Ginecologia e Obstetrícia Flashcards
Qual o agente etiológico mais relacionado à mastite?
Staphylococcus aureus
Critérios de Amsel para diagnóstico de Vaginose Bacteriana
- Corrimento branco-acizentado, fluido e homogêneo
- pH da secreção vaginal > 4,5
- teste Whiff positivo (das aminas)
- presença de clue-cells.
> > diagnóstico: 3 ou mais critérios positivos.
Tratamento da Vaginose Bacteriana
Metronidazol 500mg oral, de 12/12h por 7 dias
“Luciana, primeira gestação, iniciou pré-natal numa UBASF, com 16 semanas, onde realizou teste rápido para Sífilis que foi reagente. Diante desse resultado, qual a melhor conduta para Luciana?”
Iniciar penicilina benzatina, colher VDRL da gestante, testar e tratar parceiro sexual se positivo para sífilis.
Sangramento na gestação: diagnóstico diferencial
Primeira metade (< 20 semanas):
- abortamento: sangramento transvaginal + dor abdominal de intensidade variável
- gravidez ectópica: irritação peritoneal (descompressão brusca dolorosa) + sinais de hipovolemia (palidez, taquicardia, hipotensão)
- doença trofoblástica gestacional: sangramento transvaginal de repetição + hiperêmese gravídica + eliminação de vesículas hidrópicas pela vagina + útero aumentado para a idade gestacional + b-HCG muito elevado
Segunda metade (> 20 semanas):
- descolamento prematuro de placenta: Dor, Hipertonia uterina, Hipertensão, FCF não-tranquilizadora, sangramento escuro.
- placenta prévia: Sangramento progressivo, recorrente, espontâneo, vermelho vivo. Sem hipertonia e sem repercussão fetal.
OBS: tamanho do útero por idade gestacional:
• 12 semanas = Útero sai da pelve e vai para o abdome
• 16 semanas = Entre a pelve e cicatriz umbilical
• 20 semanas = Cicatriz umbilical
• 40 semanas = Apêndice xifoide
investigação da amenorreia primária
O primeiro passo é pedir 3 exames: beta-HCG para avaliar gravidez, TSH, pois principalmente o hipotireoidismo pode causar amenorreia secundária e prolactina, pois a hiperprolactinemia pode causar amenorreia secundária. Com os 3 normais, partimos para o teste da progesterona, em que vamos dar a progesterona para a paciente por 7-10 dias, se o teste for positivo (menstruação) o que faltava era a progesterona, então estamos diante de um quadro de anovulação crônica, em que o mais comum é a síndrome dos ovários policísticos. Se o teste da progesterona for negativo, partimos para o teste do estrogênio + progesterona, aqui estamos dando tudo que o endométrio precisa para que ocorra menstruação, então, se o teste for positivo é porque faltava o estrogênio, portanto, temos que investigar as causas de hipogonadismo. Se esse teste também deu negativo é porque o problema está no endométrio, então devemos investigar as causas anatômicas.
vulvovaginites - diagnóstico diferencial
Na candidíase há corrimento grumoso, branco, aderido às paredes com quadro inflamatório importante (prurido, ardência, dispareunia, disúria) e pH abaixo de 4,5.
Na vaginose bacteriana há corrimento fétido, devido a proliferação da gardnerella, não possuindo sinais inflamatórios e pH acima de 4,5.
Na tricomoníase há uma mistura, corrimento similar à vaginose, KOH positivo ou negativo e presença de sinais inflamatórios importantes. Há ainda microulcerações em colo uterino com colo em framboesa e o pH é o mais alto, estando entre 5-6.
PARTOS DISTÓCICOS
- Observar a linha de alerta: Os registros gráficos estão à direita ou à esquerda?
- Esquerda: Parto eutócico
- Direita: Parto distócico - O que ultrapassa a linha de alerta?
- Triângulo (alterações na fase de dilatação - dilatação < 10 cm): Fase ativa prolongada ou parada secundária de dilatação
- Círculo (alterações no período expulsivo - após dilatação de 10 cm): período expulsivo prolongado ou Parada secundária da descida - Está havendo progressão?
- Sim: Fase ativa prolongada / período expulsivo prolongado (dilatação completa)
- Não: Parada secundária da dilatação / parada secundária da descida - O parto ocorreu em menos de 4 horas?
- Parto precipitado (frequentemente há taquissistolia)
Via de parto na gestante HIV+
A via de parto na paciente HIV positiva vai depender da carga viral (CV) da paciente. Vamos relembrar as indicações:
CV indetectável na 34ª semana - o parto vai ser guiado pela indicação obstétrica, com preferência ao parto vaginal, devendo a paciente manter a sua TARV habitual via oral;
CV detectável com < 1000 cópias na 34ª semana - parto também por indicação obstétrica, podendo ser via vaginal, mas a paciente vai precisar fazer uso do AZT intravenoso no parto;
CV desconhecida ou detectável > 1000 cópias na 34ª semana - neste caso está bem indicado o parto cesáreo, eletivo, se possível empelicado, na 38ª semana de gestação, com a paciente também precisando fazer uso do AZT intravenoso no parto.