Cirurgia Flashcards
Síndrome Disfágica
A disfagia pode ser de ….. ou de ……
Transferência (proximal). Condução (médio-distal).
Síndrome Disfágica
Quais as duas causas de disfagia de transferência? Qual o tipo de musculatura envolvido?
Doenças neurológicas e doenças musculares. Músculo estriado esquelético.
Síndrome Disfágica
Na disfagia de transferência, o ….. é o achado relacionado ao TGI e ….. (é / não é) o principal sintoma do caso.
Engasgo. Não é.
Síndrome Disfágica
Quais as duas causas de disfagia de condução?
Obstrução mecânica e distúrbio motor.
Síndrome Disfágica
Na disfagia de condução, o ….. é o achado do TGI e ….. (é / não) o principal sintoma do caso clínico.
Entalo. É.
Síndrome Disfágica
Qual a abordagem inicial (exame) na disfagia de condução?
Esofagografia baritada (contraste VO + radiografia)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: ocorre deviado a …..
Hipertonia do esfíncter esofagiano superior (músculo cricofaríngeo)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: localização
Triângulo de Killian (hipofaríngeo), geralmente à esquerda
Localiza-se no ponto de fragilidade entre as fibras oblíquas do tireofaríngeo e horizontais do cricofaríngeo
Síndrome Disfágica
O divertículo de Zenker ….. (é / não é) um divertículo verdadeiro, sendo um divertículo por ….. (pulsão / tração).
Não é. Pulsão.
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: acomete principalmente …..
Idosos (7ª década de vida)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: clínica (5)
1) Disfagia (“entalo”)
2) Halitose
3) Perda de peso
4) Regurgitação
5) Massa palpável que alivia com a compressão
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: principal complicação
Abscesso pulmonar (sucessivas broncoaspirações)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: achado da esofagografia baritada (padrão-ouro)
Imagem em adição
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: cuidados na suspeita de divertículo de Zenker
Evitar EDA para fins diagnósticos e a passagem de sondas pelo risco de perfuração
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: o tratamento é baseado no…..
Tamanho do divertículo
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: tratamento se < 2 cm
Miotomia do EES (cricofaríngeo)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: tratamentos se > 2 cm
Até 5 cm: miotomia + diverticulopexia (fixação do divertículo de cabeça para baixo, não invade o TGI)
> 5 cm: miotomia + diverticulectomia (exérese)
Opção se > 3 cm: abordagem endoscópica ➡️ miotomia + diverticulotomia (comunicação do lúmen do divertículo com o do esôfago)
- Cuidado com pacientes que não podem realizar a hiperextensão cervical
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: definição
Estreitamento laminar do corpo do esôfago
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: característica da clínica
Disfagia (“entalo”) intermitente associado ao consumo de grandes pedaços de alimentos (“Síndrome de Steakhouse”)
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: exame diagnóstico e achado
Esofagografia baritada
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: tratamento
Dilatação endoscópica
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): conceito
Contrações simultâneas do corpo esofágico
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): clínica
Disfagia (“entalo”) + dor precordial (cólica esofágica)
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): importante descartar…
Infarto agudo do miocárdio devido à dor precordial
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): exame inicial e achado
Esofagografia baritada
“Imagem em saca-rolhas”
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): exame padrão-ouro e achados (3)
Manometria esofágica - pode estar normal no período entre as crises, importante realizar o exame provocativo
1) Contrações simultâneas
2) Contrações vigorosas (P > 120 mmHg) - normal em torno de 40 mmHg
3) Aumento da duração (T > 2,5 s)
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): tratamento da fase aguda (tirar da crise)
Relaxar a musculatura lisa ➡️ nitrato, antagonista de canal de cálcio
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): tratamento conservador
Terapia cognitivo comportamental e ansiolíticos
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): tratamento nos casos refratários
Miotomia longitudinal
Síndrome Disfágica
Síndrome de Plummer-Vinson ou…
Síndrome de Paterson-Kelly
Síndrome Disfágica
Síndrome de Plummer-Vinson: características
Presença de anel esofágico (hipofaríngeo) + anemia ferropriva
Síndrome Disfágica
Disfagia lusória e sling de artéria pulmonar: o que são?
Compressão esofágica e disfagia por anormalidades do arco aórtico ou da artéria pulmonar
Síndrome Disfágica
Disfagia lusória e sling de artéria pulmonar: diagnóstico e tratamento
Diagnóstico: angiografia ou tomografia com contraste
Tratamento: reimplante dos vasos aberrantes (indicado nos casos com sintomas importantes)
Síndrome Disfágica
Esôfago em quebra-nozes é o distúrbio de ….. mais comum do esôfago. Também é conhecido por …..
Hipermotilidade. Esôfago hipercontrátil (Jackhammer)
Síndrome Disfágica
No esôfago em quebra nozes, em relação ao espasmo esofagiano difuso (EED), há ondas peristálticas de ….. amplitude e ….. . O tratamento é ….. (igual / diferente) ao do EED.
Maior. Duração. Igual.
Síndrome Disfágica
Acalasia: o quê ocorre?
