Cirurgia Flashcards
Síndrome Disfágica
A disfagia pode ser de ….. ou de ……
Transferência (proximal). Condução (médio-distal).
Síndrome Disfágica
Quais as duas causas de disfagia de transferência? Qual o tipo de musculatura envolvido?
Doenças neurológicas e doenças musculares. Músculo estriado esquelético.
Síndrome Disfágica
Na disfagia de transferência, o ….. é o achado relacionado ao TGI e ….. (é / não é) o principal sintoma do caso.
Engasgo. Não é.
Síndrome Disfágica
Quais as duas causas de disfagia de condução?
Obstrução mecânica e distúrbio motor.
Síndrome Disfágica
Na disfagia de condução, o ….. é o achado do TGI e ….. (é / não) o principal sintoma do caso clínico.
Entalo. É.
Síndrome Disfágica
Qual a abordagem inicial (exame) na disfagia de condução?
Esofagografia baritada (contraste VO + radiografia)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: ocorre deviado a …..
Hipertonia do esfíncter esofagiano superior (músculo cricofaríngeo)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: localização
Triângulo de Killian (hipofaríngeo), geralmente à esquerda
Localiza-se no ponto de fragilidade entre as fibras oblíquas do tireofaríngeo e horizontais do cricofaríngeo
Síndrome Disfágica
O divertículo de Zenker ….. (é / não é) um divertículo verdadeiro, sendo um divertículo por ….. (pulsão / tração).
Não é. Pulsão.
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: acomete principalmente …..
Idosos (7ª década de vida)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: clínica (5)
1) Disfagia (“entalo”)
2) Halitose
3) Perda de peso
4) Regurgitação
5) Massa palpável que alivia com a compressão
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: principal complicação
Abscesso pulmonar (sucessivas broncoaspirações)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: achado da esofagografia baritada (padrão-ouro)
Imagem em adição
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: cuidados na suspeita de divertículo de Zenker
Evitar EDA para fins diagnósticos e a passagem de sondas pelo risco de perfuração
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: o tratamento é baseado no…..
Tamanho do divertículo
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: tratamento se < 2 cm
Miotomia do EES (cricofaríngeo)
Síndrome Disfágica
Divertículo de Zenker: tratamentos se > 2 cm
Até 5 cm: miotomia + diverticulopexia (fixação do divertículo de cabeça para baixo, não invade o TGI)
> 5 cm: miotomia + diverticulectomia (exérese)
Opção se > 3 cm: abordagem endoscópica ➡️ miotomia + diverticulotomia (comunicação do lúmen do divertículo com o do esôfago)
- Cuidado com pacientes que não podem realizar a hiperextensão cervical
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: definição
Estreitamento laminar do corpo do esôfago
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: característica da clínica
Disfagia (“entalo”) intermitente associado ao consumo de grandes pedaços de alimentos (“Síndrome de Steakhouse”)
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: exame diagnóstico e achado
Esofagografia baritada
Síndrome Disfágica
Anel de Schatzki: tratamento
Dilatação endoscópica
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): conceito
Contrações simultâneas do corpo esofágico
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): clínica
Disfagia (“entalo”) + dor precordial (cólica esofágica)
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): importante descartar…
Infarto agudo do miocárdio devido à dor precordial
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): exame inicial e achado
Esofagografia baritada
“Imagem em saca-rolhas”
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): exame padrão-ouro e achados (3)
Manometria esofágica - pode estar normal no período entre as crises, importante realizar o exame provocativo
1) Contrações simultâneas
2) Contrações vigorosas (P > 120 mmHg) - normal em torno de 40 mmHg
3) Aumento da duração (T > 2,5 s)
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): tratamento da fase aguda (tirar da crise)
Relaxar a musculatura lisa ➡️ nitrato, antagonista de canal de cálcio
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): tratamento conservador
Terapia cognitivo comportamental e ansiolíticos
Síndrome Disfágica
Espasmo esofagiano difuso (distal): tratamento nos casos refratários
Miotomia longitudinal
Síndrome Disfágica
Síndrome de Plummer-Vinson ou…
Síndrome de Paterson-Kelly
Síndrome Disfágica
Síndrome de Plummer-Vinson: características
Presença de anel esofágico (hipofaríngeo) + anemia ferropriva
Síndrome Disfágica
Disfagia lusória e sling de artéria pulmonar: o que são?
Compressão esofágica e disfagia por anormalidades do arco aórtico ou da artéria pulmonar
Síndrome Disfágica
Disfagia lusória e sling de artéria pulmonar: diagnóstico e tratamento
Diagnóstico: angiografia ou tomografia com contraste
Tratamento: reimplante dos vasos aberrantes (indicado nos casos com sintomas importantes)
Síndrome Disfágica
Esôfago em quebra-nozes é o distúrbio de ….. mais comum do esôfago. Também é conhecido por …..
Hipermotilidade. Esôfago hipercontrátil (Jackhammer)
Síndrome Disfágica
No esôfago em quebra nozes, em relação ao espasmo esofagiano difuso (EED), há ondas peristálticas de ….. amplitude e ….. . O tratamento é ….. (igual / diferente) ao do EED.
Maior. Duração. Igual.
Síndrome Disfágica
Acalasia: o quê ocorre?
Destruição dos plexos mioentérico (Auerbach) e submucoso ou de Meissner (somente na acalasia chagásica)
Síndrome Disfágica
Acalasia: principais causas (2)
1°) Idiopática
2°) Chagásica
Síndrome Disfágica
Acalasia: características da clínica
Disfagia + regurgitação + perda de peso progressivos (evolução ao longo de anos)
Síndrome Disfágica
Acalasia: quais as consequências da destruição dos plexos? (3)
1) Hipertonia do esfíncter esofagiano inferior (EEI)
2) Perda do relaxamento fisiológico do EEI
3) Peristalse anormal (ineficaz), podendo chegar à aperistalse
Síndrome Disfágica
Acalasia: achados da esofagografia baritada
Dilatação do corpo do esôfago + afilamento distal (“sinal do bico de pássaro”)
Síndrome Disfágica
Acalasia: para quem realizar EDA? Qual o motivo?
Para todos! Excluir câncer de esôfago.
Síndrome Disfágica
Acalasia: qual o exame padrão-ouro?
Manometria esofágica
Síndrome Disfágica
Acalasia: o tratamento depende da ….. que utiliza os achados do exame de …..
Classificação de Mascarenhas. Esofagografia baritada.
Síndrome Disfágica
Acalasia: Classificação de Mascarenhas
Grau I: dilatação até 4 cm
Grau II: dilatação entre 4 e 7 cm
Grau III: dilatação entre 7 e 10 cm
Grau IV: dilatação > 10 cm
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau I (4)
1) Nitrato
2) Antagonista de canal de cálcio
3) Sildenafila (viagra)
4) Toxina botulínica (preferível pelo CDC por ser local)
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau II
Dilatação endoscópica
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau III (2)
Miotomia à Heller modificada (esofagocardiomiotomia) + fundoplicadura (evitar refluxo)
Alternativa: POEM (PerOral Endoscopic Myotomy)
Síndrome Disfágica
Acalasia: tratamento Grau IV
Esofagectomia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: mecanismos (2)
Hipotonia persistente do EEI
Relaxamentos transitórios (mais comum)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: diferença e exemplos de sintomas típicos e atípicos
Típicos ➡️ esofágicos
- Pirose
- Regurgitação
Atípicos ➡️ extra-esofágicos
- Tosse
- Rouquidão
- Broncoespasmo
- Faringite
- Pneumonia
- Desgaste do esmalte dentário
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: como é feito o diagnóstico em pacientes jovens e com sintomas típicos?
Por meio do teste terapêutico com IBP em dose plena, 1x/dia, durante 8 semanas
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: quando indicar EDA? (3)
1) Pacientes refratários ao tratamento com IBP
2) Presença de sinais de alarme
- Idade >= 40 anos
- Odinofagia
- Disfagia (não é comum na DRGE)
- Anemia
- ⬇️ peso
3) >= 3 fatores de risco para esôfago de Barret
- História familiar
- Homem
- Obeso
- > 50 anos
- Tabagista
- Branco
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: qual exame padrão-ouro? Indicações? (2)
pHmetria de 24h
Geralmente é indicado se quadro sugestivo de DRGE com endoscopia sem alteração
Antes de se realizar cirurgia para o tratamento de refluxo
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: qual a classificação de Los Angeles? Quais os Graus confirmam DRGE?
Graus C e D
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: quais as medidas gerais para o tratamento? (4)
- Perda de peso
- Elevar a cabeceira
- Evitar alimentos que o paciente associa ao quadro
- Evitar comer entre 2-3h antes de deitar
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: quais as opções para o tratamento medicamentoso? Como deve ser realizado?
Deve-se utilizar o IBP em dose padrão, 1x/dia, em jejum, por 4 a 8 semanas
1) Omeprazol 20 mg
2) Pantoprazol 40 mg
3) Esomeprazol 40 mg
4) Lanzoprazol 30 mg
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: caso não haja melhora com o tratamento medicamentoso, qual a 1ª opção?
Repetir o tratamento com IBP em “dose dobrada” ➡️ administrar 2x/dia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: o que orientar em caso de recorrência dos sintomas após a suspensão do IBP?
Orientar IBP sob demanda
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: se o paciente apresentar esôfago de Barret ou esofagite graus C e D, por quanto tempo manter o IBP?
O IBP deve ser usado de forma crônica
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: em pacientes que mantém sintomas com IBP em dose dobrada ou que necessitariam realizar IBP de forma crônica, qual a alternativa?
Cirurgia antirrefluxo
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além da pHmetria de 24h, qual outro exame é importante antes do procedimento cirúrgico? Qual sua indicação?
Manometria esofágica. Descartar distúrbios motores do esôfago.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: qual a cirurgia? Como podem ser as válvulas? (3)
Fundoplicatura por via laparoscópica
As válvulas podem ser total (Nissen - 360°), parciais anteriores (Dor e Thal) ou parciais posteriores (Toupet-Lind - 270°)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: o que é esôfago de Barrett?
Metaplasia intestinal ➡️ substituição do epitélio escamoso típico do esôfago por epitélio colunar com células caliciformes típico do intestino
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: a presença de achado vermelho-salmão durante a endoscopia confirma o diagnóstico de esôfago de Barrett?
Não! É necessário biópsia e análise histopatológica.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: o esôfago de Barrett é fator de risco e precursor de qual tipo de neoplasia?
Adenocarcinoma de esôfago
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além do uso crônico de IBP, qual a conduta frente ao diagnóstico de esôfago de Barrett sem displasia?
EDA a cada 3-5 anos
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além do uso crônico de IBP, qual a conduta frente ao diagnóstico de esôfago de Barrett com displasia de baixo grau?
EDA a cada 6-12 meses OU ablação endoscópica (conduta preferencial)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
DRGE: além do uso crônico de IBP, qual a conduta frente ao diagnóstico de esôfago de Barrett com displasia de alto grau (carcinoma in situ)?
Ablação endoscópica
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: definição
Dor epigástrica com duração de pelo menos 1 mês
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: quais fatores aumentam o risco de malignidade? (5)
1) Idade > 40 anos (Brasil)
2) ⬇️ peso não intencional
3) Anemia ferropriva
4) Disfagia
5) Odinofagia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: qual a conduta frente a um paciente com mais de 40 anos OU com sinal de alarme para malignidade?
Realizar EDA
- Se úlcera ou câncer ➡️ dispepsia orgânica
- Se ausência de achados ➡️ dispepsia funcional
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: como conduzir um caso de dispepsia em paciente sem fatores de risco para malignidade? (4)
1°) Investigar e, se for o caso, tratar infecção por Helicobacter pylori
⬇️ se não melhorar
2°) IBP em dose padrão por 4-8 semanas
⬇️ se não melhorar
3°) Tricíclicos
⬇️ se não melhorar
4°) Procinéticos
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Dispepsia: em caso de dispepsia funcional, como conduzir?
Conforme o fluxograma de paciente sem fatores de risco
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: o que é?
Presença de lesão > 5 mm, tipicamente em estômago e duodeno
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: fisiopatologia
Desbalanço entre os fatores de defesa e de agressão (ácido)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quais os principais facilitadores?
Infecção por H. pylori
Uso de AINEs
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: mecanismo de ação da infecção antral pelo H. pylori
Inibe as células D produtoras de somatostatina ➡️ aumento da gastrina produzida pelas células G ➡️ aumento da atividade das células parietais ➡️ hipercloridria ➡️ úlcera péptica
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: mecanismo de ação da infecção disseminada
Comprometimento de todos os tipos de células ➡️ redução dos fatores de defesa e hipocloridria ➡️ úlcera péptica (células sensíveis mesmo para uma menor quantidade de ácido)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: qual o mecanismo de ação dos AINEs?
Ao inibirem a COX-1, há redução das prostaglandinas, levando à redução dos fatores de defesa
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: localização principal das células parietais
Fundo gástrico
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: clínica da úlcera gástrica
Dispepsia que piora logo após a alimentação
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: clínica da úlcera duodenal
Dispepsia que piora de 2-3h após a alimentação e a noite
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: diagnóstico (2)
1) < 40 anos E sem sinais de alarme: presunção com base na clínica
2) > 40 anos OU com sinais de alarme: EDA
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: ABC do tratamento
A: suspender AINEs se possível
B: identificar e tratar H. pylori
C: cicatrização ➡️ reduzir acidez com IBP
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: como erradicar a H. pylori?
Tratamento por 14 dias
1) Claritromicina 500 mg, 12/12h + Amoxicilina 1g, 12/12h + IBP 2x/dia
2) Se alergia à penicilina: Claritromicina 500 mg, 12/12h + Levofloxacino 500 mg, 1x/dia + IBP 2x/dia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: como investigar a presença de H. pylori? (4)
Com EDA
- Teste rápido da urease
- Histologia
Sem EDA
- Urease respiratória (método de escolha quando não for fazer EDA)
- Sorologia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: por quanto tempo manter o IBP?
O IBP pode ser mantido por 2 semanas na presença de H. pylori ou por 4-8 semanas
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: toda úlcera identificada na EDA deve ser biopsiada?
Não, somente as úlceras gástricas
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quando realizar o controle de cura da H. pylori e qual exame não utilizar?
Após 4-8 semanas. Não utilizar sorologia que pode permanecer positiva por longos períodos.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quando realizar o controle de cura das úlceras gástricas?
Após o término do tratamento
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quais principais indicações para erradicar a H. pylori
Úlcera péptica (mesmo cicatrizada)
Linfoma MALT
Após gastrectomia
Lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas
Dispepsia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: deve-se erradicar a H. pylori na DRGE?
Pela DRGE, não!
