Geografia CACD Flashcards
6 BIOMAS BR (segundo o IBGE) e os 6 domínios morfoclimáticos
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), podemos dividir o país em nove principais biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal*
Biomas (6) não se confundem com domínios morfoclimáticos (6 domínios e suas faixas de transição), desenvolvido por Aziz Ab Saber, levando em consideração diversas características como o relevo, clima, hidrografia, solo e bioma. O bioma é um conjunto natural que analisa a fauna e flora de um ambiente, estando inserido no domínio morfoclimático.
Domínios Morfoclimáticos = Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mares de Morros, Araucárias, Pradarias e Faixas de transição.
O pantanal (considerado um bioma para o IBGE) e as matas dos cocais são uma faixa de transição e não um domínio morfoclimático.
6 Biomas = determinantes = fauna e flora
7 domínios morfoclimáticos = determinantes = clima, relevo e vegetação
Campos OU Pampas (10)
Extremo sul – bioma influenciado pelo clima subtropical e pelo relevo (PLANÍCIES). Em virtude do clima frio e seco, a vegetação não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas, como capim-barba-de-bode, capim-gordura, capim-mimoso etc. / Os campos são formados por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos
Enquanto na Região Norte esse bioma está presente sob a forma de savanas de gramíneas baixas, na Região Sul, aparece como as pradarias mistas subtropicais / A vegetação campestre forma um tapete herbáceo com menos de 1 metro, com pouca variedade de espécies. Sete tipos de cactos e bromélias são endêmicos da região, além de uma espécie de peixe – o cará / O nome “pampa” tem origem indígena e designa uma região plana / Aproximadamente 40% das espécies são endêmicas
Há dois tipos de fitofisionomias: campos limpos e campos sujos. Os campos limpos caracterizam-se por não apresentarem arbustos, ao contrário dos campos sujos, onde esses arbustos são encontrados
Os solos do Pampa são, geralmente, pouco férteis e propícios à erosão. Em virtude da prática agrícola (monocultura) realizada nessa área e da pecuária, uma grande parte desse bioma foi devastada, intensificando os processos erosivos, tornando os solos arenosos
O Pampa compreende uma área constituída por duas bacias hidrográficas, a bacia hidrográfica Costeira do Sul e a bacia hidrográfica do Rio da Prata. Os principais rios são: Rio Uruguai, Rio Santa Maria, Rio da Prata, Rio Jacuí, Rio Ibicuí e Rio Vacacaí. A hidrografia desse bioma apresenta elevado potencial hidrelétrico e é extremamente navegável
Esse bioma apresenta uma particularidade: as quatro estações são bem definidas
MIGRAÇÃO (MUNDO) (15+)
O Relatório Migration Report 2020, da Organização Internacional para Migração, identificou a existência de 272 milhões de migrantes internacionais, o maior número da história, com expressivo crescimento nos últimos 20 anos. Também em termos relativos, o percentual de migrantes internacionais no total da população mundial está aumentando (2,3 -> 3,5% de 1970 para 2020).
Migração sul-sul é a maior do mundo (37%) , seguida de sul-norte (35%), norte-norte (22%), norte-sul (6%). O único continente que a maioria dos migrantes NÃO se dirige para um país do mesmo continente é a América Latina, que em sua maioria (70%) se dirigem para América do Norte (todos os demais continentes se deslocam para países do mesmo continente em sua maioria), somente 15% dos latinos americanos migram para países latino americanos vizinhos
Entre os migrantes oriundos de países do Sul existem cerca de 82,3 milhões que vivem em outro país do Sul, valor que excede ligeiramente o número de migrantes nascidos no Sul mas que residem no Norte, cerca de 81,9 milhões. Entre 1990 e 2013, o volume de migrantes Sul-Sul sofreu um aumento de 41% passando de 59 milhões para os 82 milhões registados em 2013 (United Nations 2013a) / Sul-Sul 82,3 milhões / Sul-Norte 81,9 milhões / Norte-Sul 13,7 milhões / Norte-Norte 53,7 milhões
** Os imigrantes são responsáveis por 6,7 trilhões do PIB mundial, o equivalente a 10% do PIB mundial. Além disso, possuem maior produtividade do que os trabalhadores nacionais, segundo a MCKINSEY Global institute **
Maior influência de fluxos de imigrantes no mundo = Aruba (1/6 pessoas são imigrantes [Venezuelanos], Líbano (1/7), Curaçao (1/10 = Venezuelanos), Jordânia (1/15) e Turquia (1/20)
O mundo não está mais no nível 2 do modelo de Thompson / 84 milhões de imigrantes em 1970 e 272 milhões em 2020
Os 5 maiores receptores de MIGRANTES em 2019 = EUA, ALEMANHA, ARÁBIA SAUDITA, RÚSSIA e REINO UNIDO
Os 5 maiores emissores de MIGRANTES em 2019 = ÍNDIA, MÉXICO, CHINA, RÚSSIA e SÍRIA
** A maior comunidade de colonização no Brasil é de BOLIVIANOS (250 mil+). Eram os Portugueses, porém eles têm sofrido queda (alta mortalidade e baixa fecundidade) / Os cinco países que lideram o ranking de brasileiros residentes são os EUA, PARAGUAI (brasiguaios), Japão, Portugal e Espanha / A concentração de brasileiros no Japão estão em NAGOYA – polo industrial (e não em TOKYO) / os demais brasileiros que emigram para outros países trabalham no setor terciário **
Existem 272 milhões de migrantes no mundo em 2020 (3,5% da população mundial em média, o Itamaraty calcula que sejam 4 milhões de brasileiros morando fora (aproximadamente 2% de sua população, estando abaixo da média mundial)
Migração internacional = toda migração é forçada (visão marxista) = por uma outra globalização, Milton Santos = as causas estariam associadas à lógica excludente do capital = espaços e populações beneficiadas atraem migrantes
Decisões individuais e livre-arbítrio (percepção liberal da imigração) = fatores de atração e repulsão
Com uma agenda política cujo objetivo é criminalizar o imigrante, esses grupos nacionalistas têm conseguido aprovar medidas de endurecimento, como a proibição dos minaretes na Suíça, a criminalização do imigrante “sem papel” na Itália e a proibição do uso do véu na França. Em âmbito regional, a aprovação pela União Europeia da chamada “diretiva de retorno”, com tratamento policial do migrante, tem levantado o debate sobre a questão da defesa dos direitos humanos pelos países de origem do imigrante. Nos EUA, a atuação de milícias na fronteira – como o Minuteman – e a construção de muro para impedir a entrada de imigrantes “ilegais”, bem como a adoção de medidas repressivas pelos estados – Arizona, por exemplo – têm estremecido as relações com os países latino-americanos e dividido a população americana.
Observação: Um Minuteman era um colono dos Estados Unidos que, de forma independente, se organizava e formava milícias para lutar como partisans durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Seu nome vem do fato de serem conhecidos por estarem prontos para a batalha em “um minuto”.
Recorde de imigração: 150 brasileiros são detidos por dia ao cruzar a fronteira do México com os EUA em 2021. Brasil é a oitava nação a mais enviar imigrantes de forma irregular aos EUA. País vive uma grave crise migratória, com mais de 1 milhão de pessoas detidas por agentes americanos. O número de 2021, ainda parcial, já é o maior da série histórica iniciada em 2007, de acordo com os dados do órgão de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos. Agora, o país é a oitava nação a mais enviar imigrantes irregulares aos EUA no mundo, à frente de países como a Venezuela e a Colômbia, por exemplo, e em patamar semelhante ao de Cuba. Os EUA vivem uma grave crise migratória, com mais de um milhão de pessoas detidas por agentes americanos apenas no ano fiscal de 2021
Muitos dos estudos sobre o “brain drain” (fuga de cérebros) dão maior ênfase aos efeitos negativos que esse tipo de movimento provoca nos países de saída desses grupos de migrantes. Sobretudo, quando se identifica que, na maioria dos casos, a fuga de cérebros é uma migração permanente e que acaba privando, em definitivo, os países emissores de seus profissionais mais qualificados e dos benefícios diretos que eles poderiam proporcionar.
AGRONEGÓCIO BR
1- Histórico
2- Dez ações Estatais no passado (principalmente em 1970)
3- Posição da produção brasileira
4- Quanto a produção atual ocupa do território nacional
5- Agricultura familiar (ocupação) e 3 Estados com maior ocupação da agricultura familiar
6- 4 maiores produtores mundias e suas produções em milhões de toneladas
7- Estado de maior produção nacional
8- Principal rodovia de escoamento da produção
9- Conceito de Regiões Produtivas do Agronegócio (RPA’s)
Até a década de 1960, o Brasil era um importante importador de alimentos, tendo em vista que a agricultura familiar de subsistência não era capaz de produzir alimentos em quantidade efetiva para toda a população. Além disso, a má distribuição de terras foi responsável por gerar profundas desigualdades - tanto
sociais quanto em termos de produção -, o que acarreta até hoje um cenário de não atendimento às necessidades alimentícias plenas da população nacional.
Ações Estatais entre 1960-70:
1) Em 1964, foi estabelecido o Estatuto da Terra; em 1965, o Sistema de Crédito Rural;
2) Em 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; e,
3) Em 1973, o Programa de Garantia de Atividade
Agropecuária – PROAGRO.
4) A inauguração de Brasília e a concessão de terras contribuíram para a ampliação da “Marcha para o Oeste”, dando margem para a expansão do agronegócio no país, a partir de novas fronteiras agrícolas.
5) Advento da Revolução Verde e a introdução de novas tecnologias = = aumento de produtividade, técnicas de correção de solo, melhoramento genético de sementes.
Intensifica-se o fomento governamental à produção agropecuária, por meio de programas de investimento e ocupação de regiões até então pouco exploradas
e/ou pouco valorizadas. Destacam-se: 1971 - PROTERRA / 1972 - PROVALE / 1972 – Embrapa / 1974 – POLAMAZÔNIA / 1974 – POLONORDESTE;
Hoje, o Brasil é 4º maior produtor e o 2º maior exportador de agronegócio no mundo (a tendência é se tornar o 3º maior produtor ultrapassando a Índia em alguns anos) – tudo isso produzindo em 7% do território / hoje ocorre a ampliação da agroindústria nacional
A produção agropecuária representa pouco mais de 5,2% do PIB nacional. No entanto, quando analisado de forma ampla e universal, o agronegócio representa aproximadamente 30% do nosso Produto Interno Bruto. Cerca de 15 milhões de pessoas são empregadas atualmente no agronegócio.
A agricultura familiar é responsável por 3 a cada 4 propriedades rurais, embora ocupe apenas 23% das áreas rurais (conquanto venha sofrendo fagocitose rural = queda no número de propriedades, pessoal ocupada e área da agricultura família = gerando aumento da concentração de terras e êxodo rural) / A produção no Brasil cresce muito mais em produtividade do que em área / O Brasil ainda NÃO detém autonomia alimentar, uma vez que depende da importação de trigo
A definição legal de agricultura familiar consta no Decreto nº 9.064, de 31 de maio de 2017.
77% dos estabelecimentos são classificados como agricultura familiar = 3,9 milhões de estabelecimentos = 10 milhões de pessoas = 23% de toda a produção agropecuária brasileira em 23% de toda a área
** Pernambuco, Ceará e Acre têm as maiores proporções de área ocupada pela agricultura familiar. Já os estados do Centro-Oeste e São Paulo têm as menores **
A agricultura familiar responde por quase metade da produção de alimentos no Brasil
Maiores produtores agrícolas = EUA, China e UE (EUA produz 650 milhões de toneladas de grãos e BR produz 250 milhões, sendo que o Mato Grosso, sozinho, produz 67 milhões (um terço do país) e o Paraná, segundo colocado, produz 37 milhões) / 34% das exportações de soja de 2020 saíram pelos portos do Arco Norte, em grande parte devido a infraestrutura como a BR-163
A conclusão do asfaltamento da BR 163, de Cuiabá a Santarém, possui grande importância para o escoamento de grãos por portos do arco norte, como o de Miritituba, no rio Tapajós. Esse asfaltamento não significa o abandono do projeto da ferrogrão – paralela à BR-163 - pois os modais de transporte possuem características diferentes
A BR-163 é uma rodovia longitudinal do Brasil. Possui 3579 km em sua extensão total; seu trecho principal liga as cidades de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, a Santarém, no Pará / Em relação ao milho, 31% de tudo o que foi vendido saiu principalmente dos portos de Barcarena/PA, Miritituba (Santarém)/PA, Itacoatiara/AM e Itaqui/MA. Os dados são do boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
O Brasil continua sendo o segundo maior EXPORTADOR de agronegócio, atrás dos EUA. (Caiu no CACD) / Mato Grosso (Bioma Cerrado) = maior produtor de soja, milho e algodão do país. O Algodão foi desenvolvido pela EMBRAPA como alternativa a eventual queda nos preços da soja
Veja os dez países que mais compraram agrotóxicos em 2013: Brasil: US$ 10 bilhões / Estados Unidos: US$ 7,3 bilhões / China: US$ 4,8 bilhões (metade do BR) / O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Antes do Brasil, os Estados Unidos eram os maiores consumidores / O Brasil completa em 2018 seu décimo ano na liderança do ranking de maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Todos os anos, são utilizados 7,3 litros de veneno para cada um dos habitantes do País
Importantes avanços do agronegócio no Governo Militar = criação do Sistema Nacional de Crédito Rural (1964), Embrapa (1973) e PRODECER (Programa Nipo-brasileiro de desenvolvimento do Cerrado)
O Nordeste possui metade das propriedades familiares do país (2 dos 4 milhões de propriedades, ocupando apenas 1/3 das áreas totais de propriedades familiares = minifúndios), notadamente no Agreste e no Sertão. Essas propriedades possuem baixa produtividade e tem grande dependência de apoio público, de programas como o Pronaf.
Destaca-se, também, a presença de propriedades familiares no Sul (19%, no entanto, estas são mais inseridas na agroindústria (Sadia e Perdigão)
Plano Safra = crédito para o grande produtor
PRONAF = crédito ao pequeno agricultor (governo FHC)
Maiores produtores de café = Minas Gerais, Espirito Santo, São Paulo, Bahia
A pecuária ocupa quase metade (45%) das propriedades rurais no Brasil, seguido de matas e florestas (29%) e lavouras (18%)
Brasil é apenas o 9º maior produtor de arroz no mundo (China, Índia e Indonésia são maiores)
Produção de milho = EUA, China, Brasil, União Europeia, Argentina
Atualmente, o Brasil possui o 2º maior rebanho de bovinos do mundo, atrás da Índia. Embora seja o maior rebanho comercial do mundo, a produção de carne dos Estados Unidos é maior que a do Brasil. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo desde 2004
Maiores rebanhos no BR = Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará / temos 214 milhões de cabeças de gado brasileiras / custos = desmatamento + quebra do equilibrio ecológico e ambiental + surgimento de pragas + uso inadequado do solo e d’água / cada kg de carne gera 78 quilos de dióxido de carbono e consome 64 litros de água
A integração dos setores da agroindústria brasileira, dá-se da seguinte maneira:
- Indústrias pré-cultivo: melhoramento de sementes, fertilizantes, rações, maquinários;
- Setor agropecuário propriamente dito: produção animal, cultivo de lavouras diversificadas, extrativismo natural;
- Indústrias pós-cultivo: processamento de alimentos, produção de têxteis, produção de bebidas, madeireira;
- Estrutura logística: processo de distribuição e abastecimento do mercado interno, processo de exportação.
A agricultura no Centro-Oeste brasileiro, ligada funcionalmente ao agronegócio globalizado, caracteriza-se pelo modelo de Complexo Agroindustrial, similar ao sistema de Belts nos Estados Unidos. Nesse modelo, trata-se de uma íntima relação entre a agricultura e a indústria, que está presente tanto à montante (indústrias, bens de capital, insumos e máquinas, inovações tecnológicas dos centros de pesquisa) quanto à jusante (beneficiamento e acréscimo de valor) da produção agrícola.
*** Sintomático do fato de que o agronegócio impulsiona o crescimento de cidades ao seu redor, é o fato de o Centro-Oeste ser a segunda região mais urbanizada do Brasil, atrás do Sudeste, e possuir duas métropoles que estão entre as que mais crescem no país: Goiânia e Brasília = “CADEIAS DO CAMPO”
Na safra 2019/2020, a produção nacional alcançou mais de 250 milhões de toneladas de grãos produzidas, sendo a soja o principal cultivo (cerca de 50% da área total plantada no país).
O futuro de agronegócio brasileiro deverá ser baseado em dois pilares fundamentais:
• A implementação de inovações tecnológicas e uso de novas tecnologias, estruturada sob os auspícios da “agricultura 4.0” (agricultura digital);
• Aumento da produção com maior foco na sustentabilidade, dadas as maiores exigências (sobretudo do mercado internacional) para que a produção ocorra, cada vez mais, em bases sustentáveis.
** O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), cresceu 8,36% em 2021. Na última medição, este setor alcançou uma participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior taxa desde 2004 **
Conceito de Regiões Produtivas do Agronegócio (RPA’s) = áreas híbridas = modernos espaços agrícolas + espaços não metropolitanos – cidades médias e pequenas, transformadas por dinâmicas territoriais do agronegócio globalizado, formando pontos, nós ou manchas de redes agroindustriais internacionais.
Exemplo fundamental da implantação de RPAs no território brasileiro é o centronorte do Estado do Mato Grosso, que tem em Sinop uma de suas principais “cidades do campo”. Fruto do avanço da colonização paranaense, que lhe dá nome. Sinop apresenta, assim, um dos maiores PIBs agrícolas do país. A integração da região aos portos de exportação e, ainda, a promoção de projetos como a pavimentação da BR 163 e a iniciativa da Ferrogrão, que pretende conectar a região às hidrovias da bacia Amazônica, facilitam a integração e o escoamento dos bens do agronegócio.
Cana de Açúcar (10+)
2º Produto da pauta agrícola BR (Maior produtor mundial) - SP produz 55% - BR como 2º maior produtor de etanol no mundo
VERSATILIDADE = opção de produzir açúcar ou etanol (vantagem competitiva em relação aos EUA) - plástico biodegradável (polihidrixobutirato) - biodiesel - as cinzas são utilizadas para concreto e argamassa - bioeletricidade - excedentes comercializáveis de energia
O Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), criado em 1933, teve forte intervenção estatal, dominando praticamente toda a estrutura do setor, sendo responsável pelo ciclo e produção e comercialização, inclusive de fixação de preços, cotas, exportação e importação. Dessa forma, um dos principais papéis do IAA foi incentivar o consumo e regular o mercado de açúcar e álcool no Brasil.
Pertence a um grupo de espécies de gramíneas perenes altas / nativas das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia
Quando o português Martim Afonso de Souza construiu o primeiro engenho brasileiro de cana-de-açúcar no litoral paulista, ele não tinha como imaginar o setor produtivo complexo que se construiria em São Paulo para processar essa planta
O Instituto de Açúcar e de Álcool (IAA), criado em 1933, teve forte intervenção estatal, dominando praticamente toda a estrutura do setor, sendo responsável pelo ciclo de produção e comercialização, inclusive de fixação de preços, cotas, exportação e importação. Dessa forma, um dos principais papéis de 1AA foi incentivar o consumo e regular o mercado de açúcar e álcool no Brasil,
Em 1975, foi criado o Programa Nacional de Álcool (Proálcool), que incentivou a produção de etanol anidro e hidratado, além de desenvolver a cogeração de energia por meio do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.
A cana de açúcar é o 2º produto do agronegócio brasileiro / O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, sendo que São Paulo responde por 55% da área plantada no país. Grande parte das usinas paulistas de processamento de cana podem escolher produzir açúcar ou etanol / Essa é uma vantagem competitiva do setor sucroalcooleiro estadual em relação à indústria norte americana, baseada no milho. Nos EUA, as usinas de processamento de milho precisam primeiro produzir açúcar para a partir dele produzir etanol
** O Brasil é o 2º maior produtor de ETANOL (atrás dos EUA), embora sejamos o 1º em produção de cana de açúcar **
No ano de 2000, entrava em funcionamento no Brasil uma usina com capacidade de produzir 50 toneladas de plástico biodegradável derivado da cana. A tecnologia de fabricação da sua matéria prima, o polihidroxibutirato (PHB), foi desenvolvida com participação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do governo de São Paulo
Atualmente é possível transformar o caldo da cana em óleo que substitui o diesel sem necessidade de adaptação dos motores / As cinzas podem ser substitutas da areia na fabricação de concreto e argamassa. Novas técnicas alcoolquímicas abrem possibilidades de serem produzidos detergentes, cosméticos e lubrificantes a partir da cana
A bioeletricidade é gerada pela queima do bagaço da cana em caldeiras. As usinas geram eletricidade para suas próprias atividades, sendo autossuficientes e parte dessas usinas ainda produzem excedentes comercializáveis
De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), o etanol brasileiro não apresenta riscos para a segurança alimentar / O Brasil utiliza 2% de suas terras cultiváveis para produção de etanol e suas principais áreas de produção de cana-de-açúcar ficam a pelo menos 2,5 mil quilômetros de distância da Amazônia / Merece destaque o estado de São Paulo, que produz próximo de 60% de toda a cana, açúcar e etanol do país. O segundo maior produtor é o estado do Paraná, com 8% da cana moída no Brasil
Maiores produtores de cana = BR, Índia, China, México, Tailândia, Paquistão / Observa-se que o Brasil (grandes produtores) e a Índia (pequenos produtores) respondem, em conjunto, por pouco mais da metade da cana produzida mundialmente
No Brasil, a cana-de-açúcar é a terceira cultura temporária em termos de ocupação de área, bem atrás da soja e de milho / O etanol hoje é utilizado em torno de 45% dos veículos, sendo 55% de gasolina (2019)
A legislação brasileira que estabelece a Politica Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) foi criada após a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP21). Um dos seus objetivos foi criar metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do Brasil.
MEGALÓPOLE
1) definição com 4 características
2) Autor da expressão
3) caracterização da mancha urbana SP-CAMPINAS e SP-RJ
4) caracterização quanto a infraestrutura e espaços rurais
5) 3 exemplos de Megalópoles
MEGALÓPOLES = CONURBAÇÃO + CIDADES-POLOS (PLURIPOLARIZAÇÃO)+ GRANDE COLEÇÃO DE SUBÚRBIOS + ao mesmo tempo, representam CONCENTRAÇÃO (mercado consumidor) e DISPERSÃO (problemas da cidade grande)
** Estes espaços representam a expressão espacial do processo de Globalização, sendo grandes espaços produtores e difusores do meio técnico-científico-informacional **
MEGALOPÓLE é uma região urbana PLURIPOLARIZADA / metrópoles conurbada ou em processo de conurbar-se / representa concentração e dispersão / pode ser considerada uma coleção de subúrbios / Não se formou entre RJ e SP como se previa nos anos 1970 = não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano = área de 22% da população, 0,5% do território nacional, 60% da produção industrial
Extensa área urbana + conurbação de metrópoles e cidades formando uma região superurbanizada (muitas vezes, uma delas “Cidade Global”)
A expressão megalópole foi talhada pelo geógrafo francês Jean Gottman, na década de 1960, para caracterizar a região de BosWash (2% da área do país e 17% da população total) (fonte: Nabuco)
O termo megalópole foi idealizado nos primeiros anos do século XX pelo escocês Patrick Geddes — considerado o pai do planejamento regional — ao perceber o fabuloso ajuntamento urbano que cobria parte do nordeste estadunidense (Bos-Wash / Uma megalópole é uma extensa região urbana pluripolarizada por diferentes metrópoles conurbadas, ou em processo de conurbação
Existência de complexo sistema de movimentações = sistemas de metrô, trens expressos, autoestradas, pontes aéreas, dentre outros.
Redução ou ausência de espaços rurais. Quando existentes são altamente produtivos, especializados e mecanizados, representando verdadeiros espaços agroindustriais.
SP-CAMPINAS = pode ser considerado uma megalópole, ou melhor, macrometrópole (segundo a EMPLASA) / mancha urbana contínua e forte integração econômica e social / possibilidade de junção com São José dos Campos, baixada Santista, Sorocaba / Motivos da não formação da megalópole SP-RJ = esgotamento do modelo de desenvolvimento + crise de 1980 + custo progressivo + violência + poluição + alteração no crescimento populacional = tudo isso, gerando DESECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO e INVERSÃO METROPOLITANA
Correspondem às mais importantes e maiores aglomerações urbanas da atualidade / São encontradas em regiões de intenso desenvolvimento urbano (NORTE GLOBAL), e nelas as áreas rurais estão praticamente (senão totalmente) ausentes / O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. Meios de transporte rápidos — trens expressos, autopistas e pontes aéreas — sustentam esses fluxos
A megalópole representa, ao mesmo tempo, concentração e dispersão. Concentração, pois a imensa zona urbanizada forma um mercado consumidor de grandes dimensões, atraindo atividades econômicas diversificadas e de alta capitalização; Dispersão, visto que o espaço da megalópole, irrigado por meios de transportes e comunicação, oferece alternativas de localização para áreas residenciais e industriais fora dos congestionamentos e problemáticos núcleos metropolitanos. A megalópole não é apenas uma aglomeração de metrópoles, mas também uma coleção de subúrbios
SP x RIO
Na verdade, entre Rio de Janeiro e São Paulo não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano / Porém, pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole de São Paulo, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social / Cogitou-se a formação da megalópole Campinas-SP-RJ (William Vesentini) originada da produção cafeeira, mas se difere das demais megalópoles por ausência de ligação ferroviária eficiente (trem-bala), seus subúrbios são bolsões de pobreza e não centros residenciais
SP X CAMPINAS
Pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole de São Paulo, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social. Esta enorme mancha urbana ameaça espalhar-se até polos como Sorocaba e Baixada Santista. Pelo outro lado, está a atingir São José dos Campos e, daí, seguir sua trajetória até unir definitivamente São Paulo e Rio de Janeiro numa mancha urbana única / Via Dutra (SP-RJ), Anhanguera-Bandeirantes (SP-CAMPINAS) / Essa megalópole conta com a CSN em Volta Redonda e a COSIPA em Cubatão, fornecendo impulso a indústria de base. Além da Indústria petroquímica em SP e RJ após 1950, trazendo a proletarização-poluição / A partir de 1990 = “deseconomias de escala” (excessiva aglomeração, estrangulamento do sistema de transporte, elevação acentuada dos preços dos terrenos, aumento da poluição) gera a desconcentração das cidades polos = crescimento menor das regiões metropolitanas, denominado INVOLUÇÃO METROPOLITANA (Milton Santos) / A expansão passa a ser rumo aos polos tecnológicos = Campinas (microeletrônica e biotecnologia = centros de pesquisa UNICAMP) e São José dos Campos (indústria aeroespacial = Instituto tecnológico da Aeronáutica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE).