Destruição dos plexos mioentérico (Auerbach) e submucoso ou de Meissner (somente na acalasia chagásica)
Síndrome Disfágica
Acalasia: principais causas (2)
1°) Idiopática
2°) Chagásica
Síndrome Disfágica
Acalasia: características da clínica
Disfagia + regurgitação + perda de peso progressivos (evolução ao longo de anos)
Síndrome Disfágica
Acalasia: quais as consequências da destruição dos plexos? (3)
1) Hipertonia do esfíncter esofagiano inferior (EEI)
2) Perda do relaxamento fisiológico do EEI
3) Peristalse anormal (ineficaz), podendo chegar à aperistalse
Síndrome Disfágica
Acalasia: achados da esofagografia baritada
Dilatação do corpo do esôfago + afilamento distal (“sinal do bico de pássaro”)
Síndrome Disfágica
Acalasia: para quem realizar EDA? Qual o motivo?
Para todos! Excluir câncer de esôfago.
Síndrome Disfágica
Acalasia: qual o exame padrão-ouro?
Manometria esofágica
Síndrome Disfágica
Acalasia: o tratamento depende da ….. que utiliza os achados do exame de …..
Classificação de Mascarenhas. Esofagografia baritada.
Síndrome Disfágica
Acalasia: Classificação de Mascarenhas
Grau I: dilatação até 4 cm
Grau II: dilatação entre 4 e 7 cm
Grau III: dilatação entre 7 e 10 cm
Grau IV: dilatação > 10 cm
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau I (4)
1) Nitrato
2) Antagonista de canal de cálcio
3) Sildenafila (viagra)
4) Toxina botulínica (preferível pelo CDC por ser local)
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau II
Dilatação endoscópica
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau III (2)
Miotomia à Heller modificada (esofagocardiomiotomia) + fundoplicadura (evitar refluxo)
Alternativa: POEM (PerOral Endoscopic Myotomy)
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau IV
Esofagectomia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: mecanismos (2)
Hipotonia persistente do EEI
Relaxamentos transitórios (mais comum)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: diferença e exemplos de sintomas típicos e atípicos
Típicos ➡️ esofágicos
- Pirose
- Regurgitação
Atípicos ➡️ extra-esofágicos
- Tosse
- Rouquidão
- Broncoespasmo
- Faringite
- Pneumonia
- Desgaste do esmalte dentário
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: como é feito o diagnóstico em pacientes jovens e com sintomas típicos?
Por meio do teste terapêutico com IBP em dose plena, 1x/dia, durante 8 semanas
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: quando indicar EDA? (3)
1) Pacientes refratários ao tratamento com IBP
2) Presença de sinais de alarme
- Idade >= 40 anos
- Odinofagia
- Disfagia (não é comum na DRGE)
- Anemia
- ⬇️ peso
3) >= 3 fatores de risco para esôfago de Barret
- História familiar
- Homem
- Obeso
- > 50 anos
- Tabagista
- Branco
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: qual exame padrão-ouro? Indicações? (2)
pHmetria de 24h
Geralmente é indicado se quadro sugestivo de DRGE com endoscopia sem alteração
Antes de se realizar cirurgia para o tratamento de refluxo
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: qual a classificação de Los Angeles? Quais os Graus confirmam DRGE?
Graus C e D
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: quais as medidas gerais para o tratamento? (4)
- Perda de peso
- Elevar a cabeceira
- Evitar alimentos que o paciente associa ao quadro
- Evitar comer entre 2-3h antes de deitar
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: quais as opções para o tratamento medicamentoso? Como deve ser realizado?
Deve-se utilizar o IBP em dose padrão, 1x/dia, em jejum, por 4 a 8 semanas
1) Omeprazol 20 mg
2) Pantoprazol 40 mg
3) Esomeprazol 40 mg
4) Lanzoprazol 30 mg
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: caso não haja melhora com o tratamento medicamentoso, qual a 1ª opção?
Repetir o tratamento com IBP em “dose dobrada” ➡️ administrar 2x/dia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: o que orientar em caso de recorrência dos sintomas após a suspensão do IBP?
Orientar IBP sob demanda
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: se o paciente apresentar esôfago de Barret ou esofagite graus C e D, por quanto tempo manter o IBP?
O IBP deve ser usado de forma crônica
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: em pacientes que mantém sintomas com IBP em dose dobrada ou que necessitariam realizar IBP de forma crônica, qual a alternativa?
Cirurgia antirrefluxo
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além da pHmetria de 24h, qual outro exame é importante antes do procedimento cirúrgico? Qual sua indicação?
Manometria esofágica. Descartar distúrbios motores do esôfago.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: qual a cirurgia? Como podem ser as válvulas? (3)
Fundoplicatura por via laparoscópica
As válvulas podem ser total (Nissen - 360°), parciais anteriores (Dor e Thal) ou parciais posteriores (Toupet-Lind - 270°)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: o que é esôfago de Barrett?
Metaplasia intestinal ➡️ substituição do epitélio escamoso típico do esôfago por epitélio colunar com células caliciformes típico do intestino
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: a presença de achado vermelho-salmão durante a endoscopia confirma o diagnóstico de esôfago de Barrett?
Não! É necessário biópsia e análise histopatológica.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: o esôfago de Barrett é fator de risco e precursor de qual tipo de neoplasia?
Adenocarcinoma de esôfago
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além do uso crônico de IBP, qual a conduta frente ao diagnóstico de esôfago de Barrett sem displasia?
EDA a cada 3-5 anos
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além do uso crônico de IBP, qual a conduta frente ao diagnóstico de esôfago de Barrett com displasia de baixo grau?