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: condutas na suspeita de perfuração da úlcera péptica (dor súbita + pneumoperitônio) (3)
TC com contraste oral
- Paciente bem + sem extravasamento de contraste: clínico (raro)
- Perfuração < 2 cm: rafia + proteção com omento (método de Graham)
- Perfuração > 2 cm: individualizar a conduta
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: condutas se obstrução (3)
IBP + passagem de sonda nasogástrica ➡️ dilatação endoscópica ➡️ cirurgia
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: Classificação de Johnson
Dica: soma sempre 5
Hipercloridria ➡️ HIPERcurva
- Duodenal (mais comum)
- Tipo II: corpo gástrico
- Tipo III: pré-pilórica
Hipocloridria ➡️ HIPOcurva
- Tipo I (mais comum entre as gástricas): pequena curvatura baixa
- Tipo IV: pequena curvatura alta
Tipo V: em outras localidades e associado ao uso de AINEs
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: qual a conduta na intratabilidade clínica? Quais as leis? (2)
Cirurgia
1) Se hipercloridria ➡️ vagotomia
2) Se gástrica ➡️ ressecar
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: tipos de vagotomia (2)
Vagotomia troncular
Vagotomia super-seletiva (gástrica proximal)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: se realizar vagotomia troncular, é necessário realizar ….. ou ….., mas as taxas de recorrência são …..
Piloroplastia. Antrectomia. Menores.
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: é necessário “mexer no piloro” na vagotomia super-seletiva?
Não, mas as taxas de recorrência são maiores
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Úlcera péptica: quais as opções de reconstrução do trânsito após antrectomia ou gastrectomia subtotal? (3)
Billroth I (gastroduodenostomia)
Billroth II (gastrojejunostomia + alça aferente)
Y de Roux (gastrojejunostomia sem alça aferente)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping: pode ocorrer em qual/quais reconstruções? Está relacionada a que?
Em qualquer reconstrução. Perda do piloro - passagem direta do bolo alimentar
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping Precoce: após quanto tempo ocorre? Quais os sintomas?
De 15-30 min após a alimentação
Sintomas gastrointestinais: dor, náusea, diarreia…
Sintomas vasomotores: taquicardia, rubor facial…
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping Tardio: após quanto tempo ocorre? Qual a clínica?
De 1-3h após a alimentação
Clínica de hipoglicemia (decorrente da hiperinsulinemia)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome de Dumping: tratamento (3)
Fracionar a alimentação
Deitar após a refeição (reduzir efeito gravitacional)
Reduzir ingesta de carboidratos (menor distensão do bolo alimentar, pois os carboidratos apresentam elevado efeito osmótico)
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Gastrite alcalina: o que é? Em quais reconstruções pode ocorrer?
Inflamação gástrica em decorrência de refluxo biliar e pancreático
Ocorre tanto em Billroth I quanto em Billroth II, mas é mais comum na segunda
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Gastrite alcalina: qual a clínica?
Dor abdominal que não melhora com vômitos que costumam ser biliosos
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Gastrite alcalina: tratamento (2)
Colestiramina: inativa a bile, mas não as secreções pancreáticas
Converter a reconstrução para Y de Roux
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome da alça aferente: o que é? Em qual/quais reconstruções ocorre?
Semi-obstrução / obstrução da alça aferente. Somente na Billroth II
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome da alça aferente: clínica (2)
Dor que piora com a alimentação
Ocorrência de vômitos em jato que aliviam a dor
Síndrome dispéptica e Doenças do TGI superior
Síndrome da alça aferente: tratamento
Converter BII em Y de Roux
Síndrome de Hipertensão Porta
O que é um sistema porta?
O sangue passa por dois leitos de capilares antes de retornar para circulação sistêmica, há uma veia / vênula entre esses dois leitos
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: valor pressórico
> 5 mmHg
Síndrome de Hipertensão Porta
Valor de pressão associado com a formação de varizes
> 10 mmHg
Síndrome de Hipertensão Porta
Valor de pressão associado com maior risco de ruptura das varizes
> 12 mmHg
Síndrome de Hipertensão Porta
A veia porta é formada pela confluência das ….. e …..
Veia mesentérica superior e veia esplênica
Síndrome de Hipertensão Porta
A veia mesentérica inferior drena para a …..
Veia esplênica
Síndrome de Hipertensão Porta
A veia gástrica esquerda drena o ….. e a ….., desembocando na …..
Esôfago distal. Pequena curvatura gástrica. Veia porta.
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: clínica (4)
Esplenomegalia
Varizes
Ascite
Encefalopatia
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: classificação das causas (3)
Pré-hepática
Intra-hepática
Pós-hepática
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causas pré-hepáticas (2)
Trombose de veia porta
Trombose de veia esplênica
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: trombose de veia porta, associação com…
Estado de hipercoagulabilidade
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: trombose de veia esplênica é causa de…
Hipertensão porta segmentar
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: trombose de veia esplênica é causada principalmente por…
Pancreatite crônica
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: subdivisão das causas intra-hepáticas (3)
Pré-sinusoidal
Sinusoidal
Pós-sinusoidal
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causa intra-hepática pré-sinusoidal
Esquistossomose
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causa intra-hepática sinusoidal
Cirrose
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causa intra-hepática pós-sinusoidal
Doença veno-oclusiva da veia centro lobular
- Doença do enxerto contra o hospedeiro (mais comum)
- Consumo de chá da Jamaica
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: causas pós-hepáticas (3)
Síndrome de Budd-Chiari (trombose da veia hepática)
Obstrução da veia cava inferior (trombose, neoplasias)
Doenças cardíacas
Síndrome de Hipertensão Porta
Nas causas pré-sinusoidal, espera-se encontrar ….. varizes e ….. ascite, enquanto que, nas causas pós-sinusoidal e pós-hepática, espera-se encontrar ….. varizes e ….. ascite.
Muitas e pouca. Pouca e muita.
Síndrome de Hipertensão Porta
Hipertensão porta: qual dado do exame clínico sugere obstrução da veia cava inferior em detrimento da síndrome de Budd-Chiari?
Presença de edema em membros inferiores
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: indicações de profilaxia primária (paciente que nunca sangrou) (5)
Hipertensão porta clinicamente significativa
- P ≥ 10 mmHg OU
- Sinais e sintomas de hipertensão porta (ascite, circulação colateral)
Varizes de médio e grosso calibre (F2/F3)
Cherry red spots
Child B/C
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: na presença de hipertensão porta clinicamente significativa, está indicado o rastreamento por EDA?
Não, pois não muda a conduta
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: como é feita a profilaxia primária? (2)
Betabloqueador (propranolol, atenolol, carvedilol) OU
Ligadura elástica via endoscópica
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: o rastreamento em pacientes com pequena varizes e que não apresentam risco aumentado de sangramento deve ser realizado a cada quanto tempo?
Anualmente
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: em paciente sem critérios para HPCS e sem varizes, o rastreamento deve ser realizado em quanto tempo?
A cada 2 anos
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: alvo da FC
50-55 bpm
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: tripé da abordagem em caso de sangramento
1°) Estabilização hemodinâmica
2°) Interromper o sangramento
3°) Prevenir complicações
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: medidas de interrupção do sangramento (5)
1) Terapia endoscópica
- Ligadura elástica
- Escleroterapia
2) Vasoconstritores esplâncnicos
- Octreotide
- Somatostatina
- Terlipressina (geralmente 1ª escolha)
3) Tamponamento com balão
- Sengstaken-Blakemore (3 lúmens)
- Minnesota (4 lúmens)
4) TIPS (transjugular intrahepatic porto-systemic shunt)
5) Cirurgia
- Derivação esplenorrenal distal (cirurgia de Warren): melhor opção
- Shunt porto-cava calibrado: para ascite refratária
- Desconexão ázigo-portal (cirurgia de Vasconcelos): se esquistossomose
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: entre LEV e escleroterapia, qual a melhor opção?
A LEV é melhores opção, pois os pacientes costumam apresentar distúrbios de coagulação
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: tamponamento com balão, pode ser mantido por quanto tempo?
No máximo 24h, devido ao risco de isquemia da parede esofágica (medida heróica)
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: em quanto tempo pode-se realizar a terapia endoscópica segundo o BAVENO?
Em até 12h
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: vantagens do TIPS (2)
Capaz de tratar o sangramento e a ascite
Permite o transplante hepático
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: desvantagens do TIPS (2)
Agravamento / maior risco de encefalopatia
Pouco disponível
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: quais as profilaxias em caso de sangramento? (3)
Profilaxia primária para PBE
Profilaxia de ressangramento
Profilaxia de encefalopatia (não é consenso, mas é tendência)
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: como é feita a profilaxia primária para PBE?
Iniciar com ceftriaxona 1 g/dia, IV e trocar para norfloxacino 400 mg, 12/12h, VO assim que o paciente aceitar a via oral
O tratamento todo é de 7 dias
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: profilaxia para ressangramento
Betabloqueador E ligadura elástica
Síndrome de Hipertensão Porta
Varizes esofágicas: profilaxia para encefalopatia hepática
Lactulose e rifaximina
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: o que é?
Acúmulo de líquido livre na cavidade peritoneal
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: manobras / sinais semiológicos (4)
Sinal de Piparote
Semicírculo de Skoda
Macicez móvel
Toque retal (abaulamento do fundo de saco de Douglas)
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: exame de escolha
USG de abdome - detecta volumes a partir de 100 ml
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: exame importante para definir a etiologia
Paracentese diagnóstica
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: GASA
Gradiente albumina soro-ascite
GASA = [] albumina do soro - [] albumina da ascite
GASA >= 1,1 ➡️ transudato (líquido com pouca proteína)
GASA < 1,1 ➡️ exsudato (líquido com muita proteína)
Síndrome de Hipertensão Porta
Na hipertensão porta, o GASA é ….., portanto um …..
> = 1,1. Transudato
Síndrome de Hipertensão Porta
Síndrome nefrótica e doenças do peritônio são causas de ascite com GASA ….., portanto um …..
< 1,1 g/dL. Exsudato.
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: como diferenciar ascite relacionada à cirrose da ascite cardíaca?
Apesar de ambas as causas apresentarem GASA >= 1,1, é possível diferenciar pela quantidade de proteína total do líquido ascítico, sendo > 2,5 na ascite cardíaca e < 2,5 na ascite da cirrose
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: tratamento inicial
Restrição de sódio 2 g/dia ou 90 mEq/dia
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: uso de diuréticos, quando e como fazer? Qual a meta?
Se a restrição de sódio não for suficiente
Espironolactona 100 mg/dia (máximo 400 mg/dia)
Furosemida 40 mg/dia (máximo 160 mg/dia)
Meta: redução de 0,5 Kg/dia ou 1 Kg/dia se edema
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: restrição hídrica é indicada?
Somente em casos de hiponatremia moderada a grave <= 125 mEq/L
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: opções de tratamento na ascite refratária (3)
Paracenteses terapêuticas seriadas
TIPS
Transplante hepático
Síndrome de Hipertensão Porta
Ascite: quando e como repor albumina após paracentese?
Repor de 6 a 10 g de albumina para cada litro de líquido retirado nas paracenteses de grande volume (> 5L)
4L: não repor
6L: repor de 36 a 60g
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: como ocorre?
Infecção do líquido ascítico por translocação monobacteriana a partir do tubo digestivo
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: principais microorganismos (3)
1°) Gram-negativos entéricos (principal é a Escherichia coli)
2°) Klebsiella pneumoniae
3°) Streptococcus pneumoniae
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: clínica (3)
Febre
Dor abdominal
Encefalopatia hepática
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: critérios diagnósticos (2)
PMN > 250/mm3 + cultura monobacteriana (+)
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: tratamento de escolha
Cefotaxima* 2g, IV, 8/8h, por 5 dias
- cefalosporina de 3ª geração
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: profilaxia primária contínua, quando indicar e como fazer?
Proteína total do líquido ascítico <= 1,5 g/dL + um dos seguintes:
- Creatinina >= 1,2
- BUN >= 25
- Na <= 130
- Child-Pugh >= 9
- Bilirrubina total >= 3
Norfloxacino 400 mg/dia OU sulfametoxazol + trimetoprima 800/160 mg/dia por tempo indeterminado
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: profilaxia secundária, como fazer?
Norfloxacino 400 mg/dia OU sulfametoxazol + trimetoprima 800/160 mg/dia por tempo indeterminado
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: ascite neutrofílica, critérios e conduta
PMN > 250/mm3 + cultura negativa
Tratar como PBE
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: bacterascite, critérios e condutas
PMN < 250/mm3 + cultura monobacteriana (+)
Se sintomático ➡️ tratar como PBE
Se assintomático ➡️ nova paracentese para definir conduta
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: profilaxia de síndrome hepatorrenal, como fazer?
1° dia: 1,5 g/Kg de albumina
3° dia: 1 g/Kg de albumina
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: PBS é uma infecção ….. do líquido ascítico
Polimicrobiana
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: critérios diagnósticos de PBS (3)
> = 2 dos seguintes (análise do líquido ascítico)
- Proteínas total > 1 g/dL
- Glicose < 50 mg/dL
- LDH elevado
Outros: FA > 240 U/L e CEA > 5 ng/ml
Síndrome de Hipertensão Porta
PBE: condutas na PBS (2)
Exames de imagem para avaliar perfuração e necessidade cirúrgica
Associar metronidazol ao tratamento a fim de cobrir anaeróbios
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: em decorrência do aumento da…
Amônia (deixa de ser depurada pelos hepatócitos)
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: os níveis séricos de amônia se correlacionam com o grau da encefalopatia?
Não
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: estágios e clínica segundo Critérios de West Haven
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: fatores precipitantes (9)
1) Hemorragia digestiva
2) Infecções
3) Constipação
4) Hipocalemia ou alcalose metabólica
5) Hipovolemia
6) TIPS
7) Excesso de proteínas na dieta
8) Hipóxia
9) Medicamentos
Síndrome de Hipertensão Porta
Encefalopatia hepática: tratamento (4)
1) Identificar e remover fatores desencadeantes
2) Dieta normoproteica
3) Lactulose
- 2-3 evacuações/dia (laxativo)
- Reduz o pH intestinal propiciando a conversão de amônia em amônio
- Rifaximina pode ser associada para reduzir a flora colônica
4) Transplante hepático
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: fisiopatologia
⬆️ óxido nítrico ➡️ vasodilatação esplâncnica ➡️ vasoconstrição renal intensa
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: quando pensar?
Paciente hepatopata, geralmente com ascite volumosa, evolui com oligúria e aumento de escórias nitrogenadas
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: critérios (5)
1) Cirrose + hipertensão porta
2) Ausência de potenciais outras causas (choque, drogas nefrotóxicas, doenças parenquimatosas e obstrução)
3) Aumento da Creatinina >= 0,3 em 48h ou >= 50% em 7 dias
4) Ausência de melhora da creatinina após pelo menos 2 dias de retirada dos diuréticos e expansão volêmica com albumina
5) Hematúria < 50 hemácias/campo e Proteinúria < 500 mg/dia
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: classificação (2)
Tipo 1: evolução rápida (< 2 semanas), pior prognóstico
Tipo 2: mais insidiosa
Síndrome de Hipertensão Porta
Na SHR do tipo I, espera-se valores de creatinina ….., por outro lado, no tipo II, espera-se creatinina de …..
