Geografia CACD Flashcards

1
Q

6 BIOMAS BR (segundo o IBGE) e os 6 domínios morfoclimáticos

A

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), podemos dividir o país em nove principais biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal*

Biomas (6) não se confundem com domínios morfoclimáticos (6 domínios e suas faixas de transição), desenvolvido por Aziz Ab Saber, levando em consideração diversas características como o relevo, clima, hidrografia, solo e bioma. O bioma é um conjunto natural que analisa a fauna e flora de um ambiente, estando inserido no domínio morfoclimático.

Domínios Morfoclimáticos = Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mares de Morros, Araucárias, Pradarias e Faixas de transição.

O pantanal (considerado um bioma para o IBGE) e as matas dos cocais são uma faixa de transição e não um domínio morfoclimático.

6 Biomas = determinantes = fauna e flora

7 domínios morfoclimáticos = determinantes = clima, relevo e vegetação

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Q

Campos OU Pampas (10)

A

Extremo sul – bioma influenciado pelo clima subtropical e pelo relevo (PLANÍCIES). Em virtude do clima frio e seco, a vegetação não consegue desenvolver-se, sendo constituída principalmente por gramíneas, como capim-barba-de-bode, capim-gordura, capim-mimoso etc. / Os campos são formados por herbáceas, gramíneas e pequenos arbustos

Enquanto na Região Norte esse bioma está presente sob a forma de savanas de gramíneas baixas, na Região Sul, aparece como as pradarias mistas subtropicais / A vegetação campestre forma um tapete herbáceo com menos de 1 metro, com pouca variedade de espécies. Sete tipos de cactos e bromélias são endêmicos da região, além de uma espécie de peixe – o cará / O nome “pampa” tem origem indígena e designa uma região plana / Aproximadamente 40% das espécies são endêmicas

Há dois tipos de fitofisionomias: campos limpos e campos sujos. Os campos limpos caracterizam-se por não apresentarem arbustos, ao contrário dos campos sujos, onde esses arbustos são encontrados

Os solos do Pampa são, geralmente, pouco férteis e propícios à erosão. Em virtude da prática agrícola (monocultura) realizada nessa área e da pecuária, uma grande parte desse bioma foi devastada, intensificando os processos erosivos, tornando os solos arenosos

O Pampa compreende uma área constituída por duas bacias hidrográficas, a bacia hidrográfica Costeira do Sul e a bacia hidrográfica do Rio da Prata. Os principais rios são: Rio Uruguai, Rio Santa Maria, Rio da Prata, Rio Jacuí, Rio Ibicuí e Rio Vacacaí. A hidrografia desse bioma apresenta elevado potencial hidrelétrico e é extremamente navegável

Esse bioma apresenta uma particularidade: as quatro estações são bem definidas

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3
Q

MIGRAÇÃO (MUNDO) (15+)

A

O Relatório Migration Report 2020, da Organização Internacional para Migração, identificou a existência de 272 milhões de migrantes internacionais, o maior número da história, com expressivo crescimento nos últimos 20 anos. Também em termos relativos, o percentual de migrantes internacionais no total da população mundial está aumentando (2,3 -> 3,5% de 1970 para 2020).

Migração sul-sul é a maior do mundo (37%) , seguida de sul-norte (35%), norte-norte (22%), norte-sul (6%). O único continente que a maioria dos migrantes NÃO se dirige para um país do mesmo continente é a América Latina, que em sua maioria (70%) se dirigem para América do Norte (todos os demais continentes se deslocam para países do mesmo continente em sua maioria), somente 15% dos latinos americanos migram para países latino americanos vizinhos

Entre os migrantes oriundos de países do Sul existem cerca de 82,3 milhões que vivem em outro país do Sul, valor que excede ligeiramente o número de migrantes nascidos no Sul mas que residem no Norte, cerca de 81,9 milhões. Entre 1990 e 2013, o volume de migrantes Sul-Sul sofreu um aumento de 41% passando de 59 milhões para os 82 milhões registados em 2013 (United Nations 2013a) / Sul-Sul 82,3 milhões / Sul-Norte 81,9 milhões / Norte-Sul 13,7 milhões / Norte-Norte 53,7 milhões

** Os imigrantes são responsáveis por 6,7 trilhões do PIB mundial, o equivalente a 10% do PIB mundial. Além disso, possuem maior produtividade do que os trabalhadores nacionais, segundo a MCKINSEY Global institute **

Maior influência de fluxos de imigrantes no mundo = Aruba (1/6 pessoas são imigrantes [Venezuelanos], Líbano (1/7), Curaçao (1/10 = Venezuelanos), Jordânia (1/15) e Turquia (1/20)

O mundo não está mais no nível 2 do modelo de Thompson / 84 milhões de imigrantes em 1970 e 272 milhões em 2020

Os 5 maiores receptores de MIGRANTES em 2019 = EUA, ALEMANHA, ARÁBIA SAUDITA, RÚSSIA e REINO UNIDO

Os 5 maiores emissores de MIGRANTES em 2019 = ÍNDIA, MÉXICO, CHINA, RÚSSIA e SÍRIA

** A maior comunidade de colonização no Brasil é de BOLIVIANOS (250 mil+). Eram os Portugueses, porém eles têm sofrido queda (alta mortalidade e baixa fecundidade) / Os cinco países que lideram o ranking de brasileiros residentes são os EUA, PARAGUAI (brasiguaios), Japão, Portugal e Espanha / A concentração de brasileiros no Japão estão em NAGOYA – polo industrial (e não em TOKYO) / os demais brasileiros que emigram para outros países trabalham no setor terciário **

Existem 272 milhões de migrantes no mundo em 2020 (3,5% da população mundial em média, o Itamaraty calcula que sejam 4 milhões de brasileiros morando fora (aproximadamente 2% de sua população, estando abaixo da média mundial)

Migração internacional = toda migração é forçada (visão marxista) = por uma outra globalização, Milton Santos = as causas estariam associadas à lógica excludente do capital = espaços e populações beneficiadas atraem migrantes

Decisões individuais e livre-arbítrio (percepção liberal da imigração) = fatores de atração e repulsão

Com uma agenda política cujo objetivo é criminalizar o imigrante, esses grupos nacionalistas têm conseguido aprovar medidas de endurecimento, como a proibição dos minaretes na Suíça, a criminalização do imigrante “sem papel” na Itália e a proibição do uso do véu na França. Em âmbito regional, a aprovação pela União Europeia da chamada “diretiva de retorno”, com tratamento policial do migrante, tem levantado o debate sobre a questão da defesa dos direitos humanos pelos países de origem do imigrante. Nos EUA, a atuação de milícias na fronteira – como o Minuteman – e a construção de muro para impedir a entrada de imigrantes “ilegais”, bem como a adoção de medidas repressivas pelos estados – Arizona, por exemplo – têm estremecido as relações com os países latino-americanos e dividido a população americana.

Observação: Um Minuteman era um colono dos Estados Unidos que, de forma independente, se organizava e formava milícias para lutar como partisans durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos. Seu nome vem do fato de serem conhecidos por estarem prontos para a batalha em “um minuto”.

Recorde de imigração: 150 brasileiros são detidos por dia ao cruzar a fronteira do México com os EUA em 2021. Brasil é a oitava nação a mais enviar imigrantes de forma irregular aos EUA. País vive uma grave crise migratória, com mais de 1 milhão de pessoas detidas por agentes americanos. O número de 2021, ainda parcial, já é o maior da série histórica iniciada em 2007, de acordo com os dados do órgão de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos. Agora, o país é a oitava nação a mais enviar imigrantes irregulares aos EUA no mundo, à frente de países como a Venezuela e a Colômbia, por exemplo, e em patamar semelhante ao de Cuba. Os EUA vivem uma grave crise migratória, com mais de um milhão de pessoas detidas por agentes americanos apenas no ano fiscal de 2021

Muitos dos estudos sobre o “brain drain” (fuga de cérebros) dão maior ênfase aos efeitos negativos que esse tipo de movimento provoca nos países de saída desses grupos de migrantes. Sobretudo, quando se identifica que, na maioria dos casos, a fuga de cérebros é uma migração permanente e que acaba privando, em definitivo, os países emissores de seus profissionais mais qualificados e dos benefícios diretos que eles poderiam proporcionar.

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4
Q

AGRONEGÓCIO BR

1- Histórico

2- Dez ações Estatais no passado (principalmente em 1970)

3- Posição da produção brasileira

4- Quanto a produção atual ocupa do território nacional

5- Agricultura familiar (ocupação) e 3 Estados com maior ocupação da agricultura familiar

6- 4 maiores produtores mundias e suas produções em milhões de toneladas

7- Estado de maior produção nacional

8- Principal rodovia de escoamento da produção

9- Conceito de Regiões Produtivas do Agronegócio (RPA’s)

A

Até a década de 1960, o Brasil era um importante importador de alimentos, tendo em vista que a agricultura familiar de subsistência não era capaz de produzir alimentos em quantidade efetiva para toda a população. Além disso, a má distribuição de terras foi responsável por gerar profundas desigualdades - tanto
sociais quanto em termos de produção -, o que acarreta até hoje um cenário de não atendimento às necessidades alimentícias plenas da população nacional.

Ações Estatais entre 1960-70:

1) Em 1964, foi estabelecido o Estatuto da Terra; em 1965, o Sistema de Crédito Rural;

2) Em 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; e,

3) Em 1973, o Programa de Garantia de Atividade
Agropecuária – PROAGRO.

4) A inauguração de Brasília e a concessão de terras contribuíram para a ampliação da “Marcha para o Oeste”, dando margem para a expansão do agronegócio no país, a partir de novas fronteiras agrícolas.

5) Advento da Revolução Verde e a introdução de novas tecnologias = = aumento de produtividade, técnicas de correção de solo, melhoramento genético de sementes.

Intensifica-se o fomento governamental à produção agropecuária, por meio de programas de investimento e ocupação de regiões até então pouco exploradas
e/ou pouco valorizadas. Destacam-se: 1971 - PROTERRA / 1972 - PROVALE / 1972 – Embrapa / 1974 – POLAMAZÔNIA / 1974 – POLONORDESTE;

Hoje, o Brasil é 4º maior produtor e o 2º maior exportador de agronegócio no mundo (a tendência é se tornar o 3º maior produtor ultrapassando a Índia em alguns anos) – tudo isso produzindo em 7% do território / hoje ocorre a ampliação da agroindústria nacional

A produção agropecuária representa pouco mais de 5,2% do PIB nacional. No entanto, quando analisado de forma ampla e universal, o agronegócio representa aproximadamente 30% do nosso Produto Interno Bruto. Cerca de 15 milhões de pessoas são empregadas atualmente no agronegócio.

A agricultura familiar é responsável por 3 a cada 4 propriedades rurais, embora ocupe apenas 23% das áreas rurais (conquanto venha sofrendo fagocitose rural = queda no número de propriedades, pessoal ocupada e área da agricultura família = gerando aumento da concentração de terras e êxodo rural) / A produção no Brasil cresce muito mais em produtividade do que em área / O Brasil ainda NÃO detém autonomia alimentar, uma vez que depende da importação de trigo

A definição legal de agricultura familiar consta no Decreto nº 9.064, de 31 de maio de 2017.

77% dos estabelecimentos são classificados como agricultura familiar = 3,9 milhões de estabelecimentos = 10 milhões de pessoas = 23% de toda a produção agropecuária brasileira em 23% de toda a área

** Pernambuco, Ceará e Acre têm as maiores proporções de área ocupada pela agricultura familiar. Já os estados do Centro-Oeste e São Paulo têm as menores **

A agricultura familiar responde por quase metade da produção de alimentos no Brasil

Maiores produtores agrícolas = EUA, China e UE (EUA produz 650 milhões de toneladas de grãos e BR produz 250 milhões, sendo que o Mato Grosso, sozinho, produz 67 milhões (um terço do país) e o Paraná, segundo colocado, produz 37 milhões) / 34% das exportações de soja de 2020 saíram pelos portos do Arco Norte, em grande parte devido a infraestrutura como a BR-163

A conclusão do asfaltamento da BR 163, de Cuiabá a Santarém, possui grande importância para o escoamento de grãos por portos do arco norte, como o de Miritituba, no rio Tapajós. Esse asfaltamento não significa o abandono do projeto da ferrogrão – paralela à BR-163 - pois os modais de transporte possuem características diferentes

A BR-163 é uma rodovia longitudinal do Brasil. Possui 3579 km em sua extensão total; seu trecho principal liga as cidades de Tenente Portela, no Rio Grande do Sul, a Santarém, no Pará / Em relação ao milho, 31% de tudo o que foi vendido saiu principalmente dos portos de Barcarena/PA, Miritituba (Santarém)/PA, Itacoatiara/AM e Itaqui/MA. Os dados são do boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

O Brasil continua sendo o segundo maior EXPORTADOR de agronegócio, atrás dos EUA. (Caiu no CACD) / Mato Grosso (Bioma Cerrado) = maior produtor de soja, milho e algodão do país. O Algodão foi desenvolvido pela EMBRAPA como alternativa a eventual queda nos preços da soja

Veja os dez países que mais compraram agrotóxicos em 2013: Brasil: US$ 10 bilhões / Estados Unidos: US$ 7,3 bilhões / China: US$ 4,8 bilhões (metade do BR) / O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Antes do Brasil, os Estados Unidos eram os maiores consumidores / O Brasil completa em 2018 seu décimo ano na liderança do ranking de maior consumidor de agrotóxicos do planeta. Todos os anos, são utilizados 7,3 litros de veneno para cada um dos habitantes do País

Importantes avanços do agronegócio no Governo Militar = criação do Sistema Nacional de Crédito Rural (1964), Embrapa (1973) e PRODECER (Programa Nipo-brasileiro de desenvolvimento do Cerrado)

O Nordeste possui metade das propriedades familiares do país (2 dos 4 milhões de propriedades, ocupando apenas 1/3 das áreas totais de propriedades familiares = minifúndios), notadamente no Agreste e no Sertão. Essas propriedades possuem baixa produtividade e tem grande dependência de apoio público, de programas como o Pronaf.

Destaca-se, também, a presença de propriedades familiares no Sul (19%, no entanto, estas são mais inseridas na agroindústria (Sadia e Perdigão)

Plano Safra = crédito para o grande produtor

PRONAF = crédito ao pequeno agricultor (governo FHC)

Maiores produtores de café = Minas Gerais, Espirito Santo, São Paulo, Bahia

A pecuária ocupa quase metade (45%) das propriedades rurais no Brasil, seguido de matas e florestas (29%) e lavouras (18%)

Brasil é apenas o 9º maior produtor de arroz no mundo (China, Índia e Indonésia são maiores)

Produção de milho = EUA, China, Brasil, União Europeia, Argentina

Atualmente, o Brasil possui o 2º maior rebanho de bovinos do mundo, atrás da Índia. Embora seja o maior rebanho comercial do mundo, a produção de carne dos Estados Unidos é maior que a do Brasil. O Brasil é o maior exportador de carne do mundo desde 2004

Maiores rebanhos no BR = Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará / temos 214 milhões de cabeças de gado brasileiras / custos = desmatamento + quebra do equilibrio ecológico e ambiental + surgimento de pragas + uso inadequado do solo e d’água / cada kg de carne gera 78 quilos de dióxido de carbono e consome 64 litros de água

A integração dos setores da agroindústria brasileira, dá-se da seguinte maneira:

  1. Indústrias pré-cultivo: melhoramento de sementes, fertilizantes, rações, maquinários;
  2. Setor agropecuário propriamente dito: produção animal, cultivo de lavouras diversificadas, extrativismo natural;
  3. Indústrias pós-cultivo: processamento de alimentos, produção de têxteis, produção de bebidas, madeireira;
  4. Estrutura logística: processo de distribuição e abastecimento do mercado interno, processo de exportação.

A agricultura no Centro-Oeste brasileiro, ligada funcionalmente ao agronegócio globalizado, caracteriza-se pelo modelo de Complexo Agroindustrial, similar ao sistema de Belts nos Estados Unidos. Nesse modelo, trata-se de uma íntima relação entre a agricultura e a indústria, que está presente tanto à montante (indústrias, bens de capital, insumos e máquinas, inovações tecnológicas dos centros de pesquisa) quanto à jusante (beneficiamento e acréscimo de valor) da produção agrícola.

*** Sintomático do fato de que o agronegócio impulsiona o crescimento de cidades ao seu redor, é o fato de o Centro-Oeste ser a segunda região mais urbanizada do Brasil, atrás do Sudeste, e possuir duas métropoles que estão entre as que mais crescem no país: Goiânia e Brasília = “CADEIAS DO CAMPO”

Na safra 2019/2020, a produção nacional alcançou mais de 250 milhões de toneladas de grãos produzidas, sendo a soja o principal cultivo (cerca de 50% da área total plantada no país).

O futuro de agronegócio brasileiro deverá ser baseado em dois pilares fundamentais:

• A implementação de inovações tecnológicas e uso de novas tecnologias, estruturada sob os auspícios da “agricultura 4.0” (agricultura digital);

• Aumento da produção com maior foco na sustentabilidade, dadas as maiores exigências (sobretudo do mercado internacional) para que a produção ocorra, cada vez mais, em bases sustentáveis.

** O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), cresceu 8,36% em 2021. Na última medição, este setor alcançou uma participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior taxa desde 2004 **

Conceito de Regiões Produtivas do Agronegócio (RPA’s) = áreas híbridas = modernos espaços agrícolas + espaços não metropolitanos – cidades médias e pequenas, transformadas por dinâmicas territoriais do agronegócio globalizado, formando pontos, nós ou manchas de redes agroindustriais internacionais.

Exemplo fundamental da implantação de RPAs no território brasileiro é o centronorte do Estado do Mato Grosso, que tem em Sinop uma de suas principais “cidades do campo”. Fruto do avanço da colonização paranaense, que lhe dá nome. Sinop apresenta, assim, um dos maiores PIBs agrícolas do país. A integração da região aos portos de exportação e, ainda, a promoção de projetos como a pavimentação da BR 163 e a iniciativa da Ferrogrão, que pretende conectar a região às hidrovias da bacia Amazônica, facilitam a integração e o escoamento dos bens do agronegócio.

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Cana de Açúcar (10+)

A

2º Produto da pauta agrícola BR (Maior produtor mundial) - SP produz 55% - BR como 2º maior produtor de etanol no mundo

VERSATILIDADE = opção de produzir açúcar ou etanol (vantagem competitiva em relação aos EUA) - plástico biodegradável (polihidrixobutirato) - biodiesel - as cinzas são utilizadas para concreto e argamassa - bioeletricidade - excedentes comercializáveis de energia

O Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), criado em 1933, teve forte intervenção estatal, dominando praticamente toda a estrutura do setor, sendo responsável pelo ciclo e produção e comercialização, inclusive de fixação de preços, cotas, exportação e importação. Dessa forma, um dos principais papéis do IAA foi incentivar o consumo e regular o mercado de açúcar e álcool no Brasil.

Pertence a um grupo de espécies de gramíneas perenes altas / nativas das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia

Quando o português Martim Afonso de Souza construiu o primeiro engenho brasileiro de cana-de-açúcar no litoral paulista, ele não tinha como imaginar o setor produtivo complexo que se construiria em São Paulo para processar essa planta

O Instituto de Açúcar e de Álcool (IAA), criado em 1933, teve forte intervenção estatal, dominando praticamente toda a estrutura do setor, sendo responsável pelo ciclo de produção e comercialização, inclusive de fixação de preços, cotas, exportação e importação. Dessa forma, um dos principais papéis de 1AA foi incentivar o consumo e regular o mercado de açúcar e álcool no Brasil,

Em 1975, foi criado o Programa Nacional de Álcool (Proálcool), que incentivou a produção de etanol anidro e hidratado, além de desenvolver a cogeração de energia por meio do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.

A cana de açúcar é o 2º produto do agronegócio brasileiro / O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, sendo que São Paulo responde por 55% da área plantada no país. Grande parte das usinas paulistas de processamento de cana podem escolher produzir açúcar ou etanol / Essa é uma vantagem competitiva do setor sucroalcooleiro estadual em relação à indústria norte americana, baseada no milho. Nos EUA, as usinas de processamento de milho precisam primeiro produzir açúcar para a partir dele produzir etanol

** O Brasil é o 2º maior produtor de ETANOL (atrás dos EUA), embora sejamos o 1º em produção de cana de açúcar **

No ano de 2000, entrava em funcionamento no Brasil uma usina com capacidade de produzir 50 toneladas de plástico biodegradável derivado da cana. A tecnologia de fabricação da sua matéria prima, o polihidroxibutirato (PHB), foi desenvolvida com participação do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do governo de São Paulo

Atualmente é possível transformar o caldo da cana em óleo que substitui o diesel sem necessidade de adaptação dos motores / As cinzas podem ser substitutas da areia na fabricação de concreto e argamassa. Novas técnicas alcoolquímicas abrem possibilidades de serem produzidos detergentes, cosméticos e lubrificantes a partir da cana

A bioeletricidade é gerada pela queima do bagaço da cana em caldeiras. As usinas geram eletricidade para suas próprias atividades, sendo autossuficientes e parte dessas usinas ainda produzem excedentes comercializáveis

De acordo com estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), o etanol brasileiro não apresenta riscos para a segurança alimentar / O Brasil utiliza 2% de suas terras cultiváveis para produção de etanol e suas principais áreas de produção de cana-de-açúcar ficam a pelo menos 2,5 mil quilômetros de distância da Amazônia / Merece destaque o estado de São Paulo, que produz próximo de 60% de toda a cana, açúcar e etanol do país. O segundo maior produtor é o estado do Paraná, com 8% da cana moída no Brasil

Maiores produtores de cana = BR, Índia, China, México, Tailândia, Paquistão / Observa-se que o Brasil (grandes produtores) e a Índia (pequenos produtores) respondem, em conjunto, por pouco mais da metade da cana produzida mundialmente

No Brasil, a cana-de-açúcar é a terceira cultura temporária em termos de ocupação de área, bem atrás da soja e de milho / O etanol hoje é utilizado em torno de 45% dos veículos, sendo 55% de gasolina (2019)

A legislação brasileira que estabelece a Politica Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) foi criada após a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP21). Um dos seus objetivos foi criar metas nacionais anuais de descarbonização para o setor de combustíveis, de forma a incentivar o aumento da produção e da participação de biocombustíveis na matriz energética de transportes do Brasil.

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6
Q

MEGALÓPOLE

1) definição com 4 características
2) Autor da expressão
3) caracterização da mancha urbana SP-CAMPINAS e SP-RJ
4) caracterização quanto a infraestrutura e espaços rurais
5) 3 exemplos de Megalópoles

A

MEGALÓPOLES = CONURBAÇÃO + CIDADES-POLOS (PLURIPOLARIZAÇÃO)+ GRANDE COLEÇÃO DE SUBÚRBIOS + ao mesmo tempo, representam CONCENTRAÇÃO (mercado consumidor) e DISPERSÃO (problemas da cidade grande)

** Estes espaços representam a expressão espacial do processo de Globalização, sendo grandes espaços produtores e difusores do meio técnico-científico-informacional **

MEGALOPÓLE é uma região urbana PLURIPOLARIZADA / metrópoles conurbada ou em processo de conurbar-se / representa concentração e dispersão / pode ser considerada uma coleção de subúrbios / Não se formou entre RJ e SP como se previa nos anos 1970 = não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano = área de 22% da população, 0,5% do território nacional, 60% da produção industrial

Extensa área urbana + conurbação de metrópoles e cidades formando uma região superurbanizada (muitas vezes, uma delas “Cidade Global”)

A expressão megalópole foi talhada pelo geógrafo francês Jean Gottman, na década de 1960, para caracterizar a região de BosWash (2% da área do país e 17% da população total) (fonte: Nabuco)

O termo megalópole foi idealizado nos primeiros anos do século XX pelo escocês Patrick Geddes — considerado o pai do planejamento regional — ao perceber o fabuloso ajuntamento urbano que cobria parte do nordeste estadunidense (Bos-Wash / Uma megalópole é uma extensa região urbana pluripolarizada por diferentes metrópoles conurbadas, ou em processo de conurbação

Existência de complexo sistema de movimentações = sistemas de metrô, trens expressos, autoestradas, pontes aéreas, dentre outros.

Redução ou ausência de espaços rurais. Quando existentes são altamente produtivos, especializados e mecanizados, representando verdadeiros espaços agroindustriais.

SP-CAMPINAS = pode ser considerado uma megalópole, ou melhor, macrometrópole (segundo a EMPLASA) / mancha urbana contínua e forte integração econômica e social / possibilidade de junção com São José dos Campos, baixada Santista, Sorocaba / Motivos da não formação da megalópole SP-RJ = esgotamento do modelo de desenvolvimento + crise de 1980 + custo progressivo + violência + poluição + alteração no crescimento populacional = tudo isso, gerando DESECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO e INVERSÃO METROPOLITANA

Correspondem às mais importantes e maiores aglomerações urbanas da atualidade / São encontradas em regiões de intenso desenvolvimento urbano (NORTE GLOBAL), e nelas as áreas rurais estão praticamente (senão totalmente) ausentes / O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. Meios de transporte rápidos — trens expressos, autopistas e pontes aéreas — sustentam esses fluxos

A megalópole representa, ao mesmo tempo, concentração e dispersão. Concentração, pois a imensa zona urbanizada forma um mercado consumidor de grandes dimensões, atraindo atividades econômicas diversificadas e de alta capitalização; Dispersão, visto que o espaço da megalópole, irrigado por meios de transportes e comunicação, oferece alternativas de localização para áreas residenciais e industriais fora dos congestionamentos e problemáticos núcleos metropolitanos. A megalópole não é apenas uma aglomeração de metrópoles, mas também uma coleção de subúrbios

SP x RIO
Na verdade, entre Rio de Janeiro e São Paulo não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano / Porém, pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole de São Paulo, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social / Cogitou-se a formação da megalópole Campinas-SP-RJ (William Vesentini) originada da produção cafeeira, mas se difere das demais megalópoles por ausência de ligação ferroviária eficiente (trem-bala), seus subúrbios são bolsões de pobreza e não centros residenciais

SP X CAMPINAS
Pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole de São Paulo, caracterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social. Esta enorme mancha urbana ameaça espalhar-se até polos como Sorocaba e Baixada Santista. Pelo outro lado, está a atingir São José dos Campos e, daí, seguir sua trajetória até unir definitivamente São Paulo e Rio de Janeiro numa mancha urbana única / Via Dutra (SP-RJ), Anhanguera-Bandeirantes (SP-CAMPINAS) / Essa megalópole conta com a CSN em Volta Redonda e a COSIPA em Cubatão, fornecendo impulso a indústria de base. Além da Indústria petroquímica em SP e RJ após 1950, trazendo a proletarização-poluição / A partir de 1990 = “deseconomias de escala” (excessiva aglomeração, estrangulamento do sistema de transporte, elevação acentuada dos preços dos terrenos, aumento da poluição) gera a desconcentração das cidades polos = crescimento menor das regiões metropolitanas, denominado INVOLUÇÃO METROPOLITANA (Milton Santos) / A expansão passa a ser rumo aos polos tecnológicos = Campinas (microeletrônica e biotecnologia = centros de pesquisa UNICAMP) e São José dos Campos (indústria aeroespacial = Instituto tecnológico da Aeronáutica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais [INPE).

Pode-se dizer que há concentração de megalópoles no mundo desenvolvido. Diferente das MEGA cidades, as quais são típicas do mundo subdesenvolvido, pois considera apenas o aspecto quantitativo (10 milhões de habitantes = mundo rico possui 8)

Outros exemplos de Megalópoles: Boston, New York-New Jersey, Filadélfia, Baltimore e Washington (também chamada de BOS-WASH / TOKYO-NAGOIA-OSAKA / Boston-NY-Washington / Tóquio-Osaka-Kitakyushu / Liverpool-Milão

Exemplos de megalópoles = Tóquio-Honshu (Tokkaido) / China = Jing-Jin-Ji (norte), Delta do Yang-Tsé (centro), Guangdong-Hong Kong-Macau (sul) / Europa = “Red Octopus” = Barcelona-Marselha-Roma, Estocolmo-Berlim-Amsterdã-Bruxelas-Paris; Londres-Paris-Frankfurt-Milão- Roma; Varsóvia-Berlim-Paris; Zagreb-Praga-Viena-Munique / EUA = megalópole dos Grandes Lagos-ChiPitts

Observa-se, atualmente, a junção de megalópoles em alguns casos = BosWash e ChiPitts;

Aglomerado urbano SP-RJ = 22% da população nacional / maior conjunto urbano contíguo da América do Sul / forte poder decisório nacional / megalópole em formação = existência de espaços menos articulados, com menor infraestrutura

São Paulo = pode ser chamada de MEGA METROPÓLE, mas nunca megalópole

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7
Q

MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA (2020) (20+)

A

A matriz elétrica representa o conjunto de fontes disponíveis apenas para a geração de energia elétrica

Brasil = Hidráulica (65%), tríplice empate = gás natural (9,3%), eólica (8,6%), biomassa (8,4%), carvão e derivados (3,3%), nuclear (2,5%), petróleo (2,0%), solar (1%). A tendência é a eólica ultrapassar o gás natural em 2020 ou 2021.

Matriz Elétrica MUNDO = Carvão (38%), Gás Natural (23%), Hidráulica (16%), nuclear (11%), solar, geotérmica, maré e eólica (6%) e petróleo (3,7%)

Mundo = 76/24 (não renováveis/renováveis) / Brasil = 18/82% (não renováveis/renováveis)

ENERGIA EÓLICA (8,6%)

A energia eólica no brasil é o triplo da nuclear e representa a somatória do petróleo, nuclear e carvão! / Destaque para o RN com 131 parques eólicos, Bahia (88 parques), RS com 80 parques e Ceará (70 Parques) (Decorar: Os dois Rios grandes + BAHIA + Ceará) /

O Nordeste conta com os ventos alísios que sopram dos trópicos sentido ao Equador. Já o Sul conta com um sistema de baixa pressão localizado acima da Argentina, gerando ventos constantes

A energia Eólica vem galgando posições e se encontra na quarta posição, tendendo a ultrapassar a biomassa (8,5%) e o gás natural (8,6%) em breve. Houve uma expansão gigantesca da energia eólica a partir de 2013, com destaque para RS, RN, BA e o Nordeste em geral. A área litoral por si só já é um fator de atração para parques eólicos para diferença de pressão (ventos), gerado pela diferença do aquecimento das águas e do litoral (brisa do mar). Além disso, o Nordeste concentra os ventos alísios, o que intensifica os ventos (a linha do equador é um ponto de convergência dos ventos do Sul e do Norte do planeta). Já o RS, tem os pampas (área plana) favorecendo seu potencial. A energia eólica BR é maior do que a soma da solar, nuclear e carvão

A maior produção eólica é no RN (131 parques com 3.585MW) seguido da Bahia (88 parques produzem 2.291MW), Ceará e Rio Grande do Sul. O Nordeste conta com os ventos alísios que sopram dos trópicos sentido ao Equador. Já o Sul conta com um sistema de baixa pressão localizado acima da Argentina, gerando ventos constantes

Energia eólica = encontrada em localidades como Osório (RS), Cabo Frio (RJ) e Fortaleza (CE),

BIOMASSA (8,4%)

A biomassa, terceira fonte da matriz elétrica e segunda da matriz energética / em comparação com os combustíveis fósseis (derivados de petróleo), esses resíduos geram menos emissões de gases causadores do efeito estufa. A combustão de materiais orgânicos devolve à natureza apenas o carbono que a planta usou para crescer, o que não gera prejuízos ambientais. Assim, o balanço de emissões de CO2 é reduzido, podendo chegar a ser nulo

De acordo com a ANEEL – agência nacional de energia elétrica, a biomassa é uma das fontes para produção de energia com maior potencial de crescimento no Brasil através da utilização do bagaço e da palha. A participação é importante não só para a diversificação da matriz elétrica, mas também porque a safra coincide com o período de estiagem na região Sudeste/Centro-Oeste, onde está concentrada a maior potência instalada em hidrelétricas do país, auxiliando na preservação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Percebe-se, também, importantes avanços tecnológicos no setor, com a produção do etanol de segunda geração, através da celulose existente no bagaço da cana. ** (BIOMASSA = BAGAÇO + PALHA = ESTIAGEM E ETANOL DE 2ª GERAÇÃO) **

CARVÃO (3,2%)

O carvão que é a grande fonte de energia no mundo, no Brasil representa apenas 3,2% da matriz elétrica BR.