EDA a cada 6-12 meses OU ablação endoscópica (conduta preferencial)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além do uso crônico de IBP, qual a conduta frente ao diagnóstico de esôfago de Barrett com displasia de alto grau (carcinoma in situ)?
Ablação endoscópica
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: definição
Dor epigástrica com duração de pelo menos 1 mês
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: quais fatores aumentam o risco de malignidade? (5)
1) Idade > 40 anos (Brasil)
2) ⬇️ peso não intencional
3) Anemia ferropriva
4) Disfagia
5) Odinofagia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: qual a conduta frente a um paciente com mais de 40 anos OU com sinal de alarme para malignidade?
Realizar EDA
- Se úlcera ou câncer ➡️ dispepsia orgânica
- Se ausência de achados ➡️ dispepsia funcional
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: como conduzir um caso de dispepsia em paciente sem fatores de risco para malignidade? (4)
1°) Investigar e, se for o caso, tratar infecção por Helicobacter pylori
⬇️ se não melhorar
2°) IBP em dose padrão por 4-8 semanas
⬇️ se não melhorar
3°) Tricíclicos
⬇️ se não melhorar
4°) Procinéticos
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: em caso de dispepsia funcional, como conduzir?
Conforme o fluxograma de paciente sem fatores de risco
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: o que é?
Presença de lesão > 5 mm, tipicamente em estômago e duodeno
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: fisiopatologia
Desbalanço entre os fatores de defesa e de agressão (ácido)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quais os principais facilitadores?
Infecção por H. pylori
Uso de AINEs
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: mecanismo de ação da infecção antral pelo H. pylori
Inibe as células D produtoras de somatostatina ➡️ aumento da gastrina produzida pelas células G ➡️ aumento da atividade das células parietais ➡️ hipercloridria ➡️ úlcera péptica
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: mecanismo de ação da infecção disseminada
Comprometimento de todos os tipos de células ➡️ redução dos fatores de defesa e hipocloridria ➡️ úlcera péptica (células sensíveis mesmo para uma menor quantidade de ácido)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: qual o mecanismo de ação dos AINEs?
Ao inibirem a COX-1, há redução das prostaglandinas, levando à redução dos fatores de defesa
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: localização principal das células parietais
Fundo gástrico
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: clínica da úlcera gástrica
Dispepsia que piora logo após a alimentação
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: clínica da úlcera duodenal
Dispepsia que piora de 2-3h após a alimentação e a noite
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: diagnóstico (2)
1) < 40 anos E sem sinais de alarme: presunção com base na clínica
2) > 40 anos OU com sinais de alarme: EDA
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: ABC do tratamento
A: suspender AINEs se possível
B: identificar e tratar H. pylori
C: cicatrização ➡️ reduzir acidez com IBP
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: como erradicar a H. pylori?
Tratamento por 14 dias
1) Claritromicina 500 mg, 12/12h + Amoxicilina 1g, 12/12h + IBP 2x/dia
2) Se alergia à penicilina: Claritromicina 500 mg, 12/12h + Levofloxacino 500 mg, 1x/dia + IBP 2x/dia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: como investigar a presença de H. pylori? (4)
Com EDA
- Teste rápido da urease
- Histologia
Sem EDA
- Urease respiratória (método de escolha quando não for fazer EDA)
- Sorologia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: por quanto tempo manter o IBP?
O IBP pode ser mantido por 2 semanas na presença de H. pylori ou por 4-8 semanas
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: toda úlcera identificada na EDA deve ser biopsiada?
Não, somente as úlceras gástricas
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quando realizar o controle de cura da H. pylori e qual exame não utilizar?
Após 4-8 semanas. Não utilizar sorologia que pode permanecer positiva por longos períodos.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quando realizar o controle de cura das úlceras gástricas?
Após o término do tratamento
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quais principais indicações para erradicar a H. pylori
Úlcera péptica (mesmo cicatrizada)
Linfoma MALT
Após gastrectomia
Lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas
Dispepsia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: deve-se erradicar a H. pylori na DRGE?
Pela DRGE, não!
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: condutas na suspeita de perfuração da úlcera péptica (dor súbita + pneumoperitônio) (3)
TC com contraste oral
- Paciente bem + sem extravasamento de contraste: clínico (raro)
- Perfuração < 2 cm: rafia + proteção com omento (método de Graham)
- Perfuração > 2 cm: individualizar a conduta
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: condutas se obstrução (3)
IBP + passagem de sonda nasogástrica ➡️ dilatação endoscópica ➡️ cirurgia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: Classificação de Johnson
Dica: soma sempre 5
Hipercloridria ➡️ HIPERcurva
- Duodenal (mais comum)
- Tipo II: corpo gástrico
- Tipo III: pré-pilórica
Hipocloridria ➡️ HIPOcurva
- Tipo I (mais comum entre as gástricas): pequena curvatura baixa
- Tipo IV: pequena curvatura alta
Tipo V: em outras localidades e associado ao uso de AINEs
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: qual a conduta na intratabilidade clínica? Quais as leis? (2)
Cirurgia
1) Se hipercloridria ➡️ vagotomia
2) Se gástrica ➡️ ressecar
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: tipos de vagotomia (2)
Vagotomia troncular
Vagotomia super-seletiva (gástrica proximal)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: se realizar vagotomia troncular, é necessário realizar ….. ou ….., mas as taxas de recorrência são …..