Pode-se dizer que há concentração de megalópoles no mundo desenvolvido. Diferente das MEGA cidades, as quais são típicas do mundo subdesenvolvido, pois considera apenas o aspecto quantitativo (10 milhões de habitantes = mundo rico possui 8)
Outros exemplos de Megalópoles: Boston, New York-New Jersey, Filadélfia, Baltimore e Washington (também chamada de BOS-WASH / TOKYO-NAGOIA-OSAKA / Boston-NY-Washington / Tóquio-Osaka-Kitakyushu / Liverpool-Milão
Exemplos de megalópoles = Tóquio-Honshu (Tokkaido) / China = Jing-Jin-Ji (norte), Delta do Yang-Tsé (centro), Guangdong-Hong Kong-Macau (sul) / Europa = “Red Octopus” = Barcelona-Marselha-Roma, Estocolmo-Berlim-Amsterdã-Bruxelas-Paris; Londres-Paris-Frankfurt-Milão- Roma; Varsóvia-Berlim-Paris; Zagreb-Praga-Viena-Munique / EUA = megalópole dos Grandes Lagos-ChiPitts
Observa-se, atualmente, a junção de megalópoles em alguns casos = BosWash e ChiPitts;
Aglomerado urbano SP-RJ = 22% da população nacional / maior conjunto urbano contíguo da América do Sul / forte poder decisório nacional / megalópole em formação = existência de espaços menos articulados, com menor infraestrutura
São Paulo = pode ser chamada de MEGA METROPÓLE, mas nunca megalópole
MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA (2020) (20+)
A matriz elétrica representa o conjunto de fontes disponíveis apenas para a geração de energia elétrica
Brasil = Hidráulica (65%), tríplice empate = gás natural (9,3%), eólica (8,6%), biomassa (8,4%), carvão e derivados (3,3%), nuclear (2,5%), petróleo (2,0%), solar (1%). A tendência é a eólica ultrapassar o gás natural em 2020 ou 2021.
Matriz Elétrica MUNDO = Carvão (38%), Gás Natural (23%), Hidráulica (16%), nuclear (11%), solar, geotérmica, maré e eólica (6%) e petróleo (3,7%)
Mundo = 76/24 (não renováveis/renováveis) / Brasil = 18/82% (não renováveis/renováveis)
ENERGIA EÓLICA (8,6%)
A energia eólica no brasil é o triplo da nuclear e representa a somatória do petróleo, nuclear e carvão! / Destaque para o RN com 131 parques eólicos, Bahia (88 parques), RS com 80 parques e Ceará (70 Parques) (Decorar: Os dois Rios grandes + BAHIA + Ceará) /
O Nordeste conta com os ventos alísios que sopram dos trópicos sentido ao Equador. Já o Sul conta com um sistema de baixa pressão localizado acima da Argentina, gerando ventos constantes
A energia Eólica vem galgando posições e se encontra na quarta posição, tendendo a ultrapassar a biomassa (8,5%) e o gás natural (8,6%) em breve. Houve uma expansão gigantesca da energia eólica a partir de 2013, com destaque para RS, RN, BA e o Nordeste em geral. A área litoral por si só já é um fator de atração para parques eólicos para diferença de pressão (ventos), gerado pela diferença do aquecimento das águas e do litoral (brisa do mar). Além disso, o Nordeste concentra os ventos alísios, o que intensifica os ventos (a linha do equador é um ponto de convergência dos ventos do Sul e do Norte do planeta). Já o RS, tem os pampas (área plana) favorecendo seu potencial. A energia eólica BR é maior do que a soma da solar, nuclear e carvão
A maior produção eólica é no RN (131 parques com 3.585MW) seguido da Bahia (88 parques produzem 2.291MW), Ceará e Rio Grande do Sul. O Nordeste conta com os ventos alísios que sopram dos trópicos sentido ao Equador. Já o Sul conta com um sistema de baixa pressão localizado acima da Argentina, gerando ventos constantes
Energia eólica = encontrada em localidades como Osório (RS), Cabo Frio (RJ) e Fortaleza (CE),
BIOMASSA (8,4%)
A biomassa, terceira fonte da matriz elétrica e segunda da matriz energética / em comparação com os combustíveis fósseis (derivados de petróleo), esses resíduos geram menos emissões de gases causadores do efeito estufa. A combustão de materiais orgânicos devolve à natureza apenas o carbono que a planta usou para crescer, o que não gera prejuízos ambientais. Assim, o balanço de emissões de CO2 é reduzido, podendo chegar a ser nulo
De acordo com a ANEEL – agência nacional de energia elétrica, a biomassa é uma das fontes para produção de energia com maior potencial de crescimento no Brasil através da utilização do bagaço e da palha. A participação é importante não só para a diversificação da matriz elétrica, mas também porque a safra coincide com o período de estiagem na região Sudeste/Centro-Oeste, onde está concentrada a maior potência instalada em hidrelétricas do país, auxiliando na preservação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Percebe-se, também, importantes avanços tecnológicos no setor, com a produção do etanol de segunda geração, através da celulose existente no bagaço da cana. ** (BIOMASSA = BAGAÇO + PALHA = ESTIAGEM E ETANOL DE 2ª GERAÇÃO) **
CARVÃO (3,2%)
O carvão que é a grande fonte de energia no mundo, no Brasil representa apenas 3,2% da matriz elétrica BR.
Carvão BR = localizado no RS e de baixa qualidade – baixo teor de carbono -, produção concentrada em Criciúma (participação de 5% na matriz contra 20% no mundo)
ENERGIA SOLAR
A energia SOLAR dobrou de 2018 para 2020 (0,5% -> 1%) / Eficiência das hideletricas = Itaipú, Belo Monte (PA), Tucuruí (PA), Jirau (RO), Ilha Solteira (SP e MS)
NUCLEAR
BR controle todas as etapas de geração de energia nuclear somado a presença de reservas de urânio / Urânio no BR = reservas em Caetité (Bahia) e Santa Quitéria (Ceará) = 1,4% de participação na matriz energética BR
MATRIZ ENERGÉTICA BR (2020) (10+)
A matriz energética corresponde ao CONJUNTO DE FONTES disponíveis / são as fontes de energia para captação, distribuição e utilização / o BR possui 48% de matriz energética renovável (2020), maior porcentagem do G20 (credenciais sólidas)
BRASIL = Petróleo (34%), Derivados de Cana (18%), Hidráulica (12,4%), Gás Natural (12%), Lenha e Carvão vegetal (8,8%), Carvão (5%), Nuclear (1%) – TOTAL = RENOVÁVEIS (48%) E NÃO-RENOVÁVEIS (52%) – MATRIZ ENERGÉTICA MAJORITARIAMENTE SUJA! (Diferente da matriz elétrica)
Matriz Energética mundo = Petróleo, carvão e gás (31, 29, 21%), Biomassa (10%), nuclear (5%) / Matriz elétrica e energética no mundo é suja, diferente do Brasil (apenas na matriz elétrica, que é limpa = 84% de fontes renováveis
BR = relativamente limpa e diversificada / divide-se em renovável e não renovável = matriz mundial 14/86 = BR 48/52
Gás natural no Brasil (13%) = favorecido pelas Reservas do Rio Urucu – afluente do Amazonas)
Matriz energética renovável BR (48%) = hidrelétricas (12% da matriz energética e 65% da matriz elétrica = destaca-se Itaipu binacional [Bacia do Paraná – potencial esgotado] e Tucuruí na bacia do Tocantins-Araguaia)
Atenção: Cana de açúcar, lenha e carvão vegetal correspondem a biomassa)
HIDROELETRICIDADE
Norte = Avanços na hidroeletricidade tem evitado extensos alagamentos como ocorrido em Balbina (tecnologia de turbinas de fio d’água) + Usina de Belo Monte (Rio Xingu) + Bacia Amazônica = grande potencial + alto impacto ambiental + grande distância = possibilidade de integração energética com a Venezuela e outros países / Nordeste = Bacia do São Francisco saturada + aproveitamento da Bacia do Parnaíba (Piauí) / Sul = grande variação altimetria = eficiência em relação a área alagada + possibilidade pequenas centrais /
Globalization and World Cities Study Group & Network (GAWC)
1- Classificação de São Paulo
2- 4 cidades BR considerada globais pelo GAWC
3- instituição responsável pela classificação das cidades
CIDADES GLOBAIS:
Alpha ++ = Londres e New York
Alpha+ (8) = Hong Kong, Beijing, Singapura, Shanghai, Sidney, Paris, Dubai e Tokyo
Alpha (23) = SÃO PAULO
Alpha menos (23) = Buenos Aires
** LEMBRAR, segundo o GAWC = SP, RJ, BH e Porto Alegre são cidades globais, porém SP é alfa e RJ é gama (alfa-beta-gama) **
A instituição responsável por classificar as cidades como global ou não, é a Universidade de Loughborough (Londres) em uma fase inicial e posteriormente aperfeiçoada pela Globalization and World Cities Study Group & Network (GWC)
GAWC é um think tank que estuda as relações entre cidades do mundo no contexto da globalização. Baseia-se no departamento de geografia da Universidade de Loughborough, em Leicestershire, Reino Unido
Alpha (23) (incluindo SP e Sidney (Sidney caiu uma categoria em 2020) / Alpha menos (23) (Buenos Aires caiu para alpha menos em 2020)
Conceito de Arranjo Populacional (1)
O IBGE definiu arranjos populacionais como as áreas urbanas que possuem mais de dez mil indivíduos realizando movimento pendular e/ou os casos de integração entre as malhas urbanas de dois ou mais municípios com distância máxima de três quilômetros entre essas malhas
Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) (5)
Criado no ano 2000 / Define unidade de conservação (UC), como sendo o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias de proteção;
Ou seja, buscou-se normatizar as unidades de conservação que existiam em dois tipos:
tipo 1 - Unidades de Proteção Integral (5) - com a finalidade de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, e por isso as regras e normas são restritivas. Pertencem a esse grupo as 5 categorias:
• Estação Ecológica
• Reserva Biológica
• Parque Nacional
• Refúgio de Vida Silvestre
• Monumento Natural
tipo 2 = Unidades de Uso Sustentável (7) - concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos naturais. Esse grupo é constituído pelas 7 categorias:
• Área de Proteção Ambiental
• Área de Relevante Interesse Ecológico
• Floresta Nacional
• Reserva Extrativista
• Reserva de Fauna
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável
• Reserva Particular do Patrimônio Natural
Entre os principais objetivos do SNUC estão (Contribuir, proteger e promover): Contribuir para conservação + Proteger + Promover a educação e o desenvolvimento sustentável +
Principais culturas econômicas do Nordeste (6)
Ceará = algodão de fibra-longa + porto de Pecém (offshore) + complexo industrial e portuário de Pecém + carcinicultura
RN = carcinicultura + agricultura (rio açu e piranhas)
Pernambuco e bahia = petrolina e juazeiro + barragem de sobradinho = frutas
Matopiba = soja = cidades de barreiras + br-153 + ferrovia carajás + porto de itaqui (maranhão) = destaque a cidade de luiz eduardo magalhães
Maranhão = projeto grande carajás = grandes empresas de transformação (alumar) + porto de itaqui
Alagoas = sal-gema
Acesso à terra por estrangeiros no BR (10+)
Aprovado novo projeto de lei de acesso à terra por estrangeiros no Senado em 2020 (segue para o Congresso)
A lei atual é de 1971 (Governo Médici) = crítica a aquisição de terras por estrangeiros = empresas que não são autorizadas a atuar no Brasil e estrangeiros não residentes ficam proibidos de adquirir terras no país / ** O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) precisa autorizar a compra de terras de grande porte por essas companhias / há limite de 50 módulos de exploração indefinidas para pessoas físicas e 100 para PJ ** / o módulo varia de acordo com o munícipio / áreas acima dos módulos permitidos, necessitam de autorização do Congresso Nacional para serem negociados para empresas de fora
A Lei também limita a 25% dos territórios municipais pertencentes a estrangeiros (sendo 10% o limite para empresas de uma mesma nacionalidade, passando a ser 40% no novo projeto de lei) / a lei diz que a compra por estrangeiros de terras em “área considerada indispensável à segurança nacional” precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança Nacional
Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo no final de 2018 mostrou que menos de 1% do território nacional pertencia a estrangeiros naquele na / depois da crise de 2009 e o boom da commodity, o interesse por terras cresceu no país, retomando as restrições de acesso à terra por estrangeiros que haviam sido suspensas por entendimento da AGU de 1994-2010 / As aquisições que tinham sido feitas nos 16 anos anteriores não foram alteradas ou revisadas /
O projeto de lei aprovado pelo Senado revoga a lei de 1971 e instala um novo regime = retira boa parte das restrições de aquisições, facilita o arrendamento, desde que observado o princípios da função social da propriedade / o projeto mantém a necessidade de acionamento do Conselho de Defesa Nacional em alguns casos = compras na Amazônia, compras de terras por ONGS estrangeiras
Alguns argumentam contrariamente à aquisição por estrangeiras por encarecer o preço da terra e por consequência dos alimentos (prejudicial a segurança alimentar) + afronta a soberania nacional
Observação: Lei de terras = Lei 601 de 1850 = Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra / Exceptuam-se as terras situadas nos limites do Imperio com paizes estrangeiros em uma zona de 10 leguas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente.
Geografia Moderna (Científica)
1- dois principais autores e nome de suas principais orbas
Surge com as obras de Alexander von Humboldt 1769-1859 e Carl Ritter (1779-1859)
Iinfluenciada pelos Gregos (Ptolomeu e Estrabão = coordenadas), Árabes (cartografia), Emmanuel Kant
Impulsionada pelas instituições de ensino superior e das sociedades geográficas patrocinadas pelos Governos (Ex: Conferência Internacional de geografia em 1876 pelo rei Leopoldo II) (1821 na França e 1838 no BR) / sistematização de uma disciplina a serviço do Estado alemão nascente = 1815 = formação da Confederação Germânica (eclosão da geografia) = busca por cientifização da geografia (institucionalização)
Alexander von Humboldt (prussiano) = a natureza é um todo vivo / expedições as Américas / teia de vida / visão poética da natureza / medições precisas para formar lei generalistas / observação e descrição / natureza e clima interligados / influencia Charles Darwin / olhar sistêmico / enciclopedista e extremamente descritivo / estabelece o princípio da causalidade (tudo há uma causa e um efeito)
Carl Ritter = geógrafo de gabinete / professor de Marx / leis mais regionais
Comparação entre fenômenos para destacar suas peculiaridades (Geografia Geral Comparada / Geografia Regional) / Os estudos de Humboldt, mais ligados à áreas como botânica, pedologia e geologia, e os de Ritter mais próximos à história, ilustram uma marca da geografia que é a valorização da relação sociedade-natureza / o nome do livro mais importante de Humboldt era “Cosmos” e o de Ritter “Geografia Comparada” / Humboldt foi o último enciclopedista.
Friedrich Ratzel (1844-1904) (10+)
DETERMINISMO E ESPAÇO VITAL (LEBESRAUM) / assim como um organismo, um território precisa de espaço mínimo para sobreviver e, por conseguinte, desenvolver-se / o período era de expansionismo das potências europeias / obras antropogeografia e geografia política = (líder da escola determinista = meio > homem) = escola alemã – “o homem é um produto do meio” “escola determinista” ou “determinismo; o geográfico” / “PAI da geopolítica” / Influencia a geografia e a geopolítica /
Geografia = as condições naturais influenciam e moldam o homem / os recursos naturais são escassos e o homem deve protege-lo, dando origem aos Estados e ao “espaço vital” = Lebensraum
Lei do crescimento espacial dos Estados / ESTADO como organismo vivo / geografia que caminha junto ao realismo político / Sobrevivência do Estado no sistema internacional anárquico / Escreve durante a unificação alemã e legitima o expansionismo de Otto von Bismarck (1815-1898) / Imperialismo como sobrevivência / fundador da geografia humana
Traz a história para a geografia / influencia diretamente no “determinismo geográfico” de Lamarck e Darwin / o meio natural exerce uma dominação sobre o homem / base das teorias de superioridade racial da época, da expansão capitalista neocolonial e da “escola ambientalista” (ecologia) – a medida que a natureza da suporte para o desenvolvimento e existência do homem (menos drástico) / determinismo natural
Obra de destaque = teorizando geograficamente o Estado (1897) dialoga com o realismo das relações internacionais = Estado e poder
A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães
Desenvolvimento do Estado para RATZEL = população e recursos naturais do território / progresso = aumento de território (fracasso = sua perda) / espaço vital = equilíbrio entre população e os recursos para suprir suas necessidade
Foi a ascensão do Determinismo, na Alemanha, que a geografia moderna tornou-se científica. Posteriormente, o Possibilismo de Vidal de La Blache surgiu, mas não se pode afirmar que foi em resposta ao Determinismo de Friedrich Ratzel, nem que chegou a superar as ideias do autor alemão / criou o princípio da Extensão ou Localização, o qual afirma que ao se estudar uma área primeiro deve-se fazer sua localização e limitação no mapa
Rudolf Kjellen (1864-1922) (Suécia) = Cunhou o termo geopolítica, em 1899. O seu trabalho foi influenciado por Friedrich Ratzel. Com Alexander von Humboldt, Karl Ritter e Friedrich Ratzel, Kjellén lançou as bases da geopolítica alemã, que mais tarde seriam aproveitadas por Karl Haushofer / Kjellén fundou uma nova ciência política, dedicada a descrever o Estado: “o Estado em toda a sua totalidade, tal como se manifesta na vida real”. Enumerou, assim, os atributos do poder: geografia (analisada pela geopolítica), economia (analisada pela geoeconomia), sociologia (analisada pela sociopolítica) e política (definindo a forma, o poder e a vida do Estado) / Trata-se de uma abordagem pejada de determinismo. Afirma que: “Os Estados são seres sensíveis e razoáveis - como os homens” / Geopolítica Clássica (1870-1950) = Estado no centro da discussão
TEXTO PARA LEITURA (NEOCOLONIALISMO E RATZEL X LA BLACHE)
Em sua obra fundamental, Antropogeografia, Ratzel procurou as razões para a distribuição geográfica das comunidades humanas, identificando que estas comunidades estariam subordinadas, de forma determinante, ao meio natural e geográfico no qual estavam inseridos;
Dessa forma, a Escola Determinista estabelece, por exemplo, que indivíduos originários de ambientes naturais hostis (como é o caso das regiões de climas com frio intenso), apresentam-se mais desenvolvidos, em termos físicos e intelectuais, porque esses ambientes exigem maior capacidade individual e maior organização social para suportar e sobreviver às adversidades impostas pelo meio. Seguindo esta linha de raciocínio, a Escola Determinista contribuiu diretamente para o desenvolvimento da noção de superioridade do povo alemão, que teria, por consequência, a obrigação de subjugar povos mais fracos, como os povos dos trópicos, que eram vistos como mais indolentes;
O Determinismo Geográfico não apenas foi o principal argumento pelo qual se buscou justificar às pretensões colonialistas alemãs, como também foi usado, já no século XX, como instrumento para o desenvolvimento das ações que viriam a ser implementadas pela Alemanha Nazista;
O comportamento do Estado moderno foi outro ponto de estudo importante para Ratzel. Segundo suas teorias, o Estado seria o elemento fundamental responsável pela construção, defesa e expansão do território de uma nação – ele via o Estado como um organismo vivo. Partindo desse pressuposto, o conceito do Espaço Vital (Lebensraum) seria o espaço fundamental para a consolidação e a manutenção do poder do Estado, com isso, a população residente nele teria todos os fatores naturais necessários à sua sobrevivência e ao seu fortalecimento, o que ampliaria, por conseguinte, sua capacidade de expandir e dominar novos territórios, incorporando-os em seus domínios;
A ideia fundamental da escola francesa foi identificar que existem inúmeras possibilidades de influências recíprocas entre o homem e o meio natural. Nesse sentido, mesmo que na visão possibilista se admita a influência da natureza sobre os indivíduos, aponta-se para a racionalidade humana ativa.
Assim, ao ir diretamente de encontro às teses deterministas, a Escola Possibilista tinha a intensão de criar argumentos para tentar frear o ímpeto colonialista alemão, que ameaçava diretamente os interesses e os domínios da França neocolonialista.
Determinismo Ratzeliano = valoriza o conceito de TERRITÓRIO
Possibilismo de La Blache = valoriza a PAISAGEM, gêneros de vida e região
Método regional = REGIÃO
Paul Vidal de la Blache, França (1845 – 1918) (10+)
GEOGRAFIA FRANCESA (1870) / ESCOLA POSSIBILISTA*** = GEOGRAFIA REGIONAL = INFLUÊNCIA RECÍPROCAS ENTRE HOMEM E NATUREZA = A NATUREZA NÃO DETERMINA A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE = Homem como ser racional é o elemento ativo que atua no meio = diferentes escolhas humanas em cada área geográfica
Criou uma enciclopédia com a geografia regional de diferentes partes do mundo – REGIÃO E PAISAGEM = conceitos chaves / o ser humano é influenciado pela geografia e natureza, e transforma o meio em que vive (traz o tempo e a história até a geografia)
Difere de Ratzel que acredita que as condições naturais > influenciam o homem / defesa da geografia regional (não há visões totalizantes, diferente de Von Humboldt), cada realidade é especifica / regionalismo extremamente descritivo
A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães
La Blache trouxe para a Geografia a importância do tempo e da história para os estudos geográficos
O conceito de gêneros de vida de Paul Vidal de La Blache tem como base a constatação de que os grupos humanos desenvolveram técnicas ao longo do tempo para aproveitar as possibilidades oferecidas pela natureza para o desenvolvimento humano /
POSSIBILISMO = natureza como fornecedora de possibilidades para a modificação humana, não determinando a evolução das sociedades, sendo o homem o principal agente geográfico / homem como elemento ativo, mesmo que haja influência do meio
LA BLACHE = crítica ao expansionismo germânico + legitima a ação COLONIAL francesa + desrespeito as fronteiras hstóricas europeias significa agressão, por serem produtos de um longo processo de civilização + Ásia e África eram sociedades ESTAGNADAS, imersas no localismo, vegetando lado a lado, sem perspectiva de desenvolvimento e que deveriam ser colonizadas.
Paul Vidal de La Blache, fundador da geografia moderna francesa, acreditava ser possível buscar na geologia, no clima, no relevo e na hidrografia razões para a compreensão da repartição dos homens e a posição das cidades, porém ressaltava que os problemas fundamentais aparecem somente após o tratamento cartográfico dos dados – CERTO TPS 2023 – LA BLACH É BEM PARECIDO COM RATZEL SOB ALGUNS ASPECTOS
Alfred Mahan (1840-1914) (5-7+)
Alfred Thayer Mahan foi o responsável pela criação da chamada “Teoria do Poder Marítimo”, a qual foi dissertada em sua obra “The Influence of Sea Power
upon History” (1660-1783). Nela, ele teorizou acerca da história naval britânica objetivando compreender como fora possível a Inglaterra dominar os mares por mais de três séculos, e continuar dominando até aquele momento.
Priorizava o poder naval afirmando que o país que possuísse o controle dos oceanos, também possuiria o controle do poder do global – a exemplo do que tivera sido o Reino Unido.
Com base nas ideias desse teórico, os Estados Unidos investiram significativamente em marinha, tanto no Pacífico quanto no Atlântico, inclusive, no próprio Canal do Panamá que possibilitaria a integração dessa grande frota
Cunhou a designação Médio Oriente, hoje tão em voga.
Em sua homenagem, a Marinha americana tem dado o nome de USS Mahan a vários navios
A sua obra também influenciou as doutrinas navais de todas as Potências no período entre as Primeira e a Segunda Guerra Mundial. As obras de Mahan foram traduzidas para japonês e muito utilizadas como texto de estudo no Japão / Mahan defende uma aliança atlântica com a Inglaterra (não é essencialmente isolacionista)
Em síntese, Mahan objetivava, através da sua teoria, conduzir os Estados Unidos ao papel de grande potência, tendo a questão do poder marítimo importância chave nesse contexto;
Sir Halford John Mackinder (1861-1947)
1- nome de sua obra e ano de publicação
2- nome de sua teoria
3- três principais áreas de sua teoria
HALFORD JOHN MACKINDER = geopolítico inglês / publicou “The Geogaphical Pivot of History”, na Real Sociedade Geográfica de Londres em 1904
** Criou a TEORIA DO HEARTLAND **
PIVÔ GEOGRÁFICO (HEARTLAND) -> INNER CRESCENT - OUTTER CRESCENT
Importância da EURÁSIA no controle do mundo = pivô geográfico = grade quantidade de recursos naturais / mares gelados no norte / vão das grandes florestas e grandes planícies e estepes do centro da Eurásia, até os ricos campos ucranianos e as grandes reservas petrolíferas do Mar Cáspio
Heartland é a área mais extensa de planície no mundo, isoladas geograficamente – com rios endorreicos (termina no próprio território) ou que desaguam nas águas geladas, protegidos também pela cadeia do Himalaia e os Urais.