Carvão BR = localizado no RS e de baixa qualidade – baixo teor de carbono -, produção concentrada em Criciúma (participação de 5% na matriz contra 20% no mundo)

ENERGIA SOLAR

A energia SOLAR dobrou de 2018 para 2020 (0,5% -> 1%) / Eficiência das hideletricas = Itaipú, Belo Monte (PA), Tucuruí (PA), Jirau (RO), Ilha Solteira (SP e MS)

NUCLEAR

BR controle todas as etapas de geração de energia nuclear somado a presença de reservas de urânio / Urânio no BR = reservas em Caetité (Bahia) e Santa Quitéria (Ceará) = 1,4% de participação na matriz energética BR

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8
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MATRIZ ENERGÉTICA BR (2020) (10+)

A

A matriz energética corresponde ao CONJUNTO DE FONTES disponíveis / são as fontes de energia para captação, distribuição e utilização / o BR possui 48% de matriz energética renovável (2020), maior porcentagem do G20 (credenciais sólidas)

BRASIL = Petróleo (34%), Derivados de Cana (18%), Hidráulica (12,4%), Gás Natural (12%), Lenha e Carvão vegetal (8,8%), Carvão (5%), Nuclear (1%) – TOTAL = RENOVÁVEIS (48%) E NÃO-RENOVÁVEIS (52%) – MATRIZ ENERGÉTICA MAJORITARIAMENTE SUJA! (Diferente da matriz elétrica)

Matriz Energética mundo = Petróleo, carvão e gás (31, 29, 21%), Biomassa (10%), nuclear (5%) / Matriz elétrica e energética no mundo é suja, diferente do Brasil (apenas na matriz elétrica, que é limpa = 84% de fontes renováveis

BR = relativamente limpa e diversificada / divide-se em renovável e não renovável = matriz mundial 14/86 = BR 48/52

Gás natural no Brasil (13%) = favorecido pelas Reservas do Rio Urucu – afluente do Amazonas)

Matriz energética renovável BR (48%) = hidrelétricas (12% da matriz energética e 65% da matriz elétrica = destaca-se Itaipu binacional [Bacia do Paraná – potencial esgotado] e Tucuruí na bacia do Tocantins-Araguaia)

Atenção: Cana de açúcar, lenha e carvão vegetal correspondem a biomassa)

HIDROELETRICIDADE

Norte = Avanços na hidroeletricidade tem evitado extensos alagamentos como ocorrido em Balbina (tecnologia de turbinas de fio d’água) + Usina de Belo Monte (Rio Xingu) + Bacia Amazônica = grande potencial + alto impacto ambiental + grande distância = possibilidade de integração energética com a Venezuela e outros países / Nordeste = Bacia do São Francisco saturada + aproveitamento da Bacia do Parnaíba (Piauí) / Sul = grande variação altimetria = eficiência em relação a área alagada + possibilidade pequenas centrais /

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9
Q

Globalization and World Cities Study Group & Network (GAWC)

1- Classificação de São Paulo

2- 4 cidades BR considerada globais pelo GAWC

3- instituição responsável pela classificação das cidades

A

CIDADES GLOBAIS:

Alpha ++ = Londres e New York

Alpha+ (8) = Hong Kong, Beijing, Singapura, Shanghai, Sidney, Paris, Dubai e Tokyo

Alpha (23) = SÃO PAULO

Alpha menos (23) = Buenos Aires

** LEMBRAR, segundo o GAWC = SP, RJ, BH e Porto Alegre são cidades globais, porém SP é alfa e RJ é gama (alfa-beta-gama) **

A instituição responsável por classificar as cidades como global ou não, é a Universidade de Loughborough (Londres) em uma fase inicial e posteriormente aperfeiçoada pela Globalization and World Cities Study Group & Network (GWC)

GAWC é um think tank que estuda as relações entre cidades do mundo no contexto da globalização. Baseia-se no departamento de geografia da Universidade de Loughborough, em Leicestershire, Reino Unido

Alpha (23) (incluindo SP e Sidney (Sidney caiu uma categoria em 2020) / Alpha menos (23) (Buenos Aires caiu para alpha menos em 2020)

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10
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Conceito de Arranjo Populacional (1)

A

O IBGE definiu arranjos populacionais como as áreas urbanas que possuem mais de dez mil indivíduos realizando movimento pendular e/ou os casos de integração entre as malhas urbanas de dois ou mais municípios com distância máxima de três quilômetros entre essas malhas

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11
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Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) (5)

A

Criado no ano 2000 / Define unidade de conservação (UC), como sendo o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias de proteção;

Ou seja, buscou-se normatizar as unidades de conservação que existiam em dois tipos:

tipo 1 - Unidades de Proteção Integral (5) - com a finalidade de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, e por isso as regras e normas são restritivas. Pertencem a esse grupo as 5 categorias:

• Estação Ecológica
• Reserva Biológica
• Parque Nacional
• Refúgio de Vida Silvestre
• Monumento Natural

tipo 2 = Unidades de Uso Sustentável (7) - concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos naturais. Esse grupo é constituído pelas 7 categorias:

• Área de Proteção Ambiental
• Área de Relevante Interesse Ecológico
• Floresta Nacional
• Reserva Extrativista
• Reserva de Fauna
• Reserva de Desenvolvimento Sustentável
• Reserva Particular do Patrimônio Natural

Entre os principais objetivos do SNUC estão (Contribuir, proteger e promover): Contribuir para conservação + Proteger + Promover a educação e o desenvolvimento sustentável +

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12
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Principais culturas econômicas do Nordeste (6)

A

Ceará = algodão de fibra-longa + porto de Pecém (offshore) + complexo industrial e portuário de Pecém + carcinicultura

RN = carcinicultura + agricultura (rio açu e piranhas)

Pernambuco e bahia = petrolina e juazeiro + barragem de sobradinho = frutas

Matopiba = soja = cidades de barreiras + br-153 + ferrovia carajás + porto de itaqui (maranhão) = destaque a cidade de luiz eduardo magalhães

Maranhão = projeto grande carajás = grandes empresas de transformação (alumar) + porto de itaqui

Alagoas = sal-gema

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13
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Acesso à terra por estrangeiros no BR (10+)

A

Aprovado novo projeto de lei de acesso à terra por estrangeiros no Senado em 2020 (segue para o Congresso)

A lei atual é de 1971 (Governo Médici) = crítica a aquisição de terras por estrangeiros = empresas que não são autorizadas a atuar no Brasil e estrangeiros não residentes ficam proibidos de adquirir terras no país / ** O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) precisa autorizar a compra de terras de grande porte por essas companhias / há limite de 50 módulos de exploração indefinidas para pessoas físicas e 100 para PJ ** / o módulo varia de acordo com o munícipio / áreas acima dos módulos permitidos, necessitam de autorização do Congresso Nacional para serem negociados para empresas de fora

A Lei também limita a 25% dos territórios municipais pertencentes a estrangeiros (sendo 10% o limite para empresas de uma mesma nacionalidade, passando a ser 40% no novo projeto de lei) / a lei diz que a compra por estrangeiros de terras em “área considerada indispensável à segurança nacional” precisa ser aprovada pelo Conselho de Segurança Nacional

Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo no final de 2018 mostrou que menos de 1% do território nacional pertencia a estrangeiros naquele na / depois da crise de 2009 e o boom da commodity, o interesse por terras cresceu no país, retomando as restrições de acesso à terra por estrangeiros que haviam sido suspensas por entendimento da AGU de 1994-2010 / As aquisições que tinham sido feitas nos 16 anos anteriores não foram alteradas ou revisadas /

O projeto de lei aprovado pelo Senado revoga a lei de 1971 e instala um novo regime = retira boa parte das restrições de aquisições, facilita o arrendamento, desde que observado o princípios da função social da propriedade / o projeto mantém a necessidade de acionamento do Conselho de Defesa Nacional em alguns casos = compras na Amazônia, compras de terras por ONGS estrangeiras

Alguns argumentam contrariamente à aquisição por estrangeiras por encarecer o preço da terra e por consequência dos alimentos (prejudicial a segurança alimentar) + afronta a soberania nacional

Observação: Lei de terras = Lei 601 de 1850 = Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra / Exceptuam-se as terras situadas nos limites do Imperio com paizes estrangeiros em uma zona de 10 leguas, as quaes poderão ser concedidas gratuitamente.

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Geografia Moderna (Científica)

1- dois principais autores e nome de suas principais orbas

A

Surge com as obras de Alexander von Humboldt 1769-1859 e Carl Ritter (1779-1859)

Iinfluenciada pelos Gregos (Ptolomeu e Estrabão = coordenadas), Árabes (cartografia), Emmanuel Kant

Impulsionada pelas instituições de ensino superior e das sociedades geográficas patrocinadas pelos Governos (Ex: Conferência Internacional de geografia em 1876 pelo rei Leopoldo II) (1821 na França e 1838 no BR) / sistematização de uma disciplina a serviço do Estado alemão nascente = 1815 = formação da Confederação Germânica (eclosão da geografia) = busca por cientifização da geografia (institucionalização)

Alexander von Humboldt (prussiano) = a natureza é um todo vivo / expedições as Américas / teia de vida / visão poética da natureza / medições precisas para formar lei generalistas / observação e descrição / natureza e clima interligados / influencia Charles Darwin / olhar sistêmico / enciclopedista e extremamente descritivo / estabelece o princípio da causalidade (tudo há uma causa e um efeito)

Carl Ritter = geógrafo de gabinete / professor de Marx / leis mais regionais

Comparação entre fenômenos para destacar suas peculiaridades (Geografia Geral Comparada / Geografia Regional) / Os estudos de Humboldt, mais ligados à áreas como botânica, pedologia e geologia, e os de Ritter mais próximos à história, ilustram uma marca da geografia que é a valorização da relação sociedade-natureza / o nome do livro mais importante de Humboldt era “Cosmos” e o de Ritter “Geografia Comparada” / Humboldt foi o último enciclopedista.

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Friedrich Ratzel (1844-1904) (10+)

A

DETERMINISMO E ESPAÇO VITAL (LEBESRAUM) / assim como um organismo, um território precisa de espaço mínimo para sobreviver e, por conseguinte, desenvolver-se / o período era de expansionismo das potências europeias / obras antropogeografia e geografia política = (líder da escola determinista = meio > homem) = escola alemã – “o homem é um produto do meio” “escola determinista” ou “determinismo; o geográfico” / “PAI da geopolítica” / Influencia a geografia e a geopolítica /

Geografia = as condições naturais influenciam e moldam o homem / os recursos naturais são escassos e o homem deve protege-lo, dando origem aos Estados e ao “espaço vital” = Lebensraum

Lei do crescimento espacial dos Estados / ESTADO como organismo vivo / geografia que caminha junto ao realismo político / Sobrevivência do Estado no sistema internacional anárquico / Escreve durante a unificação alemã e legitima o expansionismo de Otto von Bismarck (1815-1898) / Imperialismo como sobrevivência / fundador da geografia humana

Traz a história para a geografia / influencia diretamente no “determinismo geográfico” de Lamarck e Darwin / o meio natural exerce uma dominação sobre o homem / base das teorias de superioridade racial da época, da expansão capitalista neocolonial e da “escola ambientalista” (ecologia) – a medida que a natureza da suporte para o desenvolvimento e existência do homem (menos drástico) / determinismo natural

Obra de destaque = teorizando geograficamente o Estado (1897) dialoga com o realismo das relações internacionais = Estado e poder

A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães

Desenvolvimento do Estado para RATZEL = população e recursos naturais do território / progresso = aumento de território (fracasso = sua perda) / espaço vital = equilíbrio entre população e os recursos para suprir suas necessidade

Foi a ascensão do Determinismo, na Alemanha, que a geografia moderna tornou-se científica. Posteriormente, o Possibilismo de Vidal de La Blache surgiu, mas não se pode afirmar que foi em resposta ao Determinismo de Friedrich Ratzel, nem que chegou a superar as ideias do autor alemão / criou o princípio da Extensão ou Localização, o qual afirma que ao se estudar uma área primeiro deve-se fazer sua localização e limitação no mapa

Rudolf Kjellen (1864-1922) (Suécia) = Cunhou o termo geopolítica, em 1899. O seu trabalho foi influenciado por Friedrich Ratzel. Com Alexander von Humboldt, Karl Ritter e Friedrich Ratzel, Kjellén lançou as bases da geopolítica alemã, que mais tarde seriam aproveitadas por Karl Haushofer / Kjellén fundou uma nova ciência política, dedicada a descrever o Estado: “o Estado em toda a sua totalidade, tal como se manifesta na vida real”. Enumerou, assim, os atributos do poder: geografia (analisada pela geopolítica), economia (analisada pela geoeconomia), sociologia (analisada pela sociopolítica) e política (definindo a forma, o poder e a vida do Estado) / Trata-se de uma abordagem pejada de determinismo. Afirma que: “Os Estados são seres sensíveis e razoáveis - como os homens” / Geopolítica Clássica (1870-1950) = Estado no centro da discussão

TEXTO PARA LEITURA (NEOCOLONIALISMO E RATZEL X LA BLACHE)

Em sua obra fundamental, Antropogeografia, Ratzel procurou as razões para a distribuição geográfica das comunidades humanas, identificando que estas comunidades estariam subordinadas, de forma determinante, ao meio natural e geográfico no qual estavam inseridos;

Dessa forma, a Escola Determinista estabelece, por exemplo, que indivíduos originários de ambientes naturais hostis (como é o caso das regiões de climas com frio intenso), apresentam-se mais desenvolvidos, em termos físicos e intelectuais, porque esses ambientes exigem maior capacidade individual e maior organização social para suportar e sobreviver às adversidades impostas pelo meio. Seguindo esta linha de raciocínio, a Escola Determinista contribuiu diretamente para o desenvolvimento da noção de superioridade do povo alemão, que teria, por consequência, a obrigação de subjugar povos mais fracos, como os povos dos trópicos, que eram vistos como mais indolentes;

O Determinismo Geográfico não apenas foi o principal argumento pelo qual se buscou justificar às pretensões colonialistas alemãs, como também foi usado, já no século XX, como instrumento para o desenvolvimento das ações que viriam a ser implementadas pela Alemanha Nazista;

O comportamento do Estado moderno foi outro ponto de estudo importante para Ratzel. Segundo suas teorias, o Estado seria o elemento fundamental responsável pela construção, defesa e expansão do território de uma nação – ele via o Estado como um organismo vivo. Partindo desse pressuposto, o conceito do Espaço Vital (Lebensraum) seria o espaço fundamental para a consolidação e a manutenção do poder do Estado, com isso, a população residente nele teria todos os fatores naturais necessários à sua sobrevivência e ao seu fortalecimento, o que ampliaria, por conseguinte, sua capacidade de expandir e dominar novos territórios, incorporando-os em seus domínios;

A ideia fundamental da escola francesa foi identificar que existem inúmeras possibilidades de influências recíprocas entre o homem e o meio natural. Nesse sentido, mesmo que na visão possibilista se admita a influência da natureza sobre os indivíduos, aponta-se para a racionalidade humana ativa.

Assim, ao ir diretamente de encontro às teses deterministas, a Escola Possibilista tinha a intensão de criar argumentos para tentar frear o ímpeto colonialista alemão, que ameaçava diretamente os interesses e os domínios da França neocolonialista.

Determinismo Ratzeliano = valoriza o conceito de TERRITÓRIO

Possibilismo de La Blache = valoriza a PAISAGEM, gêneros de vida e região

Método regional = REGIÃO

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Paul Vidal de la Blache, França (1845 – 1918) (10+)

A

GEOGRAFIA FRANCESA (1870) / ESCOLA POSSIBILISTA*** = GEOGRAFIA REGIONAL = INFLUÊNCIA RECÍPROCAS ENTRE HOMEM E NATUREZA = A NATUREZA NÃO DETERMINA A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE = Homem como ser racional é o elemento ativo que atua no meio = diferentes escolhas humanas em cada área geográfica

Criou uma enciclopédia com a geografia regional de diferentes partes do mundo – REGIÃO E PAISAGEM = conceitos chaves / o ser humano é influenciado pela geografia e natureza, e transforma o meio em que vive (traz o tempo e a história até a geografia)

Difere de Ratzel que acredita que as condições naturais > influenciam o homem / defesa da geografia regional (não há visões totalizantes, diferente de Von Humboldt), cada realidade é especifica / regionalismo extremamente descritivo

A guerra franco-prussiana é considerada episódio central para o desenvolvimento da geografia na França, visto que a derrota francesa foi creditada, em parte, à superioridade da reflexão e do conhecimento geográfico alemães

La Blache trouxe para a Geografia a importância do tempo e da história para os estudos geográficos

O conceito de gêneros de vida de Paul Vidal de La Blache tem como base a constatação de que os grupos humanos desenvolveram técnicas ao longo do tempo para aproveitar as possibilidades oferecidas pela natureza para o desenvolvimento humano /

POSSIBILISMO = natureza como fornecedora de possibilidades para a modificação humana, não determinando a evolução das sociedades, sendo o homem o principal agente geográfico / homem como elemento ativo, mesmo que haja influência do meio

LA BLACHE = crítica ao expansionismo germânico + legitima a ação COLONIAL francesa + desrespeito as fronteiras hstóricas europeias significa agressão, por serem produtos de um longo processo de civilização + Ásia e África eram sociedades ESTAGNADAS, imersas no localismo, vegetando lado a lado, sem perspectiva de desenvolvimento e que deveriam ser colonizadas.

Paul Vidal de La Blache, fundador da geografia moderna francesa, acreditava ser possível buscar na geologia, no clima, no relevo e na hidrografia razões para a compreensão da repartição dos homens e a posição das cidades, porém ressaltava que os problemas fundamentais aparecem somente após o tratamento cartográfico dos dados – CERTO TPS 2023 – LA BLACH É BEM PARECIDO COM RATZEL SOB ALGUNS ASPECTOS

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Alfred Mahan (1840-1914) (5-7+)

A

Alfred Thayer Mahan foi o responsável pela criação da chamada “Teoria do Poder Marítimo”, a qual foi dissertada em sua obra “The Influence of Sea Power
upon History” (1660-1783). Nela, ele teorizou acerca da história naval britânica objetivando compreender como fora possível a Inglaterra dominar os mares por mais de três séculos, e continuar dominando até aquele momento.

Priorizava o poder naval afirmando que o país que possuísse o controle dos oceanos, também possuiria o controle do poder do global – a exemplo do que tivera sido o Reino Unido.

Com base nas ideias desse teórico, os Estados Unidos investiram significativamente em marinha, tanto no Pacífico quanto no Atlântico, inclusive, no próprio Canal do Panamá que possibilitaria a integração dessa grande frota

Cunhou a designação Médio Oriente, hoje tão em voga.

Em sua homenagem, a Marinha americana tem dado o nome de USS Mahan a vários navios

A sua obra também influenciou as doutrinas navais de todas as Potências no período entre as Primeira e a Segunda Guerra Mundial. As obras de Mahan foram traduzidas para japonês e muito utilizadas como texto de estudo no Japão / Mahan defende uma aliança atlântica com a Inglaterra (não é essencialmente isolacionista)

Em síntese, Mahan objetivava, através da sua teoria, conduzir os Estados Unidos ao papel de grande potência, tendo a questão do poder marítimo importância chave nesse contexto;

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Sir Halford John Mackinder (1861-1947)

1- nome de sua obra e ano de publicação

2- nome de sua teoria

3- três principais áreas de sua teoria

A

HALFORD JOHN MACKINDER = geopolítico inglês / publicou “The Geogaphical Pivot of History”, na Real Sociedade Geográfica de Londres em 1904

** Criou a TEORIA DO HEARTLAND **

PIVÔ GEOGRÁFICO (HEARTLAND) -> INNER CRESCENT - OUTTER CRESCENT

Importância da EURÁSIA no controle do mundo = pivô geográfico = grade quantidade de recursos naturais / mares gelados no norte / vão das grandes florestas e grandes planícies e estepes do centro da Eurásia, até os ricos campos ucranianos e as grandes reservas petrolíferas do Mar Cáspio

Heartland é a área mais extensa de planície no mundo, isoladas geograficamente – com rios endorreicos (termina no próprio território) ou que desaguam nas águas geladas, protegidos também pela cadeia do Himalaia e os Urais.

INNER CRESCENT circunda o heartland (cinturão)

OUTTER CRESCENTE ou crescente insular externo = margens do mundo = dominada pelas potências marítimas

Ideia geopolítica inglesa de manter a RÚSSIA (heartland) afastada da ALEMANHA (maior potência industrial da Europa) na I Guerra Mundial

Crimeia = doada a Ucrânia em 1954 (desestalinização) em troca da manutenção de bases navais em SEVASTOPOL, no mar negro = acesso ao INNER CRESCENTE e águas quentes do mediterrâneo (sede da base russa no mar negro) = reafirmação das ideias de Mackinder

Geopolítico britânico que valorizava o poder terrestre da Rússia, criou a tese do “heartland” (coração da terra) ou “área-pivô” que abrangia justamente partes do território da Rússia e do Leste Europeu. A área geopolítica mais importante do planeta

Em 1904 ***, publicou o paper The Geographical Pivot of History,no qual formulou, na Real Sociedade Geográfica de Londres, a Teoria do Heartland, que influenciaria a política externa das potências mundiais desde então. Ele também defendia a divisão do mundo entre potências terrestres e marítimas, como houve na Primeira guerra Mundial

A principal área de interesse geopolítico era o centro da Eurásia, ocupado pela Rússia. Para avaliar como sua tese correspondeu aos fatos, pode ser útil subdividi-la em alguns aspectos: integração pelas ferrovias; existência ou inexistência de barreiras naturais de proteção; expansão sobre terras marginais e aquisição de significativa capacidade naval; possibilidade de aliança entre Rússia e Alemanha; a mais importante

Sua tese pressupunha uma expansão plena de rede ferroviária russa, o que permitiria a integração do território e mobilização eficiente dos recursos naturais disponíveis

Por fim, o aspecto mais importante da obra é a percepção que o controle da Europa Oriental leva a um controle do Heartland, que leva ao controle da Ilha-Mundo, que leva ao domínio mundial

A despeito de dominar o Heartland, a URSS não dominou a Ilha-Mundo, nem o Mundo. Agindo em consonância com a tese do Rimland de Spykman, e os Estados Unidos fizeram uma rede de contenção ao Hertland, o que impediu o domínio completo pelos soviéticos. Com isso, a tese de Mackinder não se verificou

Mackinder utilizava o termo PIVOT GEOGRÁFICO (1904), somente mais tarde passou a ser chamada de HEARTLAND (1919) (área de muitos recursos protegidas pela geografia) / Mackinder altera várias vezes as áreas abrangidas pelos heartland ao longo de sua vida (é mais uma ideia estratégia, reescrito ainda seu último artigo em 1943)

O britânico Halford J. Mackinder é considerado como o “pai” da geoestratégia. Ele foi o responsável por enunciar, em 1904, a “Teoria do Poder Terrestre” – ou “Teoria do Heartland” (contraponto a importância do domínio do mar para Mahan)

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Karl Ernst Haushofer (1869-1946) (10+)

A

General e geopolítico alemão (o Estado é o elemento chave da geopolítica) (vem depois de Humboldt, Ritter e Ratzel) / Importante autor para a cartografia geopolítica / tem como base as ideias de Friedrich Ratzel, do espaço vital e de H. Mackinder

Principal impulsionador da escola de Geopolitik Alemã (geopolítica) / influenciou o desenvolvimento de estratégias expansionistas (inclusive o nazismo)

Desenvolve a teoria da Pan Região em 1930 = separa o poder em 4 frações autônomas e independentes (Américas + Europa e África + Leste Europeu com Rússia e China + Países do pacífico – Índia, Japão e Austrália – 4 gomos que vão de norte ao sul) (influenciou os blocos econômicos) que possuíam autossuficiência econômica – espaços autárquicos – dotados de um centro e uma periferia ou zona de influência (países metropolitanos, colonizados e dependentes)

** Espaço como poder (força política) **

Suicidou-se em 1945 enquanto aguardava a sentença do Tribunal de Nuremberg

Em 1941, ele argumentou que a mais importante tarefa da época era a construção de um bloco continental da Alemanha, passando pela União Soviética, até o Japão, como um forte contrapeso ao poder global britânico - Esse heartland seria construído voluntariamente pelo mútuo acordo entre as três potências (domínio do sistema internacional)

Oficialmente as 4 panregiões são: Pan-América (zona de influência norte americana), Euráfrica (zona de influência alemã), Pan-Rússia (zona de influência russa) e Pan-Ásia (zona de influência japonesa)

Na teoria de Karl Haushofer, a neutralização do Império Britânico, principal potência à época, cuja influência era exercida em escala global, era um dos pontos fundamentais

ESPAÇOS AUTÁRQUICOS ** constituindo panregiões

Para Karl Haushofer, o poder terrestre é mais importante do que o poder marítimo (contrário a Mahan)

Pan-regiões para NEUTRALIZAR a Inglaterra / chama a Inglaterra de pan-região fragmentada por ter colônias espalhadas por todo o globo

O geógrafo alemão Karl Haushofer foi responsável por converter a Teoria do Heartland, de Mackinder, em um importante fundamento estratégico para o estabelecimento de uma potência alemã com verdadeiros poderes de influência global. Dessa forma, ele indicou o equilíbrio de poder entre as “potências
terrestres” e as “potências marítimas”, havendo, portanto, a necessidade de se estabelecer as chamadas “pan-regiões”, que seriam baseadas no controle de recursos disponíveis nos territórios terrestres (sendo, dessa forma, Haushofer,
um teórico continentalista).

Haushofer também foi um importante estrategista do III Reich. Suas ideais se baseavam na necessidade de a Alemanha realizar “alianças naturais” (em especial com a Rússia e com o Japão), para, assim, poder sobrepujar o poder naval britânico – mesmo que para isso fosse necessário colocar de lado as diferenças ideológicas existentes entre a Alemanha e a Rússia. Nesse sentido, a Rússia possuía importância cabal, pelo fato de que, além de grandes reservas de recursos minerais e energéticos, o território russo (e soviético) apresentavam também vastas áreas de solos férteis, com notáveis produções agropecuárias.

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20
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NYCHOLAS J. SPYKMAN (1893-1943) (10+)

A

Nascido na Holanda e radicado nos EUA / formulou a teoria do Rimland e é considerado um precursor da “Estratégia de Contenção” do pós-II Guerra

Como Cientista Político é considerado um influente pensador da corrente clássica de pensamento Realista na política exterior norte-americana, trazendo o pensamento geopolítico europeu para os Estados Unidos

Parte da interpretação geopolítica de Sir Halford John Mackinder a respeito da teoria do Heartland

Spykman compartilha com Mackinder a ideia da unicidade da superfície líquida do planeta e da divisão da superfície terrestre em grandes blocos insulares formados por uma série de ilhas-continente”

O conceito de Rimland de Spykman é semelhante ao de “crescente interior”, ou área da Eurásia no entorno do Heartland. A diferença é que para Spykman, o papel do Rimland é central. Esta região seria a chave das disputas geopolíticas mais importantes da Eurásia. Quem dominasse o Rimland, decidiria o futuro da Eurásia, a “ilha-mundo” de Mackinder / O que para o Mackinder era periferia, para o Spykman era o principal

Ele partiu das ideias de Halford Mackinder, mas modificou sua tese central: para Spykman, quem tem o poder mundial não é quem controla diretamente o “coração do mundo”, mas quem é capaz de cercá-lo, como os Estados Unidos fizeram durante toda a Guerra Fria e seguem fazendo até os nossos dias

Na visão de Spykman, era o cerco potencial da América pela Eurásia ou da Eurásia pela América que definiria neste século as grandes linhas da política mundial / aliança para derrotar o Eixo na II Guerra se desfez assim que ele foi derrotado, e a estratégia americana passou a ser a contenção da URSS dentro dos limites do Heartland, ou seja, a tentativa de impedir que esta controlasse o Rimland e obtivesse uma saída para mares abertos que lhe permitisse projetar forças mundialmente

Desta forma, os conceitos analíticos de Spykman, influenciaram a estratégia americana no início da Guerra Fria, incluindo a postura de George Kennan, com a criação de um “cordão sanitário” em todo o entorno (Rimland) da União Soviética (Heartland), para conter o “comunismo”. O padrão defensivo deste “cordão sanitário” rapidamente ganha um caráter ofensivo com o início da Guerra Fria e a criação de uma rede de alianças entre os EUA e países do Rimland (OTAN, SEATO, Cento, OTASE, Pacto de Bagdá)

Spykman definiu o continente americano, do ponto de vista geopolítico, como primeira e última linha de defesa da hegemonia mundial dos EUA. Assim, manter a supremacia na América do Norte e Caribe somada à hegemonia na “ilha-continente” América do Sul, era fundamental para o sucesso da estratégia global americana, podendo mesmo ser considerado como o primeiro grande pilar da hegemonia global dos Estados Unidos.

Na América do Norte e Caribe não existiriam ameaças reais ou potenciais críveis. Mas na América do Sul, a região do chamado ABC (Argentina, Brasil e Chile), poderia articular uma aliança antiamericana, que na visão de Spykman, nunca poderia ser tolerada

Na prática a guerra direta não foi o padrão de resposta americano durante a Guerra Fria. Este modelo de resposta com “guerra externa” de Spykman acabou substituído pelo padrão de Henry Kissinger, de “guerra interna”, em que foram utilizadas as forças armadas e policiais locais contra setores de suas próprias populações nacionais

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21
Q

Realismo Político (10+)

A

A Geografia Clássica e o Realismo Político compartilham de diversos parâmetros comuns, por exemplo, a preponderância do Estado no sistema internacional e as dinâmicas mundiais pautadas pela noção de poder.

Não há autoridades acima dos Estados / Por reconhecer a exclusividade dos Estados como atores internacionais, o realismo político coaduna-se com os parâmetros da geopolítica clássica.

O realismo político é uma abordagem de Ciência política e Relações internacionais / 2 conceitos-chave: poder e conflito / natureza humana = egoísta, predatória e propensa à conquista / desejo de poder e segurança / busca dos próprios interesses = formação dos Estados, que por sua vez, busca o próprio interesse nacional / sistema internacional anárquico e inseguro (estado de natureza hobbesiano), cada Estado deve se garantir a manter o equilíbrio de poder, minimizando inseguranças ligadas a ameaça externas / ** objetivo = estabilidade e não a paz / paz = objetivo utópico **

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22
Q

GEOGRAFIA NOVA (1950-1970) (também chamada de Geografia TEORÉTICA OU NOVA GEOGRAFIA OU GEOGRAFIA QUANTITATIVA)

A

Também chamada de Geografia Pragmática ou Quantitativa (1950) / Geografia Quantitativa (Nova Geografia, Geografia Teorética e Geografia Pragmática)

Surgimento: Pós 2ª Guerra

Crítica a geografia tradicional (insuficiência) (não prática) / rompimento com La Blache e a geografia regional clássica, fazendo uso de modelos, racionalização, uso de ciências duras (matemática) + Rigor metodológico

Essa geografia é um meio de poder estruturado pelos Estados capitalistas que haviam saído mais fortalecidos do conflito (Estados Unidos e Reino Unido sobretudo), que visavam, dentre outras condições, a um processo de recuperação e de retomada do crescimento econômico de forma mais eficiente.

Maior expoente: Walter Christaller

Protagonistas: Tuan, Relph, Buttimer e alunos da Clark University; Frémont, Ley, Eyles, Peet, Harvey, D. M. Smith, Gregory

Contrária ao determinismo natural / uso da estatística / busca de leis / pós moderna, feminista, pós-colonial /

Ela também é conhecida como o Método Estatístico, tendo em vista que faz uso dos números de análise matemática (neopositivismo lógico) para gerar, tanto um planejamento governamental mais eficiente quanto um domínio mais lucrativo sobre os elementos presentes nas diversas porções do espaço geográfico.

Refuta completamente a ideia do dualismo entre as ciências naturais e as ciências sociais.

Outras características = maior rigor científico nas análises + objetivo de produzir uma linguagem que seja compreensível para todos os ramos científicos, por meio de razão lógico-matemática clara e objetiva

Algumas críticas contundentes proferidas com relação à Escola Quantitativa estão relacionadas com sua análise sobre o meio natural e sobre o seu modo geral de análise do espaço.

Sobre a natureza, os geógrafos quantitativos a consideram como um espaço geométrico, fechado e hierarquizado, que se presta basicamente ao fornecimento de recursos para o desenvolvimento do sistema capitalista, recursos esses que são explorados a partir das ações governamentais.

Já em relação ao modo de análise geral do espaço, as críticas ficam por conta da sua visão de que o espaço é homogêneo, fato decorrente da não observância das peculiaridades que cada porção do espaço geográfico apresenta.

Outro aspecto controverso da Escola Quantitativa é o fato de que, devido ao seu método fatorial, os indivíduos perdem sua identidade transformando-se em números estatísticos, o que acaba por desenvolver um conhecimento geográfico impessoal e pouco relacionado aos verdadeiros interesses da sociedade.

** No Brasil, a maior representação da Escola Quantitativa fica a cargo do IBGE – o mesmo acontecendo com vários outros países, que têm em seus institutos de pesquisas importantes balizadores do processo de identificação dos fenômenos diversos que se formam sobre o espaço **

Surgem diversas variações de Geografia crítica – Marx e Milton Santos = Para ele o espaço é social, produzido pela sociedade, é uma instância da sociedade

Troca-se o empirismo da observação direta por um empirismo mais abstrato, dos dados filtrados pela estatística / A geografia de modelos propõe o uso de modelos de representação e explicação, no trato dos temas geográficos. Há uma articulação entre dados constantes e variáveis, fornecendo, por uma elaboração no computador, os resultados em termos de padrões e tendências / Adoção da Teoria Geral dos sistemas / Cálculos e probabilidades / prever ou antecipar fatos

Entre as críticas da Nova Geografia ou Geografia Quantitativa à Geografia Tradicional destaca-se a acusação de que essa tem uma ótica retrospectiva, isto é, falava do passado, era um conhecimento de situações já consolidadas. Assim, não informava a ação, não previa; logo, era inoperante como instrumento de intervenção na realidade.

Teoria Geral dos Sistemas (1950) = Pautada conceito do Biólogo Ludwig von Bertalanffy = teorias e formulações conceituais que possam criar condições de aplicação na realidade empírica. Partindo do pressuposto que existe uma nítida tendência para a integração entre as ciências naturais e sociais; dessa síntese advém a teoria geral dos sistemas (unidade da ciência) (avaliação como um TODO e não por setores) (Abordagem GLOBAL, INTERRELAÇÃO E INTEGRAÇÃO de assuntos) (Unificação científica)

A Geografia Crítica (Yves Lacoste e Milton Santos) busca a identificação de condições econômicas e a necessidade de ações estatais como sendo essenciais para o estabelecimento de um espaço territorial mais adequado às necessidades da população. NÃO confundir com a corrente da chamada Nova Geografia, também chamada de Escola Teorética ou Quantitativa, que se baseia no planejamento estatal e na análise de dados estatísticos para o maior entendimento dos padrões socioeconômicos existentes.

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Geografia Humanista (1970) (10)

A

A Geografia não mais será aquela que diz como é a superfície terrestre e como essa funciona (Geografia clássica); e nem será apenas aquela que diz como os espaços humanos são produzidos (Quantitativa e Crítica/marxista); mas será aquela que examina como o “espaço produz” o indivíduo (humanística) e a vida social (contemporânea/renovada).

Essa corrente procura ultrapassar o dualismo entre processo cognitivo e a forma espacial e extrai da fenomenologia a vontade de considerar o objeto e o sujeito integrados na unidade vivida da existência e da experiência primitiva nos diferentes domínios. Isso deve se constituir na preocupação central de uma Geografia social do homem

“ESPAÇO” COMO ELEMENTO CENTRAL / VALORIZAÇÃO DA SUBJETIVIDADE DO ESPAÇO / EXPERIÊNCIA DE PESSOAS E GRUPOS EM RELAÇÃO AO ESPAÇO / ENTENDER VALORES E COMPORTAMENTOS / ELEMENTOS MAIS PARTICULARMENTE HUMANOS DO ESPAÇO / ESPAÇO = EXTENSÃO CARREGADA DE SIGNIFICAÇÕES

Geografia humanista é a corrente da geografia que pesquisa as experiências das pessoas e grupos em relação ao espaço, com o fim de entender seus valores e comportamentos / autores = Yi-Fu Tuan, Anne Buttimer e Armand Frémont

Geografia Humanista (1970-1980) (5) = ampliação do conceito de espaço + subjetividade da realidade + “espaço vivido” = experiências pessoais e particularismos + LUGAR como ideia central + esforço para proteção do lugar (IPHAN e UNESCO) + experiência subjetiva do espaço

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24
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Geografia crítica ou marxista *** (7+)

A

Encontra fundamento nas obras escritas pelo pensador alemão Karl Marx (1818-1883), porém surge nos anos de 1960 a 1970 - as problemáticas urbanas exigiram novo arcabouço geográfico.

Surge após o estabelecimento da Nova Geografia (Quantitativa), tendo como objetivo de romper, ao mesmo tempo, com os paradigmas da Geografia Tradicional e com a ideia de expansão e domínio das grandes potências capitalistas no ambiente do pós-2ª Guerra Mundial e da Guerra Fria, aos quais fazia severa “crítica” (daí a ideia de Geografia Crítica).

A análise não é feita de forma isolada, tendo em vista que o meio natural é observado conjuntamente com os espaços humanizados.

Esse método buscou evidenciar a importância da ação do Estado como agente organizador do espaço e supridor das necessidades essenciais das populações

A Geografia passou a ser vista como uma forma - um meio - de luta social, sendo, portanto, um instrumento para a modificação da realidade de dependência e de pobreza, as quais muitas sociedades estavam submetidas (Geógrafos e Geografia engajada)

Diversos geógrafos trabalharam com a Escola Crítica, dentre os quais, destacaramse: Pierre George, Manuel Castells, Henry Lefevbre e Yves Lacoste (no cenário internacional); e Manuel Correia de Andrade e Milton Santos, no cenário nacional.

Esta tendência é centrada na observação ANALÍTICA dos processos ocorridos na sociedade. Entre esses processos podemos citar a desigualdade, o subdesenvolvimento e a pobreza. A principal finalidade da geografia radical é o melhoramento da compreensão das ligações homem-meio como mudança anterior para o direito de alteração dos aspectos ruins da vida real. Esta facção, em oposição ao poder político, coloca a geografia ao alcance da sociedade e aparece como tentativa de responder às desigualdades sociais que existem no mundo / Busca pela transformação da realidade social / conteúdo político de conhecimento científico / GEOGRAFIA MILITANTE

Geografia Crítica Radical (1960-1970) (7) = novas problemáticas (minorias, feminismo, migrações) + olhar marxista + Espaço passa a ser o conceito central + destaque a Milton Santos e David Harvey (Por uma Geografia Nova / Justiça Social e a Cidade / conceito de acumulação flexível) + outro autor Yves Lacoste + espaço passa a ser organizado pelo homem raízes históricas e determinações sociais do espaço

David Harvey = conceito de “acumulação flexível” = reestruturação dos modos de produção capitalista CÍCLICOS devido ao engessamento da produção (fordismo -> pós-fordismo -> toyotismo)

Seria, como afirma Milton Santos, uma forma-conteúdo em que um processo vivo de construção tem lugar. Milton Santos trabalha, para além do conceito de espaço, aquele de paisagem. Para o autor baiano, o conceito de paisagem seria importante, pois é através dele que se percebem as “acumulações desiguais de tempo”, que são centrais para as análises geográficas.