Piloroplastia. Antrectomia. Menores.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: é necessário “mexer no piloro” na vagotomia super-seletiva?
Não, mas as taxas de recorrência são maiores
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quais as opções de reconstrução do trânsito após antrectomia ou gastrectomia subtotal? (3)
Billroth I (gastroduodenostomia)
Billroth II (gastrojejunostomia + alça aferente)
Y de Roux (gastrojejunostomia sem alça aferente)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping: pode ocorrer em qual/quais reconstruções? Está relacionada a que?
Em qualquer reconstrução. Perda do piloro - passagem direta do bolo alimentar
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping Precoce: após quanto tempo ocorre? Quais os sintomas?
De 15-30 min após a alimentação
Sintomas gastrointestinais: dor, náusea, diarreia…
Sintomas vasomotores: taquicardia, rubor facial…
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping Tardio: após quanto tempo ocorre? Qual a clínica?
De 1-3h após a alimentação
Clínica de hipoglicemia (decorrente da hiperinsulinemia)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping: tratamento (3)
Fracionar a alimentação
Deitar após a refeição (reduzir efeito gravitacional)
Reduzir ingesta de carboidratos (menor distensão do bolo alimentar, pois os carboidratos apresentam elevado efeito osmótico)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Gastrite alcalina: o que é? Em quais reconstruções pode ocorrer?
Inflamação gástrica em decorrência de refluxo biliar e pancreático
Ocorre tanto em Billroth I quanto em Billroth II, mas é mais comum na segunda
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Gastrite alcalina: qual a clínica?
Dor abdominal que não melhora com vômitos que costumam ser biliosos
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Gastrite alcalina: tratamento (2)
Colestiramina: inativa a bile, mas não as secreções pancreáticas
Converter a reconstrução para Y de Roux
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome da alça aferente: o que é? Em qual/quais reconstruções ocorre?
Semi-obstrução / obstrução da alça aferente. Somente na Billroth II
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome da alça aferente: clínica (2)
Dor que piora com a alimentação
Ocorrência de vômitos em jato que aliviam a dor
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome da alça aferente: tratamento
Converter BII em Y de Roux
Síndrome de Hipertensão Porta
O que é um sistema porta?
O sangue passa por dois leitos de capilares antes de retornar para circulação sistêmica, há uma veia / vênula entre esses dois leitos
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: valor pressórico
> 5 mmHg
Síndrome de Hipertensão Porta
Valor de pressão associado com a formação de varizes
> 10 mmHg
Síndrome de Hipertensão Porta
Valor de pressão associado com maior risco de ruptura das varizes
> 12 mmHg
Síndrome de Hipertensão Porta
A veia porta é formada pela confluência das ….. e …..
Veia mesentérica superior e veia esplênica
Síndrome de Hipertensão Porta
A veia mesentérica inferior drena para a …..
Veia esplênica
Síndrome de Hipertensão Porta
A veia gástrica esquerda drena o ….. e a ….., desembocando na …..
Esôfago distal. Pequena curvatura gástrica. Veia porta.
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: clínica (4)
Esplenomegalia
Varizes
Ascite
Encefalopatia
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: classificação das causas (3)
Pré-hepática
Intra-hepática
Pós-hepática
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causas pré-hepáticas (2)
Trombose de veia porta
Trombose de veia esplênica
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: trombose de veia porta, associação com…
Estado de hipercoagulabilidade
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: trombose de veia esplênica é causa de…
Hipertensão porta segmentar
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: trombose de veia esplênica é causada principalmente por…
Pancreatite crônica
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: subdivisão das causas intra-hepáticas (3)
Pré-sinusoidal
Sinusoidal
Pós-sinusoidal
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causa intra-hepática pré-sinusoidal
Esquistossomose
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causa intra-hepática sinusoidal
Cirrose
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causa intra-hepática pós-sinusoidal
Doença veno-oclusiva da veia centro lobular
- Doença do enxerto contra o hospedeiro (mais comum)
- Consumo de chá da Jamaica
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causas pós-hepáticas (3)
Síndrome de Budd-Chiari (trombose da veia hepática)
Obstrução da veia cava inferior (trombose, neoplasias)
Doenças cardíacas
Síndrome de Hipertensão Porta
Nas causas pré-sinusoidal, espera-se encontrar ….. varizes e ….. ascite, enquanto que, nas causas pós-sinusoidal e pós-hepática, espera-se encontrar ….. varizes e ….. ascite.
Muitas e pouca. Pouca e muita.
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: qual dado do exame clínico sugere obstrução da veia cava inferior em detrimento da síndrome de Budd-Chiari?
Presença de edema em membros inferiores
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: indicações de profilaxia primária (paciente que nunca sangrou) (5)
Hipertensão porta clinicamente significativa
- P ≥ 10 mmHg OU
- Sinais e sintomas de hipertensão porta (ascite, circulação colateral)
Varizes de médio e grosso calibre (F2/F3)
Cherry red spots
Child B/C
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: na presença de hipertensão porta clinicamente significativa, está indicado o rastreamento por EDA?
Não, pois não muda a conduta
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: como é feita a profilaxia primária? (2)
Betabloqueador (propranolol, atenolol, carvedilol) OU
Ligadura elástica via endoscópica
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: o rastreamento em pacientes com pequena varizes e que não apresentam risco aumentado de sangramento deve ser realizado a cada quanto tempo?