INNER CRESCENT circunda o heartland (cinturão)
OUTTER CRESCENTE ou crescente insular externo = margens do mundo = dominada pelas potências marítimas
Ideia geopolítica inglesa de manter a RÚSSIA (heartland) afastada da ALEMANHA (maior potência industrial da Europa) na I Guerra Mundial
Crimeia = doada a Ucrânia em 1954 (desestalinização) em troca da manutenção de bases navais em SEVASTOPOL, no mar negro = acesso ao INNER CRESCENTE e águas quentes do mediterrâneo (sede da base russa no mar negro) = reafirmação das ideias de Mackinder
Geopolítico britânico que valorizava o poder terrestre da Rússia, criou a tese do “heartland” (coração da terra) ou “área-pivô” que abrangia justamente partes do território da Rússia e do Leste Europeu. A área geopolítica mais importante do planeta
Em 1904 ***, publicou o paper The Geographical Pivot of History,no qual formulou, na Real Sociedade Geográfica de Londres, a Teoria do Heartland, que influenciaria a política externa das potências mundiais desde então. Ele também defendia a divisão do mundo entre potências terrestres e marítimas, como houve na Primeira guerra Mundial
A principal área de interesse geopolítico era o centro da Eurásia, ocupado pela Rússia. Para avaliar como sua tese correspondeu aos fatos, pode ser útil subdividi-la em alguns aspectos: integração pelas ferrovias; existência ou inexistência de barreiras naturais de proteção; expansão sobre terras marginais e aquisição de significativa capacidade naval; possibilidade de aliança entre Rússia e Alemanha; a mais importante
Sua tese pressupunha uma expansão plena de rede ferroviária russa, o que permitiria a integração do território e mobilização eficiente dos recursos naturais disponíveis
Por fim, o aspecto mais importante da obra é a percepção que o controle da Europa Oriental leva a um controle do Heartland, que leva ao controle da Ilha-Mundo, que leva ao domínio mundial
A despeito de dominar o Heartland, a URSS não dominou a Ilha-Mundo, nem o Mundo. Agindo em consonância com a tese do Rimland de Spykman, e os Estados Unidos fizeram uma rede de contenção ao Hertland, o que impediu o domínio completo pelos soviéticos. Com isso, a tese de Mackinder não se verificou
Mackinder utilizava o termo PIVOT GEOGRÁFICO (1904), somente mais tarde passou a ser chamada de HEARTLAND (1919) (área de muitos recursos protegidas pela geografia) / Mackinder altera várias vezes as áreas abrangidas pelos heartland ao longo de sua vida (é mais uma ideia estratégia, reescrito ainda seu último artigo em 1943)
O britânico Halford J. Mackinder é considerado como o “pai” da geoestratégia. Ele foi o responsável por enunciar, em 1904, a “Teoria do Poder Terrestre” – ou “Teoria do Heartland” (contraponto a importância do domínio do mar para Mahan)
Karl Ernst Haushofer (1869-1946) (10+)
General e geopolítico alemão (o Estado é o elemento chave da geopolítica) (vem depois de Humboldt, Ritter e Ratzel) / Importante autor para a cartografia geopolítica / tem como base as ideias de Friedrich Ratzel, do espaço vital e de H. Mackinder
Principal impulsionador da escola de Geopolitik Alemã (geopolítica) / influenciou o desenvolvimento de estratégias expansionistas (inclusive o nazismo)
Desenvolve a teoria da Pan Região em 1930 = separa o poder em 4 frações autônomas e independentes (Américas + Europa e África + Leste Europeu com Rússia e China + Países do pacífico – Índia, Japão e Austrália – 4 gomos que vão de norte ao sul) (influenciou os blocos econômicos) que possuíam autossuficiência econômica – espaços autárquicos – dotados de um centro e uma periferia ou zona de influência (países metropolitanos, colonizados e dependentes)
** Espaço como poder (força política) **
Suicidou-se em 1945 enquanto aguardava a sentença do Tribunal de Nuremberg
Em 1941, ele argumentou que a mais importante tarefa da época era a construção de um bloco continental da Alemanha, passando pela União Soviética, até o Japão, como um forte contrapeso ao poder global britânico - Esse heartland seria construído voluntariamente pelo mútuo acordo entre as três potências (domínio do sistema internacional)
Oficialmente as 4 panregiões são: Pan-América (zona de influência norte americana), Euráfrica (zona de influência alemã), Pan-Rússia (zona de influência russa) e Pan-Ásia (zona de influência japonesa)
Na teoria de Karl Haushofer, a neutralização do Império Britânico, principal potência à época, cuja influência era exercida em escala global, era um dos pontos fundamentais
ESPAÇOS AUTÁRQUICOS ** constituindo panregiões
Para Karl Haushofer, o poder terrestre é mais importante do que o poder marítimo (contrário a Mahan)
Pan-regiões para NEUTRALIZAR a Inglaterra / chama a Inglaterra de pan-região fragmentada por ter colônias espalhadas por todo o globo
O geógrafo alemão Karl Haushofer foi responsável por converter a Teoria do Heartland, de Mackinder, em um importante fundamento estratégico para o estabelecimento de uma potência alemã com verdadeiros poderes de influência global. Dessa forma, ele indicou o equilíbrio de poder entre as “potências
terrestres” e as “potências marítimas”, havendo, portanto, a necessidade de se estabelecer as chamadas “pan-regiões”, que seriam baseadas no controle de recursos disponíveis nos territórios terrestres (sendo, dessa forma, Haushofer,
um teórico continentalista).
Haushofer também foi um importante estrategista do III Reich. Suas ideais se baseavam na necessidade de a Alemanha realizar “alianças naturais” (em especial com a Rússia e com o Japão), para, assim, poder sobrepujar o poder naval britânico – mesmo que para isso fosse necessário colocar de lado as diferenças ideológicas existentes entre a Alemanha e a Rússia. Nesse sentido, a Rússia possuía importância cabal, pelo fato de que, além de grandes reservas de recursos minerais e energéticos, o território russo (e soviético) apresentavam também vastas áreas de solos férteis, com notáveis produções agropecuárias.
NYCHOLAS J. SPYKMAN (1893-1943) (10+)
Nascido na Holanda e radicado nos EUA / formulou a teoria do Rimland e é considerado um precursor da “Estratégia de Contenção” do pós-II Guerra
Como Cientista Político é considerado um influente pensador da corrente clássica de pensamento Realista na política exterior norte-americana, trazendo o pensamento geopolítico europeu para os Estados Unidos
Parte da interpretação geopolítica de Sir Halford John Mackinder a respeito da teoria do Heartland
Spykman compartilha com Mackinder a ideia da unicidade da superfície líquida do planeta e da divisão da superfície terrestre em grandes blocos insulares formados por uma série de ilhas-continente”
O conceito de Rimland de Spykman é semelhante ao de “crescente interior”, ou área da Eurásia no entorno do Heartland. A diferença é que para Spykman, o papel do Rimland é central. Esta região seria a chave das disputas geopolíticas mais importantes da Eurásia. Quem dominasse o Rimland, decidiria o futuro da Eurásia, a “ilha-mundo” de Mackinder / O que para o Mackinder era periferia, para o Spykman era o principal
Ele partiu das ideias de Halford Mackinder, mas modificou sua tese central: para Spykman, quem tem o poder mundial não é quem controla diretamente o “coração do mundo”, mas quem é capaz de cercá-lo, como os Estados Unidos fizeram durante toda a Guerra Fria e seguem fazendo até os nossos dias
Na visão de Spykman, era o cerco potencial da América pela Eurásia ou da Eurásia pela América que definiria neste século as grandes linhas da política mundial / aliança para derrotar o Eixo na II Guerra se desfez assim que ele foi derrotado, e a estratégia americana passou a ser a contenção da URSS dentro dos limites do Heartland, ou seja, a tentativa de impedir que esta controlasse o Rimland e obtivesse uma saída para mares abertos que lhe permitisse projetar forças mundialmente
Desta forma, os conceitos analíticos de Spykman, influenciaram a estratégia americana no início da Guerra Fria, incluindo a postura de George Kennan, com a criação de um “cordão sanitário” em todo o entorno (Rimland) da União Soviética (Heartland), para conter o “comunismo”. O padrão defensivo deste “cordão sanitário” rapidamente ganha um caráter ofensivo com o início da Guerra Fria e a criação de uma rede de alianças entre os EUA e países do Rimland (OTAN, SEATO, Cento, OTASE, Pacto de Bagdá)
Spykman definiu o continente americano, do ponto de vista geopolítico, como primeira e última linha de defesa da hegemonia mundial dos EUA. Assim, manter a supremacia na América do Norte e Caribe somada à hegemonia na “ilha-continente” América do Sul, era fundamental para o sucesso da estratégia global americana, podendo mesmo ser considerado como o primeiro grande pilar da hegemonia global dos Estados Unidos.
Na América do Norte e Caribe não existiriam ameaças reais ou potenciais críveis. Mas na América do Sul, a região do chamado ABC (Argentina, Brasil e Chile), poderia articular uma aliança antiamericana, que na visão de Spykman, nunca poderia ser tolerada
Na prática a guerra direta não foi o padrão de resposta americano durante a Guerra Fria. Este modelo de resposta com “guerra externa” de Spykman acabou substituído pelo padrão de Henry Kissinger, de “guerra interna”, em que foram utilizadas as forças armadas e policiais locais contra setores de suas próprias populações nacionais
Realismo Político (10+)
A Geografia Clássica e o Realismo Político compartilham de diversos parâmetros comuns, por exemplo, a preponderância do Estado no sistema internacional e as dinâmicas mundiais pautadas pela noção de poder.
Não há autoridades acima dos Estados / Por reconhecer a exclusividade dos Estados como atores internacionais, o realismo político coaduna-se com os parâmetros da geopolítica clássica.
O realismo político é uma abordagem de Ciência política e Relações internacionais / 2 conceitos-chave: poder e conflito / natureza humana = egoísta, predatória e propensa à conquista / desejo de poder e segurança / busca dos próprios interesses = formação dos Estados, que por sua vez, busca o próprio interesse nacional / sistema internacional anárquico e inseguro (estado de natureza hobbesiano), cada Estado deve se garantir a manter o equilíbrio de poder, minimizando inseguranças ligadas a ameaça externas / ** objetivo = estabilidade e não a paz / paz = objetivo utópico **
GEOGRAFIA NOVA (1950-1970) (também chamada de Geografia TEORÉTICA OU NOVA GEOGRAFIA OU GEOGRAFIA QUANTITATIVA)
Também chamada de Geografia Pragmática ou Quantitativa (1950) / Geografia Quantitativa (Nova Geografia, Geografia Teorética e Geografia Pragmática)
Surgimento: Pós 2ª Guerra
Crítica a geografia tradicional (insuficiência) (não prática) / rompimento com La Blache e a geografia regional clássica, fazendo uso de modelos, racionalização, uso de ciências duras (matemática) + Rigor metodológico
Essa geografia é um meio de poder estruturado pelos Estados capitalistas que haviam saído mais fortalecidos do conflito (Estados Unidos e Reino Unido sobretudo), que visavam, dentre outras condições, a um processo de recuperação e de retomada do crescimento econômico de forma mais eficiente.
Maior expoente: Walter Christaller
Protagonistas: Tuan, Relph, Buttimer e alunos da Clark University; Frémont, Ley, Eyles, Peet, Harvey, D. M. Smith, Gregory
Contrária ao determinismo natural / uso da estatística / busca de leis / pós moderna, feminista, pós-colonial /
Ela também é conhecida como o Método Estatístico, tendo em vista que faz uso dos números de análise matemática (neopositivismo lógico) para gerar, tanto um planejamento governamental mais eficiente quanto um domínio mais lucrativo sobre os elementos presentes nas diversas porções do espaço geográfico.
Refuta completamente a ideia do dualismo entre as ciências naturais e as ciências sociais.
Outras características = maior rigor científico nas análises + objetivo de produzir uma linguagem que seja compreensível para todos os ramos científicos, por meio de razão lógico-matemática clara e objetiva
Algumas críticas contundentes proferidas com relação à Escola Quantitativa estão relacionadas com sua análise sobre o meio natural e sobre o seu modo geral de análise do espaço.
Sobre a natureza, os geógrafos quantitativos a consideram como um espaço geométrico, fechado e hierarquizado, que se presta basicamente ao fornecimento de recursos para o desenvolvimento do sistema capitalista, recursos esses que são explorados a partir das ações governamentais.
Já em relação ao modo de análise geral do espaço, as críticas ficam por conta da sua visão de que o espaço é homogêneo, fato decorrente da não observância das peculiaridades que cada porção do espaço geográfico apresenta.
Outro aspecto controverso da Escola Quantitativa é o fato de que, devido ao seu método fatorial, os indivíduos perdem sua identidade transformando-se em números estatísticos, o que acaba por desenvolver um conhecimento geográfico impessoal e pouco relacionado aos verdadeiros interesses da sociedade.
** No Brasil, a maior representação da Escola Quantitativa fica a cargo do IBGE – o mesmo acontecendo com vários outros países, que têm em seus institutos de pesquisas importantes balizadores do processo de identificação dos fenômenos diversos que se formam sobre o espaço **
Surgem diversas variações de Geografia crítica – Marx e Milton Santos = Para ele o espaço é social, produzido pela sociedade, é uma instância da sociedade
Troca-se o empirismo da observação direta por um empirismo mais abstrato, dos dados filtrados pela estatística / A geografia de modelos propõe o uso de modelos de representação e explicação, no trato dos temas geográficos. Há uma articulação entre dados constantes e variáveis, fornecendo, por uma elaboração no computador, os resultados em termos de padrões e tendências / Adoção da Teoria Geral dos sistemas / Cálculos e probabilidades / prever ou antecipar fatos
Entre as críticas da Nova Geografia ou Geografia Quantitativa à Geografia Tradicional destaca-se a acusação de que essa tem uma ótica retrospectiva, isto é, falava do passado, era um conhecimento de situações já consolidadas. Assim, não informava a ação, não previa; logo, era inoperante como instrumento de intervenção na realidade.
Teoria Geral dos Sistemas (1950) = Pautada conceito do Biólogo Ludwig von Bertalanffy = teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Partindo do pressuposto que existe uma nítida tendência para a integração entre as ciências naturais e sociais; dessa síntese advém a teoria geral dos sistemas (unidade da ciência) (avaliação como um TODO e não por setores) (Abordagem GLOBAL, INTERRELAÇÃO E INTEGRAÇÃO de assuntos) (Unificação científica)
A Geografia Crítica (Yves Lacoste e Milton Santos) busca a identificação de condições econômicas e a necessidade de ações estatais como sendo essenciais para o estabelecimento de um espaço territorial mais adequado às necessidades da população. NÃO confundir com a corrente da chamada Nova Geografia, também chamada de Escola Teorética ou Quantitativa, que se baseia no planejamento estatal e na análise de dados estatísticos para o maior entendimento dos padrões socioeconômicos existentes.
Geografia Humanista (1970) (10)
A Geografia não mais será aquela que diz como é a superfície terrestre e como essa funciona (Geografia clássica); e nem será apenas aquela que diz como os espaços humanos são produzidos (Quantitativa e Crítica/marxista); mas será aquela que examina como o “espaço produz” o indivíduo (humanística) e a vida social (contemporânea/renovada).
Essa corrente procura ultrapassar o dualismo entre processo cognitivo e a forma espacial e extrai da fenomenologia a vontade de considerar o objeto e o sujeito integrados na unidade vivida da existência e da experiência primitiva nos diferentes domínios. Isso deve se constituir na preocupação central de uma Geografia social do homem
“ESPAÇO” COMO ELEMENTO CENTRAL / VALORIZAÇÃO DA SUBJETIVIDADE DO ESPAÇO / EXPERIÊNCIA DE PESSOAS E GRUPOS EM RELAÇÃO AO ESPAÇO / ENTENDER VALORES E COMPORTAMENTOS / ELEMENTOS MAIS PARTICULARMENTE HUMANOS DO ESPAÇO / ESPAÇO = EXTENSÃO CARREGADA DE SIGNIFICAÇÕES
Geografia humanista é a corrente da geografia que pesquisa as experiências das pessoas e grupos em relação ao espaço, com o fim de entender seus valores e comportamentos / autores = Yi-Fu Tuan, Anne Buttimer e Armand Frémont
Geografia Humanista (1970-1980) (5) = ampliação do conceito de espaço + subjetividade da realidade + “espaço vivido” = experiências pessoais e particularismos + LUGAR como ideia central + esforço para proteção do lugar (IPHAN e UNESCO) + experiência subjetiva do espaço
Geografia crítica ou marxista *** (7+)
Encontra fundamento nas obras escritas pelo pensador alemão Karl Marx (1818-1883), porém surge nos anos de 1960 a 1970 - as problemáticas urbanas exigiram novo arcabouço geográfico.
Surge após o estabelecimento da Nova Geografia (Quantitativa), tendo como objetivo de romper, ao mesmo tempo, com os paradigmas da Geografia Tradicional e com a ideia de expansão e domínio das grandes potências capitalistas no ambiente do pós-2ª Guerra Mundial e da Guerra Fria, aos quais fazia severa “crítica” (daí a ideia de Geografia Crítica).
A análise não é feita de forma isolada, tendo em vista que o meio natural é observado conjuntamente com os espaços humanizados.
Esse método buscou evidenciar a importância da ação do Estado como agente organizador do espaço e supridor das necessidades essenciais das populações
A Geografia passou a ser vista como uma forma - um meio - de luta social, sendo, portanto, um instrumento para a modificação da realidade de dependência e de pobreza, as quais muitas sociedades estavam submetidas (Geógrafos e Geografia engajada)
Diversos geógrafos trabalharam com a Escola Crítica, dentre os quais, destacaramse: Pierre George, Manuel Castells, Henry Lefevbre e Yves Lacoste (no cenário internacional); e Manuel Correia de Andrade e Milton Santos, no cenário nacional.
Esta tendência é centrada na observação ANALÍTICA dos processos ocorridos na sociedade. Entre esses processos podemos citar a desigualdade, o subdesenvolvimento e a pobreza. A principal finalidade da geografia radical é o melhoramento da compreensão das ligações homem-meio como mudança anterior para o direito de alteração dos aspectos ruins da vida real. Esta facção, em oposição ao poder político, coloca a geografia ao alcance da sociedade e aparece como tentativa de responder às desigualdades sociais que existem no mundo / Busca pela transformação da realidade social / conteúdo político de conhecimento científico / GEOGRAFIA MILITANTE
Geografia Crítica Radical (1960-1970) (7) = novas problemáticas (minorias, feminismo, migrações) + olhar marxista + Espaço passa a ser o conceito central + destaque a Milton Santos e David Harvey (Por uma Geografia Nova / Justiça Social e a Cidade / conceito de acumulação flexível) + outro autor Yves Lacoste + espaço passa a ser organizado pelo homem raízes históricas e determinações sociais do espaço
David Harvey = conceito de “acumulação flexível” = reestruturação dos modos de produção capitalista CÍCLICOS devido ao engessamento da produção (fordismo -> pós-fordismo -> toyotismo)
Seria, como afirma Milton Santos, uma forma-conteúdo em que um processo vivo de construção tem lugar. Milton Santos trabalha, para além do conceito de espaço, aquele de paisagem. Para o autor baiano, o conceito de paisagem seria importante, pois é através dele que se percebem as “acumulações desiguais de tempo”, que são centrais para as análises geográficas.
Ao afirmarem que nada ocorre despropositadamente, centram no conceito de espaço a sua crítica, pois este ofereceria os instrumentos e revelaria os agentes que atuam na construção da história e na transformação da sociedade.
Essa perspectiva negava a autonomia do homens na produção do espaço geográfico, na medida em que este era resultado das relações de produção ou infraestrutura.
Segundo Harvey, o capitalismo, de tempos em tempos, sofre processo de engessamento que dificultam a acumulação de capital, o que leva a uma reestruturação dos modos de produção.
A Geografia Crítica (Yves Lacoste e Milton Santos) busca a identificação de condições econômicas e a necessidade de ações estatais como sendo essenciais para o estabelecimento de um espaço territorial mais adequado às necessidades da população. NÃO confundir com a corrente da chamada Nova Geografia, também chamada de Escola Teorética ou Quantitativa, que se baseia no planejamento estatal e na análise de dados estatísticos para o maior entendimento dos padrões socioeconômicos existentes.
Milton Santos (1926-2001) (20+)
Destaque para urbanização no mundo e globalização (1990) / revolucionou a geografia urbana / grande nome da renovação da geografia BR em 1970 / obra crítica ao sistema capitalista (geografia crítica) / primeiro e único geógrafo da américa latina premiado com o VAUTRIN LUD (1994)
Não adota o modelo de centro e periferia, mas uma noção de espaço
Principal obra = A Natureza do espaço (1996) / trabalha o conceito de espaço (diferente de paisagem)
Espaço é mais abrangente e inclui processos de mudança social, econômico e político da sociedade +
Paisagem = adaptação das necessidade humanas em um dado período / paisagem se altera, renova e adapta para atender os novos paradigmas do modo de produção social
Conceito de Sistema de ações e Sistemas de Objetos = ações humanas interagem a todo tempo com objetos ao mesmo tempo que ocorre a chamada evolução do “meio técnico” para o “meio técnico-científico” e, por fim, para o “meio técnico-científico-informacional” (após 1970) (a natureza deixa de ser a parte mais significativa do ambiente e o homem se torna independente do determinismo da natureza) (Além disso, o poder do Estado é relativizado pelas internacionalizações de grandes empresas, mundialização do sistema financeiro, atuação em rede possibilitados pelos avanços)
ESPAÇO E LUGAR (MILTON SANTOS)
Crítico da Nova Geografia (neopositivista + técnicas estatísticas) e proposição da Geografia Nova (crítica ao poder e de pensamento marxista) = trabalha o caráter social do espaço / O conceito de espaço é mutável (remodelado), relaciona passado e presente e NÃO transcende o contexto social / O entendimento de lugar como eixo de sucessões, eixo de tempos internos, de coexistências de tempo e espaço conduz às ideias de desterritorialização ou de desculturalização / O geógrafo Milton Santos define espaço como acumulação desigual de tempos. Para o autor, a cada momento da história, há um espaço diferente. O espaço NÃO transcende o contexto social (coabita)
MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL
Um dos conceitos mais difundidos e explorados por esse geógrafo foi a noção de “meio técnico-científico informacional”, que seria a transformação do espaço natural realizada pelo homem através do uso das técnicas, que se difundiram graças ao processo de globalização e a propagação de novas tecnologias
Divisão de Milton Santos e Maria Laura Silveira = critério principal foi o “meio técnico-científico-informacional”, isto é, a informação e as finanças estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território brasileiro, determinado “quatro brasis”: AMAZÔNIA (exclui o Tocantins) – CENTRO-OESTE – CONCENTRADA – NORDESTE (similar à do IBGE)
Região Concentrada = Sul e Sudeste junto (inclui ES) (total 7 estados) = é a região que reúne os principais meios técnico-científicos e as finanças do país / regionalização mais utilizada no meio acadêmico / porém a mais usual é a divisão regional de cinco regiões do IBGE
O novo REGIC reforça o conceito de Região Concentrada, de Milton Santos, pois agora todas as capitais de estado desse recorte regional possuem status de metrópole. Além disso, na Região Concentrada temos a única cidade de interior definida como metrópole, Campinas, e uma cidade interiorana com status de Capital Regional do tipo A, Ribeirão Preto
O geógrafo Milton Santos deixou, como um dos seus principais legados teóricos, a noção de Meio técnico-científico-informacional, que corresponde à evolução dos processos de produção e reprodução do meio geográfico
GLOBALIZAÇÃO
Crítico a globalização (não vai durar, não é a única possível, é perversa e sem finalidade) / faz a análise do território BR em uma nova regionalização (4 grandes regiões)
Milton Santos NÃO corrobora com o conceito de ALDEIA GLOBAL
A localidade opõe-se à globalidade, mas também se confunde com ela, segundo Milton Santos. A análise de Milton Santos não se coaduna com os mitos da aldeia global, da redução das distâncias ou da morte do Estado, porém reconhece o fenômeno da globalização, o que torna difícil falar em oposição à globalidade e manutenção da integridade;
POBREZA
Divide a pobreza em três ramos em seu livro “Por uma outra globalização” (aborda a dívida social) / Todas sob o efeito da globalização perversa: marginalidade, incluída e estrutural globalizada
1) A pobreza-marginalidade = mais ampla e nacional, combatida pelo Estado de bem estar social
Associada ao processo econômico da divisão social do trabalho internacional ou interna, a pobreza marginalidade é considerada a doença da civilização e o consumo apresenta-se como o centro da explicação das diferenças e das percepções das situações (é gerada pela divisão do trabalho)
2) A pobreza incluída = uma pobreza acidental *** (não é histórica), às vezes residual ou sazonal, produzida em certos momentos do ano, uma pobreza intersticial e, sobretudo, sem vasos comunicantes / A solução da pobreza incluída é que era privada, local e assistencialista / é local e por vezes acidental, como safras ruins e desastres naturais, combatida com ações afirmativas
3) A pobreza estrutural globalizada (sistemática)
A pobreza estrutural globalizada impôs-se como natural e inevitável nos tempos atuais, pois há uma produção globalizada da pobreza, mais presente, sem dúvida, nos países pobres (assimetrias capitalismo x periferia) (principal crítica de Milton Santos à Globalização) (Banalização da dívida social em que as vítimas foram incluídas, marginalizadas e excluídas respectivamente)
A mobilidade dos capitais internacionais tornou os países em desenvolvimento vulneráveis as crises no século passado, efeito direto da globalização / A crítica de Milton Santos à globalização é justamente ao entendimento da pobreza (por parte dos defensores desse fenômeno) como algo “natural”, o que é uma forma de banalizar a dívida social que vitima os que antes eram “incluídos”, mas que foram “marginalizados” e, atualmente, são “excluídos”
TEORIA DOS DOIS CIRCUITOS (MILTON SANTOS)
A teoria dos dois circuitos da economia urbana foi criada por Milton Santos (circuito superior x inferior), no final da década de 1960, para explicar a urbanização dos países periféricos. O espaço agrário brasileiro é amplamente desigual. Enquanto o agronegócio tecnificado volta-se ao mercado agroexportador em produtos como soja, carnes, milho, entre outros; o pequeno camponês – assentado ou produtor familiar – produz os bens destinados diretamente ao consumo interno como feijão, frutas e hortaliças. Portanto, a divisão territorial do trabalho existente em regiões produtivas do agronegócio é organizada em dois circuitos da economia local: o circuito superior, comandado pelas empresas e produtores hegemônicos do agronegócio, e o circuito inferior, formado a partir da agricultura camponesa não integrada diretamente à agricultura tecnificada
HORIZONTALIDADE X VERTICALIDADE
Conceitos de Milton Santos: Horizontalidade (solidariedade) = pessoas que coexistem naquela área e se conectam e relacionam ao seu entorno
Verticalidade = conexões feitas pelo meio técnico-científico-informacional com uso das infovias. A cidade global potencializa a verticalidade. Não se confunde com verticalização (construção de prédios) / conexões com quem está longe / “Hoje não basta produzir é indispensável pôr a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside a produção.” /
Horizontalidade no conceito de Milton Santos, significa “relação com o entorno”. Contrapõe-se à verticalidade, a qual remete a “conexões à distância”.