Ao afirmarem que nada ocorre despropositadamente, centram no conceito de espaço a sua crítica, pois este ofereceria os instrumentos e revelaria os agentes que atuam na construção da história e na transformação da sociedade.

Essa perspectiva negava a autonomia do homens na produção do espaço geográfico, na medida em que este era resultado das relações de produção ou infraestrutura.

Segundo Harvey, o capitalismo, de tempos em tempos, sofre processo de engessamento que dificultam a acumulação de capital, o que leva a uma reestruturação dos modos de produção.

A Geografia Crítica (Yves Lacoste e Milton Santos) busca a identificação de condições econômicas e a necessidade de ações estatais como sendo essenciais para o estabelecimento de um espaço territorial mais adequado às necessidades da população. NÃO confundir com a corrente da chamada Nova Geografia, também chamada de Escola Teorética ou Quantitativa, que se baseia no planejamento estatal e na análise de dados estatísticos para o maior entendimento dos padrões socioeconômicos existentes.

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Milton Santos (1926-2001) (20+)

A

Destaque para urbanização no mundo e globalização (1990) / revolucionou a geografia urbana / grande nome da renovação da geografia BR em 1970 / obra crítica ao sistema capitalista (geografia crítica) / primeiro e único geógrafo da américa latina premiado com o VAUTRIN LUD (1994)

Não adota o modelo de centro e periferia, mas uma noção de espaço

Principal obra = A Natureza do espaço (1996) / trabalha o conceito de espaço (diferente de paisagem)

Espaço é mais abrangente e inclui processos de mudança social, econômico e político da sociedade +

Paisagem = adaptação das necessidade humanas em um dado período / paisagem se altera, renova e adapta para atender os novos paradigmas do modo de produção social

Conceito de Sistema de ações e Sistemas de Objetos = ações humanas interagem a todo tempo com objetos ao mesmo tempo que ocorre a chamada evolução do “meio técnico” para o “meio técnico-científico” e, por fim, para o “meio técnico-científico-informacional” (após 1970) (a natureza deixa de ser a parte mais significativa do ambiente e o homem se torna independente do determinismo da natureza) (Além disso, o poder do Estado é relativizado pelas internacionalizações de grandes empresas, mundialização do sistema financeiro, atuação em rede possibilitados pelos avanços)

ESPAÇO E LUGAR (MILTON SANTOS)

Crítico da Nova Geografia (neopositivista + técnicas estatísticas) e proposição da Geografia Nova (crítica ao poder e de pensamento marxista) = trabalha o caráter social do espaço / O conceito de espaço é mutável (remodelado), relaciona passado e presente e NÃO transcende o contexto social / O entendimento de lugar como eixo de sucessões, eixo de tempos internos, de coexistências de tempo e espaço conduz às ideias de desterritorialização ou de desculturalização / O geógrafo Milton Santos define espaço como acumulação desigual de tempos. Para o autor, a cada momento da história, há um espaço diferente. O espaço NÃO transcende o contexto social (coabita)

MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL

Um dos conceitos mais difundidos e explorados por esse geógrafo foi a noção de “meio técnico-científico informacional”, que seria a transformação do espaço natural realizada pelo homem através do uso das técnicas, que se difundiram graças ao processo de globalização e a propagação de novas tecnologias

Divisão de Milton Santos e Maria Laura Silveira = critério principal foi o “meio técnico-científico-informacional”, isto é, a informação e as finanças estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território brasileiro, determinado “quatro brasis”: AMAZÔNIA (exclui o Tocantins) – CENTRO-OESTE – CONCENTRADA – NORDESTE (similar à do IBGE)

Região Concentrada = Sul e Sudeste junto (inclui ES) (total 7 estados) = é a região que reúne os principais meios técnico-científicos e as finanças do país / regionalização mais utilizada no meio acadêmico / porém a mais usual é a divisão regional de cinco regiões do IBGE

O novo REGIC reforça o conceito de Região Concentrada, de Milton Santos, pois agora todas as capitais de estado desse recorte regional possuem status de metrópole. Além disso, na Região Concentrada temos a única cidade de interior definida como metrópole, Campinas, e uma cidade interiorana com status de Capital Regional do tipo A, Ribeirão Preto

O geógrafo Milton Santos deixou, como um dos seus principais legados teóricos, a noção de Meio técnico-científico-informacional, que corresponde à evolução dos processos de produção e reprodução do meio geográfico

GLOBALIZAÇÃO

Crítico a globalização (não vai durar, não é a única possível, é perversa e sem finalidade) / faz a análise do território BR em uma nova regionalização (4 grandes regiões)

Milton Santos NÃO corrobora com o conceito de ALDEIA GLOBAL

A localidade opõe-se à globalidade, mas também se confunde com ela, segundo Milton Santos. A análise de Milton Santos não se coaduna com os mitos da aldeia global, da redução das distâncias ou da morte do Estado, porém reconhece o fenômeno da globalização, o que torna difícil falar em oposição à globalidade e manutenção da integridade;

POBREZA

Divide a pobreza em três ramos em seu livro “Por uma outra globalização” (aborda a dívida social) / Todas sob o efeito da globalização perversa: marginalidade, incluída e estrutural globalizada

1) A pobreza-marginalidade = mais ampla e nacional, combatida pelo Estado de bem estar social

Associada ao processo econômico da divisão social do trabalho internacional ou interna, a pobreza marginalidade é considerada a doença da civilização e o consumo apresenta-se como o centro da explicação das diferenças e das percepções das situações (é gerada pela divisão do trabalho)

2) A pobreza incluída = uma pobreza acidental *** (não é histórica), às vezes residual ou sazonal, produzida em certos momentos do ano, uma pobreza intersticial e, sobretudo, sem vasos comunicantes / A solução da pobreza incluída é que era privada, local e assistencialista / é local e por vezes acidental, como safras ruins e desastres naturais, combatida com ações afirmativas

3) A pobreza estrutural globalizada (sistemática)

A pobreza estrutural globalizada impôs-se como natural e inevitável nos tempos atuais, pois há uma produção globalizada da pobreza, mais presente, sem dúvida, nos países pobres (assimetrias capitalismo x periferia) (principal crítica de Milton Santos à Globalização) (Banalização da dívida social em que as vítimas foram incluídas, marginalizadas e excluídas respectivamente)

A mobilidade dos capitais internacionais tornou os países em desenvolvimento vulneráveis as crises no século passado, efeito direto da globalização / A crítica de Milton Santos à globalização é justamente ao entendimento da pobreza (por parte dos defensores desse fenômeno) como algo “natural”, o que é uma forma de banalizar a dívida social que vitima os que antes eram “incluídos”, mas que foram “marginalizados” e, atualmente, são “excluídos”

TEORIA DOS DOIS CIRCUITOS (MILTON SANTOS)

A teoria dos dois circuitos da economia urbana foi criada por Milton Santos (circuito superior x inferior), no final da década de 1960, para explicar a urbanização dos países periféricos. O espaço agrário brasileiro é amplamente desigual. Enquanto o agronegócio tecnificado volta-se ao mercado agroexportador em produtos como soja, carnes, milho, entre outros; o pequeno camponês – assentado ou produtor familiar – produz os bens destinados diretamente ao consumo interno como feijão, frutas e hortaliças. Portanto, a divisão territorial do trabalho existente em regiões produtivas do agronegócio é organizada em dois circuitos da economia local: o circuito superior, comandado pelas empresas e produtores hegemônicos do agronegócio, e o circuito inferior, formado a partir da agricultura camponesa não integrada diretamente à agricultura tecnificada

HORIZONTALIDADE X VERTICALIDADE

Conceitos de Milton Santos: Horizontalidade (solidariedade) = pessoas que coexistem naquela área e se conectam e relacionam ao seu entorno

Verticalidade = conexões feitas pelo meio técnico-científico-informacional com uso das infovias. A cidade global potencializa a verticalidade. Não se confunde com verticalização (construção de prédios) / conexões com quem está longe / “Hoje não basta produzir é indispensável pôr a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside a produção.” /

Horizontalidade no conceito de Milton Santos, significa “relação com o entorno”. Contrapõe-se à verticalidade, a qual remete a “conexões à distância”.

Observação: O mito da Desterritorialização (Livro por Rogerio Haesbaert) = esquema T-D-R = as coisas são territorializadas, a tecnologia e a infraestrutura permite uma desterritorialização, gerando uma reterritorialização em outro local.

Haesbaert reivindica a multiterritoriedade, ou seja, a existência de múltiplos territórios acessíveis a todo tipo de gente, incluindo sem-tetos e sem-terras.

“A guerra fiscal é, na verdade, uma guerra global entre lugares” (Milton Santos)

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26
Q

OPEP (10+)

A

Criada em 1960 na Conferência de Bagdá / Rússia não faz parte / controle de produção e preço / forma de se proteger (empresas produtoras) das empresas compradoras (Sete irmãs que dominaram o mercado até 1960 = Shell, Esso, Texaco, etc.)

16 membros atualmente, destaque para: Venezuela e Equador / Guiné Equatorial e Gabão (2017) / Angola (2007) / Indonésia (único asiático) / Arábia Saudita, Irã e Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Catar (no oriente médio)

** OPEP produz aproximadamente 40% de todo petróleo extraído no mundo ** / A participação na produção do Oriente Médio vem caindo de 60% em 1998 para 48% em 2018

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27
Q

Amazônia Azul

1- Área
2- Importância
3- quatro divisões territoriais
4- extensão do pré-sal
5- importância energética
6- Sisgaaz

A

5,7 milhões de área oceânica (metade da massa continental) / No mar estão as reservas do pré-sal e dele retiramos cerca de 85% do petróleo, 75% do gás natural e 45% do pescado produzido no País / importância estratégica, defesa, desenvolvimento sustentável, economia azul, segurança / a amazônia azul está inserida na Estratégia de Defesa Nacional e no Livro Branco de Defesa Nacional.

Divide-se em Mar Territorial = 12M (22km) = soberania plena / Zona contígua extras 12M para controle (acordado pela convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar ) / ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE) – estende-se até a distância máxima de 200 M (370km) (Inclui colocar ilhas artificiais) / PLATAFORMA CONTINENTAL (PC) – a ser estabelecida conforme os critérios técnicos e condicionantes do Artigo 76 da Lei do Mar (Estado exerce soberania para exploração de recursos naturais)

Mar territorial = soberania absoluta e direitos sobre recursos de subsolo, superfície e lâmina d’água

Zona contígua = direitos de fiscalização

ZEE = exploração dos recursos de subsolo, superfície e lâmina d’água

O fundo marinho é considerado um heartland do século XXI por Bertha Becker (assim como a Amazônia e a Antártida) / é a expansão da fronteira econômica brasileira, ou seja, zona econômica exclusiva

Fundos marinhos = fontes de biodiversidade e recursos naturais estratégicos / 90% do petróleo extraído no BR é OFFSHORE / Petrobras exporta essa tecnologia para o mundo / a expansão também gera aumento da influência GEOPOLÍTICA BR no Atlântico Sul = defesa do território e de interesses comerciais

As rochas do Pré-sal estendem-se por cerca
de 800 quilômetros da plataforma marítima
brasileira, do norte da bacia de Campos ao
sul da bacia de Santos, compreendendo
uma faixa que se estende do litoral sul do
estado do Espírito Santo ao estado de Santa
Catarina, com largura de até 200 quilômetros.

Mar como elemento fulcral na desaceleração do aquecimento global, é a geração de energia elétrica a partir de processos marinhos dinâmicos, como ondas, correntes e marés, e termodinâmicos, como gradientes verticais de temperatura e horizontais de salinidade,
além dos processos eólicos que ocorrem sobre
o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)

Além da areia, cascalho, petróleo e gás, pode-se citar:

formas livres de algas calcáreas, como os rodolitos, são potenciais pela alta concentração de carbonato de cálcio e de magnésio; metais nobres, como ilmenita,
mozanita, zirconita e rutilo, ocorrem em praticamente toda a Amazônia Azul, e diversos minerais, como fosfatos, potássio, magnésio, enxofre, carvão ou hidratos de metano, foram observados no ZEE brasileiro.

A exploração desses recursos esbarra em três problemas: a viabilidade econômica em relação ao existente no continente; tecnologias adequadas para
a exploração, possíveis danos ambientais

Por todos os motivos, as delegação BR em Montego Bay (1982) comprovou a posse dos rochedos de São Pedro e São Paulo (não se submergem com a cheia = grandes distâncias da costa = torres de observação da marinha) / Importância estratégica do submarino nuclear = não detectável via satélite, não é visto, instrumento de dissuasão de atos de pirataria ou pretensões de outros Estados

A chamada economia do mar, ou economia azul, revela-se como a nova fronteira da economia mundial, com base no uso sustentável dos oceanos e de seus recursos

Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) = é um Programa Estratégico de elevada prioridade para a Marinha do Brasil, indispensável para a garantia da soberania sobre a “Amazônia Azul” e com potencial imenso para impulsionar o desenvolvimento econômico e tecnológico no País, além de ser um estuário para a geração de empregos.

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28
Q

Bacias hidrográficas (3+)

A

BR responde por 14% das reservas de água doce do mundo / Bacias hidrográficas no Brasil são temas de gestão ambiental e de planejamento em nível internacional, isto é, envolvendo países vizinhos. A lei Nacional de Recursos Hídricos prevê a participação do MRE / 12 Bacias hidrográficas:

Amazônica (maior do planeta, boa para navegar e hidrelétrica), Paraguai, Tocantins Araguaia, Paraná (SP), Uruguai, Atlântico Sul, Atlântico Sudeste (RJ), Atlântico Leste (BA), Atlântico NE oriental, Atlântico NE ocidental, Parnaíba e São Francisco)

Memorizar = pensar em um relógio a partir do Sul em sentido anti-horário, sem considerar o “norte” = Sul, Sudeste, Leste, NE oriental, NE ocidental )

Fronteira oriental brasileira = REINO UNIDO (8) = Ilhas Ascensão, Santa Helena, Tristão da Cunha, Gough, Sandwich do Sul, Georgia do Sul, Órcadas do Sul, Malvinas = cadeia montanhosa submarina (dorsal atlântica = atrito entre placas tectônicas)

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29
Q

4 Principais efeitos do EL NIÑO / LA NIÑA

1- definição

2- dois efeitos no Brasil

A

= fenômeno NATURAL de aquecimento do pacífico, formando um centro de baixa pressão e potencializando efeitos climáticos humanos e naturais no mundo inteiro.

A situação normal é a corrente americana de Humboldt (fria) expulsar as correntes quentes asiáticas. Quando o oposto acontece forma-se o El niño (correntes quentes asiáticas expulsam a corrente fria de humboldt)

La Niña é o fenômeno inverso, em que as temperaturas do pacífico ficam menores

No Brasil, seca mais prolongadas no Nordeste (ausência de inverno no ano) + aumento da seca da Amazônia (menos chuva e mais queimadas **) + volta do ar do EL NINO bloqueia a Massa Polar Atlântica, gerando enchentes na região SUL (La Niña inverte esses processos)

SECA (NORTE), SECA (NORDESTE), CHUVA (SUL)

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30
Q

CONCEITO DE ESPAÇO GEOGRÁFICO

1- Conceito

2- Espaço segundo Milton Santos

3- Diferença entre espaço e paisagem

A

Conceito relacionado as pessoas que o habitam divide-se em social, econômico e cultural de acordo com o local / É a paisagem mais o seu uso (humano) / espaço é sempre atual

Espaço é o acumulo desigual de tempos / é o conceito utilizado por Milton Santos / O espaço geográfico somente surge após o território ser trabalhado, modificado ou transformado pelo homem, ou quando este imprime na paisagem as marcas de sua atuação e organização social. Por meio de seu trabalho, transforma os recursos naturais em coisas úteis e indispensáveis à sua vida, tais como: alimentos, roupas, habitação, energia, etc. ESPAÇO GEOGRÁFICO = ESPAÇO TRABALHADO PELO HOMEM / TERRITÓRIO = Área ampla e engloba áreas vazias (TUDO) / ESPAÇO GEOGRÁFICO = Área que foi já transformada pelo homem

Espaço geográfico = Esse termo designa a relação entre o homem e a natureza, por meio das transformações provocadas pelo ser humano no ambiente natural. Em geral, refere-se à materialização da relação entre o homem e o meio.

A Geografia adota como objeto de estudo o conceito de espaço geográfico. Porém, para analisá-lo, são instrumentalizados outros conceitos, também chamados de categorias geográficas. São eles paisagem, território e lugar

Espaço = uso e paisagem = aparência

Espaço (4) -> Território (5) = Espaço (conceito determinista + Friedrich Ratzel - “Antropogeografia = “Espaço é poder” + o natural é intransponível) evolui para TERRITÓRIO (domínio do espaço pelo homem + formação de Estados Nacional + fonte e limitação do poder e da identidade nacional + “LEBENSRAUM”)

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31
Q

CONCEITO DE (“MEU”) LUGAR (5+)

A

É onde as dinâmicas das relações dos indivíduos são de proximidade e vivências diretas e, ainda, onde cada pessoa busca as referências pessoais e constrói os seus sistemas de valores que fundamentam a vida em sociedade

Forte dimensão cultural, identidade e cotidiano

ALTO grau de SUBJETIVIDADE

Reconhecendo seu conceito antagônico de não-lugar, como espaço criado e SEM IDENTIDADE, como um shopping, um resort ou um aeroporto

O lugar pode se dar na escala local, mas também regional, nacional ou global

O Lugar caracteriza-se pela valorização das relações de afetividade desenvolvidas pelos indivíduos em relação ao ambiente, sendo o resultado de significados construídos pela experiência, com referenciais afetivos desenvolvidos ao longo da vida.

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32
Q

PAISAGEM (3+)

A

Segundo Milton Santos, o projeto de bomba nêutron dos USA, o qual mataria todas as pessoas e deixaria intacta as estruturas (construções), transformaria um espaço em paisagem (espaço é indissociável do ser humano e muda o tempo todo / espaço = uso e paisagem = aparência

A paisagem geográfica pode ser definida como todos os elementos do espaço que os nossos sentidos conseguem perceber e interpretar. A paisagem carrega em si elementos do passado.

A paisagem se constitui a partir da presença em diferentes escalas dos elementos naturais e culturais sobre os quais a sociedade interage e cuja percepção permite a leitura do espectador a partir dos princípios da semiótica, linguística, psicologia e sociologia, não há uma escala determinada, aceitando percepções diferenciadas.

A paisagem é o conjunto de formas que, num dado momento, exprimem as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre seres humanos e natureza. Ela é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal – CERTO

PAISAGEM = É O QUE SE VÊ = FACE VÍSIVEL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO = SOMENTE DESCRIÇÃO (para transformar a paisagem em espaço geográfico seria necessário desmontrar o USO)

A orientação em geografia física, que procura compreender a originalidade global dos ambientes, na ótica ecológica que se está a firmar, tem, na paisagem, a base para a abordagem sintética no que diz respeito ao domínio natural e ao interesse pelas modificações que a atividade humana nele produz – CERTO TPS 2023

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33
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CONCEITO DE TERRITÓRIO (3+)

A

TERRITÓRIO = PODER E LIMITES (muitas vezes não visíveis e dissociados de aspectos políticos) / território = espaço delimitado pelo uso de fronteiras – não necessariamente visíveis – e que se consolida a partir de uma expressão e imposição de poder. Território = fronteiras + poder (não inclui caráter político)

Considera-se que são feições do espaço geográfico que vão além do identificar limites e extensões.
Compreende também o conhecimento da sociedade de que a ele pertence, das razões que o mantém coeso e das relações de poder, uma construção social.

O território é transitório e mutável, depende das relações e escalas temporais.

Território é um espaço definido e delimitado por e a partir de relações de poder. Ele pode ser analisado sob três vertentes básicas:

Política ou jurídico-política: o território é visto como espaço delimitado e controlado, através do qual se exerce um determinado poder.

Cultural ou simbólico-cultural: aquele que prioriza a dimensão simbólica e mais subjetiva, em que o território é visto, sobretudo, como produto da apropriação/valorização de um grupo em relação ao seu espaço vivido.

Econômica: enfatiza-se a dimensão espacial das relações econômicas; o território é visto como fonte de recurso ou é incorporado no embate entre classes sociais ou na relação capital/trabalho, como produto da divisão territorial do trabalho.

A categoria território é cada vez mais relevante para os estudos geográficos. Definido por relações de poder, mas podendo incluir relações afetivas, o uso do território caracteriza a produção do Espaço Geográfico, sendo constantemente marcado por conflitos de interesses.

Exemplo recente da relevância de território na Geografia brasileira foi a criação da lei do babaçu livre no Piauí, grande vitória das mulheres quebradeiras do coco no estado. A lei prevê a proibição da derrubada de palmeiras de babaçu e o livre acesso às comunidades agroextrativistas aos babaçuais. A lei também prevê que o Estado do Piauí deve destinar terras públicas para titulação de territórios de quebradeiras, criação de assentamento, livre acesso de quebradeiras em qualquer imóvel com babaçuais, seja eles públicos ou privados ***.

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34
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CONCEITO DE REDE (5+)

A

MALHA - INTERCONEXÃO - CAPITAL FINANCEIRO

Novo conceito que na ordem mundial estruturou uma organização que se configura em forma de malha, e resulta em uma interconexão e aproximação entre todas as formas do Estado e do capital financeiro.

A mutabilidade do espaço imposto pela ordem do sistema socioeconômico vigente – o Capitalismo - que na busca incessante por sua continuidade se renova e se reinventa constantemente ao longo da história por meio dos avanços técnico-científicos e pela ampliação da velocidade das informações e da capacidade de transportes de mercadorias e de locomoção dos indivíduos.

Essa nova ordem socioeconômica possibilitou que o processo de globalização alcançasse os mais distantes lugares do globo terrestre, permitindo a transposição das fronteiras físicas e políticas por meio da intensificação do fluxo mercantil, monetário e de capitais.

Os espaços de produção que se configuram nesta nova ordem, se interrelacionam na verticalidade com outros espaços numa ligação hierarquizada de interdependência e que vincula, entre si, os arranjos em que se alocam os equipamentos públicos e privados, a concentração das instituições políticas e de prestação de serviços

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35
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Pacto Andino (Atual Comunidade Andina) (BPCE) (5+)

A

Acordo de Cartagena é o nome oficial do Pacto Andino que foi estabelecido em 1969 / visa acelerar o desenvolvimento dos países membros através da integração econômica e social / A Comunidade Andina (CAN) é um bloco econômico sul-americano formado por 4 países: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. O Chile deixou o bloco em 1977 (Pinochet) e a Venezuela em 2006 para entrar no MERCOSUL. O bloco foi chamado Pacto Andino até 1996. A cidade-sede da secretaria é Lima, no Peru

2004 = Declaração de Cuzco = base da União de Nações Sul-americanas (UNASUL) = junção da Comunidade Andina + MERCOSUL = zona de livre comércio continental

Possui Corte Andina de Justiça, parlamento e conselho desde 1979 / ** BR é membro associado desde 2005 através da UNASUL ** / livre circulação de pessoas entre os membros desde 2003 (como turistas)

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36
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Modernização Conservadora BR (8)

A

Período de crescimento BR pós 1964 / crescimento, entrada de capital internacional e investimentos com nepotismo, escolhas de cargos, corrupção, lavagem de dinheiro / concentração de poder e capital / não modificação da desigualdade

A integração territorial brasileira, na perspectiva da modernização conservadora, foi um recurso ideológico utilizado para ampliar o controle do território nacional e encobrir as políticas seletivas espaciais e sociais.

Fuga da mentalidade pré-industrial / A integração nacional obedeceu aos estudos da Escola Superior de Guerra, levando em consideração os princípios de segurança e integridade do território nacional (não as necessidades estruturais)

O objetivo fundamental era ocupar e desenvolver os “espaços vazios”, levando às regiões menos povoadas mão de obra e capital necessários para seu desenvolvimento / Não houve massificação de políticas sociais nesse período. Na ótica dos militares, era necessário “fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo”; desse modo o crescimento econômico e a estabilização monetária eram as prioridades

A modernização conservadora reconheceu que eram necessárias a autonomia tecnológica e a instrumentalização do espaço como bases para a acumulação de riqueza e a legitimação do Estado; por isso, o espaço foi dotado de operacionalidade (lógica implantada em todo território nacional)

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37
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Histórico das Divisões Regionais (10)

A

A regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988

1913 = 5 regiões = meridional (inclui SP), Oriental (MG, RJ, ES, BA), Norte Oriental, Central (MT e GO) e setentrional (Amazônia e Pará) – critério físicos = clima, vegetação e relevo

1940 = 5 regiões = criado o IBGE = critérios físicos + socioeconômicos = Norte, Centro (Goiás, MT e MG), Leste, Nordeste e Sul (SC, RS, PR, SP e RJ) / isso quer dizer que a primeira divisão do IBGE NÃO tinha o SUDESTE, foi feita com divisão em critérios de geografia FÍSICA (Sul = em comum terra roxa, planalto meridional, bacia do rio Paraná)

1945 = 7 regiões = Norte, Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste Setentrional, Leste Meridional, Centro-Oeste e Sul (SP, PR, RS, SC) – destaca-se a criação de vários territórios dentro dos Estados (território de Rio Branco no Acre, território de Ponta Porã, etc) / 1950 parte dos territórios criado foi extinta e parte se tornou Estados

1970** = desenho territorial atual = nasce o Sudeste ** com SP, RJ, MG e ES / Tocantins faz parte do Norte a partir de 1988 / Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou de ser federal e foi incorporado a Pernambuco.

** De fato, a Região Sudeste foi criada com a regionalização oficial do IBGE de 1969 (que passou a vigorar em 1970). Na regionalização que vigorou até aquele momento (estabelecida em 1945), o estado de São Paulo pertencia a região Sul do país, enquanto os estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e o Distrito Federal faziam parte da região Leste, que era assim constituída: Leste Meridional (Minas Gerais, Rio de Janeiro e o Distrito Federal) e Leste Setentrional (Espírito Santo, Bahia e Sergipe) ** - CERTO

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38
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Previsões da Economia BR

1- Previsão de Peter Gutmann para 2050

2- Previsão da Goldman Sachs para 2050

A

Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir estatisticamente o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona Euro

De acordo com previsão do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 um PIB de 11,3 trilhões de dólares e um PIB per capita de 49 759 dólares estadunidenses, tornando-se a quarta maior economia do planeta

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39
Q

Zona Franca de Manaus

A

Criada em 1957 e aprimorada em 1967 / objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico / Administrado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) / Hoje com 600+ Indústrias (televisão, informática, celulares e motocicletas) / 500 mil empregos+ / possui o polo agropecuário abriga projetos voltados à atividades de produção de alimentos, agroindústria, piscicultura, turismo, beleza, beneficiamento de madeira, entre outras

Benefícios fiscais (“guerra dos lugares”) = isenção de impostos de importação, exportação, sobre produtos industrializados (IPI), desconto parcial do ICMS, isenção de 10 anos de IPTU e de taxas de limpeza e conservação pública / Mesmo assim é uma forte fonte de arrecadação / IPI – ICMS – IPTU – TAXA DE LIMPEZA

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40
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Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) (8+)

A

Autarquia federal criada em 1966 durante o Regime Militar de Castelo Branco (A do Nordeste foi criada em 1959 por JK) / busca de desenvolvimento regional por meio de incentivos fiscais / Ela tem sede e foro em Belém, e é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional

A SUDAM veio a substituir uma outra autarquia denominada “Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia” (SPVEA), criada por Getúlio Vargas em 1953, cujo objetivo também era o desenvolvimento da região amazônica

O sucesso inicial da SPVEA como agência de fomento para a Amazônia Legal, estimulou o presidente Juscelino Kubitschek a criar a Sudene – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. A SPVEA aplicou substanciais recursos financeiros no fomento agrícola e pecuário (em seus primeiros anos principalmente no setor gomífero = borracha) /

Reativação do SUDAM pelo presidente Lula em 2007 (havia sido extinta por FHC em 2002) = Autarquia Federal = desenvolvimento includente, sustentável, erradicação da miséria e a redução das desigualdades regionais / atividades industriais e agrárias exploradas por empresas públicas e privadas

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41
Q

Consenso de Washington

1- conceito

2- citar 5+ medidas

A

10 regras básicas formuladas em 1989 formuladas por economistas do FMI, Banco Mundial, Departamento do Tesouro dos USA e adotado como política oficial do FMI em 1990 e passou a ser receitado para ajuste macroeconômicos para países em dificuldade (América Latina)

As dez regras são: disciplina fiscal, redução do gasto público, reforma tributária, juros de mercado, câmbio de mercado, abertura comercial, investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições, privatização das estatais, desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas), direito à propriedade intelectual

Posteriormente associada a políticas neoliberais / receituário de caráter neoliberal aplicado pelos Chicago Boys no Chile de Pinochet, seguido por Thatcher e Ronald Reagan

Passando a ser questionada após a crise asiática de 1997, quebra da Rússia (queda de 30% do PIB) e da argentina (que era nota A+ do FMI pelo zelo de adoção das medidas) / O FMI realizou a revisão da política em 2004 e abandonou o dogmatismo inicial

Foi amplamente adotada e influenciada pelo entusiasmo da queda do muro do Berlim, o que implicitamente indicava que o planejamento central estava associado ao fracasso econômico e político (falsa sensação de sucesso do capitalismo liberal) / Críticos afirmam que produziu crises e aumento da desigualdade na América Latina (inclui o turco Dani Rodrik – professor de política econômica internacional em Harvard e um dos 100 economistas mais influentes do mundo)

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42
Q

Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) (6)

A

Organização intergovernamental composta por 8 países amazônicos com sede no BR / é o único bloco socioambiental de países dedicado à Amazônia / Decorre do Tratado de Cooperação Amazônico assinado em 1978, fornecendo Institucionalidade ao tratado e dar-lhe personalidade internacional / criando a OTCA em 1995 em Lima, no Peru e sua Secretaria Permanente em 2003 / visa desenvolvimento harmônico / tem como parte de seu trabalho a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável / A formação da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) é um grande exemplo do engajamento brasileiro na coordenação em torno da temática de segurança na Amazônia

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43
Q

URBANIZAÇÃO E POVOAMENTO BR

1) Principais sensos e década em que o BR tornou-se urbano

2) porcentagem de população urbana no país

3) macrorregiões mais e menos urbanizadas

4) quantidade de cidades por macrorregiões

5) 7 motivos para a involução metropolitana e seu conceito

6) classificação das metrópoles nacionais

7) classificações das cidades brasileiras segundo o IBGE

A

Senso do Império (1872) = 6% da população era Urbana (100 anos depois = majoritariamente urbano) / Contabilização de 1900 = urbanização de 10%

“Pensar o urbano é hoje uma necessidade” - profª Françoise Choay

O Sudeste tornou-se urbano já em 1950, diferente do Brasil que ocorre em 1960. A segunda região a se tornar majoritariamente urbano foi o Centro-Oeste = Sudeste (1950), Centro-Oeste (1970), Sul (1975), Nordeste e Norte (1985)

Censo de 2010 (IBGE) = 84% da população BR reside em cidades – ao mesmo tempo há decréscimo da natalidade (1,9 filhos por mulher) e desaceleração do crescimento populacional BR (1,17% ao ano)

HOJE = 85% de população urbana e 15% rural

Entre o Censo Demográfico de 1872 e o de 2010, a proporção da população brasileira morando em área urbana subiu de 7% para 84,4%.

Todas as cinco macrorregiões do Brasil são extremamente urbanizadas, com índices entre 73 e 93% de urbanização (Nordeste e Sudeste, respectivamente). ** O Centro-oeste é essencialmente urbanizado apesar de sua agricultura, ficando em segundo lugar em nível de urbanização (88,8%) **

A Região Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas rurais, 26,88%. Seguida do Norte, Sul e Centro-oeste

A região Centro-Oeste é a região MENOS populosa e por isso não se pode associar desenvolvimento econômico com centros populacionais no Brasil (** Embora seja a segunda mais URBANIZADA ** / Observação: regiões anecúmenas = difícil ocupação) /

Norte = menos povoado / RJ estado mais povoado = 300 hab por km² / São Paulo o mais populoso = 20% da população BR / Roraima = menos populoso e povoado = 1 hab por km² / conceito de povoado = densidade demográfica /

Atualmente, que ocorre no Brasil NÃO é um processo de fragmentação da rede urbana. Pelo contrário, deve-se sustentar que o Brasil passa por um processo de adensamento da rede urbana, com o crescimento das cidades médias e a desaceleração do crescimento das maiores metrópoles. Nesse contexto, os novos centros urbanos e as pequenas cidades preenchem o espaço entre cidades consolidadas

Quantidade de cidades = Nordeste (1794 municípios – 9 Estados) ***, Sudeste (1668), Sul (1191), Centro-Oeste (466) e Norte (460) / CFRB/88 = passou para o Estado a competência de criar munícipios, virou zona (4200 -> 5500 em 8 anos). Então, FHC por decreto proibiu /

Maranhão é o Estado menos urbanizado do Brasil com 60% urbanizado, essa massa rural contribui com a migração de retorno para migrar para as metrópoles /

CRESCIMENTO DAS CIDADES MÉDIAS

Desmetropolização: maior crescimento das cidades médias quando comparado com as metrópoles. Processo relativo em que as metrópoles deixam de liderar o crescimento. Grandes cidades continuam crescendo, mas em ritmo menor. remodelagem da realidade econômica e estrutural nacional, metrópoles são cada vez mais centros tecnológicos, financeiros e de decisões (ideia que já aparecia com o conceito de cidade global, de Saskia Sassen). Segundo Milton Santos, desde os anos de 1970, verifica-se um aumento no número de cidades médias. O processo de desmetropolização acentuou-se no Brasil a partir de meados dos anos 2000.

De acordo com a classificação do IBGE, cidade média é aquela que possui população entre 100 mil e 500 mil habitantes, estando desvinculada a regiões metropolitanas

A CF/88 estabeleceu a elevação do município à categoria de executor da política urbana (Art. 182), ampliando, assim, as condições para a sua autonomia jurídica, financeira e de ordem política, o que acabou promovendo uma mudança flagrante na capacidade de produzir políticas públicas dentro dos municípios. Essa dinâmica favorável das cidades médias pode ser percebida por meio do crescimento médio do seu PIB, que é maior do que o das cidades com população
acima de 500 mil habitantes (mudança positiva que contrasta com a alteração da CF/88 de ceder a competência de criação de municípios pelos Estados)

De acordo com as últimas estimativas do IBGE, existem 276 cidades médias = polos atrativos regionais e nacionais =

Obra “A Urbanização Brasileira” – Milton Santos = estuda a involução metropolitana (acentuada nos países em desenvolvimento) = crescimento das cidades médias / reflexos da urbanização acelerada / “os espaços rurais passam a ser agrícolas”

Motivos da involução metropolitana :

1) Desconcentração produtiva e efeito dos complexos agroindustriais
2) Saturação de grandes centros, como SP e RJ (produção cara, deseconomias de aglomeração, crescimento desorganizado)
3) aumento da participação terciária no PIB +
4) novas metrópoles (Brasília, Goiânia e Manaus) +
5) incentivos fiscais (“guerra dos lugares”)+
6) aumento da verticalidade (relação com o globo ao invés do estorno imediato)
7) fortalecimento do agronegócio, principalmente após 1990.