Anualmente
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: em paciente sem critérios para HPCS e sem varizes, o rastreamento deve ser realizado em quanto tempo?
A cada 2 anos
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: alvo da FC
50-55 bpm
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: tripé da abordagem em caso de sangramento
1°) Estabilização hemodinâmica
2°) Interromper o sangramento
3°) Prevenir complicações
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: medidas de interrupção do sangramento (5)
1) Terapia endoscópica
- Ligadura elástica
- Escleroterapia
2) Vasoconstritores esplâncnicos
- Octreotide
- Somatostatina
- Terlipressina (geralmente 1ª escolha)
3) Tamponamento com balão
- Sengstaken-Blakemore (3 lúmens)
- Minnesota (4 lúmens)
4) TIPS (transjugular intrahepatic porto-systemic shunt)
5) Cirurgia
- Derivação esplenorrenal distal (cirurgia de Warren): melhor opção
- Shunt porto-cava calibrado: para ascite refratária
- Desconexão ázigo-portal (cirurgia de Vasconcelos): se esquistossomose
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: entre LEV e escleroterapia, qual a melhor opção?
A LEV é melhores opção, pois os pacientes costumam apresentar distúrbios de coagulação
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: tamponamento com balão, pode ser mantido por quanto tempo?
No máximo 24h, devido ao risco de isquemia da parede esofágica (medida heróica)
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: em quanto tempo pode-se realizar a terapia endoscópica segundo o BAVENO?
Em até 12h
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: vantagens do TIPS (2)
Capaz de tratar o sangramento e a ascite
Permite o transplante hepático
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: desvantagens do TIPS (2)
Agravamento / maior risco de encefalopatia
Pouco disponível
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: quais as profilaxias em caso de sangramento? (3)
Profilaxia primária para PBE
Profilaxia de ressangramento
Profilaxia de encefalopatia (não é consenso, mas é tendência)
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: como é feita a profilaxia primária para PBE?
Iniciar com ceftriaxona 1 g/dia, IV e trocar para norfloxacino 400 mg, 12/12h, VO assim que o paciente aceitar a via oral
O tratamento todo é de 7 dias
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: profilaxia para ressangramento
Betabloqueador E ligadura elástica
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: profilaxia para encefalopatia hepática
Lactulose e rifaximina
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: o que é?
Acúmulo de líquido livre na cavidade peritoneal
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: manobras / sinais semiológicos (4)
Sinal de Piparote
Semicírculo de Skoda
Macicez móvel
Toque retal (abaulamento do fundo de saco de Douglas)
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: exame de escolha
USG de abdome - detecta volumes a partir de 100 ml
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: exame importante para definir a etiologia
Paracentese diagnóstica
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: GASA
Gradiente albumina soro-ascite
GASA = [] albumina do soro - [] albumina da ascite
GASA >= 1,1 ➡️ transudato (líquido com pouca proteína)
GASA < 1,1 ➡️ exsudato (líquido com muita proteína)
Síndrome de Hipertensão Porta
Na hipertensão porta, o GASA é ….., portanto um …..
> = 1,1. Transudato
Síndrome de Hipertensão Porta
Síndrome nefrótica e doenças do peritônio são causas de ascite com GASA ….., portanto um …..
< 1,1 g/dL. Exsudato.
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: como diferenciar ascite relacionada à cirrose da ascite cardíaca?
Apesar de ambas as causas apresentarem GASA >= 1,1, é possível diferenciar pela quantidade de proteína total do líquido ascítico, sendo > 2,5 na ascite cardíaca e < 2,5 na ascite da cirrose
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: tratamento inicial
Restrição de sódio 2 g/dia ou 90 mEq/dia
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: uso de diuréticos, quando e como fazer? Qual a meta?
Se a restrição de sódio não for suficiente
Espironolactona 100 mg/dia (máximo 400 mg/dia)
Furosemida 40 mg/dia (máximo 160 mg/dia)
Meta: redução de 0,5 Kg/dia ou 1 Kg/dia se edema
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: restrição hídrica é indicada?
Somente em casos de hiponatremia moderada a grave <= 125 mEq/L
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: opções de tratamento na ascite refratária (3)
Paracenteses terapêuticas seriadas
TIPS
Transplante hepático
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: quando e como repor albumina após paracentese?
Repor de 6 a 10 g de albumina para cada litro de líquido retirado nas paracenteses de grande volume (> 5L)
4L: não repor
6L: repor de 36 a 60g
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: como ocorre?
Infecção do líquido ascítico por translocação monobacteriana a partir do tubo digestivo
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: principais microorganismos (3)
1°) Gram-negativos entéricos (principal é a Escherichia coli)
2°) Klebsiella pneumoniae
3°) Streptococcus pneumoniae
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: clínica (3)
Febre
Dor abdominal
Encefalopatia hepática
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: critérios diagnósticos (2)
PMN > 250/mm3 + cultura monobacteriana (+)
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: tratamento de escolha
Cefotaxima* 2g, IV, 8/8h, por 5 dias
- cefalosporina de 3ª geração
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: profilaxia primária contínua, quando indicar e como fazer?
Proteína total do líquido ascítico <= 1,5 g/dL + um dos seguintes:
- Creatinina >= 1,2
- BUN >= 25
- Na <= 130
- Child-Pugh >= 9
- Bilirrubina total >= 3
Norfloxacino 400 mg/dia OU sulfametoxazol + trimetoprima 800/160 mg/dia por tempo indeterminado
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: profilaxia secundária, como fazer?
