Geografia CACD Flashcards
6 BIOMAS BR (segundo o IBGE) e os 6 domínios morfoclimáticos
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), podemos dividir o país em nove principais biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal*
Biomas (6) não se confundem com domínios morfoclimáticos (6 domínios e suas faixas de transição), desenvolvido por Aziz Ab Saber, levando em consideração diversas características como o relevo, clima, hidrografia, solo e bioma. O bioma é um conjunto natural que analisa a fauna e flora de um ambiente, estando inserido no domínio morfoclimático.
Domínios Morfoclimáticos = Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mares de Morros, Araucárias, Pradarias e Faixas de transição.
O pantanal (considerado um bioma para o IBGE) e as matas dos cocais são uma faixa de transição e não um domínio morfoclimático.
6 Biomas = determinantes = fauna e flora
7 domínios morfoclimáticos = determinantes = clima, relevo e vegetação
Campos OU Pampas (10)
Extremo sul – bioma influenciado pelo clima subtropical e pelo relevo (PLANÍCIES). Em virtude do clima frio e seco, a vegetação não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas, como capim-barba-de-bode, capim-gordura, capim-mimoso etc. / Os campos são formados por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos
Enquanto na Região Norte esse bioma está presente sob a forma de savanas de gramíneas baixas, na Região Sul, aparece como as pradarias mistas subtropicais / A vegetação campestre forma um tapete herbáceo com menos de 1 metro, com pouca variedade de espécies. Sete tipos de cactos e bromélias são endêmicos da região, além de uma espécie de peixe – o cará / O nome “pampa” tem origem indígena e designa uma região plana / Aproximadamente 40% das espécies são endêmicas
Há dois tipos de fitofisionomias: campos limpos e campos sujos. Os campos limpos caracterizam-se por não apresentarem arbustos, ao contrário dos campos sujos, onde esses arbustos são encontrados
Os solos do Pampa são, geralmente, pouco férteis e propícios à erosão. Em virtude da prática agrícola (monocultura) realizada nessa área e da pecuária, uma grande parte desse bioma foi devastada, intensificando os processos erosivos, tornando os solos arenosos
O Pampa compreende uma área constituída por duas bacias hidrográficas, a bacia hidrográfica Costeira do Sul e a bacia hidrográfica do Rio da Prata. Os principais rios são: Rio Uruguai, Rio Santa Maria, Rio da Prata, Rio Jacuí, Rio Ibicuí e Rio Vacacaí. A hidrografia desse bioma apresenta elevado potencial hidrelétrico e é extremamente navegável
Esse bioma apresenta uma particularidade: as quatro estações são bem definidas
MIGRAÇÃO (MUNDO) (15+)
O Relatório Migration Report 2020, da Organização Internacional para Migração, identificou a existência de 272 milhões de migrantes internacionais, o maior número da história, com expressivo crescimento nos últimos 20 anos. Também em termos relativos, o percentual de migrantes internacionais no total da população mundial está aumentando (2,3 -> 3,5% de 1970 para 2020).
Migração sul-sul é a maior do mundo (37%) , seguida de sul-norte (35%), norte-norte (22%), norte-sul (6%). O único continente que a maioria dos migrantes NÃO se dirige para um país do mesmo continente é a América Latina, que em sua maioria (70%) se dirigem para América do Norte (todos os demais continentes se deslocam para países do mesmo continente em sua maioria), somente 15% dos latinos americanos migram para países latino americanos vizinhos
Entre os migrantes oriundos de países do Sul existem cerca de 82,3 milhões que vivem em outro país do Sul, valor que excede ligeiramente o número de migrantes nascidos no Sul mas que residem no Norte, cerca de 81,9 milhões. Entre 1990 e 2013, o volume de migrantes Sul-Sul sofreu um aumento de 41% passando de 59 milhões para os 82 milhões registados em 2013 (United Nations 2013a) / Sul-Sul 82,3 milhões / Sul-Norte 81,9 milhões / Norte-Sul 13,7 milhões / Norte-Norte 53,7 milhões
** Os imigrantes são responsáveis por 6,7 trilhões do PIB mundial, o equivalente a 10% do PIB mundial. Além disso, possuem maior produtividade do que os trabalhadores nacionais, segundo a MCKINSEY Global institute **
Maior influência de fluxos de imigrantes no mundo = Aruba (1/6 pessoas são imigrantes [Venezuelanos], Líbano (1/7), Curaçao (1/10 = Venezuelanos), Jordânia (1/15) e Turquia (1/20)
O mundo não está mais no nível 2 do modelo de Thompson / 84 milhões de imigrantes em 1970 e 272 milhões em 2020
Os 5 maiores receptores de MIGRANTES em 2019 = EUA, ALEMANHA, ARÁBIA SAUDITA, RÚSSIA e REINO UNIDO
Os 5 maiores emissores de MIGRANTES em 2019 = ÍNDIA, MÉXICO, CHINA, RÚSSIA e SÍRIA
** A maior comunidade de colonização no Brasil é de BOLIVIANOS (250 mil+). Eram os Portugueses, porém eles têm sofrido queda (alta mortalidade e baixa fecundidade) / Os cinco países que lideram o ranking de brasileiros residentes são os EUA, PARAGUAI (brasiguaios), Japão, Portugal e Espanha / A concentração de brasileiros no Japão estão em NAGOYA – polo industrial (e não em TOKYO) / os demais brasileiros que emigram para outros países trabalham no setor terciário **
Existem 272 milhões de migrantes no mundo em 2020 (3,5% da população mundial em média, o Itamaraty calcula que sejam 4 milhões de brasileiros morando fora (aproximadamente 2% de sua população, estando abaixo da média mundial)
Migração internacional = toda migração é forçada (visão marxista) = por uma outra globalização, Milton Santos = as causas estariam associadas à lógica excludente do capital = espaços e populações beneficiadas atraem migrantes
Decisões individuais e livre-arbítrio (percepção liberal da imigração) = fatores de atração e repulsão
Com uma agenda política cujo objetivo é criminalizar o imigrante, esses grupos nacionalistas têm conseguido aprovar medidas de endurecimento, como a proibição dos minaretes na Suíça, a criminalização do imigrante “sem papel” na Itália e a proibição do uso do véu na França. Em âmbito regional, a aprovação pela União Europeia da chamada “diretiva de retorno”, com tratamento policial do migrante, tem levantado o debate sobre a questão da defesa dos direitos humanos pelos países de origem do imigrante. Nos EUA, a atuação de milícias na fronteira – como o Minuteman – e a construção de muro para impedir a entrada de imigrantes “ilegais”, bem como a adoção de medidas repressivas pelos estados – Arizona, por exemplo – têm estremecido as relações com os países latino-americanos e dividido a população americana.
Observação: Um Minuteman era um colono dos Estados Unidos que, de forma independente, se organizava e formava milícias para lutar como partisans durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Seu nome vem do fato de serem conhecidos por estarem prontos para a batalha em “um minuto”.
Recorde de imigração: 150 brasileiros são detidos por dia ao cruzar a fronteira do México com os EUA em 2021. Brasil é a oitava nação a mais enviar imigrantes de forma irregular aos EUA. País vive uma grave crise migratória, com mais de 1 milhão de pessoas detidas por agentes americanos. O número de 2021, ainda parcial, já é o maior da série histórica iniciada em 2007, de acordo com os dados do órgão de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos. Agora, o país é a oitava nação a mais enviar imigrantes irregulares aos EUA no mundo, à frente de países como a Venezuela e a Colômbia, por exemplo, e em patamar semelhante ao de Cuba. Os EUA vivem uma grave crise migratória, com mais de um milhão de pessoas detidas por agentes americanos apenas no ano fiscal de 2021
Muitos dos estudos sobre o “brain drain” (fuga de cérebros) dão maior ênfase aos efeitos negativos que esse tipo de movimento provoca nos países de saída desses grupos de migrantes. Sobretudo, quando se identifica que, na maioria dos casos, a fuga de cérebros é uma migração permanente e que acaba privando, em definitivo, os países emissores de seus profissionais mais qualificados e dos benefícios diretos que eles poderiam proporcionar.
AGRONEGÓCIO BR
1- Histórico
2- Dez ações Estatais no passado (principalmente em 1970)
3- Posição da produção brasileira
4- Quanto a produção atual ocupa do território nacional
5- Agricultura familiar (ocupação) e 3 Estados com maior ocupação da agricultura familiar
6- 4 maiores produtores mundias e suas produções em milhões de toneladas
7- Estado de maior produção nacional
8- Principal rodovia de escoamento da produção
9- Conceito de Regiões Produtivas do Agronegócio (RPA’s)
Até a década de 1960, o Brasil era um importante importador de alimentos, tendo em vista que a agricultura familiar de subsistência não era capaz de produzir alimentos em quantidade efetiva para toda a população. Além disso, a má distribuição de terras foi responsável por gerar profundas desigualdades - tanto
sociais quanto em termos de produção -, o que acarreta até hoje um cenário de não atendimento às necessidades alimentícias plenas da população nacional.
Ações Estatais entre 1960-70:
1) Em 1964, foi estabelecido o Estatuto da Terra; em 1965, o Sistema de Crédito Rural;
2) Em 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; e,
3) Em 1973, o Programa de Garantia de Atividade
Agropecuária – PROAGRO.