Consequências: segregação, autossegregação e gentrificação (analisados em outro flashcard)

CLASSIFICAÇÕES

São Paulo = tipo alfa (GAWC) e grande metrópole nacional (segundo o IBGE) / RJ = cidade global de tipo beta (GAWC) e metrópole nacional (IBGE - assim como Brasília)

Formação de conglomerados urbanos subnormais (favelas)

Cidades globais como “nós” entre os países (decisões polarizadas) (conceito de Saskia Sassen) = são redes conectadas as cadeias globais de valor = centros decisórios mundiais (concentração em países centrais, ao contrário das megacidades)

Busca por diminuição dos efeitos da urbanização e da hierarquização das cidades = modelo de cidade sustentável (um dos objetivos do desenvolvimento sustentável [ODS]) + Criação do Ministério das Cidades + criação do Estatuto da Cidade = planejamento urbano

Brasil = tendência à desmetropolização na região concentrada, metropolização do Norte e Nordeste (Manaus, Belém, Fortaleza, Recife e Salvador) (capitaneado pelo Estado = Zona Franca em Manaus + polo petrolífero de Camaçari na Bahia + Projeto Grande Carajás + Porto de Pecém no Ceará e Suape em Pernambuco) / desconcentração concentrada = Renault e Nissan (Curitiba) + Fiat (Betim) + Toyota (Indaiatuba)

** Não há definição oficial para cidades médias no país **

As cidades médias são centralidades nos próprios contextos regionais, constituindo uma articulação da sua região de influência à economia mundial – CERTO – TPS 2021

De acordo com o IBGE (estudo REGIC), as cidades brasileiras podem ser classificadas em ordem decrescente de importância, sendo: Metrópoles (grande metrópole nacional, metrópole nacional e demais metrópoles); Capitais Regionais (capital regional A, capital regional B e capital regional C); Centros Sub-regionais (centro subregional A e centro sub-regional B); Centro de Zona (centro de zona A e centro de zona B) e Centro Local) – NÃO há classificação oficial para cidades médias

Espacialidade técnica (conceito para levar em prova) –> tecnologia concentrada mais em alguns espaços, regiões.

HISTÓRICO

Processo acelerado, demonstrado especialmente pela modificação demográfica do País e no que se refere ao aumento da população urbana em detrimento da população rural.

Urbanização TERCIÁRIA = O grande êxodo rural resultando em rápido e concentrado crescimento da população urbana nas metrópoles, sem o adequado planejamento para organizar o espaço urbano e integrar os excedentes populacionais

A transição demográfica para a fase 2 do modelo de Thompson também agravou o adensamento populacional urbano não acompanhado de planejamento adequado

Segregação espacial – gentrificação – aumento da violência – desordenado processo de ocupação – especulação imobiliária – degradação ambiental = dificultam a concretização do direito à cidade

Essa dinâmica criou espaços como os enclaves urbanos, que podem ser entendidos como espaços privatizados e monitorados, especialmente desenvolvidos para moradia, lazer, trabalho ou consumo. Considerados muitas vezes como “ilhas” de acesso a sistemas de segurança, eles são mantidos por empresas de vigilância e monitoramento constantes e atraem aqueles que, graças à violência e às desigualdades, se sentem mais seguros nesses espaços e podem pagar para desfrutá-los. Condomínios, shoppings centers e complexos de escritórios são espaços públicos privativos com usos específicos e com exclusividade no oferecimento de determinados serviços. Os enclaves urbanos e a segregação socioespacial intraurbana são processos que estão intimamente relacionados, já que os primeiros acabam por fragmentar a cidade, indo contra os princípios do direito à cidade, infringindo o direito constitucional de ir e vir independentemente de classe, raça, gênero ou poder aquisitivo, privatizando espaços e influindo nas interações públicas (TESE DE TERESA DO RIO CALDEIRA - Enclaves fortificados: a nova segregação urbana)

FORDISMO = intensa concentração produtiva

PÓS-FORDISMO (1980) = desconcentração concentrada + desmetropolização + crescimento das cidades médias maior do que o das metrópoles, embora estas tenham continuado a crescer = involução metropolitana

** A concentração do meio técnico-científico-informacional em São Paulo ensejou a metropolização até os anos 1970. A partir de então, com o crescimento das cidades médias, ocorre desmetropolização e uma “desconcentração concentrada” **

Esse processo gerou uma rede urbana desequilibrada, em que 15 metrópoles polarizam influência sobre o território nacional, enquanto 4.037 cidades (82% do total) são classificadas na última escala da hierarquia urbana proposta pelo REGIC 2018: centros locais

No Brasil, destacam-se os aglomerados subnormais de Sol Nascente (DF) e da Rocinha (RJ). Esse processo de favelização evidencia a chamada “segregação imposta”

Há também a “segregação induzida”, em que as pessoas têm poucas opções de moradia e se instalam em regiões com infraestrutura urbana deficitária. Por fim, ocorre também a “autossegregação” pelas elites, que se isolam em condomínios de luxo, a exemplo de Alphaville.

Segundo Lefèbvre, o direito à cidade denota que os benefícios do meio urbano precisam ser efetivamente usufruídos por aqueles que nele habitam.

Como forma de reverter a situação, a Agenda 2030 defende o conceito de cidades inclusivas em consonância também com a Agenda de Quito ou Nova Agenda Urbana da UN-HABITAT III. Propõem-se, então, a criação de novos espaços públicos de lazer e convivência, de oportunidades em toda a cidade (de emprego e de estudos) e de mecanismos efetivos de ascensão social, entre outros.

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44
Q

AMAZÔNIA X DEFESA (5)

A

Projeto Calha Norte = desenvolvimento em defesa do norte criado em 1985 no governo Sarney nas fronteiras das Guianas, Suriname e Colômbia visando fortalecer a presença nacional

Objetiva reduzir as necessidades socioeconômicas da região fronteiriça e assegurar a soberania nacional nessa região

SIVAM = Sistema de Vigilância da Amazônia = projeto da defesa BR que visa assegurar o espaço aéreo da Amazônia. Conta com uma parte aérea, o Sistema de Proteção da Amazônia, ou SIPAM

Surge como resposta ao anseio da internacionalização da Amazônia e ameaça da soberania com enormes antenas de radar e comunicação, integrados ao satélite BR de sensoriamento remoto para fiscalização do desmatamento.

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45
Q

EUTROFIZAÇÃO (5) e consequências (5)

A

excesso de nutrientes na água (nitrogênio e fósforo) / causa crescimento excessivo de plantas aquáticas / despejo excessivo de descargas, essencialmente adubos / é a sucessão gradativa de um estágio de vida aquática para outro / Consequências (5) = diminuição da balneabilidade (redução no trânsito e recreação por causa da vegetação e insetos) + condições anaeróbicas da água que levarão a morte dos seres vivos daquele ambiente + fortes odores (gás sulfídrico) + toxicidade pela amônia + alto custo para tratamento de água potável / Colmatação = elevação do nível de um terreno por acúmulo de detritos, terra, atulhamentos / Concentração de sedimentos INorgânicos = Asssoreamento / Concentração de sedimentos orgânicos = Eutrofização.

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46
Q

Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (1972)

1- Precedente em 1900

2- Programa criado pela Conferência e local de sua sede

3- Nome do relatório emitido

A

realizada em Estocolmo / precedentes: Convenção para a Preservação de Animais, Pássaros e Peixes da África em 1900 (discussão da caça indiscriminada) / primeira conferência multilateral sobre meio ambiente

Essa Conferência cria o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA = com sede em Nairóbi no Quênia

Nela se expõe a tese de que problemas ambientais causados pela explosão demográfica dos países pobres, apresentada pelo Clube de Roma em “Limites para o Crescimento” ou “Relatório Meadows” (Encomendado junto ao MIT)

Essa tese neomalthusiana é seputada com a criação do desenvolvimento sustentável em 1987 (Nosso Futuro Comum ou Relatório Brundtland) /

Atenção: O Tratado Antártico, assinado em 1959, não tratou, inicialmente, de questões ambientais. O objetivo era apenas a cooperação internacional, com liberdade de exploração científica no continente. A questão ambiental só será tratada em 1991, com a aprovação do Protocolo sobre Proteção Ambiental para o Tratado da Antártica.

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47
Q

4 DIVISÕES DO NORDESTE

A

Zona da Mata (litoral + povoada de todos) -> agreste (zona + povoada do INTERIOR*** VTC + região de transição) -> Sertão -> Meio Norte (siglas: ZM AS MN)

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48
Q

6 Domínios Morfoclimáticos de Aziz Ab’Saber e diferenças do IBGE (10+)

A

Amazônico, Cerrado, Marres de morros (mata atlântica), Caatinga (nordeste), Araucárias (sul), Pradarias (extremo sul) / Aziz Ab’Saber é o Milton Santos da Geografia Física / utiliza relevo, clima e vegetação para definir

Domínios morfológicos (Aziz Ab’Saber) = marca uma ruptura com o padrão anterior naturalistas e descritivos (antes do século XX). Aprofundamento do estudo da paisagem / organização coesa de CINCO características: relevo, tipos de solo, vegetação e condições climáticas e hidrológicas inter-relacionadas

IBGE X Ab Saber = em ambas as concepções, surge uma sexta paisagem territorial, no caso do IBGE, o Cerrado subdivide-se para dar origem ao Pantanal, (que neste caso é um bioma e não uma zona de transição) e para Ab Saber, os Mares de Morros (ou Mata Atlântica) se subdividem para dar origem às Araucárias ou mata de pinhais.

A metodologia usada por Ab Saber envolve questões de relevo e de clima, além da fauna e flora encontradas nos locais. Devido a isso, sua análise, mesmo considerando mais elementos, tem muito em comum com a do IBGE, pois ambas consideram a biologia dos lugares.

O pantanal é um bioma, mas não é um domínio morfoclimático, e sim apenas uma paisagem tampão para ab saber / Formações que são biomas e domínios morfoclimáticos (Aziz Ab’saber) (4) = Amazônia, Caatinga, Cerrado e Pampa. Biomas e domínios são 6 no total, sendo esses 4 comum aos dois

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49
Q

Caatinga (20+)

A

Abrange cerca de 10% do território = 800 mil – 1,1 milhão de km² / localizado na área do Sertão nordestino e do norte de Minas Gerais – região do Polígono das
Secas / CLIMA TROPICAL SEMIÁRIDO / ** Único bioma exclusivamente brasileiro, por isso possui espécies ENDÊMICAS = grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta ** / O nome dado a esse bioma tem origem indígena e significa “floresta branca”, denominação que remete às características dessa vegetação ao longo da estação seca / As espécies mais características da sua flora são mandacaru, juazeiro, umbu, xiquexique, entre outras / Biomas com alto endemismo = CAATINGA e CERRADO! / importância na biodiversidade (É o bioma semiárido mais diverso do mundo) / Uma característica da caatinga é o seu alto nível de endemismo, ou seja, que não existem em outros biomas. São 932 espécies registradas, sendo que 380 são endêmicas (40%) / apresenta o menor número de ações de proteção ambiental, o que se expressa na pequena quantidade de unidades de conservação existente neste domínio (menos de 1% são áreas de proteção integral) / divide-se em Meio-Norte -> Sertão -> Agreste -> Zona da Mata / área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados (11% do território nacional) / totaliza 10 Estados e inclui o norte de MG / 27 milhões de pessoas vivem na região

ÚNICO bioma exclusivamente brasileiro / Exemplos de prosperidade no sertão = Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) = programas estatais de irrigação com a EMBRAPA / empresários locais mapearam os períodos de entressafra do hemisfério norte e desenvolveram técnicas para induzir a floração, de forma a concentrar a colheita nos períodos mapeados / Hoje, 90% da manga e cerca de 60% da uva que o Brasil exporta vêm do Vale do São Francisco, do sertão nordestino – em um contraste com a imagem tradicional de um sertão de fome e seca / A Caatinga sustenta a economia da região Nordeste por meio de duas vertentes: fornecimento de energia e produtos florestais não madeireiros / 30% da matriz energética da região vem da lenha obtida por meio de exploração não sustentável, utilizada por 70% das famílias na preparação de alimentos / Já o recurso florestal não madeireiro é usado em diversas atividades econômicas: do forrageiro para pastagem de gado e produção de mel, passando pela comercialização de frutos nativos e plantas medicinais, até às cerâmicas e indústrias de gesso, que geram divisas para o país / a Caatinga perdeu 40.000 km² que se transformaram em deserto nos últimos 15 anos devido à interferência

CLIMA

Clima no Sertão Nordestino = quadra úmida = chove em torno de 4 meses (podendo ser entre dezembro e maio a depender do Estado) – esse período é chamado de “inverno” pelo sertanejo / O clima semiárido do sertão nordestino é determinante para a vegetação de caatinga, marcada pela xerofilia, ricas em espécies vegetais adaptadas à longa estiagem, como o xique-xique, o mandacaru, o angico e o juazeiro. As espécies vegetais da caatinga apresentam revestimento dos tecidos que ajuda a perder menos água por transpiração, e apresentam folhas grossas, e algumas têm forma de espinhos / INVERNOS rigorosamente secos, piorando com o El niño

Apresenta média de altas temperaturas, baixas amplitudes térmicas e baixos e irregulares índices
pluviométricos (média entre 300mm/ano – os mais baixos – e 1.000mm/ano – os mais elevados).

A temperatura média anual fica entre 25º C e 30º C / BAIXA amplitude térmica ao longo do ano / Entre as principais características está o xeromorfismo, ou seja, adaptação das plantas para sobrevivência em regiões com pouca disponibilidade de água e clima seco por meio, por exemplo, de mecanismos de armazenamento de água

Semiárido (9 meses de seca geradas por ser uma zona de alta pressão atmosférica na região, além de barreiras do relevo, impedindo passagens de ar úmidas / pluviometria de +/- 500mm em algumas localidades

VEGETAÇÃO

A fitosionomia dominante no bioma caatinga é a Savana Estépica, marcada pela xerofilia, que retrata, em sua fisionomia decidual e espinhosa, pontilhada de cactáceas e bromeliáceas, os rigores da secura, do calor e da luminosidade tropicais.

Vegetação resistente a longos períodos de estiagem (xerófita) – hiperxerófita, nas áreas mais
secas; hipoxerófita, nas áreas com umidade mais regular.

Plantas XERÓFILAS (acostumadas com a aridez, como as cactáceas) e caducifólias (que perdem a folha durante o período mais seco = também chamada de intermitência ou decíduas), além de algumas árvores com raízes bem grandes que conseguem captar a água do lençol freático em grandes profundidades e que, por isso, não perdem as suas folhas, como o juazeiro / plantas não perenes = vivem pouco = menos de dois ciclos sazonais = 2 anos

A caatinga é um bioma caracterizado pela vegetação xerófila, com vegetais de raízes profundas, folhas decíduas ou atrofiadas e elevado grau de endemismo

A caatinga é um bioma caracterizado pela vegetação xerófila, com vegetais de raízes profundas, folhas decíduas ou atrofiadas e elevado grau de endemismo / Não é comum, mas a caatinga tem espécies com folhas perenes (não caem) como o Juazeiro (perenófilas)

A Caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o máximo da chuva. Algumas das espécies mais comuns da região são a amburana, aroeira, umbu, baraúna, maniçoba, macambira, mandacaru e juazeiro / No meio de tanta aridez, a Caatinga surpreende com suas “ilhas de umidade” e solos férteis. São os chamados brejos (próximos as serras)

RELEVO

No relevo predomina as depressões Inter planálticas da região Nordeste (seca = depressão) / Chuvas no verão (intitulado de “inverno” pelo sertanejo) / presença de rios intermitentes (Parnaíba e São Francisco são exceções) / Vegetação = arbóreo-arbustiva caducifólia (folhas caem), com espinhos (para evitar a perda por evapotranspiração), presença de cactáceas, espécies xerófitas / economia = destaque para pequena propriedade e para a fruticultura nos vales dos rios São Francisco, após os trabalhos da CODEVASF, do Açu e do Gurgueia /

PODOLOGIA

Pedologia: Solos predominantemente rasos (média de 0,5m a 1,5m de profundidade), pedregosos (predomínio da ação mecânica de desagregação das rochas – intemperismo físico) e extremamente férteis (grande diversidade de minerais).

Os solos da Caatinga variam de rasos a moderadamente profundos. São pouco férteis e, geralmente, ricos em minerais, porém pobres em matéria orgânica. São também arenosos e pedregosos, retendo pouca água. A coloração varia de tons de vermelho à cor cinza / perdeu +50% da cobertura vegetal original

Entre os problemas no bioma, destaca-se o processo de desertificação e a salinização de solos (evapora muito e chove pouco, gerando concentração de sais minerais no solo) / O Brasil como um todo é marcado por solos intemperizados, no caso da Caatinga, porém, trata-se do intemperismo físico, ou mecânico (NÃO QUÍMICO), resultante de variações de temperatura na superfície terrestre

Solo de Pouca Profundidade – Pouca decomposição de rochas – áreas pedregosas - Caracteriza-se por ser uma zona de repulsão de massas de ar, daí as escassas chuvas. O balanço de evapotranspiração é negativo, e a vegetação, baixa e espinhosa – variedade imensa de espécies animais e vegetais posto que modernamente já se atingiu a conclusão que a riqueza proporcionada pela biodiversidade não é apenas ecológica, mas também de possível aplicação econômica / o bioma é rico em recursos genéticos dada a sua alta biodiversidade

PLUVIOMETRIA E REGIME DE RIOS

Média de 2 a 3 meses com chuvas, concentradas no verão (invernos extremamente secos).

El Niño provoca longos períodos de estiagem, que podem superar a casa de 12 meses.

Transposição: perenização de rios intermitentes do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, por meio de canais (eixos) que levam a água do São Francisco até eles.

Possui rios intermitentes / Se comparados aos intermitentes, são poucos os rios perenes nesse bioma. Um exemplo deles é o São Francisco. Os rios da Caatinga nascem nas cabeceiras das serras e chapadas. O lençol freático da região abrangida por esse bioma possui baixo nível de água em virtude da escassez de chuvas e do solo pouco permeável / Os níveis pluviométricos atingem cerca de 800 mm ao ano / O clima semiárido possui dois períodos, um de chuva e um de seca. Nos períodos chuvosos, os níveis pluviométricos alcançam os 1000 mm por ano. Já nos períodos de seca, esse índice cai para 200 mm por ano.

Abriga metade da Bacia do São Francisco / Das cabeceiras até as proximidades do mar, os rios com nascente na região permanecem secos por cinco a sete meses do ano. Apenas o canal principal do São Francisco mantém seu fluxo através dos sertões, com águas trazidas de outras regiões climáticas e hídricas

RELEVO

Relevo: Predomínio de áreas de depressões interplanálticas pediplanizadas (depressão
sertaneja).

Relevo de altitudes medianas (média entre 600 e 1.200m) – os topos mais altos dos relevos conseguem captar correntes atmosféricas mais úmidas, configurando-se como “Brejos de Altitude” (áreas mais úmidas, mais frias, com solos mais profundos e vegetação mais densa do que o seu entorno).

A depressão sertaneja é rodeada por diversos planaltos (cristalinos) e chapadas (sedimentares), o que contribui para a diminuição dos índices pluviométricos (já que se formam barreiras naturais para a movimentação das massas úmidas). Melhor exemplo: Planalto da Borborema – seu barlavento (área úmida) se volta para o litoral, enquanto a depressão sertaneja se encontra a sotavento dele (área seca).

FAUNA E FLORA

Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cotia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagüi-do-nordeste, entre outros

Grande variedade de cactáceas e bromeliáceas.

Os cactos armazenam água para suportar aos períodos de estiagem. Melhores exemplos: mandancaru, xique-xique, palma, coroa-de-frade e faxeiro.

Semi-árido Brasileiro = tanto quanto a seca é parte indissociável do Semiárido, também o é o fenômeno das monções torrenciais, que caem eventualmente em períodos curtos e provocam cheias, reavivando os milhares de rios e lagos intermitentes, devolvendo pujança à vegetação e ajudando a recuperar os reservatórios. No total, ocupa 12% do território nacional e abriga cerca de 28 milhões de habitantes divididos entre zonas urbanas (62%) e rurais (38%), sendo portanto um dos semiáridos mais povoados do mundo.

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Cerrado (savana BR ou Savana-estépica) (20+)

A

Segundo maior bioma da América Latina e do Brasil / Segundo o IBGE, o Cerrado possui 2.036.000km2, o que equivale ao 1/4 do território brasileiro (caiu tps) / caracteriza-se por apresentar diversas fitofisionomias em virtude dos vários contatos geográficos que possui com outros biomas / É o único domínio morfoclimático que se espalha por todas as regiões do país / abrange quase 24% do território brasileiro

Considerado HOTSPOT (alta biodiversidade em ameaça = assim como a mata atlântica, constitui 1 dos 34 hotposts do mundo) / ** perdeu +50% da cobertura vegetal original ** / sua biodiversidade está associada as gigantes faixas de transições com todos os demais biomas do país

5% de toda a biodiversidade do planeta é encontrada no Cerrado; entre as espécies do bioma estão o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, a ema e os ipês amarelos. O ​IBGE estima que 44,6% das áreas agrícolas do país estavam no bioma em 2018

CLIMA TROPICAL CONTINENTAL (OU SAZONAL OU SEMIÚMIDO) = duas estações bem definidas – uma úmida (verão) e outra seca (inverno) – árvore e arbustos de pequeno porte, troncos retorcidos, cascas grossas, caducifólia (folhas caem no outono) / A média pluviométrica é de 1500 mm, e a temperatura média anual é de 22ºC, variando ao longo desses períodos / clima tropical continental (6 meses de seca) / altas temperaturas médias (continentalidade) / maior parte do relevo são chapadões centrais / chuvas no verão geradas pela massa equatorial continental /

Nascente dos principais rios brasileiros / O Cerrado abriga nascentes dos principais rios brasileiros, compreendendo, segundo o IBGE, nove das doze bacias hidrográficas existentes no Brasil. Além de abrigar tantas bacias hidrográficas, o Cerrado localiza-se numa região em que existem grandes aquíferos, como o Guarani e o Bambuí. Por isso, esse bioma é considerado berço das águas / Até mesmo a Bacia Amazônia não escapa da atuação do Cerrado como berço das águas: o rio Xingu, um dos muitos afluentes do Amazonas, advém de nascentes do Cerrado, o que também acontece com a maior parte da Bacia Tocantins-Araguaia e com as bacias do Paranaíba, do Atlântico Leste e Atlântico Leste Ocidental / A Bacia Platina, por sua vez, é também resultante de águas que surgem no Cerrado, que abriga o início das bacias do Paraná e do Paraguai. Essas bacias juntam-se e formam a rede de drenagem em questão, que envolve o Rio da Prata, um dos mais importantes da América do Sul

Fatores que contribuem para o Cerrado ser o berço das águas = dimensão (só é menor que a Bacia Amazônica) e relevo (zonas planálticas contribuem para surgimento de nascentes rumo à outras áreas) / berço das águas do país (alimenta 9 das 12 bacias hidrográficas nacionais) / nascimento do Araguaia, Tocantins, Paraná, São Francisco / rios perenes

Cerrado = média anual de precipitação entre 1.500mm e 1800mm e retimo sazonal de chuvas similar ao semiárido nordestino, com chuvas de verão e estiagem prolongada no inverno.

Os solos do Cerrado são antigos (Período Terciário) e caracterizam-se, principalmente, pela profundidade e drenagem. São bastante porosos e permeáveis, propiciando o processo de lixiviação (processo erosivo provocado a partir da lavagem da camada superficial do solo) / Apresentam cores avermelhadas e dividem-se em latossolos e podzólicos. Os latossolos são avermelhados, possuem acidez e são pobres em nutrientes. Já os podzólicos ou argissolos apresentam coloração mais escura e são propícios a sofrer processos erosivos / Solos pobres em nutrientes e isso faz com que esses solos, naturalmente, apresentam baixa fertilidade

Vegetação = arbóreo-arbustiva (1) campos limpos (arbustiva), (2) campos sujos (arbustiva + árvores), (3) cerradões (árvores de maior parte) (mata de cocais = encontro da Amazônia com o cerrado); casca grossa e resistente ao fogo, baixo porte, galhos retorcidos = a depender da variação de umidade

Abrange MATOPIBA = chamada de “nova fronteira agrícola” em nota do governo federal de 2015 / 2019-2020 = O Maranhão foi o estado que mais registrou desmate, respondendo por 25% das perdas no bioma (1.836,1 km²). Em seguida, estão Tocantins (1.565,8 km²) e Bahia (919,1 km²)

Os principais impactos do desmate no Cerrado incluem a perda de biodiversidade na região, o prejuízo à regulação do clima no país, riscos para a disponibilidade de água em regiões abastecidas por rios ligados ao bioma e a degradação de outras áreas que dependem do Cerrado para existir, como o Pantanal + elevação de gases de efeito estufa + conflitos de terras (comunidades locais) + contaminação de rios e bacias (agrotóxicos) / Estudos de diferentes universidades mostraram também que a derrubada de florestas na região teve impacto sobre crises hídricas no Sudeste em 2015

2030 é quando as reservas do Cerrado podem estar totalmente destruídas, caso o desmatamento no bioma continue no mesmo ritmo, segundo dados da ONG Conservação Internacional

Podemos destacar dois programas de proteção do Cerrado no BR: o PRONABIO, de 1994, e o PPCERRADO, iniciado em 2009

Observação: Mata de Cocais = ocupando uma área de transição entre a Amazônia e as terras semiáridas do Nordeste Brasileiro / Possui solos secos e florestas dominadas por palmeiras. Sua vegetação é formada por palmeiras, como o buriti, oiticica, babaçu e carnaúba

Estrutura de relevo: dá-se o predomínio das altitudes médias (entre 300 e 600m), tendo em vista que o relevo é geologicamente antigo e, por consequência, bastante desgastado por longas fases de intemperismo e erosão. É composto, em sua maioria, por planaltos (de origem cristalina), com topos ondulados, e chapadas e chapadões (de origem sedimentar), de configuração escarpada e topos planos;

A degradação ambiental do Cerrado é acelerada a partir de 1990, transformando-se em um dos
principais problemas ambientais do Brasil na atualidade / De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), no período entre 2000 e 2015, o Cerrado perdeu uma área vegetal superior à que foi perdida pelo domínio Amazônico / Atualmente, o Cerrado já apresenta mais da metade de sua área degradada / Esse processo se inicia com a “Marcha para Oeste”, construção de Brasília, Revolução Verde, grandes lavouras de produção, crescimento do agronegócio geraram uma necessidade ainda maior
de se utilizar extensos sistemas de irrigação e de se ampliar a retificação química dos solos, o que poderia aumentar a salinização dos solos e a contaminação dos
lençóis subterrâneos de água;

Além disso, as áreas desmatadas, e que sofrem com queimadas dentro do Cerrado, já são responsáveis pela emissão de mais de 250 milhões de toneladas
de gases do efeito estufa, sendo responsáveis por mais de 10% de toda a emissão brasileira da atualidade;

Atualmente, dentro do bioma do Cerrado, existem 60 Unidades de Conservação;

Assim como a Caatinga, o Cerrado também aguarda pela aprovação da PEC 504/10, que deverá conceder a esses ecossistemas o título de Patrimônio Nacional, já concedido à Floresta Amazônica, à Zona Costeira, à Serra do Mar, ao Pantanal mato-grossense e à Mata Atlântica. Esta concessão tem como objetivo assegurar que os recursos desses ambientes possam ser utilizados com uma maior preocupação no sentido da preservação ambiental.

DECORAR = perdeu +50% da cobertura vegetal original / clima tropical úmido (6 meses de seca) / altas temperaturas médias (continentalidade) / pluviometria em torno de 1000-1500mm / maior parte do relevo são chapadões centrais / chuvas no verão geradas pela massa equatorial continental / berço das águas do país (alimenta oito das 12 bacias hidrográficas nacionais) / nascimento do Araguaia, Tocantins, Paraná, São Francisco / rios perenes (correm o ano inteiro) / Vegetação = arbóreo-arbustiva, campos limpos (arbustiva), campos sujos (arbustiva + árvores), cerradões (árvores de maior parte) (mata de cocais = encontro da Amazônia com o cerrado); casca grossa e resistente ao fogo, baixo porte, galhos retorcidos

Apesar do aspecto xeromórfico que estas características conferem às árvores e aos arbustos, lembrando regiões semi-áridas, não há escassez de água nos cerrados, mesmo nas estações mais secas. Os cerrados brasileiros, em contraste com as savanas africanas, são úmidos, apesar da sazonalidade da umidade.

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Q

Bioma Amazônia

1- Clima

2- Nome dado ao Bioma por Alexander Von Humboldt

3- Três subdivisões do bioma

4- Três animais representantes

5- área ocupada pelo território nacional

6- duas hidrelétricas constuídas na Amazônia

A

Maior floresta tropical do mundo, maior biodiversidade do planeta e maior bioma do brasil (30 milhões de espécies) (Compreendendo cerca de 45% do território nacional) / Árvores – arbustos – lianas – trepadeiras / 17% do bioma foi devastado / Vegetação que pode chegar acima de 50 metros, folhas largas e grandes / CLIMA EQUATORIAL ÚMIDO / possui a maior bacia hidrográfica do mundo / clima quente e úmido / relevos relativamente baixos, vegetação extremamente densa e solos lixiviados e com baixa fertilidade.

A umidade do bioma amazônico é garantida pela própria floresta e o processo de evapotranspiração, não pela bacia amazônica em si. As inundações ocorrem em função do relevo de planícies ao longo dos rios e de depressões planálticas

Hileia Amazônica *** Já caiu = Nome dado por Alexander Von Humboldt, naturalista alemão, à grande floresta equatorial úmida que se estende dos Andes, pelo vale amazônico, até as Guianas / “Mata de Hileia” (expressão derivada da língua grega que significa, “mata inexplorada, virgem),

Dentro desse bioma há três subdivisões: MATA DE TERRA FIRME (estratos mais altos (30-50m), não inundáveis) – MATA DE VÁRZEA (inundável em alguns períodos) – MATA DE IGAPÓ (estratos mais baixos e inundável a maior parte do ano)

Os principais representantes da fauna são onça-pintada, boto-cor-de-rosa, arara-azul, capivara, tatu e cobras, como a cascavel e a jararaca

O Rio Amazonas é o principal e o maior em volume de água do mundo, recebendo vários afluentes / O Rio Amazonas tem sua origem no sul do território peruano, entra em território brasileiro com o nome de rio Solimões e recebe o nome definitivo no encontro com o rio Negro em Manaus. Sua foz é mista, pois tem características não somente de estuário (linha reta, contrário de delta), mas também de delta (Amazonas = rio negro + rio Solimões)

O solo da Amazônia é arenoso e apresenta uma camada de húmus resultante da deposição de floras, frutos e restos de animais. Apesar disso, apenas cerca de 14% do território pode ser considerado fértil para práticas agrícolas

Ali estão fixadas trilhões de toneladas de carbono (Sequestro), sua massa vegetal libera toneladas de água para a atmosfera (rios voadores), via evapotranspiração, e seus rios descarregam cerca de 20% de toda a água doce despejada nos oceanos pelos rios existentes no mundo

O termo Floresta Ombrófila é usado para o ecossistema antes denominado de Floresta Pluvial. Caracteriza-se pela vegetação de folhas largas e perenes e por chuvas abundantes e frequentes. Está presente nos biomas Mata Atlântica e Amazônia

Curiosamente, os primeiros anos de governo FHC, Lula e Bolsonaro representam fortes aumentos no desmatamento da Amazônia

HIDROGRAFIA E PLUVIOMETRIA

A região hidrográfica da Amazônia (bacia amazônica) ocupa aproximadamente 3.800.000 km2 (44% do território nacional*** Já caiu) (3,5x o tamanho da caatinga);

O bioma apresenta umidade do ar elevada durante todo o ano / O índice pluviométrico também é elevado, sendo mais de 2000 mm/ano de chuvas provenientes da própria floresta / as chuvas caem principalmente em forma de “chuvas convectivas” (provocadas pela elevada umidade e pelo calor intenso);

Observação: Higrófila ou ombrófila (umidade ano todo) -> tropófila (variação da umidade com as estações do ano = cerrado) -> xerófila (umidade baixa boa parte do ano = caatinga)

Este elevado índice de chuvas se dá a partir dos altos níveis de umidade provenientes da bacia amazônica, da floresta equatorial, da atuação das massas de ar locais e das baixas latitudes equatoriais - que favorecem a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

O domínio amazônico é responsável por grande parte das chuvas que ocorrem no território brasileiro - e em boa parte da América do Sul. Esta umidade é movimentada pelos fortes circuitos de umidade (chamados de “rios voadores”) que, a partir da circulação da massa Equatorial continental (mEc), são descarregadas em outras regiões sul-americanas.

O rio amazonas é alimentado tanto pela neve da Cordilheira dos Andes, quanto pelos seus mais de sete mil afluentes. Esta bacia é responsável por cerca de 20% de toda água doce despejada anualmente nos oceanos;

Além da abundância de água da bacia amazônica, seu subsolo também concentra um elevado volume de água por meio do Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), que, segundos os levantamentos mais recentes, possui aproximadamente quatro vezes o volume de água do Sistema Guarani, sendo capaz de suprir as necessidades de toda a população mundial por um período de cerca de 250 anos.

RELEVO

A classificação antiga atribuía planície à Amazônia, no entanto, as áreas de planície são apenas próximo aos rios e suas margens. A maior parte da Amazônia é constituída de planaltos e depressões, gerando potencial hidrelétrico nos pontos de convergência entre os rios que correm dos planaltos e depressões sentido aos rios de planície / Suas porções mais elevadas estão localizadas nos extremos norte (maciço das Guianas) e sul (terras altas do Brasil Central);

Seus divisores topográficos são: planalto das Guianas, cordilheira dos Andes e planalto brasileiro

Hidrelétricas na Amazônia = eram quase inexistentes até que se construiu Jirau e Santo Antônio no Rio Madeira. Seguido de Belo Monte, com um alto impacto

O bioma amazônia ocupa praticamente metade do território brasileiro (44%) e possui vegetação perenifólia (ou seja, que não cai, é o contrário de decídua ou caducifólia) e latifoliada, além de elevada biodiversidade. Essas características botânicas estão associadas às altas temperaturas e pluviosidade marcando uma vegetação ombrófila (ou higrófilo = que vive em ambiente úmido)

É considerado o Heartland Ecológico do planeta pela geógrafa Bertha Becker (parafraseando o conceito de mackinder) / Incógnita do heartland = qual vai ser o projeto dominante para Amazônia nos próximos anos? Fronteira de recursos igual ao governo militar ou desenvolvimento sustentável?