Norfloxacino 400 mg/dia OU sulfametoxazol + trimetoprima 800/160 mg/dia por tempo indeterminado
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: ascite neutrofílica, critérios e conduta
PMN > 250/mm3 + cultura negativa
Tratar como PBE
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: bacterascite, critérios e condutas
PMN < 250/mm3 + cultura monobacteriana (+)
Se sintomático ➡️ tratar como PBE
Se assintomático ➡️ nova paracentese para definir conduta
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: profilaxia de síndrome hepatorrenal, como fazer?
1° dia: 1,5 g/Kg de albumina
3° dia: 1 g/Kg de albumina
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: PBS é uma infecção ….. do líquido ascítico
Polimicrobiana
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: critérios diagnósticos de PBS (3)
> = 2 dos seguintes (análise do líquido ascítico)
- Proteínas total > 1 g/dL
- Glicose < 50 mg/dL
- LDH elevado
Outros: FA > 240 U/L e CEA > 5 ng/ml
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: condutas na PBS (2)
Exames de imagem para avaliar perfuração e necessidade cirúrgica
Associar metronidazol ao tratamento a fim de cobrir anaeróbios
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: em decorrência do aumento da…
Amônia (deixa de ser depurada pelos hepatócitos)
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: os níveis séricos de amônia se correlacionam com o grau da encefalopatia?
Não
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: estágios e clínica segundo Critérios de West Haven
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: fatores precipitantes (9)
1) Hemorragia digestiva
2) Infecções
3) Constipação
4) Hipocalemia ou alcalose metabólica
5) Hipovolemia
6) TIPS
7) Excesso de proteínas na dieta
8) Hipóxia
9) Medicamentos
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: tratamento (4)
1) Identificar e remover fatores desencadeantes
2) Dieta normoproteica
3) Lactulose
- 2-3 evacuações/dia (laxativo)
- Reduz o pH intestinal propiciando a conversão de amônia em amônio
- Rifaximina pode ser associada para reduzir a flora colônica
4) Transplante hepático
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: fisiopatologia
⬆️ óxido nítrico ➡️ vasodilatação esplâncnica ➡️ vasoconstrição renal intensa
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: quando pensar?
Paciente hepatopata, geralmente com ascite volumosa, evolui com oligúria e aumento de escórias nitrogenadas
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: critérios (5)
1) Cirrose + hipertensão porta
2) Ausência de potenciais outras causas (choque, drogas nefrotóxicas, doenças parenquimatosas e obstrução)
3) Aumento da Creatinina >= 0,3 em 48h ou >= 50% em 7 dias
4) Ausência de melhora da creatinina após pelo menos 2 dias de retirada dos diuréticos e expansão volêmica com albumina
5) Hematúria < 50 hemácias/campo e Proteinúria < 500 mg/dia
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: classificação (2)
Tipo 1: evolução rápida (< 2 semanas), pior prognóstico
Tipo 2: mais insidiosa
Síndrome de Hipertensão Porta
Na SHR do tipo I, espera-se valores de creatinina ….., por outro lado, no tipo II, espera-se creatinina de …..
> 2,5 mg/dL. 1,5 a 2 mg/dL
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: tratamento (2)
Ideal: transplante hepático
Opção: albumina 1 g/Kg/dia (máximo de 100 g/dia), IV, por 2-3 dias + vasoconstritor esplâncnico
Síndrome de Insuficiência Hepática
A cirrose hepática é caracterizada pela presença de ….. e …..
Fibrose e nódulos de regeneração
Síndrome de Insuficiência Hepática
Qual a clínica da insuficiência hepática? (8)
Icterícia
Encefalopatia
Coagulopatia (⬆️ INR)
Hipoalbuminemia (edema)
Tumefação de parótidas
Contratura de Dupuytren
Baqueteamento digital
Hiperestrogenismo + hipoandrogenismo
Síndrome de Insuficiência Hepática
Quais achados clínicos sugerem etiologia alcoólica? (2)
Contratura de Dupuytren
Aumento das parótidas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Manifestações do aumento de estrogênio + redução de androgênio (6)
Rarefação de pelos
Ginecomastia
Aranhas vasculares (telangiectasias)
Atrofia testicular
Redução da libido
Eritema palmar
Síndrome de Insuficiência Hepática
Classificação de Child-Pugh
Critérios que pontuam (BEATA)
- B: bilirrubina total
- E: encefalopatia
- A: albumina
- T: trombina
- A: ascite
Estratificação:
- A: 5-6 pontos
- B: 7-9 pontos
- C: 10-15 pontos
Dica: para pontuar 3, há relação com o número 3
Síndrome de Insuficiência Hepática
Escore MELD
Critérios (BIC):
- B: bilirrubina total
- I: INR
- C: creatinina
Indicar transplante
Síndrome de Insuficiência Hepática
Escore PELD
Para indicar transplante em menores de 12 anos
Critérios (BIA)
- B: bilirrubina total
- I: INR
- A: albumina
Síndrome de Insuficiência Hepática
A doença hepática gordurosa não alcoólica (NASH) é atualmente conhecida por…
Doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica
Síndrome de Insuficiência Hepática
Para o diagnóstico da esteatose metabólica é necessário…
1 dos 5 critérios de síndrome metabólica:
- Obesidade visceral (circunferência abdominal)
- Intolerância à glicose ou diabetes
- Pré-hipertensão ou hipertensão
- Triglicerídeos >= 150
- HDL < 40 em homens ou < 50 em mulheres
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: exames não invasivos utilizados para avaliação (2)
USG ou RNM associados à elastografia para avaliar o grau de fibrose
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: exame padrão-ouro e indicações (5)
Biópsia hepática
Indicações:
- Em caso de dúvida
- > 45 anos
- Obesos
- Diabéticos
- Alterações na elastografia
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: achados dos exames laboratoriais (3)
1) Aumento discreto das transaminases
2) ALT > AST
3) Ferritina aumentada (indica inflamação)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: medida prioritária do tratamento
Perda de peso por meio de restrição calórica + prática de exercícios
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: medicamentos que podem ser utilizados (3)
Glitazonas (pioglitazona): inibem a ativação das células estreladas
Análgos de GLP-1 (liraglutida e semaglutida)
Vitamina E
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: o quê é?