4) A inauguração de Brasília e a concessão de terras contribuíram para a ampliação da “Marcha para o Oeste”, dando margem para a expansão do agronegócio no país, a partir de novas fronteiras agrícolas.
5) Advento da Revolução Verde e a introdução de novas tecnologias = = aumento de produtividade, técnicas de correção de solo, melhoramento genético de sementes.
Intensifica-se o fomento governamental à produção agropecuária, por meio de programas de investimento e ocupação de regiões até então pouco exploradas
e/ou pouco valorizadas. Destacam-se: 1971 - PROTERRA / 1972 - PROVALE / 1972 – Embrapa / 1974 – POLAMAZÔNIA / 1974 – POLONORDESTE;
Hoje, o Brasil é 4º maior produtor e o 2º maior exportador de agronegócio no mundo (a tendência é se tornar o 3º maior produtor ultrapassando a Índia em alguns anos) – tudo isso produzindo em 7% do território / hoje ocorre a ampliação da agroindústria nacional
A produção agropecuária representa pouco mais de 5,2% do PIB nacional. No entanto, quando analisado de forma ampla e universal, o agronegócio representa aproximadamente 30% do nosso Produto Interno Bruto. Cerca de 15 milhões de pessoas são empregadas atualmente no agronegócio.
A agricultura familiar é responsável por 3 a cada 4 propriedades rurais, embora ocupe apenas 23% das áreas rurais (conquanto venha sofrendo fagocitose rural = queda no número de propriedades, pessoal ocupada e área da agricultura família = gerando aumento da concentração de terras e êxodo rural) / A produção no Brasil cresce muito mais em produtividade do que em área / O Brasil ainda NÃO detém autonomia alimentar, uma vez que depende da importação de trigo
A definição legal de agricultura familiar consta no Decreto nº 9.064, de 31 de maio de 2017.
77% dos estabelecimentos são classificados como agricultura familiar = 3,9 milhões de estabelecimentos = 10 milhões de pessoas = 23% de toda a produção agropecuária brasileira em 23% de toda a área
** Pernambuco, Ceará e Acre têm as maiores proporções de área ocupada pela agricultura familiar. Já os estados do Centro-Oeste e São Paulo têm as menores **
A agricultura familiar responde por quase metade da produção de alimentos no Brasil
Maiores produtores agrícolas = EUA, China e UE (EUA produz 650 milhões de toneladas de grãos e BR produz 250 milhões, sendo que o Mato Grosso, sozinho, produz 67 milhões (um terço do país) e o Paraná, segundo colocado, produz 37 milhões) / 34% das exportações de soja de 2020 saíram pelos portos do Arco Norte, em grande parte devido a infraestrutura como a BR-163
A conclusão do asfaltamento da BR 163, de Cuiabá a Santarém, possui grande importância para o escoamento de grãos por portos do arco norte, como o de Miritituba, no rio Tapajós. Esse asfaltamento não significa o abandono do projeto da ferrogrão – paralela à BR-163 - pois os modais de transporte possuem características diferentes
A BR-163 é uma rodovia longitudinal do Brasil. Possui 3579 km em sua extensão total; seu trecho principal liga as cidades de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, a Santarém, no Pará / Em relação ao milho, 31% de tudo o que foi vendido saiu principalmente dos portos de Barcarena/PA, Miritituba (Santarém)/PA, Itacoatiara/AM e Itaqui/MA. Os dados são do boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
O Brasil continua sendo o segundo maior EXPORTADOR de agronegócio, atrás dos EUA. (Caiu no CACD) / Mato Grosso (Bioma Cerrado) = maior produtor de soja, milho e algodão do país. O Algodão foi desenvolvido pela EMBRAPA como alternativa a eventual queda nos preços da soja
Veja os dez países que mais compraram agrotóxicos em 2013: Brasil: US$ 10 bilhões / Estados Unidos: US$ 7,3 bilhões / China: US$ 4,8 bilhões (metade do BR) / O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Antes do Brasil, os Estados Unidos eram os maiores consumidores / O Brasil completa em 2018 seu décimo ano na liderança do ranking de maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Todos os anos, são utilizados 7,3 litros de veneno para cada um dos habitantes do País
Importantes avanços do agronegócio no Governo Militar = criação do Sistema Nacional de Crédito Rural (1964), Embrapa (1973) e PRODECER (Programa Nipo-brasileiro de desenvolvimento do Cerrado)
O Nordeste possui metade das propriedades familiares do país (2 dos 4 milhões de propriedades, ocupando apenas 1/3 das áreas totais de propriedades familiares = minifúndios), notadamente no Agreste e no Sertão. Essas propriedades possuem baixa produtividade e tem grande dependência de apoio público, de programas como o Pronaf.
Destaca-se, também, a presença de propriedades familiares no Sul (19%, no entanto, estas são mais inseridas na agroindústria (Sadia e Perdigão)
Plano Safra = crédito para o grande produtor
PRONAF = crédito ao pequeno agricultor (governo FHC)
Maiores produtores de café = Minas Gerais, Espirito Santo, São Paulo, Bahia
A pecuária ocupa quase metade (45%) das propriedades rurais no Brasil, seguido de matas e florestas (29%) e lavouras (18%)
Brasil é apenas o 9º maior produtor de arroz no mundo (China, Índia e Indonésia são maiores)
Produção de milho = EUA, China, Brasil, União Europeia, Argentina
Atualmente, o Brasil possui o 2º maior rebanho de bovinos do mundo, atrás da Índia. Embora seja o maior rebanho comercial do mundo, a produção de carne dos Estados Unidos é maior que a do Brasil. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo desde 2004
Maiores rebanhos no BR = Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará / temos 214 milhões de cabeças de gado brasileiras / custos = desmatamento + quebra do equilibrio ecológico e ambiental + surgimento de pragas + uso inadequado do solo e d’água / cada kg de carne gera 78 quilos de dióxido de carbono e consome 64 litros de água
A integração dos setores da agroindústria brasileira, dá-se da seguinte maneira:
- Indústrias pré-cultivo: melhoramento de sementes, fertilizantes, rações, maquinários;
- Setor agropecuário propriamente dito: produção animal, cultivo de lavouras diversificadas, extrativismo natural;
- Indústrias pós-cultivo: processamento de alimentos, produção de têxteis, produção de bebidas, madeireira;
- Estrutura logística: processo de distribuição e abastecimento do mercado interno, processo de exportação.
A agricultura no Centro-Oeste brasileiro, ligada funcionalmente ao agronegócio globalizado, caracteriza-se pelo modelo de Complexo Agroindustrial, similar ao sistema de Belts nos Estados Unidos. Nesse modelo, trata-se de uma íntima relação entre a agricultura e a indústria, que está presente tanto à montante (indústrias, bens de capital, insumos e máquinas, inovações tecnológicas dos centros de pesquisa) quanto à jusante (beneficiamento e acréscimo de valor) da produção agrícola.
*** Sintomático do fato de que o agronegócio impulsiona o crescimento de cidades ao seu redor, é o fato de o Centro-Oeste ser a segunda região mais urbanizada do Brasil, atrás do Sudeste, e possuir duas métropoles que estão entre as que mais crescem no país: Goiânia e Brasília = “CADEIAS DO CAMPO”
Na safra 2019/2020, a produção nacional alcançou mais de 250 milhões de toneladas de grãos produzidas, sendo a soja o principal cultivo (cerca de 50% da área total plantada no país).
O futuro de agronegócio brasileiro deverá ser baseado em dois pilares fundamentais:
• A implementação de inovações tecnológicas e uso de novas tecnologias, estruturada sob os auspícios da “agricultura 4.0” (agricultura digital);
• Aumento da produção com maior foco na sustentabilidade, dadas as maiores exigências (sobretudo do mercado internacional) para que a produção ocorra, cada vez mais, em bases sustentáveis.
** O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), cresceu 8,36% em 2021. Na última medição, este setor alcançou uma participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior taxa desde 2004 **
Conceito de Regiões Produtivas do Agronegócio (RPA’s) = áreas híbridas = modernos espaços agrícolas + espaços não metropolitanos – cidades médias e pequenas, transformadas por dinâmicas territoriais do agronegócio globalizado, formando pontos, nós ou manchas de redes agroindustriais internacionais.
Exemplo fundamental da implantação de RPAs no território brasileiro é o centronorte do Estado do Mato Grosso, que tem em Sinop uma de suas principais “cidades do campo”. Fruto do avanço da colonização paranaense, que lhe dá nome. Sinop apresenta, assim, um dos maiores PIBs agrícolas do país. A integração da região aos portos de exportação e, ainda, a promoção de projetos como a pavimentação da BR 163 e a iniciativa da Ferrogrão, que pretende conectar a região às hidrovias da bacia Amazônica, facilitam a integração e o escoamento dos bens do agronegócio.