> 2,5 mg/dL. 1,5 a 2 mg/dL
Síndrome de Hipertensão Porta
SHR: tratamento (2)
Ideal: transplante hepático
Opção: albumina 1 g/Kg/dia (máximo de 100 g/dia), IV, por 2-3 dias + vasoconstritor esplâncnico
Síndrome de Insuficiência Hepática
A cirrose hepática é caracterizada pela presença de ….. e …..
Fibrose e nódulos de regeneração
Síndrome de Insuficiência Hepática
Qual a clínica da insuficiência hepática? (8)
Icterícia
Encefalopatia
Coagulopatia (⬆️ INR)
Hipoalbuminemia (edema)
Tumefação de parótidas
Contratura de Dupuytren
Baqueteamento digital
Hiperestrogenismo + hipoandrogenismo
Síndrome de Insuficiência Hepática
Quais achados clínicos sugerem etiologia alcoólica? (2)
Contratura de Dupuytren
Aumento das parótidas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Manifestações do aumento de estrogênio + redução de androgênio (6)
Rarefação de pelos
Ginecomastia
Aranhas vasculares (telangiectasias)
Atrofia testicular
Redução da libido
Eritema palmar
Síndrome de Insuficiência Hepática
Classificação de Child-Pugh
Critérios que pontuam (BEATA)
- B: bilirrubina total
- E: encefalopatia
- A: albumina
- T: trombina
- A: ascite
Estratificação:
- A: 5-6 pontos
- B: 7-9 pontos
- C: 10-15 pontos
Dica: para pontuar 3, há relação com o número 3
Síndrome de Insuficiência Hepática
Escore MELD
Critérios (BIC):
- B: bilirrubina total
- I: INR
- C: creatinina
Indicar transplante
Síndrome de Insuficiência Hepática
Escore PELD
Para indicar transplante em menores de 12 anos
Critérios (BIA)
- B: bilirrubina total
- I: INR
- A: albumina
Síndrome de Insuficiência Hepática
A doença hepática gordurosa não alcoólica (NASH) é atualmente conhecida por…
Doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica
Síndrome de Insuficiência Hepática
Para o diagnóstico da esteatose metabólica é necessário…
1 dos 5 critérios de síndrome metabólica:
- Obesidade visceral (circunferência abdominal)
- Intolerância à glicose ou diabetes
- Pré-hipertensão ou hipertensão
- Triglicerídeos >= 150
- HDL < 40 em homens ou < 50 em mulheres
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: exames não invasivos utilizados para avaliação (2)
USG ou RNM associados à elastografia para avaliar o grau de fibrose
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: exame padrão-ouro e indicações (5)
Biópsia hepática
Indicações:
- Em caso de dúvida
- > 45 anos
- Obesos
- Diabéticos
- Alterações na elastografia
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: achados dos exames laboratoriais (3)
1) Aumento discreto das transaminases
2) ALT > AST
3) Ferritina aumentada (indica inflamação)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: medida prioritária do tratamento
Perda de peso por meio de restrição calórica + prática de exercícios
Síndrome de Insuficiência Hepática
Esteatose metabólica: medicamentos que podem ser utilizados (3)
Glitazonas (pioglitazona): inibem a ativação das células estreladas
Análgos de GLP-1 (liraglutida e semaglutida)
Vitamina E
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: o quê é?
Distúrbio autossômico recessivo ligado à mutação do gene ATP7B (cromossomo 13) responsável pela excreção de cobre para bile
Síndrome de Insuficiência Hepática
Na Doença de Wilson, há aumento de ….. e redução dos níveis de …..
Cobre. Ceruloplasmina (proteína transportadora do cobre)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: faixa etária do diagnóstico
Geralmente entre 5-30 anos
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: clínica associada aos depósitos de cobre (3)
Hepatopatia geralmente crônica
Neuropsiquiátrico
- Distúrbios motores que lembram Parkinson (distonia e tremores)
- Alterações de personalidade e psicose
- Cognição geralmente preservada
Anéis de Kayser-Fleischer (olhos)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: achado do hemograma que levanta a suspeita
Anemia hemolítica Coombs-negativa (o cobre torna as hemácias mais susceptíveis ao estresse oxidativo)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: exame de triagem
Dosagem sérica de ceruloplasmina (deve estar reduzida < 20 mg/dL)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: alterações / exames que confirmam o diagnóstico (3)
1) Presença de anéis de Kayser-Fleischer
2) Cobre urinário elevado em urina de 24h
3) Teste genético (mutação ATP7B)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: exame padrão-ouro
Biópsia hepática com análise da concentração hepática de cobre
Por ser invasivo, é mais utilizado em caso de dúvida diagnóstica
Síndrome de Insuficiência Hepática
Doença de Wilson: tratamento (3)
Sais de zinco (casos leves ou em associação com outras medidas)
Quelantes de cobre
- Trientina (menos tóxico)
- D-penicilamina
Transplante hepático (curativo ➡️ pode descontinuar as demais medidas terapêuticas)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: o que é?
Considerada o distúrbio genético mais comum em humanos (1:250) e associada a mutações, geralmente C282Y e H63D, no gene HFE, resultando na absorção acentuada de ferro e, consequentemente, na sua deposição
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: idade de apresentação
Geralmente entre 40-50 anos, sobretudo em caucasianos
Mais tardia do que a Doença de Wilson
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: clínica (6)
Associada aos depósitos de ferro (6 H’s)
- Hepatomegalia
- Heart (ICC e arritmias)
- Hiperglicemia (deposição pancreática com redução de insulina)
- Hiperpigmentação (aspecto bronzeado)
- Hipogonadismo (⬇️ libido e atrofia testicular)
- Hartrite (sobretudo em 2ª e 3ª metacarpofalangianas)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: exames de triagem (2)
⬆️ Ferritina (normal entre 20 e 200 ug/L)
⬆️ Índice de saturação da transferrina (normal entre 20 e 45%)
IST = (Fe sérico / TIBC) x 100%
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: exame para confirmação diagnóstica
Teste genético (C282Y, H63D…)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: exames em caso de dúvida (2)
RNM (capaz de avaliar os depósitos de ferro em fígado e coração)
- Menos invasivo
Biópsia hepática
- Invasivo
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hemocromatose hereditária: tratamento (4)
1) Medidas dietéticas (evitar alimentos ricos em ferro ou que aumentem a sua absorção)
2) Flebotomias seriadas
- Objetivos: normalização dos valores da ferritina e IST
- Inicialmente 500 ml semanalmente ou a cada 15 dias
- Após a normalização 500 ml a cada 3-4 meses, por toda vida
3) Quelantes de ferro (deferoxamina)
- Indicado nos refratários à flebotomia
4) Transplante hepático (não cura a doença, sendo necessário manter as outras medidas)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: indicações de tratamento (3)
1) HBV-DNA ≥ 2.000 UI/ml + ALT ≥ 52 U/L (homens) ou ≥ 37 U/L (mulheres)
- Em duas medidas consecutivas com intervalo mínimo de 3 meses
- Independente do HBeAg
2) HBV-DNA ≥ 2.000 UI/ml + ALT normal
- Elastografia > 9 kPa
- Biópsia hepática com fibrose ≥ F2 e/ou atividade ≥ A2
3) Uma ou mais características
- HBeAg reagente em > 30 anos, independente do ALT e da gravidade da lesão histológica hepática
- História familiar de CHC
- Manifestações extra-hepáticas de hepatite B
- Risco de reativação (pacientes que serão imunossuprimidos)
- Coinfecção com HIV, HCV ou HDV
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: objetivos principais do tratamento (2)
Reduzir drasticamente o HBV-DNA em 6 meses de tratamento (desfecho fundamental)
Negativar o HBsAg (desfecho ideal)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: medicamento de escolha
Tenofovir Desoproxila (TDF) 300 mg/dia por tempo indeterminado
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: TDF pode ser utilizado em gestantes e durante a amamentação?
Sim!
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: contraindicações ao uso de TDF (2)
Doença renal (TeNEFROvir)
Doença óssea (TeOSSOvir)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: indicações do uso de Entecavir (ETV) (4)
Droga de 1ª escolha:
- Cirrose
- Imunossupressão
- Quimioterapia
Droga de 2ª escolha:
- Contraindicação ao uso de TDF
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: indicação do uso de Tenofovir Alafenamida (TAF)
Contraindicação ao uso de TDF + contraindicação ao uso de ETV
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: tratamento alternativo se HBeAg (+)
Alfapeginterferona (alfaPEGINF) 1x/semana, SC, por 48 semanas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite B crônica: contraindicações ao alfaPEGINF (3)
Doença hepática
Doenças autoimunes
Pancitopenia
Lembrar: que o alfaPEGINF modula o sistema imune para agir contra o vírus, podendo piorar as condições supracitadas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: indicação de tratamento
No geral, todos os portadores (agudos ou crônicos)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: qual o objetivo do tratamento?
Resposta virológica sustentada (HCV-RNA indetectável) em 12 semanas (esquemas sem interferon) ou 24 semanas (esquemas com interferon)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: após o tratamento com RVS, é possível a reinfecção?
Sim! Não há imunidade duradoura
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: o tratamento costuma ser diferenciado de acordo com…
Genótipo viral (1 a 6)
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: na impossibilidade de caracterizar o genótipo, uma das possibilidades é adotar o esquema recomendado para o genótipo…
3
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: se não for possível determinar a subtipagem do genótipo 1 (a ou b), uma possibilidade é adotar o esquema para o genótipo…
1a
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: esquema pangenotípico se paciente sem cirrose ou Child-Pugh A
Velpatasvir + Sofosbuvir por 12 semanas
Síndrome de Insuficiência Hepática
Hepatite C crônica: esquemas pangenotípicos para pacientes Child-Pugh B/C (2)
Velpatasvir + Sofosbuvir por 24 semanas
OU
Velpatasvir + Sofosbuvir + Ribavirina por 12 semanas
Hemorragia Digestiva
Referência anatômica utilizada para classificar entre alta e baixa
Ângulo de Treitz (junção duodenojejunal)
Hemorragia Digestiva
Qual é o tipo de hemorragia digestiva (alta/baixa) é mais comum?
Alta (80%)
Hemorragia Digestiva
Qual a causa mais comum de HDA?
Doença ulcerosa péptica - é também a causa mais comum de hemorragia digestiva
Hemorragia Digestiva
Na HDA, a ….. é a marca clínica, sendo capaz de confirmar o diagnóstico, enquanto que a ….. é capaz de sugerir o diagnóstico.
Hematêmese (vômitos com sangue). Melena (sangue digerido nas fezes).
Hemorragia Digestiva
Qual principal exame na HDA?
Endoscopia digestiva alta (EDA)
Hemorragia Digestiva
Qual das hemorragias digestivas (alta/baixa) tende ser mais grave?
HDA
Hemorragia Digestiva
Na HDB, a ….. é a marca clínica, contudo não é capaz de confirmar o diagnóstico, pois 10-20% decorrem de HDA.
Hematoquezia (sangue vivo nas fezes)
Enterorragia (sangue vivo pelo reto) é comumente usada como sinônimo
Hemorragia Digestiva
Qual o 1° passo da abordagem ao paciente com hemorragia digestiva?
Estabilização clínica
- Verificar / garantir via aérea e suporte ventilatório
- Estabilização hemodinâmica
Hemorragia Digestiva
O hematócrito é um bom parâmetro para guiar a conduta na hemorragia aguda?
Não, pois pode levar de 1-2 dias para se alterar. No início, pode estar falsamente normal pela perda de células e de volume
Hemorragia Digestiva
Com o que é feito, no geral, a reposição volêmica?
Cristaloides (preferencialmente ringer lactato) através de 2 acessos venosos, calibrosos e periféricos
Hemorragia Digestiva
Qual volume inicial a ser infundido em adultos e em crianças?
1000 a 2000 ml em adultos
20 ml/Kg em crianças
Hemorragia Digestiva
Como avaliar a reposição volêmica? Qual os valores esperados?
Cateter vesical de demora (quantificação do débito urinário)
0,5 ml/Kg/h em adultos
1 ml/Kg/h em crianças
Hemorragia Digestiva
Quando indicar hemotransfusão (3)? Com o que fazer?
1) Hemorragia maciça (> 30% de volume)
2) Refratariedade à expansão inicial com cristaloides
3) Hb < 7
Concentrado de hemácias
Hemorragia Digestiva
Em qual ocasião está indicado a reposição com plasma fresco e em qual com concentrado de plaquetas?
Hemorragia ativa + coagulopatia (INR > 1,5) ➡️ plasma fresco
Hemorragia ativa + plaquetopenia (< 50.000/mm3) ➡️ concentrado de plaquetas
Hemorragia Digestiva
Qual a melhora do Hb e do Ht esperados com a reposição de 1 concentrado de hemácias?
Hb: aumento de 0,5 a 1 mg/dL
Ht: aumento de 3%
Hemorragia Digestiva
Qual a meta de PAS e FC com a reposição?
PAS > 100 mmHg e FC < 100 bpm
Hemorragia Digestiva
Exames laboratoriais e dieta zero fazem parte da abordagem inicial?
Sim
Hemorragia Digestiva
O uso de medicamentos está indicado na abordagem inicial?
Além de drogas vasoativas, pode-se utilizar IBP na DUP e vasoconstritores esplâncnicos no sangramento de varizes esofágicas
Hemorragia Digestiva
Nos pacientes com hipertensão porta significativa, qual a principal etiologia de sangramento?
Varizes esofagogástricas (a DUP também é um importante diagnóstico diferencial nessa população)
Hemorragia Digestiva
Na investigação da etiologia da HDA, é recomendado o uso de sonda nasogástrica?
Não é obrigatório, sendo a recomendação controversa
Hemorragia Digestiva
Quando realizar a EDA?
Após a estabilização do paciente e de forma precoce, ou seja, em até 24h segundo o Colégio Americano de Cirurgiões
Hemorragia Digestiva
Na suspeita de varizes esofagogástricas, qual a recomendação do Baveno para realização da EDA?
Com o paciente estável, realizar em até 12h
Hemorragia Digestiva
Quando realizar endoscopia digestiva alta de emergência?
Quando o paciente permanece instável hemodinamicamente apesar das medidas de estabilização
Hemorragia Digestiva
Na impossibilidade de EDA de emergência ou se refratário a ela, quais as duas opções?
Angioembolização (mais usado) ou cirurgia
Hemorragia Digestiva
Se não houver qualquer sinal de sangramento durante a realização da EDA, o que isso indica?
Hemorragia digestiva baixa
Hemorragia Digestiva
Se houver sinais de sangramento e não for possível identificar a causa durante a EDA, qual a conduta?
Nova EDA
Hemorragia Digestiva
DUP: como um todo, qual o local mais comum de sangramento e qual o vaso envolvido?
Úlceras da parede posterior do duodeno
Artéria gastroduodenal
Hemorragia Digestiva
DUP: considerando somente as úlceras gástricas, qual a localização das que mais sangram e qual o vaso envolvido?