Distúrbio autossômico recessivo ligado à mutação do gene ATP7B (cromossomo 13) responsável pela excreção de cobre para bile
Síndrome de Insuficiência Hepática
Na Doença de Wilson, há aumento de ….. e redução dos níveis de …..
Cobre. Ceruloplasmina (proteína transportadora do cobre)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: faixa etária do diagnóstico
Geralmente entre 5-30 anos
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: clínica associada aos depósitos de cobre (3)
Hepatopatia geralmente crônica
Neuropsiquiátrico
- Distúrbios motores que lembram Parkinson (distonia e tremores)
- Alterações de personalidade e psicose
- Cognição geralmente preservada
Anéis de Kayser-Fleischer (olhos)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: achado do hemograma que levanta a suspeita
Anemia hemolítica Coombs-negativa (o cobre torna as hemácias mais susceptíveis ao estresse oxidativo)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: exame de triagem
Dosagem sérica de ceruloplasmina (deve estar reduzida < 20 mg/dL)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: alterações / exames que confirmam o diagnóstico (3)
1) Presença de anéis de Kayser-Fleischer
2) Cobre urinário elevado em urina de 24h
3) Teste genético (mutação ATP7B)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: exame padrão-ouro
Biópsia hepática com análise da concentração hepática de cobre
Por ser invasivo, é mais utilizado em caso de dúvida diagnóstica
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: tratamento (3)
Sais de zinco (casos leves ou em associação com outras medidas)
Quelantes de cobre
- Trientina (menos tóxico)
- D-penicilamina
Transplante hepático (curativo ➡️ pode descontinuar as demais medidas terapêuticas)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: o que é?
Considerada o distúrbio genético mais comum em humanos (1:250) e associada a mutações, geralmente C282Y e H63D, no gene HFE, resultando na absorção acentuada de ferro e, consequentemente, na sua deposição
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: idade de apresentação
Geralmente entre 40-50 anos, sobretudo em caucasianos
Mais tardia do que a Doença de Wilson
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: clínica (6)
Associada aos depósitos de ferro (6 H’s)
- Hepatomegalia
- Heart (ICC e arritmias)
- Hiperglicemia (deposição pancreática com redução de insulina)
- Hiperpigmentação (aspecto bronzeado)
- Hipogonadismo (⬇️ libido e atrofia testicular)
- Hartrite (sobretudo em 2ª e 3ª metacarpofalangianas)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: exames de triagem (2)
⬆️ Ferritina (normal entre 20 e 200 ug/L)
⬆️ Índice de saturação da transferrina (normal entre 20 e 45%)
IST = (Fe sérico / TIBC) x 100%
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: exame para confirmação diagnóstica
Teste genético (C282Y, H63D…)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: exames em caso de dúvida (2)
RNM (capaz de avaliar os depósitos de ferro em fígado e coração)
- Menos invasivo
Biópsia hepática
- Invasivo
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: tratamento (4)
1) Medidas dietéticas (evitar alimentos ricos em ferro ou que aumentem a sua absorção)
2) Flebotomias seriadas
- Objetivos: normalização dos valores da ferritina e IST
- Inicialmente 500 ml semanalmente ou a cada 15 dias
- Após a normalização 500 ml a cada 3-4 meses, por toda vida
3) Quelantes de ferro (deferoxamina)
- Indicado nos refratários à flebotomia
4) Transplante hepático (não cura a doença, sendo necessário manter as outras medidas)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: indicações de tratamento (3)
1) HBV-DNA ≥ 2.000 UI/ml + ALT ≥ 52 U/L (homens) ou ≥ 37 U/L (mulheres)
- Em duas medidas consecutivas com intervalo mínimo de 3 meses
- Independente do HBeAg
2) HBV-DNA ≥ 2.000 UI/ml + ALT normal
- Elastografia > 9 kPa
- Biópsia hepática com fibrose ≥ F2 e/ou atividade ≥ A2
3) Uma ou mais características
- HBeAg reagente em > 30 anos, independente do ALT e da gravidade da lesão histológica hepática
- História familiar de CHC
- Manifestações extra-hepáticas de hepatite B
- Risco de reativação (pacientes que serão imunossuprimidos)
- Coinfecção com HIV, HCV ou HDV
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: objetivos principais do tratamento (2)
Reduzir drasticamente o HBV-DNA em 6 meses de tratamento (desfecho fundamental)
Negativar o HBsAg (desfecho ideal)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: medicamento de escolha
Tenofovir Desoproxila (TDF) 300 mg/dia por tempo indeterminado
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: TDF pode ser utilizado em gestantes e durante a amamentação?