Cana de Açúcar (10+)
2º Produto da pauta agrícola BR (Maior produtor mundial) - SP produz 55% - BR como 2º maior produtor de etanol no mundo
VERSATILIDADE = opção de produzir açúcar ou etanol (vantagem competitiva em relação aos EUA) - plástico biodegradável (polihidrixobutirato) - biodiesel - as cinzas são utilizadas para concreto e argamassa - bioeletricidade - excedentes comercializáveis de energia
O Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), criado em 1933, teve forte intervenção estatal, dominando praticamente toda a estrutura do setor, sendo responsável pelo ciclo e produção e comercialização, inclusive de fixação de preços, cotas, exportação e importação. Dessa forma, um dos principais papéis do IAA foi incentivar o consumo e regular o mercado de açúcar e álcool no Brasil.
Pertence a um grupo de espécies de gramíneas perenes altas / nativas das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia
Quando o português Martim Afonso de Souza construiu o primeiro engenho brasileiro de cana-de-açúcar no litoral paulista, ele não tinha como imaginar o setor produtivo complexo que se construiria em São Paulo para processar essa planta
O Instituto de Açúcar e de Álcool (IAA), criado em 1933, teve forte intervenção estatal, dominando praticamente toda a estrutura do setor, sendo responsável pelo ciclo de produção e comercialização, inclusive de fixação de preços, cotas, exportação e importação. Dessa forma, um dos principais papéis de 1AA foi incentivar o consumo e regular o mercado de açúcar e álcool no Brasil,
Em 1975, foi criado o Programa Nacional de Álcool (Proálcool), que incentivou a produção de etanol anidro e hidratado, além de desenvolver a cogeração de energia por meio do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.
A cana de açúcar é o 2º produto do agronegócio brasileiro / O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, sendo que São Paulo responde por 55% da área plantada no país. Grande parte das usinas paulistas de processamento de cana podem escolher produzir açúcar ou etanol / Essa é uma vantagem competitiva do setor sucroalcooleiro estadual em relação à indústria norte americana, baseada no milho. Nos EUA, as usinas de processamento de milho precisam primeiro produzir açúcar para a partir dele produzir etanol
** O Brasil é o 2º maior produtor de ETANOL (atrás dos EUA), embora sejamos o 1º em produção de cana de açúcar **
No ano de 2000, entrava em funcionamento no Brasil uma usina com capacidade de produzir 50 toneladas de plástico biodegradável derivado da cana. A tecnologia de fabricação da sua matéria prima, o polihidroxibutirato (PHB), foi desenvolvida com participação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do governo de São Paulo
Atualmente é possível transformar o caldo da cana em óleo que substitui o diesel sem necessidade de adaptação dos motores / As cinzas podem ser substitutas da areia na fabricação de concreto e argamassa. Novas técnicas alcoolquímicas abrem possibilidades de serem produzidos detergentes, cosméticos e lubrificantes a partir da cana
A bioeletricidade é gerada pela queima do bagaço da cana em caldeiras. As usinas geram eletricidade para suas próprias atividades, sendo autossuficientes e parte dessas usinas ainda produzem excedentes comercializáveis
De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), o etanol brasileiro não apresenta riscos para a segurança alimentar / O Brasil utiliza 2% de suas terras cultiváveis para produção de etanol e suas principais áreas de produção de cana-de-açúcar ficam a pelo menos 2,5 mil quilômetros de distância da Amazônia / Merece destaque o estado de São Paulo, que produz próximo de 60% de toda a cana, açúcar e etanol do país. O segundo maior produtor é o estado do Paraná, com 8% da cana moída no Brasil
Maiores produtores de cana = BR, Índia, China, México, Tailândia, Paquistão / Observa-se que o Brasil (grandes produtores) e a Índia (pequenos produtores) respondem, em conjunto, por pouco mais da metade da cana produzida mundialmente
No Brasil, a cana-de-açúcar é a terceira cultura temporária em termos de ocupação de área, bem atrás da soja e de milho / O etanol hoje é utilizado em torno de 45% dos veículos, sendo 55% de gasolina (2019)
A legislação brasileira que estabelece a Politica Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) foi criada após a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP21). Um dos seus objetivos foi criar metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do Brasil.
MEGALÓPOLE
1) definição com 4 características
2) Autor da expressão
3) caracterização da mancha urbana SP-CAMPINAS e SP-RJ
4) caracterização quanto a infraestrutura e espaços rurais
5) 3 exemplos de Megalópoles
MEGALÓPOLES = CONURBAÇÃO + CIDADES-POLOS (PLURIPOLARIZAÇÃO)+ GRANDE COLEÇÃO DE SUBÚRBIOS + ao mesmo tempo, representam CONCENTRAÇÃO (mercado consumidor) e DISPERSÃO (problemas da cidade grande)
** Estes espaços representam a expressão espacial do processo de Globalização, sendo grandes espaços produtores e difusores do meio técnico-científico-informacional **
MEGALOPÓLE é uma região urbana PLURIPOLARIZADA / metrópoles conurbada ou em processo de conurbar-se / representa concentração e dispersão / pode ser considerada uma coleção de subúrbios / Não se formou entre RJ e SP como se previa nos anos 1970 = não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano = área de 22% da população, 0,5% do território nacional, 60% da produção industrial
Extensa área urbana + conurbação de metrópoles e cidades formando uma região superurbanizada (muitas vezes, uma delas “Cidade Global”)
A expressão megalópole foi talhada pelo geógrafo francês Jean Gottman, na década de 1960, para caracterizar a região de BosWash (2% da área do país e 17% da população total) (fonte: Nabuco)
O termo megalópole foi idealizado nos primeiros anos do século XX pelo escocês Patrick Geddes — considerado o pai do planejamento regional — ao perceber o fabuloso ajuntamento urbano que cobria parte do nordeste estadunidense (Bos-Wash / Uma megalópole é uma extensa região urbana pluripolarizada por diferentes metrópoles conurbadas, ou em processo de conurbação
Existência de complexo sistema de movimentações = sistemas de metrô, trens expressos, autoestradas, pontes aéreas, dentre outros.
Redução ou ausência de espaços rurais. Quando existentes são altamente produtivos, especializados e mecanizados, representando verdadeiros espaços agroindustriais.
SP-CAMPINAS = pode ser considerado uma megalópole, ou melhor, macrometrópole (segundo a EMPLASA) / mancha urbana contínua e forte integração econômica e social / possibilidade de junção com São José dos Campos, baixada Santista, Sorocaba / Motivos da não formação da megalópole SP-RJ = esgotamento do modelo de desenvolvimento + crise de 1980 + custo progressivo + violência + poluição + alteração no crescimento populacional = tudo isso, gerando DESECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO e INVERSÃO METROPOLITANA
Correspondem às mais importantes e maiores aglomerações urbanas da atualidade / São encontradas em regiões de intenso desenvolvimento urbano (NORTE GLOBAL), e nelas as áreas rurais estão praticamente (senão totalmente) ausentes / O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. Meios de transporte rápidos — trens expressos, autopistas e pontes aéreas — sustentam esses fluxos
A megalópole representa, ao mesmo tempo, concentração e dispersão. Concentração, pois a imensa zona urbanizada forma um mercado consumidor de grandes dimensões, atraindo atividades econômicas diversificadas e de alta capitalização; Dispersão, visto que o espaço da megalópole, irrigado por meios de transportes e comunicação, oferece alternativas de localização para áreas residenciais e industriais fora dos congestionamentos e problemáticos núcleos metropolitanos. A megalópole não é apenas uma aglomeração de metrópoles, mas também uma coleção de subúrbios
SP x RIO
Na verdade, entre Rio de Janeiro e São Paulo não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano / Porém, pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole de São Paulo, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social / Cogitou-se a formação da megalópole Campinas-SP-RJ (William Vesentini) originada da produção cafeeira, mas se difere das demais megalópoles por ausência de ligação ferroviária eficiente (trem-bala), seus subúrbios são bolsões de pobreza e não centros residenciais
SP X CAMPINAS
Pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole de São Paulo, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social. Esta enorme mancha urbana ameaça espalhar-se até polos como Sorocaba e Baixada Santista. Pelo outro lado, está a atingir São José dos Campos e, daí, seguir sua trajetória até unir definitivamente São Paulo e Rio de Janeiro numa mancha urbana única / Via Dutra (SP-RJ), Anhanguera-Bandeirantes (SP-CAMPINAS) / Essa megalópole conta com a CSN em Volta Redonda e a COSIPA em Cubatão, fornecendo impulso a indústria de base. Além da Indústria petroquímica em SP e RJ após 1950, trazendo a proletarização-poluição / A partir de 1990 = “deseconomias de escala” (excessiva aglomeração, estrangulamento do sistema de transporte, elevação acentuada dos preços dos terrenos, aumento da poluição) gera a desconcentração das cidades polos = crescimento menor das regiões metropolitanas, denominado INVOLUÇÃO METROPOLITANA (Milton Santos) / A expansão passa a ser rumo aos polos tecnológicos = Campinas (microeletrônica e biotecnologia = centros de pesquisa UNICAMP) e São José dos Campos (indústria aeroespacial = Instituto tecnológico da Aeronáutica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE).