Úlceras gástricas de localização mais alta
Artéria gástrica esquerda
Hemorragia Digestiva
DUP: medidas clínicas do tratamento (3)
IBP: 80 mg + 8 mg/h
Suspender AINEs, AAS…
Tratar H. pylori
Hemorragia Digestiva
DUP: Classificação Endoscópica de Forrest
Hemorragia Digestiva
DUP: quais as úlceras que demandam o tratamento endoscópico e como ele é feito? Qual a opção de tratamento endoscópico não recomendado?
Úlceras Forrest I e IIa
Recomenda-se a terapia dupla que pode ser feita com injeção de epinefrina + eletrocoagulação
Não recomendado: ligadura elástica
Hemorragia Digestiva
DUP: qual a controvérsia em relação as úlceras Forrest IIb?
Alguns autores recomendam a remoção do coágulo para decidir entre o tratamento clínico e clínico-endoscópico
Hemorragia Digestiva
DUP: quando indicar a cirurgia? (2)
Pacientes refratários à terapia com EDA (muitos recomendam duas tentativas)
Pacientes que permanecem instáveis hemodinamicamente
Hemorragia Digestiva
DUP: cirurgias da úlcera duodenal e gástrica na emergência
Duodenal: pilorotomia (piloromiotomia) ou duodenotomia + ulcerorrafia
Gástrica: gastrotomia + ulcerorrafia
Hemorragia Digestiva
Laceração ou Síndrome de Mallory-Weiss: o que é?
Lacerações de mucosa e submucosa na junção esôfago-gástrica
Hemorragia Digestiva
Laceração ou Síndrome de Mallory-Weiss: história típica
Presença de condição (libação alcoólica, hiperêmese gravídica…) que proporcione vômitos vigorosos de repetição, resultando em HDA
Hemorragia Digestiva
Laceração ou Síndrome de Mallory-Weiss: tratamento
90% dos casos são autolimitados, estando o tratamento por terapia endoscópica indicado na presença de sangramento
Hemorragia Digestiva
Laceração ou Síndrome de Mallory-Weiss: diagnóstico diferencial
Síndrome de Boerhaave - ruptura espontânea do esôfago
Pacientes apresentam a mesma história clínica
Tríade de Mackler: vômito + dor torácica + enfisema subcutâneo
HDA não é o que mais chama atenção (vômitos seguido de intensa dor torácica e/ou em abdome superior)
Hemorragia Digestiva
Lesão de Dieulafoy: o que é?
Artéria / arteríola dilatada e aberrante na submucosa, circundada por mucosa normal
Hemorragia Digestiva
Lesão de Dieulafoy: onde pode ocorrer e qual local mais comum?
Em todo TGI, sendo mais comum no estômago proximal
Hemorragia Digestiva
Lesão de Dieulafoy: diagnóstico
Visualização de ponto sangrante circundado por mucosa normal na EDA
Hemorragia Digestiva
Lesão de Dieulafoy: tratamento
Hemostasia endoscópica nas lesões sangrantes
Hemorragia Digestiva
Ectasia vascular antral gástrica (GAVE): características (3)
Dilatação de vênulas na região do antro dando o aspecto de melância
Costuma se apresentar como uma hemorragia digestiva crônica e menos volumosa
Tratamento: coagulação com plasma de argônio
Hemorragia Digestiva
Hemobilia: o que é?
Sangramento na árvore biliar
Hemorragia Digestiva
Hemobilia: história clássica
HDA (geralmente melena) em paciente com história de trauma, manipulação recente das vias biliares ou neoplasia hepática
Hemorragia Digestiva
Hemobilia: clínica (3)
Tríade de Philip Sandblom ou de Quincke
- Dor em HCD
- HDA (melena)
- Icterícia
Hemorragia Digestiva
Hemobilia: com o que é feita a abordagem principal?
Angiografia com angioembolização (diagnóstico e tratamento)
A EDA pode confirmar o diagnóstico com a visualização de sangue saindo pela ampola de Vater
Hemorragia Digestiva
Fístula aortoentérica: o que é?
Comunicação entre a aorta abdominal e o intestino delgado
Hemorragia Digestiva
Fístula aortoentérica: características (4)
Associação com aneurisma de aorta e, principalmente, com colocação de prótese aórtica (complicação)
Sangramento catastrófico com hipotensão grave que pode ser precedido por uma hemorragia sentinela
Diagnóstico: Angio-TC
Tratamento: reparo cirúrgico
Hemorragia Digestiva
Qual a principal causa de HDB na população geral?
Doença diverticular dos cólons (também é a mais comum em idosos)
Hemorragia Digestiva
Quais as principais causas de HDB em crianças? Como diferenciá-las?
Divertículo de Meckel - “só sangramento”
Intussuscepção intestinal - achados de sub-oclusão / oclusão, fezes em geleia de morango ou framboesa
Hemorragia Digestiva
Qual exame mais sensível na HDB?
Cintilografia com hemácias marcadas, identifica fluxos a partir de 0,1 ml/min
Hemorragia Digestiva
Na HDB, quais os primeiros exames?
Toque retal, anuscopia e retossigmoidoscopia
Hemorragia Digestiva
A presença de hemorroidas descarta outras causas?
Não! Necessário prestar atenção na história
Hemorragia Digestiva
Se hematoquezia, quando iniciar a investigação com EDA?
Quando o paciente estiver instável ou quando o paciente estiver estável com alta probabilidade de HDA
Hemorragia Digestiva
Colonoscopia é o exame de escolha se sangramentos…., podendo ser utilizada para ….. e …..
Mínimo a moderado. Diagnóstico e tratamento.
Hemorragia Digestiva
A arteriografia é geralmente realizada após a ….. positiva ou, em algumas referências, diretamente em caso de ….., pode ser usada para ….. e …..
Cintilografia. Sangramento volumoso. Diagnóstico e tratamento (angioembolização)
Hemorragia Digestiva
Qual dos exames (colonoscopia/arteriografia) pode ser realizado com paciente instável?
Arteriografia (geralmente nos pacientes instáveis e refratários)
Hemorragia Digestiva
HDB: Angio-TC (4)
Mais disponível do que a cintilografia
Rápida e pouco invasivo
Identifica a partir de 0,3-0,5 ml/min de fluxo
Não é terapêutica
Hemorragia Digestiva
Os divertículos colônicos podem ser ….. ou ….., sendo o ….. (primeiro/segundo) mais comum
Verdadeiros (congênitos) ou pseudodivertículos (adquiridos). Segundo.
Hemorragia Digestiva
Doença diverticular colônica: definição e localização preferencial dos divertículos que sangram
Presença de divertículos no cólon, sendo mais comum à direita (sangramento arteriolar)
A diverticulite é mais comum à esquerda, sobretudo em sigmoide
Hemorragia Digestiva
Doença diverticular colônica: qual a complicação mais comum?
Diverticulite
Hemorragia Digestiva
Doença diverticular colônica: opções de tratamento (3)
Colonoscopia (paciente estável e geralmente sangramentos menores)
Angiografia com angioembolização (paciente instável, sangramentos maiores sem local determinado)
Cirurgia (colectomia) em caso de persistência da instabilidade e indisponibilidade de arteriografia
Hemorragia Digestiva
Angiodisplasia: o que é?
Má-formação (ectasia) venosas de vasos submucosos
Hemorragia Digestiva
Angiodisplasia: localização e localização preferencial
Todo TGI
Ceco»_space;> sigmoide > reto
Hemorragia Digestiva
Angiodisplasia: se achado incidental, qual a conduta?
Não tratar
Hemorragia Digestiva
Angiodisplasia: se HDB de etiologia por angiodisplasia, qual a conduta?
Tratamento (endoscopia, angiografia ou cirurgia)
Hemorragia Digestiva
Angiodisplasia: se sangramento oculto + anemia ferropriva, deve-se tratar?
Depende, é importante excluir outras causas e avaliar se a angiodisplasia tem sinais de sangramento recente
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: o que é?
Anomalia congênita mais comum do TGI (2%) por fechamento incompleto do conduto onfalomesentérico (ducto vitelínico)
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: Regra dos “Dois” (5)
1) 2% da população
2) 2 pés da válvula ileocecal (45-60 cm)
3) 2 polegadas de comprimento
4) 2 cm de diâmetro
5) 2 tipos de mucosa ectópica (gástrica e pancreática)
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: qual mucosa ectópica mais comum?
Gástrica
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: borda de formação
Borda anti-mesentérica
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: clínica (3)
Assintomático (maioria)
Diverticulite (obstrução da luz do divertículo)
Sangramento (geralmente na presença de ectopia gástrica com sangramento da mucosa adjacente)
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: exame na suspeita específica
Cintilografia com 99mTc-pertecnetato
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: conduta se achado incidental em crianças
Ressecção do divertículo +/- da mucosa adjacente
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: conduta se achado incidental em adultos
Não é necessário ressecar
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: conduta se diverticulite
Ressecção do divertículo +/- da mucosa adjacente
Hemorragia Digestiva
Divertículo de Meckel: conduta se sangramento
Ressecção do divertículo e da mucosa adjacente
Hemorragia Digestiva
A linha denteada ou ….. divide o ….. e o …..
Pectínea. Reto. Canal anal.
Hemorragia Digestiva
Tipo de tecido do reto
Epitélio colunar ou cilíndrico (mucosa)
Hemorragia Digestiva
Tipo de tecido do canal anal
Epitélio escamoso estratificado
Hemorragia Digestiva
O reto é irrigado pela ….. e é ….. (pobremente / ricamente) inervado. O revestimento mucoso ….. (facilita / dificulta) a ocorrência de sangramentos
Artéria retal superior. Pobremente. Facilita.
Hemorragia Digestiva
O canal anal é irrigado pela ….. e pela ….. , é ….. (pobremente / ricamente) inervado. O revestimento escamoso ….. (facilita / dificulta) a ocorrência de sangramentos
Artéria retal média. Artéria retal inferior. Ricamente. Dificulta.
Hemorragia Digestiva
Qual o tipo histológico tumoral mais associado com o reto e o mais associado com o canal anal?
Reto: adenocarcinoma
Canal anal: carcinoma epidermóide
Hemorragia Digestiva
Tipo de musculatura do músculo esfíncter interno do ânus
Musculatura lisa (involuntária)
Hemorragia Digestiva
Tipo de musculatura do esfíncter externo do ânus
Músculo estriado esquelético (contração voluntária)
Hemorragia Digestiva
Nome do plexo hemorroidário acima da linha denteada
Plexo hemorroidário interno ou superior
Hemorragia Digestiva
Nome do plexo hemorroidário abaixo da linha pectínea
Plexo hemorroidário externo ou inferior
Hemorragia Digestiva
Nome, ponto de drenagem e localização das glândulas que lubrificam o canal anal
Glândulas de Chiari. Drenam nas criptas anais. Localizam-se entre os músculos esfíncter interno e externo do ânus (interesfincteriano)
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: principal causa
Constipação
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: clínica da hemorroida interna
Sangramento +/- prolapso
*Podem ser assintomáticas
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: clínica da hemorroida externa
Nódulo + dor (devido à trombose)
*Pode ser assintomática
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: diagnóstico
Clínica + anuscopia
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: indicações de realizar colonoscopia mesmo na presença de hemorroida (4)
Idade > 45-50 anos (rastreamento)
Sintomas “atípicos”: anemia ferropriva, emagrecimento, alteração do padrão intestinal
História familiar de doença inflamatória intestinal ou de câncer colorretal
Teste imunoquímico fecal positivo
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: tratamento geral (3)
Evitar permanecer muito tempo sentado no vaso sanitário
Aumento do consumo de fibras (20-30g) e de líquidos (1,5-2L)
Se sintomáticos: analgesia + banho de acento (4x/dia por 15 minutos)
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: classificação das hemorróidas internas e tratamento (4)
Grau I: sem prolapso
- Dieta +/- ligadura elástica (refratários)
Grau II: prolapso com redução espontânea
- Ligadura elástica
Grau III: prolapso com redução manual
- Ligadura elástica ou cirurgia
Grau IV: prolapso irredutível
- Cirurgia
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: tipos de cirurgias - hemorroidectomia (2)
Milligan-Morgan: cicatrização por segunda intenção
- Menor risco de infecção
- Maior tempo de recuperação
- Mais realizada no mundo
Ferguson: cicatrização primária
- Maior risco de infecção
- Menor tempo de recuperação
- Mais realizada nos EUA
Hemorragia Digestiva
Doença hemorroidária: classificação das hemorróidas externas e tratamento (2)
< 72h de evolução:
- Excisão do trombo
> 72h de evolução:
- Banhos de assento para auxiliar na reabsorção
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: ciclo vicioso
Lesão (dor) ➡️ hipertonia do esfíncter (tentativa de reduzir a dor) ➡️ isquemia ➡️ manutenção/não cicatrização da lesão…
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: principal causa e localização
Constipação. Geralmente localizam-se na linha média posterior
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: quando suspeitar de outras causas
Quando forem múltiplas e/ou laterais
Suspeitar de Crohn, HIV, sífilis…
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: “tríade clínica” da fissura aguda
Dor ao evacuar
Aspecto hiperemiado
“Sangue no papel”
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: “tríade clínica” da fissura crônica
Dor ao evacuar
Plicoma sentinela / Papilite hipertrófica
Lesão esbranquiçada
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: tempo de corte para classificação entre aguda e crônica
No geral, < 6 semanas é agudo e > 6 semanas é crônico
Algumas referências utilizam 3 e 8 semanas como ponto de corte
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: tratamento das agudas (3)
Dieta + Proctyl (analgésico + proteção) + medicamentos tópicos (nitratos ou bloqueador de canal de cálcio*)
- Diltiazem
Hemorragia Digestiva
Fissuras anais: tratamento das crônicas
Igual das agudas +/- toxina botulínica
Se refratária ou manometria anal com pressão muito alta ➡️ esfincterotomia lateral interna
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: o que é?
Infecção das glândulas de Chiari
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: clínica (2)
Dor perianal (constante e que piora quando comprime a região) + abaulamento
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: classificação quanto a localização (4), local mais comum e onde se iniciam
A localização mais comum é perianal
Os abscessos se iniciam na região interesfincteriana
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: diagnóstico
Clínico +/- exame de imagem
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: principal exame de imagem e quando utiliza-lo (2)
RNM de pelve
Para abscessos profundos ou se dúvida diagnóstica
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: tratamento (2)
Drenagem imediata do abscesso independente de haver ou não flutuação +/- ATB
Hemorragia Digestiva
Abscesso anorretal: quando indicar ATB? Por quanto tempo fazer e quais as opções?
Indicação:
- Sepse
- Celulite
- Paciente diabético
Esquemas:
- Amoxicilina + clavulanato
- Ciprofloxacino + metronidazol
Duração:
- 5 dias
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: o que é?
