Gestão de materiais Flashcards

1
Q

Qual é a diferença entre recursos materiais e recursos patrimoniais?

A

Os recursos materiais podem ser definidos como os elementos físicos que servem para a
construção do produto final e funcionamento da organização, sempre caracterizados por
não serem permanentes. Esses recursos são transformados ou consumidos, tornando-se produtos acabados ao final da cadeia
de produção. Isso diferencia claramente o que é material do que é patrimônio.

Já os recursos patrimoniais são definidos como o conjunto de bens, valores, direitos e
obrigações que possuam valor monetário quantificável e possam ser utilizados para gerar
riqueza. Nesse contexto, o foco da atividade de administração patrimonial recai sobre os
bens patrimoniais de caráter permanente (ao contrário dos materiais) que incluem
instalações, veículos, móveis, equipamentos, etc.

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2
Q

O que é a administração de recursos materiais?

A

A administração dos recursos materiais é a atividade responsável pela gestão do fluxo de materiais. Engloba todo fluxo de uma cadeia produtiva, o chamado ciclo produtivo. Algumas fontes e mesmo algumas bancas chamam o processo de “gestão da cadeia de suprimentos”, “cadeia de valor” ou mesmo, de forma genérica, de “logística”.

É um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de uma empresa, de forma centralizada
ou não, destinadas a suprir as diversas unidades, com os materiais necessários ao
desempenho normal das respectivas atribuições.

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3
Q

Quais são os principais objetivos da administração de materiais?

A

Podemos considerar como principais objetivos da gestão de materiais a maximização da
utilização dos recursos, um alto nível de serviço por meio do atendimento das demandas de materiais no volume, local e momento adequados e, tudo isso, ao menor custo possível. Além disso, busca observar a qualidade correta, o preço correto, continuidade no fornecimento, registros contábeis e financeiros fidedignos e minimização dos custos.

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4
Q

Quais são as atribuições da área de materiais?

A

Planejamento e previsão da demanda; avaliação e seleção de fornecedores; fixação de estoques mínimos e aplicação de um sistema adequado para reposição dos estoques; realização de compras; estabelecimento de um sistema adequado para estocagem de materiais; implantação e uso da taxonomia dos materiais; supervisão dos almoxarifados; administração e controle dos estoques; transporte de materiais; gerenciamento da cadeia de suprimentos.

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5
Q

Qual é a diferença entre a geração de valor à jusante e à montante?

A

Ao longo da cadeia, cada uma das etapas tem a função de gerar valor ao longo do processo, seja ele à jusante (do fornecedor ao cliente final) ou à montante (do consumidor ao fornecedor, ou logística reversa).

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6
Q

Quais as vantagens e desvantagens dos modelos centralizado e descentralizado de administração de materiais?

A

Modelo centralizado (vantagens): Economias de escala, planejamento integrado, alocação de especialistas e controle de custos.
Modelo centralizado (desvantagens): Menor agilidade para demandas urgentes.

Modelo descentralizado (vantagens): agilidade e flexibilidade.
Modelo descentralizado (desvantagens): custos mais altos, falta de “visão do todo”, controle de custos mais complexo.

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7
Q

O que é o nível de serviço?

A

O Nível de Serviço nada mais é do que o percentual de pedidos/requisições de materiais
que são atendidos de maneira satisfatória pela área de administração de materiais.

Nível de Serviço = Pedidos Atendidos Satisfatoriamente / Pedidos Totais.

O administrador de materiais deve ser competente o suficiente para trabalhar com o estoque mais baixo possível, reduzindo os custos do emprego de capital, de armazenagem e demais custos alocados e, ao mesmo tempo, ser capaz de manter um alto Nível de Serviço, ou seja, atender o maior número possível de pedidos/requisições de materiais colocadas pela área de produção ou demais clientes internos, tudo dentro da estratégia estabelecida pela empresa, que visa a maior lucratividade possível.

Veja que é uma fronteira na qual o administrador de materiais tem que transitar o tempo todo. Não pode ter estoques altos a ponto de aumentar os custos de produção da organização e, ao mesmo tempo, não pode ter estoques baixos a ponto de afetar uma das métricas mais importantes que medem o seu trabalho: o Nível de Serviço.

Obs.: A requisição de materiais é o documento hábil pelo qual o material é solicitado ao almoxarifado para utilização. É o pedido de material enviado ao setor responsável pelo fornecimento de materiais. É por meio dela que os clientes internos informam ao responsável pelo almoxarifado/estoque, que estão desabastecidos e precisam de reposição.

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8
Q

O que são empresas estendidas?

A

Cadeias formadas pelas empresas mais seus
fornecedores e distribuidores.

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9
Q

O que significa classificar materiais?

A

Agrupar ou aglutinar materiais por características de semelhança, segundo sua forma, dimensão, peso, tipo, uso, etc.

Catalogar, simplificar, especificar, normalizar, padronizar e codificar todos os materiais
componentes do estoque da empresa.

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10
Q

Qual a finalidade da classificação dos materiais?

A

A classificação deve sempre ser feita de maneira que cada material, identificado em todo seu nível de detalhe, ocupe seu respectivo local, onde obtenha segurança para sua armazenagem, não ofereça perigo aos materiais próximos (exemplo: produto químico que altere a característica de um produto alimentício ao lado) e possa ser rapidamente localizado

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11
Q

Quais são os principais tipos de classificação?

A
  • Tipo de Demanda
  • Criticidade
  • Aplicação
  • Perecibilidade
  • Periculosidade
  • Possibilidade de fazer ou comprar
  • Tipos de estocagem
  • Dificuldade de aquisição
  • Mercado fornecedor
  • Valor do consumo ou ABC
  • Importância Operacional ou XYZ
  • Permanentes ou de Consumo
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12
Q

Como funciona a classificação por aplicação?

A

Matéria Prima
Materais em Processamento
Materiais Semi Acabados
Materiais Acabados
Produto Acabado

Outros: Materiais auxiliares ou improdutivos; Materiais de manutenção; Materiais de consumo geral.

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13
Q

Como funciona a classificação Valor do Consumo ou ABC?

A

Os materiais da classe “A” são aqueles que têm alto consumo anual e de menor quantidade de itens (em torno de 20%). Exigem os maiores investimentos e atenção do gestor de materiais ao longo do tempo. São sempre aqueles de maior valor de consumo (ao redor de 80%)
ou chamados de material de grande valor de consumo.

Temos ainda os materiais da classe “B”. São aqueles com um número médio de itens (cerca de 30% dos itens) e que representam, isoladamente, cerca de 15% do valor total dos estoques. Somados aos materiais da classe “A” perfazem quase que a totalidade dos materiais consumidos ao longo do processo de produção (aproximadamente 95% do total, ou seja, os 80% da classe “A” mais os 15% da classe “B”, e
representam 50% dos itens: 20% da classe “A” e 30% da classe “B”). Os materiais da classe “B” também são chamados de materiais de importância intermediária ou de médio valor de consumo.

Por fim temos ainda os materiais da classe “C” que perfazem uma longa lista de itens (cerca de 50% deles) porém representam muito pouco em termos de importância e valor ao processo produtivo (geralmente algo em torno de 5%). São conhecidos por materiais de pouca ou menor importância ou de baixo valor de consumo.

Esse princípio da concentração da importância em setores que acolhem poucos itens (ou cidadãos ou qualquer outra unidade a ser considerada) forma a base do Princípio de Pareto e foi adaptado ao processo de controle de estoques, batizado como Curva ABC

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14
Q

Como funciona a classificação de importância operacional ou XYZ?

A

Visa identificar materiais imprescindíveis ao funcionamento da empresa. Em linhas gerais, em relação à criticidade, os materiais podem ser críticos ou não. Note que aqui não estamos mais falando de valores mas sim da importância do material para o processo produtivo da empresa, ou seja, sem o material crítico, a produção ou a operação da empresa, para! São geralmente materiais vitais para equipamentos produtivos, que servem de reposição para um equipamento ou grupo de equipamentos e que devem permanecer estocados até a sua utilização,
compensando o prejuízo potencialmente gerado pela sua falta.

Classe X - Materiais de aplicação não importante. Criticidade baixa. Falta não acarreta paralisação do processo. Podem ser facilmente adquiridos ou substituídos por materiais similares da própria organização.

Classe Y - Criticidade média. São importantes para o processo porém podem ser substituídos por outros com relativa facilidade, mesmo não possuindo similares na empresa.

Classe Z - Criticidade máxima. Imprescindíveis ao processo e não podem ser substituídos por
similares. Sua falta provoca a paralisação da produção e/ou fases operativas da organização.

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15
Q

Quais são as etapas de classificação?

A

✓ Catalogação
✓ Simplificação
✓ Especificação
✓ Normalização
✓ Padronização
✓ Codificação

A catalogação nada mais é do que a fase em que o gestor de materiais elabora uma lista completa de todos os itens de materiais que existem no estoque. O fim é enxergar tudo.

A etapa de simplificação procura identificar quais os itens que possuem o mesmo
objetivo no processo produtivo e entregam o mesmo resultado. Identificados itens que se enquadram nesses quesitos a ordem é escolher apenas um deles e deixar de trabalhar com os demais, eliminando duplicidades, custos e complexidade na gestão.

A especificação significa uma minuciosa descrição do material. Também chamada
de identificação, nessa fase os materiais catalogados e simplificados serão descritos de forma detalhada, incluindo seu peso, medida, forma, finalidade e demais atributos.

A normalização refere-se, objetivamente, às normas de utilização de cada item. É importante que a organização estabeleça como cada item deverá ser utilizado ao longo do processo produtivo ou de seu emprego em qualquer outra atividade operacional.

A padronização procura estabelecer padrões idênticos de medidas de peso, formato e outras
correlatas e está diretamente ligada ao processo de simplificação pois, obtida a padronização, um dos seus grandes benefícios é a diminuição do número de itens em estoque, evitando ou minimizando a variedade de itens dentro de uma mesma classe de materiais utilizados para o mesmo fim.

Após percorrida todas essa etapas e considerando que temos um bom processo de classificação disponível, podemos partir para a codificação dos itens, ou seja, representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas de um item por meio de números e/ou letras com base em toda a classificação recém obtida do material. Nesse cenário cada item terá seu código, permitindo e facilitando o controle, a retirada e a movimentação dos itens na organização. Sabendo qual o código do item qualquer um desses processos se torna completamente objetivo e traz rapidez na identificação e localização dos itens nos armazéns assim como nos controles de volumes e demais controles gerenciais em relação aos estoques disponíveis.

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16
Q

Quais são os objetivos da codificação?

A

✓ Facilitar a comunicação interna e as transações da empresa
✓ Evitar duplicidade de itens em estoque
✓ Permitir gestão eficiente de estoques e compras
✓ Facilitar a padronização dos materiais
✓ Facilitar o controle contábil dos estoques

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17
Q

O que é o ponto ideal e o lote econômico de compra?

A

O LEC busca determinar qual é o lote ideal de compras, capaz de equilibrar os custos de
armazenagem dos materiais com os custos do pedido, minimizando os custos totais.
Lembre-se que os pedidos têm custos e uma das formas de diluir seus custos é fazê-los em
volumes maiores. O ponto ideal (volume de compras que minimiza o custo) está justamente no ponto em que as curvas do custo do pedido e da manutenção de estoque (genericamente são os custos de armazenagem) se tocam. É neste ponto que a curva de custo total (a que está mais acima) tem seu ponto mínimo e, portanto,
é aí que se localiza o Lote Econômico de Compra, ou seja, o volume que deve ser adquirido para minimizar os custos da atividade de compra. Perceba que essa “conta” considera os aspectos matemáticos do caso, mas não é capaz de mensurar, por exemplo, o impacto que a decisão pode ter no cliente (como vimos acima) ou outras variáveis subjetivas.