Pode-se dizer que há concentração de megalópoles no mundo desenvolvido. Diferente das MEGA cidades, as quais são típicas do mundo subdesenvolvido, pois considera apenas o aspecto quantitativo (10 milhões de habitantes = mundo rico possui 8)
Outros exemplos de Megalópoles: Boston, New York-New Jersey, Filadélfia, Baltimore e Washington (também chamada de BOS-WASH / TOKYO-NAGOIA-OSAKA / Boston-NY-Washington / Tóquio-Osaka-Kitakyushu / Liverpool-Milão
Exemplos de megalópoles = Tóquio-Honshu (Tokkaido) / China = Jing-Jin-Ji (norte), Delta do Yang-Tsé (centro), Guangdong-Hong Kong-Macau (sul) / Europa = “Red Octopus” = Barcelona-Marselha-Roma, Estocolmo-Berlim-Amsterdã-Bruxelas-Paris; Londres-Paris-Frankfurt-Milão- Roma; Varsóvia-Berlim-Paris; Zagreb-Praga-Viena-Munique / EUA = megalópole dos Grandes Lagos-ChiPitts
Observa-se, atualmente, a junção de megalópoles em alguns casos = BosWash e ChiPitts;
Aglomerado urbano SP-RJ = 22% da população nacional / maior conjunto urbano contíguo da América do Sul / forte poder decisório nacional / megalópole em formação = existência de espaços menos articulados, com menor infraestrutura
São Paulo = pode ser chamada de MEGA METROPÓLE, mas nunca megalópole
MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA (2020) (20+)
A matriz elétrica representa o conjunto de fontes disponíveis apenas para a geração de energia elétrica
Brasil = Hidráulica (65%), tríplice empate = gás natural (9,3%), eólica (8,6%), biomassa (8,4%), carvão e derivados (3,3%), nuclear (2,5%), petróleo (2,0%), solar (1%). A tendência é a eólica ultrapassar o gás natural em 2020 ou 2021.
Matriz Elétrica MUNDO = Carvão (38%), Gás Natural (23%), Hidráulica (16%), nuclear (11%), solar, geotérmica, maré e eólica (6%) e petróleo (3,7%)
Mundo = 76/24 (não renováveis/renováveis) / Brasil = 18/82% (não renováveis/renováveis)
ENERGIA EÓLICA (8,6%)
A energia eólica no brasil é o triplo da nuclear e representa a somatória do petróleo, nuclear e carvão! / Destaque para o RN com 131 parques eólicos, Bahia (88 parques), RS com 80 parques e Ceará (70 Parques) (Decorar: Os dois Rios grandes + BAHIA + Ceará) /
O Nordeste conta com os ventos alísios que sopram dos trópicos sentido ao Equador. Já o Sul conta com um sistema de baixa pressão localizado acima da Argentina, gerando ventos constantes
A energia Eólica vem galgando posições e se encontra na quarta posição, tendendo a ultrapassar a biomassa (8,5%) e o gás natural (8,6%) em breve. Houve uma expansão gigantesca da energia eólica a partir de 2013, com destaque para RS, RN, BA e o Nordeste em geral. A área litoral por si só já é um fator de atração para parques eólicos para diferença de pressão (ventos), gerado pela diferença do aquecimento das águas e do litoral (brisa do mar). Além disso, o Nordeste concentra os ventos alísios, o que intensifica os ventos (a linha do equador é um ponto de convergência dos ventos do Sul e do Norte do planeta). Já o RS, tem os pampas (área plana) favorecendo seu potencial. A energia eólica BR é maior do que a soma da solar, nuclear e carvão
A maior produção eólica é no RN (131 parques com 3.585MW) seguido da Bahia (88 parques produzem 2.291MW), Ceará e Rio Grande do Sul. O Nordeste conta com os ventos alísios que sopram dos trópicos sentido ao Equador. Já o Sul conta com um sistema de baixa pressão localizado acima da Argentina, gerando ventos constantes
Energia eólica = encontrada em localidades como Osório (RS), Cabo Frio (RJ) e Fortaleza (CE),
BIOMASSA (8,4%)
A biomassa, terceira fonte da matriz elétrica e segunda da matriz energética / em comparação com os combustíveis fósseis (derivados de petróleo), esses resíduos geram menos emissões de gases causadores do efeito estufa. A combustão de materiais orgânicos devolve à natureza apenas o carbono que a planta usou para crescer, o que não gera prejuízos ambientais. Assim, o balanço de emissões de CO2 é reduzido, podendo chegar a ser nulo
De acordo com a ANEEL – agência nacional de energia elétrica, a biomassa é uma das fontes para produção de energia com maior potencial de crescimento no Brasil através da utilização do bagaço e da palha. A participação é importante não só para a diversificação da matriz elétrica, mas também porque a safra coincide com o período de estiagem na região Sudeste/Centro-Oeste, onde está concentrada a maior potência instalada em hidrelétricas do país, auxiliando na preservação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Percebe-se, também, importantes avanços tecnológicos no setor, com a produção do etanol de segunda geração, através da celulose existente no bagaço da cana. ** (BIOMASSA = BAGAÇO + PALHA = ESTIAGEM E ETANOL DE 2ª GERAÇÃO) **
CARVÃO (3,2%)
O carvão que é a grande fonte de energia no mundo, no Brasil representa apenas 3,2% da matriz elétrica BR.
Carvão BR = localizado no RS e de baixa qualidade – baixo teor de carbono -, produção concentrada em Criciúma (participação de 5% na matriz contra 20% no mundo)
ENERGIA SOLAR
A energia SOLAR dobrou de 2018 para 2020 (0,5% -> 1%) / Eficiência das hideletricas = Itaipú, Belo Monte (PA), Tucuruí (PA), Jirau (RO), Ilha Solteira (SP e MS)
NUCLEAR
BR controle todas as etapas de geração de energia nuclear somado a presença de reservas de urânio / Urânio no BR = reservas em Caetité (Bahia) e Santa Quitéria (Ceará) = 1,4% de participação na matriz energética BR
MATRIZ ENERGÉTICA BR (2020) (10+)
A matriz energética corresponde ao CONJUNTO DE FONTES disponíveis / são as fontes de energia para captação, distribuição e utilização / o BR possui 48% de matriz energética renovável (2020), maior porcentagem do G20 (credenciais sólidas)
BRASIL = Petróleo (34%), Derivados de Cana (18%), Hidráulica (12,4%), Gás Natural (12%), Lenha e Carvão vegetal (8,8%), Carvão (5%), Nuclear (1%) – TOTAL = RENOVÁVEIS (48%) E NÃO-RENOVÁVEIS (52%) – MATRIZ ENERGÉTICA MAJORITARIAMENTE SUJA! (Diferente da matriz elétrica)
Matriz Energética mundo = Petróleo, carvão e gás (31, 29, 21%), Biomassa (10%), nuclear (5%) / Matriz elétrica e energética no mundo é suja, diferente do Brasil (apenas na matriz elétrica, que é limpa = 84% de fontes renováveis
BR = relativamente limpa e diversificada / divide-se em renovável e não renovável = matriz mundial 14/86 = BR 48/52
Gás natural no Brasil (13%) = favorecido pelas Reservas do Rio Urucu – afluente do Amazonas)
Matriz energética renovável BR (48%) = hidrelétricas (12% da matriz energética e 65% da matriz elétrica = destaca-se Itaipu binacional [Bacia do Paraná – potencial esgotado] e Tucuruí na bacia do Tocantins-Araguaia)
Atenção: Cana de açúcar, lenha e carvão vegetal correspondem a biomassa)
HIDROELETRICIDADE
Norte = Avanços na hidroeletricidade tem evitado extensos alagamentos como ocorrido em Balbina (tecnologia de turbinas de fio d’água) + Usina de Belo Monte (Rio Xingu) + Bacia Amazônica = grande potencial + alto impacto ambiental + grande distância = possibilidade de integração energética com a Venezuela e outros países / Nordeste = Bacia do São Francisco saturada + aproveitamento da Bacia do Parnaíba (Piauí) / Sul = grande variação altimetria = eficiência em relação a área alagada + possibilidade pequenas centrais /
Globalization and World Cities Study Group & Network (GAWC)
1- Classificação de São Paulo
2- 4 cidades BR considerada globais pelo GAWC
3- instituição responsável pela classificação das cidades
CIDADES GLOBAIS:
Alpha ++ = Londres e New York
Alpha+ (8) = Hong Kong, Beijing, Singapura, Shanghai, Sidney, Paris, Dubai e Tokyo
Alpha (23) = SÃO PAULO
Alpha menos (23) = Buenos Aires
** LEMBRAR, segundo o GAWC = SP, RJ, BH e Porto Alegre são cidades globais, porém SP é alfa e RJ é gama (alfa-beta-gama) **
A instituição responsável por classificar as cidades como global ou não, é a Universidade de Loughborough (Londres) em uma fase inicial e posteriormente aperfeiçoada pela Globalization and World Cities Study Group & Network (GWC)
GAWC é um think tank que estuda as relações entre cidades do mundo no contexto da globalização. Baseia-se no departamento de geografia da Universidade de Loughborough, em Leicestershire, Reino Unido
Alpha (23) (incluindo SP e Sidney (Sidney caiu uma categoria em 2020) / Alpha menos (23) (Buenos Aires caiu para alpha menos em 2020)
Conceito de Arranjo Populacional (1)
O IBGE definiu arranjos populacionais como as áreas urbanas que possuem mais de dez mil indivíduos realizando movimento pendular e/ou os casos de integração entre as malhas urbanas de dois ou mais municípios com distância máxima de três quilômetros entre essas malhas
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) (5)
Criado no ano 2000 / Define unidade de conservação (UC), como sendo o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias de proteção;
Ou seja, buscou-se normatizar as unidades de conservação que existiam em dois tipos:
tipo 1 - Unidades de Proteção Integral (5) - com a finalidade de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, e por isso as regras e normas são restritivas. Pertencem a esse grupo as 5 categorias:
• Estação Ecológica
• Reserva Biológica
• Parque Nacional
• Refúgio de Vida Silvestre
• Monumento Natural
tipo 2 = Unidades de Uso Sustentável (7) - concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos naturais. Esse grupo é constituído pelas 7 categorias:
• Área de Proteção Ambiental
• Área de Relevante Interesse Ecológico
• Floresta Nacional
• Reserva Extrativista
• Reserva de Fauna
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável
• Reserva Particular do Patrimônio Natural
Entre os principais objetivos do SNUC estão (Contribuir, proteger e promover): Contribuir para conservação + Proteger + Promover a educação e o desenvolvimento sustentável +
Principais culturas econômicas do Nordeste (6)
Ceará = algodão de fibra-longa + porto de Pecém (offshore) + complexo industrial e portuário de Pecém + carcinicultura