Segundo Aziz Nacib Ab’Saber, o bioma também a recebe a nomenclatura de “Terras Baixas da Floresta Equatorial” (termo que é utilizado para designar a predominância de depressões, nas quais acumulam-se os sedimentos formados pelos longos ciclos de decomposição e desgaste dos relevos circundantes);

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Mata Atlântica (+15)

A

15% do território / 3429 municípios (61%) / 145 milhões de pessoas (72%) (7/10 pessoas) e 17 Estados (14 costeiros = o que dá o nome do bioma), só resta 12,4% da mata original / pau-brasil é nativo dessa mata e dá nome ao país / É uma floresta de altitude (serra do mar e serra da Mantiqueira) vai do RS até o RN / 60% dos animais ameaçados de extinção do Brasil estão na Mata Atlântica / latifoliada (folhas largas e grandes) e perene (folhas que não caem) / HOTSPOT (assim como o cerrado, são os 2/34 hotspots existentes) / Vegetação ombrófila (= folha larga, perene e com chuva) e estacional / abrange sete bacias hidrográficas que se alimentam dos rios São Francisco, Paraíba do Sul, Paraná, entre outros. As águas dessa região abastecem cerca de 110 milhões de brasileiros / CLIMA TROPICAL ÚMIDO (em geral) / Apresenta temperaturas elevadas, altos índices pluviométricos e elevada umidade do ar, com escassez de períodos de estiagem. Em virtude de sua extensão, esse bioma também apresenta climas como tropical de altitude (Região Sudeste) e subtropical (Região Sul) / A vegetação do bioma Mata Atlântica é diversificada em decorrência de sua extensão. Apresenta vegetações ombrófilas (vegetações de folhas largas e perenes) e estacionais / Os solos que compõem a Mata Atlântica são geralmente rasos e ácidos, extremamente úmidos e pobres em decorrência da pouca incidência solar, que é impedida de alcançar a superfície em virtude do estrato arbóreo que compõe esse bioma. A pouca profundidade do solo e os altos níveis pluviométricos propiciam processos erosivos e deslizamentos nas partes mais altas / Por ter pluviosidade um pouco menor que a Floresta Amazônica, a densidade é um pouco menor

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Pantanal (20)

A

bioma apenas para o IBGE = trata-se da maior planície inundável do país / muito influenciado pelos regimes dos rios presentes nesses lugares, pois, durante o período chuvoso (outubro a abril), a água do pantanal alaga grande parte da planície da região. Quando o período chuvoso acaba, os rios diminuem o seu volume d’água e retornam para os seus leitos. Por essa razão, a vegetação e os animais precisam adequar-se a essa movimentação das águas. Todos esses fatores tornam a vegetação do pantanal muito diversificada, havendo exemplares higrófilos (adaptados à umidade), plantas típicas do Cerrado e da Amazônia e, nas áreas mais secas, espécies xerófilas / biodiversidade se dá pelo encontro da Amazônia, mata atlântica e cerrado / faz parte da Bacia hidrográfica do Paraguai / É o menor bioma em extensão territorial do Brasil, ocupando cerca de 2% do território nacional / característica incomum: espécies de outros biomas que se encontram ameaçadas aglomeram-se na região do Pantanal (por isso, raras espécies endêmicas) / O Pantanal compreende a bacia hidrográfica do Rio Paraguai. Os principais rios que alimentam a rede hidrográfica da região são: Rio Paraguai, Rio Cuiabá, Rio São Lourenço, Rio Miranda, entre outros / CLIMA TROPICAL CONTINENTAL (igual ao cerrado) = períodos de seca e períodos de chuva / As temperaturas médias ficam em torno de 25º C, contudo há uma grande amplitude térmica, com temperaturas que podem alcançar máximas de 40º C e mínimas próximas a 0º C / É composta por matas, cerradões, savanas, campos inundáveis (brejos) / A biodiversidade do pantanal mato-grossense não está em risco. O pantanal é o bioma mais protegido no Brasil NÃO por causa da unidades de conservação, mas porque ele INUNDA (NÃO pela chuva, mas por se situar em áreas mais baixas) / O Pantanal é o menor bioma brasileiro e possui o maior percentual de cobertura vegetal original preservada / O pantanal é alagado por se situar mais abaixo e receber águas do que chove em seu entorno, afluentes do Rio Paraguai e da chapada do planalto central. No pantanal não chove muito, somente um pouco mais que no Brasília, seus alagamentos se dão porque ele é baixo / Só há 2/319 unidades de proteção ambiental FEDERAL no Pantanal, é o bioma com menor proteção. Apesar disso, o Pantanal é o bioma mais conservado do Brasil, com alteração de sua cobertura original inferior a 20%.

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54
Q

12 BACIAS HIDROGRÁFICAS BR (10+)

A

Uruguai, Atlântico Sul, Atlântico Sudeste, Paraná, Paraguai, Atlântico Leste, São Francisco, Tocantins-Araguaia, Amazônica, Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba e Atlântico Nordeste Ocidental / Possuem um rio principal / 14% das reservas de água doce do mundo / As médias pluviométricas durante a Bacia do São Francisco são uniformes, porém 75% do seu deflúvio (escoamento) é gerado em MG, o rio desagua na divisa entre alagoas e Sergipe. A bacia abrange 7 estados BR (incluindo pequena fração do Goiás / Bacia Amazônica = 3,8 milhões de km² (território nacional = 8,5 milhões de km²)(44%) / Essa bacia divide-se em planalto das Guianas, cordilheira dos Andes e planalto Brasileiro.

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Superintendência de Desenvolvimento da Região Nordeste (Sudene) (5+)

A

1959 = criada durante o governo de JK (Celso Furtado) e extinta durante o governo de FHC, dando lugar a Agência do Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) / SUDENE é recriada em 2007 no governo Lula (assim como a SUDAM) / é uma autarquia especial com sede em RECIFE – PE e vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional / inclui 11 Estados (pois abrange o Norte de MG e do Espirito Santo) / Para tal fim, foram engendradas ações de grande impacto, tais como a colonização do Maranhão, os projetos de irrigação em áreas secas, o cultivo de plantas resistentes às secas, entre outras / Cidades produtoras e irrigadas no Nordeste hoje = Nilo Coelho (PE), Curaçá (BA) e Tabuleiro de Russas (CE).

Em 2021, houve ampliação da área de atuação da Sudene que, pela primeira vez, passou a incluir trechos do estado de Minas Gerais. A Lei Complementar nº 185, de 06 de outubro de 2021, ampliou o território sob influência das ações da autarquia para 2074 municípios e agora 84 cidades de Minas Gerais passam a contar com os instrumentos de desenvolvimento regional oferecidos pela superintendência.

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dimensão, relevo e características da Rússia (20+)

A

A Rússia, o maior país do mundo, é aproximadamente duas vezes maior que os Estados Unidos da América (EUA) ou a China e cinco vezes maior que a Índia. Estendendo-se por cerca de 170° de longitude, possui ampla fronteira terrestre com países europeus e asiáticos, bem como fronteiras marítimas com o Japão e os EUA. A profundidade territorial russa, que dificultaria ataques de potências marítimas, aliada à existência de recursos naturais e energéticos e de um relevo predominantemente plano, inspiraram Harlford Mackinder a formular a teoria da Área Pivô – GABARITO CORRETO - Os territórios planos começam na França, passam pela Alemanha, Ucrânia e acabam nos montes Urais (formato de pizza)

A Rússia detém Kaliningrado (Prússia Oriental, onde Kant dava aula desde a II Guerra); também têm base em Sebastopol tomada da Ucrânia no Mar Negro e com saídas para mares quentes. Além do acesso ao Mar Cáspio

Mar Negro -> Região do Cáucaso -> Mar Cáspio (no mapa fica um do lado do outro)

Mar Cáspio = é o maior corpo de água fechado e interior da Terra em área, diversas vezes classificado como o maior lago do mundo, ou um verdadeiro mar. Tem uma superfície de 371.000 km (não incluindo Kara Bogaz Gol) e um volume de 78.200 km. É um bacia endorreica (que não tem saídas) e é limitado a noroeste pela Rússia, a oeste pelo Azerbaijão, ao sul pelo Irã, a sudeste pelo Turcomenistão e ao nordeste pelo Cazaquistão. Tem cerca de um terço da salinidade da maior parte da água do mar. Os rios Volga (maior fluxo de água do mar Cáspio) e Ural desaguam no mar Cáspio = manutenção do equilíbrio aquático

O Cáspio é uma das zonas de maior produção de petróleo no mundo, em particular nas águas territoriais do Azerbaijão. Recentes pesquisas anunciaram a presença de grandes reservas de petróleo nas profundezas do lago. O Cáspio é também conhecido por conter uma população de esturjão, que fornecem as ovas que são transformadas em caviar. Mas como consequência das atividades pesqueiras ilegais a população tem hoje seu volume muito abaixo do que era antes

Os campos de petróleo da Rússia estão localizados no Vale do Volga, no sul dos Urais e, acima de tudo, na Sibéria, particularmente perto do oceano Ártico. Os grandes depósitos ao redor do mar Cáspio são agora dependentes de Estados que se tornaram independentes com o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (Azerbaijão, Cazaquistão).

Como o segundo maior produtor mundial de petróleo e o primeiro produtor de gás natural, a Rússia tem apostado grande parte de seu desenvolvimento econômico e sua influência geopolítica na exploração e administração dessas fabulosas riquezas naturais em seu território ou nos países do mar Cáspio e da Ásia Central. Nesse sentido, a Rússia tem um complexo setor voltado ao transporte do petróleo do mar Cáspio para a Europa

Observação: O Ártico é um MAR congelado, cercado por países, enquanto a antártica é um continente cercado por mar. Diferente da Antártica, não há tratado para o Ártico

Crimeia (católicos), Armênia (católicos + base naval russa) e Cazaquistão = boas relações com a Rússia

Sebastopol é historicamente uma cidade autônoma situada na Crimeia, pertence a Ucrânia segundo a ONU e a comunidade internacional, mas é administrada pela Rússia e possui uma grande base naval Russa (frota do mar negro da URSS), além de polo industrial e turístico. Possui status de cidade federada a Rússia, assim como Moscou e São Petersburgo

De acordo com a Agência Internacional de Energia, a Rússia detém as maiores reservas de gás natural do mundo. O país também é rico em petróleo, cuja produção só perdeu, em 2012, para as dos Estados Unidos e da Arábia Saudita

A Sibéria, porção asiática do território russo, é rica em recursos minerais, com destaques para petróleo, gás natural, carvão mineral e minério de ferro, e sua localização geográfica em relação à China e ao Japão, grandes consumidores de minérios, é estratégica para a economia russa

A Rússia é a favor do acordo de Paris e fez críticas ao governo Trump logo após a saída do Tratado / Obs.: Rússia assinou, mas ainda não ratificou o acordo. / Com a decisão, os EUA se juntam à Síria e à Nicarágua como as únicas nações do mundo a não participarem do pacto (Biden voltou atrás)

** Rússia não é um membro participante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) **

Em Março de 2014 a Federação Russa reconheceu a cidade e anexou a região da Crimeia como território da Federação Russa, contrariando as determinações da OTAN e o apelo de toda a comunidade internacional, que não reconheceram a Crimeia como parte da Federação Russa e ainda pertencente à Ucrânia. Contrariando as determinações internacionais, seguiu-se a anexação e a federalização do território da Crimeia e de Sebastopol sob a administração do presidente russo Vladimir Putin.

Rússia (geopolítica) – diplomacia dos hidrocarbonetos (maior exportador de gás do mundo) e do poder bélico (caças SUKOI-35) como mecanismos de pressão / Construção do gasoduto Nord Stream 1 e 2 para evitar passar pelo Ucrânia e demais territórios para chegar até a Alemanha (Rússia -> Mar Báltico -> Alemanha) (Nord Stream 2 gerou sanções americanas à Rússia, previsto para iniciar em 2020, dobrando o fornecimento de gás natural russo para Europa ocidental) / Gazprom explora petróleo no Ártico / Rússia possui base militar na Crimeia no posto de Sebastopol – estratégica para o domínio do mar Negro (ponto de contato entre o mar Morto e o Mediterrâneo) (esse domínio de mares se associa também as ideias de Haushofer) / Acredita-se que a Rússia possa expandir-se para a Polônia, país com o qual definiu fronteiras há poucas décadas, e para a Transnístria, região separatista de maioria russa na Moldávia

As gigantescas reservas de petróleo e gás natural em poder da Rússia sustentam a economia desse país, bem como a expansão de sua influência geopolítica para outras regiões do mundo, como o Oriente Médio (Porto no mediterrâneo Sírio) e a Europa. A Rússia é o segundo maior produtor mundial de petróleo e o primeiro produtor de gás natural

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ZONAS DE BAIXA E ALTA PRESSÃO ATMOSFÉRICA (5)

A

CENTRO DE BAIXA PRESSÃO ATMOSFÉRICA - Concentra umidade em uma área; / - Ajuda a formar nuvens; / - Favorece as chuvas / CENTRO DE ALTA PRESSÃO ATMOSFÉRICA - Retira umidade de uma área; / - Ar seca e as nuvens se formam; / - Diminui as chances de chuvas

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58
Q

Bases da Política Ambiental Brasileira

1- Ano de criação do IBAMA

2- Nome do relatório emitido em 1992

3- Leitura

A

No Brasil, as primeiras iniciativas governamentais para instituir mecanismos para a gestão ambiental datam do início do século XIX, com a criação do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e do Serviço Florestal, que funcionou de 1921 a 1959

Sucedido pelo Departamento de Recursos Naturais Renováveis e, em 1967, pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF)

Em 1973, foi criada a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA)

Mas foi a Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, de 1981, que estabeleceu a estrutura formal do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), integrado por órgãos federais, estaduais e municipais e por entidades ambientalistas, setores empresariais (indústria, comércio e agricultura), populações tradicionais e indígenas e comunidade científica

Em 1985, foi criado Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e, em 1989, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), originado da fusão da SEMA com a Superintendência do Desenvolvimento da Pesca e com o IBDF

Em 1989, a questão ambiental passou a ser tratada no âmbito de uma secretaria especial da Presidência da República, e, em 1992, ano da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, foi finalmente criado o Ministério do Meio Ambiente. Portanto, as iniciativas relevantes que formam a base da política ambiental brasileira surgiram a partir da Eco-92.

Cronologia da política ambiental brasileira = meio natural (até o século XX) = sem preocupação ambiental / meio técnico (1880-1970) = superação do binômio agricultura-exportação -> urbano-industrial + interesses industriais + consumo continua predatório + transferência de indústrias poluentes para os países em desenvolvimento / meio técnico-científico informacional = início da preocupação política ambiental = criação do SIVAM para monitoramento

Conferência de Estocolmo de 1972 (BR defende desenvolvimento > conservação) -> Relatório Brundtland (“Nossa Terra Comum”) (conceitua desenvolvimento sustentável)+ ECO92 + Agenda 21 = BR passa a defender o desenvolvimento sustentável

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59
Q

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO BR

1- Lei que permite a criação de Unidades de Conservação

2- Dois tipos de UCs existentes

3- Cinco tipos de Unidades de Conservação Integral

A

A Lei Nacional N° 9.985, de 2000, permite a criação de Unidades de Conservação pelos 3 entes federativos / A criação do SNUC foi um marco no aumento das áreas protegidas no Brasil. A área das unidades de conservação criadas entre 2001 e 2019 somam 69,9% do total.

Existem 2 tipos de unidades de conservação: de uso sustentável (1) ou de proteção integral (2) / Atualmente o Brasil possui +968 unidades de conservação

** Unidades de Conservação no Brasil = 18% da área total do Brasil (+12% de reservas indígenas) (total 30% de áreas protegidas) **

Não se confunde com: Porcentagem de áreas protegidas = Amazônia (50,7%), Cerrado (12,2%), Mata Atlântica (9,1%), Caatinga (7%), Pantanal (5%), Pampa (2,9%) [Brasil = 30%]

O bioma com maior percentual de área protegida em UC’s é a Amazônia (27%), seguido do Cerrado (9%) e os dois menores são Pantanal (3,5%) e Pampa (3%)

Unidades de Conservação Integral (5) = Reservas biológicas + Reservas ecológicas + Estações Ecológicas + Refúgios da Vida Silvestre + Parques Nacionais *** (não se confundem com unidades de conservação de uso sustentável, a qual totalizam 7 tipos)

UC’s foram definidas no ano 2000 pelo SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação). Estas unidades são administradas pelo ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

O código florestal (2012) utiliza dois tipos de áreas de preservação (não se confunde com unidades de conservação): a Reserva Legal e a Área de Preservação Permanente (APP).

A Reserva Legal é a porcentagem de cada propriedade ou posse rural que deve ser preservada, variando de acordo com a região e o bioma. O código determina a ampliação dos tamanhos das reservas: são de 80% em áreas de florestas da Amazônia Legal, 35% no cerrado, 20% em campos gerais, e 20% em todos os biomas das demais regiões do País /

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60
Q

Crescimento Demográfico (5)

A

é a soma do crescimento vegetativo com o crescimento migratório / apresenta queda desde a década de 1960, quando atingiu 36,7%, o país continua com uma taxa de crescimento elevada nos últimos três censos: 21,3% em 1991; 15,4% em 2000 e 12,5% em 2010 / O IBGE divulga hoje as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2020. Nessa data, a população do Brasil chegou a 211,8 milhões de habitantes, crescendo 0,77% em relação a 2019 /

Crescimento vegetativo no Brasil = 2,35 (1950) -> 2,90 (1960) -> 2,79 (1970) (ápice e começo da queda) -> 1,66 (1990) -> 1,33 (2000) -> 1,05 (2010) -> 0,72 (2020)

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61
Q

Desconcentração Industrial e Desmetropolização de SP (10+)

A

Tradicionalmente a industrialização brasileira foi centrípeta, concêntrica e hierárquica / Isso passa a mudar com a desconcentração industrial ganha estímulo a partir de 1970 com a criação da Sudam (Superintendência de desenvolvimento da Amazônia) e da Sudene (Superintendência de desenvolvimento do Nordeste). Além dos incentivos fiscais (Guerra fiscal) e avanço tecnológico (globalização) com a relativização das distâncias + mão de obra barata e custos relativos (pelo menos 5 fatores)

Desde o final da década de 1960, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região mais urbanizada do país (contra intuitivo). Este processo foi impulsionado pela fundação de Brasília, em 1960, e pelas rodovias de integração nacional que interligaram a nova capital com o Sudeste, de um lado, e a Amazônia / Esse movimento decorreu de ações planejadas pelo Estado e, ainda, pelo processo de transformações econômicas daquele período histórico = movimento de indústrias tradicionais, de uso intensivo de mão de obra, como a de calçados e vestuários, para o Nordeste

1970 = saturação metropolitana gerando desconcentração concentrada da indústria) (diminuição da concentração espacial / essa fuga das indústrias promove uma deseconomia de aglomeração**

O fordismo está para metropolização, assim como o pós-fordismo está para desmetropolização, gerado pelas deseconomias de aglomeração / As metrópoles do Brasil não estão encolhendo, mas algumas crescem abaixo da média nacional, em verdade, a maior parte das metrópoles nacionais crescem menos que as cidades médias. Reduzindo-se assim o processo de macrocefalia, as áreas metropolitanas acumulam menos funções, compartilhando-as com as cidades médias na rede urbana

Descontração Industrial -> Cidades médias -> desmetropolização -> manutenção das atividades de decisão na Região Concentrada do BR (desconcentração concentrada)

Em termos naturais, a região Sudeste é bem servida com reservas de recursos minerais metálicos e energéticos. O estabelecimento de importantes indústrias de base (siderúrgicas e extrativas), entre as décadas de 1940 e 1950, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce e a Petrobras, gerou um forte impacto na produção industrial. O estado de Minas Gerais, contribuiu decisivamente para a expansão da
produção industrial no Sudeste, tendo em vista que concentrava consideráveis reservas de minerais relevantes às indústrias (ferro, bauxita, manganês, dentre outros = quadriletáro ferrífero = BH, Sabará, Itabira, Ouro Preto = região de maior concentração urbana de MG). Enquanto isso, o estado do Rio de Janeiro começava a se destacar na extração de petróleo (Bacia de Campos),

SP detinha 57,2% da produção industrial em 1970 e, hoje, detém 30%

Participação do Nordeste na indústria nacional: 5,7% (1970), 8,1% (1980), 7,3% (1996) e 8,5% (2004) – ou seja, sua variação oscilou ao longo das décadas e não apresentou crescimento acentuado como eu imaginava.

A aceleração do processo de desconcentração industrial está gradualmente reduzindo a participação da região Sudeste no Produto Interno Bruto (PIB)
industrial brasileiro, condição que se acentuou na última década. Mesmo assim, em 2020, a participação do Sudeste no (PIB) industrial nacional foi de aproximadamente 53%; ainda muito acima da participação das regiões Sul (19,5%), Nordeste (13%), Norte (7,5%) e Centro-Oeste (7%) – valores
arredondados;

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62
Q

LATOSSOLO (10+)

A

principal tipo de solo do Brasil (32% do território), presente principalmente no cerrado

São solos profundos e intensamente lixiviados, sendo, portanto, ricos em ferro e alumínio (minerais)

Consequentemente, SÃO POBRES NUTRICIONALMENTE E ÁCIDOS, o que é resolvido pela adubação e calagem (adição de pó calcário para diminuir a acidez)

Já foi considerado impróprio para a agricultura, no entanto, seu fácil manejo devido ao seu relevo suave e sua alta porosidade transformaram o cerrado brasileiro no principal núcleo de grãos do país

Lixiviação → Solos que submetidos a intensas chuvas têm seus sais minerais dissolvidos e transportados a outros locais. Apenas os sais menos solúveis em água, como o ferro e o alumínio permanecem (tornando-o ácido)

A lavagem do solo (laterização e lixiviação) gera acúmulo de ferro e manganês, dando uma cor avermelhada ao solo

A principal parte da atividade agrícola é desenvolvida nesse tipo de latossolo (solo pobre corrigido = calagem + indústria química) / planície são sempre planas (processo de sedimentação) e o planalto pode conter partes planas, tendendo a ser acidentado (pelo predomínio da erosão)

Os diversos exemplos de solos de maior fertilidade natural no mundo estão associados à características das rochas de origem, deposição aluvional e características climáticas (se chover muito, o solo tende a ser pobre)

A terra roxa é um latossolo e deveria ser pobre, mas pela sua origem vulcânica de rocha basáltica acabou por enriquecer esse solo, diminuindo os efeitos da laterização e da lixiviação

No BR, é mais fácil encontrar solo pobre do que solo fértil, mas dependendo da origem da rocha há presença de fertilidade. Além da terra roxa, pode-se citar o solo massapê nordestino com origem no calcário

Solos tipicamente tropicais = são antigos e submetidos a intensa atividade (biológica, água) (lixiviação e laterização) = são vermelhos por causa do ferro que fica nas camadas superiores, que é um elemento menos solúvel, a água da chuva entra no solo e carrega os elementos para áreas mais profundas, uma vez que os elementos alcalinos são mais solúveis em água, concentrando elementos ácidos nas partes superiores do solo / Laterização é a continuidade da lixiviação. Ocorre devido o escoamento dos elementos alcalinos, os quais são mais solúveis em água, gerando o acúmulo de elementos ácidos, como os elementos ferrosos (solo avermelhado = solo com ferro).

Laterização é uma das consequências da lixiviação. Há a formação de uma crosta de ferrugem no solo, impossibilitando a penetração de raízes

Entende-se por laterização o processo de transformação dos solos quando uma camada ferruginosa se aglomera sobre eles a partir do processo de lixiviação (lavagem da superfície pelo escoamento da água das chuvas) e do processo de intemperismo químico.

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63
Q

CONFERÊNCIA DAS PARTES (COP) (3)

A

Os países que assinaram o acordo sobre mudanças climáticas na Eco-92 vêm, desde então, participando do encontro anual denominado COP (Conference of Parties).

A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os países Parte em conferências mundiais. Em 2012, o Brasil sediou mais uma conferência climática, a Rio+20, da qual resultou no documento final “O Futuro que Queremos” assinado por 193 líderes mundiais, vinculando os países signatários aos termos do acordo.

OBSERVAÇÃO: No passado, vastas áreas cobertas por florestas atlânticas foram devastadas para a extensão dos canaviais e dos cafezais em diferentes áreas do país. Apenas a cultura do cacau, no sul da Bahia, pôde ser introduzida sem que fosse necessária a eliminação total da cobertura vegetal. Há mais de 250 anos, desde quando foi introduzido na Bahia, o cacau é responsável pela conservação de recursos naturais em sua área de influência. Os primeiros produtores acreditavam que a sombra da cobertura das árvores era necessária para o aumento da produção. Assim, da mata nativa, apenas foi retirada a parte necessária ao plantio da cultura, ou seja, o sub-bosque. Esse foi o modelo apresentado pela Ceplac na Rio+20, a Conferência da ONU para a Sustentabilidade. O modelo cabruca, o modo tradicional baiano de cultivo do cacau, foi a única forma de produção citada como uma das 10 premissas para a garantia da sustentabilidade na produção de alimentos, no documento do governo brasileiro entregue à ONU como contribuição da agricultura nacional para a sustentabilidade do planeta

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64
Q

AMAZÔNIA LEGAL (5)

A

A Amazônia legal foi delimitada pelo governo brasileiro em 1966 como região política para a execução de planos de desenvolvimento e ações de assistência e fiscalização. Ela engloba os 07 estados da região norte, além do Mato Grosso e parte do Maranhão e Goiás (9 Estados).

A Amazônia Legal é uma área definida politicamente, com base em análises estruturais e conjunturais, com intuito de planejar o desenvolvimento social e econômico da região amazônica (não foi definida por LEI).

A maior concentração de áreas desflorestadas ocorre na fração denominada arco do desflorestamento, que compreende parte dos territórios de Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Maranhão / A Amazônia Legal cobre cerca de 60% do território brasileiro e abriga 21 milhões de habitantes, 12% da população total, dos quais 70% vivem em cidades e vilarejos.

O Brasil também tem o maior manancial de água doce do mundo, e a região amazônica sozinha responde por quase um quinto das reservas mundiais

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65
Q

METRÓPOLES

1- Conceito

2- Significado Etimológico Grego

3- Quantidade de metrópoles existentes no Brasil, segundo o IBGE

4- principal diferença em relação ao conceito de região metropolitana

A

Metrópole = etimologia cidade-mãe (do Grego) / é o termo empregado para se designar uma cidade que polariza uma complexa rede de municípios, exercendo influências de ordem econômica, política e sociocultural

Caracteriza-se por metrópole a cidade cujo crescimento urbano é acentuado, o que conduz à absorção de aglomerados rurais e de outras cidades vizinhas e forma área de conurbação.

Metrópole = CRESCIMENTO URBANO + CONURBAÇÃO (definição da CESPE)

É o conjunto de cidades conurbadas e que tem uma cidade principal que, geralmente, lhe dá o nome

Outra definição diz que a conurbação não é imprescindível para que haja uma metrópole. Ela geralmente existe, mas o necessário é a ligação entre a cidade principal e as outras através do fluxo de pessoas (principalmente trabalhadores: o movimento pendular diário) e da influência econômica daquela sobre estas e sobre a região

Metrópole segundo a geografia = A metrópole corresponde aos principais pontos de representação da economia capitalista sobre o meio urbano e geográfico. Uma metrópole é um tipo de cidade responsável por gerar uma grande dependência econômica, política e social em outras localidades e regiões

Há no Brasil quinze metrópoles: São Paulo (SP), classificada como grande metrópole nacional; Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF), que são metrópoles nacionais. Destaca-se, também, Campinas / a junção de metrópoles não conurbadas forma uma megalópole (região urbana pluripolarizada)

METRÓPOLES X REGIÃO METROPOLITANA

O fator metropolitano ganha expressão na política pública brasileira na década de 1970, com a criação das primeiras regiões metropolitanas no ano de 1973 (SP e RJ).

A partir da Constituição Federal de 1988, a criação das regiões metropolitanas passou do âmbito federal para a competência dos estados (explosão de Região Metropolitanas) (mais recentes = Ribeirão Preto e Sobral (CE)).

Essa questão é importante para entendermos que a região metropolitana é uma unidade jurídica, algo normativo, diferentemente de uma área urbana concretamente perceptível no espaço geográfico. No geral, o critério para estabelecimento de uma metrópole é a dependência que os municípios-satélite têm de um município central, tanto no âmbito econômico-social quanto no aspecto territorial-ambiental

** Quem define o nível hierárquico das cidades no Brasil é o IBGE através do REGIC, tendo os estados apenas possibilidade de criar REGIÕES METROPOLITANAS (não confundir com metrópole) **

As metrópoles também diferem das regiões (ou áreas) metropolitanas por estas serem somente uma região de planejamento ou uma formalização daquelas

METRÓPOLE X AGLOMERAÇÃO URBANA

Aglomeração urbana difere das metrópoles pela falta de uma cidade principal que tenha considerável população e importância econômica ao menos regional.

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66
Q

Fragmentação sociopolítico-espacial (3+)

A

= tem como primeiro plano a dimensão política, ou seja, a dimensão do poder. Assim, trata-se de fragmentação territorial, não dizendo respeito às fronteiras estatais, mas ao surgimento de PODERES PARALELOS AO ESTADO, que territorializam vários pontos do espaço interurbano, desafiando o controle estatal.

Como por exemplo as favelas e/ou os loteamentos nas periferias pobres das cidades, dominadas por grupos de traficantes que impõem regras de convivência aos outros moradores e aos estabelecimentos comerciais e de serviços

Fragmentação urbana do tecido sociopolítico espacial brasileiro, na matéria da geografia, refere-se à territorialização de favelas pelo crime organizado como um fator de desordem na escala da cidade como um todo (definição CESPE)

Associar fragmentação urbana = poderes paralelos ao Estado = crime organizado e o controle do território = fragmentação sócio-política

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67
Q

CIDADES GLOBAIS

1- Definição
2- Citar três exemplos
3- classificação de SP pelo GAWC e pelo REGIC

A

a socióloga holandesa Saskia Sassen definiu cidade global como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária. (Conceito retirada do enunciado da prova da CESPE)

As cidades globais não são necessariamente aquelas com grande população. São cidades que concentram sedes de empresas transnacionais e também atividades relativas aos mercados financeiros internacionais e que prestam outros serviços ligados à globalização da economia. Zurique, na Suíça, é um exemplo de cidade global, mas sem ser uma das mais populosas do mundo

Algumas cidades podem ser simultaneamente cidades globais e megacidades, como Nova York e São Paulo, que são polos centrais de uma grande aglomeração urbana.

Cidades globais = nós polarizadores do sistema + concentração de funções de concepção, comando e controle + Tomada de decisões + alta densidade demográfica + intermediárias entre suas regiões e a economia mundial + sede das principais empresas, escritórios, OIs e agências governamentais + São Paulo (Alfa) (Grande metrópole nacional pelo REGIC – Regiões de Influências da cidade = estudo do IBGE) (grande nó Sul-americano) + RJ (Beta) (metrópole nacional pelo REGIC) + BH (Gama-) (metrópole) + nó concentrador de funções de comando e controle + transbordam influência pelo território do país

cidades globais (REGIC = Regiões de Influência da cidade = estudo do IBGE) = SP (ALFA, grande metrópole nacional, grande nó Sul-Americano) / RJ (BETA, metrópole nacional) / BH (GAMA, metrópole)

Observação: 3 Símbolos das novas formas da globalização econômica (Saskia Sassen) = cidades globais, zonas de processamento de exportações e centros bancários offshore

Saskia Sassen é uma socióloga holandesa, conhecida por suas análises nos fenômenos de globalização e de migração urbana, e por ter cunhado o termo cidade global.

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68
Q

3 DIVISÕES REGIONAIS DO BRASIL (5)

A

I) IBGE (5): Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste

II) COMPLEXOS GEOECONÔMICOS (3): Nordeste, Amazônia e Centro-Sul – não considera limites geográficos (norte de MG faz parte do Nordeste) – Geógrafo Pedro Pinchas Geiger – criado no final da década de 60

III) MEIO TÉCNICO CIENTÍFICO-INFORMACIONAL (4): Amazônia, Nordeste, Centro-Oeste e Concentrada (Sul + SP e MG) – MILTON SANTOS – O foco deixa de ser clima e vegetação

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69
Q

RESÍDUOS SÓLIDOS (5+)

A

existem três tipos de destino final para resíduos sólidos: lixão, aterro controlado e aterro sanitário.

O aterro controlado é um estágio intermediário entre o lixão (ou vazadouro a céu aberto ou depósito a céu aberto) e o aterro sanitário.

No aterro sanitário, temos a impermeabilização do solo, para evitar que o chorume (líquido poluente da decomposição de matéria orgânica; mais de 50% do lixo no Brasil é orgânico) contamine o lençol freático

Aterro controlado: forma inadequada de disposição final de resíduos e rejeitos, no qual o único cuidado realizado é o recobrimento da massa e resíduos e rejeitos com terra; controle inadequado

Em 2010 temos a aprovação da LNRS (Lei Nacional de Resíduos Sólidos), a qual obriga os municípios a acabarem com os lixões até 2014. No Brasil, dados apontam que por volta de 76% de todo o lixo acaba nos aterros não controlados, 13% nos aterros controlados e apenas 10% estão nos aterros sanitários; somente o 1% restante passa por tratamento.

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REGIÕES METROPOLITANAS (3)

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As primeiras regiões metropolitanas brasileiras foram criadas em 1973 (Lei Complementar No 14), sendo elas (9): Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS.

No âmbito da Constituição Federal de 1988, seu artigo 25, parágrafo 3o, indica que os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (hoje, mais de +50).

Passam de três dezenas o número de regiões metropolitanas brasileiras, nas quais se concentram mais de um terço dos domicílios urbanos e cerca de 30% da população (gravar 333). Estudos mostram que nas grandes cidades o número de habitantes tende a reduzir-se ou estagnar, ao tempo em que o inchaço populacional se transfere para as cidades conurbadas ao redor (DESMETROPOLIZAÇÃO = cidades médias e cidades ao redor das metrópoles)

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BRASÍLIA (10+)

A

prevista na CF de 1891 e na de 1946 / Em 1892, o belga Louis Cruls, assinalou um território no Planalto Central, entre nascentes de rios que seria ideal para a construção do novo centro política / Também havia a profecia de são João Bosco, apontando para espaço compreendido entre os paralelos 15 e 20 como o lugar do nascimento de uma nova civilização

Critérios geopolíticos, administrativos, gestão territorial = proteção, distanciamento das grandes massas e interiorização (ocupação interior) = Meta Síntese do Plano de Metas (31ª)

As motivações eram, desde esse tempo, de ordem geopolítica (interiorizado no território, o poder político seria mais facilmente protegido de ameaças externas), administrativa (distanciar o centro do poder das grandes massas urbanas) e de gestão territorial (contribuir para a interiorização do povoamento

NÃO são motivos para a construção de Brasília = crescimento da indústria automobilística, protagonismo do capital financeiro na economia e a emergência de cidades do campo na região Centro-Oeste.