Observação: O mito da Desterritorialização (Livro por Rogerio Haesbaert) = esquema T-D-R = as coisas são territorializadas, a tecnologia e a infraestrutura permite uma desterritorialização, gerando uma reterritorialização em outro local.
Haesbaert reivindica a multiterritoriedade, ou seja, a existência de múltiplos territórios acessíveis a todo tipo de gente, incluindo sem-tetos e sem-terras.
“A guerra fiscal é, na verdade, uma guerra global entre lugares” (Milton Santos)
OPEP (10+)
Criada em 1960 na Conferência de Bagdá / Rússia não faz parte / controle de produção e preço / forma de se proteger (empresas produtoras) das empresas compradoras (Sete irmãs que dominaram o mercado até 1960 = Shell, Esso, Texaco, etc.)
16 membros atualmente, destaque para: Venezuela e Equador / Guiné Equatorial e Gabão (2017) / Angola (2007) / Indonésia (único asiático) / Arábia Saudita, Irã e Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar (no oriente médio)
** OPEP produz aproximadamente 40% de todo petróleo extraído no mundo ** / A participação na produção do Oriente Médio vem caindo de 60% em 1998 para 48% em 2018
Amazônia Azul
1- Área
2- Importância
3- quatro divisões territoriais
4- extensão do pré-sal
5- importância energética
6- Sisgaaz
5,7 milhões de área oceânica (metade da massa continental) / No mar estão as reservas do pré-sal e dele retiramos cerca de 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% do pescado produzido no País / importância estratégica, defesa, desenvolvimento sustentável, economia azul, segurança / a amazônia azul está inserida na Estratégia de Defesa Nacional e no Livro Branco de Defesa Nacional.
Divide-se em Mar Territorial = 12M (22km) = soberania plena / Zona contígua extras 12M para controle (acordado pela convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar ) / ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE) – estende-se até a distância máxima de 200 M (370km) (Inclui colocar ilhas artificiais) / PLATAFORMA CONTINENTAL (PC) – a ser estabelecida conforme os critérios técnicos e condicionantes do Artigo 76 da Lei do Mar (Estado exerce soberania para exploração de recursos naturais)
Mar territorial = soberania absoluta e direitos sobre recursos de subsolo, superfície e lâmina d’água
Zona contígua = direitos de fiscalização
ZEE = exploração dos recursos de subsolo, superfície e lâmina d’água
O fundo marinho é considerado um heartland do século XXI por Bertha Becker (assim como a Amazônia e a Antártida) / é a expansão da fronteira econômica brasileira, ou seja, zona econômica exclusiva
Fundos marinhos = fontes de biodiversidade e recursos naturais estratégicos / 90% do petróleo extraído no BR é OFFSHORE / Petrobras exporta essa tecnologia para o mundo / a expansão também gera aumento da influência GEOPOLÍTICA BR no Atlântico Sul = defesa do território e de interesses comerciais
As rochas do Pré-sal estendem-se por cerca
de 800 quilômetros da plataforma marítima
brasileira, do norte da bacia de Campos ao
sul da bacia de Santos, compreendendo
uma faixa que se estende do litoral sul do
estado do Espírito Santo ao estado de Santa
Catarina, com largura de até 200 quilômetros.
Mar como elemento fulcral na desaceleração do aquecimento global, é a geração de energia elétrica a partir de processos marinhos dinâmicos, como ondas, correntes e marés, e termodinâmicos, como gradientes verticais de temperatura e horizontais de salinidade,
além dos processos eólicos que ocorrem sobre
o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)
Além da areia, cascalho, petróleo e gás, pode-se citar:
formas livres de algas calcáreas, como os rodolitos, são potenciais pela alta concentração de carbonato de cálcio e de magnésio; metais nobres, como ilmenita,
mozanita, zirconita e rutilo, ocorrem em praticamente toda a Amazônia Azul, e diversos minerais, como fosfatos, potássio, magnésio, enxofre, carvão ou hidratos de metano, foram observados no ZEE brasileiro.
A exploração desses recursos esbarra em três problemas: a viabilidade econômica em relação ao existente no continente; tecnologias adequadas para
a exploração, possíveis danos ambientais
Por todos os motivos, as delegação BR em Montego Bay (1982) comprovou a posse dos rochedos de São Pedro e São Paulo (não se submergem com a cheia = grandes distâncias da costa = torres de observação da marinha) / Importância estratégica do submarino nuclear = não detectável via satélite, não é visto, instrumento de dissuasão de atos de pirataria ou pretensões de outros Estados
A chamada economia do mar, ou economia azul, revela-se como a nova fronteira da economia mundial, com base no uso sustentável dos oceanos e de seus recursos
Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) = é um Programa Estratégico de elevada prioridade para a Marinha do Brasil, indispensável para a garantia da soberania sobre a “Amazônia Azul” e com potencial imenso para impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico no País, além de ser um estuário para a geração de empregos.
Bacias hidrográficas (3+)
BR responde por 14% das reservas de água doce do mundo / Bacias hidrográficas no Brasil são temas de gestão ambiental e de planejamento em nível internacional, isto é, envolvendo países vizinhos. A lei Nacional de Recursos Hídricos prevê a participação do MRE / 12 Bacias hidrográficas:
Amazônica (maior do planeta, boa para navegar e hidrelétrica), Paraguai, Tocantins Araguaia, Paraná (SP), Uruguai, Atlântico Sul, Atlântico Sudeste (RJ), Atlântico Leste (BA), Atlântico NE oriental, Atlântico NE ocidental, Parnaíba e São Francisco)
Memorizar = pensar em um relógio a partir do Sul em sentido anti-horário, sem considerar o “norte” = Sul, Sudeste, Leste, NE oriental, NE ocidental )
Fronteira oriental brasileira = REINO UNIDO (8) = Ilhas Ascensão, Santa Helena, Tristão da Cunha, Gough, Sandwich do Sul, Georgia do Sul, Órcadas do Sul, Malvinas = cadeia montanhosa submarina (dorsal atlântica = atrito entre placas tectônicas)
4 Principais efeitos do EL NIÑO / LA NIÑA
1- definição
2- dois efeitos no Brasil
= fenômeno NATURAL de aquecimento do pacífico, formando um centro de baixa pressão e potencializando efeitos climáticos humanos e naturais no mundo inteiro.
A situação normal é a corrente americana de Humboldt (fria) expulsar as correntes quentes asiáticas. Quando o oposto acontece forma-se o El niño (correntes quentes asiáticas expulsam a corrente fria de humboldt)
La Niña é o fenômeno inverso, em que as temperaturas do pacífico ficam menores
No Brasil, seca mais prolongadas no Nordeste (ausência de inverno no ano) + aumento da seca da Amazônia (menos chuva e mais queimadas **) + volta do ar do EL NINO bloqueia a Massa Polar Atlântica, gerando enchentes na região SUL (La Niña inverte esses processos)
SECA (NORTE), SECA (NORDESTE), CHUVA (SUL)
CONCEITO DE ESPAÇO GEOGRÁFICO
1- Conceito
2- Espaço segundo Milton Santos
3- Diferença entre espaço e paisagem
Conceito relacionado as pessoas que o habitam divide-se em social, econômico e cultural de acordo com o local / É a paisagem mais o seu uso (humano) / espaço é sempre atual
Espaço é o acumulo desigual de tempos / é o conceito utilizado por Milton Santos / O espaço geográfico somente surge após o território ser trabalhado, modificado ou transformado pelo homem, ou quando este imprime na paisagem as marcas de sua atuação e organização social. Por meio de seu trabalho, transforma os recursos naturais em coisas úteis e indispensáveis à sua vida, tais como: alimentos, roupas, habitação, energia, etc. ESPAÇO GEOGRÁFICO = ESPAÇO TRABALHADO PELO HOMEM / TERRITÓRIO = Área ampla e engloba áreas vazias (TUDO) / ESPAÇO GEOGRÁFICO = Área que foi já transformada pelo homem
Espaço geográfico = Esse termo designa a relação entre o homem e a natureza, por meio das transformações provocadas pelo ser humano no ambiente natural. Em geral, refere-se à materialização da relação entre o homem e o meio.
A Geografia adota como objeto de estudo o conceito de espaço geográfico. Porém, para analisá-lo, são instrumentalizados outros conceitos, também chamados de categorias geográficas. São eles paisagem, território e lugar
Espaço = uso e paisagem = aparência
Espaço (4) -> Território (5) = Espaço (conceito determinista + Friedrich Ratzel - “Antropogeografia = “Espaço é poder” + o natural é intransponível) evolui para TERRITÓRIO (domínio do espaço pelo homem + formação de Estados Nacional + fonte e limitação do poder e da identidade nacional + “LEBENSRAUM”)
CONCEITO DE (“MEU”) LUGAR (5+)
É onde as dinâmicas das relações dos indivíduos são de proximidade e vivências diretas e, ainda, onde cada pessoa busca as referências pessoais e constrói os seus sistemas de valores que fundamentam a vida em sociedade
Forte dimensão cultural, identidade e cotidiano
ALTO grau de SUBJETIVIDADE
Reconhecendo seu conceito antagônico de não-lugar, como espaço criado e SEM IDENTIDADE, como um shopping, um resort ou um aeroporto
O lugar pode se dar na escala local, mas também regional, nacional ou global
O Lugar caracteriza-se pela valorização das relações de afetividade desenvolvidas pelos indivíduos em relação ao ambiente, sendo o resultado de significados construídos pela experiência, com referenciais afetivos desenvolvidos ao longo da vida.
PAISAGEM (3+)
Segundo Milton Santos, o projeto de bomba nêutron dos USA, o qual mataria todas as pessoas e deixaria intacta as estruturas (construções), transformaria um espaço em paisagem (espaço é indissociável do ser humano e muda o tempo todo / espaço = uso e paisagem = aparência
A paisagem geográfica pode ser definida como todos os elementos do espaço que os nossos sentidos conseguem perceber e interpretar. A paisagem carrega em si elementos do passado.
A paisagem se constitui a partir da presença em diferentes escalas dos elementos naturais e culturais sobre os quais a sociedade interage e cuja percepção permite a leitura do espectador a partir dos princípios da semiótica, linguística, psicologia e sociologia, não há uma escala determinada, aceitando percepções diferenciadas.
A paisagem é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre seres humanos e natureza. Ela é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal – CERTO
PAISAGEM = É O QUE SE VÊ = FACE VÍSIVEL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO = SOMENTE DESCRIÇÃO (para transformar a paisagem em espaço geográfico seria necessário desmontrar o USO)
A orientação em geografia física, que procura compreender a originalidade global dos ambientes, na ótica ecológica que se está a firmar, tem, na paisagem, a base para a abordagem sintética no que diz respeito ao domínio natural e ao interesse pelas modificações que a atividade humana nele produz – CERTO TPS 2023
CONCEITO DE TERRITÓRIO (3+)
TERRITÓRIO = PODER E LIMITES (muitas vezes não visíveis e dissociados de aspectos políticos) / território = espaço delimitado pelo uso de fronteiras – não necessariamente visíveis – e que se consolida a partir de uma expressão e imposição de poder. Território = fronteiras + poder (não inclui caráter político)
Considera-se que são feições do espaço geográfico que vão além do identificar limites e extensões.
Compreende também o conhecimento da sociedade de que a ele pertence, das razões que o mantém coeso e das relações de poder, uma construção social.
O território é transitório e mutável, depende das relações e escalas temporais.
Território é um espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder. Ele pode ser analisado sob três vertentes básicas:
Política ou jurídico-política: o território é visto como espaço delimitado e controlado, através do qual se exerce um determinado poder.
Cultural ou simbólico-cultural: aquele que prioriza a dimensão simbólica e mais subjetiva, em que o território é visto, sobretudo, como produto da apropriação/valorização de um grupo em relação ao seu espaço vivido.
Econômica: enfatiza-se a dimensão espacial das relações econômicas; o território é visto como fonte de recurso ou é incorporado no embate entre classes sociais ou na relação capital/trabalho, como produto da divisão territorial do trabalho.
A categoria território é cada vez mais relevante para os estudos geográficos. Definido por relações de poder, mas podendo incluir relações afetivas, o uso do território caracteriza a produção do Espaço Geográfico, sendo constantemente marcado por conflitos de interesses.
Exemplo recente da relevância de território na Geografia brasileira foi a criação da lei do babaçu livre no Piauí, grande vitória das mulheres quebradeiras do coco no estado. A lei prevê a proibição da derrubada de palmeiras de babaçu e o livre acesso às comunidades agroextrativistas aos babaçuais. A lei também prevê que o Estado do Piauí deve destinar terras públicas para titulação de territórios de quebradeiras, criação de assentamento, livre acesso de quebradeiras em qualquer imóvel com babaçuais, seja eles públicos ou privados ***.
CONCEITO DE REDE (5+)
MALHA - INTERCONEXÃO - CAPITAL FINANCEIRO
Novo conceito que na ordem mundial estruturou uma organização que se configura em forma de malha, e resulta em uma interconexão e aproximação entre todas as formas do Estado e do capital financeiro.
A mutabilidade do espaço imposto pela ordem do sistema socioeconômico vigente – o Capitalismo - que na busca incessante por sua continuidade se renova e se reinventa constantemente ao longo da história por meio dos avanços técnico-científicos e pela ampliação da velocidade das informações e da capacidade de transportes de mercadorias e de locomoção dos indivíduos.
Essa nova ordem socioeconômica possibilitou que o processo de globalização alcançasse os mais distantes lugares do globo terrestre, permitindo a transposição das fronteiras físicas e políticas por meio da intensificação do fluxo mercantil, monetário e de capitais.
Os espaços de produção que se configuram nesta nova ordem, se interrelacionam na verticalidade com outros espaços numa ligação hierarquizada de interdependência e que vincula, entre si, os arranjos em que se alocam os equipamentos públicos e privados, a concentração das instituições políticas e de prestação de serviços
Pacto Andino (Atual Comunidade Andina) (BPCE) (5+)
Acordo de Cartagena é o nome oficial do Pacto Andino que foi estabelecido em 1969 / visa acelerar o desenvolvimento dos países membros através da integração econômica e social / A Comunidade Andina (CAN) é um bloco econômico sul-americano formado por 4 países: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O Chile deixou o bloco em 1977 (Pinochet) e a Venezuela em 2006 para entrar no MERCOSUL. O bloco foi chamado Pacto Andino até 1996. A cidade-sede da secretaria é Lima, no Peru
2004 = Declaração de Cuzco = base da União de Nações Sul-americanas (UNASUL) = junção da Comunidade Andina + MERCOSUL = zona de livre comércio continental
Possui Corte Andina de Justiça, parlamento e conselho desde 1979 / ** BR é membro associado desde 2005 através da UNASUL ** / livre circulação de pessoas entre os membros desde 2003 (como turistas)
Modernização Conservadora BR (8)
Período de crescimento BR pós 1964 / crescimento, entrada de capital internacional e investimentos com nepotismo, escolhas de cargos, corrupção, lavagem de dinheiro / concentração de poder e capital / não modificação da desigualdade
A integração territorial brasileira, na perspectiva da modernização conservadora, foi um recurso ideológico utilizado para ampliar o controle do território nacional e encobrir as políticas seletivas espaciais e sociais.
Fuga da mentalidade pré-industrial / A integração nacional obedeceu aos estudos da Escola Superior de Guerra, levando em consideração os princípios de segurança e integridade do território nacional (não as necessidades estruturais)
O objetivo fundamental era ocupar e desenvolver os “espaços vazios”, levando às regiões menos povoadas mão de obra e capital necessários para seu desenvolvimento / Não houve massificação de políticas sociais nesse período. Na ótica dos militares, era necessário “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”; desse modo o crescimento econômico e a estabilização monetária eram as prioridades
A modernização conservadora reconheceu que eram necessárias a autonomia tecnológica e a instrumentalização do espaço como bases para a acumulação de riqueza e a legitimação do Estado; por isso, o espaço foi dotado de operacionalidade (lógica implantada em todo território nacional)
Histórico das Divisões Regionais (10)
A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988
1913 = 5 regiões = meridional (inclui SP), Oriental (MG, RJ, ES, BA), Norte Oriental, Central (MT e GO) e setentrional (Amazônia e Pará) – critério físicos = clima, vegetação e relevo
1940 = 5 regiões = criado o IBGE = critérios físicos + socioeconômicos = Norte, Centro (Goiás, MT e MG), Leste, Nordeste e Sul (SC, RS, PR, SP e RJ) / isso quer dizer que a primeira divisão do IBGE NÃO tinha o SUDESTE, foi feita com divisão em critérios de geografia FÍSICA (Sul = em comum terra roxa, planalto meridional, bacia do rio Paraná)
1945 = 7 regiões = Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste Setentrional, Leste Meridional, Centro-Oeste e Sul (SP, PR, RS, SC) – destaca-se a criação de vários territórios dentro dos Estados (território de Rio Branco no Acre, território de Ponta Porã, etc) / 1950 parte dos territórios criado foi extinta e parte se tornou Estados
1970** = desenho territorial atual = nasce o Sudeste ** com SP, RJ, MG e ES / Tocantins faz parte do Norte a partir de 1988 / Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.
** De fato, a Região Sudeste foi criada com a regionalização oficial do IBGE de 1969 (que passou a vigorar em 1970). Na regionalização que vigorou até aquele momento (estabelecida em 1945), o estado de São Paulo pertencia a região Sul do país, enquanto os estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e o Distrito Federal faziam parte da região Leste, que era assim constituída: Leste Meridional (Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Distrito Federal) e Leste Setentrional (Espírito Santo, Bahia e Sergipe) ** - CERTO
Previsões da Economia BR
1- Previsão de Peter Gutmann para 2050
2- Previsão da Goldman Sachs para 2050
Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir estatisticamente o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona Euro
De acordo com previsão do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 um PIB de 11,3 trilhões de dólares e um PIB per capita de 49 759 dólares estadunidenses, tornando-se a quarta maior economia do planeta
Zona Franca de Manaus
Criada em 1957 e aprimorada em 1967 / objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico / Administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) / Hoje com 600+ Indústrias (televisão, informática, celulares e motocicletas) / 500 mil empregos+ / possui o polo agropecuário abriga projetos voltados à atividades de produção de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beleza, beneficiamento de madeira, entre outras
Benefícios fiscais (“guerra dos lugares”) = isenção de impostos de importação, exportação, sobre produtos industrializados (IPI), desconto parcial do ICMS, isenção de 10 anos de IPTU e de taxas de limpeza e conservação pública / Mesmo assim é uma forte fonte de arrecadação / IPI – ICMS – IPTU – TAXA DE LIMPEZA
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) (8+)
Autarquia federal criada em 1966 durante o Regime Militar de Castelo Branco (A do Nordeste foi criada em 1959 por JK) / busca de desenvolvimento regional por meio de incentivos fiscais / Ela tem sede e foro em Belém, e é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional
A SUDAM veio a substituir uma outra autarquia denominada “Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia” (SPVEA), criada por Getúlio Vargas em 1953, cujo objetivo também era o desenvolvimento da região amazônica
O sucesso inicial da SPVEA como agência de fomento para a Amazônia Legal, estimulou o presidente Juscelino Kubitschek a criar a Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. A SPVEA aplicou substanciais recursos financeiros no fomento agrícola e pecuário (em seus primeiros anos principalmente no setor gomífero = borracha) /
Reativação do SUDAM pelo presidente Lula em 2007 (havia sido extinta por FHC em 2002) = Autarquia Federal = desenvolvimento includente, sustentável, erradicação da miséria e a redução das desigualdades regionais / atividades industriais e agrárias exploradas por empresas públicas e privadas
Consenso de Washington
1- conceito
2- citar 5+ medidas
10 regras básicas formuladas em 1989 formuladas por economistas do FMI, Banco Mundial, Departamento do Tesouro dos USA e adotado como política oficial do FMI em 1990 e passou a ser receitado para ajuste macroeconômicos para países em dificuldade (América Latina)
As dez regras são: disciplina fiscal, redução do gasto público, reforma tributária, juros de mercado, câmbio de mercado, abertura comercial, investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições, privatização das estatais, desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas), direito à propriedade intelectual
Posteriormente associada a políticas neoliberais / receituário de caráter neoliberal aplicado pelos Chicago Boys no Chile de Pinochet, seguido por Thatcher e Ronald Reagan
Passando a ser questionada após a crise asiática de 1997, quebra da Rússia (queda de 30% do PIB) e da argentina (que era nota A+ do FMI pelo zelo de adoção das medidas) / O FMI realizou a revisão da política em 2004 e abandonou o dogmatismo inicial
Foi amplamente adotada e influenciada pelo entusiasmo da queda do muro do Berlim, o que implicitamente indicava que o planejamento central estava associado ao fracasso econômico e político (falsa sensação de sucesso do capitalismo liberal) / Críticos afirmam que produziu crises e aumento da desigualdade na América Latina (inclui o turco Dani Rodrik – professor de política econômica internacional em Harvard e um dos 100 economistas mais influentes do mundo)
Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) (6)
Organização intergovernamental composta por 8 países amazônicos com sede no BR / é o único bloco socioambiental de países dedicado à Amazônia / Decorre do Tratado de Cooperação Amazônico assinado em 1978, fornecendo Institucionalidade ao tratado e dar-lhe personalidade internacional / criando a OTCA em 1995 em Lima, no Peru e sua Secretaria Permanente em 2003 / visa desenvolvimento harmônico / tem como parte de seu trabalho a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável / A formação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é um grande exemplo do engajamento brasileiro na coordenação em torno da temática de segurança na Amazônia
URBANIZAÇÃO E POVOAMENTO BR
1) Principais sensos e década em que o BR tornou-se urbano
2) porcentagem de população urbana no país
3) macrorregiões mais e menos urbanizadas
4) quantidade de cidades por macrorregiões
5) 7 motivos para a involução metropolitana e seu conceito
6) classificação das metrópoles nacionais
7) classificações das cidades brasileiras segundo o IBGE
Senso do Império (1872) = 6% da população era Urbana (100 anos depois = majoritariamente urbano) / Contabilização de 1900 = urbanização de 10%
“Pensar o urbano é hoje uma necessidade” - profª Françoise Choay
O Sudeste tornou-se urbano já em 1950, diferente do Brasil que ocorre em 1960. A segunda região a se tornar majoritariamente urbano foi o Centro-Oeste = Sudeste (1950), Centro-Oeste (1970), Sul (1975), Nordeste e Norte (1985)
Censo de 2010 (IBGE) = 84% da população BR reside em cidades – ao mesmo tempo há decréscimo da natalidade (1,9 filhos por mulher) e desaceleração do crescimento populacional BR (1,17% ao ano)
HOJE = 85% de população urbana e 15% rural
Entre o Censo Demográfico de 1872 e o de 2010, a proporção da população brasileira morando em área urbana subiu de 7% para 84,4%.
Todas as cinco macrorregiões do Brasil são extremamente urbanizadas, com índices entre 73 e 93% de urbanização (Nordeste e Sudeste, respectivamente). ** O Centro-oeste é essencialmente urbanizado apesar de sua agricultura, ficando em segundo lugar em nível de urbanização (88,8%) **
A Região Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas rurais, 26,88%. Seguida do Norte, Sul e Centro-oeste
A região Centro-Oeste é a região MENOS populosa e por isso não se pode associar desenvolvimento econômico com centros populacionais no Brasil (** Embora seja a segunda mais URBANIZADA ** / Observação: regiões anecúmenas = difícil ocupação) /
Norte = menos povoado / RJ estado mais povoado = 300 hab por km² / São Paulo o mais populoso = 20% da população BR / Roraima = menos populoso e povoado = 1 hab por km² / conceito de povoado = densidade demográfica /
Atualmente, que ocorre no Brasil NÃO é um processo de fragmentação da rede urbana. Pelo contrário, deve-se sustentar que o Brasil passa por um processo de adensamento da rede urbana, com o crescimento das cidades médias e a desaceleração do crescimento das maiores metrópoles. Nesse contexto, os novos centros urbanos e as pequenas cidades preenchem o espaço entre cidades consolidadas
Quantidade de cidades = Nordeste (1794 municípios – 9 Estados) ***, Sudeste (1668), Sul (1191), Centro-Oeste (466) e Norte (460) / CFRB/88 = passou para o Estado a competência de criar munícipios, virou zona (4200 -> 5500 em 8 anos). Então, FHC por decreto proibiu /
Maranhão é o Estado menos urbanizado do Brasil com 60% urbanizado, essa massa rural contribui com a migração de retorno para migrar para as metrópoles /
CRESCIMENTO DAS CIDADES MÉDIAS
Desmetropolização: maior crescimento das cidades médias quando comparado com as metrópoles. Processo relativo em que as metrópoles deixam de liderar o crescimento. Grandes cidades continuam crescendo, mas em ritmo menor. remodelagem da realidade econômica e estrutural nacional, metrópoles são cada vez mais centros tecnológicos, financeiros e de decisões (ideia que já aparecia com o conceito de cidade global, de Saskia Sassen). Segundo Milton Santos, desde os anos de 1970, verifica-se um aumento no número de cidades médias. O processo de desmetropolização acentuou-se no Brasil a partir de meados dos anos 2000.