RN = carcinicultura + agricultura (rio açu e piranhas)
Pernambuco e bahia = petrolina e juazeiro + barragem de sobradinho = frutas
Matopiba = soja = cidades de barreiras + br-153 + ferrovia carajás + porto de itaqui (maranhão) = destaque a cidade de luiz eduardo magalhães
Maranhão = projeto grande carajás = grandes empresas de transformação (alumar) + porto de itaqui
Alagoas = sal-gema
Acesso à terra por estrangeiros no BR (10+)
Aprovado novo projeto de lei de acesso à terra por estrangeiros no Senado em 2020 (segue para o Congresso)
A lei atual é de 1971 (Governo Médici) = crítica a aquisição de terras por estrangeiros = empresas que não são autorizadas a atuar no Brasil e estrangeiros não residentes ficam proibidos de adquirir terras no país / ** O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) precisa autorizar a compra de terras de grande porte por essas companhias / há limite de 50 módulos de exploração indefinidas para pessoas físicas e 100 para PJ ** / o módulo varia de acordo com o munícipio / áreas acima dos módulos permitidos, necessitam de autorização do Congresso Nacional para serem negociados para empresas de fora
A Lei também limita a 25% dos territórios municipais pertencentes a estrangeiros (sendo 10% o limite para empresas de uma mesma nacionalidade, passando a ser 40% no novo projeto de lei) / a lei diz que a compra por estrangeiros de terras em “área considerada indispensável à segurança nacional” precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança Nacional
Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo no final de 2018 mostrou que menos de 1% do território nacional pertencia a estrangeiros naquele na / depois da crise de 2009 e o boom da commodity, o interesse por terras cresceu no país, retomando as restrições de acesso à terra por estrangeiros que haviam sido suspensas por entendimento da AGU de 1994-2010 / As aquisições que tinham sido feitas nos 16 anos anteriores não foram alteradas ou revisadas /
O projeto de lei aprovado pelo Senado revoga a lei de 1971 e instala um novo regime = retira boa parte das restrições de aquisições, facilita o arrendamento, desde que observado o princípios da função social da propriedade / o projeto mantém a necessidade de acionamento do Conselho de Defesa Nacional em alguns casos = compras na Amazônia, compras de terras por ONGS estrangeiras
Alguns argumentam contrariamente à aquisição por estrangeiras por encarecer o preço da terra e por consequência dos alimentos (prejudicial a segurança alimentar) + afronta a soberania nacional
Observação: Lei de terras = Lei 601 de 1850 = Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra / Exceptuam-se as terras situadas nos limites do Imperio com paizes estrangeiros em uma zona de 10 leguas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente.
Geografia Moderna (Científica)
1- dois principais autores e nome de suas principais orbas
Surge com as obras de Alexander von Humboldt 1769-1859 e Carl Ritter (1779-1859)
Iinfluenciada pelos Gregos (Ptolomeu e Estrabão = coordenadas), Árabes (cartografia), Emmanuel Kant
Impulsionada pelas instituições de ensino superior e das sociedades geográficas patrocinadas pelos Governos (Ex: Conferência Internacional de geografia em 1876 pelo rei Leopoldo II) (1821 na França e 1838 no BR) / sistematização de uma disciplina a serviço do Estado alemão nascente = 1815 = formação da Confederação Germânica (eclosão da geografia) = busca por cientifização da geografia (institucionalização)
Alexander von Humboldt (prussiano) = a natureza é um todo vivo / expedições as Américas / teia de vida / visão poética da natureza / medições precisas para formar lei generalistas / observação e descrição / natureza e clima interligados / influencia Charles Darwin / olhar sistêmico / enciclopedista e extremamente descritivo / estabelece o princípio da causalidade (tudo há uma causa e um efeito)
Carl Ritter = geógrafo de gabinete / professor de Marx / leis mais regionais
Comparação entre fenômenos para destacar suas peculiaridades (Geografia Geral Comparada / Geografia Regional) / Os estudos de Humboldt, mais ligados à áreas como botânica, pedologia e geologia, e os de Ritter mais próximos à história, ilustram uma marca da geografia que é a valorização da relação sociedade-natureza / o nome do livro mais importante de Humboldt era “Cosmos” e o de Ritter “Geografia Comparada” / Humboldt foi o último enciclopedista.
Friedrich Ratzel (1844-1904) (10+)
DETERMINISMO E ESPAÇO VITAL (LEBESRAUM) / assim como um organismo, um território precisa de espaço mínimo para sobreviver e, por conseguinte, desenvolver-se / o período era de expansionismo das potências europeias / obras antropogeografia e geografia política = (líder da escola determinista = meio > homem) = escola alemã – “o homem é um produto do meio” “escola determinista” ou “determinismo; o geográfico” / “PAI da geopolítica” / Influencia a geografia e a geopolítica /
Geografia = as condições naturais influenciam e moldam o homem / os recursos naturais são escassos e o homem deve protege-lo, dando origem aos Estados e ao “espaço vital” = Lebensraum
Lei do crescimento espacial dos Estados / ESTADO como organismo vivo / geografia que caminha junto ao realismo político / Sobrevivência do Estado no sistema internacional anárquico / Escreve durante a unificação alemã e legitima o expansionismo de Otto von Bismarck (1815-1898) / Imperialismo como sobrevivência / fundador da geografia humana
Traz a história para a geografia / influencia diretamente no “determinismo geográfico” de Lamarck e Darwin / o meio natural exerce uma dominação sobre o homem / base das teorias de superioridade racial da época, da expansão capitalista neocolonial e da “escola ambientalista” (ecologia) – a medida que a natureza da suporte para o desenvolvimento e existência do homem (menos drástico) / determinismo natural
Obra de destaque = teorizando geograficamente o Estado (1897) dialoga com o realismo das relações internacionais = Estado e poder
A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães
Desenvolvimento do Estado para RATZEL = população e recursos naturais do território / progresso = aumento de território (fracasso = sua perda) / espaço vital = equilíbrio entre população e os recursos para suprir suas necessidade
Foi a ascensão do Determinismo, na Alemanha, que a geografia moderna tornou-se científica. Posteriormente, o Possibilismo de Vidal de La Blache surgiu, mas não se pode afirmar que foi em resposta ao Determinismo de Friedrich Ratzel, nem que chegou a superar as ideias do autor alemão / criou o princípio da Extensão ou Localização, o qual afirma que ao se estudar uma área primeiro deve-se fazer sua localização e limitação no mapa
Rudolf Kjellen (1864-1922) (Suécia) = Cunhou o termo geopolítica, em 1899. O seu trabalho foi influenciado por Friedrich Ratzel. Com Alexander von Humboldt, Karl Ritter e Friedrich Ratzel, Kjellén lançou as bases da geopolítica alemã, que mais tarde seriam aproveitadas por Karl Haushofer / Kjellén fundou uma nova ciência política, dedicada a descrever o Estado: “o Estado em toda a sua totalidade, tal como se manifesta na vida real”. Enumerou, assim, os atributos do poder: geografia (analisada pela geopolítica), economia (analisada pela geoeconomia), sociologia (analisada pela sociopolítica) e política (definindo a forma, o poder e a vida do Estado) / Trata-se de uma abordagem pejada de determinismo. Afirma que: “Os Estados são seres sensíveis e razoáveis - como os homens” / Geopolítica Clássica (1870-1950) = Estado no centro da discussão
TEXTO PARA LEITURA (NEOCOLONIALISMO E RATZEL X LA BLACHE)
Em sua obra fundamental, Antropogeografia, Ratzel procurou as razões para a distribuição geográfica das comunidades humanas, identificando que estas comunidades estariam subordinadas, de forma determinante, ao meio natural e geográfico no qual estavam inseridos;
Dessa forma, a Escola Determinista estabelece, por exemplo, que indivíduos originários de ambientes naturais hostis (como é o caso das regiões de climas com frio intenso), apresentam-se mais desenvolvidos, em termos físicos e intelectuais, porque esses ambientes exigem maior capacidade individual e maior organização social para suportar e sobreviver às adversidades impostas pelo meio. Seguindo esta linha de raciocínio, a Escola Determinista contribuiu diretamente para o desenvolvimento da noção de superioridade do povo alemão, que teria, por consequência, a obrigação de subjugar povos mais fracos, como os povos dos trópicos, que eram vistos como mais indolentes;
O Determinismo Geográfico não apenas foi o principal argumento pelo qual se buscou justificar às pretensões colonialistas alemãs, como também foi usado, já no século XX, como instrumento para o desenvolvimento das ações que viriam a ser implementadas pela Alemanha Nazista;
O comportamento do Estado moderno foi outro ponto de estudo importante para Ratzel. Segundo suas teorias, o Estado seria o elemento fundamental responsável pela construção, defesa e expansão do território de uma nação – ele via o Estado como um organismo vivo. Partindo desse pressuposto, o conceito do Espaço Vital (Lebensraum) seria o espaço fundamental para a consolidação e a manutenção do poder do Estado, com isso, a população residente nele teria todos os fatores naturais necessários à sua sobrevivência e ao seu fortalecimento, o que ampliaria, por conseguinte, sua capacidade de expandir e dominar novos territórios, incorporando-os em seus domínios;
A ideia fundamental da escola francesa foi identificar que existem inúmeras possibilidades de influências recíprocas entre o homem e o meio natural. Nesse sentido, mesmo que na visão possibilista se admita a influência da natureza sobre os indivíduos, aponta-se para a racionalidade humana ativa.