Precedentes (Pombal no século XVIII + Vargas e a necessidade de ocupação da hinterlândia = Marcha para Oeste) + obra mais emblemática da política nacional-desenvolvimentista no Brasil + simboliza o fim dos “arquipélagos econômicos” no território BR + amenização da macrocefalia dos grandes centros como RJ e SP + busca por estabilidade institucional + atração dos CANDANGOS Nordestinos (origem das cidades satélites e dos aglomerados subnormais) + terceiro maior PIB do BR (atrás de RJ e SP) + região com maiores índices de desigualdade do país (alto funcionalismo público x economia informal) + erigida em um momento no qual o Brasil começava a adentrar o meio técnico-cientifico-informacionali + integração do território + redefinição de dinâmicas regionais + continentalidade (contrária a transferência de Moscou para São Petersburgo) + reorganização do sistema rodoviário nacional = Rodovias Belém-Brasília e Porto Velho-Brasília + Destino da migração do Sudeste pela deseconomias de escala rumo ao polo dinâmico do Centro-Oeste + desconcentração concentrada (Clélio Campolina) = dispersão concetrada no Centro-Sul + Nova fronteira agrícola dos anos 1970 (Embrapa) + instalação do meio técnico-científico-informacional na região Centro-Oeste + metrópole nacional (IBGE) + NÃO considerada cidade global alfa (GAWC) + ocupação da hinterlândia

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ÁGUA BRASIL E MUNDO

1- porcentagem utilizada pelo agronegócio no Brasil

2- Nome do novo aquífero descoberto no Brasil

3- citar 3+ Bacias brasileiras

4- artigo constitucional afeito ao tema

5-

A

Segundo a Embrapa, no Brasil, cerca de 72% das vazões consumida vão para a agricultura - em especial a irrigada, 11% matam a sede dos rebanhos, 9% são distribuídos pelas cidades e 1% abastecem as áreas rurais. (Gado bebe mais água que os humanos no BR) (e as agricultura bebe 8x mais água)

ÁGUA BR E MUNDO = descoberta do Aquífero Tapajós (Alter do Chão) *** (Maior que o Guarani) (maior aquífero do mundo) / BR com 20% da água doce do mundo

Principais bacias: bacia Amazônica, bacia do Araguaia-Tocantins, bacia do São Francisco, bacia do Parnaíba, bacia do Paraguai, bacia do Paraná e bacia do Uruguai

Água como mercadoria fictícia (produtos primários e carne) (Bertha Becker)

LEGISLAÇÃO = Código das Águas (1930) – Getúlio Vargas / artigo 22 da CFRB = compete privativamente à União legislar sobre águas / 1997 = criação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) / 2000 = criação da Agência Nacional de Águas – ANA, como responsável pelo gerenciamento do Sistema Nacional de Recursos Hídricos

Rio Jordão controlado por Israel é a única fonte de água doce da região (centro das disputas com a palestina)

FLASHCARDS = ÁGUA = BR detém 12% do total das reservas de água doce do mundo / uso maior que o reabastecimento das reservas subterrâneas / motivo de acirramento das disputas geopolíticas (Oriente médio) / dessalinização = processo dispendioso / commoditização da água/ água começa a ser negociada em contratos futuros na bolsa de NY em 2020

Região Norte = maior disponibilidade hídrica e menor consumo nacional (inviabilização de suprir o Sudeste)

Nordeste = solos arenosos, evaporação e transpiração superiores às precipitações + rios intermitentes (desaparecem) = déficit hídrico

Dificuldades de acesso à agua + contaminação (ribeirinhos e indústrias) + assoreamento + custos elevados de revitalização / revitalização do tietê já custou 2,7 bilhões de DÓLARES (BID = banco Interamericano de desenvolvimento + BNDES) iniciado em 1992 por pressão popular (SOS mata atlântica) / criação da lei das águas em 1997 + Agência Nacional da Água (ANA) em 2000 para implementar a lei = preocupação pública da gestão de recursos hídricos = gestão participativa e descentralizada

Rio São Francisco = delimita as fronteiras entre Bahia e Pernambuco, bem como de Alagoas e Sergipe / Transposição em dois eixos = LESTE E NORTE = interligação de rios intermitentes complementares (quando chove na cabeceira do SF é o período de maior estiagem dos rios intermitentes a jusante)

O Brasil dispõe da maior reserva de água doce do mundo, 12% do total, concentrada na região amazônica. É o único país continental do mundo cujo eixo principal está no sentido norte-sul. O País domina a mais avançada tecnologia de processo em agricultura tropical, resultante dos investimentos efetuados por instituições públicas e privadas de pesquisa - QUESTÃO CERTA

Bacias hidrográficas no Brasil são temas de gestão ambiental e de planejamento em nível internacional, isto é, envolvendo países vizinhos. A lei Nacional de Recursos Hídricos prevê a participação do MRE

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MATOPIBA (10)

A

O extrativismo mineral também é bastante expressivo na região amazônica: juntamente com o Maranhão, o Pará abriga o Programa Grande Carajás (PGC), uma extensa área de extração de ferro em meio aos rios Xingu, Tocantins e Araguaia; que começou a ser operada desde os anos 1970 pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). Em Carajás (PA) situa-se a maior mina de ferro do mundo, responsável por grande parte das exportações brasileiras para a Europa e para a China / Cidades importantes do MATOPIBA = Araguaína (TO), Balsas (MA), Uruçuí (PI), Luiz Eduardo Magalhães (BA) (Hoje, o município é o que mais cresce em população no Brasil. Desde sua emancipação, em 2000, sua população saltou de 18 mil habitantes para 80 mil) / . Predomínio de relevo propício a mecanização, regime favorável de chuvas e uso de técnicas modernas. Segundo o Ministério da Agricultura, em 2012, os produtores rurais do Mapitoba produziram 15 milhões de toneladas de grãos. Projeções indicam que em 2022 a produção vai pular para mais de 18 milhões de toneladas. Enquanto a média de crescimento da produção de grãos do país é de 5%, no Mapitoba esse número atinge 20% ao ano. A região já é responsável por 10,6% da soja no país e que o preço das terras naquela região é bem mais vantajoso do que no Mato Grosso. A produção de grãos do Mapitoba é escoada principalmente por meio da ferrovia Carajás e do porto de Itaqui (próximo a São Luís no Maranhão), no Maranhão. No Oeste, os destaques são os portos baianos de Salvador e Cotegipe / sistema de produção intenso e mecanizado / ALTO ÍNDICE de urbanização e de migrações (e bastante emprego direto em setores correlatos) / O oeste da Bahia constitui área de avanço da moderna agricultura, com destaque para a soja e o algodão, e é palco de conflitos das grandes propriedades com comunidades tradicionais do cerrado como, por exemplo, os geraizeiros / Geraizeiros são populações tradicionais que vivem nos cerrados do norte de Minas Gerais. Este termo deriva do fato de que, no norte do estado de Minas Gerais as regiões de Cerrado são conhecidas como Gerais

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74
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NORDESTE - 4 hidrelétricas, estrutura rural e suas características (5)

A

Existem 4 usinas hidrelétricas na região do Nordeste que são: *Sobradinho / *Paulo Afonso / *Três Marias / *Xingó / O Nordeste possui metade das propriedades familiares do país (2 de 4 milhões), notadamente no Agreste e no Sertão. Essas propriedades possuem baixa produtividade e tem grande dependência de apoio público, de programas como o Pronaf.

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75
Q

INAUGURAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL (Superintendências) (4)

A

SUDENE - 1959 – JK / SUDAM - 1966 - M. Castelo Branco / SUDESUL - 1967 - M. Castelo Branco / SUDECO - 1967 - M. Costa e Silva

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76
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3 FORMAS DE POBREZA (MILTON SANTOS) (6+)

A

Estão incluídas nas obras “Pobreza Urbana” e “Por uma outra globalização”

1) Incluída = local, acidental, por vezes sazonal, sem vasos comunicantes e respondida com assistencialismo)

2) Marginalidade = ampla, nacional, relativa, relacionada a DIT e a divisões internas, “doença da civilização”, resolvida com auxílio do governo por meio do Estado de bem-estar social

3) Estrutural ou Globalizada = global, sistemática, sem remédio, gerada pelo aumento do desemprego e da redução do valor do trabalho

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77
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BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO (10+)

A

altas médias pluviométricas também no baixo curso (Zona da Mata Nordestina, local de clima tropical atlântico) / ou seja, há chuvas a jusante e a montante / rio PERENE (não seca ou NÃO intermitente) devido à nascente em área úmida da Serra da Canastra / considerado o rio de integração nacional / O Rio São Francisco possibilita a fruticultura, irrigando as produções, bem como é utilizado na produção de energia em usinas hidrelétricas / 2700 km de rio, ocupando 8% do território nacional / percorre 7 Estados e 507 municípios = Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas / Este apresenta duas regiões de maior navegabilidade. São elas: o estirão médio, que apresenta cerca de 1.371 km de extensão (entre Minas Gerais, Bahia e Pernambuco), e o baixo estirão, com, aproximadamente, 208 km de extensão (entre Alagoas e a foz — local onde o rio deságua: o Oceano Atlântico) / A bacia do Rio São Francisco é a mais extensa entre as bacias exclusivamente nacionais / banha o cerrado, a mata atlântica e a caatinga / A primeira tentativa de transpor o rio aconteceu em 1847. A ideia foi apresentada a Dom Pedro II pelo engenheiro Marcos de Macedo, que pretendia diminuir os problemas da seca nordestina / Outras tentativas — nos anos de 1856, 1886 e 1889 — não vingaram. Nos governos de Getúlio Vargas, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, a questão da transposição do Rio São Francisco também foi pauta, mas, novamente, não saiu do papel / a atual transposição possui dois eixos = NORTE (Pernambuco) e LESTE / também conhecido como “Nilo brasileiro”, em virtude de suas cheias, que tornam férteis suas margens / interliga as regiões Nordeste e Sudeste / desempenhou um importante papel na ocupação do território ao permitir a entrada das bandeiras / possui grandes usinas hidrelétricas, como Xingó e Sobradinho / Além do assoreamento, o velho chico tem sofrido salinização no baixo curso, associada à redução da vazão devido a construção de hidrelétricas, gerando maior entrada da água do mar dentro do rio.

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78
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CONFERÊNCIAS PÓS II GUERRA (6+)

A

YALTA, POTSDAM = Na conferência de Yalta, (conferência da Crimeia) houve a anexação dos Estados Bálticos e do Leste Europeu à União Soviética, o que praticamente restaurou a extensão do antigo império russo + os chefes de governo dos Estados Unidos (Franklin D. Roosevelt) e da União Soviética (Josef Stalin), e o primeiro-ministro do Reino Unido (Winston Churchill) reuniram-se em segredo em Yalta para decidir o fim da Segunda Guerra Mundial e a repartição das zonas de influência entre o Oeste e o Leste, em fevereiro de 1945, eles assinam os acordos cujos objetivos são de assegurar um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória final / na Conferência de Potsdam (julho de 1945) houve a divisão da Alemanha em quatro zonas: três ocidentais capitalistas e uma zona oriental socialista / ** YALTA = DIVIDE A EUROPA (fevereiro) / RENDIÇÃO ALEMÃ (maio) / POTSDAM = DIVIDE A ALEMANHA (julho) ** / Posteriormente, em 1961, a zona aliada (americana, britânica, francesa) em Berlim seria isolada do resto da Alemanha Oriental pelo Muro de Berlim, que completou a fronteira interna alemã.

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79
Q

DADOS SOBRE POPULAÇÃO MUNDIAL

1- Perspectivas para 2050 e 2100

2- Quando a Índia superará a China ?

3- Taxa de nascimento por mulher atual

4- Expectativa de vida global atual

5- Organismo responsável por populaçõs na ONU (UNFPA)

6- Citar pelo menos 5 países ou territórios que possuem desvio de gênero

A

Segundo novo relatório, habitantes do planeta devem chegar a 9,7 bilhões de pessoas em 2050 e cerca de 11 bilhões em 2100; crescimento desacelerou e taxa de fertilidade deve continuar caindo;

2018 = Pela primeira vez, existem mais pessoas com mais de 65 anos do que crianças com cinco anos ou menos

Entre 2019 e 2050, nove países representarão mais da metade do crescimento projetado da população mundial: Índia, Nigéria, Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tanzânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos***

Por volta de 2027, a Índia deve superar a China como o país mais populoso do mundo (superou em 2023). A população da África Subsaariana deve dobrar até 2050.

A taxa global de fertilidade caiu de 3,2 nascimentos por mulher em 1990 para 2,5 em 2019. A tendência de queda de natalidade deve continuar para 2,2 nascimentos por mulher em 2050

É necessário um nível de fecundidade de 2,1 nascimentos por mulher para evitar o declínio da população.

A expectativa de vida global aumentou de 64,2 anos em 1990 para 72,6 anos em 2019 e deve aumentar para 77,1 anos em 2050.

A África cresce o dobro (2%) do mundo (1.1%) hoje – Níger e Serra Leoa lideram a taxa de crescimento populacional mundial, crescem 3% ao ano / O mundo já cresceu 2.1% ao ano, mas hoje cresce a 1.1%, o que indica desaceleração

A imigração sul-sul (38%) ultrapassou a imigração sul-norte (35%) em 2011 (crise subprime)

A população do Sudeste passa a ser maior que a do Nordeste em 1890-1900 = virada do século (NE repulsor e Sudeste atrativo)

Manaus é a 7ª maior aglomeração urbana do BR com mais de 2 milhões de habitantes

Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) (United Nations Population Fund) (1969, NY – NY) = organismo da ONU responsável por questões populacionais / apoia os países na utilização de dados sócio demográficos para a formulação de políticas e programas de redução da pobreza

Relatório sobre a Situação da População Mundial (2020) = é publicado anualmente pelo UNFPA desde 1978. A cada ano, o relatório enfoca questões de interesse da atualidade relacionadas a população e desenvolvimento / tema 2020 = práticas que prejudicam mulheres e meninas e impedem a igualdade

Desvio de proporção de sexo = China, Hong Kong, Taiwan, Índia, Nepal, Coreia, Cingapura, Vietnã

Observação: Japão (2020) = 126 milhões de habitantes + variação populacional = -0,2% + taxa de fecundidade = 1.4 + expectativa de vida = 85 anos /

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FECUNDIDADE (10+)

A

A taxa de fecundidade média no mundo está em 2,4 filhos por mulher em idade fértil, pouco superior a taxa de reposição populacional. No entanto, em diversos países do mundo, inclusive o Brasil, esse número é inferior a 2,1 filhos, o que indica tendência futura de redução populacional (Brasil está em 1,7 filhos por mulher (abaixo da reposição populacional = 2.1)

Taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.

Segundo o IBGE a população irá parar de crescer em 2042 / a queda mais acentuada no Brasil se deu no menor número de filhos da população POBRE e MENOS ESCOLARIZADA (contra intuitivo) (20% mais pobres caiu 1 filho por mulher em 14 anos [2001-2015] = caiu de 3,45 para 2,9 filhos por mulher = mulheres com até 4 anos de estudo)

Mulheres com mais de 12 anos de estudo tiveram queda na taxa de fecundidade de 1,56 para 1,18 nesses 15 anos

A maior taxa é da região Norte (2,12) e a menor no Sudeste (1,7) / problemas no BR = gravidez na adolescência = 1/5 bebês que nascem são de adolescentes / acesso a informação, serviço, urbanização (84%) / a taxa da região Norte era de 8,33 filhos por mulher em 1960 / a queda ocorre primeiro na mortalidade, depois na fertilidade

Maior fecundidade do mundo = Somália (6,5) e a menor = Portugal (1.1)

Histórico da Taxa de fecundidade no BR = 6,16 (1940), 6,21 (1950), 6,28 (1960), 5,75 (1970), 4,35 (1980), 2,89 (1990), 2,38 (2000), 1,90 (2010)

Taxa de fecundindade de União Europeia = 1,56 filho por mulher = todos os países da UE estão abaixo da taxa de reposição (2,1) e o Brasil está com 1,76 filho por mulher

Três maiores taxas de fecundidade da UE: França (1,86), Romênia (1,77) e Irlanda (1,71)

Três menores taxas de fecundade da UE: Malta (1,14), Espanha (1,23), Itália (1,27)

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MODELO DE THOMPSON, TAXA DE NATALIDADE E DE FECUNDIDADE (10)

A

Criada em 1929 pelo demógrafo norte-americano Warren Thompson, a Teoria da Transição Demográfica teve como objetivo fundamental contestar a Teoria Malthusiana, cuja afirmação fundamental se baseava em um crescimento populacional fortemente
acelerado e que caminhava em um ritmo de progressão geométrica e culminaria na fome crônica.

Objetivos = explicar o crescimento natural até então + Propor uma tendência para o futuro / modelo baseado em um conjunto populacional fechado = desconsidera o saldo migratório /

O modelo divide-se em 4 fases:

1) longa fase 1 com baixo crescimento natural e a algumas quedas / alta mortalidade e alta natalidade / Europa do Século XVIII e Brasil até 1940-50

2) a parte 2 indica grande queda na taxa de mortalidade (1930 no Brasil) (fase 2 no BR = 1930-1960) gerado pela I Revolução Industrial / manutenção de altas taxas de natalidade e queda da mortalidade = Explosão Demográfica / inicio da superação do rural pelo urbano / gerada principalmente pela queda da mortalidade, que é técnica, enquanto a queda da natalidade é cultural – o que justifica a explosão demográfica (1940-50-60 no Brasil) / 1950 = 50 milhões e 1970 = 80 milhões / 1960 = taxa de fecundidade de 6,28, hoje, estamos com 1,71

3) fase 3 = 1970-202X = estamos na transição para a fase 4 / A partir de 1980 (queda da taxa de natalidade), o Brasil passa para a fase 3 e está atualmente no final da fase 3, adentrando a fase 4 nos próximos anos / baixa mortalidade e queda da natalidade = crescimento populacional menor e mais equilibrado

4) Fase 4 = as taxas de mortalidade continuam
baixas e as taxas de natalidade seguem em redução, aproximando-se, cada vez mais, dos índices de mortalidade, o que acaba gerando baixíssimos índices de crescimento populacional, associados a um maior envelhecimento da população.

5) A possibilidade de se estruturar uma Quinta Fase da Transição Demográfica, já é possível de ser verificada em alguns países em que a taxa de natalidade cai a
índices inferiores aos da taxa de mortalidade. Isso acaba provocando uma situação negativa conhecida como “Decréscimo Populacional”.

Atenção: a urbanização derruba a taxa de mortalidade e depois a natalidade (sempre mortalidade primeiro) / A mortalidade é o primeiro a cair no modelo de thompson já na fase 2. Logo em seguida, na fase 3, a natalidade cai abruptamente. O crescimento vegetativo é a diferença entre as duas linhas. A queda da mortalidade (mudança técnica = água, esgoto, remédios) antecede a natalidade (mudança cultural).

Conferência de Estocolmo (1972) = adoção do discurso malthusiano = relatório limites do crescimento

A partir de 2020 no Brasil, há uma tendência a um aumento da taxa de mortalidade, puxada pelo envelhecimento populacional

NÃO CONFUNDIR:

** Taxa de natalidade = nascimento por mil habitantes / identifica o número de nascimentos ocorridos em um ano e a População Absoluta (PA) de uma determinada localidade / Esta taxa leva em consideração exclusivamente os nascidos vivos, excluindo-se, portanto, os que nasceram sem vida ou que morreram logo após o nascimento / O cálculo é realizado a cada grupo de 1.000 habitantes, sendo o resultado obtido
a partir da seguinte equação: TN = nascimentos no ano x 1000 dividido pela População Absoluta / identifica
o número de nascimentos ocorridos em uma localidade.

** Taxa de fecundidade = número médio de filhos por mulher em idade fértil (15-49 anos segundo a ONU) / refere-se ao número médio de filhos nascidos vivos que uma mulher poderá ter durante seu período de vida fértil (a ONU adota o padrão de idade fértil feminina dos 15 aos 49 anos) / analisa a média de filhos que uma mulher poderá ter durante seu ciclo reprodutivo / a TF ajuda a identificar o comportamento do crescimento vegetativo que ocorre com o passar do tempo e as novas realidades sociais que são vivenciadas dentro de um conjunto populacional / A TF tem sofrido e evidenciado os efeitos das mudanças culturais da população e que repercutem na Taxa de Natalidade

Crescimento vegetativo ou natural = número de mortos - número de nascidos / o crescimento vegetativo brasileiro é de +0,82 ao ano segundo o IBGE, estamos abaixo da taxa de reposição. Sendo um crescimento mais lento que se aproxima de zero. Não se fala decrescimento populacional, mas desaceleração da taxa de fecundidade.

O fato é que as duas taxas estão relacionadas com a mesma condição – o crescimento populacional –, mas possuem bases analíticas diferentes.

O modelo de Warren Thompson só tem 4 fases, e países como o Japão com mortalidade maior que a natalidade não estão contemplados, pois não há uma quinta fase / A segunda fase é marcada pela explosão demográfica. A América Latina está na fase 3, e alguns países como o Brasil já visualizam a fase 4

A taxa de crescimento populacional mundial passou 1.8% (1950) para 1% (2020 e perspectiva de 0,5% (2050). O mundo está na fase 3 do modelo de Thompson.

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REGIC (2018) (IBGE) (10+)

A

A pesquisa Regiões de Influência das Cidades - REGIC define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais brasileiras e qual o alcance espacial da influência delas.

O REGIC 2018 indica que há 15 metrópoles no BR, mas hoje em 2020, há pelo menos 16 / Vitória, Campinas e Florianópolis são as novidades / Regiões de Influência das Cidades - REGIC define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência /

O fator principal nesse conceito é o nível de complexidade das economias urbanas (não tem a ver com população, tamanho ou indústria, mas sim com sede de multinacionais, bolsa de valores, infraestrutura, etc.)

Seguindo as categorias adotadas na versão anterior da Regic (REGIÕES…, 2008), as Cidades foram classificadas em cinco grandes níveis com subdivisões internas. São eles: Grande Metrópole Nacional, Metrópole Nacional, Metrópole, Capital Regional do tipo A B e C

SP = GRANDE METROPOLE NACIONAL

RJ E BRASILIA = METRÓPOLES NACIONAIS

12 RESTANTES = METROPOLES

15 metrópoles = SP como grande metrópole nacional disparada (primeiro nível) (21,5 milhões de habitantes e 17,7% do PIB nacional em 2016)

Metrópoles nacionais = RJ e Brasília (também no primeiro nível, logo abaixo) (segundo nível hierárquico) / O Arranjo Populacional de Brasília/DF contava, em 2018, com 3,9 milhões de habitantes, enquanto o do Rio de Janeiro/RJ somava 12,7 milhões na mesma data

Metrópoles = Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, Campinas e Florianópolis (novidades 2018) = segundo nível de gestão territorial

Há 70 capitais regionais dividas em a, b e c – elas são as próximas cidades para tornarem-se metrópoles

*** O novo REGIC reforça o conceito de Região Concentrada, de Milton Santos, pois agora todas as capitais de estado desse recorte regional possuem status de metrópole. Além disso, na Região Concentrada temos a única cidade de interior definida como metrópole, Campinas, e uma cidade interiorana com status de Capital Regional do tipo A, Ribeirão Preto

Quem define o nível hierárquico das cidades no Brasil é o IBGE através do REGIC, tendo os estados apenas possibilidade de criar REGIÕES METROPOLITANAS (não confundir com metrópole)

** A REGIC 2018 adotou o conceito de arranjos populacionais no processo de definição da hierarquia urbana no país. Quase todas as metrópoles brasileiras (EXCEÇÃO: MANAUS) e algumas capitais regionais realizam arranjos com cidades vizinhas, definidos pela conurbação ou pelo movimento pendular que envolva mais de 10 mil pessoas por dia

** Não há definição oficial para cidades médias no país **

As cidades médias são centralidades nos próprios contextos regionais, constituindo uma articulação da sua região de influência à economia mundial – CERTO – TPS 2021

De acordo com o IBGE (estudo REGIC), as cidades brasileiras podem ser classificadas em ordem decrescente de importância, sendo: Metrópoles (grande metrópole nacional, metrópole nacional e demais metrópoles); Capitais Regionais (capital regional A, capital regional B e capital regional C); Centros Sub-regionais (centro subregional A e centro sub-regional B); Centro de Zona (centro de zona A e centro de zona B) e Centro Local) – NÃO há classificação oficial para cidades médias

É BAIXA a mobilidade na rede urbana brasileira, nos últimos 10 anos, 86% das cidades mantiveram sua hierarquia. Destaque para Campinas, Florianópolis e Vitória, as quais tornaram-se as novas metrópoles brasileiras segundo o REGIC 2018.

Entre 2008 e 2018, o Brasil formou três novas metrópoles e 32 cidades foram elevadas a capitais regionais em 12 estados. Apesar disso, é baixa a mobilidade na rede urbana brasileira, pois, nesse período de dez anos, 86% das cidades não sofreram alteração.

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83
Q

CHINA - BREVE HISTÓRICO A PARTIR DE 1950 - ATUALMENTE

1- Motivo e ano da grande fome

2- Conceito e ano do estabelecimento do Wan Xi Shao

3- Ano, conceito e consequência do HUKOU

4-

A

Maior país na Ásia e o terceiro maior país em todo o mundo, logo depois da Rússia e Canadá.

Grande Fome (1958-1961) (15-55 milhões de mortos) motivada pela política de reforma agrária do Grande Salto para Frente de Mao Tse Tung

1970 = Instauração da Política do “Wan Xi Shao” visando redução da população por via educativa e planejamento familiar - incentivava as mulheres a terem o primeiro filho em idades mais avançadas, que mantivessem um espaçamento maior entre os filhos e que limitasse o tamanho da prole

1979 = Deng Xiao Ping institui a política de filho único = institui o HUKOU que dava acesso aos serviços públicos apenas para os primeiros filhos e multas

Essa política gerou o DESVIO DE GÊNERO = infanticídios femininas, busca por noivas estrangeiras = sequestros e compras), envelhecimento, retardo da urbanização, desacelerou o crescimento populacional, encurtamento do bônus demográfico

Também é o período das 4 modernizações (hiperindustrialização) = socialismo de mercado (Kissinger – On China)

Deng Xiaoping = insere a China na economia de mercado e adota “um país, dois sistemas” = foco inicial nas Zonas Econômicas Especiais = mão de obra intensiva = inicialmente, indústria têxtil e de brinquedos

2016 = Xi Jiping – passa a flexibilizar a política de filho único (2 filhos), após tornar-se 50% urbano / China passa a ter uma classe média equivalente aos EUA em números absolutos

Atualmente – população urbana, envelhecida (não repõe 2,1 filhos por casal), de maioria masculina / problemas previdenciários gerado pelo modelo 4-2-1 = 4 avós, 2 filhos e 1 neto (peso econômico sobre os mais novos) / final da fase 3 do modelo de transição demográfica de Warren Thompson

Dona de 1/4 da capacidade eólica mundial, a China é o país que lidera a expansão do setor (potência instalada 30 vezes maior que o BR). Seguida dos EUA, Alemanha, Espanha e Índia

Matriz Energética da China = Carvão (70%), petróleo (14%), biocombustíveis (9,5%) / A China exerce um papel importante no comércio internacional de alimentos no mundo e é o quarto país no ranking de exportação

FLASHCARDS = China = autocracia / busca da modernização pelo “grande salto para frente” / após 1949 = aproximação da URSS para industrialização e planificação econômica / No entanto, a industrialização só veio após o rompimento com a URSS / Hoje, o “efeito China” causa alta nos valores das commodities

Limita-se com 14 países: ao leste, com a República Popular Democrática da Coreia; ao norte, com a Mongólia; ao nordeste, com a Rússia; ao noroeste, com o Cazaquistão, Quirguistão e Tadjiquistão; ao sudoeste, com o Afeganistão, Paquistão, Índia, Nepal e Butão e ao sul, com a Birmânia, Laos e Vietnã. Além disso, através dos mares, a China ainda se limita com o Japão, Filipinas, Malásia, Indonésia e Brunei.

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84
Q

5 TIPOS DE INTERAÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA

A

Em função de características físicas, estudos realizados pelo Ministério da Integração Nacional identificaram cinco tipos de interação transfronteiriça:

1) Zona-tampão (locais estratégicos, restritos ou interditados por partes ou áreas protegidas);

2) Frentes (de povoamento);

3) Margem = pouco contato, contatos familiares e poucas trocas comerciais, ausência de infraestrutura conectando;

4) capilar = trocas difusas com pouca infraestrutura, pouca atuação do Estado e

5) Sinapse (auto grau de trocas, com infraestrutura e ação Estatal)

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85
Q

EVOLUÇÃO DA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE NO BR (10+)

A

** Unidades de Conservação no Brasil atual = 18% da área total do Brasil (+12% de reservas indígenas) (total 30% de áreas protegidas) **

ANTECEDENTES
Leis Ambientais da Era Vargas = Código Florestal (1934), Código de Minas (1934), Código das Águas (1934) e Caça e Pesca – as quatro buscam regular o acesso à recursos, não proteger o meio ambiente / 1937- Parque Nacional de Itatiaia / 1965- Reforma do Código Florestal

1973- Criação da SEMA - Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA. É o Brasil voltando de Estocolmo e a necessidade de mostrar serviço

1981 = Lei Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Guinada na Política Ambiental do Brasil antes da Constituição. Inaugura a visão PREVENTIVA, obrigação de licenciamento ambiental. Grande marco.

1986 = Regulamentação do Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

1988 = Constituição = art.225 = Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações

Artigo 225, § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são ** patrimônio nacional **, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

AMAZÔNIA + MATA ATLÂNTICA + SERRA DO MAR + PANTANAL + ZONA COSTEIRA = PATRIMÔNIO NACIONAL

1989 = Criação do IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Substituindo a SEMA, IBDF e SUDEPE)

1992 = Ministério do Meio Ambiente (na esteira do RIO92)

2000 = criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) *** com 2 tipos de unidades = unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável / São 3 ÁREAS DE PROTEÇÃO INTEGRAL = Estação ecológica, Reserva Biológica e Parque (não confundir com uso sustentável) / ÁREAS Uso sustentável = Área de proteção ambiental (APA), Reserva Extrativista

2005 = Lei de Biossegurança (CNTBIO)

2004 = PPCdAm*** = Plano de Proteção e Combate ao Desmatamento na Amazônia = política governamental do Ministério do Meio Ambiente de 2004 = gerenciamento para longo prazo = monitoramento, fiscalização e promoção de atividades sustentáveis na Amazônia (seu sucesso gera o PPCerrado e PPCaatinga em 2010) = gerou queda continua nos índices de desmatamento

2007 = Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) = governo lula = enfraquecimento do IBAMA para autorizar obras e buscar o desenvolvimento + é uma autarquia em regime especial vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e integrada ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) + O instituto é responsável por propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as unidades de conservação federais, além de fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção da biodiversidade em todo o Brasil. Surgiu de uma reestruturação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), anteriormente responsável por tais atribuições / Todas as unidades de conservação atuais do Brasil são feitas pelo ICMBIO

2008 = O Plano Amazônia Sustentável (PAS) = diretrizes gerais e marco no desenvolvimento sustentável BR (não a preservação estrita), inspirada no trabalho de Bertha Becker e na “incógnita do heartland” / Água virtual ou fictícia *** (conceito de Berta Becker) (externalidade negativa em tempos de commoditização da água) /

2010 = PPCerrado - Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado e Lei Nacional dos resíduos Sólidos

2015 = Contribuição Nacionalmente Determinada Brasileiras (NDC) = documento dos compromissos BR apresentado na COP21 / compromisso Brasileiro no Acordo de Paris de zerar o desmatamento até 2030 + 45% de fontes renováveis na matriz energética (média global de 13%) + restauração de 12 milhões de hectares de vegetação / adoção do modelo de integração lavoura-pecuária-floresta

PROBLEMAS AMBIENTAIS POR REGIÃO

O Norte detém o maior rebanho bovino do país, além de ser a principal fronteira energética / Usina de Balbina na Amazônia = baixa produtividade e alto custo ambiental / Redução do apoio Norueguês e Alemão no Fundo Amazônia / Importância da agricultura familiar (produção de 90% da mandioca do país) e do PRONAF

Pampas = pecuária gerando arenização do solo (não confundir com desertificação)

Cerrado = berço das águas brasileiras = perda de cobertura vegetal e contaminação das águas /

Arco Norte (2009) = projeto de infraestrutura gigante no norte do país para escoamento da produção

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86
Q

nível de desmatamento, área total e % de áreas protegidas dos biomas (10)

A

Área total do BR = 8,5 milhões de km² ou 8,5 milhões de ha

Mata Atlântica = 90% desmatado, 110 milhões ha e 9% de áreas protegidas)

Cerrado = 50% desmatado, 205 milhões de ha e 12% de áreas protegidas)

Caatinga = 50% desmatado, 82 milhões de ha e 8% de áreas protegidas)

Pampa = 50% desmatado, 17 milhões de ha e 3% de áreas protegidas

Amazônia = 18% desmatada, 420 milhões de ha e 50% de áreas protegidas

Pantanal = 14% desmatado, 15 milhões de ha e 5% de áreas protegidas

O Cerrado tem sido uma preocupação pois representa ¼ dos biomas brasileiros e foi intensamente desmatado nos 40 últimos anos

Biomas mais protegidos: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa

Biomas mais alterados = Mata Atlântica (80-90%), Cerrado, Caatinga e Pampa (50%), Amazônia (18-20%) e Pantanal (14% - alterado pelos incêndios)

Pantanal só possui 2 reservas, sua conservação se dá devido às inundações

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87
Q

TOYOTISMO (3)

A

Jidoka + Just in Time / Jidoka = integração do trabalhador com a indústria ou máquina / POLIVALÊNCIA do trabalhador / Jidoka significa autonomação (automação com um toque humano) e é um dos pilares do Sistema Toyota de Produção

88
Q

Terciarização x Terceirização (4)

A

A terciarização representa a atuação dominante do Setor Terciário da Economia. Na prática, vimos a comercialização de produtos (em lojas, farmácias, supermercados) e serviços (bancários, médicos, advocatícios) direcionados ao consumidor final (que é um importante agente da economia interna) / Por outro lado, a Terceirização representa a contratação de uma empresa terceira para executar serviços específicos em uma organização pública ou privada. A ideia da Terceirização é gerar eficiência e diminuir os encargos trabalhistas da empresa contratante / Terceirização = ESPECIALIZAÇÃO da produção, utilizar mão de obra no core da empresa e as demais funções são terceirizadas.

89
Q

MM de chuvas no BR e climas brasileiros (10)

A

Amazônia e algumas áreas da mata atlântica como Cubatão e Angra (2000-2500mm) / Sul e Centro-Oeste = 1200mm (bem distribuído no Sul e metade do ano no Centro-Oeste = chove no verão e não chove no inverno = tropical típico) / Polígono das Secas brasileiro (600mm) / O Polígono das Secas é uma área de 1.108.434,82 km², correspondentes a 1.348 municípios, e que está inserida nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. (É o Norte de MG, pegando todo o sertão e o MATOPIBA) / Clima Tropical típico = centrão do Brasil (Brasília) = abrange os estados de Minas Gerais e Goiás, parte de São Paulo, Mato Grosso do Sul, parte da Bahia, do Maranhão, do Piauí e do Ceará. É um clima tropical típico, quente e semiúmido, com uma estação chuvosa (verão) e outra seca (inverno) / 6 climas BR = Equatorial, Tropical, Tropical de altitude, Tropical Atlântico, Semi-árido, Subtropical / Clima no Sertão Nordestino = quadra úmida = chove em torno de 4 meses (podendo ser entre dezembro e maio a depender do Estado) – esse período é chamado de “inverno” pelo sertanejo

90
Q

5 Massas de AR BR e CLIMA (10+)

A

1) Massa Equatorial continental (mEc) (Amazonas rumo ao país) = gera a pluviosidade no verão em todo o país

2) Massa Equatorial atlântica (mEa) (Norte e Nordeste, responsável pelos alísios)

3) Massa Tropical continental (mTc) (parte do PY e da ARG, é a única completamente seca, todas as demais vem de ambientes úmidos e, por isso, os verões são chuvosos no país)

4) Massa Tropical atlântica (mTa) (Parte do Oceano do Sul até a Bahia) (surge pouco acima da massa polar atlântica)

5) Massa Polar atlântica (mPa) (parte do extremo sul e adentra todo o continente em 3 faixas = litoral até a Bahia, outra até a divisa de SP com MG e a terceira que chega até a Amazônia pela fronteira oeste BR) = é a protagonista do inverno, contendo a mEc Amazônica e empurrando as demais para fora do país, resultando em inverno frios

O clima do Brasil Central é caracterizado por elevada pluviosidade no verão, devido à ação da mEc (rios voadores) e inverno seco devido à ação de uma massa seca, a mTc ou de massas que chegam secas à região, a mTa e a mPa

** As massas de ar auxiliam na formação dos 5 Domínios Climáticos Brasileiros (Equatorial, Tropical, Tropical de Altitude, Sub-tropical, Tropical Atlântico (litoral inteiro) e Semi-Árido **

Sul = clima subtropical = sofre alternância entre a mPa e mTa ao longo do ano, fazendo com que o clima subtropical possua a maior amplitude térmica anual no território BR. No verão temos chuvas convectivas devido ao domínio da mTa e no inverno chuvas frontais devido à ação da mPa, ou seja, chove o ano inteiro no Sul

** No Brasil quanto mais próximo da linha do equador, menos a amplitude térmica ** (por isso, os pampas tem a maior amplitude térmica do país)

Clima Equatorial = Apresenta temperaturas médias elevadas (de 25 °C a 27 °C), chuvas durante todo o ano e reduzida amplitude térmica (inferior a 3 °C)

Clima tropical = O índice pluviométrico é de cerca de 1,5 mil milímetros anuais

91
Q

Marcha para OESTE BR (10+)

A

Política do Estado Novo (1937-1945) para integrar o Centro-Oeste e o Norte / No início da década de 40, praticamente todos os 43 milhões de habitantes do país estavam concentrados no litoral e viam o interior do próprio país como algo exótico. A região não passava de uma enorme e inexplorada mancha na geografia brasileira

A noção de “vazio” territorial atualizava o conceito de “sertão”, entendido como um espaço abandonado que desde as denúncias de Euclides da Cunha vinha preocupando as elites brasileiras interessadas em construir uma nação

Para tal empreendimento, Vargas precisava conhecer bem o território a ser integrado, assim, criou-se uma série de entidades com o intuito de produzir informações para o desenvolvimento das ações do governo, como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de 1938

Essas agências ajudariam o Estado a formular e implementar suas políticas destinadas a vencer os “vazios” territoriais e a pouca interação da rede urbana

A forma de integração entre as regiões e as cidades que o governo federal optou naquela ocasião foi o transporte terrestre, portanto, a criação em 1937 do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) indica sem dúvida a importância das estradas como instrumento de comunicação entre as regiões e as cidades

Foi assim que, em 1940, Vargas lançou a chamada “Marcha para o Oeste”, como uma diretriz de integração territorial para o país. E o fez durante os festejos de inauguração da cidade de Goiânia

Decorar: Conselhos Nacionais = geografia, cartografia e estatística + IBGE + DER (1937) = Marcha para Oeste (1940)

A realização da marcha, além de conquistar o apoio da população contou com a ajuda de empresários paulistas que fizeram doações às diversas expedições para reconhecimento do solo convencidos pelo discurso nacionalista, de relembrar as bandeiras dos séculos passados

A ação política concreta do Estado Novo se fez sentir com a criação dos territórios federais em 1943: Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Guaporé (atual Rondônia), Iguaçu e Ponta Porã. O governo federal atuou também na região de colonização do norte do Paraná, o que deu origem a uma série de novas cidades como Londrina, Maringá, Cianorte, Umuarama

As linhas mestras da “política territorial” - políticas de povoamento, regulando o deslocamento populacional, de transporte e de comunicação - do governo Vargas seriam retomadas posteriormente por Juscelino Kubitscheck. A construção de Brasília pode ser entendida como uma nova “Marcha para o Oeste”, já que deslocou populações (os chamados “candangos”, principalmente migrantes nordestinos) para os sertões e possibilitou que os equipamentos da vida urbana chegassem a uma região que os desconhecia. Mais que isso, levou o poder central para o interior e serviu para iniciar um processo de deslocamento da modernização brasileira do Centro-Sul para o Centro-Oeste

Criação da Sudene por JK e da Sudam e Sudeco pelos governos militares

Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste ou Sudeco é uma autarquia federal brasileira criada em 1967, com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico da região Centro-Oeste. A autarquia tem jurisdição sobre os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal. Tem sede e foro na capital federal, Brasília. A Sudeco substituiu a extinta Fundação Brasil Central.