De acordo com a classificação do IBGE, cidade média é aquela que possui população entre 100 mil e 500 mil habitantes, estando desvinculada a regiões metropolitanas
A CF/88 estabeleceu a elevação do município à categoria de executor da política urbana (Art. 182), ampliando, assim, as condições para a sua autonomia jurídica, financeira e de ordem política, o que acabou promovendo uma mudança flagrante na capacidade de produzir políticas públicas dentro dos municípios. Essa dinâmica favorável das cidades médias pode ser percebida por meio do crescimento médio do seu PIB, que é maior do que o das cidades com população
acima de 500 mil habitantes (mudança positiva que contrasta com a alteração da CF/88 de ceder a competência de criação de municípios pelos Estados)
De acordo com as últimas estimativas do IBGE, existem 276 cidades médias = polos atrativos regionais e nacionais =
Obra “A Urbanização Brasileira” – Milton Santos = estuda a involução metropolitana (acentuada nos países em desenvolvimento) = crescimento das cidades médias / reflexos da urbanização acelerada / “os espaços rurais passam a ser agrícolas”
Motivos da involução metropolitana :
1) Desconcentração produtiva e efeito dos complexos agroindustriais
2) Saturação de grandes centros, como SP e RJ (produção cara, deseconomias de aglomeração, crescimento desorganizado)
3) aumento da participação terciária no PIB +
4) novas metrópoles (Brasília, Goiânia e Manaus) +
5) incentivos fiscais (“guerra dos lugares”)+
6) aumento da verticalidade (relação com o globo ao invés do estorno imediato)
7) fortalecimento do agronegócio, principalmente após 1990.
Consequências: segregação, autossegregação e gentrificação (analisados em outro flashcard)
CLASSIFICAÇÕES
São Paulo = tipo alfa (GAWC) e grande metrópole nacional (segundo o IBGE) / RJ = cidade global de tipo beta (GAWC) e metrópole nacional (IBGE - assim como Brasília)
Formação de conglomerados urbanos subnormais (favelas)
Cidades globais como “nós” entre os países (decisões polarizadas) (conceito de Saskia Sassen) = são redes conectadas as cadeias globais de valor = centros decisórios mundiais (concentração em países centrais, ao contrário das megacidades)
Busca por diminuição dos efeitos da urbanização e da hierarquização das cidades = modelo de cidade sustentável (um dos objetivos do desenvolvimento sustentável [ODS]) + Criação do Ministério das Cidades + criação do Estatuto da Cidade = planejamento urbano
Brasil = tendência à desmetropolização na região concentrada, metropolização do Norte e Nordeste (Manaus, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador) (capitaneado pelo Estado = Zona Franca em Manaus + polo petrolífero de Camaçari na Bahia + Projeto Grande Carajás + Porto de Pecém no Ceará e Suape em Pernambuco) / desconcentração concentrada = Renault e Nissan (Curitiba) + Fiat (Betim) + Toyota (Indaiatuba)
** Não há definição oficial para cidades médias no país **
As cidades médias são centralidades nos próprios contextos regionais, constituindo uma articulação da sua região de influência à economia mundial – CERTO – TPS 2021
De acordo com o IBGE (estudo REGIC), as cidades brasileiras podem ser classificadas em ordem decrescente de importância, sendo: Metrópoles (grande metrópole nacional, metrópole nacional e demais metrópoles); Capitais Regionais (capital regional A, capital regional B e capital regional C); Centros Sub-regionais (centro subregional A e centro sub-regional B); Centro de Zona (centro de zona A e centro de zona B) e Centro Local) – NÃO há classificação oficial para cidades médias
Espacialidade técnica (conceito para levar em prova) –> tecnologia concentrada mais em alguns espaços, regiões.
HISTÓRICO
Processo acelerado, demonstrado especialmente pela modificação demográfica do País e no que se refere ao aumento da população urbana em detrimento da população rural.
Urbanização TERCIÁRIA = O grande êxodo rural resultando em rápido e concentrado crescimento da população urbana nas metrópoles, sem o adequado planejamento para organizar o espaço urbano e integrar os excedentes populacionais
A transição demográfica para a fase 2 do modelo de Thompson também agravou o adensamento populacional urbano não acompanhado de planejamento adequado
Segregação espacial – gentrificação – aumento da violência – desordenado processo de ocupação – especulação imobiliária – degradação ambiental = dificultam a concretização do direito à cidade
Essa dinâmica criou espaços como os enclaves urbanos, que podem ser entendidos como espaços privatizados e monitorados, especialmente desenvolvidos para moradia, lazer, trabalho ou consumo. Considerados muitas vezes como “ilhas” de acesso a sistemas de segurança, eles são mantidos por empresas de vigilância e monitoramento constantes e atraem aqueles que, graças à violência e às desigualdades, se sentem mais seguros nesses espaços e podem pagar para desfrutá-los. Condomínios, shoppings centers e complexos de escritórios são espaços públicos privativos com usos específicos e com exclusividade no oferecimento de determinados serviços. Os enclaves urbanos e a segregação socioespacial intraurbana são processos que estão intimamente relacionados, já que os primeiros acabam por fragmentar a cidade, indo contra os princípios do direito à cidade, infringindo o direito constitucional de ir e vir independentemente de classe, raça, gênero ou poder aquisitivo, privatizando espaços e influindo nas interações públicas (TESE DE TERESA DO RIO CALDEIRA - Enclaves fortificados: a nova segregação urbana)
FORDISMO = intensa concentração produtiva
PÓS-FORDISMO (1980) = desconcentração concentrada + desmetropolização + crescimento das cidades médias maior do que o das metrópoles, embora estas tenham continuado a crescer = involução metropolitana
** A concentração do meio técnico-científico-informacional em São Paulo ensejou a metropolização até os anos 1970. A partir de então, com o crescimento das cidades médias, ocorre desmetropolização e uma “desconcentração concentrada” **
Esse processo gerou uma rede urbana desequilibrada, em que 15 metrópoles polarizam influência sobre o território nacional, enquanto 4.037 cidades (82% do total) são classificadas na última escala da hierarquia urbana proposta pelo REGIC 2018: centros locais
No Brasil, destacam-se os aglomerados subnormais de Sol Nascente (DF) e da Rocinha (RJ). Esse processo de favelização evidencia a chamada “segregação imposta”
Há também a “segregação induzida”, em que as pessoas têm poucas opções de moradia e se instalam em regiões com infraestrutura urbana deficitária. Por fim, ocorre também a “autossegregação” pelas elites, que se isolam em condomínios de luxo, a exemplo de Alphaville.
Segundo Lefèbvre, o direito à cidade denota que os benefícios do meio urbano precisam ser efetivamente usufruídos por aqueles que nele habitam.
Como forma de reverter a situação, a Agenda 2030 defende o conceito de cidades inclusivas em consonância também com a Agenda de Quito ou Nova Agenda Urbana da UN-HABITAT III. Propõem-se, então, a criação de novos espaços públicos de lazer e convivência, de oportunidades em toda a cidade (de emprego e de estudos) e de mecanismos efetivos de ascensão social, entre outros.
AMAZÔNIA X DEFESA (5)
Projeto Calha Norte = desenvolvimento em defesa do norte criado em 1985 no governo Sarney nas fronteiras das Guianas, Suriname e Colômbia visando fortalecer a presença nacional
Objetiva reduzir as necessidades socioeconômicas da região fronteiriça e assegurar a soberania nacional nessa região
SIVAM = Sistema de Vigilância da Amazônia = projeto da defesa BR que visa assegurar o espaço aéreo da Amazônia. Conta com uma parte aérea, o Sistema de Proteção da Amazônia, ou SIPAM
Surge como resposta ao anseio da internacionalização da Amazônia e ameaça da soberania com enormes antenas de radar e comunicação, integrados ao satélite BR de sensoriamento remoto para fiscalização do desmatamento.
EUTROFIZAÇÃO (5) e consequências (5)
excesso de nutrientes na água (nitrogênio e fósforo) / causa crescimento excessivo de plantas aquáticas / despejo excessivo de descargas, essencialmente adubos / é a sucessão gradativa de um estágio de vida aquática para outro / Consequências (5) = diminuição da balneabilidade (redução no trânsito e recreação por causa da vegetação e insetos) + condições anaeróbicas da água que levarão a morte dos seres vivos daquele ambiente + fortes odores (gás sulfídrico) + toxicidade pela amônia + alto custo para tratamento de água potável / Colmatação = elevação do nível de um terreno por acúmulo de detritos, terra, atulhamentos / Concentração de sedimentos INorgânicos = Asssoreamento / Concentração de sedimentos orgânicos = Eutrofização.
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (1972)
1- Precedente em 1900
2- Programa criado pela Conferência e local de sua sede
3- Nome do relatório emitido
realizada em Estocolmo / precedentes: Convenção para a Preservação de Animais, Pássaros e Peixes da África em 1900 (discussão da caça indiscriminada) / primeira conferência multilateral sobre meio ambiente
Essa Conferência cria o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA = com sede em Nairóbi no Quênia
Nela se expõe a tese de que problemas ambientais causados pela explosão demográfica dos países pobres, apresentada pelo Clube de Roma em “Limites para o Crescimento” ou “Relatório Meadows” (Encomendado junto ao MIT)
Essa tese neomalthusiana é seputada com a criação do desenvolvimento sustentável em 1987 (Nosso Futuro Comum ou Relatório Brundtland) /
Atenção: O Tratado Antártico, assinado em 1959, não tratou, inicialmente, de questões ambientais. O objetivo era apenas a cooperação internacional, com liberdade de exploração científica no continente. A questão ambiental só será tratada em 1991, com a aprovação do Protocolo sobre Proteção Ambiental para o Tratado da Antártica.
4 DIVISÕES DO NORDESTE
Zona da Mata (litoral + povoada de todos) -> agreste (zona + povoada do INTERIOR*** VTC + região de transição) -> Sertão -> Meio Norte (siglas: ZM AS MN)
6 Domínios Morfoclimáticos de Aziz Ab’Saber e diferenças do IBGE (10+)
Amazônico, Cerrado, Marres de morros (mata atlântica), Caatinga (nordeste), Araucárias (sul), Pradarias (extremo sul) / Aziz Ab’Saber é o Milton Santos da Geografia Física / utiliza relevo, clima e vegetação para definir
Domínios morfológicos (Aziz Ab’Saber) = marca uma ruptura com o padrão anterior naturalistas e descritivos (antes do século XX). Aprofundamento do estudo da paisagem / organização coesa de CINCO características: relevo, tipos de solo, vegetação e condições climáticas e hidrológicas inter-relacionadas
IBGE X Ab Saber = em ambas as concepções, surge uma sexta paisagem territorial, no caso do IBGE, o Cerrado subdivide-se para dar origem ao Pantanal, (que neste caso é um bioma e não uma zona de transição) e para Ab Saber, os Mares de Morros (ou Mata Atlântica) se subdividem para dar origem às Araucárias ou mata de pinhais.
A metodologia usada por Ab Saber envolve questões de relevo e de clima, além da fauna e flora encontradas nos locais. Devido a isso, sua análise, mesmo considerando mais elementos, tem muito em comum com a do IBGE, pois ambas consideram a biologia dos lugares.
O pantanal é um bioma, mas não é um domínio morfoclimático, e sim apenas uma paisagem tampão para ab saber / Formações que são biomas e domínios morfoclimáticos (Aziz Ab’saber) (4) = Amazônia, Caatinga, Cerrado e Pampa. Biomas e domínios são 6 no total, sendo esses 4 comum aos dois
Caatinga (20+)
Abrange cerca de 10% do território = 800 mil – 1,1 milhão de km² / localizado na área do Sertão nordestino e do norte de Minas Gerais – região do Polígono das
Secas / CLIMA TROPICAL SEMIÁRIDO / ** Único bioma exclusivamente brasileiro, por isso possui espécies ENDÊMICAS = grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta ** / O nome dado a esse bioma tem origem indígena e significa “floresta branca”, denominação que remete às características dessa vegetação ao longo da estação seca / As espécies mais características da sua flora são mandacaru, juazeiro, umbu, xiquexique, entre outras / Biomas com alto endemismo = CAATINGA e CERRADO! / importância na biodiversidade (É o bioma semiárido mais diverso do mundo) / Uma característica da caatinga é o seu alto nível de endemismo, ou seja, que não existem em outros biomas. São 932 espécies registradas, sendo que 380 são endêmicas (40%) / apresenta o menor número de ações de proteção ambiental, o que se expressa na pequena quantidade de unidades de conservação existente neste domínio (menos de 1% são áreas de proteção integral) / divide-se em Meio-Norte -> Sertão -> Agreste -> Zona da Mata / área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados (11% do território nacional) / totaliza 10 Estados e inclui o norte de MG / 27 milhões de pessoas vivem na região
ÚNICO bioma exclusivamente brasileiro / Exemplos de prosperidade no sertão = Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) = programas estatais de irrigação com a EMBRAPA / empresários locais mapearam os períodos de entressafra do hemisfério norte e desenvolveram técnicas para induzir a floração, de forma a concentrar a colheita nos períodos mapeados / Hoje, 90% da manga e cerca de 60% da uva que o Brasil exporta vêm do Vale do São Francisco, do sertão nordestino – em um contraste com a imagem tradicional de um sertão de fome e seca / A Caatinga sustenta a economia da região Nordeste por meio de duas vertentes: fornecimento de energia e produtos florestais não madeireiros / 30% da matriz energética da região vem da lenha obtida por meio de exploração não sustentável, utilizada por 70% das famílias na preparação de alimentos / Já o recurso florestal não madeireiro é usado em diversas atividades econômicas: do forrageiro para pastagem de gado e produção de mel, passando pela comercialização de frutos nativos e plantas medicinais, até às cerâmicas e indústrias de gesso, que geram divisas para o país / a Caatinga perdeu 40.000 km² que se transformaram em deserto nos últimos 15 anos devido à interferência
CLIMA
Clima no Sertão Nordestino = quadra úmida = chove em torno de 4 meses (podendo ser entre dezembro e maio a depender do Estado) – esse período é chamado de “inverno” pelo sertanejo / O clima semiárido do sertão nordestino é determinante para a vegetação de caatinga, marcada pela xerofilia, ricas em espécies vegetais adaptadas à longa estiagem, como o xique-xique, o mandacaru, o angico e o juazeiro. As espécies vegetais da caatinga apresentam revestimento dos tecidos que ajuda a perder menos água por transpiração, e apresentam folhas grossas, e algumas têm forma de espinhos / INVERNOS rigorosamente secos, piorando com o El niño
Apresenta média de altas temperaturas, baixas amplitudes térmicas e baixos e irregulares índices
pluviométricos (média entre 300mm/ano – os mais baixos – e 1.000mm/ano – os mais elevados).
A temperatura média anual fica entre 25º C e 30º C / BAIXA amplitude térmica ao longo do ano / Entre as principais características está o xeromorfismo, ou seja, adaptação das plantas para sobrevivência em regiões com pouca disponibilidade de água e clima seco por meio, por exemplo, de mecanismos de armazenamento de água
Semiárido (9 meses de seca geradas por ser uma zona de alta pressão atmosférica na região, além de barreiras do relevo, impedindo passagens de ar úmidas / pluviometria de +/- 500mm em algumas localidades
VEGETAÇÃO
A fitosionomia dominante no bioma caatinga é a Savana Estépica, marcada pela xerofilia, que retrata, em sua fisionomia decidual e espinhosa, pontilhada de cactáceas e bromeliáceas, os rigores da secura, do calor e da luminosidade tropicais.
Vegetação resistente a longos períodos de estiagem (xerófita) – hiperxerófita, nas áreas mais
secas; hipoxerófita, nas áreas com umidade mais regular.
Plantas XERÓFILAS (acostumadas com a aridez, como as cactáceas) e caducifólias (que perdem a folha durante o período mais seco = também chamada de intermitência ou decíduas), além de algumas árvores com raízes bem grandes que conseguem captar a água do lençol freático em grandes profundidades e que, por isso, não perdem as suas folhas, como o juazeiro / plantas não perenes = vivem pouco = menos de dois ciclos sazonais = 2 anos
A caatinga é um bioma caracterizado pela vegetação xerófila, com vegetais de raízes profundas, folhas decíduas ou atrofiadas e elevado grau de endemismo
A caatinga é um bioma caracterizado pela vegetação xerófila, com vegetais de raízes profundas, folhas decíduas ou atrofiadas e elevado grau de endemismo / Não é comum, mas a caatinga tem espécies com folhas perenes (não caem) como o Juazeiro (perenófilas)
A Caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são a amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro / No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os chamados brejos (próximos as serras)
RELEVO
No relevo predomina as depressões Inter planálticas da região Nordeste (seca = depressão) / Chuvas no verão (intitulado de “inverno” pelo sertanejo) / presença de rios intermitentes (Parnaíba e São Francisco são exceções) / Vegetação = arbóreo-arbustiva caducifólia (folhas caem), com espinhos (para evitar a perda por evapotranspiração), presença de cactáceas, espécies xerófitas / economia = destaque para pequena propriedade e para a fruticultura nos vales dos rios São Francisco, após os trabalhos da CODEVASF, do Açu e do Gurgueia /
PODOLOGIA
Pedologia: Solos predominantemente rasos (média de 0,5m a 1,5m de profundidade), pedregosos (predomínio da ação mecânica de desagregação das rochas – intemperismo físico) e extremamente férteis (grande diversidade de minerais).
Os solos da Caatinga variam de rasos a moderadamente profundos. São pouco férteis e, geralmente, ricos em minerais, porém pobres em matéria orgânica. São também arenosos e pedregosos, retendo pouca água. A coloração varia de tons de vermelho à cor cinza / perdeu +50% da cobertura vegetal original
Entre os problemas no bioma, destaca-se o processo de desertificação e a salinização de solos (evapora muito e chove pouco, gerando concentração de sais minerais no solo) / O Brasil como um todo é marcado por solos intemperizados, no caso da Caatinga, porém, trata-se do intemperismo físico, ou mecânico (NÃO QUÍMICO), resultante de variações de temperatura na superfície terrestre
Solo de Pouca Profundidade – Pouca decomposição de rochas – áreas pedregosas - Caracteriza-se por ser uma zona de repulsão de massas de ar, daí as escassas chuvas. O balanço de evapotranspiração é negativo, e a vegetação, baixa e espinhosa – variedade imensa de espécies animais e vegetais posto que modernamente já se atingiu a conclusão que a riqueza proporcionada pela biodiversidade não é apenas ecológica, mas também de possível aplicação econômica / o bioma é rico em recursos genéticos dada a sua alta biodiversidade
PLUVIOMETRIA E REGIME DE RIOS
Média de 2 a 3 meses com chuvas, concentradas no verão (invernos extremamente secos).
El Niño provoca longos períodos de estiagem, que podem superar a casa de 12 meses.
Transposição: perenização de rios intermitentes do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, por meio de canais (eixos) que levam a água do São Francisco até eles.
Possui rios intermitentes / Se comparados aos intermitentes, são poucos os rios perenes nesse bioma. Um exemplo deles é o São Francisco. Os rios da Caatinga nascem nas cabeceiras das serras e chapadas. O lençol freático da região abrangida por esse bioma possui baixo nível de água em virtude da escassez de chuvas e do solo pouco permeável / Os níveis pluviométricos atingem cerca de 800 mm ao ano / O clima semiárido possui dois períodos, um de chuva e um de seca. Nos períodos chuvosos, os níveis pluviométricos alcançam os 1000 mm por ano. Já nos períodos de seca, esse índice cai para 200 mm por ano.
Abriga metade da Bacia do São Francisco / Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascente na região permanecem secos por cinco a sete meses do ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas
RELEVO
Relevo: Predomínio de áreas de depressões interplanálticas pediplanizadas (depressão
sertaneja).
Relevo de altitudes medianas (média entre 600 e 1.200m) – os topos mais altos dos relevos conseguem captar correntes atmosféricas mais úmidas, configurando-se como “Brejos de Altitude” (áreas mais úmidas, mais frias, com solos mais profundos e vegetação mais densa do que o seu entorno).
A depressão sertaneja é rodeada por diversos planaltos (cristalinos) e chapadas (sedimentares), o que contribui para a diminuição dos índices pluviométricos (já que se formam barreiras naturais para a movimentação das massas úmidas). Melhor exemplo: Planalto da Borborema – seu barlavento (área úmida) se volta para o litoral, enquanto a depressão sertaneja se encontra a sotavento dele (área seca).
FAUNA E FLORA
Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagüi-do-nordeste, entre outros
Grande variedade de cactáceas e bromeliáceas.
Os cactos armazenam água para suportar aos períodos de estiagem. Melhores exemplos: mandancaru, xique-xique, palma, coroa-de-frade e faxeiro.
Semi-árido Brasileiro = tanto quanto a seca é parte indissociável do Semiárido, também o é o fenômeno das monções torrenciais, que caem eventualmente em períodos curtos e provocam cheias, reavivando os milhares de rios e lagos intermitentes, devolvendo pujança à vegetação e ajudando a recuperar os reservatórios. No total, ocupa 12% do território nacional e abriga cerca de 28 milhões de habitantes divididos entre zonas urbanas (62%) e rurais (38%), sendo portanto um dos semiáridos mais povoados do mundo.
Cerrado (savana BR ou Savana-estépica) (20+)
Segundo maior bioma da América Latina e do Brasil / Segundo o IBGE, o Cerrado possui 2.036.000km2, o que equivale ao 1/4 do território brasileiro (caiu tps) / caracteriza-se por apresentar diversas fitofisionomias em virtude dos vários contatos geográficos que possui com outros biomas / É o único domínio morfoclimático que se espalha por todas as regiões do país / abrange quase 24% do território brasileiro
Considerado HOTSPOT (alta biodiversidade em ameaça = assim como a mata atlântica, constitui 1 dos 34 hotposts do mundo) / ** perdeu +50% da cobertura vegetal original ** / sua biodiversidade está associada as gigantes faixas de transições com todos os demais biomas do país
5% de toda a biodiversidade do planeta é encontrada no Cerrado; entre as espécies do bioma estão o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, a ema e os ipês amarelos. O IBGE estima que 44,6% das áreas agrícolas do país estavam no bioma em 2018
CLIMA TROPICAL CONTINENTAL (OU SAZONAL OU SEMIÚMIDO) = duas estações bem definidas – uma úmida (verão) e outra seca (inverno) – árvore e arbustos de pequeno porte, troncos retorcidos, cascas grossas, caducifólia (folhas caem no outono) / A média pluviométrica é de 1500 mm, e a temperatura média anual é de 22ºC, variando ao longo desses períodos / clima tropical continental (6 meses de seca) / altas temperaturas médias (continentalidade) / maior parte do relevo são chapadões centrais / chuvas no verão geradas pela massa equatorial continental /
Nascente dos principais rios brasileiros / O Cerrado abriga nascentes dos principais rios brasileiros, compreendendo, segundo o IBGE, nove das doze bacias hidrográficas existentes no Brasil. Além de abrigar tantas bacias hidrográficas, o Cerrado localiza-se numa região em que existem grandes aquíferos, como o Guarani e o Bambuí. Por isso, esse bioma é considerado berço das águas / Até mesmo a Bacia Amazônia não escapa da atuação do Cerrado como berço das águas: o rio Xingu, um dos muitos afluentes do Amazonas, advém de nascentes do Cerrado, o que também acontece com a maior parte da Bacia Tocantins-Araguaia e com as bacias do Paranaíba, do Atlântico Leste e Atlântico Leste Ocidental / A Bacia Platina, por sua vez, é também resultante de águas que surgem no Cerrado, que abriga o início das bacias do Paraná e do Paraguai. Essas bacias juntam-se e formam a rede de drenagem em questão, que envolve o Rio da Prata, um dos mais importantes da América do Sul
Fatores que contribuem para o Cerrado ser o berço das águas = dimensão (só é menor que a Bacia Amazônica) e relevo (zonas planálticas contribuem para surgimento de nascentes rumo à outras áreas) / berço das águas do país (alimenta 9 das 12 bacias hidrográficas nacionais) / nascimento do Araguaia, Tocantins, Paraná, São Francisco / rios perenes
Cerrado = média anual de precipitação entre 1.500mm e 1800mm e retimo sazonal de chuvas similar ao semiárido nordestino, com chuvas de verão e estiagem prolongada no inverno.