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18
Q

Para que serve o cadastro de fornecedores?

A

O cadastro de fornecedores tem o objetivo de qualificar e avaliar o desempenho de fornecedores de
materiais e serviços.

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19
Q

Quais são as localizações de área de compra recomendadas para cenários estáveis e instáveis?

A

Em cenários de demandas estáveis e com processos acurados de previsão, não é necessário pagar por estratégias descentralizadas (sim, elas são mais caras pois envolvem mais gente e diferentes locais de
atuação) já que na maioria das vezes as compras são feitas de maneira previsível e controlada e, de preferência, em poucos ou em um único fornecedor com o objetivo de conquistas os ganhos de escala. Assim, a estratégia de centralização é a indicada.

Já em um cenário instável, difícil de ser previsto e no qual o fornecedor precisa ter muita agilidade de resposta para pedidos em diferentes épocas e em diferentes regiões do país ou do mundo, aí sim a estrutura descentralizada funciona muito melhor e acaba compensando seus custos adicionais.

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20
Q

Do que se trata o efeito lubrificante do estoque?

A

Marketing, Vendas e, sobretudo, a área Operacional (fábrica) vão querer sempre estoques mais altos para honrar suas metas internas ou com clientes. Porém, estoque além da conta gera desperdício, custo adicional e impacta negativamente a rentabilidade.
Por outro lado a área Financeira sempre vai recomendar estoques mais baixos. Porém, estoque menor do que o necessário pode acabar e parar a produção ou a prestação do serviço, gerando impacto imediato na receita (vendas) e, de novo, na lucratividade. Veja que o gestor do processo deverá buscar sempre o ponto ótimo entre esses dois extremos e daí
surge o conceito do “efeito lubrificante” dos Estoques, ou seja, não permitir que os diferentes interesses entrem em atrito.

O chamado efeito lubrificante dos estoques é responsável por minimizar os conflitos entre as áreas de vendas e de planejamento e programação da produção. A existência do estoque permite que a empresa continue operando em situações nas quais, por exemplo, a área de vendas comercializou mais do que o esperado ou, por qualquer razão, o planejamento da produção não deu conta do volume necessário de material para que a produção continuasse a todo vapor.
Nesses casos o estoque supre essas lacunas no processo produtivo e permite que a organização
mantenha em funcionamento o seu processo produtivo. Lembre-se ainda que a organização deve minimizar os seus investimentos em estoques pois ele possui diversos custos atrelados a sua aquisição e manutenção, que aumentam de acordo com o seu volume
e custo financeiro. Assim, quanto maior o estoque, maior será o comprometimento e a responsabilidade de cada um dos departamentos envolvidos. Nesse contexto, a área financeira estará sempre buscando minimizar os investimentos em estoques, tendo esta ação como uma de suas metas prioritárias, muitas vezes se opondo aos objetivos de outros departamentos como vendas, marketing e produção, que sempre optarão por estoques mais altos com o intuito de garantir - com a máxima segurança possível - a continuidade do
processo produtivo. Uma das maiores funções do processo de gestão de estoques portanto, será otimizar esse investimento, maximizando o uso dos recursos financeiros e reduzindo as necessidades do capital investido.

Observando a tabela acima, entenda que uma das maiores funções do estoque é conciliar
esses objetivos conflitantes, sem prejudicar a atividade operacional da empresa, minimizando seus custos e praticando a política de estoque da forma como foi previamente definida, levando em consideração os ajustes necessários devido a eventuais variações do cenário.

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21
Q

O que é o estoque?

A

Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a
permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade das atividades da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão.

Note na definição que o estoque só existe pois não há a possibilidade de prever com exatidão a
demanda (consumo do material ao longo de toda a cadeia). Não só é difícil prever a demanda como a reposição também pode apresentar problemas, seja com o fornecedor ou qualquer outro obstáculo, aumentando ainda mais a necessidade da existência de estoques para permitir a manutenção da operação
da organização.

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22
Q

Qual é a função do Nível de Serviço?

A

O Nível de Serviço apontará qual o % de pedidos será satisfatoriamente atendido dentro
do total de pedidos recebidos, seja por clientes internos ou externos.

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23
Q

Quais são os modos de consumo de materiais

A
  • Projeção: a quantidade consumida no passado ou as tendências passadas permanecerão as
    mesmas, ou seja, se o volume consumido cresceu 10% nos últimos 12 meses, projeta-se que para os próximos 12 meses crescerá novamente 10%. Nesse caso a técnica é essencialmente quantitativa.
  • Explicação: acrescentam-se fatores diversos ao consumo real. Exemplos: variações do PIB, do
    salário mínimo, taxas de crescimento ou desemprego etc. Usa técnicas quantitativas no
    cálculo da demanda, inclusive recursos como regressão e correlação.
  • Predileção: emprego de técnicas qualitativas como a opinião de funcionários, especialistas,
    analistas ou consultores. Com base nessas percepções de mercados e de tendências faz-se o cálculo da demanda
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24
Q

Do que se trata a curva dente de serra?

A

Os níveis de estoque são costumeiramente representados pela chamada curva “dente de serra”. Nesse tipo de representação temos todas as informações sobre a movimentação dos materiais em estoque (tanto entradas como saídas).

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25
Q

O que é o estoque se segurança ou estoque mínimo?

A

O principal objetivo de um sistema de gestão de estoques é otimizar o seu volume por meio de parâmetros de ressuprimento que procuram manter os seus níveis constantemente
ajustados e respeitando as variações do consumo, dos prazos de reposição, da importância operacional e do
valor de cada material. Dentro desse contexto, além de otimizar o volume do estoque o modelo também deve minimizar a chance de ruptura do estoque, não o deixando chegar ao nível zero e paralisando a atividade operacional da
organização, havendo sempre uma reserva calculada que permita à empresa manter sua produção ativa. Essa reserva, o chamado estoque de segurança, aparentemente um excesso necessário de material previamente calculado, forma um lastro de emergência que será utilizado após o estoque atingir o seu ponto
mínimo.

Quantidade mínima possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento (ou tempo de reposição) superior ao programado ou um consumo desproporcional (aumento inesperado da demanda, por exemplo). Ao ser atingido pelo estoque em declínio, indica condição crítica do estoque real e exige ação imediata para
impedir a ruptura. Também é denominado estoque de armazenamento, intermediário, de reserva, isolador, regulador ou de flutuação.

Seu volume é calculado em função do nível de atendimento fixado pela empresa, em função da
importância operacional e do valor do material em questão, além dos desvios entre os consumos estimados e realizados e o prazo médio de reposição.

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26
Q

O que é o estoque virtual?

A

É o estoque real acrescido das quantidades de encomendas em andamento, sejam os fornecimentos em atraso, os dentro do prazo mas ainda não entregues e os entregues porém ainda em inspeção.

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27
Q

O que é o estoque de tamanho do lote?

A

Composto por itens comprados ou fabricados em quantidades maiores que o necessário. Ocorre pela busca de vantagens em função dos descontos de volume e redução de despesas como transporte e outras relacionadas. Também é chamado de estoque de ciclo.

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28
Q

Qual é a diferença entre estoque de antecipação e estoque hedge?

A

Estoques de antecipação são criados antecipando-se uma demanda futura como, por exemplo, uma época de pico de vendas
(sazonalidade), um programa de promoções, férias coletivas ou ameaça de greve, etc. Procuram auxiliar o nivelamento da produção.

Estoque hedge envolve produtos que possam sofrer bruscas variações de preço de acordo com a oferta e demanda mundiais. Para se precaver em relação à flutuação de preços (aumento) a organização pode antecipar as
compras de determinado material adquirindo o chamado estoque hedge.

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29
Q

O que são os custos de carregamento?

A

Em relação aos custos de armazenamento (chamados também de custos de carregamento ou carrying costs, em inglês), eles são proporcionais a quantidade e ao tempo que um material permanece em estoque. Em linhas gerais podem ser agrupados nas seguintes modalidades:

✓ Custos de capital (juros e depreciação)
✓ Custos com pessoal (salários, encargos sociais)
✓ Custos com edificação (aluguéis, impostos, luz, conservação)
✓ Custos de manutenção (deterioração, obsolescência, equipamento)

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30
Q

No que tange ao controle de estoque, como funciona o sistema de reposição contínua?

A

A principal característica do sistema de reposição contínua é que o estoque é reposto quando um nível pré-determinado de estoque é atingido. É um sistema de gatilho que dispara ao se chegar a um mínimo estipulado. Ele ainda se divide em dois métodos: sistema de “duas gavetas” e de máximos e mínimos.

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31
Q

Como funciona o sistema de duas gavetas?

A

Sistema de “duas gavetas” ou de reposição por quantidade: pode ser considerado os sistema
mais simples de reposição de estoques e, por isso, é recomendado para os itens da Classe C.
Nesse sistema temos em uma gaveta (caixa ou qualquer outro compartimento) um nível de
estoque para suprir o abastecimento durante o período combinado. Tão logo esse material
se esgote a primeira gaveta é abastecida com materiais provenientes da segunda gaveta, que
armazena todo o volume estocado do item e é disparado um pedido de reposição. Indicado
para pequenos comércios varejistas, reduz ao máximo o processo burocrático de reposição
de material.

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32
Q

Como funciona o sistema de máximos e mínimos?

A

Sistema de máximos e mínimos (também chamado de sistema de quantidades fixas): nessa metodologia o sistema de reposição é automático. Tem-se um volume de estoques mais um estoque de segurança. Tão logo o nível de segurança é atingido deve ser recebido um novo lote de material, evitando o consumo do estoque mínimo (ou de segurança). A data correta de compra para que se verifique essa situação é o ponto do pedido. Esse volume de segurança serve como um colchão e suporta as demandas da organização enquanto a nova remessa de material não é entregue. Abrange os itens das classes A, B e C, é razoavelmente automatizado e permite a utilização da metodologia do Lote Econômico de Compras.

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33
Q

No que tange ao controle de estoque, como funciona o sistema de reposição periódica?

A

No sistema de revisão periódica teoricamente não há preocupação com o estoque mínimo para a definição do momento da compra e por isso ele também é conhecido como sistema de estoque máximo. Nesse sistema o material é reposto periodicamente em ciclos iguais de tempos e na quantidade que será
demandada no período seguinte.

O processo de reabastecimento é feito em períodos pré-estabelecidos, independentemente do nível em que se encontra. A cada período é checado o volume faltante para se atingir o estoque máximo (demanda prevista para o período seguinte) e esse volume é completado. É como ir ao posto de gasolina todos os domingos e encher o tanque, independentemente de quanto foi consumido ao longo da semana, considerando que você imagina que vai consumir um tanque inteiro de combustível até o domingo seguinte.

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34
Q

O que é o MRP?

A

O MRP é um dos sistemas de planejamento e controle de materiais mais usados atualmente.
É um sistema que estabelece uma série de procedimentos, regras e critérios de modo a atender as necessidades de produção numa sequência de tempo logicamente determinada pra cada item componente do produto final. O sistema é capaz de planejar diferentes necessidades de materiais a cada alteração sofrida pelo programa de produção, pelos registros de inventários ou mesmo pela composição de produtos acabados. Dessa forma pode ser considerado um sistema que se propõe a definir as quantidades necessárias e o tempo exato para utilização dos materiais na fabricação dos respectivos produtos finais.