Complicação mais comum dos abscessos anorretais, pode ser entendido como “cronificação do abscesso anorretal”
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: clínica (3)
Dor + presença de orifício + secreção purulenta e malcheirosa
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: Classificação de Parks (4)
Tipo 1 (Interesfincterianas)
- Simples
Tipo 2 (Transesfincterianas)
- Simples ou complexas
Tipo 3 (Supraesfincterianas)
Tipo 4 (Extra-esfincterianas)
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: diagnóstico
Clínica +/- RNM (capaz de mostrar o trajeto)
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: regra de Goodsall-Salmon
Prediz o trajeto de fístulas simples
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: tratamento das fístulas simples
Fistulotomia (abertura da fístula)
Hemorragia Digestiva
Fístulas anorretais: tratamento das fístulas complexas
Seton (sedânio) ou dreno de Penrose
Hemorragia Digestiva
Cisto pilonidal: epidemiologia
Acomete geralmente homens jovens
Mais comum na região sacrococcígea, na linha interglútea
Associação com pelos e obesidade
Hemorragia Digestiva
Cisto pilonidal: tratamento das apresentações assintomática, aguda e crônica
Assintomática: sem tratamento específico, medidas gerais de limpeza local
Aguda: drenagem do cisto com incisão fora da linha média + medidas gerais
Crônica ou recorrente: excisão cirúrgica de todos os poros, orifícios e trajetos. A ressecção deve ser profunda, muitas vezes até a fáscia sacrococcígea (deve-se tentar o máximo de tecido saudável possível)
Hemorragia Digestiva
Gangrena de Fournier: tipos (2)
Tipo I (polimicrobiana): não inclui o S. pyogenes, mas pode incluir outros estreptococos
Tipo II (monobacteriana): S. pyogenes (mais comum) ou Staphylococcus aureus
Hemorragia Digestiva
Gangrena de Fournier: tratamento
Trata-se de uma emergência urológica
Estabilização + ATB de amplo espectro + desbridamento cirúrgico de todo tecido necrótico +/- derivações urinária e/ou fecal (minimizar infecções)
**Pode-se utilizar curativos a vácuo, enxertos de pele e retalhos para cicatrização/reparo
Dor abdominal
Apendicite aguda: principal causa de obstrução e causa importante na infância
Fecalito (principal causa)
Hiperplasia linfoide (criança)
Dor abdominal
Apendicite aguda: por que ocorre dor/desconforto periumbilical?
A distensão promove a irritação do peritônio visceral com fibras não mielinizadas, havendo dor na região da raiz nervosa dessas fibras (plexo mesentérico superior)
Dor abdominal
Apendicite aguda: a localização da dor em FID está relacionada a que?
Relaciona-se a isquemia, resultando na irritação do peritônio parietal com fibras mielinizadas
Dor abdominal
Apendicite aguda: clínica (5)
Dor periumbilical que, após 12-24h, localiza-se em FID
Outros:
- Anorexia
- Náuseas / vômitos
- Febre
- Disúria…
Dor abdominal
Apendicite aguda: sinais clássicos (4)
Blumberg: descompressão súbita dolorosa no ponto de McBurney (entre o terço distal e médio da linha imaginária entre a crista ilíaca ântero-superior e a cicatriz umbilical)
Rovsing: dor em FID ao comprimir FIE (deslocamento da coluna de ar)
Dunphy: dor em FID que se intensifica com a tosse
Lenander: Temperatura retal > Temperatura axilar em pelo menos 1°C
Dor abdominal
Apendicite aguda: diagnóstico (3)
Se alta probabilidade (história clássica, homem de 10-40 anos) ➡️ diagnóstico clínico
Se probabilidade média ou dúvida (idoso, criança, mulher) ➡️ necessário exame de imagem
Se suspeita de complicação (massa palpável ou > 48h de evolução) ➡️ necessário exame de imagem
Dor abdominal
Apendicite aguda: qual o melhor exame de imagem? Para quem solicitar? Quais os achados sugestivos?
TC de abdome. Homens e não-gestantes
Achados:
- Diâmetro >= 7 mm
- Espessamento da parede
- Borramento da gordura periapendicilar
- Abscesso
- Apendicolito…
Dor abdominal
Apendicite aguda: qual exame solicitar para crianças e gestantes? Quais os achados?
USG de abdome
Achados:
- Diâmetro >= 7 mm
- Espessamento da parede
- Aumento da vascularização ao Doppler
Dor abdominal
Apendicite aguda: se USG inconclusiva, qual o próximo exame a se solicitar em gestantes?
RNM
Dor abdominal
Apendicite aguda: tratamento se simples (sem complicação) e precoce (< 48h)
Apendicectomia + ATB profilático (dose única pré-operatória)
Dor abdominal
Apendicite aguda: tratamento em caso de complicação após a realização do exame de imagem (3)
Abscesso:
- Drenagem + ATB terapêutico + colonoscopia em 4-6 semanas +/- apendicectomia tardia
Fleimão: complicação não puncionável
- ATB terapêutico + colonoscopia em 4-6 semanas +/- apendicectomia tardia
Peritonite difusa:
- Cirurgia de urgência + ATB terapêutico
ATB mantida por 4-7 dias
Dor abdominal
Apendicite aguda: qual a via de escolha da apendicectomia? Qual a contraindicação?
Videolaparoscopia, pode ser feita em qualquer tipo de complicação.
Contraindicação: instabilidade hemodinâmica
Dor abdominal
Apendicite aguda: o que fazer se durante apendicectomia não haver comprometimento do apêndice?
Apendicectomia incidental + investigar outras causas como inflamação do divertículo de Meckel
Dor abdominal
Apendicite aguda: qual a utilidade do Escore de Alvarado e quais os critérios (8)
Prediz a possibilidade de a dor abdominal ser em decorrência de apendicite
Pontuação:
- 0 a 3 pontos ➡️ improvável, investigar outras causas
- 4 a 6 pontos ➡️ provável, observar por 12 horas e indicar apendicectomia em caso de manutenção ou aumento da pontuação
- >= 7 pontos ➡️ muito provável, apendicectomia
Dor abdominal
Apendicite aguda: quando utilizar o Escore de Alvarado e qual a diferença do Escore de Alvarado modificado?
Quando a questão citar o Escore
O modificado exclui o desvio para esquerda, variando de 0 até 9 pontos ao invés de 10 pontos
Dor abdominal
Diverticulite aguda: evolução
Microperfurações ➡️ abscesso pericólico
Mais comum a esquerda, sobretudo em sigmoide
Dor abdominal
Diverticulite aguda: clínica (3)
“Apendicite do lado E”
Dor recorrente e que perdura há alguns dias
Mais comum em idosos e ocidentais
Dor abdominal
Diverticulite aguda: principal exame diagnóstico
Tomografia computadorizada
Dor abdominal
Diverticulite aguda: deve-se realizar colonoscopia e/ou enema opaco no quadro agudo?
Não, pois há risco de perfuração
Dor abdominal
Diverticulite aguda: quando realizar a colonoscopia?
Sempre!! Após 4-6 semanas para afastar câncer colorretal
Dor abdominal
Diverticulite aguda: classificação de Hinchey e Hinchey modificado
0 ➡️ ausência de complicação
I ➡️ abscesso pericólico
Ia - Fleimão (Hinchey modificado)
Ib - Abscesso pericólico (Hinchey modificado)
II ➡️ abscesso pélvico
III ➡️ peritonite purulenta
IV ➡️ peritonite fecal
Dor abdominal
Diverticulite aguda: quando indicar internação? (5)
Presença de complicação na TC
Peritonite difusa ou dor incontrolável
Impossibilidade de realizar o tratamento ou falha no tratamento ambulatorial
Comorbidades significativas, > 70 anos, imunossupressão
> = 2 dos seguintes:
- PCR > 15
- Temp > 38°C ou < 36°C
- FC > 90 bpm
- FR > 20 irpm
- Leucócitos > 12.000 ou < 4.000
Dor abdominal
Diverticulite aguda: tratamento ambulatorial
Analgesia + dieta líquida +/- ATB (avaliar caso a caso)
Dor abdominal
Diverticulite aguda: pilares do tratamento hospitalar (4)
ATB IV (cefalosporina de 3ª geração + metronidazol)
Hidratação venosa
Analgesia
Dieta 0 ou líquida
Dor abdominal
Diverticulite aguda: passo adicional do tratamento de abscesso >= 4 cm
Drenagem percutânea guiada por TC
Dor abdominal
Diverticulite aguda: passo adicional se peritonite
Cirurgia de urgência (Hartmann –
sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do coto retal)
Dor abdominal
Diverticulite aguda: opção a cirurgia se Hinchey III
Lavagem laparoscópica
Dor abdominal
Diverticulite aguda: quais as indicações de cirurgia eletiva nos não complicados? (3)
Imunossuprimidos
Impossibilidade de excluir câncer
Fístula vesical (pneumatúria)
Dor abdominal
Diverticulite aguda: idade precoce de ocorrência e recorrência indicam cirurgia eletiva?
Não!
Dor abdominal
Qual a doença vascular intestinal mais prevalente?
Colite isquêmica (não é a mais comum na prova)
Dor abdominal
Isquemia mesentérica aguda e crônica: pensar em… (3)
Grandes vasos, intestino delgado, artéria mesentérica superior
Dor abdominal
Colite isquêmica: pensar em… (3)
Pequenos vasos, cólon, mucosa (mucosite)
Dor abdominal
Qual a principal causa de isquemia mesentérica aguda?
Embolia (cardiopatia emboligênica como FA, IAM recente…)
Dor abdominal
Quando suspeitar de IMA por vasoconstrição? (3)
- Choque
- Uso de vasoconstritor
- Cocaína
Dor abdominal
Quais as outras duas causas de IMA?
Trombose arterial: arteriosclerose
Trombose venosa: hipercoagulabilidade
Dor abdominal
IMA: clínica (4)
Dor abdominal desproporcional ao exame físico
Sinal de Lenander reverso: Temperatura retal < Temperatura axilar
Taquipneia (metabolismo anaeróbico)
Irritação peritoneal (achado mais tardio)
Dor abdominal
IMA: qual o exame de imagem padrão-ouro e qual o achado no exame de imagem mais utilizado?
Angiografia mesentérica (padrão-ouro)
Angio-TC: falha de enchimento
Dor abdominal
IMA: tratamento (3)
Suporte (dieta zero, hidratação venosa, antibioticoterapia, corrigir distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base)
Se embolia ou trombose:
1) Heparinização (evitar progressão)
2) Laparotomia ➡️ embolectomia / trombectomia + avaliar a viabilidade da alça
3) Papaverina pós-operatória (evitar vasoespasmo)
Se vasoconstrição:
- Papaverina intra-arterial (reestabelecer)
- Cirurgia se refratário ou peritonite
Dor abdominal
IMA: opção de tratamento se trombose venosa
Tratamento clínico com trombolítico
Dor abdominal
Qual a principal causa de isquemia mesentérica crônica (IMC)?
Arterosclerose
Dor abdominal
IMC: clínica (2)
Angina mesentérica (dor que piora com a alimentação, comeu ➡️ doeu)
Emagrecimento
Na história, pode haver outros achados de arterosclerose
Dor abdominal
IMC: diagnóstico (2)
Angio-TC ou angiografia mesentérica
Dor abdominal
IMC: tratamento em jovens
Revascularização por cirurgia (bypass)
Dor abdominal
IMC: tratamento em idosos e em pacientes com comorbidades
Stent com angioplastia
Dor abdominal
Quando suspeitar de colite isquêmica? (2)
Paciente idoso que passou por algum episódio que levou a hipoperfusão intestinal como instabilidade hemodinâmica
Paciente após correção de aneurisma de aorta abdominal (clipagem de vasos)
Dor abdominal
Colite isquêmica: clínica (4)
Colite (diarreia mucossanguinolenta) + febre + distensão abdominal + dor abdominal
Dor abdominal
Colite isquêmica: achado típico do clíster opaco
Thumbprinting (imagem de “impressão digital”)
Dor abdominal
Colite isquêmica: risco do clíster opaco
Risco de perfuração
Dor abdominal
Colite isquêmica: exame diagnóstico e achado
Retossigmoidoscopia flexível ➡️ mucosa inflamada
**Pode-se realizar colonoscopia, mas há maior risco de perfuração
Dor abdominal
Colite isquêmica: tratamento (2)
Suporte (reestabelecer perfusão) +/- colectomia parcial ou total (peritonite, hemorragia maciça, colite fulminante, refratários…)
Dor abdominal
Febre tifoide: agente
Salmonella typhi (bactéria Gram-negativa)
Dor abdominal
Febre tifoide: transmissão
Fecal-oral (áreas endêmicas com condições ruins de higiene e saneamento)
Dor abdominal
Febre tifoide: clínica (6)
Febre
Dor abdominal
Rash maculopapular (roséolas tíficas)
Hepatoesplenomegalia
Sinal de Faget (bradicardia apesar de febre)
Confusão mental
Dor abdominal
Febre tifoide: principal complicação
Hemorragia digestiva
Dor abdominal
Febre tifoide: tratamento
Ceftriaxona 2g, IV, 1x/dia, por 10 a 14 dias
OU
Azitromicina 1g, VO, 1x/dia, por 5 dias
OU
Ciprofloxacino (região com cepas sensíveis)
Dor abdominal
Porfiria intermitente aguda: o que é?
Doença hereditária autossômica dominante que causa o acúmulo de porfirinas por deficiência da HMB-sintetase
Dor abdominal
Porfiria intermitente aguda: clínica (6)
Dor abdominal
Neuropatia periférica (geralmente acomete primariamente os neurônios motores da musculatura proximal de MMSS)
Sintomas psiquiátricos (depressão, sintomas psicóticos…)
Hiponatremia
Crises convulsivas
Hiperatividade simpática (taquicardia, hipertensão, tremores, sudorese profusa)
Dor abdominal
Porfiria intermitente aguda: diagnóstico (2)
Dosagem urinária dos precursores da HMB-sintetase como o Porfobilinogênio (PBG) ou Ácido δ-Aminolevulínico (ALA)
O 1° é o mais utilizado
Dor abdominal
Porfiria intermitente aguda: tratamento
Identificar e evitar fatores precipitantes
Administração de carboidratos ou do heme
Dor abdominal
Quais as duas principais causas de pancreatite aguda?
Biliar (30-60%)
Álcool (15-30%)
Outros: drogas, pós-CPRE, idiopática, hipertrigliceridemia…
Dor abdominal
Pancreatite aguda leve: sinônimos e definição
Edematosa ou intersticial. Processo inflamatório restrita ao pâncreas, evolução clínica favorável e representa de 80-90% dos casos
Dor abdominal
Pancreatite aguda grave: sinônimo e definição
Necrosante. Acomete tecidos peripancreáticos, pode evoluir com complicações locais e a distância. Apresenta evolução menos favorável e representa de 10-20% dos casos
Dor abdominal
Pancreatite aguda: clínica clássica
Dor intensa em abdome superior em barra, contínua e que irradia para dorso
Presença de náuseas e vômitos
Dor abdominal
Pancreatite aguda: sinais semiológicos e o que indicam (2)
Sinal de Cullen (equimose periumbilical)
Sinal de Grey-Turner (equimose em flancos)
**Sinal de Fox (equimose em base do pênis)
Apesar de não serem patognomônicos, indicam hemorragia retroperitoneal e, no contexto de uma pancreatite aguda, maior gravidade
Dor abdominal
Pancreatite aguda: diagnóstico pelos critérios de Atlanta
> = 2 dos seguintes
- 1) Clínica (dor em abdome superior sugestiva)
- 2) Laboratório (amilase e/ou lipase > 3x o LSN)
- 3) Imagem (imagem compatível, geralmente na TC)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: a TC com contraste venoso é necessária para o diagnóstico? Quando solicitar?