Os solos do Cerrado são antigos (Período Terciário) e caracterizam-se, principalmente, pela profundidade e drenagem. São bastante porosos e permeáveis, propiciando o processo de lixiviação (processo erosivo provocado a partir da lavagem da camada superficial do solo) / Apresentam cores avermelhadas e dividem-se em latossolos e podzólicos. Os latossolos são avermelhados, possuem acidez e são pobres em nutrientes. Já os podzólicos ou argissolos apresentam coloração mais escura e são propícios a sofrer processos erosivos / Solos pobres em nutrientes e isso faz com que esses solos, naturalmente, apresentam baixa fertilidade
Vegetação = arbóreo-arbustiva (1) campos limpos (arbustiva), (2) campos sujos (arbustiva + árvores), (3) cerradões (árvores de maior parte) (mata de cocais = encontro da Amazônia com o cerrado); casca grossa e resistente ao fogo, baixo porte, galhos retorcidos = a depender da variação de umidade
Abrange MATOPIBA = chamada de “nova fronteira agrícola” em nota do governo federal de 2015 / 2019-2020 = O Maranhão foi o estado que mais registrou desmate, respondendo por 25% das perdas no bioma (1.836,1 km²). Em seguida, estão Tocantins (1.565,8 km²) e Bahia (919,1 km²)
Os principais impactos do desmate no Cerrado incluem a perda de biodiversidade na região, o prejuízo à regulação do clima no país, riscos para a disponibilidade de água em regiões abastecidas por rios ligados ao bioma e a degradação de outras áreas que dependem do Cerrado para existir, como o Pantanal + elevação de gases de efeito estufa + conflitos de terras (comunidades locais) + contaminação de rios e bacias (agrotóxicos) / Estudos de diferentes universidades mostraram também que a derrubada de florestas na região teve impacto sobre crises hídricas no Sudeste em 2015
2030 é quando as reservas do Cerrado podem estar totalmente destruídas, caso o desmatamento no bioma continue no mesmo ritmo, segundo dados da ONG Conservação Internacional
Podemos destacar dois programas de proteção do Cerrado no BR: o PRONABIO, de 1994, e o PPCERRADO, iniciado em 2009
Observação: Mata de Cocais = ocupando uma área de transição entre a Amazônia e as terras semiáridas do Nordeste Brasileiro / Possui solos secos e florestas dominadas por palmeiras. Sua vegetação é formada por palmeiras, como o buriti, oiticica, babaçu e carnaúba
Estrutura de relevo: dá-se o predomínio das altitudes médias (entre 300 e 600m), tendo em vista que o relevo é geologicamente antigo e, por consequência, bastante desgastado por longas fases de intemperismo e erosão. É composto, em sua maioria, por planaltos (de origem cristalina), com topos ondulados, e chapadas e chapadões (de origem sedimentar), de configuração escarpada e topos planos;
A degradação ambiental do Cerrado é acelerada a partir de 1990, transformando-se em um dos
principais problemas ambientais do Brasil na atualidade / De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), no período entre 2000 e 2015, o Cerrado perdeu uma área vegetal superior à que foi perdida pelo domínio Amazônico / Atualmente, o Cerrado já apresenta mais da metade de sua área degradada / Esse processo se inicia com a “Marcha para Oeste”, construção de Brasília, Revolução Verde, grandes lavouras de produção, crescimento do agronegócio geraram uma necessidade ainda maior
de se utilizar extensos sistemas de irrigação e de se ampliar a retificação química dos solos, o que poderia aumentar a salinização dos solos e a contaminação dos
lençóis subterrâneos de água;
Além disso, as áreas desmatadas, e que sofrem com queimadas dentro do Cerrado, já são responsáveis pela emissão de mais de 250 milhões de toneladas
de gases do efeito estufa, sendo responsáveis por mais de 10% de toda a emissão brasileira da atualidade;
Atualmente, dentro do bioma do Cerrado, existem 60 Unidades de Conservação;
Assim como a Caatinga, o Cerrado também aguarda pela aprovação da PEC 504/10, que deverá conceder a esses ecossistemas o título de Patrimônio Nacional, já concedido à Floresta Amazônica, à Zona Costeira, à Serra do Mar, ao Pantanal mato-grossense e à Mata Atlântica. Esta concessão tem como objetivo assegurar que os recursos desses ambientes possam ser utilizados com uma maior preocupação no sentido da preservação ambiental.
DECORAR = perdeu +50% da cobertura vegetal original / clima tropical úmido (6 meses de seca) / altas temperaturas médias (continentalidade) / pluviometria em torno de 1000-1500mm / maior parte do relevo são chapadões centrais / chuvas no verão geradas pela massa equatorial continental / berço das águas do país (alimenta oito das 12 bacias hidrográficas nacionais) / nascimento do Araguaia, Tocantins, Paraná, São Francisco / rios perenes (correm o ano inteiro) / Vegetação = arbóreo-arbustiva, campos limpos (arbustiva), campos sujos (arbustiva + árvores), cerradões (árvores de maior parte) (mata de cocais = encontro da Amazônia com o cerrado); casca grossa e resistente ao fogo, baixo porte, galhos retorcidos
Apesar do aspecto xeromórfico que estas características conferem às árvores e aos arbustos, lembrando regiões semi-áridas, não há escassez de água nos cerrados, mesmo nas estações mais secas. Os cerrados brasileiros, em contraste com as savanas africanas, são úmidos, apesar da sazonalidade da umidade.
Bioma Amazônia
1- Clima
2- Nome dado ao Bioma por Alexander Von Humboldt
3- Três subdivisões do bioma
4- Três animais representantes
5- área ocupada pelo território nacional
6- duas hidrelétricas constuídas na Amazônia
Maior floresta tropical do mundo, maior biodiversidade do planeta e maior bioma do brasil (30 milhões de espécies) (Compreendendo cerca de 45% do território nacional) / Árvores – arbustos – lianas – trepadeiras / 17% do bioma foi devastado / Vegetação que pode chegar acima de 50 metros, folhas largas e grandes / CLIMA EQUATORIAL ÚMIDO / possui a maior bacia hidrográfica do mundo / clima quente e úmido / relevos relativamente baixos, vegetação extremamente densa e solos lixiviados e com baixa fertilidade.
A umidade do bioma amazônico é garantida pela própria floresta e o processo de evapotranspiração, não pela bacia amazônica em si. As inundações ocorrem em função do relevo de planícies ao longo dos rios e de depressões planálticas
Hileia Amazônica *** Já caiu = Nome dado por Alexander Von Humboldt, naturalista alemão, à grande floresta equatorial úmida que se estende dos Andes, pelo vale amazônico, até as Guianas / “Mata de Hileia” (expressão derivada da língua grega que significa, “mata inexplorada, virgem),
Dentro desse bioma há três subdivisões: MATA DE TERRA FIRME (estratos mais altos (30-50m), não inundáveis) – MATA DE VÁRZEA (inundável em alguns períodos) – MATA DE IGAPÓ (estratos mais baixos e inundável a maior parte do ano)
Os principais representantes da fauna são onça-pintada, boto-cor-de-rosa, arara-azul, capivara, tatu e cobras, como a cascavel e a jararaca
O Rio Amazonas é o principal e o maior em volume de água do mundo, recebendo vários afluentes / O Rio Amazonas tem sua origem no sul do território peruano, entra em território brasileiro com o nome de rio Solimões e recebe o nome definitivo no encontro com o rio Negro em Manaus. Sua foz é mista, pois tem características não somente de estuário (linha reta, contrário de delta), mas também de delta (Amazonas = rio negro + rio Solimões)
O solo da Amazônia é arenoso e apresenta uma camada de húmus resultante da deposição de floras, frutos e restos de animais. Apesar disso, apenas cerca de 14% do território pode ser considerado fértil para práticas agrícolas
Ali estão fixadas trilhões de toneladas de carbono (Sequestro), sua massa vegetal libera toneladas de água para a atmosfera (rios voadores), via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce despejada nos oceanos pelos rios existentes no mundo
O termo Floresta Ombrófila é usado para o ecossistema antes denominado de Floresta Pluvial. Caracteriza-se pela vegetação de folhas largas e perenes e por chuvas abundantes e frequentes. Está presente nos biomas Mata Atlântica e Amazônia
Curiosamente, os primeiros anos de governo FHC, Lula e Bolsonaro representam fortes aumentos no desmatamento da Amazônia
HIDROGRAFIA E PLUVIOMETRIA
A região hidrográfica da Amazônia (bacia amazônica) ocupa aproximadamente 3.800.000 km2 (44% do território nacional*** Já caiu) (3,5x o tamanho da caatinga);
O bioma apresenta umidade do ar elevada durante todo o ano / O índice pluviométrico também é elevado, sendo mais de 2000 mm/ano de chuvas provenientes da própria floresta / as chuvas caem principalmente em forma de “chuvas convectivas” (provocadas pela elevada umidade e pelo calor intenso);
Observação: Higrófila ou ombrófila (umidade ano todo) -> tropófila (variação da umidade com as estações do ano = cerrado) -> xerófila (umidade baixa boa parte do ano = caatinga)
Este elevado índice de chuvas se dá a partir dos altos níveis de umidade provenientes da bacia amazônica, da floresta equatorial, da atuação das massas de ar locais e das baixas latitudes equatoriais - que favorecem a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
O domínio amazônico é responsável por grande parte das chuvas que ocorrem no território brasileiro - e em boa parte da América do Sul. Esta umidade é movimentada pelos fortes circuitos de umidade (chamados de “rios voadores”) que, a partir da circulação da massa Equatorial continental (mEc), são descarregadas em outras regiões sul-americanas.
O rio amazonas é alimentado tanto pela neve da Cordilheira dos Andes, quanto pelos seus mais de sete mil afluentes. Esta bacia é responsável por cerca de 20% de toda água doce despejada anualmente nos oceanos;
Além da abundância de água da bacia amazônica, seu subsolo também concentra um elevado volume de água por meio do Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), que, segundos os levantamentos mais recentes, possui aproximadamente quatro vezes o volume de água do Sistema Guarani, sendo capaz de suprir as necessidades de toda a população mundial por um período de cerca de 250 anos.
RELEVO
A classificação antiga atribuía planície à Amazônia, no entanto, as áreas de planície são apenas próximo aos rios e suas margens. A maior parte da Amazônia é constituída de planaltos e depressões, gerando potencial hidrelétrico nos pontos de convergência entre os rios que correm dos planaltos e depressões sentido aos rios de planície / Suas porções mais elevadas estão localizadas nos extremos norte (maciço das Guianas) e sul (terras altas do Brasil Central);
Seus divisores topográficos são: planalto das Guianas, cordilheira dos Andes e planalto brasileiro
Hidrelétricas na Amazônia = eram quase inexistentes até que se construiu Jirau e Santo Antônio no Rio Madeira. Seguido de Belo Monte, com um alto impacto
O bioma amazônia ocupa praticamente metade do território brasileiro (44%) e possui vegetação perenifólia (ou seja, que não cai, é o contrário de decídua ou caducifólia) e latifoliada, além de elevada biodiversidade. Essas características botânicas estão associadas às altas temperaturas e pluviosidade marcando uma vegetação ombrófila (ou higrófilo = que vive em ambiente úmido)
É considerado o Heartland Ecológico do planeta pela geógrafa Bertha Becker (parafraseando o conceito de mackinder) / Incógnita do heartland = qual vai ser o projeto dominante para Amazônia nos próximos anos? Fronteira de recursos igual ao governo militar ou desenvolvimento sustentável?
Segundo Aziz Nacib Ab’Saber, o bioma também a recebe a nomenclatura de “Terras Baixas da Floresta Equatorial” (termo que é utilizado para designar a predominância de depressões, nas quais acumulam-se os sedimentos formados pelos longos ciclos de decomposição e desgaste dos relevos circundantes);
Mata Atlântica (+15)
15% do território / 3429 municípios (61%) / 145 milhões de pessoas (72%) (7/10 pessoas) e 17 Estados (14 costeiros = o que dá o nome do bioma), só resta 12,4% da mata original / pau-brasil é nativo dessa mata e dá nome ao país / É uma floresta de altitude (serra do mar e serra da Mantiqueira) vai do RS até o RN / 60% dos animais ameaçados de extinção do Brasil estão na Mata Atlântica / latifoliada (folhas largas e grandes) e perene (folhas que não caem) / HOTSPOT (assim como o cerrado, são os 2/34 hotspots existentes) / Vegetação ombrófila (= folha larga, perene e com chuva) e estacional / abrange sete bacias hidrográficas que se alimentam dos rios São Francisco, Paraíba do Sul, Paraná, entre outros. As águas dessa região abastecem cerca de 110 milhões de brasileiros / CLIMA TROPICAL ÚMIDO (em geral) / Apresenta temperaturas elevadas, altos índices pluviométricos e elevada umidade do ar, com escassez de períodos de estiagem. Em virtude de sua extensão, esse bioma também apresenta climas como tropical de altitude (Região Sudeste) e subtropical (Região Sul) / A vegetação do bioma Mata Atlântica é diversificada em decorrência de sua extensão. Apresenta vegetações ombrófilas (vegetações de folhas largas e perenes) e estacionais / Os solos que compõem a Mata Atlântica são geralmente rasos e ácidos, extremamente úmidos e pobres em decorrência da pouca incidência solar, que é impedida de alcançar a superfície em virtude do estrato arbóreo que compõe esse bioma. A pouca profundidade do solo e os altos níveis pluviométricos propiciam processos erosivos e deslizamentos nas partes mais altas / Por ter pluviosidade um pouco menor que a Floresta Amazônica, a densidade é um pouco menor
Pantanal (20)
bioma apenas para o IBGE = trata-se da maior planície inundável do país / muito influenciado pelos regimes dos rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água do pantanal alaga grande parte da planície da região. Quando o período chuvoso acaba, os rios diminuem o seu volume d’água e retornam para os seus leitos. Por essa razão, a vegetação e os animais precisam adequar-se a essa movimentação das águas. Todos esses fatores tornam a vegetação do pantanal muito diversificada, havendo exemplares higrófilos (adaptados à umidade), plantas típicas do Cerrado e da Amazônia e, nas áreas mais secas, espécies xerófilas / biodiversidade se dá pelo encontro da Amazônia, mata atlântica e cerrado / faz parte da Bacia hidrográfica do Paraguai / É o menor bioma em extensão territorial do Brasil, ocupando cerca de 2% do território nacional / característica incomum: espécies de outros biomas que se encontram ameaçadas aglomeram-se na região do Pantanal (por isso, raras espécies endêmicas) / O Pantanal compreende a bacia hidrográfica do Rio Paraguai. Os principais rios que alimentam a rede hidrográfica da região são: Rio Paraguai, Rio Cuiabá, Rio São Lourenço, Rio Miranda, entre outros / CLIMA TROPICAL CONTINENTAL (igual ao cerrado) = períodos de seca e períodos de chuva / As temperaturas médias ficam em torno de 25º C, contudo há uma grande amplitude térmica, com temperaturas que podem alcançar máximas de 40º C e mínimas próximas a 0º C / É composta por matas, cerradões, savanas, campos inundáveis (brejos) / A biodiversidade do pantanal mato-grossense não está em risco. O pantanal é o bioma mais protegido no Brasil NÃO por causa da unidades de conservação, mas porque ele INUNDA (NÃO pela chuva, mas por se situar em áreas mais baixas) / O Pantanal é o menor bioma brasileiro e possui o maior percentual de cobertura vegetal original preservada / O pantanal é alagado por se situar mais abaixo e receber águas do que chove em seu entorno, afluentes do Rio Paraguai e da chapada do planalto central. No pantanal não chove muito, somente um pouco mais que no Brasília, seus alagamentos se dão porque ele é baixo / Só há 2/319 unidades de proteção ambiental FEDERAL no Pantanal, é o bioma com menor proteção. Apesar disso, o Pantanal é o bioma mais conservado do Brasil, com alteração de sua cobertura original inferior a 20%.
12 BACIAS HIDROGRÁFICAS BR (10+)
Uruguai, Atlântico Sul, Atlântico Sudeste, Paraná, Paraguai, Atlântico Leste, São Francisco, Tocantins-Araguaia, Amazônica, Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba e Atlântico Nordeste Ocidental / Possuem um rio principal / 14% das reservas de água doce do mundo / As médias pluviométricas durante a Bacia do São Francisco são uniformes, porém 75% do seu deflúvio (escoamento) é gerado em MG, o rio desagua na divisa entre alagoas e Sergipe. A bacia abrange 7 estados BR (incluindo pequena fração do Goiás / Bacia Amazônica = 3,8 milhões de km² (território nacional = 8,5 milhões de km²)(44%) / Essa bacia divide-se em planalto das Guianas, cordilheira dos Andes e planalto Brasileiro.
Superintendência de Desenvolvimento da Região Nordeste (Sudene) (5+)
1959 = criada durante o governo de JK (Celso Furtado) e extinta durante o governo de FHC, dando lugar a Agência do Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) / SUDENE é recriada em 2007 no governo Lula (assim como a SUDAM) / é uma autarquia especial com sede em RECIFE – PE e vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional / inclui 11 Estados (pois abrange o Norte de MG e do Espirito Santo) / Para tal fim, foram engendradas ações de grande impacto, tais como a colonização do Maranhão, os projetos de irrigação em áreas secas, o cultivo de plantas resistentes às secas, entre outras / Cidades produtoras e irrigadas no Nordeste hoje = Nilo Coelho (PE), Curaçá (BA) e Tabuleiro de Russas (CE).
Em 2021, houve ampliação da área de atuação da Sudene que, pela primeira vez, passou a incluir trechos do estado de Minas Gerais. A Lei Complementar nº 185, de 06 de outubro de 2021, ampliou o território sob influência das ações da autarquia para 2074 municípios e agora 84 cidades de Minas Gerais passam a contar com os instrumentos de desenvolvimento regional oferecidos pela superintendência.
dimensão, relevo e características da Rússia (20+)
A Rússia, o maior país do mundo, é aproximadamente duas vezes maior que os Estados Unidos da América (EUA) ou a China e cinco vezes maior que a Índia. Estendendo-se por cerca de 170° de longitude, possui ampla fronteira terrestre com países europeus e asiáticos, bem como fronteiras marítimas com o Japão e os EUA. A profundidade territorial russa, que dificultaria ataques de potências marítimas, aliada à existência de recursos naturais e energéticos e de um relevo predominantemente plano, inspiraram Harlford Mackinder a formular a teoria da Área Pivô – GABARITO CORRETO - Os territórios planos começam na França, passam pela Alemanha, Ucrânia e acabam nos montes Urais (formato de pizza)
A Rússia detém Kaliningrado (Prússia Oriental, onde Kant dava aula desde a II Guerra); também têm base em Sebastopol tomada da Ucrânia no Mar Negro e com saídas para mares quentes. Além do acesso ao Mar Cáspio
Mar Negro -> Região do Cáucaso -> Mar Cáspio (no mapa fica um do lado do outro)
Mar Cáspio = é o maior corpo de água fechado e interior da Terra em área, diversas vezes classificado como o maior lago do mundo, ou um verdadeiro mar. Tem uma superfície de 371.000 km (não incluindo Kara Bogaz Gol) e um volume de 78.200 km. É um bacia endorreica (que não tem saídas) e é limitado a noroeste pela Rússia, a oeste pelo Azerbaijão, ao sul pelo Irã, a sudeste pelo Turcomenistão e ao nordeste pelo Cazaquistão. Tem cerca de um terço da salinidade da maior parte da água do mar. Os rios Volga (maior fluxo de água do mar Cáspio) e Ural desaguam no mar Cáspio = manutenção do equilíbrio aquático
O Cáspio é uma das zonas de maior produção de petróleo no mundo, em particular nas águas territoriais do Azerbaijão. Recentes pesquisas anunciaram a presença de grandes reservas de petróleo nas profundezas do lago. O Cáspio é também conhecido por conter uma população de esturjão, que fornecem as ovas que são transformadas em caviar. Mas como consequência das atividades pesqueiras ilegais a população tem hoje seu volume muito abaixo do que era antes
Os campos de petróleo da Rússia estão localizados no Vale do Volga, no sul dos Urais e, acima de tudo, na Sibéria, particularmente perto do oceano Ártico. Os grandes depósitos ao redor do mar Cáspio são agora dependentes de Estados que se tornaram independentes com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Azerbaijão, Cazaquistão).
Como o segundo maior produtor mundial de petróleo e o primeiro produtor de gás natural, a Rússia tem apostado grande parte de seu desenvolvimento econômico e sua influência geopolítica na exploração e administração dessas fabulosas riquezas naturais em seu território ou nos países do mar Cáspio e da Ásia Central. Nesse sentido, a Rússia tem um complexo setor voltado ao transporte do petróleo do mar Cáspio para a Europa
Observação: O Ártico é um MAR congelado, cercado por países, enquanto a antártica é um continente cercado por mar. Diferente da Antártica, não há tratado para o Ártico
Crimeia (católicos), Armênia (católicos + base naval russa) e Cazaquistão = boas relações com a Rússia
Sebastopol é historicamente uma cidade autônoma situada na Crimeia, pertence a Ucrânia segundo a ONU e a comunidade internacional, mas é administrada pela Rússia e possui uma grande base naval Russa (frota do mar negro da URSS), além de polo industrial e turístico. Possui status de cidade federada a Rússia, assim como Moscou e São Petersburgo
De acordo com a Agência Internacional de Energia, a Rússia detém as maiores reservas de gás natural do mundo. O país também é rico em petróleo, cuja produção só perdeu, em 2012, para as dos Estados Unidos e da Arábia Saudita
A Sibéria, porção asiática do território russo, é rica em recursos minerais, com destaques para petróleo, gás natural, carvão mineral e minério de ferro, e sua localização geográfica em relação à China e ao Japão, grandes consumidores de minérios, é estratégica para a economia russa
A Rússia é a favor do acordo de Paris e fez críticas ao governo Trump logo após a saída do Tratado / Obs.: Rússia assinou, mas ainda não ratificou o acordo. / Com a decisão, os EUA se juntam à Síria e à Nicarágua como as únicas nações do mundo a não participarem do pacto (Biden voltou atrás)
** Rússia não é um membro participante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) **
Em Março de 2014 a Federação Russa reconheceu a cidade e anexou a região da Crimeia como território da Federação Russa, contrariando as determinações da OTAN e o apelo de toda a comunidade internacional, que não reconheceram a Crimeia como parte da Federação Russa e ainda pertencente à Ucrânia. Contrariando as determinações internacionais, seguiu-se a anexação e a federalização do território da Crimeia e de Sebastopol sob a administração do presidente russo Vladimir Putin.
Rússia (geopolítica) – diplomacia dos hidrocarbonetos (maior exportador de gás do mundo) e do poder bélico (caças SUKOI-35) como mecanismos de pressão / Construção do gasoduto Nord Stream 1 e 2 para evitar passar pelo Ucrânia e demais territórios para chegar até a Alemanha (Rússia -> Mar Báltico -> Alemanha) (Nord Stream 2 gerou sanções americanas à Rússia, previsto para iniciar em 2020, dobrando o fornecimento de gás natural russo para Europa ocidental) / Gazprom explora petróleo no Ártico / Rússia possui base militar na Crimeia no posto de Sebastopol – estratégica para o domínio do mar Negro (ponto de contato entre o mar Morto e o Mediterrâneo) (esse domínio de mares se associa também as ideias de Haushofer) / Acredita-se que a Rússia possa expandir-se para a Polônia, país com o qual definiu fronteiras há poucas décadas, e para a Transnístria, região separatista de maioria russa na Moldávia
As gigantescas reservas de petróleo e gás natural em poder da Rússia sustentam a economia desse país, bem como a expansão de sua influência geopolítica para outras regiões do mundo, como o Oriente Médio (Porto no mediterrâneo Sírio) e a Europa. A Rússia é o segundo maior produtor mundial de petróleo e o primeiro produtor de gás natural
ZONAS DE BAIXA E ALTA PRESSÃO ATMOSFÉRICA (5)
CENTRO DE BAIXA PRESSÃO ATMOSFÉRICA - Concentra umidade em uma área; / - Ajuda a formar nuvens; / - Favorece as chuvas / CENTRO DE ALTA PRESSÃO ATMOSFÉRICA - Retira umidade de uma área; / - Ar seca e as nuvens se formam; / - Diminui as chances de chuvas
Bases da Política Ambiental Brasileira
1- Ano de criação do IBAMA
2- Nome do relatório emitido em 1992
3- Leitura
No Brasil, as primeiras iniciativas governamentais para instituir mecanismos para a gestão ambiental datam do início do século XIX, com a criação do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e do Serviço Florestal, que funcionou de 1921 a 1959
Sucedido pelo Departamento de Recursos Naturais Renováveis e, em 1967, pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF)
Em 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA)
Mas foi a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, que estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), integrado por órgãos federais, estaduais e municipais e por entidades ambientalistas, setores empresariais (indústria, comércio e agricultura), populações tradicionais e indígenas e comunidade científica
Em 1985, foi criado Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e, em 1989, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), originado da fusão da SEMA com a Superintendência do Desenvolvimento da Pesca e com o IBDF
Em 1989, a questão ambiental passou a ser tratada no âmbito de uma secretaria especial da Presidência da República, e, em 1992, ano da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, foi finalmente criado o Ministério do Meio Ambiente. Portanto, as iniciativas relevantes que formam a base da política ambiental brasileira surgiram a partir da Eco-92.
Cronologia da política ambiental brasileira = meio natural (até o século XX) = sem preocupação ambiental / meio técnico (1880-1970) = superação do binômio agricultura-exportação -> urbano-industrial + interesses industriais + consumo continua predatório + transferência de indústrias poluentes para os países em desenvolvimento / meio técnico-científico informacional = início da preocupação política ambiental = criação do SIVAM para monitoramento
Conferência de Estocolmo de 1972 (BR defende desenvolvimento > conservação) -> Relatório Brundtland (“Nossa Terra Comum”) (conceitua desenvolvimento sustentável)+ ECO92 + Agenda 21 = BR passa a defender o desenvolvimento sustentável
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BR
1- Lei que permite a criação de Unidades de Conservação
2- Dois tipos de UCs existentes
3- Cinco tipos de Unidades de Conservação Integral
A Lei Nacional N° 9.985, de 2000, permite a criação de Unidades de Conservação pelos 3 entes federativos / A criação do SNUC foi um marco no aumento das áreas protegidas no Brasil. A área das unidades de conservação criadas entre 2001 e 2019 somam 69,9% do total.