O processo inicia-se pela informação de quando e, especialmente quanto, o usuário pretende
consumir. Com base nessa informação o sistema espalha os dados para cada um dos itens componentes do produto final e o processamento é iniciado. O principal elemento do MRP é o seu Programa Mestre de Produção (ou PMP). Este programa baseia-se na carteira de pedidos dos clientes e nas previsões de demanda. É responsável por orientar todo
o sistema MRP, trazendo todas as informações sobre o produto final, ou seja, quais os componentes e quando serão agregados ou transformados no produto final que se pretende produzir.

O MRP é tipicamente um método de “empurrar” os estoques, ou seja, programa a produção,
independente de sua comercialização prévia (ao contrário de métodos como o Just in Time e o Kanban, que estudaremos mais adiante).
Outra característica marcante do MRP é sua rápida adaptabilidade à mudanças na composição do produto final. Tão logo o produto varie, suas partes e componentes são recalculados e replanejados ao longo
do processo.

Vantagens:
- manutenção de níveis razoáveis de estoques de segurança
- minimização ou eliminação de inventários
- identificação de problemas ao longo do processo
- programação da produção baseada na previsão de vendas ou demanda real
- adequação à produção por lotes

Desvantagens:
- altos preços do software e do treinamento necessário
- não incorporação dos custos de pedidos e transportes que tendem a crescer com a
diminuição média dos estoques (lotes menores, mais pedidos)
- pouca sensibilidade as variações de demanda no curto prazo
- complexidade na operação do sistema

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35
Q

O que é o inventário?

A

Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques
nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade,

Os inventários ocorrem sempre que é necessário contar os itens de um almoxarifado. Com a realização do inventário é possível ter certeza que os sistemas em uso na empresa, inclusive o contábil, está refletindo a realidade do estoque físico. Ao longo do inventário os itens são checados e contados fisicamente para que se possa quantificar o estoque como um todo.

Em relação a sua operacionalização, o inventário geralmente é feito por duas equipes: a primeira
conta e a segunda reconta. Caso encontrem as mesmas quantidades a atividade está terminada, caso contrário uma terceira equipe deverá efetuar nova e definitiva contagem.

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36
Q

Quais são as fases do inventário?

A
  • Levantamento: coleta de dados sobre o patrimônio, tanto no meio físico como no contábil.
  • Arrolamento: registros das características e volumes apurados no levantamento. Pode ser
    resumido (sintético) ou individualizado (analítico).
  • Avaliação: atribuição de valor aos bens, partindo da dimensão física para a dimensão
    financeira da questão.
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37
Q

O que é a relação de carga?

A

Nos casos em que o valor do material for muito baixo, com o custo de controle maior que o risco
representado pela perda, o órgão poderá controlá-lo com simples relação de material, também chamada de relação de carga.

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38
Q

O que fazer quando o bem móvel tiver valor de custo ou aquisição desconhecidos?

A

Quando o bem móvel tiver valor de custo ou aquisição desconhecidos será avaliado
levando-se em conta o valor de mercado de outro semelhante e com mesmo estado de conservação.

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39
Q

Quais são os princípios do inventário?

A
  • Instantaneidade: determina-se o momento (dia e hora) para sua realização. O resultado é uma fotografia daquele momento.
  • Oportunidade: seu tempo de execução deve ser o menor possível. Quanto mais tempo de
    realização, menor a precisão. Para isso, no momento definido para a realização (geralmente
    um dia), a empresa não deve movimentar materiais ou produtos acabados (vendas,
    recebimentos, transportes, etc.). Esse é o chamado Cut-Off, que minimiza as chances de
    contar algo em duplicidade ou deixar de contar algum item.
  • Especificação: define a forma como os elementos serão classificados e agrupados, dentro da mesma espécie.
  • Homogeneidade: escolhe denominador comum (em geral a moeda corrente) contra o qual todos os itens serão comparados ou valorados.
  • Integridade: todos os elementos patrimoniais compreendidos pelo escopo da atividade
    devem ser incluídos.
  • Uniformidade: permite a comparação dos inventários período após período, adotando as
    mesmas normas e estruturações ao longo do tempo.
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40
Q

O que é o sistema kardex?

A

O fichário de estoque – também denominado banco de dados sobre materiais – é um conjunto de documentos e informações que servem para informar, analisar e controlar os estoques de materiais. Quando o fichário de estoque ocupa um arquivo normal, o seu processamento é manual. Quando se utiliza o processamento de dados com a ajuda de computador ou microcomputador, tem-se um banco de
dados. Mesmo com toda a possibilidade de informatização do processo, ainda há organizações que mantém seus registros de estoques em fichas e que processam pedidos e análises de inventário manualmente.
O elemento chave desse sistema manual, ou sistema Kardex - como é normalmente chamado -, é a ficha ou cartão de registro de estoques, que compõem um fichário de estoques.
O fichário de estoque é composto por um conjunto de fichas de estoque ou planilhas de estoque. Cada empresa define o tipo de ficha de estoque mais apropriado as suas necessidades e ao grua de sofisticação pretendido em seu processamento. De acordo com Ronald Ballou, “a maioria das informações necessárias para controlar o item estão contidas nessas fichas”, que devem registrar cada transação de venda ou entrega de reposição, assim como
os saldos de estoque.

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41
Q

Quais são os indicadores de estoque mais usados?

A

Giro de Estoques, a Cobertura de Estoques e o
Estoque Médio.

O Giro de Estoque (ou Rotatividade) é uma relação existente entre o consumo anual e o estoque médio do produto. Mede quantas vezes, em um determinado período, o estoque da empresa foi movimentado ou removido, ou seja, quantas vezes ele “girou”. quanto maior o giro, mais eficiente é a empresa em sua gestão de estoques. Uma das grandes utilidades do índice de rotatividade do estoque (Giro) é que ele pode ser usado como um parâmetro para a comparação de estoques entre empresas do mesmo ramo de atividade ou entre classes de materiais em estoque, bastando-se para isso determinar taxas de rotatividade adequadas e compará-las as diferentes taxas analisadas.

Enquanto o Giro indica quantas vezes o estoque rodou no ano, o Antigiro (taxa de cobertura) indica quantos meses de consumo equivalem
ao estoque real ou ao estoque médio.

Por fim, o Estoque Médio é um parâmetro útil que resume as transações de entradas e saídas de determinado item de estoque.

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42
Q

O que é o Método PEPS (FIFO)?

A

É um método de avaliação de estoque conhecido como “Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair” ou “First In, First Out”.

A avaliação feita por esse método se baseia na ordem cronológica das entradas. Sai do armazém em primeiro lugar justamente aquele material que entrou primeiro lugar, tendo dessa forma o seu custo real aplicado no cálculo.

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43
Q

O que é o método UEPS (LIFO)?

A

É o método de avaliação de estoque conhecido como o “Último a Entrar, Primeiro a Sair” ou “Last In, First Out”. Você vai notar que a lógica é exatamente a contrária do PEPS/FIFO. Esse método de avaliação considera que devem em primeiro lugar sair os itens que deram entrada no estoque mais recentemente, ou seja, os últimos que entraram. Isso faz com que o saldo seja sempre avaliado ao preço das últimas entradas, uniformizando o preço dos produtos em estoque para vendas no mercado consumidor, sendo por isso o método indicado para períodos inflacionários.

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44
Q

Quais são as perguntas fundamentais do controle de estoque?

A
  • Qual é a importância do item do estoque?
  • Como os itens são controlados?
  • Quantas unidades devem ser pedidas de cada vez?
  • Quando um pedido deve ser emitido?

As duas primeiras perguntas são respondidas usando a Curva ABC.

O volume dos pedidos pode ser analisado com o uso do LEC (Lote Econômico de Compras).

O momento do pedido possui seu cálculo próprio, que determina o ponto exato do pedido levando em conta as taxas de consumo, o tempo médio de entrega e o estoque de segurança.

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45
Q

Quais são as duas regras gerais da abordagem ABC?

A
  • Manter estoques dos itens de baixo valor: Os chamados itens da Classe C, representam algo em torno de 5% do valor total do estoque. Dessa forma, manter estoques extras desses itens acrescenta pouco ao valor total do estoque. Em função disso, costumeiramente possuem sempre estoques disponíveis, evitando problemas maiores como a paralisação da produção em função da falta de estoques de item de muito baixo valor.
  • Reduzir os estoques dos itens de alto valor: como apenas 20% dos itens representam 80% do valor total dos estoques, manter altos estoques desta classe de produto representa custos muito altos que, portanto, devem ser trabalhados no detalhe pelo gestor de materiais, visando seu suprimento devido sem excesso de capital investido em estoques.
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46
Q

No que consiste o sistema just in time?

A

O sistema Just in Time (ou JIT ou mesmo “sistema Toyota”) consiste em produzir somente o que já tem demanda assegurada. É popularmente conhecido por aquele sistema em que a demanda “puxa” a produção (ao contrário dos sistemas que vimos até agora, inclusive o MRP), ou seja, a fábrica apenas se mobiliza, planeja e produz aquilo que o mercado está demandando.

A ideia surgiu no Japão nos anos 70 e foi assimilada no mundo ocidental ao longo da década de 80, trazendo a meta do “estoque zero”. O JIT é comumente associado a expressões (que aparecem muito em
provas!) como “produção sem estoques”, “eliminação do desperdício”, “melhora contínua de processos”, etc.

Para funcionar dessa maneira é necessária grande integração do cliente com seus fornecedores, que devem ser verdadeiros parceiros e membros ativos da cadeia produtiva. As entregas devem ser diárias e de
acordo com o que vai ser produzido (e é demandado pelo mercado).

Dessa forma todo o material entregue é empregado imediatamente na produção e não
há estoque!

Veja que nesse sistema não só é importante como passa a ser crítica a entrega do volume correto, no momento adequado e na qualidade desejada para que a produção possa atender imediatamente a demanda colocada.

Fábrica e fornecedor devem estar 100% alinhados em relação à demanda do mercado, prazos de entrega, condições de pagamento e demais variáveis visto que não há tempo para rediscutir condições de compra e venda ao longo do processo que não admite qualquer falha. Justamente por isso, é um conceito
teórico, que tem suas dificuldades de implementação, mas é cobrado assim em prova.

Principais objetivos:

  • minimização dos prazos de fabricação
  • manutenção de inventários mínimos
  • flexibilização da produção com redução do tempo de preparação de máquinas
  • redução ao mínimo do tamanho dos lotes
  • produção “puxada” e não empurrada

Desvantagens:

  • dificuldades geradas pela variação da demanda
  • aumento de riscos de interrupção da produção em função de eventuais quebras de estoques
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47
Q

No que consiste o sistema kanban?

A

O Kanban também é um sistema japonês de gestão de estoques que consiste na utilização de cartões pelos integrantes da linha de produção. É considerada uma ferramenta com a mesma filosofia do sistema Just in Time portanto tem a velocidade do abastecimento também influenciada pela demanda real de produção. Atenção pois não é um sinônimo do JIT, mas sim um instrumento que utiliza como filosofia os
conceitos do JIT.

Assim que é notada a falta de material em alguma parte da cadeia de produção uma placa/cartão é levantado, indicando que este setor precisa ser reabastecido. Os postos de trabalho anteriores a este na linha de produção entregam ao posto solicitante o material, impedindo que a produção pare por falta de
material.

Vantagens:

  • Sistemas de ordenamento de compras e produção em tempo real.
  • Responsabilidade de emissão de ordens de compra para a própria linha de produção.
  • Abordagem prática e redução de burocracia ao mínimo possível.
  • Possui tendência constante (não varia de forma uniforme nem para cima e nem para baixo).