92
Q

POLÍTICA INDIGENISTA BR

1- Quantidade da população indígena no Brasil

2- Ano da primeira proibição de escravização

3- Principal Serviço criado durante a I República (SPI)

4- Status civil concedido ao índio na I República

5- Ano da fundação que substitui que substitui o SPI

A

Atualmente, o BR conta com cerca de 1 milhão de indígenas e 305 etnias, segundo o IBGE / combate da escravidão pelos jesuítas a partir de 1549

** Tese: No período colonial, a política para os índios envolveu extremos **

Em 1570 surge a primeira lei que só permite a escravização do índio por meio de guerra justa / Escravidão indígena proibida definitivamente em 1755

Já a legislação imperial não é benéfica aos índios, seja pelo Regulamento das Missões de 1845, a lei de terras de 1850 ou as decisões contrárias aos índios de várias Assembleias Provinciais. No século 19, a política para os índios foi marcada pela remoção e reunião de aldeias

** Com o advento da República e a criação do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), foram estabelecidos ou reforçados alguns princípios indigenistas, voltados para a prevenção de qualquer coerção ou violência aos índios, o respeito às instituições e valores indígenas e a garantia à posse de suas terras **(revolucionário por conviver com um período histórico de ideias evolucionistas sobre a humanidade e seu desenvolvimento por estágios) = Por isso, o ordenamento jurídico vigente à época considerava os índios indivíduos “relativamente incapazes”, estabelecendo a figura jurídica da tutela, incorporando a prática da assimilação destes povos à sociedade nacional, e desconsiderando o conceito de garantia de sua reprodução física e cultural / o SPI acabou sendo extinto, nos anos 60, por problemas de corrupção, esbulhos de terras indígenas, etc

Em substituição ao SPI, pela Lei nº 5371, de 5 de dezembro de 1967, foi instituída a Fundação Nacional do Índio (FUNAI)

1973 = Estatuto do Índio, que regula a situação jurídica dos índios / regionalmente, tem como marco o 1º Congresso Indigenista Interamericano, realizado, no México, em 1940

Até 1988 a política indigenista brasileira estava centrada nas atividades voltadas à incorporação dos índios à comunhão nacional, princípio indigenista presente nas Constituições de 1934, 1946, 1967 e 1969.

A Constituição de 1988 suprimiu essa diretriz, reconhecendo aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam

Assim, o principal objetivo da política indigenista hoje é a preservação das culturas indígenas, através da garantia de suas terras e o desenvolvimento de atividades educacionais e sanitárias.

93
Q

GROELÂNDIA (7+)

A

região autônoma da Dinamarca / é a maior ilha do mundo / cercada pelo oceano Glacial Ártico, mar da Groelândia, oceano atlântico, mar do Labrador e Baía de Baffin / A partir de 984 d.C., foi colonizada por noruegueses estabelecidos em dois assentamentos na costa oeste sobre os fiordes perto da ponta sudoeste da ilha. Eles prosperaram durante alguns séculos, mas, após quase quinhentos anos de habitação, desapareceram por volta do século XV / Dinamarca-Noruega reafirmou a sua reivindicação latente para a colônia em 1721. Após as Guerras Napoleônicas, separou-se a Noruega da Dinamarca por exigência do Congresso de Viena, através daquele que ficou conhecido como Tratado de Kiel (1814). A Noruega uniu-se então à Suécia, situação que perduraria até 1905 / A ilha tem a segunda maior reserva de gelo do mundo, apenas ultrapassada pela Antártida / O clima é ártico a subártico com verões frescos e invernos muito frios / 57 mil habitantes (88% inuits e 12% europeu) / a maior parte da população é luterana (cristãos) e vive em fiordes à sudoeste da ilha / insere-se nos Documentos vazados pelo Wikileaks, os quais revelam a corrida pelos recursos do Ártico / Detalhe: nem se quisesse, a Dinamarca poderia vender a Groenlândia, que tem o status de país autônomo integrado ao reino /

94
Q

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL (mundo) (10+)

A

temática inserida no G20 na Cúpula de Osaka (2019) / Ásia e África em transição demográfica x Europa (4ª fase de Thompson) (Pirâmides quase retangulares) (baixa fecundidade)

Reduz-se a taxa de mortalidade na segunda e na terceira fases do Modelo de Thompson / Na quarta fase, tem-se o declínio da natalidade, por mudanças comportamentais

taxa de reposição = 2,1 filhos por mulher em idade fértil

Japão = sofre perda ABSOLUTA de população e maior média etária do mundo / Europa Ocidental e o Japão, sendo que, segundo diversos geógrafos, este já se encontra em uma quinta fase do Modelo Demográfico de Thompson, não prevista por esse estudioso

O número de idosos de 60 anos e mais era de 202 milhões em 1950, passou para 1,1 bilhão em 2020 e deve alcançar 3,1 bilhões em 2100 / Em termos relativos a população idosa de 60 anos e mais representava 8% do total de habitantes de 1950, passou para 13,5% em 2020 e deve atingir 28,2% em 2100 (um aumento de 3,5 vezes no percentual de 1950 para 2100) / gestão pública deve se preocupar com Doenças crônicas, como as cardiovasculares e diabetes, planejamento urbano (ruas e calçadas, sinaleiros com maior tempo), questão previdenciária

95
Q

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL NO BR (8+)

A

A população brasileira já apresenta, hoje, média de idade superior aos 30 anos, com expectativa de vida beirando os 80 anos e fecundidade já inferior à taxa de reposição de 2,1 filhos por mulher em idade fértil. Vislumbra-se, assim, um crescimento cada vez maior do contingente de idosos na sociedade brasileira

A idade média da população em 2018 é de 32,6 anos / perspectiva de alargamento do topo da pirâmide etária e diminuição da base (realidade da América Latina) / taxa de natalidade nacional está em 1,7 filhos por mulher em idade fértil / desperdício da janela demográfica / agravamento do sistema previdenciário nacional

A expectativa de vida do brasileiro aumentou mais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a entidade, a pessoa que nascer em 2020 viverá em média 76,7 anos; a que nascer em 2040, até 79,9e em 2060, até 81,2 anos.

96
Q

FASE 1,2,3 E 4 do Modelo de Thompson (4+)

A

fase 1 = alta natalidade, mortalidade e fecundidade altas

fase 2 = queda na mortalidade (gera aumento no número de crianças e sobrevida da população jovem e adulta)

fase 3 = queda da natalidade, mortalidade e fecundidade = crescimento da população idosa, melhor condição de vida, saneamento básico, políticas públicas, saúde e educação

fase 4 = pequeno aumento da mortalidade, crescimento populacional negativo, risco de sustentação por meio da PEA

97
Q

Zonas de processamento de exportações

1) 5+ características
2) três exemplos

A

Regime aduaneiro diferenciado + proximidade dos portos + mão de obra barata + investimento estrangeiro + escoamento + produção dirigida ao exterior

Todos são espaços logísticos, baseados na lógica extrovertida (para fora) = dinâmicas exógenas + China 5/10 maiores portos do mundo / produto da “conteinerização” a partir de 1970

Exemplos: Shen Zhen (Rio das Pérolas), Hong Kong, Macau = instituídas no projeto de 4 modernizações de Deng Xiaoping a partir de 1978

Adotadas no Vietnã hoje (arredores de Saigon) entre o Índico e o Pacífico, ponto de atendimento aos mercados asiático e europeu

Outro exemplo: Daca – Bangladesh = entre Índia e China, os dois maiores mercados consumidores do planeta)

98
Q

GLOBALIZAÇÃO

1) Definição, objetivos e subproduto

2) Conceito de Globalização Solidária e Perversa (Milton Santos)

3) Conceito de desglobalização e exemplos

A

É a fase mais recente da expansão capitalista

Objetivos: aumentar mercados e lucros de grandes empresas e investidores

Subproduto = nítido processo de uniformização de usos e costumes em escala global

Desconcentração produtiva a partir de 1973 / adoção de um modelo flexível / cidades passam a especializar-se / cidades globais tornam-se nós polarizadores do sistema / portos tornam-se estratégicos / logística como nova lógica da geopolítica / A circulação preside a produção (Milton Santos) (destaque ao papel dos portos ou qualquer outro meio)

Mundialização do capital ou globalização refletem a capacidade estratégica de grandes grupos oligopolistas, voltados para a produção industrial ou para as principais atividades de serviços, em adotar, por conta própria, enfoque e conduta globais – CERTO

A localidade opõe-se à globalidade, mas também se confunde com ela, segundo Milton Santos. A análise de Milton Santos não se coaduna com os mitos da aldeia global, da redução das distâncias ou da morte do Estado, porém reconhece o fenômeno da globalização, o que torna difícil falar em oposição à globalidade e manutenção da integridade;

Marshall Mcluhan considera que o avanço nas tecnologias de informação e comunicação encurta as distâncias no mundo e facilita trocas culturais entre os diferentes povos. Dessa forma, devido à diminuição das distâncias e barreiras geográficas, o planeta se reduziria a uma organização semelhante a aldeias, onde tudo e todos estariam interconectados. É daí que se desenvolve a ideia de “Aldeia Global”.

Para David Harvey, a cultura é subjetivada dentro do processo de globalização a partir da facilidade pela qual a informação chega até os grupos sociais. Além disso, ele também considera o fato de o capital circular objetivamente no meio cultural, formando uma verdadeira indústria, cujo objetivo é ampliar o consumo e os espaços de lucro. Ainda de acordo com Harvey: “por meio da experiência de tudo – comida, hábitos culinários, música, televisão, espetáculos e cinema –, hoje é possível vivenciar a geografia do mundo vicariamente, como um simulacro.”.

Já Samuel Huntington enxerga a globalização como o processo de expansão da cultura ocidental e do sistema capitalista sobre os demais modos de vida e de produção do mundo, que conduziria inevitavelmente a um “choque de civilizações”. Nesta teoria, Huntington expõe que as identidades culturais e religiosas dos povos seriam a principal fonte de conflito no mundo pós-Guerra Fria.

Globalização Solidária x Globalização Perversa (Milton Santos)

Santos advoga posição contra o consumismo que conduz o modelo de reprodução de capital, identificando os efeitos nefastos do desperdício material, ao mesmo tempo em que critica os grandes consumidores da indústria cultural. Para ele, o consumidor não é cidadão, pois, o cidadão deve ser “multidimensional”, em que cada dimensão se articula na procura de um sentido à vida.

O cidadão do mundo do contemporâneo seria aquele que dispõe de condições dignas de vida que permitam expressar sua maneira de entender o mundo, por meio de suas crenças, manifestações culturais e práticas sociopolíticas. Para isso, Santos propõe uma revisão da globalização, que deveria ser mais humanizada (construída em bases solidárias), sem descartar a base técnica que sustenta a globalização econômica e financeira.

Globalização Solidária = SEM DESPERDÍCIOS + VALORIZAÇÃO DA EXPRESSÃO + INCLUSÃO + CONDIÇÕES DIGNAS DE VIDA + CIDADÃO MULTIDIMENSIONAL

Globalização Perversa = o mundo tal como ele é + tirania da informação e do dinheiro + globalitarismo (competitividade, consumo e confusão) + insegurança + ciclo vicioso de busca por dinheiro

A globalização atual consubstancia-se na chamada “tirania da informação”, representada pela forma como ela é distribuída pela humanidade, e na “tirania do dinheiro”, que representa o elemento fundamental da vida econômica e social.

Segundo sua ideia, essas formas de tirania configuram a base do chamado “globalitarismo”, estruturado a partir da competitividade, do consumo e da confusão dos espíritos.

Ao estimular esses comportamentos, reduzem-se as amarras que ligam os seres humanos a valores morais, o que permite o desenvolvimento de formas perversas de relações sociais, sendo que o despotismo do consumo acaba restringindo a visão de mundo das pessoas. A competitividade associada ao consumo despótico contribui para aprofundar a confusão dos espíritos, já que cria inseguranças que sustentam o ciclo vicioso da busca do dinheiro, resultando em uma perversidade sistêmica caracterizada pelas crescentes desigualdades sociais.

** Santos afirma que há possibilidade de se desenvolver outras globalizações a partir de soluções centradas nas necessidades humanas, que poderiam superar a tirania da informação e do dinheiro **

DESGLOBALIZAÇÃO

Termo mais utilizado pós crise de 2009

Refere-se ao processo de diminuição da interdependência e da integração, proporcionando um declínio do comércio e dos investimentos de ordem global (RESHORING)

É um processo capaz de proporcionar o empobrecimento coletivo, uma menor eficiência na produção global e um protecionismo mais acentuado em países que têm indústrias essenciais.

Subproduto da crise, pandemia, guerra na ucrânia

A justificativa parte da persistência de gargalos nas cadeias de suprimentos (intensificados pelo crescimento dos índices inflacionários), o que eleva a tendência de os países procurarem soluções internas para o seu abastecimento.

A desglobalização evidencia ** fragilidades na cadeia de suprimentos global **, pois verifica- se que o abastecimento em escala mundial sofre intenso impacto quando ocorrem incidentes que dificultam sua continuidade.

Para além dos impactos econômicos, o fenômeno em pauta colabora também para agravamento de questões sociais, a redução dos índices de emprego e renda, a redução do poder de compra da população e a elevação da dificuldade de acesso a produtos essenciais

99
Q

Centros Bancários Offshore (5)

A

transações com menos impostos (paraísos fiscais) + regulação financeira pouco rígida + maior parte das transações são lícitas (brechas tributárias) + hubs do capital internacional + Exemplos: Panamá, Ilhas Virgens Britânicas, Bahamas, Suíça, Ilhas Cayman

100
Q

DESTERRITORIALIZAÇÃO (15+)

A

conceito de abandono do território ou de saída do local de “mandar”, por isso, sozinho é considerado um mito

Processo complementado pela reterritorialização (abandono e reconstrução do território) = processos simultâneos e indissociáveis (fábrica sai de SP e vai para o Vietnã)

É o desfazimento do laço identidade-poder da territorialização, a partir de novas relações

Cada desterritorialização corresponde a uma reterritorialização

fala-se em territorialização (identidade-poder) -> desterritorialização -> reterritorialização

Acentua-se com o pós-fordismo (1973) e a fragmentação do processo produtivo (horizontalização empresarial) e o fim da lógica vertical de produção integral do produto do modelo fordista / contraposição dos espaços-de-lugares e os espaços-de-fluxos / os fluxos passam a ser integrada pelos “nós” (Milton Santos) / o Estado mantém sua centralidade territorial, ao lado de novas estruturas /

Ressignificação do papel do Estado como articulador da infraestrutura e promotor do aproveitamento do território pelo capitalismo / Estado é o coordenador da territorialização e desterritorialização (Bertha Becker) / fronteiras passam a ter caráter ambivalente = abertura de fluxos de bens, serviços e capital e barreiras aos migrantes periféricos = fronteiras tornam-se FILTROS

NÃO há fim dos territórios ou das fronteiras

Expansão das fronteiras para além das linhas de marcação geográfica (OTCA, UE atuando em países como Turquia) / Porosidade seletiva das fronteiras / seleção realizada pelos Estado / fator produtivo humano continua sendo barrado em certos casos

Fragmentação do território = formação de “espaços opacos” e “espaços luminosos”; “espaços fluidos” e “espaços viscosos”; e “espaços mandantes” e “espaços de obediência”

101
Q

Imigração (BR para Portugal) (5+)

A
102
Q

Amazônia (informações gerais) (20+)

A

AMAZÔNIA LEGAL (abrange regiões de transições e de cerrado, foco na proteção ambiental)

AMAZÔNIA TRANSNACIONAL (9 países) +

AMAZÔNIZA BRASILEIRA

+9 Estados, 9 Países, 25 milhões de habitantes, 8% do PIB, 53% do território BR, 5 milhões de km²

Difere da região Norte (7 Estados e 45% do território BR) e da Amazônia legal (8 estados e 59% do território, instituída em 1953 para o desenvolvimento)

Com incêndios responsáveis por 5% da emissão de CO2 anual do mundo, ditadura cria o SUDAM e busca ocupar os anecúmenos com a Doutrina de Segurança Nacional (usinas Balbina, Tucuruí e Belo Monte) /

Floresta urbanizada (Bertha Becker) = 61% da população vive em cidades devido a estrutura fundiária concentrada, grande quantidade de terras protegidas por Unidades de Conservação e a criação da Zona Franca de Manaus

Divide-se em Mata de Igapó -> de Várzea -> Floresta semiúmida (Hiléia Amazônica)

Se fosse um país, seria o 7º maior do mundo em território, com a maior bacia hidrográfica do mundo (1100 afluentes)

Clima HOMOGÊNEO, sob a MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL QUENTE E ÚMIDA, com rios negros, barrentos ou cristalinos dependendo de sua origem

2 grandes PLANALTOS CRISTALINOS cortados pela planície amazônica (desnível = hidrelétrica) (desmonta a tese de única planície dos anos 1970) / povoada e ocupada pela noção de economia de fronteira (linear e infinita)

Organização do Tratado de Cooperação Amazônico (OTCA) de 1998 que fomenta políticas na Amazônia / Plano Amazônia Sustentável (Bertha Becker como consultora ativa) = desenvolvimento sustentável e formação de reserva de valor guiado pelo vetor eco tecnológico, sem os efeitos da economia de fronteira

Preservação (27% + 23% = 50%) = possui 27% de seu território protegidos por Unidades de Conservação + 23% são Territórios Indígenas (98% das TIs do país)

3 fases de ocupação = fortificação e defesa (meio natural e drogas do sertão) + planejamento regional (1930-1985) (meio técnico, Belém-Brasília e Brasília-Acre) + Fase atual (incógnita do Heartland de Bertha Becker) (preservação x exploração = necessidade de adequação da disputa dos vetores tecno-ecológico e tecno-industrial)

Soluções = manejo florestal, créditos de carbono, extrativismo vegetal, biodiversidade

A partir dos anos 70 do século XX, a região da Amazônia brasileira sofreu significativa mudança: à estruturação baseada nos rios e nas cidades nodais acrescentaram-se a implementação de rodovias e a melhoria de hidrovias e de redes de telecomunicações, o que favoreceu o aumento de fluxos migratórios e econômicos – CERTO - A década de 1970 foi o ponto culminante de uma política de integração da região Norte (Amazônia) ao resto do país, impulsionado pelos resultados da criação da Zona Franca de Manaus em 1967.

103
Q

AMAZÔNIA BRASILEIRA (5)

A

O Brasil abriga 60% da floresta amazônica / estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e partes do Tocantins e Maranhão (9 Estados) / Ela representa 53% da área terrestre total do Brasil (5 milhões de quilômetros quadrados) / abriga uma população de 25 milhões de habitantes e gera quase 8% do PIB brasileiro.

104
Q

AMAZÔNIA TRANSNACIONAL (3)

A

a Amazônia transnacional corresponde à região formada pelo bioma amazônico e que ocupa o território de nove países da América do Sul: Brasil, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia (Ocupa mais de 50% do subcontinente sul-americano)

105
Q

REGIÃO NORTE (3)

A

O IBGE criou em 1969 uma nova divisão regional do Brasil, tendo dividido o país em cinco macrorregiões de planejamento: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A região Norte é formada por sete unidades da Federação. Há um equívoco em se comparar Região Norte com a totalidade da Amazônia, pois há áreas dentro dessa região que não se encontram dentro do bioma amazônico, como o Tocantins, incorporado à região Norte em 1988. Leva em consideração características e semelhanças em termos econômicos, ambientais e geográficos.

106
Q

AMAZÔNIA LEGAL (10)

A

A Amazônia Legal é uma área que corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a totalidade de oito estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do estado do Maranhão (a oeste do meridiano de 44º W), perfazendo 5,0 milhões de km². Nela residem 56% da população indígena brasileira.

O conceito de Amazônia Legal foi instituído em 1953 e seus limites territoriais decorrem da necessidade de planejar o desenvolvimento econômico da região e, por isso, não se resumem ao ecossistema de selva úmida, que ocupa 49% do território nacional e se estende também pelo território de oito países vizinhos.

Os limites da Amazônia Legal foram alterados várias vezes em consequência de mudanças na divisão política do país.

O Plano Amazônia Sustentável (PAS), lançado em maio de 2018, pelo governo federal, considera integralmente o estado do Maranhão como parte da Amazônia brasileira.

O conceito de Amazônia Legal não se confunde com o de Amazônia brasileira, uma vez que aquele, que abrange quase metade do território brasileiro, abrange também áreas além da floresta, mas cuja conservação é considerada importante para o equilíbrio amazônico.

A Amazônia Legal é um mecanismo criado para a consecução de políticas ambientais, correspondendo em boa medida à Amazônia brasileira, mas abrangendo também regiões de transição e mesmo de cerrado; define condições diferenciadas de desmatamento e aproveitamento de propriedades.

107
Q

Aglomerado Subnormal

1- autoria do termo

2- conceito (5)

A

termo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística + assentamentos irregulares + mínimo de 51 habitação + em propriedade alheia pública ou particular + desordenada + densa + carente de serviços públicos e assistenciais.

108
Q

AMÉRICA LATINA (8)

A

Segundo maior índice de urbanização no mundo

Megacidades = SP, RJ, Cidade do México e Buenos Aires

Taxa de 1,9 filho por mulher = BR é mais baixo e Bolívia e caribe mais altos

Tendência ao fim da fase 3 do modelo de Warren Thompson = envelhecimento, redução do crescimento demográfico e fim do bônus demográfico

Doença Holandesa = Desindustrialização da AL em favor da produção de commodities / aumento das “cidades campo” (conceito de Denise Elias) / formação de complexos agroindustriais (José Graziano) = vinculação entre setor primário e terciário à montante e à jusante da produção, bem como entre o espaço urbano e rural / urbanização terciária e geração da involução metropolitana (reprodução de modo de vida arcaico nas grandes cidades) / aumento do setor de serviços

Infraestrutura compartilhada = Rodovia Transandina (Chile, Peru, Equador e Colômbia) / Globalização gera a difusão/universalização do meio técnico-científico-informacional pelo globo (todas as respostas usaram esse conceito)

109
Q

MEIO AMBIENTE 1972-2000 (5+)

A

PRECEDENTES: os debates técnicos e acadêmicos acerca da preservação ambiental foram iniciados na primeira metade do século XIX, com o surgimento do movimento conhecido por “climatology” e os primeiros debates acerca do que passou a ser conhecido como efeito estufa.

A questão colonial foi estudada e apresentada, inicialmente, após a expedição de Alexander von Humboldt à América do Sul e os debates acerca de variação pluviométrica em regiões dos Estados Unidos da América. Esses debates se consolidaram na segunda metade daquele século, levando à ocorrência da Convenção para a Preservação de Animais, Pássaros e Peixes da África em 1900 (QUESTÃO CERTA TPS 2022)

A Convenção para proteção de animais, pássaros e peixes da África foi realizada em Londres em 1900 e é marco para o avanço da Ordem Ambiental Internacional

Em um século e meio de economia industrial, os países do Hemisfério Norte foram responsáveis por cerca de 90% do volume de gases poluentes lançados na atmosfera / 1970 -> Conferência sobre o Meio Ambiente de Estocolmo em 1972 = disputa entre desenvolvidos (Clube de Roma = preservacionistas = crescimento zero -> estancamento da industrialização pelos não desenvolvidos para não impactar o meio ambiente ainda mais = tática para manutenção de assimetrias) e não desenvolvidos (desenvolvimentistas) = não houve solução

Rio92 também chamada de II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) = solução para conservacionistas e desenvolvimentistas = Carta da Terra *** (reconhecimento dos desenvolvidos pelo dano causado, prometendo ajuda financeira e tecnológica, por meio da cooperação) + Convenção Mundial sobre Mudança Climática (endossa o reconhecimento e prega a diminuição de poluentes pelos desenvolvidos) / Protocolo de Kyoto = prevê um sistema de comércio de créditos relacionado à emissão de carbono.

110
Q

BIODIVERSIDADE (10+)

A

O termo biodiversidade - ou diversidade biológica - descreve a riqueza e a variedade do mundo natural.

A “Convenção sobre diversidade biológica”, criada na ECO-92, trata a respeito do tema biodiversidade. Nesse importante documento, a diversidade biológica é definida da seguinte forma:

“Diversidade biológica significa a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”

O Brasil detém 12% da biodiversidade mundial / Atribuir valor para a “floresta em pé” (Bertha Becker) / conceito de capital natural = recursos naturais visto como meios de produção

Constituição Federal, Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações

Artigo 225, § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são ** patrimônio nacional **, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

AMAZÔNIA + MATA ATLÂNTICA + SERRA DO MAR + PANTANAL + ZONA COSTEIRA = PATRIMÔNIO NACIONAL

Lei das Águas (1997) = inspirada nos debates na Conferência Internacional de Dublin sobre o tema, estabelece BACIA HIDOGRÁFICA como unidade de referência para gestão dos recursos hídricos e conceitua água como recurso econômico e direito social

Lei de Biossegurança (2005) = disciplina o uso de Organismos Vivos Modificados (OVM) no país visando ao desenvolvimento tecnológico, à segurança alimentar e à proteção ao meio ambiente

Compromissos internos = Marco Legal da Biodiversidade de 2015***

2011-2020 = década da biodiversidade segundo a ONU (Resolução 65/161)

Disputas por recursos minerais atuais = Colinas de Golan, Mar da China e contenciosos sobre restrições de exportação de minerais estratégicos na OMC

Compromissos Externos = Metas de Aichi (2010) são 20 proposições, estabelecidas pelo Protocolo de Nagóia (recentemente ratificado) (10ª COP = Conferência das partes na Convenção de Diversidade Biológica), prevêem maior preocupação com o acesso e a apropriação dos recursos genéticos pela população local, visando reduzir a perda de biodiversidade em todos os níveis

A maior parte dos países utiliza entre 20% e 30% do território com agricultura / Confirmação da NASA e da EMBRAPA corroboram a cifra de 7,6% do uso do território em lavouras (Dinamarca = 77% + Irlanda = 75% + Países Baixos = 67%). Isso significa a preservação de 66% das matas nativas / A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas originais do planeta. Hoje tem apenas 0,1%

111
Q

PATRIMÔNIOS DA HUMANIDADE

1- Definição

2- Organização que define os patrimônios da humanidade

3- Principal convenção afeita ao tema de 1972

4- Quantidade de sítios no Brasil hoje e dois exemplos

A

É uma região ou área (denominada “sítio”) que vem a ser considerada pela comunidade científica de inigualável e fundamental importância para a humanidade. Pode vir a ser um único monumento ou construção, ou o conjunto arquitetônico delimitado em uma cidade, vila ou região, ou toda a área, pode ser uma única caverna, ou vale, ou toda a região devido ao seu valor histórico, arqueológico, natural, ambiental, ou um conjunto desses fatores e vem a ser reconhecida pela UNESCO fazer parte da Lista do Patrimônio Mundial, também se inclui na lista, manifestações e rituais, como outros.

Vários sítios são classificados como mistos (reúnem a classificação de culturais e naturais) e alguns sítios são transfronteiriços (sua área ou região se distribui por dois ou mais países).[1] A lista é divulgada e atualizada após as sessões anuais da UNESCO

Esses sítios são definidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura-UNESCO (acrônimo de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (órgão executivo da ONU)

Convenção do Patrimônio Mundial (1972) – UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura / adesão BR em 1977 / BR hoje possui = 22 sítios culturais e naturais na Lista do Patrimônio Mundial (atrás do México com 31) / Paraty e Ilha Grande (2019) / dividem-se em bens NATURIAS ou CULTURAIS / sítio é a denominação do patrimônio / local considerado valioso para todo o mundo / é a valorização da identidade que molda as pessoas / significa a manutenção da identidade de um povo

A Itália é o país com o maior número de sítios que integram a Lista do Patrimônio Mundial, com 51, seguida pela China com 48, Espanha com 44, França com 41 e Alemanha com 40.

112
Q

FRONTEIRAS NO BR (CACD 2021)

1- Histórico

2- Fronteiras BR atuais (quantidade de Estados países, municípios, habitantes, largura)

3- tipos de contatos fronteiriços

4- maior e menor fronteira BR

5- 3 divisões terrestres de fronteiras e 3 divisões litorâneas das fronteiras BR

6- Importância das fronteiras (3 pontos)

7- exemplos de cidades fronteiriças

A

A noção moderna de fronteira tem suas bases na assinatura do Tratado de Vestfália, tendo em vista que o surgimento do Estado Moderno foi fator determinante para a delimitação de fronteiras efetivamente rígidas

A Lei de Terras já previa uma zona especial na fronteira terrestre, onde a obtenção de terras seria facilitada, para garantir a ocupação territorial

A fronteira delimita o alcance da jurisdição territorial de um Estado / epiderme do ente estatal (Ratzel) / contato entre soberanias

O Tratado de Tordesilhas, estabelecido, basicamente, centro e cinquenta anos antes da assinatura de Vestfália, foi o primeiro grande tratado de fronteira baseado em linearidade geodésica.

FRONTEIRA BR ATUALMENTE = 11 unidades da Federação / 10 países da América do Sul

Faixa de fronteira (conceito jurídico) ou fronteira internacional = faixa de 150 km de largura (artigo 20 da CF) ao longo de 15,7 mil km (27% do território nacional) / 588 municípios / 10 milhões de habitantes / central para políticas urbanas e desenvolvimento / desenvolvimento do Plano Nacional de Desenvolvimento de Fronteiras / Aumento da importância devido ao complexo agroindustrial / há limitação para a instalação de empresas com a maior parte do capital estrangeiro na faixa de fronteira / Similarmente, há restrições para empresas de radiodifusão estrangeiras, bem como para a propriedade de terras para estrangeiros (viés de defesa do território nacional)

** A faixa de fronteira terrestre do Brasil se estende por mais de 16 mil km, tendo uma largura de 150km e abrangendo aproximadamente 1,4 milhão de km2 (16,7% do território nacional) **

A constituição de 1988 definiu a Faixa de Fronteira brasileira como: “a faixa de até 150 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para a defesa do território nacional e sua ocupação e utilização serão regulamentadas por lei”. Trata-se de uma área estratégica para a integração sul-americana, uma vez que faz fronteira com dez países e corresponde a mais de 25% do território nacional, com mais de 500 municípios e apenas 5% da população nacional.

Em 2020, a publicação do IBGE “Municípios da Faixa de Fronteira”, atualizou a lista dos municípios que estão inseridos dentro da zona fronteiriça terrestre. Dos 588 municípios desta faixa, 435 estão totalmente inseridos nela e os demais estão inseridos parcialmente.

Os contatos fronteiriços podem ser = sinápticos, capilares, em frentes de fronteira ou ausentes (Cuisinier-Raynal) / no BR busca-se o sináptico (grande fluxo de trocas)

Foz do Iguaçu + Puerto Iguazú + Cidade do Leste (tríplice fronteira) (cidades gêmeas separadas por divisor natural) Outras cidades gêmeas: Ponta Porã-Pedro Juan Caballero /

Previsão Constitucional de integração com a América Latina (parágrafo único do artigo 4º) = rodovia do Pacífico + Hidrovia Tietê-Paraná (hidrovia Mercosul) + projeto de hidrelétrica binacional com a Bolívia no rio Madeira + obras do FOCEM + ferrovia transoceânica (porto de ILU no Peru ao porto de Açu no RJ) = Segundo Milton Santos, a circulação preside a produção (não basta produzir)

Nossas fronteiras terrestres são assim compartilhadas:

  • Guiana Francesa (França) – 730km;
  • Suriname – 593km; - MENOR FRONTEIRA
  • Guiana – 1.606km;
  • Venezuela – 2.200km;
  • Colômbia – 1.644km;
  • Peru – 2.995km;
  • Bolívia – 3.423km; - MAIOR FRONTEIRA
  • Paraguai – 1.365km;
  • Argentina – 1.261km;
  • Uruguai – 1.068km.

A faixa de fronteira terrestre está dividida em três grandes arcos:

  1. Arco Norte: Abrange as fronteiras dos estados do Amapá, Pará, Roraima, Amazonas e Acre = povoação rarefeita e fronteira porosa
  2. Arco Central: Abrande as fronteiras dos estados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul = agro negócio e intensa integração fronteiriça
  3. Arco Sul: Abrange as fronteiras dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (maior número de municípios) = ligações do tipo sinápticas e com infraestrutura desenvolvida

De acordo com o IBGE, o litoral brasileiro pode ser dividido da seguinte forma:

  • Litoral Norte: do Cabo Orange (AP) até o Cabo de São Roque (RN); - região estratégica de desague das bacias hidrográficas Amazonas e Tocantins-Araguaia
  • Litoral Leste: do Cabo de São Roque até o Cabo de São Tomé (RJ);
  • Litoral Sul: do Cabo de São Tomé até o Arroio Chuí (RS).

Ainda de acordo com o IBGE, o litoral brasileiro se estende por 10,9 mil km, o que confere ao país a 16ª maior linha de costa mundial.

Da Amazônia Azul retira-se cerca de 95% do petróleo, 80% do gás natural e 45% do pescado produzido no País, e, ainda, pelas rotas marítimas escoam mais de 95% do comércio exterior brasileiro.

