ caudal - Lateral ➡️ cefálico
650
**Síndrome Neurovascular** Onde localiza-se o centro da sensibilidade?
Lobo parietal, sente o lado contralateral - Medial ➡️ caudal (perna) - Lateral ➡️ cefálico (face)
651
**Síndrome Neurovascular** Onde localiza-se a área de Wernicke?
Lobo temporal, apenas no hemisfério dominante - Compressão da linguagem ➡️ não compreende o quê é falado, mas consegue falar de forma incompreensível
652
**Síndrome Neurovascular** Onde localiza-se o córtex visual?
Lobo occipital
653
**Síndrome Neurovascular** Quais a principais artérias cerebrais e quais a principais síndromes isquêmicas relacionadas a cada uma?
**Cerebral média** - Motor + sensitivo **contralateral**, pode poupar a perna - Afasia motora (Broca) ➡️ se pegar o ramo superior ou antes de bifurcar - Afasia sensitiva (Wernicke) ➡️ se pegar o ramo inferior ou antes de bifurcar **Cerebral anterior** - Motor + sensitivo da perna contralateral **Cerebral posterior** - Alteração visual
654
**Síndrome Neurovascular** AVEh: Quais as duas principais causas?
Hemorragia intraparenquimatosa ➡️ **começa com** déficit focal Hemorragia subaracnoide ➡️ déficit focal **se complicar**
655
**Síndrome Neurovascular** HSA: Qual a principal causa e a tríade clínica clássica?
**Causa:** ruptura de aneurismas saculares **Manifestações:** cefaleia súbita (pior da vida) + ⬇️ nível consciência + rigidez de nuca (geralmente após 12-24 horas)
656
**Síndrome Neurovascular** HSA: O que é e qual a Escala Hunt-Hess?
Escala prognóstica ( 1 a 5 ➡️ maior = pior) - 1: cefaleia leve - 2: ⬆️ cefaleia, rigidez - 3: sonolento, déficit focal leve - 4: torpor, ⬆️ déficit focal - 5: coma
657
**Síndrome Neurovascular** HSA: Como diagnosticar pela neuroimagem? Qual a Escala de Fisher?
**Neuroimagem** - TC de crânio sem contraste (confirmação) - Punção lombar ➡️ se TC normal, em especial se feita > 6 horas ➡️ positivo de xantocrômico - AngioTC ou arteriografia (localizar após a confirmação) **Escala de Fisher (graus)** 1: sem sangue 2: < 1mm 3: > 1mm 4: intracerebral, ventricular
658
**Síndrome Neurovascular** HSA: Como tratar?
**Prevenção do ressangramento** - **Intervenção (ideal ≤ 24 horas):** clipagem cirúrgica | endovascular (coil) - **Alvo PA:** sem consenso (razoável PAS < 160 mmHg) **Isquemia cerebral tardia e vasoespasmo** - Período de maior risco entre o 4º e o 14º dia - **Prevenção:** nimodipina VO (60 mg, 4/4h, por 14-21 dias) | manter euvolemia - **Detecção precoce (sem sintomas):** Doppler transcraniano diário - **Tratamento (em caso de sintoma):** hipertensão (antigo 3Hs - hipervolemia, hemodiluição e hipertensão arterial) **Hidrocefalia** - Obstrução da drenagem por coágulo que costuma se resolver espontaneamente - DVE ou drenagem lombar (até resolução do quadro)
659
**Síndrome Neurovascular** Hemorragia intraparenquimatosa: Quais as duas principais causas e as manifestações?
**Causa** - Hipertensão (microaneurisma) - Angiopatia amiloide (idoso, Alzheimer) ➡️ mais grave **Manifestações** - Hipertensão intracraniana (cefaleia + ⬇️ consciência...) - Déficit neurológico focal súbito
660
**Síndrome Neurovascular** Hemorragia intraparenquimatosa: Como diagnosticar?
TC (ou RNM) crânio sem contraste
661
**Síndrome Neurovascular** Hemorragia intraparenquimatosa: Como tratar?
**Suporte (hipertensão intracraniana)** - PAS 140 mmHg - **Cirurgia:** hematoma cerebelar > 3 cm (para drenar) - **Reverter anticoagulação (adotar também na HSA...) * Varfarina ➡️ complexo protrombínico e vitamina K * Heparina ➡️ protamina * Dabigatrana ➡️ idarucizumabe * Rivaroxabana, Apixabana e Edoxabana ➡️ andexanet alfa * Para os os dois últimos: carvão ativado se última dose < 2 horas (potencial de eficácia até 8h)