Reforçando os conceitos do JIT, o sistema Kanban aumenta a flexibilidade da manufatura, criando melhores condições de reação à produção variada, respeitando-se a mesma capacidade instalada, além de estimular o desenvolvimento da automação localizada em pequenos aperfeiçoamentos alcançados a custos baixos.

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48
Q

O que é almoxarifado?

A

Local destinado à fiel guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não,
adequado a sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada
item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e
disposição interna condicionados à política geral de estoques da empresa.

Como alguns de seus maiores objetivos, o almoxarifado procura eliminar divergências de inventário e perdas de qualquer natureza, minimizando o desperdício e a ineficiência.

Dessa forma o almoxarifado deve dispor das condições adequadas para assegurar tudo aquilo que já conhecemos como o mantra da Administração de Materiais, ou seja, o material na quantidade desejada, no local correto e no tempo preciso, tudo com base nas técnicas de armazenagem e movimentação adotadas.

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49
Q

Quais são os objetivos do almoxarifado?

A

Os grandes objetivos da gestão de um almoxarifado são reduzir os custos de armazenamento (Evitar perdas e roubos; Reduzir obsolescência de materiais; Maximizar uso do espaço disponível; Minimizar movimentações desnecessárias) e
aumentar o nível de serviço aos clientes (tanto internos quanto, eventual e indiretamente, externos) (entregar os itens demandados no
momento correto, no volume
combinado, com a qualidade
necessária e no local exato).

50
Q

Quais atividades fazem parte da gestão do almoxarifado?

A

Recebimento dos materiais; Estocagem / Armazenagem dos materiais; Movimentação física dos materiais; Expedição dos materiais.

51
Q

Qual é o fluxo percorrido pelos materiais?

A

As atividades começam com o recebimento (que envolve toda a verificação e respectivas
conferências), passa pela armazenagem e termina nas atividades de expedição e distribuição, final do processo pelo qual o almoxarifado é responsável.

52
Q

Como ganhar eficiência no almoxarifado?

A
  • Redução de distâncias internas percorridas pela carga (veremos isso mais a fundo em
    Layout e Movimentação).
  • Aumento do tamanho médio das unidades armazenadas.
  • Melhor utilização da capacidade volumétrica
53
Q

O que é a nota fiscal?

A

É um documento emitido pelo vendedor, no qual notifica ao fisco os respectivos impostos que deverão ser recolhidos em relação à transação: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Serve também como documento que acompanha o transporte da mercadoria do fornecedor até a sua entrega no destinatário.
A nota fiscal não tem valor como instrumento de cobrança e, por isso, há a necessidade de
estudarmos outros documentos como a Fatura, a Duplicata e a Nota Fiscal Fatura.

54
Q

Qual a diferença entre fatura, duplicata e nota fiscal fatura?

A

FATURA
Nas vendas a prazo o vendedor deve emitir uma fatura que, com base no valor da nota fiscal, conterá dados adicionais como prazos e valores das parcelas de cobrança e respectivo banco. A fatura não é título hábil para cobrança, como a duplicata.

DUPLICATA
É uma cópia da fatura quando se tratar de cobrança única. Caso a fatura possua mais de
um pagamento, teremos tantas duplicatas quanto o número de parcelas (valores parciais).
A duplicata por sua vez é um título de crédito cuja quitação comprova a liquidação da
obrigação. É emitida pelo vendedor contra o comprador.

NOTA FISCAL FATURA
Algumas empresas aglutinam todas as faturas em uma única peça, a nota fiscal fatura,
fazendo a cobrança por intermédio de duplicatas.

55
Q

Como funciona o processo de entrada dos materiais?

A

O processo de entrada dos materiais acontece em dois locais distintos: a portaria e o almoxarifado.
Vejamos:

PORTARIA
Na portaria da organização o foco da checagem é a documentação. Nessa checagem inicial verificase: autorização da compra, cumprimento do prazo de entrega, correspondência entre o documento de compra e a nota fiscal e cadastramento de informações.

Feita essa checagem inicial, o material deve ser encaminhado para entrada no almoxarifado (caso tudo esteja em ordem) ou recusado (caso a compra não esteja autorizada ou entregue fora do prazo, neste caso incluindo-se observação no verso da nota fiscal).

ALMOXARIFADO
No almoxarifado o foco da conferência passa a ser a própria mercadoria, inicialmente confrontando se a nota fiscal do fornecedor com os registros de compras, checando a adequação entre as duas fontes de dados.

Nesta primeira checagem não só os volumes são primariamente conferidos como as condições das embalagens e da carga em geral. É nessa primeira avaliação na entrada do almoxarifado que diferentes tipos de violações ou avarias
nas embalagens (sinais de quebras, umidade, amassados ou outros danos) são detectados e registrados no verso da nota fiscal para futuro ressarcimento ou mesmo resultando em recusa do recebimento.

Finalizada esta etapa, o transportador é encaminhado à descarga em espaço reservado de acordo com o layout do almoxarifado e dispensado ou, no caso de recusa, retorna ao fornecedor com a carga devolvida em função de divergências apuradas ao longo do processo de entrada de materiais.

56
Q

Do que se trata a técnica da contagem cega?

A

A conferência quantitativa nada mais é do que uma checagem entre as quantidades contratadas e as efetivamente recebidas.
Geralmente utiliza-se a técnica da contagem cega, na qual um funcionário conferente que não sabe qual o real volume adquirido faz a contagem e informa o volume apurado para que seja feita a confrontação do recebido em relação ao que foi faturado.

57
Q

Do que se trata a inspeção técnica?

A

A conferência qualitativa visa checar e garantir a adequação do material adquirido ao fim a que se destina. Esta etapa é também conhecida por Inspeção Técnica e visa confrontar as condições contratadas com as de fato entregues, examinando especialmente as seguintes variáveis: Características dimensionais; Características específicas; Restrições de especificações.

58
Q

Quais são as quatro grandes etapas do processo de recebimento?

A

Entrada de materiais; conferência quantitativa; conferência qualitativa; regularização.

59
Q

O que é o pallet?

A

A carga unitária ou unitização é a carga constituída de embalagens de transporte, arranjadas ou acondicionadas de modo
que possibilite o seu manuseio, transporte e armazenagem por meios mecânicos, como
uma unidade.

A unitização da carga permite a maximização da utilização dos equipamentos de transporte,
sobretudo as paleteiras e empilhadeiras.
O mais conhecido dispositivo que permite a formação da carga unitária é o pallet, que consiste em um estrado geralmente de madeira de dimensões diversas, de acordo com as necessidades da empresa e sobre o qual as mercadorias são depositadas.

60
Q

Quais são as outras formas de se obter carga unitária?

A

O pallet, porém, não é a única forma de obter as cargas unitárias. Existem também recipientes de
coleta como as caçambas, indicadas especialmente para o manuseio de peças a granel, containers tradicionais e flexíveis, além de racks e berços metálicos. Temos ainda o processo de pré-lingagem, que consiste no acondicionamento da carga em redes especiais de nylon ou corda, de forma a proporcionar fácil
manuseio por guindastes, permitindo o aumento da velocidade de carregamento e descarregamento.

61
Q

Quais tipos de embalagens não são recomendadas para a paletização?

A

As caixas de formato cúbico não são as mais indicadas para esse processo por não permitirem “encaixes” que dão maior suporte e resistência à pilha, dificultando a sua arrumação sobre o pallet e o seu empilhamento com segurança. Embalagens em forma de cone, cilíndricas ou qualquer forma não usual também não são indicadas pois dificultam a arrumação e equilíbrio do pallet. Outros tipos de embalagem também não são indicados para paletização como embalagens fracas (que não permitam empilhamento), demasiadamente cheias, mal identificadas, entre outras.

62
Q

Quais são as vantagens e desvantagens do pallet?

A

Vantagens:
- Maior densidade de carga no armazenamento.
- Padronização e automação dos sistemas de
recebimento e fornecimento de materiais.
- Redução nos custos de manuseio e manutenção.
- Redução no tempo de carga e descarga.
- Melhoria na utilização de espaços verticais, aumentando a capacidade de armazenamento.
- Compatibilidade com todos os meios de transporte. Pesos dos pallets.

Desvantagens:
- Pouco eficiente para materiais de baixo giro.
- Dependência de equipamentos especiais para sua movimentação, como as empilhadeiras.
- Alto investimento nos equipamentos para o seu manuseio.
- Custo operacional elevado no caso de baixa vida útil dos pallets (ataque de pragas nos de madeira, por exemplo).
- Dificuldade na utilização de embalagens não
padronizadas ou pouco resistentes.
- Pesos dos pallets.

63
Q

Quais são as estruturas de porta pallets?

A
  • Estrutura Drive-In: proporciona a melhor solução para o aproveitamento do espaço. Trata-se de um porta pallet contínuo, não separado por corredores intermediários, ou seja, os materiais são acomodados e retirados pelo mesmo lado. Dessa forma, aqueles que foram colocados por último são os mais fáceis de serem retirados e, por isso, é uma estrutura que favorece o método UEPS ou LIFO.
    Por ter esta limitação, é indicado para grande quantidade porém, pequena variedade de itens pois, imagine se for necessário retirar um pallet que está atrás de diversos outros e que não pode ser acessado pelo outro lado. Todos os que estão à frente dele deverão ser movimentados. Como grande vantagem permite um excelente aproveitamento da área disponível.
  • Estrutura Drive Through: o sistema tem como grande diferença a acessibilidade pelos 2 lados,
    admitindo a utilização tanto do sistema UEPS (LIFO) como do PEPS (FIFO), visto que a empilhadeira pode colocar e retirar os pallets pelos 2 lados da estrutura. As vantagens e desvantagens são exatamente as inversas do sistema Drive In. Enquanto, desta vez, a
    ocupação do espaço disponível à armazenagem sofre algumas limitações em função da necessidade de manutenção de corredores adicionais, a retirada e movimentação de mercadorias é muito mais fácil, podendo o sistema ser usado inclusive por portfólios que possuem grande número de itens, ao contrário da realidade trazido pelo sistema Drive In.
64
Q

Quais são as técnicas de armazenamento?

A

Carga Unitária (ou unitizada): esta já estudamos. É a mais cobrada em provas e você precisa memorizar. É a carga constituída de embalagens de transporte que acondicionam
quantidades variadas de material como se fossem uma só unidade, facilitando seu
manuseio, transporte e o próprio armazenamento. Em resumo é a técnica que permite reunir inúmeros itens em uma única embalagem ou volume.

Caixas ou gavetas: técnica utilizada para materiais de pequenas dimensões, de escritório,
em processamento, semi acabados ou acabados. Os tamanhos das caixas e gavetas devem variar em função dos materiais que serão armazenados

Prateleiras: Servem para a armazenagem de materiais diversos ou mesmo para o apoio de
caixas e gavetas. É o meio de estocagem mais simples e econômico e também deve variar
conforme a atividade e a natureza do material estocado.

Racks: Devem acomodar peças longas e estreitas como tubos, barras, tiras, etc.

Empilhamento: Aproveita o espaço vertical. Caixas ou pallets (estrados que possibilitam o
empilhamento das cargas) são empilhados uns sobre os outros.

65
Q

O que é o picking?

A

Picking é exatamente o processo de recolhimento do material no almoxarifado sempre que o mesmo material é requerido por um cliente, seja ele interno ou externo. O picking geralmente é planejado levando-se em conta o número de pessoas envolvidas, o número de itens manipulados de uma só vez e o processo de separação de pedidos.

Picking Discreto: um único operador inicia e finaliza o processo e apenas um único produto
é coletado por vez. Baixo índice de erro e baixa complexidade. Baixa produtividade em
função do deslocamento do operador.