Existem 2 tipos de unidades de conservação: de uso sustentável (1) ou de proteção integral (2) / Atualmente o Brasil possui +968 unidades de conservação
** Unidades de Conservação no Brasil = 18% da área total do Brasil (+12% de reservas indígenas) (total 30% de áreas protegidas) **
Não se confunde com: Porcentagem de áreas protegidas = Amazônia (50,7%), Cerrado (12,2%), Mata Atlântica (9,1%), Caatinga (7%), Pantanal (5%), Pampa (2,9%) [Brasil = 30%]
O bioma com maior percentual de área protegida em UC’s é a Amazônia (27%), seguido do Cerrado (9%) e os dois menores são Pantanal (3,5%) e Pampa (3%)
Unidades de Conservação Integral (5) = Reservas biológicas + Reservas ecológicas + Estações Ecológicas + Refúgios da Vida Silvestre + Parques Nacionais *** (não se confundem com unidades de conservação de uso sustentável, a qual totalizam 7 tipos)
UC’s foram definidas no ano 2000 pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). Estas unidades são administradas pelo ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
O código florestal (2012) utiliza dois tipos de áreas de preservação (não se confunde com unidades de conservação): a Reserva Legal e a Área de Preservação Permanente (APP).
A Reserva Legal é a porcentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser preservada, variando de acordo com a região e o bioma. O código determina a ampliação dos tamanhos das reservas: são de 80% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e 20% em todos os biomas das demais regiões do País /
Crescimento Demográfico (5)
é a soma do crescimento vegetativo com o crescimento migratório / apresenta queda desde a década de 1960, quando atingiu 36,7%, o país continua com uma taxa de crescimento elevada nos últimos três censos: 21,3% em 1991; 15,4% em 2000 e 12,5% em 2010 / O IBGE divulga hoje as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2020. Nessa data, a população do Brasil chegou a 211,8 milhões de habitantes, crescendo 0,77% em relação a 2019 /
Crescimento vegetativo no Brasil = 2,35 (1950) -> 2,90 (1960) -> 2,79 (1970) (ápice e começo da queda) -> 1,66 (1990) -> 1,33 (2000) -> 1,05 (2010) -> 0,72 (2020)
Desconcentração Industrial e Desmetropolização de SP (10+)
Tradicionalmente a industrialização brasileira foi centrípeta, concêntrica e hierárquica / Isso passa a mudar com a desconcentração industrial ganha estímulo a partir de 1970 com a criação da Sudam (Superintendência de desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de desenvolvimento do Nordeste). Além dos incentivos fiscais (Guerra fiscal) e avanço tecnológico (globalização) com a relativização das distâncias + mão de obra barata e custos relativos (pelo menos 5 fatores)
Desde o final da década de 1960, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do país (contra intuitivo). Este processo foi impulsionado pela fundação de Brasília, em 1960, e pelas rodovias de integração nacional que interligaram a nova capital com o Sudeste, de um lado, e a Amazônia / Esse movimento decorreu de ações planejadas pelo Estado e, ainda, pelo processo de transformações econômicas daquele período histórico = movimento de indústrias tradicionais, de uso intensivo de mão de obra, como a de calçados e vestuários, para o Nordeste
1970 = saturação metropolitana gerando desconcentração concentrada da indústria) (diminuição da concentração espacial / essa fuga das indústrias promove uma deseconomia de aglomeração**
O fordismo está para metropolização, assim como o pós-fordismo está para desmetropolização, gerado pelas deseconomias de aglomeração / As metrópoles do Brasil não estão encolhendo, mas algumas crescem abaixo da média nacional, em verdade, a maior parte das metrópoles nacionais crescem menos que as cidades médias. Reduzindo-se assim o processo de macrocefalia, as áreas metropolitanas acumulam menos funções, compartilhando-as com as cidades médias na rede urbana
Descontração Industrial -> Cidades médias -> desmetropolização -> manutenção das atividades de decisão na Região Concentrada do BR (desconcentração concentrada)
Em termos naturais, a região Sudeste é bem servida com reservas de recursos minerais metálicos e energéticos. O estabelecimento de importantes indústrias de base (siderúrgicas e extrativas), entre as décadas de 1940 e 1950, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce e a Petrobras, gerou um forte impacto na produção industrial. O estado de Minas Gerais, contribuiu decisivamente para a expansão da
produção industrial no Sudeste, tendo em vista que concentrava consideráveis reservas de minerais relevantes às indústrias (ferro, bauxita, manganês, dentre outros = quadriletáro ferrífero = BH, Sabará, Itabira, Ouro Preto = região de maior concentração urbana de MG). Enquanto isso, o estado do Rio de Janeiro começava a se destacar na extração de petróleo (Bacia de Campos),
SP detinha 57,2% da produção industrial em 1970 e, hoje, detém 30%
Participação do Nordeste na indústria nacional: 5,7% (1970), 8,1% (1980), 7,3% (1996) e 8,5% (2004) – ou seja, sua variação oscilou ao longo das décadas e não apresentou crescimento acentuado como eu imaginava.
A aceleração do processo de desconcentração industrial está gradualmente reduzindo a participação da região Sudeste no Produto Interno Bruto (PIB)
industrial brasileiro, condição que se acentuou na última década. Mesmo assim, em 2020, a participação do Sudeste no (PIB) industrial nacional foi de aproximadamente 53%; ainda muito acima da participação das regiões Sul (19,5%), Nordeste (13%), Norte (7,5%) e Centro-Oeste (7%) – valores
arredondados;
LATOSSOLO (10+)
principal tipo de solo do Brasil (32% do território), presente principalmente no cerrado
São solos profundos e intensamente lixiviados, sendo, portanto, ricos em ferro e alumínio (minerais)
Consequentemente, SÃO POBRES NUTRICIONALMENTE E ÁCIDOS, o que é resolvido pela adubação e calagem (adição de pó calcário para diminuir a acidez)
Já foi considerado impróprio para a agricultura, no entanto, seu fácil manejo devido ao seu relevo suave e sua alta porosidade transformaram o cerrado brasileiro no principal núcleo de grãos do país
Lixiviação → Solos que submetidos a intensas chuvas têm seus sais minerais dissolvidos e transportados a outros locais. Apenas os sais menos solúveis em água, como o ferro e o alumínio permanecem (tornando-o ácido)
A lavagem do solo (laterização e lixiviação) gera acúmulo de ferro e manganês, dando uma cor avermelhada ao solo
A principal parte da atividade agrícola é desenvolvida nesse tipo de latossolo (solo pobre corrigido = calagem + indústria química) / planície são sempre planas (processo de sedimentação) e o planalto pode conter partes planas, tendendo a ser acidentado (pelo predomínio da erosão)
Os diversos exemplos de solos de maior fertilidade natural no mundo estão associados à características das rochas de origem, deposição aluvional e características climáticas (se chover muito, o solo tende a ser pobre)
A terra roxa é um latossolo e deveria ser pobre, mas pela sua origem vulcânica de rocha basáltica acabou por enriquecer esse solo, diminuindo os efeitos da laterização e da lixiviação
No BR, é mais fácil encontrar solo pobre do que solo fértil, mas dependendo da origem da rocha há presença de fertilidade. Além da terra roxa, pode-se citar o solo massapê nordestino com origem no calcário
Solos tipicamente tropicais = são antigos e submetidos a intensa atividade (biológica, água) (lixiviação e laterização) = são vermelhos por causa do ferro que fica nas camadas superiores, que é um elemento menos solúvel, a água da chuva entra no solo e carrega os elementos para áreas mais profundas, uma vez que os elementos alcalinos são mais solúveis em água, concentrando elementos ácidos nas partes superiores do solo / Laterização é a continuidade da lixiviação. Ocorre devido o escoamento dos elementos alcalinos, os quais são mais solúveis em água, gerando o acúmulo de elementos ácidos, como os elementos ferrosos (solo avermelhado = solo com ferro).
Laterização é uma das consequências da lixiviação. Há a formação de uma crosta de ferrugem no solo, impossibilitando a penetração de raízes
Entende-se por laterização o processo de transformação dos solos quando uma camada ferruginosa se aglomera sobre eles a partir do processo de lixiviação (lavagem da superfície pelo escoamento da água das chuvas) e do processo de intemperismo químico.
CONFERÊNCIA DAS PARTES (COP) (3)
Os países que assinaram o acordo sobre mudanças climáticas na Eco-92 vêm, desde então, participando do encontro anual denominado COP (Conference of Parties).
A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os países Parte em conferências mundiais. Em 2012, o Brasil sediou mais uma conferência climática, a Rio+20, da qual resultou no documento final “O Futuro que Queremos” assinado por 193 líderes mundiais, vinculando os países signatários aos termos do acordo.
OBSERVAÇÃO: No passado, vastas áreas cobertas por florestas atlânticas foram devastadas para a extensão dos canaviais e dos cafezais em diferentes áreas do país. Apenas a cultura do cacau, no sul da Bahia, pôde ser introduzida sem que fosse necessária a eliminação total da cobertura vegetal. Há mais de 250 anos, desde quando foi introduzido na Bahia, o cacau é responsável pela conservação de recursos naturais em sua área de influência. Os primeiros produtores acreditavam que a sombra da cobertura das árvores era necessária para o aumento da produção. Assim, da mata nativa, apenas foi retirada a parte necessária ao plantio da cultura, ou seja, o sub-bosque. Esse foi o modelo apresentado pela Ceplac na Rio+20, a Conferência da ONU para a Sustentabilidade. O modelo cabruca, o modo tradicional baiano de cultivo do cacau, foi a única forma de produção citada como uma das 10 premissas para a garantia da sustentabilidade na produção de alimentos, no documento do governo brasileiro entregue à ONU como contribuição da agricultura nacional para a sustentabilidade do planeta
AMAZÔNIA LEGAL (5)
A Amazônia legal foi delimitada pelo governo brasileiro em 1966 como região política para a execução de planos de desenvolvimento e ações de assistência e fiscalização. Ela engloba os 07 estados da região norte, além do Mato Grosso e parte do Maranhão e Goiás (9 Estados).
A Amazônia Legal é uma área definida politicamente, com base em análises estruturais e conjunturais, com intuito de planejar o desenvolvimento social e econômico da região amazônica (não foi definida por LEI).
A maior concentração de áreas desflorestadas ocorre na fração denominada arco do desflorestamento, que compreende parte dos territórios de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão / A Amazônia Legal cobre cerca de 60% do território brasileiro e abriga 21 milhões de habitantes, 12% da população total, dos quais 70% vivem em cidades e vilarejos.
O Brasil também tem o maior manancial de água doce do mundo, e a região amazônica sozinha responde por quase um quinto das reservas mundiais
METRÓPOLES
1- Conceito
2- Significado Etimológico Grego
3- Quantidade de metrópoles existentes no Brasil, segundo o IBGE
4- principal diferença em relação ao conceito de região metropolitana
Metrópole = etimologia cidade-mãe (do Grego) / é o termo empregado para se designar uma cidade que polariza uma complexa rede de municípios, exercendo influências de ordem econômica, política e sociocultural
Caracteriza-se por metrópole a cidade cujo crescimento urbano é acentuado, o que conduz à absorção de aglomerados rurais e de outras cidades vizinhas e forma área de conurbação.
Metrópole = CRESCIMENTO URBANO + CONURBAÇÃO (definição da CESPE)
É o conjunto de cidades conurbadas e que tem uma cidade principal que, geralmente, lhe dá o nome
Outra definição diz que a conurbação não é imprescindível para que haja uma metrópole. Ela geralmente existe, mas o necessário é a ligação entre a cidade principal e as outras através do fluxo de pessoas (principalmente trabalhadores: o movimento pendular diário) e da influência econômica daquela sobre estas e sobre a região
Metrópole segundo a geografia = A metrópole corresponde aos principais pontos de representação da economia capitalista sobre o meio urbano e geográfico. Uma metrópole é um tipo de cidade responsável por gerar uma grande dependência econômica, política e social em outras localidades e regiões
Há no Brasil quinze metrópoles: São Paulo (SP), classificada como grande metrópole nacional; Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), que são metrópoles nacionais. Destaca-se, também, Campinas / a junção de metrópoles não conurbadas forma uma megalópole (região urbana pluripolarizada)
METRÓPOLES X REGIÃO METROPOLITANA
O fator metropolitano ganha expressão na política pública brasileira na década de 1970, com a criação das primeiras regiões metropolitanas no ano de 1973 (SP e RJ).
A partir da Constituição Federal de 1988, a criação das regiões metropolitanas passou do âmbito federal para a competência dos estados (explosão de Região Metropolitanas) (mais recentes = Ribeirão Preto e Sobral (CE)).
Essa questão é importante para entendermos que a região metropolitana é uma unidade jurídica, algo normativo, diferentemente de uma área urbana concretamente perceptível no espaço geográfico. No geral, o critério para estabelecimento de uma metrópole é a dependência que os municípios-satélite têm de um município central, tanto no âmbito econômico-social quanto no aspecto territorial-ambiental
** Quem define o nível hierárquico das cidades no Brasil é o IBGE através do REGIC, tendo os estados apenas possibilidade de criar REGIÕES METROPOLITANAS (não confundir com metrópole) **
As metrópoles também diferem das regiões (ou áreas) metropolitanas por estas serem somente uma região de planejamento ou uma formalização daquelas
METRÓPOLE X AGLOMERAÇÃO URBANA
Aglomeração urbana difere das metrópoles pela falta de uma cidade principal que tenha considerável população e importância econômica ao menos regional.
Fragmentação sociopolítico-espacial (3+)
= tem como primeiro plano a dimensão política, ou seja, a dimensão do poder. Assim, trata-se de fragmentação territorial, não dizendo respeito às fronteiras estatais, mas ao surgimento de PODERES PARALELOS AO ESTADO, que territorializam vários pontos do espaço interurbano, desafiando o controle estatal.
Como por exemplo as favelas e/ou os loteamentos nas periferias pobres das cidades, dominadas por grupos de traficantes que impõem regras de convivência aos outros moradores e aos estabelecimentos comerciais e de serviços
Fragmentação urbana do tecido sociopolítico espacial brasileiro, na matéria da geografia, refere-se à territorialização de favelas pelo crime organizado como um fator de desordem na escala da cidade como um todo (definição CESPE)
Associar fragmentação urbana = poderes paralelos ao Estado = crime organizado e o controle do território = fragmentação sócio-política
CIDADES GLOBAIS
1- Definição
2- Citar três exemplos
3- classificação de SP pelo GAWC e pelo REGIC
a socióloga holandesa Saskia Sassen definiu cidade global como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária. (Conceito retirada do enunciado da prova da CESPE)
As cidades globais não são necessariamente aquelas com grande população. São cidades que concentram sedes de empresas transnacionais e também atividades relativas aos mercados financeiros internacionais e que prestam outros serviços ligados à globalização da economia. Zurique, na Suíça, é um exemplo de cidade global, mas sem ser uma das mais populosas do mundo
Algumas cidades podem ser simultaneamente cidades globais e megacidades, como Nova York e São Paulo, que são polos centrais de uma grande aglomeração urbana.
Cidades globais = nós polarizadores do sistema + concentração de funções de concepção, comando e controle + Tomada de decisões + alta densidade demográfica + intermediárias entre suas regiões e a economia mundial + sede das principais empresas, escritórios, OIs e agências governamentais + São Paulo (Alfa) (Grande metrópole nacional pelo REGIC – Regiões de Influências da cidade = estudo do IBGE) (grande nó Sul-americano) + RJ (Beta) (metrópole nacional pelo REGIC) + BH (Gama-) (metrópole) + nó concentrador de funções de comando e controle + transbordam influência pelo território do país
cidades globais (REGIC = Regiões de Influência da cidade = estudo do IBGE) = SP (ALFA, grande metrópole nacional, grande nó Sul-Americano) / RJ (BETA, metrópole nacional) / BH (GAMA, metrópole)
Observação: 3 Símbolos das novas formas da globalização econômica (Saskia Sassen) = cidades globais, zonas de processamento de exportações e centros bancários offshore
Saskia Sassen é uma socióloga holandesa, conhecida por suas análises nos fenômenos de globalização e de migração urbana, e por ter cunhado o termo cidade global.
3 DIVISÕES REGIONAIS DO BRASIL (5)
I) IBGE (5): Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste
II) COMPLEXOS GEOECONÔMICOS (3): Nordeste, Amazônia e Centro-Sul – não considera limites geográficos (norte de MG faz parte do Nordeste) – Geógrafo Pedro Pinchas Geiger – criado no final da década de 60
III) MEIO TÉCNICO CIENTÍFICO-INFORMACIONAL (4): Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Concentrada (Sul + SP e MG) – MILTON SANTOS – O foco deixa de ser clima e vegetação
RESÍDUOS SÓLIDOS (5+)
existem três tipos de destino final para resíduos sólidos: lixão, aterro controlado e aterro sanitário.
O aterro controlado é um estágio intermediário entre o lixão (ou vazadouro a céu aberto ou depósito a céu aberto) e o aterro sanitário.
No aterro sanitário, temos a impermeabilização do solo, para evitar que o chorume (líquido poluente da decomposição de matéria orgânica; mais de 50% do lixo no Brasil é orgânico) contamine o lençol freático
Aterro controlado: forma inadequada de disposição final de resíduos e rejeitos, no qual o único cuidado realizado é o recobrimento da massa e resíduos e rejeitos com terra; controle inadequado
Em 2010 temos a aprovação da LNRS (Lei Nacional de Resíduos Sólidos), a qual obriga os municípios a acabarem com os lixões até 2014. No Brasil, dados apontam que por volta de 76% de todo o lixo acaba nos aterros não controlados, 13% nos aterros controlados e apenas 10% estão nos aterros sanitários; somente o 1% restante passa por tratamento.
REGIÕES METROPOLITANAS (3)
As primeiras regiões metropolitanas brasileiras foram criadas em 1973 (Lei Complementar No 14), sendo elas (9): Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS.
No âmbito da Constituição Federal de 1988, seu artigo 25, parágrafo 3o, indica que os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (hoje, mais de +50).
Passam de três dezenas o número de regiões metropolitanas brasileiras, nas quais se concentram mais de um terço dos domicílios urbanos e cerca de 30% da população (gravar 333). Estudos mostram que nas grandes cidades o número de habitantes tende a reduzir-se ou estagnar, ao tempo em que o inchaço populacional se transfere para as cidades conurbadas ao redor (DESMETROPOLIZAÇÃO = cidades médias e cidades ao redor das metrópoles)
BRASÍLIA (10+)
prevista na CF de 1891 e na de 1946 / Em 1892, o belga Louis Cruls, assinalou um território no Planalto Central, entre nascentes de rios que seria ideal para a construção do novo centro política / Também havia a profecia de são João Bosco, apontando para espaço compreendido entre os paralelos 15 e 20 como o lugar do nascimento de uma nova civilização
Critérios geopolíticos, administrativos, gestão territorial = proteção, distanciamento das grandes massas e interiorização (ocupação interior) = Meta Síntese do Plano de Metas (31ª)
As motivações eram, desde esse tempo, de ordem geopolítica (interiorizado no território, o poder político seria mais facilmente protegido de ameaças externas), administrativa (distanciar o centro do poder das grandes massas urbanas) e de gestão territorial (contribuir para a interiorização do povoamento
NÃO são motivos para a construção de Brasília = crescimento da indústria automobilística, protagonismo do capital financeiro na economia e a emergência de cidades do campo na região Centro-Oeste.
Precedentes (Pombal no século XVIII + Vargas e a necessidade de ocupação da hinterlândia = Marcha para Oeste) + obra mais emblemática da política nacional-desenvolvimentista no Brasil + simboliza o fim dos “arquipélagos econômicos” no território BR + amenização da macrocefalia dos grandes centros como RJ e SP + busca por estabilidade institucional + atração dos CANDANGOS Nordestinos (origem das cidades satélites e dos aglomerados subnormais) + terceiro maior PIB do BR (atrás de RJ e SP) + região com maiores índices de desigualdade do país (alto funcionalismo público x economia informal) + erigida em um momento no qual o Brasil começava a adentrar o meio técnico-cientifico-informacionali + integração do território + redefinição de dinâmicas regionais + continentalidade (contrária a transferência de Moscou para São Petersburgo) + reorganização do sistema rodoviário nacional = Rodovias Belém-Brasília e Porto Velho-Brasília + Destino da migração do Sudeste pela deseconomias de escala rumo ao polo dinâmico do Centro-Oeste + desconcentração concentrada (Clélio Campolina) = dispersão concetrada no Centro-Sul + Nova fronteira agrícola dos anos 1970 (Embrapa) + instalação do meio técnico-científico-informacional na região Centro-Oeste + metrópole nacional (IBGE) + NÃO considerada cidade global alfa (GAWC) + ocupação da hinterlândia
ÁGUA BRASIL E MUNDO
1- porcentagem utilizada pelo agronegócio no Brasil
2- Nome do novo aquífero descoberto no Brasil
3- citar 3+ Bacias brasileiras
4- artigo constitucional afeito ao tema
5-
Segundo a Embrapa, no Brasil, cerca de 72% das vazões consumida vão para a agricultura - em especial a irrigada, 11% matam a sede dos rebanhos, 9% são distribuídos pelas cidades e 1% abastecem as áreas rurais. (Gado bebe mais água que os humanos no BR) (e as agricultura bebe 8x mais água)
ÁGUA BR E MUNDO = descoberta do Aquífero Tapajós (Alter do Chão) *** (Maior que o Guarani) (maior aquífero do mundo) / BR com 20% da água doce do mundo
Principais bacias: bacia Amazônica, bacia do Araguaia-Tocantins, bacia do São Francisco, bacia do Parnaíba, bacia do Paraguai, bacia do Paraná e bacia do Uruguai
Água como mercadoria fictícia (produtos primários e carne) (Bertha Becker)
LEGISLAÇÃO = Código das Águas (1930) – Getúlio Vargas / artigo 22 da CFRB = compete privativamente à União legislar sobre águas / 1997 = criação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) / 2000 = criação da Agência Nacional de Águas – ANA, como responsável pelo gerenciamento do Sistema Nacional de Recursos Hídricos
Rio Jordão controlado por Israel é a única fonte de água doce da região (centro das disputas com a palestina)
FLASHCARDS = ÁGUA = BR detém 12% do total das reservas de água doce do mundo / uso maior que o reabastecimento das reservas subterrâneas / motivo de acirramento das disputas geopolíticas (Oriente médio) / dessalinização = processo dispendioso / commoditização da água/ água começa a ser negociada em contratos futuros na bolsa de NY em 2020
Região Norte = maior disponibilidade hídrica e menor consumo nacional (inviabilização de suprir o Sudeste)
Nordeste = solos arenosos, evaporação e transpiração superiores às precipitações + rios intermitentes (desaparecem) = déficit hídrico
Dificuldades de acesso à agua + contaminação (ribeirinhos e indústrias) + assoreamento + custos elevados de revitalização / revitalização do tietê já custou 2,7 bilhões de DÓLARES (BID = banco Interamericano de desenvolvimento + BNDES) iniciado em 1992 por pressão popular (SOS mata atlântica) / criação da lei das águas em 1997 + Agência Nacional da Água (ANA) em 2000 para implementar a lei = preocupação pública da gestão de recursos hídricos = gestão participativa e descentralizada
Rio São Francisco = delimita as fronteiras entre Bahia e Pernambuco, bem como de Alagoas e Sergipe / Transposição em dois eixos = LESTE E NORTE = interligação de rios intermitentes complementares (quando chove na cabeceira do SF é o período de maior estiagem dos rios intermitentes a jusante)
O Brasil dispõe da maior reserva de água doce do mundo, 12% do total, concentrada na região amazônica. É o único país continental do mundo cujo eixo principal está no sentido norte-sul. O País domina a mais avançada tecnologia de processo em agricultura tropical, resultante dos investimentos efetuados por instituições públicas e privadas de pesquisa - QUESTÃO CERTA
Bacias hidrográficas no Brasil são temas de gestão ambiental e de planejamento em nível internacional, isto é, envolvendo países vizinhos. A lei Nacional de Recursos Hídricos prevê a participação do MRE
MATOPIBA (10)
O extrativismo mineral também é bastante expressivo na região amazônica: juntamente com o Maranhão, o Pará abriga o Programa Grande Carajás (PGC), uma extensa área de extração de ferro em meio aos rios Xingu, Tocantins e Araguaia; que começou a ser operada desde os anos 1970 pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Em Carajás (PA) situa-se a maior mina de ferro do mundo, responsável por grande parte das exportações brasileiras para a Europa e para a China / Cidades importantes do MATOPIBA = Araguaína (TO), Balsas (MA), Uruçuí (PI), Luiz Eduardo Magalhães (BA) (Hoje, o município é o que mais cresce em população no Brasil. Desde sua emancipação, em 2000, sua população saltou de 18 mil habitantes para 80 mil) / . Predomínio de relevo propício a mecanização, regime favorável de chuvas e uso de técnicas modernas. Segundo o Ministério da Agricultura, em 2012, os produtores rurais do Mapitoba produziram 15 milhões de toneladas de grãos. Projeções indicam que em 2022 a produção vai pular para mais de 18 milhões de toneladas. Enquanto a média de crescimento da produção de grãos do país é de 5%, no Mapitoba esse número atinge 20% ao ano. A região já é responsável por 10,6% da soja no país e que o preço das terras naquela região é bem mais vantajoso do que no Mato Grosso. A produção de grãos do Mapitoba é escoada principalmente por meio da ferrovia Carajás e do porto de Itaqui (próximo a São Luís no Maranhão), no Maranhão. No Oeste, os destaques são os portos baianos de Salvador e Cotegipe / sistema de produção intenso e mecanizado / ALTO ÍNDICE de urbanização e de migrações (e bastante emprego direto em setores correlatos) / O oeste da Bahia constitui área de avanço da moderna agricultura, com destaque para a soja e o algodão, e é palco de conflitos das grandes propriedades com comunidades tradicionais do cerrado como, por exemplo, os geraizeiros / Geraizeiros são populações tradicionais que vivem nos cerrados do norte de Minas Gerais. Este termo deriva do fato de que, no norte do estado de Minas Gerais as regiões de Cerrado são conhecidas como Gerais
NORDESTE - 4 hidrelétricas, estrutura rural e suas características (5)
Existem 4 usinas hidrelétricas na região do Nordeste que são: *Sobradinho / *Paulo Afonso / *Três Marias / *Xingó / O Nordeste possui metade das propriedades familiares do país (2 de 4 milhões), notadamente no Agreste e no Sertão. Essas propriedades possuem baixa produtividade e tem grande dependência de apoio público, de programas como o Pronaf.
INAUGURAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL (Superintendências) (4)
SUDENE - 1959 – JK / SUDAM - 1966 - M. Castelo Branco / SUDESUL - 1967 - M. Castelo Branco / SUDECO - 1967 - M. Costa e Silva
3 FORMAS DE POBREZA (MILTON SANTOS) (6+)
Estão incluídas nas obras “Pobreza Urbana” e “Por uma outra globalização”
1) Incluída = local, acidental, por vezes sazonal, sem vasos comunicantes e respondida com assistencialismo)
2) Marginalidade = ampla, nacional, relativa, relacionada a DIT e a divisões internas, “doença da civilização”, resolvida com auxílio do governo por meio do Estado de bem-estar social
3) Estrutural ou Globalizada = global, sistemática, sem remédio, gerada pelo aumento do desemprego e da redução do valor do trabalho
BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO (10+)
altas médias pluviométricas também no baixo curso (Zona da Mata Nordestina, local de clima tropical atlântico) / ou seja, há chuvas a jusante e a montante / rio PERENE (não seca ou NÃO intermitente) devido à nascente em área úmida da Serra da Canastra / considerado o rio de integração nacional / O Rio São Francisco possibilita a fruticultura, irrigando as produções, bem como é utilizado na produção de energia em usinas hidrelétricas / 2700 km de rio, ocupando 8% do território nacional / percorre 7 Estados e 507 municípios = Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas / Este apresenta duas regiões de maior navegabilidade. São elas: o estirão médio, que apresenta cerca de 1.371 km de extensão (entre Minas Gerais, Bahia e Pernambuco), e o baixo estirão, com, aproximadamente, 208 km de extensão (entre Alagoas e a foz — local onde o rio deságua: o Oceano Atlântico) / A bacia do Rio São Francisco é a mais extensa entre as bacias exclusivamente nacionais / banha o cerrado, a mata atlântica e a caatinga / A primeira tentativa de transpor o rio aconteceu em 1847. A ideia foi apresentada a Dom Pedro II pelo engenheiro Marcos de Macedo, que pretendia diminuir os problemas da seca nordestina / Outras tentativas — nos anos de 1856, 1886 e 1889 — não vingaram. Nos governos de Getúlio Vargas, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, a questão da transposição do Rio São Francisco também foi pauta, mas, novamente, não saiu do papel / a atual transposição possui dois eixos = NORTE (Pernambuco) e LESTE / também conhecido como “Nilo brasileiro”, em virtude de suas cheias, que tornam férteis suas margens / interliga as regiões Nordeste e Sudeste / desempenhou um importante papel na ocupação do território ao permitir a entrada das bandeiras / possui grandes usinas hidrelétricas, como Xingó e Sobradinho / Além do assoreamento, o velho chico tem sofrido salinização no baixo curso, associada à redução da vazão devido a construção de hidrelétricas, gerando maior entrada da água do mar dentro do rio.
CONFERÊNCIAS PÓS II GUERRA (6+)
YALTA, POTSDAM = Na conferência de Yalta, (conferência da Crimeia) houve a anexação dos Estados Bálticos e do Leste Europeu à União Soviética, o que praticamente restaurou a extensão do antigo império russo + os chefes de governo dos Estados Unidos (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Yalta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste, em fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final / na Conferência de Potsdam (julho de 1945) houve a divisão da Alemanha em quatro zonas: três ocidentais capitalistas e uma zona oriental socialista / ** YALTA = DIVIDE A EUROPA (fevereiro) / RENDIÇÃO ALEMÃ (maio) / POTSDAM = DIVIDE A ALEMANHA (julho) ** / Posteriormente, em 1961, a zona aliada (americana, britânica, francesa) em Berlim seria isolada do resto da Alemanha Oriental pelo Muro de Berlim, que completou a fronteira interna alemã.
DADOS SOBRE POPULAÇÃO MUNDIAL
1- Perspectivas para 2050 e 2100
2- Quando a Índia superará a China ?
3- Taxa de nascimento por mulher atual
4- Expectativa de vida global atual
5- Organismo responsável por populaçõs na ONU (UNFPA)
6- Citar pelo menos 5 países ou territórios que possuem desvio de gênero
Segundo novo relatório, habitantes do planeta devem chegar a 9,7 bilhões de pessoas em 2050 e cerca de 11 bilhões em 2100; crescimento desacelerou e taxa de fertilidade deve continuar caindo;
2018 = Pela primeira vez, existem mais pessoas com mais de 65 anos do que crianças com cinco anos ou menos
Entre 2019 e 2050, nove países representarão mais da metade do crescimento projetado da população mundial: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos***
Por volta de 2027, a Índia deve superar a China como o país mais populoso do mundo (superou em 2023). A população da África Subsaariana deve dobrar até 2050.
A taxa global de fertilidade caiu de 3,2 nascimentos por mulher em 1990 para 2,5 em 2019. A tendência de queda de natalidade deve continuar para 2,2 nascimentos por mulher em 2050
É necessário um nível de fecundidade de 2,1 nascimentos por mulher para evitar o declínio da população.
A expectativa de vida global aumentou de 64,2 anos em 1990 para 72,6 anos em 2019 e deve aumentar para 77,1 anos em 2050.
A África cresce o dobro (2%) do mundo (1.1%) hoje – Níger e Serra Leoa lideram a taxa de crescimento populacional mundial, crescem 3% ao ano / O mundo já cresceu 2.1% ao ano, mas hoje cresce a 1.1%, o que indica desaceleração
A imigração sul-sul (38%) ultrapassou a imigração sul-norte (35%) em 2011 (crise subprime)
A população do Sudeste passa a ser maior que a do Nordeste em 1890-1900 = virada do século (NE repulsor e Sudeste atrativo)
Manaus é a 7ª maior aglomeração urbana do BR com mais de 2 milhões de habitantes
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) (United Nations Population Fund) (1969, NY – NY) = organismo da ONU responsável por questões populacionais / apoia os países na utilização de dados sócio demográficos para a formulação de políticas e programas de redução da pobreza
Relatório sobre a Situação da População Mundial (2020) = é publicado anualmente pelo UNFPA desde 1978. A cada ano, o relatório enfoca questões de interesse da atualidade relacionadas a população e desenvolvimento / tema 2020 = práticas que prejudicam mulheres e meninas e impedem a igualdade
Desvio de proporção de sexo = China, Hong Kong, Taiwan, Índia, Nepal, Coreia, Cingapura, Vietnã
Observação: Japão (2020) = 126 milhões de habitantes + variação populacional = -0,2% + taxa de fecundidade = 1.4 + expectativa de vida = 85 anos /
FECUNDIDADE (10+)
A taxa de fecundidade média no mundo está em 2,4 filhos por mulher em idade fértil, pouco superior a taxa de reposição populacional. No entanto, em diversos países do mundo, inclusive o Brasil, esse número é inferior a 2,1 filhos, o que indica tendência futura de redução populacional (Brasil está em 1,7 filhos por mulher (abaixo da reposição populacional = 2.1)
Taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.
Segundo o IBGE a população irá parar de crescer em 2042 / a queda mais acentuada no Brasil se deu no menor número de filhos da população POBRE e MENOS ESCOLARIZADA (contra intuitivo) (20% mais pobres caiu 1 filho por mulher em 14 anos [2001-2015] = caiu de 3,45 para 2,9 filhos por mulher = mulheres com até 4 anos de estudo)
Mulheres com mais de 12 anos de estudo tiveram queda na taxa de fecundidade de 1,56 para 1,18 nesses 15 anos
A maior taxa é da região Norte (2,12) e a menor no Sudeste (1,7) / problemas no BR = gravidez na adolescência = 1/5 bebês que nascem são de adolescentes / acesso a informação, serviço, urbanização (84%) / a taxa da região Norte era de 8,33 filhos por mulher em 1960 / a queda ocorre primeiro na mortalidade, depois na fertilidade
Maior fecundidade do mundo = Somália (6,5) e a menor = Portugal (1.1)
Histórico da Taxa de fecundidade no BR = 6,16 (1940), 6,21 (1950), 6,28 (1960), 5,75 (1970), 4,35 (1980), 2,89 (1990), 2,38 (2000), 1,90 (2010)
Taxa de fecundindade de União Europeia = 1,56 filho por mulher = todos os países da UE estão abaixo da taxa de reposição (2,1) e o Brasil está com 1,76 filho por mulher
Três maiores taxas de fecundidade da UE: França (1,86), Romênia (1,77) e Irlanda (1,71)
Três menores taxas de fecundade da UE: Malta (1,14), Espanha (1,23), Itália (1,27)
MODELO DE THOMPSON, TAXA DE NATALIDADE E DE FECUNDIDADE (10)
Criada em 1929 pelo demógrafo norte-americano Warren Thompson, a Teoria da Transição Demográfica teve como objetivo fundamental contestar a Teoria Malthusiana, cuja afirmação fundamental se baseava em um crescimento populacional fortemente
acelerado e que caminhava em um ritmo de progressão geométrica e culminaria na fome crônica.
Objetivos = explicar o crescimento natural até então + Propor uma tendência para o futuro / modelo baseado em um conjunto populacional fechado = desconsidera o saldo migratório /
O modelo divide-se em 4 fases:
1) longa fase 1 com baixo crescimento natural e a algumas quedas / alta mortalidade e alta natalidade / Europa do Século XVIII e Brasil até 1940-50
2) a parte 2 indica grande queda na taxa de mortalidade (1930 no Brasil) (fase 2 no BR = 1930-1960) gerado pela I Revolução Industrial / manutenção de altas taxas de natalidade e queda da mortalidade = Explosão Demográfica / inicio da superação do rural pelo urbano / gerada principalmente pela queda da mortalidade, que é técnica, enquanto a queda da natalidade é cultural – o que justifica a explosão demográfica (1940-50-60 no Brasil) / 1950 = 50 milhões e 1970 = 80 milhões / 1960 = taxa de fecundidade de 6,28, hoje, estamos com 1,71
3) fase 3 = 1970-202X = estamos na transição para a fase 4 / A partir de 1980 (queda da taxa de natalidade), o Brasil passa para a fase 3 e está atualmente no final da fase 3, adentrando a fase 4 nos próximos anos / baixa mortalidade e queda da natalidade = crescimento populacional menor e mais equilibrado
4) Fase 4 = as taxas de mortalidade continuam
baixas e as taxas de natalidade seguem em redução, aproximando-se, cada vez mais, dos índices de mortalidade, o que acaba gerando baixíssimos índices de crescimento populacional, associados a um maior envelhecimento da população.
5) A possibilidade de se estruturar uma Quinta Fase da Transição Demográfica, já é possível de ser verificada em alguns países em que a taxa de natalidade cai a
índices inferiores aos da taxa de mortalidade. Isso acaba provocando uma situação negativa conhecida como “Decréscimo Populacional”.
Atenção: a urbanização derruba a taxa de mortalidade e depois a natalidade (sempre mortalidade primeiro) / A mortalidade é o primeiro a cair no modelo de thompson já na fase 2. Logo em seguida, na fase 3, a natalidade cai abruptamente. O crescimento vegetativo é a diferença entre as duas linhas. A queda da mortalidade (mudança técnica = água, esgoto, remédios) antecede a natalidade (mudança cultural).
Conferência de Estocolmo (1972) = adoção do discurso malthusiano = relatório limites do crescimento
A partir de 2020 no Brasil, há uma tendência a um aumento da taxa de mortalidade, puxada pelo envelhecimento populacional
NÃO CONFUNDIR:
** Taxa de natalidade = nascimento por mil habitantes / identifica o número de nascimentos ocorridos em um ano e a População Absoluta (PA) de uma determinada localidade / Esta taxa leva em consideração exclusivamente os nascidos vivos, excluindo-se, portanto, os que nasceram sem vida ou que morreram logo após o nascimento / O cálculo é realizado a cada grupo de 1.000 habitantes, sendo o resultado obtido
a partir da seguinte equação: TN = nascimentos no ano x 1000 dividido pela População Absoluta / identifica
o número de nascimentos ocorridos em uma localidade.
** Taxa de fecundidade = número médio de filhos por mulher em idade fértil (15-49 anos segundo a ONU) / refere-se ao número médio de filhos nascidos vivos que uma mulher poderá ter durante seu período de vida fértil (a ONU adota o padrão de idade fértil feminina dos 15 aos 49 anos) / analisa a média de filhos que uma mulher poderá ter durante seu ciclo reprodutivo / a TF ajuda a identificar o comportamento do crescimento vegetativo que ocorre com o passar do tempo e as novas realidades sociais que são vivenciadas dentro de um conjunto populacional / A TF tem sofrido e evidenciado os efeitos das mudanças culturais da população e que repercutem na Taxa de Natalidade
Crescimento vegetativo ou natural = número de mortos - número de nascidos / o crescimento vegetativo brasileiro é de +0,82 ao ano segundo o IBGE, estamos abaixo da taxa de reposição. Sendo um crescimento mais lento que se aproxima de zero. Não se fala decrescimento populacional, mas desaceleração da taxa de fecundidade.
O fato é que as duas taxas estão relacionadas com a mesma condição – o crescimento populacional –, mas possuem bases analíticas diferentes.
O modelo de Warren Thompson só tem 4 fases, e países como o Japão com mortalidade maior que a natalidade não estão contemplados, pois não há uma quinta fase / A segunda fase é marcada pela explosão demográfica. A América Latina está na fase 3, e alguns países como o Brasil já visualizam a fase 4
A taxa de crescimento populacional mundial passou 1.8% (1950) para 1% (2020 e perspectiva de 0,5% (2050). O mundo está na fase 3 do modelo de Thompson.
REGIC (2018) (IBGE) (10+)
A pesquisa Regiões de Influência das Cidades - REGIC define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais brasileiras e qual o alcance espacial da influência delas.
O REGIC 2018 indica que há 15 metrópoles no BR, mas hoje em 2020, há pelo menos 16 / Vitória, Campinas e Florianópolis são as novidades / Regiões de Influência das Cidades - REGIC define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência /
O fator principal nesse conceito é o nível de complexidade das economias urbanas (não tem a ver com população, tamanho ou indústria, mas sim com sede de multinacionais, bolsa de valores, infraestrutura, etc.)
Seguindo as categorias adotadas na versão anterior da Regic (REGIÕES…, 2008), as Cidades foram classificadas em cinco grandes níveis com subdivisões internas. São eles: Grande Metrópole Nacional, Metrópole Nacional, Metrópole, Capital Regional do tipo A B e C
SP = GRANDE METROPOLE NACIONAL
RJ E BRASILIA = METRÓPOLES NACIONAIS
12 RESTANTES = METROPOLES
15 metrópoles = SP como grande metrópole nacional disparada (primeiro nível) (21,5 milhões de habitantes e 17,7% do PIB nacional em 2016)
Metrópoles nacionais = RJ e Brasília (também no primeiro nível, logo abaixo) (segundo nível hierárquico) / O Arranjo Populacional de Brasília/DF contava, em 2018, com 3,9 milhões de habitantes, enquanto o do Rio de Janeiro/RJ somava 12,7 milhões na mesma data
Metrópoles = Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, Campinas e Florianópolis (novidades 2018) = segundo nível de gestão territorial
Há 70 capitais regionais dividas em a, b e c – elas são as próximas cidades para tornarem-se metrópoles
*** O novo REGIC reforça o conceito de Região Concentrada, de Milton Santos, pois agora todas as capitais de estado desse recorte regional possuem status de metrópole. Além disso, na Região Concentrada temos a única cidade de interior definida como metrópole, Campinas, e uma cidade interiorana com status de Capital Regional do tipo A, Ribeirão Preto
Quem define o nível hierárquico das cidades no Brasil é o IBGE através do REGIC, tendo os estados apenas possibilidade de criar REGIÕES METROPOLITANAS (não confundir com metrópole)
** A REGIC 2018 adotou o conceito de arranjos populacionais no processo de definição da hierarquia urbana no país. Quase todas as metrópoles brasileiras (EXCEÇÃO: MANAUS) e algumas capitais regionais realizam arranjos com cidades vizinhas, definidos pela conurbação ou pelo movimento pendular que envolva mais de 10 mil pessoas por dia
** Não há definição oficial para cidades médias no país **
As cidades médias são centralidades nos próprios contextos regionais, constituindo uma articulação da sua região de influência à economia mundial – CERTO – TPS 2021
De acordo com o IBGE (estudo REGIC), as cidades brasileiras podem ser classificadas em ordem decrescente de importância, sendo: Metrópoles (grande metrópole nacional, metrópole nacional e demais metrópoles); Capitais Regionais (capital regional A, capital regional B e capital regional C); Centros Sub-regionais (centro subregional A e centro sub-regional B); Centro de Zona (centro de zona A e centro de zona B) e Centro Local) – NÃO há classificação oficial para cidades médias
É BAIXA a mobilidade na rede urbana brasileira, nos últimos 10 anos, 86% das cidades mantiveram sua hierarquia. Destaque para Campinas, Florianópolis e Vitória, as quais tornaram-se as novas metrópoles brasileiras segundo o REGIC 2018.
Entre 2008 e 2018, o Brasil formou três novas metrópoles e 32 cidades foram elevadas a capitais regionais em 12 estados. Apesar disso, é baixa a mobilidade na rede urbana brasileira, pois, nesse período de dez anos, 86% das cidades não sofreram alteração.
CHINA - BREVE HISTÓRICO A PARTIR DE 1950 - ATUALMENTE
1- Motivo e ano da grande fome
2- Conceito e ano do estabelecimento do Wan Xi Shao
3- Ano, conceito e consequência do HUKOU
4-
Maior país na Ásia e o terceiro maior país em todo o mundo, logo depois da Rússia e Canadá.
Grande Fome (1958-1961) (15-55 milhões de mortos) motivada pela política de reforma agrária do Grande Salto para Frente de Mao Tse Tung
1970 = Instauração da Política do “Wan Xi Shao” visando redução da população por via educativa e planejamento familiar - incentivava as mulheres a terem o primeiro filho em idades mais avançadas, que mantivessem um espaçamento maior entre os filhos e que limitasse o tamanho da prole
1979 = Deng Xiao Ping institui a política de filho único = institui o HUKOU que dava acesso aos serviços públicos apenas para os primeiros filhos e multas
Essa política gerou o DESVIO DE GÊNERO = infanticídios femininas, busca por noivas estrangeiras = sequestros e compras), envelhecimento, retardo da urbanização, desacelerou o crescimento populacional, encurtamento do bônus demográfico
Também é o período das 4 modernizações (hiperindustrialização) = socialismo de mercado (Kissinger – On China)
Deng Xiaoping = insere a China na economia de mercado e adota “um país, dois sistemas” = foco inicial nas Zonas Econômicas Especiais = mão de obra intensiva = inicialmente, indústria têxtil e de brinquedos
2016 = Xi Jiping – passa a flexibilizar a política de filho único (2 filhos), após tornar-se 50% urbano / China passa a ter uma classe média equivalente aos EUA em números absolutos
Atualmente – população urbana, envelhecida (não repõe 2,1 filhos por casal), de maioria masculina / problemas previdenciários gerado pelo modelo 4-2-1 = 4 avós, 2 filhos e 1 neto (peso econômico sobre os mais novos) / final da fase 3 do modelo de transição demográfica de Warren Thompson
Dona de 1/4 da capacidade eólica mundial, a China é o país que lidera a expansão do setor (potência instalada 30 vezes maior que o BR). Seguida dos EUA, Alemanha, Espanha e Índia
Matriz Energética da China = Carvão (70%), petróleo (14%), biocombustíveis (9,5%) / A China exerce um papel importante no comércio internacional de alimentos no mundo e é o quarto país no ranking de exportação
FLASHCARDS = China = autocracia / busca da modernização pelo “grande salto para frente” / após 1949 = aproximação da URSS para industrialização e planificação econômica / No entanto, a industrialização só veio após o rompimento com a URSS / Hoje, o “efeito China” causa alta nos valores das commodities
Limita-se com 14 países: ao leste, com a República Popular Democrática da Coreia; ao norte, com a Mongólia; ao nordeste, com a Rússia; ao noroeste, com o Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão; ao sudoeste, com o Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal e Butão e ao sul, com a Birmânia, Laos e Vietnã. Além disso, através dos mares, a China ainda se limita com o Japão, Filipinas, Malásia, Indonésia e Brunei.
5 TIPOS DE INTERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA
Em função de características físicas, estudos realizados pelo Ministério da Integração Nacional identificaram cinco tipos de interação transfronteiriça:
1) Zona-tampão (locais estratégicos, restritos ou interditados por partes ou áreas protegidas);
2) Frentes (de povoamento);
3) Margem = pouco contato, contatos familiares e poucas trocas comerciais, ausência de infraestrutura conectando;
4) capilar = trocas difusas com pouca infraestrutura, pouca atuação do Estado e
5) Sinapse (auto grau de trocas, com infraestrutura e ação Estatal)
EVOLUÇÃO DA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NO BR (10+)
** Unidades de Conservação no Brasil atual = 18% da área total do Brasil (+12% de reservas indígenas) (total 30% de áreas protegidas) **
ANTECEDENTES
Leis Ambientais da Era Vargas = Código Florestal (1934), Código de Minas (1934), Código das Águas (1934) e Caça e Pesca – as quatro buscam regular o acesso à recursos, não proteger o meio ambiente / 1937- Parque Nacional de Itatiaia / 1965- Reforma do Código Florestal
1973- Criação da SEMA - Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA. É o Brasil voltando de Estocolmo e a necessidade de mostrar serviço
1981 = Lei Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Guinada na Política Ambiental do Brasil antes da Constituição. Inaugura a visão PREVENTIVA, obrigação de licenciamento ambiental. Grande marco.
1986 = Regulamentação do Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
1988 = Constituição = art.225 = Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
Artigo 225, § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são ** patrimônio nacional **, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
AMAZÔNIA + MATA ATLÂNTICA + SERRA DO MAR + PANTANAL + ZONA COSTEIRA = PATRIMÔNIO NACIONAL
1989 = Criação do IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Substituindo a SEMA, IBDF e SUDEPE)
1992 = Ministério do Meio Ambiente (na esteira do RIO92)
2000 = criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) *** com 2 tipos de unidades = unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável / São 3 ÁREAS DE PROTEÇÃO INTEGRAL = Estação ecológica, Reserva Biológica e Parque (não confundir com uso sustentável) / ÁREAS Uso sustentável = Área de proteção ambiental (APA), Reserva Extrativista
2005 = Lei de Biossegurança (CNTBIO)
2004 = PPCdAm*** = Plano de Proteção e Combate ao Desmatamento na Amazônia = política governamental do Ministério do Meio Ambiente de 2004 = gerenciamento para longo prazo = monitoramento, fiscalização e promoção de atividades sustentáveis na Amazônia (seu sucesso gera o PPCerrado e PPCaatinga em 2010) = gerou queda continua nos índices de desmatamento
2007 = Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) = governo lula = enfraquecimento do IBAMA para autorizar obras e buscar o desenvolvimento + é uma autarquia em regime especial vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e integrada ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) + O instituto é responsável por propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as unidades de conservação federais, além de fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção da biodiversidade em todo o Brasil. Surgiu de uma reestruturação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), anteriormente responsável por tais atribuições / Todas as unidades de conservação atuais do Brasil são feitas pelo ICMBIO
2008 = O Plano Amazônia Sustentável (PAS) = diretrizes gerais e marco no desenvolvimento sustentável BR (não a preservação estrita), inspirada no trabalho de Bertha Becker e na “incógnita do heartland” / Água virtual ou fictícia *** (conceito de Berta Becker) (externalidade negativa em tempos de commoditização da água) /
2010 = PPCerrado - Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado e Lei Nacional dos resíduos Sólidos
2015 = Contribuição Nacionalmente Determinada Brasileiras (NDC) = documento dos compromissos BR apresentado na COP21 / compromisso Brasileiro no Acordo de Paris de zerar o desmatamento até 2030 + 45% de fontes renováveis na matriz energética (média global de 13%) + restauração de 12 milhões de hectares de vegetação / adoção do modelo de integração lavoura-pecuária-floresta
PROBLEMAS AMBIENTAIS POR REGIÃO
O Norte detém o maior rebanho bovino do país, além de ser a principal fronteira energética / Usina de Balbina na Amazônia = baixa produtividade e alto custo ambiental / Redução do apoio Norueguês e Alemão no Fundo Amazônia / Importância da agricultura familiar (produção de 90% da mandioca do país) e do PRONAF
Pampas = pecuária gerando arenização do solo (não confundir com desertificação)
Cerrado = berço das águas brasileiras = perda de cobertura vegetal e contaminação das águas /
Arco Norte (2009) = projeto de infraestrutura gigante no norte do país para escoamento da produção
nível de desmatamento, área total e % de áreas protegidas dos biomas (10)
Área total do BR = 8,5 milhões de km² ou 8,5 milhões de ha
Mata Atlântica = 90% desmatado, 110 milhões ha e 9% de áreas protegidas)
Cerrado = 50% desmatado, 205 milhões de ha e 12% de áreas protegidas)
Caatinga = 50% desmatado, 82 milhões de ha e 8% de áreas protegidas)
Pampa = 50% desmatado, 17 milhões de ha e 3% de áreas protegidas
Amazônia = 18% desmatada, 420 milhões de ha e 50% de áreas protegidas
Pantanal = 14% desmatado, 15 milhões de ha e 5% de áreas protegidas
O Cerrado tem sido uma preocupação pois representa ¼ dos biomas brasileiros e foi intensamente desmatado nos 40 últimos anos
Biomas mais protegidos: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa
Biomas mais alterados = Mata Atlântica (80-90%), Cerrado, Caatinga e Pampa (50%), Amazônia (18-20%) e Pantanal (14% - alterado pelos incêndios)
Pantanal só possui 2 reservas, sua conservação se dá devido às inundações