Assim, ao ir diretamente de encontro às teses deterministas, a Escola Possibilista tinha a intensão de criar argumentos para tentar frear o ímpeto colonialista alemão, que ameaçava diretamente os interesses e os domínios da França neocolonialista.
Determinismo Ratzeliano = valoriza o conceito de TERRITÓRIO
Possibilismo de La Blache = valoriza a PAISAGEM, gêneros de vida e região
Método regional = REGIÃO
Paul Vidal de la Blache, França (1845 – 1918) (10+)
GEOGRAFIA FRANCESA (1870) / ESCOLA POSSIBILISTA*** = GEOGRAFIA REGIONAL = INFLUÊNCIA RECÍPROCAS ENTRE HOMEM E NATUREZA = A NATUREZA NÃO DETERMINA A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE = Homem como ser racional é o elemento ativo que atua no meio = diferentes escolhas humanas em cada área geográfica
Criou uma enciclopédia com a geografia regional de diferentes partes do mundo – REGIÃO E PAISAGEM = conceitos chaves / o ser humano é influenciado pela geografia e natureza, e transforma o meio em que vive (traz o tempo e a história até a geografia)
Difere de Ratzel que acredita que as condições naturais > influenciam o homem / defesa da geografia regional (não há visões totalizantes, diferente de Von Humboldt), cada realidade é especifica / regionalismo extremamente descritivo
A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães
La Blache trouxe para a Geografia a importância do tempo e da história para os estudos geográficos
O conceito de gêneros de vida de Paul Vidal de La Blache tem como base a constatação de que os grupos humanos desenvolveram técnicas ao longo do tempo para aproveitar as possibilidades oferecidas pela natureza para o desenvolvimento humano /
POSSIBILISMO = natureza como fornecedora de possibilidades para a modificação humana, não determinando a evolução das sociedades, sendo o homem o principal agente geográfico / homem como elemento ativo, mesmo que haja influência do meio
LA BLACHE = crítica ao expansionismo germânico + legitima a ação COLONIAL francesa + desrespeito as fronteiras hstóricas europeias significa agressão, por serem produtos de um longo processo de civilização + Ásia e África eram sociedades ESTAGNADAS, imersas no localismo, vegetando lado a lado, sem perspectiva de desenvolvimento e que deveriam ser colonizadas.
Paul Vidal de La Blache, fundador da geografia moderna francesa, acreditava ser possível buscar na geologia, no clima, no relevo e na hidrografia razões para a compreensão da repartição dos homens e a posição das cidades, porém ressaltava que os problemas fundamentais aparecem somente após o tratamento cartográfico dos dados – CERTO TPS 2023 – LA BLACH É BEM PARECIDO COM RATZEL SOB ALGUNS ASPECTOS
Alfred Mahan (1840-1914) (5-7+)
Alfred Thayer Mahan foi o responsável pela criação da chamada “Teoria do Poder Marítimo”, a qual foi dissertada em sua obra “The Influence of Sea Power
upon History” (1660-1783). Nela, ele teorizou acerca da história naval britânica objetivando compreender como fora possível a Inglaterra dominar os mares por mais de três séculos, e continuar dominando até aquele momento.
Priorizava o poder naval afirmando que o país que possuísse o controle dos oceanos, também possuiria o controle do poder do global – a exemplo do que tivera sido o Reino Unido.
Com base nas ideias desse teórico, os Estados Unidos investiram significativamente em marinha, tanto no Pacífico quanto no Atlântico, inclusive, no próprio Canal do Panamá que possibilitaria a integração dessa grande frota
Cunhou a designação Médio Oriente, hoje tão em voga.
Em sua homenagem, a Marinha americana tem dado o nome de USS Mahan a vários navios
A sua obra também influenciou as doutrinas navais de todas as Potências no período entre as Primeira e a Segunda Guerra Mundial. As obras de Mahan foram traduzidas para japonês e muito utilizadas como texto de estudo no Japão / Mahan defende uma aliança atlântica com a Inglaterra (não é essencialmente isolacionista)
Em síntese, Mahan objetivava, através da sua teoria, conduzir os Estados Unidos ao papel de grande potência, tendo a questão do poder marítimo importância chave nesse contexto;
Sir Halford John Mackinder (1861-1947)
1- nome de sua obra e ano de publicação
2- nome de sua teoria
3- três principais áreas de sua teoria
HALFORD JOHN MACKINDER = geopolítico inglês / publicou “The Geogaphical Pivot of History”, na Real Sociedade Geográfica de Londres em 1904
** Criou a TEORIA DO HEARTLAND **
PIVÔ GEOGRÁFICO (HEARTLAND) -> INNER CRESCENT - OUTTER CRESCENT
Importância da EURÁSIA no controle do mundo = pivô geográfico = grade quantidade de recursos naturais / mares gelados no norte / vão das grandes florestas e grandes planícies e estepes do centro da Eurásia, até os ricos campos ucranianos e as grandes reservas petrolíferas do Mar Cáspio
Heartland é a área mais extensa de planície no mundo, isoladas geograficamente – com rios endorreicos (termina no próprio território) ou que desaguam nas águas geladas, protegidos também pela cadeia do Himalaia e os Urais.