Picking por Zona: a área de armazenagem é dividida em zonas e cada operador é
responsável por determinada zona. Nesse cenário cada operador coleta os itens da “sua
zona” e remete a outra área para consolidação. Geralmente mais de um operador está
envolvido no processo. Reduz o deslocamento dos operadores.

Picking por Lote: pedidos são acumulados e juntam-se às quantidades totais de cada
produto. A partir daí o operador vai até a área de estocagem para coletar a soma dos
pedidos (mais de um produto por vez). Aumenta a produtividade no deslocamento do
operador. Aumenta o risco de erro pela sua complexidade.

Picking por Onda: semelhante ao modelo Discreto. Cada operador é responsável
pelo picking de um tipo de produto por vez. Pode também ser combinado com os modelos
de separação por zona e por lote. Trabalha com um número diferenciado de
agendamentos de pedidos por turno.

66
Q

O que é o layout de armazenagem?

A

É a integração do fluxo típico de materiais, da operação dos equipamentos de
movimentação, combinado com as características que conferem maior produtividade ao elemento humano; isto para que a armazenagem de determinado produto se processe dentro do padrão máximo de economia e rendimento.

São objetivos do layout:

  • Assegurar a utilização máxima do espaço.
  • Propiciar a mais eficiente movimentação de materiais.
  • Propiciar a estocagem mais econômica, em relação às despesas de equipamento,
    espaço, danos de material e mão de obra do armazém.
  • Fazer do armazém um modelo de boa organização.
67
Q

O que são paleteiras (ou carro pallet)?

A

Paleteiras (ou carro pallet): braços metálicos em forma de garfo recolhem os pallets, elevam a carga e permitem o seu transporte. Podem ser manuais ou motorizadas. Abaixo um exemplo de paleteira manual.

68
Q

O que são empilhadeiras?

A

Empilhadeiras: quando há a necessidade de empilhar a carga, além de transportá-la, deve ser usada a empilhadeira, que é um carro de elevação por garfos, motorizado e em condições de operar a média distância. Conseguem recolher os pallets por meio dos garfos frontais e os elevam à altura requerida para o empilhamento.

69
Q

Qual é a diferença entre intermodalidade e multimodalidade?

A

Tanto a multimodalidade como a intermodalidade são operações que se realizam pela utilização de mais de um modal de transporte, ou seja, transportar uma mercadoria do seu ponto de origem até a entrega no destino final por modalidades diferentes.

Porém cada método tem características distintas:

Intermodalidade - emissão individual de documento de transporte para cada modal, bem
como pela divisão de responsabilidade entre os transportadores.

Multimodalidade - emissão de apenas um documento de transporte, cobrindo o trajeto
total da carga, do seu ponto de origem até o ponto de destino.

70
Q

Quais são as características do transporte terrestre rodoviário?

A

O rodoviário é o modal mais flexível e com maiores facilidades de movimentação. Não possui barreiras geográficas, podendo ser aplicado dentro ou fora do país. Pode movimentar qualquer produto e,
assim como o ferroviário, é coordenado no Brasil pela Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT.

  • Modal mais flexível. Caminhão pode entrar ou sair do depósito da empresa e chegar
    até ao cliente diretamente. É o chamado transporte porta a porta ou “door to door
    (D2D)”.
  • Custos operacionais elevados. Cada veículo leva quantidade limitada de carga e
    requer um motorista e, as vezes, um ajudante.
  • Dependência da infraestrutura disponível e impacto nos custos: condição das
    estradas, pagamento de pedágios, combustíveis, riscos de assaltos e roubos, etc.
  • Destinado a volumes menores ou cargas com prazos de entrega relativamente
    curtos.
71
Q

Quais são as características do transporte aquaviário?

A

O transporte aquaviário abrange toda movimentação de cargas que utilize meios aquáticos. Divide-se em marítimo, fluvial e lacustre, utilizando-se respectivamente de mares, rios e lagos. O marítimo pode ainda ser dividido em longo curso (diferentes nações, indicado à importação e exportação) e cabotagem (navegação entre portos sem perder a costa de vista). Existe um universo grande de navios para o transporte das mais variadas cargas e todo esse processo é regulado pela ANTAQ, Agência Nacional de Transporte Aquaviário. É o transporte efetuado por meio de navios, barcos, barcaças, etc. Pode ser marítimo, fluvial ou lacustre.

  • Baixo custo unitário. Um dos modais mais baratos.
  • Fator tempo (prazos de entrega) deve ser secundário. Muito lento.
  • Dependente de condições meteorológicas.
  • Destinado a cargas de grandes volumes com longos prazos de entrega.
72
Q

Qual é o modal de transporte mais utilizado no Brasil?

A

No Brasil cerca de 60-70% das mercadorias são transportadas por via rodoviária, fazendo com
que a racionalização desta operação seja vital para a estrutura econômica financeira das
empresas.

Hoje temos praticamente um monopólio do transporte rodoviário no país. Cerca de 70% de toda a carga gerada no país é transportada por este modal, enquanto as ferrovias movimentam cerca de 15%, a cabotagem próximo de 10% e a aviação 1%.

73
Q

Quais são as características do transporte terrestre ferroviário?

A

O transporte ferroviário utiliza a malha ferroviária disponível no país e essa é justamente uma de suas maiores limitações quando comparado ao transporte rodoviário e os milhões de quilômetros de estradas. No transporte ferroviário a tração pode ser elétrica, a diesel ou a vapor e os vagões podem ter várias
estruturas e formatos com o objetivo de abrigar diferentes tipos de cargas sólidas, a granel ou líquidas.

  • Custo reduzido em relação ao rodoviário pelo grande número de vagões de uma única composição.
  • Velocidade homogênea e, geralmente, mais baixa.
  • Traçado pré-fixado (ferrovias), com maior limitação que o deslocamento
    rodoviário.
  • Menor flexibilidade de embarque/desembarque, limitados aos terminais ferroviários.
  • Destinado a cargas de maior volume e grande peso, porém, com prazos de entrega mais amplos.
74
Q

Qual a diferença entre o transporte aquaviário marítimo, lacustre e fluvial?

A
  • Transporte marítimo: realizado por navios a motor e de grande porte. É classificado em diferentes categorias de acordo com sua finalidade como a cabotagem (navegação nacional) e longo curso (internacional). Os navios utilizados para o transporte dos mais diversos tipos de cargas e passageiros têm vários tamanhos e características, de acordo com a necessidade da operação, da carga e dos portos onde atracam.
  • Transporte fluvial: O transporte fluvial é realizado em rios e ainda possui utilização muito pequena no país, considerando o potencial de nossas bacias hidrográficas. O grande volume transportado por esse modal refere-se a produtos agrícolas, minérios, derivados de petróleo, álcool, entre outros.
  • Transporte lacustre: O modal lacustre tem as mesmas características do fluvial, porém o transporte ocorre em lagos. O modal também é muito pouco utilizado no Brasil e não possui participação relevante no cenário nacional de
    transporte de cargas.
75
Q

Quais são as características do transporte aéreo?

A

O transporte aéreo pode ser realizado utilizando-se um espaço na aeronave, para transporte de determinada carga ou o espaço total, como no fretamento de aviões cargueiros, destinados exclusivamente ao transporte de cargas.

  • Maior agilidade.
  • Remessa de cargas de pequeno volume/peso e alto valor.
  • Mercadorias com prioridade de entrega (urgência).
  • Modal mais caro.
  • Indicado para cargas nobres ou locais onde o acesso terrestre (rodoviário e
    ferroviário) seja difícil.
76
Q

Quais são as características do transporte dutoviário?

A

O transporte por meio de dutos ou tubos, só é indicado para certos materiais como, por exemplo, o petróleo e o gás.

  • Elevados investimentos iniciais.
  • Elevado custo de capital.
  • Baixos custos operacionais.
  • Indicado apenas para materiais específicos, ao contrário dos demais modais
77
Q

Quais são as características do transporte intermodal?

A

O transporte intermodal é aquele que requer tráfego misto, ou seja, envolve várias modalidades de transporte. No transporte intermodal parte do percurso é feita através de um meio e, outra parte, por meio de
outro. Geralmente é empregado em situações nas quais se precisa atingir determinadas localidades de difícil acesso ou extrema distância.

Aqui destaca-se a aplicação do planejamento logístico, com o intuito de analisar e definir quais as modalidades mais indicadas em cada situação de acordo com o cenário: cliente, prazos acordados, material a ser transportado, custos, etc.

78
Q

No que tange à distribuição de materiais, quais são os dois tipos de processo de fornecimento?

A
  • Por Pressão: o fornecimento por pressão é de uso facultativo. Nele o material é entregue ao
    usuário mediante tabelas de provisão previamente estabelecidas, nas épocas combinadas, independentemente de qualquer requisição específica ou posterior do usuário. É o tipo de processo de fornecimento geralmente aplicado para materiais de limpeza e conservação, material de expediente de uso rotineiro ou mesmo gêneros alimentícios.
  • Por Requisição: já o fornecimento por requisição é o processo mais comum encontrado no dia a dia das organizações. Nele o material é entregue ao usuário mediante apresentação de requisição de uso, ao contrário do sistema que vimos anteriormente, baseado em tabelas e datas de entrega previamente combinadas.
79
Q

Quais são os diferentes tipos de distribuição física?

A
  • Sistema de vendas próprio: indicado para produções em massa e distribuição acelerada,
    especialmente de bens de consumo ou bens de produção (produtos especializados e
    técnicos), de venda mais difícil.
  • Sistema de vendas de terceiros: produtos conhecidos de vendas no varejo que se “vendem
    sozinhos” e de consumo popular e acelerado. Muitas vezes empresas distribuem produtos de
    outras, desde que não representem concorrência.
  • Agentes e representantes comissionados: produtos de produção mais morosa, ou de luxo.
    Distribuidor é remunerado por comissão e performance está atrelada à margem dos produtos acabados. Perde-se a informação de mercado e da concorrência pois o terceiro não fará esse trabalho justamente porque trabalha para todos ao mesmo tempo.
  • Distribuidores especializados: recomendados para produtos de uso técnico, de transformação, de uso na indústria, maquinarias, etc. Geralmente trabalha com contrato de exclusividade para aquele tipo de produto.
80
Q

Quais são as três estratégias de canais existentes?

A
  • Fabricante -> Cliente: ocorre quando há necessidade de venda sob pressão (novos produtos); aguda concorrência; preferência dos compradores por comprar diretamente do fabricante ou insatisfação com revendedores. Pode ocorrer via correio, entrega a domicílio, loja do fabricante, mala direta, vendedor de caminhão, etc.
  • Fabricante -> Varejista -> Cliente: empregado quando o número de consumidores é elevado
    em relação ao território; os produtos são perecíveis e a distribuição deve ser rápida; preço
    unitário elevado; amplo sortimento; influência da moda, etc.
  • Fabricante -> Atacadista -> Varejista -> Cliente: é o sistema tradicional de distribuição porém,
    poucas vezes usado isoladamente. Aplica-se a bens de conveniência para varejistas independentes e as vezes utiliza-se de agentes e representantes para a empresa sem possibilidades de manter organização própria de vendas.
81
Q

No que consiste o grau de atendimento?

A

Grau de Atendimento = pedidos entregues / pedidos realizados.

Perceba que é natural que a empresa não trabalhe com grau de atendimento de 100%. Pode e deve ser demasiadamente caro. Por exemplo, no segmento de clientes que exige entrega em lugares inóspitos, sem acesso por estradas, o custo de atingir o cliente em prazos as vezes até mesmo extensos, é muito alto.