Não, geralmente realizada de forma imediata em caso de dúvida, ou seja, quando não há o critério clínico + laboratorial.
Idealmente após 72-96h
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual a importância do USG de abdome?
Verificar possibilidade de pancreatite biliar (causa mais comum)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual das enzimas (amilase ou lipase) é mais específica? Qual volta ao normal mais rapidamente?
Lipase. Amilase.
Dor abdominal
Pancreatite aguda: o valor das enzimas tem relação com a gravidade?
Não!
Dor abdominal
Pancreatite aguda: gravidade de acordo com os Critérios de Atlanta (2012)
Leve: ausência de complicações local ou sistêmica E ausência de falência orgânica
Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48h) OU complicações local ou sistêmica
Grave: falência orgânica persistente (> 48h) de um ou múltiplos órgãos
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual pontuação indica gravidade no Escore de Ranson? Quais parâmetros NÃO são utilizados? (4)
> = 3
ALT (TGP), amilase, lipase e bilirrubina
**APACHE II >= 8
Dor abdominal
Pancreatite aguda: valor do PCR que indica gravidade
PCR > 150 mg/dL (> 48h)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: tratamento do quadro leve
Internação em enfermaria + suporte
- Dieta zero inicial por curto período (repouso pancreática)
- Analgesia com meperidina ou opióide
- Antiemético
- Hidratação venosa + mais correção de eletrólitos
Dor abdominal
Pancreatite aguda: tratamento dos quadros moderados e grave
Internação em CTI + ressuscitação volêmica com cristaloide (diurese de pelo menos 0,5 ml/Kg/h) + dieta zero (após 72h, progredir para dieta enteral ou parenteral total, sendo a primeira melhor)
Outras medidas:
- Avaliar necessidade de abordagem das vias biliares (CPRE)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: há indicação de ATB em caso de pancreatite moderada a grave?
Não!
Dor abdominal
Pancreatite aguda: tempo que divide as complicações em precoce e tardia
Precoce (<= 4 semanas)
Tardia (> 4 semanas)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: classificação das complicações quanto a presença de necrose
Não necrótica ou necrótica
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual a complicação não necrótica precoce e qual a conduta?
Coleção fluída aguda (mais comum)
- Expectante a menos que haja infecção (a maior parte da secreção é reabsorvida)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual a complicação não necrótica tardia e qual a conduta?
Pseudocisto pancreático
- Não há revestimento epitelial
- Tratar se sintomático ou complicação (infecção) ➡️ drenagem endoscópica
- Suspeitar se amilase permanecer alta ou aumentar após 4 semanas e/ou se houver massa abdominal palpável
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual a complicação necrótica precoce e qual a conduta?
Necrose pancreática
- Se estéril ➡️ expectante
- Se infectada ➡️ punção guiada por TC (confirmar) + ATB com carbapenêmicos (Imipenem) + necrosectomia (postergar ao máximo com o paciente estável)
Dor abdominal
Pancreatite aguda: qual a complicação necrótica tardia e qual a conduta?
Walled-Off Necrosis (WON) ou necrose emparedada
- Expectante a menos que haja infecção, dor persistente ou falha na progressão nutricional
Dor abdominal
Pancreatite aguda: colecistectomia videolaparoscópica na pancreatite biliar, quando fazer?
Leve: antes da alta, na mesma internação
Casos graves: após 4-6 semanas da alta hospitalar
Dor abdominal
Pancreatite crônica: etiologia
Álcool
Dor abdominal
Pancreatite crônica: definição
Lesão crônica e irreversível do parênquima pancreático caracterizada por inflamação crônica, fibrose e calcificações, havendo redução progressiva das funções exócrinas e endócrinas
Dor abdominal
Pancreatite crônica: história clássica
Paciente com episódio prévios de pancreatite aguda alcoólica
Dor abdominal
Pancreatite crônica: clínica
Dor abdominal que piora com a alimentação (diferencial de isquemia mesentérica)
Emagrecimento (medo de comer + perda da função exócrina)
Esteatorreia (perda da função endócrina, geralmente após destruição de pelo menos 90% do pâncreas)
Diabetes (perda da função endócrina)
Dor abdominal
Pancreatite crônica: como estão a amilase e a lipase?
Normais ou levemente aumentadas
Dor abdominal
Pancreatite crônica: padrão-ouro para o diagnóstico
Biópsia com análise histopatológica (não é comumente feito por ser invasivo)
Dor abdominal
Pancreatite crônica: importância do USG endoscópio
É o exame que permite verificar as alterações mais precoces do parênquima pancreático
Dor abdominal
Pancreatite crônica: TC e RM, achados (3)
Ductos dilatados, calcificações e atrofia de parênquima
A TC é melhor para calcificação e a RM (alternativa) é mais sensível para alterações ductais
Dor abdominal
Pancreatite crônica: o tratamento é…
Paliativo (trata-se as complicações/sintomas)
Dor abdominal
Pancreatite crônica: tratamento da esteatorreia (3)
Medidas dietéticas (redução da gordura alimentar)
Reposição de enzimas pancreáticas
IBP (aumenta a ação das enzimas pela supressão ácida)
Dor abdominal
Pancreatite crônica: tratamento do DM
Inicialmente com hipoglicemiantes orais e posteriormente com insulina
Dor abdominal
Pancreatite crônica: tratamento da dor
Analgesia escalonada (analgésicos simples ➡️ AINES ➡️ tramadol ➡️ morfina)
Dor abdominal
Pancreatite crônica: condutas em caso de dor refratária (3)
Inicialmente tentar stent e/ou CPRE
Se dilatação ductal > 7 mm: descompressão por pancreatojejunostomia em Y de Roux (cirurgia de Puestow ou Partington-Rochelle)
Sem dilatação ductal: ressecção total ou subtotal
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: quando pensar de acordo com a história? (3)
- Ausência de evacuações e parada de eliminação de flatos
- Dor abdominal
- Distensão abdominal
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: classificação quanto ao mecanismo (2)
Mecânica ➡️ presença de agente físico
Funcional ➡️ comprometimento da função motora
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: classificação quanto a altura (2)
Alta ➡️ até o jejuno
Baixa ➡️ íleo e cólon
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: classificação quanto ao grau de obstrução (2)
Total ➡️ não elimina fezes e flatos
Suboclusão ➡️ ainda elimina algo
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: classificação quanto a gravidade (2)
Simples ➡️ sem isquemia
Complicada ➡️ com isquemia
- “Estrangulamento”
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: clínica (6)
Parada de eliminação de gases e fezes
Dor em cólica
Distensão
Vômitos
- Alta: precoce (pode haver restos de alimentos)
- Baixa: tardio (fecaloide)
Peristalse aumentada (de luta)
- Timbre metálico à ausculta
Toque retal (gases, fezes, massa, fecaloma…)
- Ampola retal vazia > sugere obstrução mecânica e total
- Ampola retal cheia > sugere obstrução funcional
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: diagnóstico laboratorial (3)
Alcalose metabólica hipoclorêmica (distúrbio hidroeletrolítico ácido-base mais comum)
- Vômitos
Hipocalemia
- Desidratação (SRAA): para reter água, retém sódio (joga potássio)
Acidose metabólica
- Se isquemia (estrangulamento da alça): aumento do metabolismo anaeróbico
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: diagnóstico de imagem
Idealmente iniciar o diagnóstico com radiografia rotina de abdome agudo
- 3 incidências: tórax AP + abdome em pé e deitado
- Define o sítio de obstrução (delgado ou cólon)
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: imagem e achados de obstrução a nível de delgado (3)
- Distensão mais central
- Dilatação menos grosseira (até 5 cm)
- Pregas coniventes ➡️ empilhamento de moedas
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: imagem e achados de obstrução a nível do cólon (3)
- Distensão mais periférica
- Dilatação mais grosseira (> 5 cm)
- Haustrações colônicas
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: tratamento geral
Suporte
- Dieta zero
- Hidratação venosa
- Sonda nasogástrica
- Corrigir os distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-base
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: condutas na obstrução mecânica (2)
Parcial e NÃO complicada
- Conservador por 24 a 48h
Total ou complicada
- Cirurgia
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: condutas na obstrução funcional (2)
1) Excluir causas mecânicas
2) Após a exclusão, tratamento conservador
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: qual o sítio mais comum de obstrução (cólon ou delgado)?
Delgado
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: qual a principal causa de obstrução de delgado e qual a principal causa de obstrução intestinal?
Bridas e aderências (tanto a de delgado mais comum quanto a intestinal mais comum)
Não importa o tempo decorrido desde a operação
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: qual principal fator de risco para bridas e aderências?
Manipulação intestinal prévia (cirurgias)
Até que se prove o contrário: obstrução + cirurgia prévia = brida
Cirurgias de andar inferior apresentam maior risco em relação às de andar superior
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: tratamento das bridas e aderências (2)
Quadro não complicado (paciente bem, estável, sem isquemia de alça ou irritação peritoneal):
- Suporte (48h) + Gastrografina (contraste hidrossolúvel e hiperosmolar)
Refratário ou complicado:
- Lise das aderências por laparotomia ou laparoscopia (tendência)
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: outras causas de obstrução de delgado (3)
Neoplasias
Hérnias
Íleo biliar
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: tríade do íleo biliar
Tríade de Rigler: Pneumobilia + cálculo ectópico + distensão de delgado
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: quais as duas principais causas de obstrução de cólon e qual o mais comum?
Câncer colorretal (mais comum)
Volvo
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: o que é volvo?
Torção de um segmento do trato gastrointestinal sobre ele mesmo, resultando em uma obstrução em alça fechada (2 pontos simultâneos)
- Pode ser de ceco, gástrico, sigmoide (mais comum)…
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: diagnóstico de imagem (2)
Radiografia com imagem de “grão de café” ou “U invertido”
Enema baritado com sinal do “bico de pássaro”
Oclusão intestinal e Hérnias
Síndrome de obstrução intestinal: tratamento do volvo de sigmoide (3)
Suporte + …
Não complicado:
- Descompressão colonoscópica + sigmoidectomia tardia (na mesma internação)
Complicado:
- Cirurgia de urgência (Hartmann)
Oclusão intestinal e Hérnias
Intussuscepção intestinal: o que é?
Invaginação (telescopagem) de uma alça para dentro da outra
Oclusão intestinal e Hérnias
Intussuscepção intestinal: idade mais comum de acometimento
Entre 3 meses até 6 anos ➡️ causa idiopática
Se em outra faixa etária ➡️ causa secundária (pólipo, tumor…)
Oclusão intestinal e Hérnias
Intussuscepção intestinal: clínica (4)
Dor abdominal paroxística e intermitente (períodos de dor e/ou choro intercalados com períodos de acalmia)
Massa em aspecto de salsicha
Fezes em geleia de morango ou framboesa
Sinal de Dance (vazio palpável em FID geralmente)
Oclusão intestinal e Hérnias
Intussuscepção intestinal: exame de escolha e achados (2) do diagnóstico
USG
- Sinal do alvo
- Sinal do pseudo-rim
Oclusão intestinal e Hérnias
Intussuscepção intestinal: qual exame pode ser utilizado para diagnóstico e tratamento?
Enema opaco
Oclusão intestinal e Hérnias
Intussuscepção intestinal: tratamento (3)
Suporte + …
Não complicada:
- Redução com enema britado, com contraste hidrossolúvel ou ar
Refratária, complicada ou paciente adulto:
- Cirurgia
Oclusão intestinal e Hérnias
Obstrução intestinal funcional: quais as principais causas (2)? Quais as principais características de cada um?
Íleo paralítico
- Todo intestino pode ficar paralisado
- Pós-operatório (fisiológico)
* Delgado (24h)
* Estômago (48h)
* Cólon (72h)
Pseudo obstrução colônica (Síndrome de Ogilvie)
- Só o cólon está paralisado
- Paciente grave (CTI, sepse, grande queimado…)
- Ocorre por hiperestímulo do simpático
Oclusão intestinal e Hérnias
Obstrução intestinal funcional: tratamento do íleo paralítico (2)
1) Excluir causas mecânicas
2) Suporte
Oclusão intestinal e Hérnias
Obstrução intestinal funcional: tratamento da Síndrome de Ogilvie (5)
1) Excluir causas mecânicas
2) Suporte
Se não houver melhora após 48-72h OU ceco > 12 cm
3) Neostigmina
- Costuma ser a resposta da prova
- Parassimpaticomimético
Se não resolver
4) Descompressão colonoscópica
Se não resolver
5) Cecostomia percutânea ou cirúrgica
Oclusão intestinal e Hérnias
Obstrução intestinal funcional: qual o cuidado que se deve ter com a neostigmina?
Bradicardia importante
- Correção com atropina
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: qual estrutura compõe a parede posterior do canal inguinal?
Fáscia transversalis
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: quais os orifícios da fáscia transversalis? (2)
Anel inguinal interno ou profundo
- Marca o início do canal inguinal
Canal femoral
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: qual o componente da parede anterior do canal inguinal?
Aponeurose do músculo oblíquo externo
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: qual o nome do orifício presente na aponeurose do músculo oblíquo externo?
Anel inguinal externo ou superficial
- Marca o final do canal inguinal
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: qual o nome e a importância da área de espessamento da aponeurose do músculo oblíquo externo?
Ligamento inguinal
- Ponto anatômico que divide as hérnias em inguinal (acima desse ligamento) e femoral (abaixo do ligamento inguinal)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: quais os conteúdos do canal inguinal em homens e em mulheres?
Homens:
- Funículo espermático
- Conduto peritônio-vaginal obliterado (caminho para a descida do testículo)
Mulheres:
- Ligamento redondo do útero
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: qual a hérnia mais comum?
Hérnia inguinal indireta (em todos os sexos e idades)
Típica da infância
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia inguinal indireta: o que é?
Hérnia inguinal que se anuncia através do anel inguinal interno
INdireta = INterno = INfância
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia inguinal indireta: causa
Congênita: não fechamento do conduto peritônio-vaginal
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia inguinal direta: causa
Adquirida: enfraquecimento da parede posterior
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia inguinal direta: qual o nome e os limites do ponto de fragilidade da parede posterior?
Triângulo de Hesselbach
- Ligamento inguinal
- Vasos epigástricos inferiores ou profundos
- Borda lateral do músculo reto abdominal
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais: ponto de referência para diferenciar hérnia inguinal direta de indireta?
Vasos epigástricos inferiores:
- Medial: direta
- Lateral: indireta
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais: diagnóstico
Clínico (exame físico em pé e deitado)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais: quando e qual exame solicitar para o diagnóstico?
USG
- Em caso de dúvida diagnóstica
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais: como diferenciar uma hérnia direta de uma indireta no exame físico?