INNER CRESCENT circunda o heartland (cinturão)
OUTTER CRESCENTE ou crescente insular externo = margens do mundo = dominada pelas potências marítimas
Ideia geopolítica inglesa de manter a RÚSSIA (heartland) afastada da ALEMANHA (maior potência industrial da Europa) na I Guerra Mundial
Crimeia = doada a Ucrânia em 1954 (desestalinização) em troca da manutenção de bases navais em SEVASTOPOL, no mar negro = acesso ao INNER CRESCENTE e águas quentes do mediterrâneo (sede da base russa no mar negro) = reafirmação das ideias de Mackinder
Geopolítico britânico que valorizava o poder terrestre da Rússia, criou a tese do “heartland” (coração da terra) ou “área-pivô” que abrangia justamente partes do território da Rússia e do Leste Europeu. A área geopolítica mais importante do planeta
Em 1904 ***, publicou o paper The Geographical Pivot of History,no qual formulou, na Real Sociedade Geográfica de Londres, a Teoria do Heartland, que influenciaria a política externa das potências mundiais desde então. Ele também defendia a divisão do mundo entre potências terrestres e marítimas, como houve na Primeira guerra Mundial
A principal área de interesse geopolítico era o centro da Eurásia, ocupado pela Rússia. Para avaliar como sua tese correspondeu aos fatos, pode ser útil subdividi-la em alguns aspectos: integração pelas ferrovias; existência ou inexistência de barreiras naturais de proteção; expansão sobre terras marginais e aquisição de significativa capacidade naval; possibilidade de aliança entre Rússia e Alemanha; a mais importante
Sua tese pressupunha uma expansão plena de rede ferroviária russa, o que permitiria a integração do território e mobilização eficiente dos recursos naturais disponíveis
Por fim, o aspecto mais importante da obra é a percepção que o controle da Europa Oriental leva a um controle do Heartland, que leva ao controle da Ilha-Mundo, que leva ao domínio mundial
A despeito de dominar o Heartland, a URSS não dominou a Ilha-Mundo, nem o Mundo. Agindo em consonância com a tese do Rimland de Spykman, e os Estados Unidos fizeram uma rede de contenção ao Hertland, o que impediu o domínio completo pelos soviéticos. Com isso, a tese de Mackinder não se verificou
Mackinder utilizava o termo PIVOT GEOGRÁFICO (1904), somente mais tarde passou a ser chamada de HEARTLAND (1919) (área de muitos recursos protegidas pela geografia) / Mackinder altera várias vezes as áreas abrangidas pelos heartland ao longo de sua vida (é mais uma ideia estratégia, reescrito ainda seu último artigo em 1943)
O britânico Halford J. Mackinder é considerado como o “pai” da geoestratégia. Ele foi o responsável por enunciar, em 1904, a “Teoria do Poder Terrestre” – ou “Teoria do Heartland” (contraponto a importância do domínio do mar para Mahan)
Karl Ernst Haushofer (1869-1946) (10+)
General e geopolítico alemão (o Estado é o elemento chave da geopolítica) (vem depois de Humboldt, Ritter e Ratzel) / Importante autor para a cartografia geopolítica / tem como base as ideias de Friedrich Ratzel, do espaço vital e de H. Mackinder
Principal impulsionador da escola de Geopolitik Alemã (geopolítica) / influenciou o desenvolvimento de estratégias expansionistas (inclusive o nazismo)
Desenvolve a teoria da Pan Região em 1930 = separa o poder em 4 frações autônomas e independentes (Américas + Europa e África + Leste Europeu com Rússia e China + Países do pacífico – Índia, Japão e Austrália – 4 gomos que vão de norte ao sul) (influenciou os blocos econômicos) que possuíam autossuficiência econômica – espaços autárquicos – dotados de um centro e uma periferia ou zona de influência (países metropolitanos, colonizados e dependentes)
** Espaço como poder (força política) **
Suicidou-se em 1945 enquanto aguardava a sentença do Tribunal de Nuremberg
Em 1941, ele argumentou que a mais importante tarefa da época era a construção de um bloco continental da Alemanha, passando pela União Soviética, até o Japão, como um forte contrapeso ao poder global britânico - Esse heartland seria construído voluntariamente pelo mútuo acordo entre as três potências (domínio do sistema internacional)
Oficialmente as 4 panregiões são: Pan-América (zona de influência norte americana), Euráfrica (zona de influência alemã), Pan-Rússia (zona de influência russa) e Pan-Ásia (zona de influência japonesa)
Na teoria de Karl Haushofer, a neutralização do Império Britânico, principal potência à época, cuja influência era exercida em escala global, era um dos pontos fundamentais
ESPAÇOS AUTÁRQUICOS ** constituindo panregiões
Para Karl Haushofer, o poder terrestre é mais importante do que o poder marítimo (contrário a Mahan)
Pan-regiões para NEUTRALIZAR a Inglaterra / chama a Inglaterra de pan-região fragmentada por ter colônias espalhadas por todo o globo
O geógrafo alemão Karl Haushofer foi responsável por converter a Teoria do Heartland, de Mackinder, em um importante fundamento estratégico para o estabelecimento de uma potência alemã com verdadeiros poderes de influência global. Dessa forma, ele indicou o equilíbrio de poder entre as “potências
terrestres” e as “potências marítimas”, havendo, portanto, a necessidade de se estabelecer as chamadas “pan-regiões”, que seriam baseadas no controle de recursos disponíveis nos territórios terrestres (sendo, dessa forma, Haushofer,
um teórico continentalista).
Haushofer também foi um importante estrategista do III Reich. Suas ideais se baseavam na necessidade de a Alemanha realizar “alianças naturais” (em especial com a Rússia e com o Japão), para, assim, poder sobrepujar o poder naval britânico – mesmo que para isso fosse necessário colocar de lado as diferenças ideológicas existentes entre a Alemanha e a Rússia. Nesse sentido, a Rússia possuía importância cabal, pelo fato de que, além de grandes reservas de recursos minerais e energéticos, o território russo (e soviético) apresentavam também vastas áreas de solos férteis, com notáveis produções agropecuárias.
NYCHOLAS J. SPYKMAN (1893-1943) (10+)
Nascido na Holanda e radicado nos EUA / formulou a teoria do Rimland e é considerado um precursor da “Estratégia de Contenção” do pós-II Guerra
Como Cientista Político é considerado um influente pensador da corrente clássica de pensamento Realista na política exterior norte-americana, trazendo o pensamento geopolítico europeu para os Estados Unidos
Parte da interpretação geopolítica de Sir Halford John Mackinder a respeito da teoria do Heartland
Spykman compartilha com Mackinder a ideia da unicidade da superfície líquida do planeta e da divisão da superfície terrestre em grandes blocos insulares formados por uma série de ilhas-continente”
O conceito de Rimland de Spykman é semelhante ao de “crescente interior”, ou área da Eurásia no entorno do Heartland. A diferença é que para Spykman, o papel do Rimland é central. Esta região seria a chave das disputas geopolíticas mais importantes da Eurásia. Quem dominasse o Rimland, decidiria o futuro da Eurásia, a “ilha-mundo” de Mackinder / O que para o Mackinder era periferia, para o Spykman era o principal
Ele partiu das ideias de Halford Mackinder, mas modificou sua tese central: para Spykman, quem tem o poder mundial não é quem controla diretamente o “coração do mundo”, mas quem é capaz de cercá-lo, como os Estados Unidos fizeram durante toda a Guerra Fria e seguem fazendo até os nossos dias
Na visão de Spykman, era o cerco potencial da América pela Eurásia ou da Eurásia pela América que definiria neste século as grandes linhas da política mundial / aliança para derrotar o Eixo na II Guerra se desfez assim que ele foi derrotado, e a estratégia americana passou a ser a contenção da URSS dentro dos limites do Heartland, ou seja, a tentativa de impedir que esta controlasse o Rimland e obtivesse uma saída para mares abertos que lhe permitisse projetar forças mundialmente
Desta forma, os conceitos analíticos de Spykman, influenciaram a estratégia americana no início da Guerra Fria, incluindo a postura de George Kennan, com a criação de um “cordão sanitário” em todo o entorno (Rimland) da União Soviética (Heartland), para conter o “comunismo”. O padrão defensivo deste “cordão sanitário” rapidamente ganha um caráter ofensivo com o início da Guerra Fria e a criação de uma rede de alianças entre os EUA e países do Rimland (OTAN, SEATO, Cento, OTASE, Pacto de Bagdá)
Spykman definiu o continente americano, do ponto de vista geopolítico, como primeira e última linha de defesa da hegemonia mundial dos EUA. Assim, manter a supremacia na América do Norte e Caribe somada à hegemonia na “ilha-continente” América do Sul, era fundamental para o sucesso da estratégia global americana, podendo mesmo ser considerado como o primeiro grande pilar da hegemonia global dos Estados Unidos.
Na América do Norte e Caribe não existiriam ameaças reais ou potenciais críveis. Mas na América do Sul, a região do chamado ABC (Argentina, Brasil e Chile), poderia articular uma aliança antiamericana, que na visão de Spykman, nunca poderia ser tolerada
Na prática a guerra direta não foi o padrão de resposta americano durante a Guerra Fria. Este modelo de resposta com “guerra externa” de Spykman acabou substituído pelo padrão de Henry Kissinger, de “guerra interna”, em que foram utilizadas as forças armadas e policiais locais contra setores de suas próprias populações nacionais
Realismo Político (10+)
A Geografia Clássica e o Realismo Político compartilham de diversos parâmetros comuns, por exemplo, a preponderância do Estado no sistema internacional e as dinâmicas mundiais pautadas pela noção de poder.
Não há autoridades acima dos Estados / Por reconhecer a exclusividade dos Estados como atores internacionais, o realismo político coaduna-se com os parâmetros da geopolítica clássica.
O realismo político é uma abordagem de Ciência política e Relações internacionais / 2 conceitos-chave: poder e conflito / natureza humana = egoísta, predatória e propensa à conquista / desejo de poder e segurança / busca dos próprios interesses = formação dos Estados, que por sua vez, busca o próprio interesse nacional / sistema internacional anárquico e inseguro (estado de natureza hobbesiano), cada Estado deve se garantir a manter o equilíbrio de poder, minimizando inseguranças ligadas a ameaça externas / ** objetivo = estabilidade e não a paz / paz = objetivo utópico **
GEOGRAFIA NOVA (1950-1970) (também chamada de Geografia TEORÉTICA OU NOVA GEOGRAFIA OU GEOGRAFIA QUANTITATIVA)
Também chamada de Geografia Pragmática ou Quantitativa (1950) / Geografia Quantitativa (Nova Geografia, Geografia Teorética e Geografia Pragmática)
Surgimento: Pós 2ª Guerra
Crítica a geografia tradicional (insuficiência) (não prática) / rompimento com La Blache e a geografia regional clássica, fazendo uso de modelos, racionalização, uso de ciências duras (matemática) + Rigor metodológico
Essa geografia é um meio de poder estruturado pelos Estados capitalistas que haviam saído mais fortalecidos do conflito (Estados Unidos e Reino Unido sobretudo), que visavam, dentre outras condições, a um processo de recuperação e de retomada do crescimento econômico de forma mais eficiente.