A empresa pode optar por não atuar nesse mercado ou, atuando, optar por ter um grau de
atendimento mais baixo, ou seja, alguns pedidos ela já reconhece que não vai atender a contento. Faz parte do jogo. Passa a não ser lucrativo atender a todos o tempo todo.

Nesse processo não há certo ou errado. Isso depende do posicionamento mercadológico da
empresa, de suas capacidades e limitações logísticas, de seus objetivos de volume e rentabilidade e assim por diante. Certo é que, na maioria das vezes, o grau de atendimento não será o máximo possível, sendo dosado por essas variáveis que acabamos de listar.

82
Q

Qual o impacto de cada estratégia de canal nos custos da distribuição?

A

Venda direta ao consumidor - é o método mais dispendioso de distribuição pois necessita
da manutenção de uma grande equipe de vendas, realização de inúmeras entregas em
tempos e locais diferentes, alto risco de crédito e emprego de capital circulante, além de
supervisão contínua da equipe de vendas. Caso o fabricante decida vender por intermédio
de lojas próprias também tem custos significativos como a locação/aquisição e preparação dos locais e funcionários que atuarão nas lojas.

Vendas ao varejo (sem atacadistas ou distribuidores intermediários) - o método depende da relação estabelecida com as grandes cadeias de varejo, que representam grandes vantagens de custos para os fabricantes pela centralização e volume de vendas, com baixa complexidade e risco de crédito reduzido porém, duríssimas negociações de preço. Por
outro lado, atender os pequenos varejistas independentes é também muito dispendioso
e complexo pois, semelhante à venda direta ao consumidor, exige um grande corpo de
vendedores, estoques descentralizados para atendimento rápido, facilidade de crédito,
entre outros.

Venda por intermédio de atacadistas e distribuidores - é um método frequente de
distribuição. Nele os varejistas são atendidos pelos intermediários (atacadistas e
distribuidores) que estão entre a indústria fabricante e o varejo. Permite e redução do
pessoal empregado no processo, e do tempo destinado à supervisão dessas equipes.
Porém expõe-se a risco de crédito um pouco maior versus a venda a grandes varejistas e
introduz mais um intermediário na cadeia que, certamente, ficará com uma parte do lucro
gerado ao longo da cadeia.

83
Q

No que consiste o Transportation Management System?

A

Um TMS permite obter o custo mínimo de operação, pois permite visualizar e controlar
todos custos inerentes à gestão de transporte, controlar a qualidade dos serviços
realizados interna e externamente ou por terceiros e estabelecer metas de qualidade
conforme as necessidades. Também aumenta a disponibilidade da frota, prevendo
possíveis problemas que possam ocorrer nas partes mecânica e elétrica do veículo e
informações detalhadas e de fácil acesso que permitem uma rápida tomada de decisão.

A ferramenta de roteirização é responsável por fornecer à organização dados para a escolha do
melhor trajeto (origem/destino) para entrega do produto. É claramente uma forma de buscar a redução de custo ao longo da cadeia logística.
Existem vários modelos de softwares de roteadores disponíveis no mercado para executar esse trabalho de otimização. São instrumentos muito úteis no estudo de localização de depósitos, no controle de
custos operacionais e no planejamento de ampliação ou renovação da frota.

Seu maior objetivo, porém, é a definição de itinerários capazes de reduzir ao mínimo o tempo total do percurso da frota e o número de veículos envolvidos na operação.

Um sistema costumeiramente cobrado em provas e que você precisa conhecer é o TMS
(Transportation Management System ou Sistema de Gerenciamento de Transporte).

Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. Tem como finalidade identificar e controlar os custos inerentes a cada operação, sendo importante identificar e medir os custos de cada elemento existente na cadeia de transporte.
Nesta cadeia não são considerados apenas os veículos e respectivos modais de transportes, mas também a gestão dos recursos humanos e materiais, o controle, programações e rastreamentos de embarque e desembarque das cargas, os custos de manutenção da frota, bem como as diversas tabelas e modalidades de consolidação de fretes existentes (peso, valor, volume) apresentando o modelo que melhor
se ajusta as necessidades e expectativas da organização.

84
Q

O que é o fator de estiva?

A

Fator de Estiva é considerado o volume em metros cúbicos ocupados por uma tonelada
métrica de mercadoria embalada para embarque.

Ou seja, é necessário saber a quantidade de mercadoria que pode ser colocada em um metro cúbico pois isso impacta diretamente o cálculo do frete.

Como o fator de estiva costuma ser calculado em m3 por tonelada, quanto menor o fator de estiva, melhor, pois mais mercadoria vai poder ser colocada no mesmo espaço.

Por exemplo, se uma mercadoria tem fator de estiva de 8m3 por tonelada, isso significa que uma tonelada dessa mercadoria ocupará 8m3 de espaço em um veículo transportador. Por outro lado, outra mercadoria tem o fator de estiva de 25m3/tonelada. Isso significa que para transportar uma tonelada desta outra mercadoria serão necessários 25m3 do veículo transportador, ou seja, para transportar o mesmo peso, será necessário muito mais espaço e, portanto, o custo será maior.

No modal rodoviário, usa-se na maioria das vezes o fator 300, isto significa a adoção da relação de 300kg por metro cúbico.

Uma carreta tem capacidade para 90 metros cúbicos. Se multiplicarmos 300kg por 90
metros cúbicos, temos uma capacidade para carregamento de 27.000kg que passa a ser o
chamado Payload (carga útil) possível de ser transportada.

85
Q

O que é logística?

A

Processo de gestão estratégica da aquisição, movimentação e armazenagem de
materiais, peças e estoques finais (e os fluxos de informação relacionados) por meio da
organização e seus canais de comercialização, de tal forma que as rentabilidades atual e
futura sejam maximizadas através da execução de pedidos, visando custo-benefício.

Em outras palavras a logística nada mais é do que uma visão sistêmica de toda a cadeia de valor, responsável por otimizar custos, garantir prazos e qualidade e entregar os produtos finais conforme o combinado com os clientes

86
Q

Por que o nome cadeia de valor?

A

A cadeia é chamada de “cadeia de valor” ou value chain, ou seja, agrega valor ao produto
final ou serviço ao longo de suas etapas. O que não faz isso deve ser eliminado.

87
Q

Qual é a diferença entre logística direta e logística reversa/inversa?

A

O fluxo de produtos (e/ou
informações) no sentido do produtor para o cliente é a chamada logística direta e quando
o fluxo percorre o sentido contrário, ou seja, do cliente para o produtor, temos a logística
reversa ou inversa.

88
Q

Qual é a diferença entre as atividades logísticas primárias e de apoio?

A

Classificação criada por Ronald Ballou.

Atividades Primárias:
- Transportes, Manutenção de Estoques e Processamento de Pedidos.

Atividades de Apoio:
- Obtenção, Armazenagem, Manutenção de Informações, Programação do Produto,
Manuseio de Materiais e Embalagem de Proteção.

Obs.: O processamento de pedidos nada mais é do que o processo de gestão de compras. A manutenção de estoques de Ronald Ballou é exatamente o que temos chamado de gestão de estoques e, por fim, a atividade primária de transporte está também diretamente relacionada à gestão dos centros de distribuição
que, na verdade é a “saída” do produto acabado da organização transformadora em direção ao cliente que o adquiriu, passando pelos canais e estratégias de distribuição adotados, entre eles Centros de Distribuição e, ao longo de todo o tempo, utilizando-se dos modais de transporte mais apropriados.

  • Processamento de pedido: obtenção e armazenagem.
  • Manutenção de estoque: manutenção de informações e programação do produto.
  • Transporte: manuseio do material e embalagem de proteção.
89
Q

De acordo com Martins e Alt, quais são as três dimensões da logística?

A
  • Dimensão de fluxo: suprimentos, transformação, distribuição e serviço ao cliente. É todo o percurso pelo qual passa o produto ou serviço até que seja entregue ao cliente.
  • Dimensão de atividade: processo operacional, administrativo, de gerenciamento e de
    engenharia. São os processos que acontecem em cada uma das atividades que permitem que o material seja adquirido, transformado, acabado e distribuído ao comprador, ao longo
    de todo o fluxo.
  • Dimensão de domínios: gestão de fluxos, tomada de decisão, gestão de recursos, modelo
    organizacional. São as decisões e a visão gerencial que coordena os processos e o fluxo
    adotado, fazendo tudo funcionar da forma mais eficiente para a organização.
90
Q

O que é a logística sustentável?

A

A Logística Sustentável dessa forma envolve todas as funções e responsabilidades da logística tradicional, no entanto, com um viés voltado para a sustentabilidade. Para isso, implementa ações que visam otimizar o uso dos recursos disponíveis, buscando reduzir o desperdício de insumos, as emissões de
gases poluentes na atmosfera e outras práticas ambientalmente condenáveis.

São tendências de logística sustentável: otimização de rotas, controle de materiais, eficiência dos veículos, logística reversa.

91
Q

Como a logística reversa contribui para o desenvolvimento sustentável?

A

A logística reversa engloba um conjunto de estratégias e práticas com o objetivo de controlar todo o fluxo de materiais envolvendo o setor de logística — desde a produção, passando pela entrega, até chegar ao descarte. Com muito estudo e planejamento, a empresa pode definir que fará o recolhimento do descarte de produtos sensíveis (como pilhas e baterias vendidas por ela mesma, por exemplo), ou seja, o material ao chegar ao final da cadeia percorreria o caminho inverso, retornando ao fabricante.

A logística reversa define o envio do produto desde o seu local de consumo até o ponto adequado da cadeia de suprimento para que seja dado o tratamento adequado aos resíduos (descarte correto ou reciclagem, evitando danos ambientais como vimos em logística sustentável) ou para que algum valor seja gerado novamente ao produto, como nos casos de remanufatura (vasilhames que são lavados e reutilizados,
por exemplo).

Dessa forma a logística reversa está diretamente ligada à reciclagem ou ao reaproveitamento de
materiais. Outras movimentações ao longo da cadeia que também dependem da logística reversa são as devoluções (por danos, estoques sazonais e/ou em consignação, recalls, excesso de estoque, etc.).

92
Q

O que é a Supply Chain Management?

A

O Supply Chain Management ou gestão da cadeia de suprimentos envolve vários atores que temos estudado e que atuam ao longo do processo de gestão de materiais. Estamos falando de fornecedores, produtores, distribuidores e clientes em um processo integrado, no qual compartilham informações e
planos para tornar o canal mais eficiente e competitivo.

O Supply Chain Management é o oposto da visão tradicional em que cada ator do processo se preocupava exclusivamente com o seu cliente direto. Tem como premissa e permite a visualização de todo o processo de geração de valor ao longo da cadeia, desde a chegada da matéria prima até a entrega do produto final ao cliente, tudo de maneira sistêmica e integrada, observando e trabalhando os impactos que cada um dos movimentos na cadeia possa ter também em cada um dos atores e no resultado final de todo o processo.

Trata-se da integração dos processos que formam um determinado negócio, desde os fornecedores originais até o usuário final, proporcionando produtos, serviços e informações que agregam valor para o cliente.

Podemos considerar que o SCM é uma rede de organizações envolvidas em diferentes processos e atividades anteriores que produzem valor sob a forma de produtos e serviços nas mãos do consumidor final. Importante notar que essas organizações geralmente estão dispersas geograficamente mas, mesmo assim, dispõem-se a compartilhar informações e intenções e trabalhar de forma verdadeiramente integrada, em grandes redes virtuais, substituindo o conceito da verticalização, caro e muitas vezes ineficiente. É uma ferramenta estratégica que aumenta a satisfação do cliente e eleva a competitividade da empresa, assim como sua rentabilidade. A gestão de todos esses processos e a integração de todos os atores de forma simultânea, para que o cliente seja bem atendido, é o que denominamos Supply Chain Management.