Palpa-se o anel inguinal externo e o canal inguinal, então solicita-se a realização da manobra de Valsalva ao paciente
- Se o conteúdo atingir a polpa: DIRETA
- Se o conteúdo atingir a ponta do dedo: INDIRETA
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais: qual apresenta maior risco de encarceramento?
Hérnia inguinal indireta (pois se anuncia por um anel)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia femoral: sinonímia
Hérnia crural
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia femoral: o que é?
Hérnia que se anuncia abaixo do ligamento inguinal e no interior do canal femoral
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia femoral: quais os limites do canal femoral? (4)
Teto: ligamento inguinal
Medial: ligamento lacunar
Lateral: veia femoral
Assoalho: ligamento pectíneo (Cooper)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia femoral: características (3)
Mais comum em mulheres do que em homens
Mais comum à direita (sigmoide à esquerda)
Maior risco de encarcerar (sempre operar)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: Classificação de Nyhus
I- Indireta com anel inguinal interno normal
II- Indireta com anel inguinal interno dilatado (> 2 cm)
III- Defeito na parede posterior
a. Direta
b. Indireta
c. Femoral
IV- Recidivante
a. Direta
b. Indireta
c. Femoral
d. Mista
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: condutas e tratamento
Redutível ➡️ cirurgia eletiva
- Masculino e assintomático ➡️ pode-se não operar
- Mulher ➡️ sempre operar (idealmente por VLP)
Encarcerada ➡️ tentar reduzir manualmente na ausência de sinais de estrangulamento*
Estrangulada ➡️ cirurgia de emergência (inguinotomia)
*Sinais de estrangulamento:
- Dor local intensa
- Febre ou sinais de sepse
- Instabilidade hemodinâmica
- Peritonite
- Obstrução intestinal
- Encarceramento > 8h (USP - 6 a 8h)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: o que fazer se na indução anestésica houver redução espontânea de uma hérnia estrangulada?
Ao invés de realizar a inguinotomia, realizar laparotomia ou VLP
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: o que é a abordagem anterior?
Tradicional (de fora para dentro)
Herniorrafia anterior + reforço posterior
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: quais as principais possibilidades de reforço posterior em uma herniorrafia anterior?
Shouldice: imbricação dos músculos
- Tecnicamente mais difícil
- Não necessita de tela
Lichtenstein: tela livre de tensão
- Técnica de escolha
McVay: sutura do tendão conjunto (músculo transverso e oblíquo interno) ao ligamento pectíneo (Cooper)
- Hérnia femoral
Plug femoral: cone de tela no canal femoral
- “Lichtenstein para hérnia femoral”
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de virilha: o que é inguinodinia? Quais os nervos acometidos na cirurgia aberta (3)?
Dor crônica (complicação) após 6-8 semanas da operação
Aberta:
- Ilioinguinal
- Ilio-higástrico
- Ramo genital do nervo genitofemoral
Oclusão intestinal e Hérnias
Quais os nervos que podem ser acometidos na abordagem videolaparoscópica das hérnias da região da virilha? (3)
Nervo cutâneo femoral lateral
Nervo femoral
Ramo femoral do genitofemoral
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias diversas: epidemiologia das hérnias umbilicais
Mais comum em crianças (defeito congênito)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias diversas: até quando ocorre o fechamento espontâneo das hérnias umbilicais?
Até os 2 anos (no geral), mas pode-se esperar até os 4-6 anos
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias diversas: em adultos, as hérnias umbilicais se relacionam com o quê?
Condições que ⬆️ a pressão intra-abdominal como obesidade, ascite e gestação
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias diversas: indicações de cirurgia das hérnias umbilicais na infância (4)
- Presença concomitante de hérnia inguinal (aproveitar o mesmo ato cirúrgico-anestésico)
- Hérnias > 2 cm
- Associada a derivação ventrículo-peritoneal (DVP)
- Não fechamento espontâneo até 4-6 anos (indicação relativa)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias epigástrica: local e característica
Entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide
Muita dor para pouca hérnia
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias incisionais: onde ocorrem e quais os principais fatores de risco? (2)
Em qualquer área com incisão cirúrgica prévia
O principal fator de risco é a infecção do sítio cirúrgico, seguido pela obesidade (⬆️ PIA)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias incisionais: o reparo convencional é preferível em qual situação?
Hérnias entre 1-4 cm
Se o paciente for obeso, apresentar alto risco de infecção do sítio cirúrgico ou com diástase considerável do músculo reto abdominal ➡️ abordagem laparoscópica é a escolha
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias incisionais: qual o método preferencial de abordagem das hérnias entre 4-10 cm?
Abordagem laparoscópica, apesar de a abordagem convencional ser possível
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias incisionais: colocação de telas no reparo, indicação e opções de posicionamento da tela (4)
Indicação: tamanho > 1 cm (atualmente recomenda-se o uso mesmo se < 1 cm)
Métodos:
- Onlay: acima da aponeurose
- Sublay (Rives-Stoppa): abaixo do reto-abdominal e acima do peritônio
- Underlay (IPOM): abaixo do peritônio
- Inlay: entre as aponeuroses
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias de Spiegel: localização e característica
Entre a borda lateral do músculo reto abdominal e a linha de Spiegel (semilunar), ocorrendo geralmente abaixo da linha arqueada de Douglas
Devem ser sempre tratadas devido ao risco de encarceramento
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias lombares: quais as duas localizações e quais os nomes?
Grynfelt
- Mais comum
- Trígono lombar superior: borda inferior da 12ª costela, m. paraespinhais e m. oblíquo interno
Petit
- Trígono lombar inferior: borda da crista ilíaca, m. oblíquo externo e m. grande dorsal
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia obturadora: epidemiologia
Mulheres idosas, mais comum à direita
Multiparidade e obesidade são fatores de risco
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnia obturadora: sinal característico e estrutura acometida
Sinal de Howship-Romberg
- Dor em face interna (anteromedial) da coxa que alivia com a flexão da coxa
Compressão do nervo obturador
Oclusão intestinal e Hérnias
Qual nome da hérnia que ocorre por protrusão da borda antimesentérica?
Hérnia de Richter
Oclusão intestinal e Hérnias
Qual nome da hérnia cujo conteúdo é o apêndice de Meckel?
Hérnia de Littré
Oclusão intestinal e Hérnias
Qual nome da hérnia inguinal cujo conteúdo é o apêndice vermiforme?
Hérnia de Amyand
Oclusão intestinal e Hérnias
Qual nome da hérnia femoral cujo conteúdo é o apêndice vermiforme?
Hérnia de Garangeot
Oclusão intestinal e Hérnias
O quê é a hérnia de Pantalona?
São hérnias com componentes direto e indireto
Oclusão intestinal e Hérnias
O que são hérnias de deslizamento?
É aquela em que parte do saco herniário é formado pela víscera que o ocupa
Oclusão intestinal e Hérnias
O que é o triângulo de Hessert e quais seus limites?
É a área de fragilidade verdadeira do triângulo de Hesselbach, sendo a região não preenchida pelo músculo oblíquo interno
Limites:
- Inferior: ligamento inguinal (Poupart)
- Medial: borda lateral do músculo reto abdominal
- Superior: borda inferior do músculo oblíquo interno
Oclusão intestinal e Hérnias
O quê é o orifício miopectíneo de Fruchaud e quais seus limites?
É o sítio de todas as hérnias inguinais e femorais
Limites:
- Medial: borda lateral do músculo reto abdominal
- Superior: músculo oblíquo interno
- Inferior: ligamento pectíneo (Cooper)
- Lateral: músculo íleopsoas
Oclusão intestinal e Hérnias
Quais as indicações da abordagem videolaparoscópica das hérnias (3)? Qual a orientação quanto a utilização de telas?
Indicações:
- Primárias e unilaterais: critério do cirurgião (técnica de escolha em mulheres)
- Bilaterais
- Recidivada (abordagem diferente da inicial, ou seja, anterior ➡️ posterior)
Deve-se sempre utilizar telas na abordagem laparoscópica
Oclusão intestinal e Hérnias
Quais as duas técnicas da abordagem laparoscópica das hérnias e quais as vantagens de cada uma?
Totalmente extraperitoneal (TEP):
- Menor risco de lesão de órgãos e de bridas e aderências
- Pode ser realizada sem anestesia geral
- Acesso bilateral da região inguinal (na TAPP é necessário abrir o peritônio de ambos os lados)
Transabdominal pré-peritoneal (TAPP)
- Pode ser realizada mesmo se cirurgia prévia
- Melhor visualização de estruturas
Oclusão intestinal e Hérnias
Abordagem VLP das hérnias: quais os componentes do Y invertido? (4)
Oclusão intestinal e Hérnias
Abordagem VLP das hérnias: quais os 5 triângulos delimitados pelo Y invertido?
Oclusão intestinal e Hérnias
Abordagem VLP das hérnias: qual o conteúdo do triângulo de Doom?
Vasos ilíacos externos (não grampear)
Oclusão intestinal e Hérnias
Abordagem VLP das hérnias: quais os 3 nervos do triângulo da dor?
Nervo femoral
Ramo femoral do genitofemoral
Nervo femoral cutâneo lateral
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais na infância: epidemiologia e fatores de risco
95% dos casos são hérnias indiretas
Mais comum em meninos e à direita (conduto peritônio-vaginal fecha mais lentamente a direita)
Maior risco de encarceramento devido ao tamanho reduzido do anel inguinal interno
Prematuridade e baixo peso ao nascer são fatores de risco
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais na infância: pode-se indicar cirurgia se história positiva e exame físico negativo?
Sim, muitos cirurgiões indicam! Se dúvida, pode-se realizar USG
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais na infância: conduta se hérnia redutível
Cirurgia o mais rápido possível sem reforço da parede posterior
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais na infância: conduta se hérnia encarcerada
Tentar redução manual (a menos que haja sinais de peritonite, obstrução ou toxemia)
Após a redução:
- Cirurgia imediata OU na mesma internação após 24-48h (mais aceito)
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais na infância: quando explorar bilateralmente? (4)
- Hérnias em prematuros
- Hérnias encarceradas
- Meninos < 2 anos e Meninas < 4 anos (controverso)
- Associação com DVP
Oclusão intestinal e Hérnias
Hérnias inguinais na infância: diagnóstico diferencial
Hidrocele
Oclusão intestinal e Hérnias
Hidrocele: tipos (2)
Comunicante (altera o volume ao longo do dia) ➡️ conduto peritônio-vaginal patente
Não comunicante (não altera o volume) ➡️ líquido residual após o fechamento do conduto peritônio-vaginal
Oclusão intestinal e Hérnias
Hidrocele: diagnóstico
Exame de transiluminação
Oclusão intestinal e Hérnias
Hidrocele: condutas (2)
Expectante: costuma fechar até os 12 meses
Cirurgia: se concomitante com hérnia inguinal
Oncologia
Câncer de esôfago: Quais os principais tipos histológicos (2) e seus respectivos fatores de risco?
Escamoso (Dica: os fatores de risco do carcinoma EScamoso são EXternos)
- Tabagismo
- Etilismo
- HPV
- Acalásia
- Tilose palmoplantar (aumenta o risco de carcinoma escamoso em qualquer parte do corpo)
Adenocarcinoma
- DRGE
- Barrett
- Obesidade
Oncologia
Câncer de esôfago: Qual a localização dos principais tipos histológicos?
Escamoso ➡️ porção proximal
Adenocarcinoma ➡️ porção distal
Oncologia
Câncer de esôfago: Qual a clínica? (2)
Disfagia + ⬇️ peso
Oncologia
Câncer de esôfago: Como é feito o diagnóstico?
EDA + biópsia
Oncologia
Câncer de esôfago: Como fazer o estadiamento?
Dica: o superpoder do CA de esôfago é invadir estruturas adjacentes, pois o esôfago não tem serosa
Precoce (T1N0) ➡️ USG endoscópica (padrão-ouro)
Avançado: Tomografia + broncoscopia
Oncologia
Câncer de esôfago: Como tratar com base no estadiamento?
T1A (restrito à mucosa) ➡️ mucosectomia EDA
“Resto” ➡️ QT e RT neoadjuvantes + esofagectomia
T4B (adjacentes irressecáveis) ou M1 ➡️ paliação
Oncologia
Câncer de estômago: Quais os principais fatores de risco e como eles podem ser subdivididos?
Hábitos
- Dieta com nitrogenados
- Tabagismo
- Etilismo
H. pylori
- Gastrite atrófica
- Gastrectomia prévia
Oncologia
Câncer de estômago: Qual a clínica? (3)
Dispepsia, sinais de ALARME, e ⬇️ peso
Oncologia
Câncer de estômago: Quais os achados indicam doença incurável? (5)
Virchow ➡️ supraclavicular E
Irish ➡️ axilar E
Irmã Maria José ➡️ umbilical
Krukenberg ➡️ ovário
Blumer ➡️ fundo de saco (toque)
Oncologia
Câncer de estômago: Como fazer o diagnóstico?
EDA + biópsia ± CA 72.4 (pouco específico)
Oncologia
Câncer de estômago: Como é a classificação endoscópica?
Borrmann
I - Polipóide (não ulcerado)
II - Ulcerado (bordos nítidos)
III - Ulceroinfiltrativo (bordos não nítidos)
IV - Infiltrante (linite plástica)
Oncologia
Câncer de estômago: Como é a classificação de Lauren?
Intestinal
- Homem
- Esporádico
- Idoso
- Gastrite atrófica (H. pylori)
- Bem diferenciado
- Bom prognóstico (melhor prognóstico em relação ao difuso)
Difuso
- Mulher
- Hereditário
- Jovem
- Sangue tipo A
- Indiferenciado (anel de sinete)
- Pior prognóstico
Oncologia
Câncer de estômago: Como realizar o estadiamento?
Precoce (T1 NX) ➡️ USG endoscópica
- Restrito a mucosa e submucosa independente da situação dos linfonodos
Avançado ➡️ videolaparoscopia
Oncologia
Câncer de estômago: Como é o tratamento em relação ao estadiamento?
Dica: doença praga
T1A ➡️ mucosectomia EDA
- Borrmann: não ulcerado
- Lauren: intestinal (bem diferenciado)
- Tamanho: ≤ 2 cm
- N0: sem linfonodos acometidos na TC
Resto ➡️ gastrectomia + linfadenectomia D2 (cadeias de 1 a 6 + cadeias do tronco celíaco e seus ramos)
- Total: proxima + médio
- Subtotal: distal
M1 ➡️ paliação
Oncologia
Câncer de estômago: Qual a quantidade de linfonodos que devem ser ressecados na linfadenectomia D2?
> 15 linfonodos
Oncologia
Câncer colorretal: Quais os principais fatores de risco?
- Idade
- DII (Crohn e RCU)
- Síndromes hereditárias
Oncologia
Câncer colorretal: Qual a clínica a depender da localização do tumor?
Cólon D
- Anemia
- Melana
- Massa palpável
Cólon E
- Alteração do hábito intestinal
Reto
- Hematoquezia
- Fezes em fita
Oncologia
Câncer colorretal: Como é feito o diagnóstico?