Maior expoente: Walter Christaller
Protagonistas: Tuan, Relph, Buttimer e alunos da Clark University; Frémont, Ley, Eyles, Peet, Harvey, D. M. Smith, Gregory
Contrária ao determinismo natural / uso da estatística / busca de leis / pós moderna, feminista, pós-colonial /
Ela também é conhecida como o Método Estatístico, tendo em vista que faz uso dos números de análise matemática (neopositivismo lógico) para gerar, tanto um planejamento governamental mais eficiente quanto um domínio mais lucrativo sobre os elementos presentes nas diversas porções do espaço geográfico.
Refuta completamente a ideia do dualismo entre as ciências naturais e as ciências sociais.
Outras características = maior rigor científico nas análises + objetivo de produzir uma linguagem que seja compreensível para todos os ramos científicos, por meio de razão lógico-matemática clara e objetiva
Algumas críticas contundentes proferidas com relação à Escola Quantitativa estão relacionadas com sua análise sobre o meio natural e sobre o seu modo geral de análise do espaço.
Sobre a natureza, os geógrafos quantitativos a consideram como um espaço geométrico, fechado e hierarquizado, que se presta basicamente ao fornecimento de recursos para o desenvolvimento do sistema capitalista, recursos esses que são explorados a partir das ações governamentais.
Já em relação ao modo de análise geral do espaço, as críticas ficam por conta da sua visão de que o espaço é homogêneo, fato decorrente da não observância das peculiaridades que cada porção do espaço geográfico apresenta.
Outro aspecto controverso da Escola Quantitativa é o fato de que, devido ao seu método fatorial, os indivíduos perdem sua identidade transformando-se em números estatísticos, o que acaba por desenvolver um conhecimento geográfico impessoal e pouco relacionado aos verdadeiros interesses da sociedade.
** No Brasil, a maior representação da Escola Quantitativa fica a cargo do IBGE – o mesmo acontecendo com vários outros países, que têm em seus institutos de pesquisas importantes balizadores do processo de identificação dos fenômenos diversos que se formam sobre o espaço **
Surgem diversas variações de Geografia crítica – Marx e Milton Santos = Para ele o espaço é social, produzido pela sociedade, é uma instância da sociedade
Troca-se o empirismo da observação direta por um empirismo mais abstrato, dos dados filtrados pela estatística / A geografia de modelos propõe o uso de modelos de representação e explicação, no trato dos temas geográficos. Há uma articulação entre dados constantes e variáveis, fornecendo, por uma elaboração no computador, os resultados em termos de padrões e tendências / Adoção da Teoria Geral dos sistemas / Cálculos e probabilidades / prever ou antecipar fatos
Entre as críticas da Nova Geografia ou Geografia Quantitativa à Geografia Tradicional destaca-se a acusação de que essa tem uma ótica retrospectiva, isto é, falava do passado, era um conhecimento de situações já consolidadas. Assim, não informava a ação, não previa; logo, era inoperante como instrumento de intervenção na realidade.
Teoria Geral dos Sistemas (1950) = Pautada conceito do Biólogo Ludwig von Bertalanffy = teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Partindo do pressuposto que existe uma nítida tendência para a integração entre as ciências naturais e sociais; dessa síntese advém a teoria geral dos sistemas (unidade da ciência) (avaliação como um TODO e não por setores) (Abordagem GLOBAL, INTERRELAÇÃO E INTEGRAÇÃO de assuntos) (Unificação científica)
A Geografia Crítica (Yves Lacoste e Milton Santos) busca a identificação de condições econômicas e a necessidade de ações estatais como sendo essenciais para o estabelecimento de um espaço territorial mais adequado às necessidades da população. NÃO confundir com a corrente da chamada Nova Geografia, também chamada de Escola Teorética ou Quantitativa, que se baseia no planejamento estatal e na análise de dados estatísticos para o maior entendimento dos padrões socioeconômicos existentes.
Geografia Humanista (1970) (10)
A Geografia não mais será aquela que diz como é a superfície terrestre e como essa funciona (Geografia clássica); e nem será apenas aquela que diz como os espaços humanos são produzidos (Quantitativa e Crítica/marxista); mas será aquela que examina como o “espaço produz” o indivíduo (humanística) e a vida social (contemporânea/renovada).
Essa corrente procura ultrapassar o dualismo entre processo cognitivo e a forma espacial e extrai da fenomenologia a vontade de considerar o objeto e o sujeito integrados na unidade vivida da existência e da experiência primitiva nos diferentes domínios. Isso deve se constituir na preocupação central de uma Geografia social do homem
“ESPAÇO” COMO ELEMENTO CENTRAL / VALORIZAÇÃO DA SUBJETIVIDADE DO ESPAÇO / EXPERIÊNCIA DE PESSOAS E GRUPOS EM RELAÇÃO AO ESPAÇO / ENTENDER VALORES E COMPORTAMENTOS / ELEMENTOS MAIS PARTICULARMENTE HUMANOS DO ESPAÇO / ESPAÇO = EXTENSÃO CARREGADA DE SIGNIFICAÇÕES
Geografia humanista é a corrente da geografia que pesquisa as experiências das pessoas e grupos em relação ao espaço, com o fim de entender seus valores e comportamentos / autores = Yi-Fu Tuan, Anne Buttimer e Armand Frémont
Geografia Humanista (1970-1980) (5) = ampliação do conceito de espaço + subjetividade da realidade + “espaço vivido” = experiências pessoais e particularismos + LUGAR como ideia central + esforço para proteção do lugar (IPHAN e UNESCO) + experiência subjetiva do espaço
Geografia crítica ou marxista *** (7+)
Encontra fundamento nas obras escritas pelo pensador alemão Karl Marx (1818-1883), porém surge nos anos de 1960 a 1970 - as problemáticas urbanas exigiram novo arcabouço geográfico.
Surge após o estabelecimento da Nova Geografia (Quantitativa), tendo como objetivo de romper, ao mesmo tempo, com os paradigmas da Geografia Tradicional e com a ideia de expansão e domínio das grandes potências capitalistas no ambiente do pós-2ª Guerra Mundial e da Guerra Fria, aos quais fazia severa “crítica” (daí a ideia de Geografia Crítica).
A análise não é feita de forma isolada, tendo em vista que o meio natural é observado conjuntamente com os espaços humanizados.
Esse método buscou evidenciar a importância da ação do Estado como agente organizador do espaço e supridor das necessidades essenciais das populações
A Geografia passou a ser vista como uma forma - um meio - de luta social, sendo, portanto, um instrumento para a modificação da realidade de dependência e de pobreza, as quais muitas sociedades estavam submetidas (Geógrafos e Geografia engajada)
Diversos geógrafos trabalharam com a Escola Crítica, dentre os quais, destacaramse: Pierre George, Manuel Castells, Henry Lefevbre e Yves Lacoste (no cenário internacional); e Manuel Correia de Andrade e Milton Santos, no cenário nacional.
Esta tendência é centrada na observação ANALÍTICA dos processos ocorridos na sociedade. Entre esses processos podemos citar a desigualdade, o subdesenvolvimento e a pobreza. A principal finalidade da geografia radical é o melhoramento da compreensão das ligações homem-meio como mudança anterior para o direito de alteração dos aspectos ruins da vida real. Esta facção, em oposição ao poder político, coloca a geografia ao alcance da sociedade e aparece como tentativa de responder às desigualdades sociais que existem no mundo / Busca pela transformação da realidade social / conteúdo político de conhecimento científico / GEOGRAFIA MILITANTE
Geografia Crítica Radical (1960-1970) (7) = novas problemáticas (minorias, feminismo, migrações) + olhar marxista + Espaço passa a ser o conceito central + destaque a Milton Santos e David Harvey (Por uma Geografia Nova / Justiça Social e a Cidade / conceito de acumulação flexível) + outro autor Yves Lacoste + espaço passa a ser organizado pelo homem raízes históricas e determinações sociais do espaço
David Harvey = conceito de “acumulação flexível” = reestruturação dos modos de produção capitalista CÍCLICOS devido ao engessamento da produção (fordismo -> pós-fordismo -> toyotismo)
Seria, como afirma Milton Santos, uma forma-conteúdo em que um processo vivo de construção tem lugar. Milton Santos trabalha, para além do conceito de espaço, aquele de paisagem. Para o autor baiano, o conceito de paisagem seria importante, pois é através dele que se percebem as “acumulações desiguais de tempo”, que são centrais para as análises geográficas.
Ao afirmarem que nada ocorre despropositadamente, centram no conceito de espaço a sua crítica, pois este ofereceria os instrumentos e revelaria os agentes que atuam na construção da história e na transformação da sociedade.
Essa perspectiva negava a autonomia do homens na produção do espaço geográfico, na medida em que este era resultado das relações de produção ou infraestrutura.
Segundo Harvey, o capitalismo, de tempos em tempos, sofre processo de engessamento que dificultam a acumulação de capital, o que leva a uma reestruturação dos modos de produção.
A Geografia Crítica (Yves Lacoste e Milton Santos) busca a identificação de condições econômicas e a necessidade de ações estatais como sendo essenciais para o estabelecimento de um espaço territorial mais adequado às necessidades da população. NÃO confundir com a corrente da chamada Nova Geografia, também chamada de Escola Teorética ou Quantitativa, que se baseia no planejamento estatal e na análise de dados estatísticos para o maior entendimento dos padrões socioeconômicos existentes.