93
Q

Quais são os principais objetivos da Supply Chain Management?

A

Formação de parcerias;
Compartilhamento de riscos;
Distribuição dos resultados;
Tráfego de informações;
Eliminação de diferenças.

De modo mais genérico podemos dizer que o SCM busca a redução dos custos de
fornecimento, aumento da eficiência e capacidade de produção, diminuição no tempo
total da prestação do serviço ou do fornecimento do produto e, como resultado final, aumento nas margens e no retorno do investimento com base no atendimento das
necessidades e expectativas do cliente final

94
Q

Qual é a dificuldade de adoção da SCM no setor público?

A

Nos órgãos públicos há uma grande dificuldade para a implantação do SCM pois a premissa é que as contratações são realizadas com base na legislação vigente e, na maioria das vezes, estão baseadas em preço ou outras condições estabelecidas pelos editais ou instrumentos de compra utilizados.

Essa condição praticamente afasta a possibilidade da construção de parcerias e dificulta de forma significativa a integração dos atores ao longo da cadeia. Em primeiro lugar não há como buscar a manutenção de relacionamentos de longo prazo com
diferentes atores pois as contratações são sempre baseadas em critérios técnicos e objetivos, independentemente do grau de integração e relacionamento construído com diferentes fornecedores e demais parceiros comerciais.

Além disso, os próprios parceiros (especialmente os fornecedores) têm ciência que o setor público não está diretamente interessado em seu desenvolvimento para que os frutos possam ser colhidos ao longo
do tempo.

Não há essa preocupação específica com o desenvolvimento dos fornecedores pois a contratação é por tempo determinado e com objetivo específico. Esse é mais um ponto que enfraquece a relação entre as partes e dificulta a adoção do SCM.

Características do processo de compras/contratações públicas, tais como impessoalidade e igualdade de condições para todos os concorrentes, podem se apresentar como um entrave para o desenvolvimento de relacionamentos com fornecedores nos quais sejam compartilhados processos, informações e ganhos.

Com todo esse cenário, na administração pública acaba não existindo o chamado “senso de urgência” na busca pela melhora na gestão da cadeia de suprimentos., levando a prestação de serviços à ineficiencia, com desperdícios e custos maiores que o necessário.

Fato é que, mesmo sem poder estender a gestão da cadeia a todos os atores pelos obstáculos que vimos anteriormente, é possível buscar integração com outros órgãos públicos que, conjuntamente, fazem parte de uma única cadeia de prestação de serviços ao cidadão, que deve ser encarado como o cliente final
de todo o processo.

95
Q

Qual é a diferença entre a cadeia a jusante e a montante?

A

A cadeia direta é a que estamos acostumados, a que flui naturalmente dos fornecedores até o
cliente final, passando por todo o processo de compra, estocagem, transformação, distribuição, transporte, até chegar aos clientes finais ou consumidores. É também conhecida por “a jusante” (raro, mas as vezes aparece). É o sentido que normalmente estudamos e que observamos de maneira natural nos processos do dia a dia.

A cadeia reversa, também chamada de logística reversa, justamente inverte o sentido que
estávamos observando até agora. Diz respeito ao fluxo contrário, ou seja, dos clientes até o produtor. Esse termo em geral é usado para descrever o processo de “trazer de volta” os produtos após o final de suas “vidas úteis”, ou mesmo nos casos de recall, reparos ou reutilização. Também chamada de “a montante”
(também raro, mas fique atento).

A logística reversa define o envio do produto desde o seu local de consumo até o ponto adequado da cadeia de suprimento para que seja dado o tratamento adequado aos resíduos (descarte correto ou reciclagem, evitando danos ambientais como vimos em logística sustentável) ou para que algum valor seja gerado novamente ao produto, como nos casos de remanufatura (vasilhames que são lavados e reutilizados, por exemplo).

Dessa forma a logística reversa está diretamente ligada à reciclagem ou ao reaproveitamento de
materiais. Outras movimentações ao longo da cadeia que também dependem da logística reversa são as devoluções (por danos, estoques sazonais e/ou em consignação, recalls, excesso de estoque, etc.).

96
Q

Do que se trata a closed loop supply chain ou economia circular?

A

Por último, a cadeia de ciclo fechado - chamada também de closed loop supply chain ou economia circular - é uma evolução dos dois primeiros conceitos que acabamos de estudar. Neste modelo, tanto a logística direta como a reversa estão integrados e formam um único ciclo, de ida e volta e contínuo.

Esse percurso engloba todo o ciclo de vida do produto e vai da produção ao fornecimento ao
mercado e, na sequência, da coleta pós uso até a sua reciclagem ou reutilização, reinserindo-o no processo produtivo para que volte ao mercado, novamente na forma de produto.
Perceba que é um ciclo contínuo, cujos elos estão todos ligados e formam uma corrente única e sem interrupção. O produto vai até o cliente, é consumido e retorna na forma de resíduo, sobras ou componentes, sendo novamente preparado para que volte ao mercado, dando continuidade ao ciclo e a
cadeia formada.

Esse é o fenômeno denominado closed-loop supply chain ou cadeias de suprimentos de ciclo
fechado, ou seja um “loop” que se retroalimenta o tempo todo e faz com que o processo não tenha início nem fim.

97
Q

O que é o Efeito Forrester ou efeito chicote?

A

O efeito Forrester ou efeito “chicote” é fruto das distorções de demandas de estoque que ocorrem em cadeias não integradas pelo SCM. O efeito é explicado pelo impacto que pequenas variações na demanda final (clientes) acabam causando em toda a cadeia. Este problema, típico de cadeias não integradas, ocorre poque não há o compartilhamento de informações entre os diferentes atores envolvidos.

Imagine que o varejista por alguma razão emite uma ordem de compra 30% maior do que costumava fazer. O distribuidor/atacadista que está acostumado a atendê-lo, sem saber qual a real razão do aumento, amplia também o seu pedido para o fabricante em proporção ainda maior (50%, por exemplo), visando o
atendimento do varejista nos meses subsequentes e desconhecendo que o incremento projetado pelo varejista se deu por um cliente único que avisou que fará uma simples e única compra no mês seguinte.
O fabricante, por sua vez, sem ter a menor ideia do que está acontecendo (já que os atores não se conversam e a informação não flui entre eles), eleva sua produção e dobra o volume de compras de matérias primas junto aos fornecedores.

Perceba que o impacto vai reverberando por toda a cadeia e tende a aumentar conforme vamos avançando por cada um dos parceiros. Quanto mais os atores estão afastados do cliente final, maior o risco de que o efeito se instale e ganhe cada vez maior volume, enquanto vai percorrendo toda a cadeia. Isso
acontece porque cada elo da cadeia só tem informações recebidas do elo seguinte e não se enxerga o ciclo como um todo, não havendo também o necessário compartilhamento de informações.

O resultado final de tal efeito é a formação de grandes volumes de estoques ao longo da
cadeia. Isso obrigará cada um dos atores a tomar medidas que incentivem seu giro,
buscando a redução de custo em função da instalação desnecessária destes altos volumes
de estoques devido à desinformação generalizada ao longo da cadeia.

98
Q

O que é comakership?

A

O Comakership é um outro conceito que de vez em quando aparece em provas de concurso.
Traduzindo-o logo de cara, estamos falando de “cofabricação”, mas ele sempre aparece em inglês mesmo, portanto acostume-se com a terminologia.

Mais alto nível de relacionamento entre cliente e fornecedor, representado por conceitos como os de confiança mútua, participação e fornecimento com qualidade assegurada. É a chamada integração estratégica.

O termo pode mesmo ser traduzido como cofabricação pois o fornecedor participa ativamente do processo de fabricação, envolvendo-se com as várias fases do projeto, como o seu planejamento, cálculo de custos e definição da qualidade, já que possui contratos de fornecimento de longo prazo com o fabricante.

Veja que as decisões são tomadas em conjunto e impactam diretamente os dois atores.
Dessa forma, perceba que o Comakership só é alcançado quando as empresas trabalham no mais alto nível de cooperação (nível estratégico), trocando informações detalhadas sobre as demandas dos clientes finais (note a relação direta com a inibição do efeito chicote), gerenciando a qualidade, planejando
conjuntamente os próximos produtos a serem oferecidos e buscando a redução dos custos de toda a cadeia.

A ideia final é que ambos adquiram vantagens competitivas versus o mercado e consigam atingir seus objetivos estratégicos finais e comuns, como a conquista e manutenção do maior número possível de clientes.

99
Q

Quais são os quatro níveis de relacionamento entre clientes e fornecedores?

A

Abordagem convencional: a prioridade é o preço e o relacionamento é entre adversários:
quem pode mais impõe suas condições. Desconfiança quanto à qualidade. Inspeção em
100% dos recebimentos.

Melhoria da qualidade: prioridade à qualidade do produto. É o primeiro passo de um
relacionamento mais duradouro, com o surgimento dos primeiros sinais de confiança
recíproca. Reduz-se o número de fornecedores, eliminando-se aqueles que não oferecem
qualidade. É um primeiro estágio do relacionamento tipo comaker.

Integração operacional: a prioridade passa a ser o controle do processo, levando-se em
conta sua capabilidade. Cliente e fornecedor passam a fazer investimentos comuns em
pesquisa e desenvolvimento, com o cliente na maioria das vezes financiando programas de
melhoria da qualidade dos fornecedores, para que implantem sistemas de garantia da
qualidade. É um passo além do relacionamento comaker.

Integração estratégica: conhecida por Comakership é uma verdadeira parceria nos
negócios. Requer gerenciamento comum dos procedimentos dos negócios, incluindo o
desenvolvimento de produtos e processos, engenharia simultânea, desdobramento da
função qualidade (QFD), fornecimento sincronizado e qualidade assegurada.

100
Q

Quais são as três tecnologias de sistema de rastreamento de cargas?

A

Código de Barras - método mais usado para coletar dados para rastreamento, das fábricas
aos supermercados. O uso de scanners holográficos e tipo caneta permitem as mais
variadas leituras de códigos. Tem como grandes desvantagens a exigência da intervenção
humana e o não monitoramento do objeto enquanto ele se desloca, mas apenas quando
uma nova leitura do código é feita no destino.

RFID - utiliza ondas de rádio que permitem a leitura dos códigos à distância, em diferentes
posições e em condições adversas como suja, coberta por poeira ou objetos, etc. Isso torna
a leitura muito mais simples e eficiente que a dos códigos de barras. O uso de uma antena,
um transmissor e um transponder propiciam a leitura e armazenamento de informações
de modo mais simples e barato, porém ainda não permite o rastreamento global e em
tempo real pois sistema RFID não tem capacidade de leitura a longa distância.

GPS - baseia-se no uso de satélites e podem estabelecer o posicionamento do material e
do equipamento em tempo real e em qualquer lugar do mundo. A combinação do RFID e do GPS podem gerar um meio simples e robusto de comunicação de dados, permitindo a
implementação de um sistema eficaz de rastreamento.

A combinação entre as tecnologias é necessária pois, por exemplo, em um pátio onde milhares de containers estiverem empilhados o GPS não apontará a sua posição exata, o que pode ser capturado pelo RFID pela proximidade. Porém em um deslocamento internacional, o GPS consegue monitorar a posição real do mesmo container, ao passo que o RFID não.

101
Q

Qual a diferença entre administração de materiais e administração patrimonial?

A

A maior diferença entre elas é que a administração de materiais trata de materiais (caráter não permanente) enquanto a patrimonial trata de bens (caráter permanente).