Sim!
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: contraindicações ao uso de TDF (2)
Doença renal (TeNEFROvir)
Doença óssea (TeOSSOvir)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: indicações do uso de Entecavir (ETV) (4)
Droga de 1ª escolha:
- Cirrose
- Imunossupressão
- Quimioterapia
Droga de 2ª escolha:
- Contraindicação ao uso de TDF
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: indicação do uso de Tenofovir Alafenamida (TAF)
Contraindicação ao uso de TDF + contraindicação ao uso de ETV
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: tratamento alternativo se HBeAg (+)
Alfapeginterferona (alfaPEGINF) 1x/semana, SC, por 48 semanas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: contraindicações ao alfaPEGINF (3)
Doença hepática
Doenças autoimunes
Pancitopenia
Lembrar: que o alfaPEGINF modula o sistema imune para agir contra o vírus, podendo piorar as condições supracitadas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: indicação de tratamento
No geral, todos os portadores (agudos ou crônicos)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: qual o objetivo do tratamento?
Resposta virológica sustentada (HCV-RNA indetectável) em 12 semanas (esquemas sem interferon) ou 24 semanas (esquemas com interferon)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: após o tratamento com RVS, é possível a reinfecção?
Sim! Não há imunidade duradoura
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: o tratamento costuma ser diferenciado de acordo com…
Genótipo viral (1 a 6)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: na impossibilidade de caracterizar o genótipo, uma das possibilidades é adotar o esquema recomendado para o genótipo…
3
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: se não for possível determinar a subtipagem do genótipo 1 (a ou b), uma possibilidade é adotar o esquema para o genótipo…
1a
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: esquema pangenotípico se paciente sem cirrose ou Child-Pugh A
Velpatasvir + Sofosbuvir por 12 semanas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: esquemas pangenotípicos para pacientes Child-Pugh B/C (2)
Velpatasvir + Sofosbuvir por 24 semanas
OU
Velpatasvir + Sofosbuvir + Ribavirina por 12 semanas
Hemorragia Digestiva
Referência anatômica utilizada para classificar entre alta e baixa
Ângulo de Treitz (junção duodenojejunal)
Hemorragia Digestiva
Qual é o tipo de hemorragia digestiva (alta/baixa) é mais comum?
Alta (80%)
Hemorragia Digestiva
Qual a causa mais comum de HDA?
Doença ulcerosa péptica - é também a causa mais comum de hemorragia digestiva
Hemorragia Digestiva
Na HDA, a ….. é a marca clínica, sendo capaz de confirmar o diagnóstico, enquanto que a ….. é capaz de sugerir o diagnóstico.
Hematêmese (vômitos com sangue). Melena (sangue digerido nas fezes).
Hemorragia Digestiva
Qual principal exame na HDA?
Endoscopia digestiva alta (EDA)
Hemorragia Digestiva
Qual das hemorragias digestivas (alta/baixa) tende ser mais grave?
HDA
Hemorragia Digestiva
Na HDB, a ….. é a marca clínica, contudo não é capaz de confirmar o diagnóstico, pois 10-20% decorrem de HDA.
Hematoquezia (sangue vivo nas fezes)
Enterorragia (sangue vivo pelo reto) é comumente usada como sinônimo
Hemorragia Digestiva
Qual o 1° passo da abordagem ao paciente com hemorragia digestiva?
Estabilização clínica
- Verificar / garantir via aérea e suporte ventilatório
- Estabilização hemodinâmica
Hemorragia Digestiva
O hematócrito é um bom parâmetro para guiar a conduta na hemorragia aguda?
Não, pois pode levar de 1-2 dias para se alterar. No início, pode estar falsamente normal pela perda de células e de volume
Hemorragia Digestiva
Com o que é feito, no geral, a reposição volêmica?
Cristaloides (preferencialmente ringer lactato) através de 2 acessos venosos, calibrosos e periféricos
Hemorragia Digestiva
Qual volume inicial a ser infundido em adultos e em crianças?
1000 a 2000 ml em adultos
20 ml/Kg em crianças
Hemorragia Digestiva
Como avaliar a reposição volêmica? Qual os valores esperados?
Cateter vesical de demora (quantificação do débito urinário)
0,5 ml/Kg/h em adultos
1 ml/Kg/h em crianças
Hemorragia Digestiva
Quando indicar hemotransfusão (3)? Com o que fazer?
1) Hemorragia maciça (> 30% de volume)
2) Refratariedade à expansão inicial com cristaloides
3) Hb < 7
Concentrado de hemácias
Hemorragia Digestiva
Em qual ocasião está indicado a reposição com plasma fresco e em qual com concentrado de plaquetas?
Hemorragia ativa + coagulopatia (INR > 1,5) ➡️ plasma fresco
Hemorragia ativa + plaquetopenia (< 50.000/mm3) ➡️ concentrado de plaquetas
Hemorragia Digestiva
Qual a melhora do Hb e do Ht esperados com a reposição de 1 concentrado de hemácias?
Hb: aumento de 0,5 a 1 mg/dL
Ht: aumento de 3%