Colonoscopia + biópsia ± CEA (marcador de tumores mucinosos)
Oncologia
Câncer colorretal: Como é feito o estadiamento?
Dica: metástases hematogênicas
TC de tórax + TC de abdome ± RM de pelve (se de reto)
Oncologia
Câncer colorretal: Como é feito o tratamento?
Cólon e reto alto
- Cirurgia
Reto baixo (< 10 cm do ânus)
- QT + RT neoajuvantes (por ser extraperitoneal, é possível fazer)
- Estadiar novamente após a neoadjuvância
- Se esfíncter não acometido ➡️ RAB
- Se esfíncter acometido ➡️ Miles ou ressecção abdominoperineal do reto
Oncologia
Câncer hepático: Como é feito o diagnóstico?
TC dinâmica (trifásica)
- Fase arterial: aorta hiperdensa
- Fase portal
- Fase de equilíbrio
Oncologia
Câncer hepático: O quê é wash out?
Tumor hipercaptante na fase arterial ➡️ hipocaptante na fase portal
Oncologia
Câncer hepático: Quais os 3 principais tumores hepáticos benignos e quais as principais características quanto ao perfil, vínculo mental, complicação, imagem, fígado e conduta?
Oncologia
Carcinoma hepatocelular: Quais os fatores de risco?
Cirrose, hepatite B e C
Oncologia
Carcinoma hepatocelular: Qual a clínica?
Dor abdominal, ictericia e ⬇️ peso
Oncologia
Carcinoma hepatocelular: Como é feito o diagnóstico?
TC dinâmica ± AFP
Oncologia
Carcinoma hepatocelular: Quais os 3 achados da TC dinâmica?
Hipercaptante + pseudo-cápsula + wash out
Oncologia
Carcinoma hepatocelular: Como pode ser feito o tratamento?
Child A ➡️ hepatectomia
Child B ou C ➡️ Critérios de Milão
- Lesão única < 5 cm ou até 3 lesões < 3 cm ➡️ transplante
- Não fecha critérios ➡️ paliação (ablação, quimioembolização ou sorafenib)
Oncologia
Metástase hepática: Quais os achados da TC dinâmica?
Tumor maligno mais comum do fígado, sendo o cólon o sítio primário de maior importância
Múltiplos nódulos hipocaptantes
Oncologia
Metástase hepática: Como realizar o tratamento?
No geral ➡️ paliação
Se sítio primário colorretal ➡️ calcular o volume hepático residual
- Fígado normal prévio: > 20%
- Fígado que já passou por quimioterapia: > 30%
- Volume residual bom ➡️ QT neoadjuvante + hepatectomia
- Volumetria ruim ➡️ embolização portal ou hepatectomia em 2 tempos
Oncologia
Câncer de pulmão: Qual tamanho do nódulo pulmonar permite diferenciar entre nódulo e massa?
Nódulo ➡️ até 3 cm
Massa ➡️ maior do que 3 cm
Oncologia
Câncer de pulmão: Qual a característica epidemiológica do câncer de pulmão?
É a neoplasia que mais mata
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais características sugerem malignidade em um nódulo pulmonar solitário? (6)
1) História de tabagismo
2) Idade ≥ 35 anos
3) > 8 mm (> 1,5 - 2,0 cm) ➡️ 10 - 20% de malignidade se > 8 mm (mais atual), contudo o Harrison ainda considera > 1,5 cm
4) Ausência de calcificação (no geral, CA não possui calcificação)
5) Forma da calcificação
- ⬇️ risco: central, laminada, em pipoca e difusa
- ⬆️ risco: padrão salpicado e excêntrico, espiculado e irregular
6) Crescimento em 2 anos (se houver imagem prévia)
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as duas características principais que devem ser levadas em consideração na análise do nódulo pulmonar solitário?
- Presença de calcificação e formato da calcificação
- Crescimento em 2 anos
Oncologia
Câncer de pulmão: Qual a conduta frente ao nódulo pulmonar solitário? (3)
> 8 mm + fatores de risco ➡️ biopsia ou ressecção
> 8 mm sem fatores ➡️ PET-SCAN e, se negativo, seguimento com TC por 2 anos
< 8 mm ➡️ seguimento TC por 6 a 12 meses
Oncologia
Câncer de pulmão: Como classificar os cânceres de pulmão? Qual é o mais comum?
Não pequenas células (80%)
Pequenas células ou Oat-Cells (20%)
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as características do adenocarcinoma de pulmão? (5)
- Subtipo não pequenas células
- Mais comum de todos (40-45% com tendência de crescimento)
- Acomete pacientes típicos e atípicos (não fumante, jovem < 45 anos, mulheres)
- Periférico
- Associação com derrame pleural
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as características principais do subtipo epidermóide? (5)
- Subtipo do não pequenas células
- 2º mais comum (ja foi o principal)
- Acomete somente pacientes típicos (idoso e fumante)
- Central
- Associação com a formação de cavidades
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as características do subtipo de grandes células? (3)
- Subtipo não pequena células
- 10% dos casos
- Mais periférico
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as características do Oat-Cell? (2)
- Mais agressivo
- Central
Oncologia
Câncer de pulmão: O que é e quais as características do subtipo bronquioloalveolar? (3)
- Variante do adenocarcinoma
- Bem diferenciado ➡️ melhor prognóstico
- TC ➡️ imagem em vidro fosco
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais fatores de risco associado com os cânceres de pulmão? (4)
- Tabagismo
- Exposição ocupacional: asbestos, arsênico
- História familiar
- Alterações estruturais do pulmão: DPOC, fibrose pulmonar intersticial
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais os principais achados clínicos?
1) Tosse (mais característico)
2) Clínica associada às metástase (osso, cérebro, fígado)
- Pode aparecer antes dos sintomas pulmonares
3) Síndromes compressivas
Oncologia
Câncer de pulmão: O quê é a síndrome de PANCOAST e quais suas características?
- Tumores do sulco superior (epidermóide e adenocarcinoma)
- Dor no ombro e braço ➡️ compressão do plexo braquial
- Síndrome de Horner (bloqueio do simpático cervical) ➡️ ptose, miose e anidrose
Oncologia
Câncer de pulmão: O quê é a síndrome da veia cava superior e quais as suas características?
- Associação com Oat-Cell
- Edema de face e pletora
- Turgência de jugular
- Varizes no tórax e MMSS
Oncologia
Câncer de pulmão: Como confirmar o diagnóstico?
Análise histopatológica
Periférico
- Biópsia percutanea (core)
- Toracotomia ou videotoracoscopia (VATS)
Central
- Broncoscopia
- USG endobrônquica
- Escarro
Oncologia
Câncer de pulmão: É possível rastrear o câncer de pulmão?
Sim, mas não é consenso!
- O MS não recomenda o rastreio em nível populacional
Oncologia
Câncer de pulmão: Como rastrear e em quem rastrear?
- Tomografia computadorizada de tórax sem contraste
- Tabagistas entre 50 - 80 anos
- Interromper se 15 anos de rastreio sem o desenvolvimento de doença
Oncologia
Câncer de pulmão: Como estadiar um paciente com câncer de pulmão?
Avalio inicial ➡️ Todos
- PET-SCAN ➡️ pesquisar invasão local e metástase
- RNM cerebral
- Cintilografia óssea
Se lesão ressecável com linfonodo suspeito e não pequenas células
- Avaliar o mediastino ➡️ USG endobrônquica (ERBUS) ou ecoendoscopia ou mediastinoscopia
Se pequenas células com alteração do hemograma
- Aspirado e biópsia de medula
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as principais características do estadiamento (TNM) do não pequenas células? (2)
T1: ≤ 3 cm ➡️ nódulo pulmonar solitário
N3: contralateral ou supraclavicular ➡️ irressecável
Oncologia
Câncer de pulmão: Quais as características do estadiamento do Oat-Cell?
Não é TNM
Limitado ➡️ unilateral
Extenso ➡️ bilateral
Oncologia
Câncer de pulmão: Quando e como tratar?
Não pequenas células
- IA (T1N0M0 - NPS) ➡️ ressecção
- Ressecável ➡️ ressecção + QT
- Irressecável (T4 ou N3 ou M1) ➡️ QT ± RT
Pequenas células
- Limitado ➡️ QT + RT (cura 15-25%)
- Extenso ➡️ QT paliativa
Oncologia
Câncer de tireoide: Como avaliar o nódulo de tireoide quanto a funcionalidade e a malignidade?
1º) Dosar TSH
Baixo
- Quente ➡️ adenoma tóxico
- Frio ➡️ Câncer?
Normal / Alto
- Câncer?
2º) USG (Câncer?)
< 1 cm ➡️ seguimento
≥ 1 cm + características suspeitas ao exame ➡️ PAAF
- Hipoecoico
- “Mais alto do que largo”
- Irregular
- Presença de microcalcificações
- Extensão extra tireoidiana
- Vascularização central (Chammas IV-V)
≥ 1,5 - 2 cm ➡️ PAAF
Oncologia
Câncer de tireoide: Qual a classificação de Bethesda e quais as condutas possíveis? (6)
I - Insatisfatório
- Repetir PAAF
II - Benigno
- Seguimento
III - Indeterminado
- Repetir PAAF ou Teste molecular
- Se TM (+) ➡️ cirurgia
- SE TM (-) ➡️ seguimento
IV - Folicular
- Cirurgia ou Teste molecular
- TM (+) ➡️ cirurgia
- TM (-) ➡️ seguimento
V - Suspeito
- Cirurgia
VI - Maligno
- Cirurgia
Oncologia
Câncer de tireoide: Quais as características do câncer papilífero (5)? Como realizar o diagnóstico e tratamento?
- Mais comum
- Excelente prognóstico (bem diferenciado)
- Disseminação linfática
- Associação com irradiação cervical prévia
- Mutações: BRAF > RAS > RET/PTC
- Corpos psamomatosos (acúmulo concêntrico de cálcio)
Diagnóstico ➡️ PAAF
Tratamento
- < 1 cm ➡️ tireoidectomia parcial
- > 1 cm ou < 15 anos ou história de irradiação ➡️ tireoidectomia total
Oncologia
Câncer de tireoide: Quais as características do câncer folicular (3)? Como realizar o diagnóstico e tratamento?
- 2º mais comum
- Bom prognóstico (bem diferenciado)
- Disseminação hematogênica
Diagnóstico
- PAAF não dá o diagnóstico
- Histopatológica: invasão capsular / vascular
Tratamento
- < 2 cm ➡️ tireoidectomia parcial e encaminhar para análise histopatológica
* Se adenoma: não precisa completar a cirurgia
* Se carcinoma folicular: totalizar
- > 2 cm ➡️ tireoidectomia total
Oncologia
Câncer de tireoide: O que é e quais as características do carcinoma de células de Hurthle? (3)
- Variante do folicular
- Mais agressivo e menos diferenciado
- Tireoidectomia total
Oncologia
Câncer de tireoide: Quando e como fazer o seguimento pós tireoidectomia? (4)
1) Levotiroxina
- Reposição + supressão do TSH
- A supressão do TSH inibe o crescimento glandular
2) Ablação com iodo radioativo (casos de alto risco)
3) Tireoglobulina + USG seriada
- Espera-se que a tireoglobulina esteja zerada
4) Cintilografia de corpo inteiro
- Indicado se houve alteração da tireoglobulina e/ou da USG
Oncologia
Câncer de tireoide: Quais as características do câncer medular de tireoide (4)? Como realizar o diagnóstico, a profilaxia e tratamento/seguimento?
- Origem nas células parafoliculares (células C)
- Pouco diferenciado (pior prognóstico)
- Pode ser esporádico (80%) ou familiar (20%)
- Se familiar ➡️ pode estar associado com NEM 2
Diagnóstico ➡️ PAAF + ⬆️ calcitonina
Profilaxia ➡️ oncogene RET em parente de 1º grau
- Se (+) ➡️ tireoidectomia profilática
Tratamento e seguimento
- Tireoidectomia total + linfadenectomia
- Seguimento com dosagem de calcitonina
Oncologia
Câncer de tireoide: Quais as características do câncer anaplásico (5)? Como realizar o diagnóstico e tratamento?
- Indiferenciado (pior prognóstico)
- Raro (< 2%)
- Agressivo
- Acomete geralmente mulheres idosas
- Relação com mutação p53
Diagnóstico ➡️ PAAF +/- imuno-histoquímica
Tratamento
- Traqueostomia, QT/RT
Oncologia
Câncer de próstata: Qual a principal característica epidemiológica e o tipo histológico mais comum?
Tumor maligno mais comum no Brasil
Adenocarcinoma (95%)
Oncologia
Câncer de próstata: Quais os fatores de risco?
- Idade avançada
- História familiar
- Cor preta
Oncologia
Câncer de próstata: Qual a clínica?
No geral assintomática
- Periférico
Se sintomas irritativos ou obstrutivos
- Pensar em hiperplasia prostática benigna ou câncer de próstata avançada
Dor óssea
- Devido a metástase ósseas
- Em casos avançados
Oncologia
Câncer de próstata: Como diagnosticar?
Análise histopatológica de fragmentos obtidos por biópsia guiado por USG transretal da próstata
Oncologia
Câncer de próstata: É possível rastrear o câncer de próstata?
Sim, contudo não é recomendado em âmbito populacional!
- Trata-se de uma decisão compartilhada entre médico e paciente que deve levar em conta os fatores de risco pessoais e o desejo do paciente
Oncologia
Câncer de próstata: Como e quando rastrear? Quando indicar USG com biópsia?
COMO
- Toque: nodulações, irregularidades, endurecimento
- PSA
QUANDO
- ≥ 50 anos
- ≥ 40-45 anos ➡️ se risco aumentado (cor preta, história familiar positiva)
- Interromper: ≥ 70 (75) anos ou expectativa de vida ≤ 10 anos
Quando indicar USG transretal com biopsia
- Toque (+)
- PSA > 4 ng/ml (independente da idade) (> 2,5 ng/ml se < 60 anos)
- PSA entre 2,5 e 4 ng/ml se refinamento alterado
Oncologia
Câncer de próstata: O que fazer em caso de PSA entre 2,5 e 4 ng/ml?
Refinamento
- Velocidade de crescimento > 0,75 ng/ml/ano
- Densidade > 15 ➡️ afastar HPB
- Fração livre < 25%
Oncologia
Câncer de próstata: Como tratar e o que levar em consideração?
Doença localizada
- Prostatectomia radical
- Radioterapia
- Vigilância ativa (PSA < 10 ng/ml e Gleason ≤ 6)
Doença metastática ➡️ privação androgênica (castração)
- Cirúrgica ➡️ orquiectomia bilateral
- Química ➡️ análogos do GnRh
Oncologia
Câncer de próstata: O quê é Escore de Gleason?
Soma-se as 2 histologias mais frequentes
- As histologias variam de 1 até 5 (do mais diferenciado para o menos diferenciado)
- ≤ 6: diferenciado (baixo risco)
- 7: intermediário (médio risco)
- 8-10: indiferenciado (alto risco)