Segundo Martins e Alt, patrimônio é o “conjunto de bens, valores, direitos e obrigações
de uma pessoa física ou jurídica que possa ser avaliado monetariamente e que seja
utilizado na realização de seus objetivos sociais”.

Veja que estamos entrando até mesmo no terreno da contabilidade, pois estamos falando
nada mais nada menos do que dos ativos e passivos da instituição. Para Administração de Patrimônio só importa o ativo. O Passivo fica a cargo da área financeira e
contábil da organização.

Estamos falando das instalações, prédios, terrenos, equipamentos e veículos da organização.

102
Q

Quais são os tipos de ativo segundo a liquidez?

A

O ativo costuma ser segmentado em função da liquidez de cada um de seus componentes. Temos os ativos imobilizados (edifícios, instalações, equipamentos e veículos), realizáveis a longo e curto prazos (aqui
temos os estoques de matéria prima, materiais em transformação e produto acabados) e disponíveis (caixa e bancos). Em Administração de Patrimônio o foco recai sobre os ativos imobilizados, também chamados de
permanentes.

103
Q

O que é o ativo imobilizado?

A

Entende-se como ativo imobilizado todo ativo de natureza relativamente permanente, que é
normalmente mantido na empresa para a utilização na produção de mercadorias ou prestação de serviços.

✓ Ter natureza relativamente permanente.
✓ Ser utilizado na operação do negócio.
✓ Não ser destinado a venda.

É bom deixar claro desde o início que nenhum bem tem vida ilimitada na empresa, pois sofrem
desgaste com o tempo pelo uso e pela obsolescência, sendo que esses desgastes são, inclusive, contabilizados legalmente. Note, portanto, que isso explica a natureza “relativamente” permanente prevista acima.

Outro exemplo ilustrativo em relação às características do ativo imobilizado é um terreno comprado para ser utilizado no futuro para novas construções. Este, ao contrário, não poderá ser considerado um ativo imobilizado pois não está sendo diretamente utilizado na operação atual. Veja que ele não cumpre ao
menos uma das funções acima listadas.

Ainda nessa linha, e agora endereçando bens destinados à venda, terrenos e edifícios de uma
empresa imobiliária, também não podem ser considerados ativos imobilizados pois são destinados à venda, assim como veículos de uma montadora ou concessionária.

Já em uma empresa de transportes, seus prédios, garagens, terrenos e veículos são sim considerados ativos imobilizados pois têm natureza relativamente permanente (não estão livres do desgaste!), são utilizados na operação do negócio e não são destinados à venda.

104
Q

Qual a diferença entre material permanente e material de consumo?

A
  • Material de Consumo: utilização geralmente limitada a 2 anos. Após isso perde sua identidade física ou tem a utilização limitada.
  • Material Permanente: durabilidade maior que 2 anos e/ou não perde sua identidade física
    quando incorporado a outro bem.
105
Q

Como é a classificação dos bens segundo o Decreto 9.373/18?

A
  • Novo: bem comprado e que se encontra com menos de um ano de uso.
  • Bom: bem que estiver em perfeitas condições e em uso normal.
  • Ocioso: quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado.
  • Recuperável: bem que pode ser recuperado, com custo de reparo menor do que cinquenta
    por cento de seu valor de mercado.
  • Antieconômico: bem com manutenção onerosa, ou com seu rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo.
  • Irrecuperável: quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido a perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação.
106
Q

Quais são as atividades próprias da gestão patrimonial?

A

A gestão patrimonial de um órgão é constituída das seguintes atividades: registro, tombamento,
incorporação, guarda, movimentação, controle, inventário, preservação e baixa.

107
Q

Para que serve o controle patrimonial?

A

Segundo Torres e Silva (2003), o controle patrimonial (ou controle de bens) consiste em ações que asseguram, por meio de registros e relatórios, a coleta de dados relativos a identificação, existência, quantidade, localização, condições de uso e histórico dos bens patrimoniais, desde a sua primeira inclusão
no patrimônio (a incorporação, que ocorre por meio do tombamento), até a sua baixa final.
Esse controle é fundamental pois apenas por meio dele o gestor consegue determinar o valor
contábil do bem, sua condição de utilização, sua localização e histórico de movimentações (veremos isso em “Transferência e Cessão de recursos patrimoniais”), sua necessária e/ou adequada manutenção (aprofundaremos em “Administração e manutenção dos bens imóveis”), a alocação correta dos custos, a
aplicação adequada das técnicas de depreciação adotadas e outras atividades que são viáveis apenas com uma visão completa dos bens patrimoniais que a empresa possui.

A atividade de controle patrimonial, que deverá ser exercida pela seção de patrimônio, permite a
esta funcionar como um centro de informações dos bens físicos. O controle atualiza os dados de registro e mantém sempre em dia o cadastro geral dos bens. Pelo controle, analisa-se o passado e o presente, bem como se estabelecem bases de ação para o futuro. Por meio do controle, planejam-se as inspeções periódicas, a fixação de chapas de tombamento dos bens móveis, e fiscaliza-se toda a movimentação dos bens ao longo de sua vida útil. Ou seja, é o controle dos bens que dá
ao gestor a possibilidade de efetivamente gerenciá-los, até o momento de sua baixa.
Os registros individuais são importantes para prover a administração com informações relevantes para efeito de política de capitalização e de substituição de bens e, até mesmo, da contratação de seguros. A eficácia do controle dos bens móveis depende, fundamentalmente, da implantação e da manutenção sistemática de registros administrativos e contábeis.

108
Q

No que consiste a fase de incorporação e aquisição de bens no processo de gestão patrimonial?

A

É a porta de entrada da atividade de controle de bens que ingressam na organização

109
Q

No que consiste a fase de tombamento?

A

Tão logo a organização adquire um bem permanente, ele deve ser registrado em um sistema que controla todo o seu patrimônio. No tombamento o bem é registrado assim que entra fisicamente na organização. Seus
dados são lançados no sistema de controle assim como os respectivos termos de
responsabilidade sobre o bem são assinados e arquivados.

A atividade característica do tombamento é a chamada codificação. Neste processo é atribuído um código ao bem que, sempre que possível, é fisicamente afixado no bem para sua futura identificação por meio do uso de uma placa.

Ainda em relação ao tombamento, há uma classificação que você precisa conhecer pata a prova. Os bens móveis podem ser classificados em controlados e relacionados:
* Controlados: sujeitos ao tombamento e a controle mais rigoroso de uso e
responsabilidade por guarda e conservação.
* Relacionados: dispensam o tombamento em função do baixo valor, sendo controlado de
modo simplificado.

110
Q

No que consiste a codificação?

A

A codificação faz parte dessa cadeia de atividades que caracteriza a classificação de materiais. A cadeia começa pela catalogação (lista de itens) e passa pela simplificação (redução da diversidade), especificação (identificação e descrição), normalização (normas de utilização), padronização (uniformização de medidas, peso e formato) e, finalmente, termina com a própria codificação.

Essa atividade tem como objetivo registrar, codificar e controlar os bens considerados
imobilizados e submetidos à depreciação.

Feito isso o administrador de patrimônio pode passar a executar o controle em relação a cada um desses bens, identificando suas datas de aquisição, valor inicial, respectivo centro de custo, seu valor contábil e critérios e prazos de depreciação.

111
Q

No que consiste a transferência e cessão?

A

Os bens permanentes, após serem incorporados à organização, são alocados e movimentados
conforme a necessidade operacional.

Observando a legislação podemos considerar que a cessão é a movimentação temporária entre a União, seus órgãos, autarquias, fundações e os órgãos, autarquias e fundações de Estados, DF e municípios. Note que a cessão só pode ocorrer quando estamos falando de bens inservíveis ou, excepcionalmente, para
outros tipos de bens desde que justificado pela respectiva autoridade competente.

Já a transferência é permanente, ou seja, o bem sai de uma vez por todas de um órgão e passa a
pertencer a outro órgão de maneira definitiva. Mais uma vez só pode ocorrer quando estamos falando de bens inservíveis ou, excepcionalmente, para outros tipos de bens desde que justificado pela respectiva
autoridade competente.

112
Q

Para que seja considerado inservível, como deve ser classificado o bem?

A

I - ocioso - bem móvel que se encontra em perfeitas condições de uso, mas não é
aproveitado;

II - recuperável - bem móvel que não se encontra em condições de uso e cujo custo da
recuperação seja de até cinquenta por cento do seu valor de mercado ou cuja análise de custo e benefício demonstre ser justificável a sua recuperação;

III - antieconômico - bem móvel cuja manutenção seja onerosa ou cujo rendimento seja precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo; ou

IV - irrecuperável - bem móvel que não pode ser utilizado para o fim a que se destina devido à perda de suas características ou em razão de ser o seu custo de recuperação mais
de cinquenta por cento do seu valor de mercado ou de a análise do seu custo e benefício
demonstrar ser injustificável a sua recuperação.

113
Q

Qual a diferença entre recolhimento e redistribuição?

A
  • Recolhimento: movimentação de bens para o depósito do patrimônio quando estes não
    forem mais necessários.
  • Redistribuição: é o movimento inverso. Envio dos bens do depósito do patrimônio para o
    órgão requisitante.
114
Q

Por quais motivos ocorre a movimentação de bens móveis dentro da unidade gestora?

A
  • Empréstimo
  • Transferência de carga patrimonial
  • Necessidade de reparo e/ou manutenção
115
Q

No que consiste a baixa e a alienação?

A

O momento da exclusão de um bem patrimonial da instituição é o que costumamos chamar de baixa. A baixa pode ocorrer por alienação (venda, permuta ou doação) ou por outros motivos como perda, roubo, extravio, etc.

116
Q

Qual é a definição técnica de depreciação do bem?

A

Alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil.

117
Q

O que é o valor residual?

A

É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, caso o ativo já tivesse a
idade, a condição esperada e o tempo de uso esperados para o fim de sua vida útil.

Imagine que você tem um carro e estipula que ele o atenderá por 10 anos. Ao longo de todo esse período você pode ir depreciando o valor dele contabilmente porém, após o décimo ano, ele ainda terá um valor para o mercado, nem que seja por algumas de suas peças, no pior dos cenários. Esse valor restante é o chamado valor residual.

O “cálculo do valor residual é feito por estimativa, sendo seu valor determinado antes do início da depreciação. Assim, o valor residual seria o valor de mercado depois de efetuada toda a depreciação. O valor residual é determinado para que a depreciação não seja incidente em 100% do valor do bem, e desta forma não sejam registradas variações patrimoniais diminutivas além das realmente incorridas.”

118
Q

O que é o valor depreciável?

A

É o custo do ativo menos o seu valor residual, ou seja, será o montante objeto da depreciação.

119
Q

O que é a vida econômica de um bem?

A

Vida econômica de um bem é o período de tempo (geralmente em anos) em que o custo
anual equivalente de possuir e de operar o bem é o mínimo.

Imagine que os bens, (equipamentos, instalações, etc.) vão se desgastando com o tempo e, com isso, passam a exigir manutenção cada vez com mais frequência. Isso faz com que os custos operacionais do bem cresçam ao longo do tempo, enquanto seu valor de mercado vai diminuindo.

Chega um momento em que não é mais interessante manter o bem pois seus custos são maiores que seu valor de mercado. Nesse momento ele atingiu sua vida econômica.

120
Q

O que é a vida útil de um bem?

A

Período de tempo em que o bem consegue exercer as funções que dele se espera.

Perceba que a vida útil pode ser maior que a econômica, basta que o bem continue operando mesmo após o atingimento de sua vida econômica. Aí caberá ao administrador tomar a decisão sobre mantê-lo ou substituí-lo.