A chamada economia do mar, ou economia azul, revela-se como a nova fronteira da economia
mundial, com base no uso sustentável dos
oceanos e de seus recursos

Importância das fronteiras:

1) espaço com natureza particular e complexidades

2) objeto prioritário no desenvolvimento de políticas públicas

3) possibilidades de acordos e intercâmbios fundamentais

Exemplos de cidades fronteiriças importantes:

a) Foz do Iguaçu, Puerto Iguazu (Argentina) e Ciudad del Este (Paraguai).

b) cidades gêmeas: Chuí (Brasil) e Chuy (Uruguai).

c) Rivera e Santana do Livramento

d) Ponta Porã e Pedro Juan Caballero

Acordos importantes: Acordo de Localidades
Fronteiriças Vinculadas do MERCOSUL

Estatuto do Fronteiriço com o Uruguai

113
Q

PLANO AMAZÔNIA SUSTENTÁVEL (PAS) (8+)

A

Baseado nos estudos de Bertha Becker / lançado em 2008 pelo governo federal e estados da região amazônica

Define diretrizes para o desenvolvimento sustentável na Amazônia (diretrizes gerais e recomendações)

Se baseia em 5 grandes eixos: produção sustentável, gestão ambiental, inclusão social, infraestrutura e novo padrão de financiamento

O PAS inclui a chamada Operação Arco Verde, que prevê a destinação de 1 bilhão de reais para financiamento de projetos de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas na Amazônia / O plano é uma alternativa ao trinômio boi-soja-madeira

Becker dizia que o Brasil realizou três revoluções ambientais — correção dos solos do Cerrado, biocombustível de cana-de-açúcar e exploração de petróleo em águas profundas — e restava criar modelo sustentável para a exploração da Amazônia

O Fundo Amazônia, por sua vez, visa financiar projetos de capacitação em sustentabilidade para aquela região com fundos da Petrobrás, Noruega e Alemanha (Não mais graças ao Bolsonaro)

114
Q

ENERGIA X EUA (5+)

A

matriz energética diversificada + redução da dependência global por meio do xisto (perfuração horizontal) = proporciona hidrocarbonetos de boa qualidade e baixo custo, principalmente gás + superação do uso gás no lugar do carvão recentemente + redução do valor do gás pelo gás de xisto = processo de reindustrialização no país + avançado programa de biocombustíveis (etanol de milho) /

MATRIZ ENERGÉTICA EUA = OIL (40%) + GÁS (25%) + CARVÃO (24%) + NUCLEAR (8%) + HIDROELETRICIDADE (2,6%)

115
Q

ENERGIA CHINA (+5)

A

Desde 2009, o país asiático é o maior consumidor de energia, respondendo atualmente por 26,1% do consumo mundial de energia primária, além de ser o mais importante gerador de energia elétrica, representando 29% da geração mundial de energia elétric

A China também é o maior emissor de CO2, em função do uso em larga escala do carvão para a geração de energia elétrica, e pelo fato de concentrar parte considerável da indústria pesada mundial. O país concentra 30,7% das emissões mundiais de CO2 provenientes do consumo de derivados de petróleo, de gás natural e de carvão em atividades relacionadas a combustão – volume maior do que as emissões da América do Norte e Europa juntas

No último ano, a China tomou duas iniciativas importantes no que tange o combate às mudanças climáticas. O país se comprometeu em se tornar neutro em carbono até 2060, além de ter inaugurado em julho deste ano o maior mercado de carbono do mundo por volume de emissões

Nos últimos quinze anos, a China tem se empenhado em tornar sua matriz energética menos intensiva em carbono, por meio da expansão da utilização de fontes renováveis, processo chamado de TRANSIÇÃO ENERGÉTICA, o qual vem ocorrendo muito mais rápido na matriz elétrica do que no setor industrial.

Para a China o avanço da transição energética atende, simultaneamente, a dois grandes imperativos: a redução gradual da dependência de recursos energéticos importados de origem fóssil e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Dessa forma, o país ataca, a um só tempo, a segurança energética – encarada como questão de segurança nacional pela China – como também realiza um esforço de combate às mudanças climáticas, galgando seu espaço nas negociações internacionais do clima e buscando reduzir sua vulnerabilidade aos potenciais efeitos de mudanças climáticas

A promulgação da Lei de Energia Renovável, em 2005, é um dos marcos de uma mudança de postura da China em relação à necessidade de realizar uma mudança na composição da sua matriz energética, a fim torná-la gradualmente menos intensiva em carbono

No caso da energia solar fotovoltaica, a China é líder mundial em geração e em capacidade instalada, respondendo por 35,9% da capacidade instalada mundial

Para a energia eólica, na qual a China também é líder em capacidade instalada, porém fica atrás da Europa em termos de geração

Entretanto, o país ainda tem um longo caminho a percorrer, pois o carvão ainda responde por 63,2 % da sua geração de energia elétrica, além de 56,5% do consumo de energia primária. A demanda chinesa responde por 54,3% do consumo mundial de carvão

Paradoxalmente, o país asiático ainda vem concedendo na última década, mesmo que de forma decrescente, financiamento para projetos de geração de energia elétrica à carvão, notadamente no Sudeste Asiático e empresas estatais chinesas ainda vem investindo em usinas hidrelétricas de grande porte, que por vezes, geram impactos socioambientais significativos. Alguns exemplos são: a usina hidrelétrica São Manoel, construída pela China Three Gorges em consórcio com Furnas Centrais Elétricas e a energia de Portugal na Amazônia Brasileira; o complexo hidrelétrico de Nam Ou, construído pela Sinohydro em consórcio com a Electricité du Laos no Laos; o projeto hidrelétrico Coca Codo Sinclair, construído pela Sinohydro no Equador.

MAIS DADOS SOBRE A CHINA:

Maior importador mundial de petróleo desde 2013 / utilização de termoelétricas e carvão

A matriz chinesa, vale notar, também é significativamente diversificada, com destaque para a hidroeletricidade. Encontra-se na China a maior usina hidroelétrica do mundo, a usina de Três Gargantas / Energia nuclear também exerce papel relevante / possui as maiores reservas mundiais conhecidas de xisto

O último plano quinquenal prevê vultosos investimentos em relação à energia nuclear e às fontes renováveis, em particular no que tange a energia eólica e solar, campos nos quais o país tem ganhado crescente destaque / o país possui a maior demanda energética mundial

116
Q

ENERGIA RÚSSIA (10)

A

RÚSSIA = oitava maior reserva mundial de petróleo, mas é o maior exportador global do hidrocarboneto. Ademais, cerca de ¼ das reservas mundiais de gás natural se encontram naquele país / tendo recentemente inaugurado o gasoduto Nordstream, que liga o país à Alemanha passando pelo Mar Báltico. Há, ainda, perspectivas de construção de um gasoduto ligando a Sibéria oriental à China

O país se aproveitou dessas riquezas e tornou-se o maior exportador de petróleo e gás natural do mundo

Outro ponto em que se concentra é a expansão de sua fronteira norte, visando incorporar os recursos do Ártico, o que, inclusive, tem sido combatido por ambientalistas, conforme se percebe no caso da prisão dos ativistas do Greenpeace

A Rússia é o segundo maior país produtor de petróleo do mundo (12%), atrás somente da Arábia Saudita (13%)

Os russos atualmente se engajam em estratégica “geopolítica de dutos”, a fim de manter suas exportações para a Europa, principalmente, e para o Oriente Médio e Ásia Central, com destaque para os projetos Nabucco e South and North Stream

No caso da Rússia, o consumo energético é largamente balizado pelas reservas extensas de gás e petróleo da região do Cáspio e das bacias sedimentares da Sibéria, as quais constituem uma importante renda do comércio exterior do país.

117
Q

ACORDO SYKES-PICOT (10)

A

Acordo secreto assinado entre França e Inglaterra em 1916 (durante a Guerra) / divide o Império Otomano / busca evitar o avanço Russo e o acesso à mares quentes / busca pela manutenção do controle dos mares pelo UK / disputas entre o URSO e a BALEIA, desde a origem da Guerra da Crime (1853)

Reforço da tese do pivô geográfico (Sir Halford Mackinder) = heartland = Rússia como ameaça ao domínio Inglês / domínio Inglês sobre o Iraque, Egito e áreas do atual Israel, Palestina, Jordânia / Franca ficaria com a Síria e o Líbano (associar “hospital sírio-libanês) = mistura de druzos, alauítas (xiitas), sunitas, curdos e cristãos = fonte de conflitos atuais

O Egito tornou-se nominalmente independente em 1922, mas manteve-se sob forte influência britânica até a década de 1950

Defesa do sionismo Inglês, gerado pelos pogroms russos + influência dos banqueiros judeus (Rotschild) + declaração de Balfour em 1917 (promessa de um Estado Judeu na Palestina pelo chefe da política externa inglesa, caso conseguissem derrotar o Império Otomano) + busca do apoio judeu americano para o esforço de trazer os EUA à guerra ao lado da entente / A diversidade étnica, cultural e religiosa na região, desconsiderada na partilha territorial anglo-francesa, estaria na origem dos diversos conflitos que ainda hoje emergem no Oriente Médio = única preocupação foi a contenção Russa e a preservação de seu poderio / Marca a CONSUBSTANCIAÇÃO DO IMPERIALISMO E A TROCA DA SUBMISSÃO ÁRABE DOS TURCOS OTOMANOS PARA OS INGLESES / controle político por meio de monarquias aliadas (sem controle direto)

118
Q

SUDÃO X SUDÃO DO SUL (5)

1- religião do Sudão e do Sudão do Sul

2- Nome da região disputada

A

Sudão = muçulmano e nômades

Sudão do Sul = Animista e Cristãos

Plebiscito com 90% de votos favoráveis deu origem ao Sudão do Sul

Principal conflito entre dois países está ligado a região do Abiey (rica em petróleo), localizada no contato entre os dois territórios e reivindicada por ambos, ocupada por grupos étnicos ligado ao Sudão do SUL com grande circulação de população Nômade ligada ao Norte

119
Q

África x recursos minerais (7+)

A

nova fronteira de recursos mineirais do planeta / imensas jazidas / puxada pela demanda da Índia e China (escassos em petróleo e minério de ferro)

A Nigéria e um dos países com as maiores reservas petrolíferas do mundo, principalmente no DELTA DO NIGER, explorado pelas 7 irmãs (riqueza concentrada nas elites de Abuja e de acionistas)

Angola = também rico em petróleo, explorado pela PETROBRAS + plataforma continental similar à brasileira (camada pré-sal) + Luanda como capital em processo de encarecimento

Sudão = rico em petróleo explorado pela chinesa SINOPEC

Moçambique = jazidas de bauxita e presença de grande hidrelétrica = produção de alumínio + porto de Beira (escoa o alumínio)

Costa Oeste = diamantes = Costa do Marfim e Libéria = “diamantes de sangue” controlado por grupos no poder e exportados no mercado mundial a despeito das violações de direitos humanos

África do Sul e Botsuana = exploração de diamantes e Ouro = transnacional De Beers (Belga) = técnicas modernas + tecnologia para explorar a profundidade

120
Q

Fronteiras

1- Quatro modelos de interação das fronteiras

A

4 modelos de interação fronteiriça: o sináptico, o capilar, o modelo de frente e o de tampão

O modelo de frentes pressupõe fluxo unidirecional (exploração e novas possibilidades)

O modelo tampão pressupõe isolamento e pouca interação

Fronteiras podem, ainda, serem POROSAS OU FLUÍDAS, a depender da organização do Estado

Acordo de Schengen (sináptico) = gera abolição do controle fronteiriço no espaço comum e regula as fronteiras externas. O acordo sofre o ataque atual dos eurocéticos

121
Q

GÁS NATURAL (8+)

A

22% da matriz energética mundial (atrás apenas do petróleo e do carvão mineral) e 12% da matriz energética brasileira atual (atrás do petróleo, cana e empatado com a hidráulica) / O gás é a terceira principal fonte tanto para a matriz energética mundial, quanto para a brasileira (empatado com a hidráulica)

Exploração no campo de Júpiter (Bacia de Santos) + reservas de Urucu (Manaus) = possibilidade de autossuficiência

Projeto do Anel Energético da América do Sul (IIRSA) = rede de gasodutos de ligação de países produtores (Bolívia, Venezuela e Peru) e consumidores (MERCOSUL) / reservas na patagônia (possibilidade de integração) + gasoduto Bolívia-BR para alimentar termoelétricas + alta emissão de SO2 e CO2 + dolarização do preço + alto custo por unidade energética

Implantação do gasoduto Brasil-Bolívia (GASBOL) em 2010 e do gasoduto Urucu-Coari – Manaus (2009), que liga as reservas de gás de Urucu às usinas termelétricas no estado do Amazonas. Toda essa rede de gasoduto é administrada pela Transpetro, subsidiária da Petrobrás

O Brasil reinjeta mais combustível nos poços do que importa da Bolívia desde 2018 / 1/3 da extração volta para os poços para produzir ou escoar a produção de óleo (elevação de pressão) = pouca infraestrutura de escoamento

2019 = 69% do volume de gás utilizado foi de origem nacional e 21% da Bolívia (redução da dependência) / produção crescente de gás pelo pré-sal (RJ 77%, SP 10% e Espirito Santo 9%) / Quem produz: Petrobrás (94%), Eneva (4%)

KM de gasoduto: Brasil (9400), Argentina (16000km), UE (200.000) e EUA (500.000) / BR tende a duplicar a produção até 2030 (59 milhões para 147 milhões de m³) = pré-sal na Bacia de Campos e de Santos + pós-Sal na bacia de Sergipe-Alagoas

122
Q

NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM (

1- conceito

2- Porcentagem de cabotagem utilizada no BR atualmente

3- três vantagens e três desvantagens

4-

A

É a navegação entre portos sem perder a costa de vista

O transporte marítimo é a espinha dorsal do comércio e da economia global (80% do volume comercializado e 70% do valor)

O litoral do Brasil, por possuir uma costa de grande extensão (próximo aos 8500 quilômetros = 17 estados = +400 munícipios), favorece a navegação marítima e principalmente a utilização da cabotagem entre portos / O que se observa, atualmente, é que a navegação de cabotagem transporta um pouco menos de 11% da carga no país, mesmo sendo o meio de transporte mais competitivo, menos poluente e que tem o menor número de acidentes

Existem 34 portos, e desse total 8 estão na região Sul, 5 no Norte, 10 no Sudeste e 11 no Nordeste / O Brasil é um País favorecido para a navegação. São cerca de oito mil quilômetros de costa, mais de 40 mil quilômetros de vias potencialmente navegáveis

Vantagens = Menor custo unitário (carrega enorme volume); Menor índice de avarias; Menor índice de sinistros (roubos nas estradas); Redução do desgaste das malhas rodoviárias; Redução de acidentes nas estradas; Menor consumo de combustíveis; Menor índice de poluição, benefício social (diminui a frota nas estradas)

O transporte por Cabotagem chega a consumir 8 vezes menos combustível para mover a mesma quantidade de carga que outros modais

Dentre as principais desvantagens, pode-se citar: Baixa frequência; Concentração de volumes em embarque único; Aumento dos estoques, restrição ao capital estrangeiro (A legislação brasileira exige que a atividade seja realizada por navios com bandeira nacional, fator que restringe a entrada de capitais estrangeiros no setor)

A navegação de cabotagem já foi o principal meio de transporte de cargas do BR (1930)

1950-1970 = a indústria naval BR se tornou a segunda maior indústria do mundo com 39 mil empregos diretos em 1979, muito devido ao Fundo da Marinha Mercante – situação alterada com a crise dos anos 1980

2000-2010 = aumento da modalidade / Cabotagem movimenta poucos produtos hoje = petróleo entre as plataformas (offshore) (75% da carga movimentada), seguido da bauxita (9,9%), contêineres (5,8%)

Problemas (3) = déficit de infraestrutura portuária + alta concentração de atividades em alguns portos + a necessidade de expansão logística intermodal

Rodovias = alto custo de manutenção + encarecimento de frete e do produto final (Custo BR)

Perspectivas de integração pelo IIRSA:

1) eixo Acre-Peru pela bacia amazônica (lógica multimodal)

2) Porto de Santos-Chile (portos de Iquique, Arica e Antofagasta)

3) RS/SC-Chile (Valparaiso)

Divisão MODAL em 2015 = rodoviário (65%), ferroviário (15%), cabotagem (11% - 3º colocado), hidroviário (4%)

Há uma disputa entre o ministério da economia e o da infraestrutura sobre a possibilidade ou não de fretes de cabotagem liberados para empresas estrangeiras, o que hoje é parcialmente liberado / Observação: A cabotagem foi monopólio do Lloyd Brasileiro, uma estatal, por várias décadas, o que prejudicou o desenvolvimento do setor (fazer link com perda de eficiência dos monopólios na economia)

123
Q

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA BR (5+)

A

Pirâmide BR = países do centro capitalista

1872 = Primeiro censo demográfico BR = população de 9 milhões de habitantes (rural)

1872-1930 = altas taxas de natalidade e mortalidade, com baixo crescimento vegetativo e os incrementos populacionais vieram com a imigração de 1890-1920

1950-1980 = O período de transição demográfica (fases 2 para 3 do modelo Warren Thompson) = queda na mortalidade + queda tardia da natalidade + urbanização + filhos = custos ao invés de braços na lavoura (queda na taxa de fecundidade) + mulher no mercado de trabalho

A transição demográfica não ocorreu de forma homogênea entre as macrorregiões (Sudeste, Sul e Centro-Oeste, seguem em um estágio mais avançado em relação ao das macrorregiões Norte e Nordeste).

Décadas de 1950 e 1960 (primeiro momento): quedas significativas na mortalidade e manutenção da natalidade elevada (contribuindo para a existência
de uma pirâmide etária com base consideravelmente larga) – manutenção da “razão de dependência” em nível elevado (razão de dependência = razão entre
o percentual da população economicamente dependente e o percentual de população potencialmente produtiva).

razão de dependência = dependentes / potencialmente produtivos

Década de 1970: marco importante no que se refere aos indicadores de natalidade e de fecundidade – ocorrem reduções mais acentuadas, gerando impactos na idade média (aumento), na razão de dependência (queda) e na expectativa de vida (aumento). É um momento de influência de políticas NEOMALTHUSIANAS, a qual imputavam a culpa do crescimento populacional exponencial aos países subdesenvolvidos e, por isso, deveriam ser tomadas medidas de contenção.

Reduções na natalidade e na fecundidade se acentuam na década de 1980 – além das taxas de mortalidade infantil. Entre as décadas de 1950 e 1980, a população brasileira mais que dobrou, de cerca de 51 milhões para 119 milhões, respectivamente. No entanto, os índices de crescimento populacional já demonstravam claro sinal de desaceleração.

O período 1991 e 2000 testemunhou reduções consideráveis (na fecundidade, sobretudo) –, o estreitamento da base piramidal (que iniciara nos anos 1970) tornou-se realidade – situação que vem se acentuando cada vez mais, conforme os dados do Censo Demográfico de 2010.

Alterações fundamentais na ordem estrutural da sociedade brasileira podem ser considerados como essenciais para entender a evolução do processo de
transição demográfica nacional. Tais como: êxodo rural, escolarização, inserção feminina no mercado de trabalho, acesso a saúde.

BR hoje = 84,4% de população urbana, taxa de fecundidade de 1,76 , Expectativa de vida de 77 anos, adentrando a 4ª fase do modelo de Thompson = baixa taxa de natalidade e mortalidade (envelhecimento populacional, fim do bônus)

Devido á maior expectativa de vida feminina, o Brasil tem predomínio de mulheres que correspondem a cerca de 52% da população nacional. Apesar de variações associadas a uma série de fatores, o predomínio feminino acontece somente no SUL, SUDESTE e NORDESTE. Já o centro-oeste é equilibrado e o NORTE possui mais homens, por causa da migração braçal.

124
Q

FRENTES PIONEIRAS (5+)

A

A frente pioneira pode ser entendida como a INTEGRAÇÃO EFETIVA e POPULACIONAL de determinado território, ligada a característica de DESBRAVAMENTO / Ecúmeno é a área habitável adequada à ocupação / ECÚMENO NACIONAL (Golbery de Couto e Silva) = ocupação das áreas mais afastadas / frente de expansão = integração de novas faixas de terra (fronteira econômica) / A frente pioneira sucede a frente de expansão / frente pioneira = ocupação populacional = integração do território ao ecúmeno por meio da produção agrícola / Hoje faz pouco sentido falar em frente pioneira, uma vez que todo o território é conhecido, explorado, monitorado e registrado /

125
Q

FERTILIDADE do solo BR e sua influência econômico-social (10+)

A

Manchas de fertilidade natural são escassas no país, as que existem foram exploradas pela cana e o café

Solo massapê = zona da mata nordestina (Pernambuco) = é solo com elevada deposição de matéria orgânica associado aos regimes de cheias e baixas dos cursos fluviais meândricos presentes no litoral Nordestino

De acordo com Sérgio Buarque de Holanda, essa estrutura social altamente concentradora de riquezas moldou as bases de nossa sociabilidade cordial, paternalista e excludente. Ainda para o autor, o patrimonialismo no trato da res publica teria suas raízes profundas no modelo social erigido sobre os férteis solos de massapê / a fixação nesses solos consolidou o padrão de urbanização concentrado no litoral (altamente concentrado na zona da mata e disperso no agreste e sertão), refletido até hoje

MEIO-NORTE -> SERTÃO -> AGRESTE -> ZONA DA MATA!

Os solos basálticos do Oeste Paulista e Norte do Paraná, cuja origem remonta às atividades vulcânicas no Mesozóico, chamados de terra roxa em derivação da alcunha terra rossa que lhe foi dada pelos imigrantes italianos, serviram de suporte para o café

A expansão do café para acompanhar os solos férteis permitiu a crescente interiorização do território que se integrava ao exterior por meio das estradas de ferro.

Mesmo após a relativa decadência do café com a Crise de 1929, essa cultura continuaria sua trajetória de expansão para atingir Londrina e Maringá, nas décadas de 1940 e 1950. Além do crescimento de São Paulo, o café foi fundamental para a dinamização do Noroeste do Paraná.

126
Q

Regionalização (Milton Santos) (5+)

A

Baseado no livro “Brasil: território e sociedade no limiar do século XXI” de Milton Santos e Maria Laura Silveira

Quatro macrorregiões no Brasil: Norte, Nordeste, Centro-Oeste e região concentrada, que engloba o Sul e o Sudeste /

Lógica da polarização histórica do centro dinâmico do país em relação as áreas deprimidas, periferias e fronteiras

A chamada “guerra dos lugares” e as economias de aglomeração possibilitam certo transbordamento de capitais da região concentrada

Região Centro-Oeste = região mais articulada à região concentrada decorrente do transbordamento populacional e financeiro do Sul e Sudeste (Concentrada) = diáspora sulina = dinamismo ao agronegócio = formação de uma região CENTRO-SUL (em processo de integração) (conceito de Pedro Geiger)

Milton Santos tende a concordar com Edward Soja na ideia de que o capitalismo necessita não só da diferença de classes e da exploração de uma sobre a outra, mas também da exploração entre regiões e espaços. A regionalização de Santos parece seguir essa lógica, a região concentrada polariza e coordena as demais regiões, deprimidas, como é o Nordeste, ou de fronteira, ocupada, no caso do Centro-Oeste, e em processo de fechamento, na Amazônia. A nova dinâmica capitalista parece reforçar a centralização da área core, enquanto integra sob sua lógica e seus ditames a região Centro-Oeste, descaracterizando-a.

127
Q

BRASIL ÁREA AGRÍCOLA E DE PROTEÇÃO (%) (10+)

A

Lavoura no Brasil ocupa 7,6% do território (NASA + EMBRAPA) = 64 milhões de hectares / As pastagens ocupam 19% do território

Vegetação nativa preservada no BR = 61% (fonte Embrapa) / 13,8% das terras são reservadas aos povos indígenas (23% do território amazônico e 98,33% de todas as terras indígenas do país)

A Dinamarca cultiva 76,8%, dez vezes mais que o Brasil; a Irlanda, 74,7%; os Países Baixos, 66,2%; o Reino Unido 63,9%; a Alemanha 56,9% / Europa = tinha 7% das florestas originais do planeta, hoje tem 0,1%

A maior parte dos países utiliza entre 20% e 30% do território com agricultura. Os da União Europeia usam entre 45% e 65%. Os Estados Unidos, 18,3%; a China, 17,7%; e a Índia, 60,5%

As maiores áreas cultivadas estão na Índia (179,8 milhões de hectares = milhões de propriedades), nos Estados Unidos (167,8 milhões de hectares), na China (165,2 milhões de hectares) e na Rússia (155,8 milhões de hectares). Somente esses quatro países totalizam 36% da área cultivada do planeta. O Brasil ocupa o 5º. lugar, seguido pelo Canadá, Argentina, Indonésia, Austrália e México

MAIORES ÁREAS CULTIVADAS: ÍNDIA, EUA, CHINA, RÚSSIA E BRASIL

Aumento da produção gerada pela Revolução Verde a montante da produção = formação de agroindústrias / inserção do meio técnico-científico-informacional no campo / criação da Embrapa em 1972 / campo brasileiro = acumulação desigual de tempos segundo Milton Santos = agricultura familiar e de subsistência no Sul e no Nordeste em contrates com as agroindústrias /

Ameaça amazônica:

BR364 = rodovia da soja = desmatamento espinha de peixe

BR163 = Gado inserido no Sul do Pará

Agricultura de precisão = superação de rugosidades do território e aumento da competitividade / agroindústria = setor primário + secundário + terciário

128
Q

BR163 (5)

A

Rodovia da Soja = Tenente Portela (RS) até Santarém no Pará = A obra começa em 1974 no Regime Militar = 3500km = corta o país e o Mato Grosso ao meio = escoamento da safra = liga ao Porto de Miritituba no Pará = 1/5 do escoamento da soja do país (chegará a ¼) = integra SUL -> CENTRO-OESTE -> NORTE

129
Q

Desindustrialização e desconcentração industrial (5+)

A

São Paulo detinha 75% da produção nacional de veículos, hoje tem menos de 45%

1950 = processo de concentração / deseconomias de aglomeração (custos, especulação fundiária, congestionamento) gerando a desconcentração industrial / processo amplificado pela “guerra dos lugares” / Ford na Bahia, Peugeot em Porto Real (RJ) e Fiat em Betim (MG)

O fenômeno de desconcentração industrial é apenas relativo: o aumento da produção em outras áreas diminui a participação paulista na produção total, mas não representa uma queda da produção automobilística de São Paulo em números absolutos

Essa relativização do processo de desconcentração também pode ser atestado em maior escala: a maioria das fábricas que, de fato, deixam São Paulo irá se alocar no que Milton Santos e Maria Laura da Silveira chamam de “Região Concentrada” (desconcentração concentrada)

130
Q

Sistemas de Transporte BR (5+)

A

Necessidade de diminuição das viscosidades e aumento da competitividade

Rodovias (1,7 milhões de km), ferrovias (30 mil km) e hidrovias (28 mil km de vias navegáveis)

Rodovias = alto custo de manutenção + ineficiência + custo Brasil + importação de óleo diesel

Ferrovias = redes EXTRAVERTIDAS (voltadas para exportações de commodities) + negligenciada + obsoleto (exceções = linha Vitória-Minas e a Estrada de Ferro Carajás) + má conservação dos trilhos e diferença de tamanho das bitolas

Pro Trilhos (2022) = Programa de Autorizações Ferroviárias / outorga por autorização para o setor ferroviário, permitindo a livre iniciativa no mercado ferroviário. Permitindo, assim, que o setor privado possa construir e operar ferrovias, ramais, pátios e terminais ferroviários.

Sistema Portuário = lentidão + burocracia + necessidade de aumento dos portos secos para gerar fluidez + enormes potencialidades como atesta a hidrovia Tietê-Paraná

131
Q

ÍNDIA

A

Democracia / independência marcada por conflitos étnicos e religiosos, gerando a divisão do subcontinente indiano em Índia, Paquistão e Bangladesh / industrialização por substituição e revolução verde em 1970, assim como o BR / Subsiste ainda hoje, um forte modelo de agricultura familiar no país - motivo da relutância do governo indiano a aderir plenamente ao regime de liberalização da agricultura discutido no âmbito da OMC (maior número de propriedades rurais no mundo) / cientistas Indianos entre os mais bem qualificados do mundo (informática e softwares) / Grande receptor de empresas Inglesas / Diferentemente da China, no entanto, a Índia continua sendo uma economia bastante fechada, com menor participação nos fluxos internacionais.

132
Q

Similaridades entre China e Índia (5+)

A

modelo autárquico de economia fundado no protagonismo econômico estatal, papel indutor do Estado sobre a economia, principalmente em áreas intensivas em investimentos, como a infraestrutura / ambos tiveram inicios agrários / ambos com a agricultura como setor sensível na economia / mão de obra relativamente barata, abundância de recursos naturais = fator de atração de empresas estrangeiras (com centros de decisão nos países de origem = perpetuação da relação centro-periferia) / sociedades fixadas ao solo = terras férteis e rios caudalosos (Ganges, Indo e Yang-Tsé) = favorece o isolamento = reforça o aspecto autocentrado dessas civilizações = prescindiram durante séculos de qualquer intercâmbio com o mundo

133
Q

CAFÉ (8+)

A

não nativo do BR / BR ainda é principal exportador do mundo / iniciado no Vale do Paraíba Fluminense / cultivo pelos “Barões do Café” = capital relativamente alto = escravos e colheita após 4 anos do plantio = inicialmente, intercalada com gêneros de subsistência como a mandioca / Oeste Paulista = esgotamento do solo fluminense e do Vale do Paraíba = SP possui terras ricas em BASALTO com grande fertilidade (terra rossa) / Consolidação do meio técnico = implantação do arado, métodos de revolver a terra e uso de despolpadoras (máquinas de pressão para retirar cascas), geram avanços na produção / Expansão para noroeste do Paraná (fundação de Maringá) / base do desenvolvimento industrial / continuidade da política agrícola em favor do café (Kubitscheck em 1950) / atualmente, abrigo da agroindústria cafeeira no Sul de MG (Pato de Minas, Três Corações) e Espirito Santo, ocorrendo um transbordamento para o Centro-Oeste / BR = maior produtor e exportador mundial = 50 milhões de sacas / Vietnã é o maior em produtividade / Principais estados produtores = MG, ES, BAHIA

134
Q

MIGRAÇÃO RURAL (8+)

A

processo denominado suburbanização = classe média em direção ao campo (não se confunde com periferização / flexibilização das relações de trabalho / advento da tecnologia de informação / trabalho a distâncias / produção just-in-time / aspectos de segurança e ao contato com a natureza, gerando condomínios fechados = espaços sem relações com seu entorno, trata-se de REFORÇO DE VERTICALIDADE em oposição as horizontalidades (Milton Santos) / transformações do quadro de QUATERNIZAÇÃO da economia = atividades quaternárias como setor de serviços ligado a altas finanças, tecnologia da informação, consultorias, serviços de saúde, turismo, entre outros / Não se confunde com população agrícola.

135
Q

Transporte hidroviário no BR (8+)

A

Divide-se em fluvial e marítimo (75% do comércio internacional do BR)

Fluvial = muitos rios de planalto no BR (encachoeirados) dificultam o transporte (Tietê, Paraná, Tocantins e Araguaia) + rios de planície afastados da região concentrada (Amazonas, São Francisco e Paraguai) / atualmente, construções de eclusas (Tucuruí no rio Tocantins, de Barra Bonita no rio Tietê e de Jupiá no rio Paraná / projeto de ligação das bacias do Tocantins, Amazonas e Paraná = hidrovia do contorno = ligação do Norte-Centro-Oeste-Sudeste-Sul = transporte de baixo custo, redução do custo Brasil

O Porto de Manaus, situado à margem esquerda do rio Negro, é o porto fluvial de maior movimento do Brasil e o com melhor infraestrutura

Outros portos fluviais relevantes = Itajaí (rio Itajaí-Açu / commodities) + Santarém (rio Amazonas / grãos) + Corumbá (rio Paraguai / manganês)

136
Q

Distribuição da riqueza no BR por cidades (10+)

A

25% do PIB do país concentra-se em 10 cidades, segundo o IBGE = SP, RJ, Brasília, Manaus, BH, Campos de Goytacazes, Curitiba, Macaé, Guarulhos e Duque de Caxias / SP e RJ = metrópoles globais segundo o IBGE+ razões históricas da concentração -> 1763 = RJ torna-se capital do Vice-reino em virtude do escoamento de AU+ destaque ainda para implementação da Companhia Siderúrgica Nacional no vale do Paraíba do Sul, na década de 1940, e da indústria automotiva em São Paulo / 1960 = Revolução técnico-cientifico = intensificação da globalização = concentração ainda maior em SP e RJ = contatos VERTICAIS = estrutura espacial reticular da economia brasileira / Brasília = altos salários do funcionalismo público / Setor secundário forte = Manaus, BH e Curitiba = metrópoles nacionais, segundo o IBGE = grande influência das áreas em seu entorno / Zona Franca de Manaus = investimento estrangeiro = principalmente, asiático = produção de bens duráveis, como motos e relógios / BH = setor siderúrgico de MG / Curitiba = tem ofuscado Porto Alegre + concentração da tomada de decisões de produção de polos industriais como São José dos Pinhais e da soja escoada no porto de Paranaguá / Cidades fluminenses = Campos de Goytacazes, Macaé e Duque de Caxias = setor petroleiro + alto recebimento de royalties pagos pelo governo federal (Bacia de Campos = exploração da plataforma continental) + refinarias da Petrobrás (REDUC em Duque de Caxias) / Guarulhos = tem sofrido mnor impacto da desconcentração espacial da indústria + Aeroporto = área de transbordamento da economia da capital no que tange à localização de empresas intensivas em tecnologia e de sedes de empresas de ramos tradicionais + Além disso, Guarulhos localiza-se na saída de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro, na Via Dutra, principal eixo da economia nacional

137
Q

FLASHCARDS = descrição de toda Zona Costeira BR = 7.500 km (apenas ler)

A

1) Norte do Amapá ao litoral do Pará = delta do Amazonas + confluência do Rio Tocantins com o Rio Pará (local do fenômeno da pororoca) / A atividade portuária é intensa na região (Macapá e Belém), além da pesca e do turismo

2) Ao longo do litoral do Meio-Norte nordestino (do Maranhão ao Rio Grande do Norte) = formação de dunas pela atividade eólica da região (anticiclone de açores) / presença da floresta de Coqueiros / atividade turística = Lençóis Maranhenses, delta do Parnaíba, Genipabu) / atividade portuária = Itaqui, no Maranhão, é o escoadouro do minério extraído de Carajás e o porto de Pecém, no Ceará, tornou-se o principal porto do Meio-Norte nordestino depois de Itaqui, sobretudo após se concluírem as obras do braço norte da Ferrovia Transnordestina.

3) Do litoral da Paraíba ao Recôncavo Baiano = manguezais, sendo Recife denominada de “Mangue town” = o mangue é um dos ecossistemas mais biodiversos do mundo, fundamentais para evitar o assoreamento dos rios que desaguam no mar / turismo concentrado no litoral norte = Porto de Galinhas, Sauípe, Forte e arquipélago de Fernando de Noronha, Reserva biológica do Atol das Rocas (pesquisa científica)

4) Litoral Sul da Bahia até o Norte do Espirito Santo = arquipélago de Abrolhos em Caravelas – BA, contendo o Parque Nacional Marinho – santuário de reprodução de peixes, aves e mamíferos / Ilhas de Trindade (estação naval da Marinha e introdução de cobras 2 séculos atrás, o que acabou com a vegetação local) e ilha de Martim Vaz

5) Sul do Espirito Santo até Sul de SP = vegetação Mata Atlântica e Manguezais / É uma região mais heterogênea, pois compreende as formações lacustres do litoral norte fluminense, as escarpas oceânicas próximas à baía de Guanabara e a Serra do Mar, cujas formações serranas praticamente desembocam no oceano. É a região mais dinâmica do litoral brasileiro, não só por compreender três regiões metropolitanas (Vitória, Rio de Janeiro e Santos/Baixada Santista), mas também por abrigar o maior complexo de extração de petróleo e gás natural do país (Bacia de Campos), fato que re-dinamizou a economia do estado do Rio de Janeiro, que se encontrava em decadência após a transferência da capital federal para Brasília. A ocupação imobiliária na região é intensa.

6) Sul (Paraná e Santa Catarina) = prolongamento da Serra do mar com vegetação exuberante / Portos de Paranaguá e Imbituba / no RS = litoral ESCARPADO = falésias constituídas pelo afloramento de rochas cristalinas moldadas pela atividade das ondas / essa estrutura tornar-se-ão frequentes no restante do litoral atlântico sul-americano em direção à Patagônia.

7) Na altura da cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, até o arroio Chuí, observa-se interessante ambiente lacustre, de vegetação ciliar rasteira e arbustiva (Lagoa dos Patos, Lagoa Mirim etc.), com abertura ao oceano, a servir de pouso para aves migratórias, sobre as quais, hodiernamente, deposita-se certa preocupação, em virtude do risco de propagação da gripe aviária. No que tange à atividade portuária, vale destacar o Porto de Rio Grande, na abertura da Lagoa dos Patos, e a cidade de Porto Alegre, na foz do rio Guaíba, que são os principais escoadouros da porção extrema meridional do país.

138
Q

Divisões Ultramar (Montego Bay) (5+)

A

Mar Territorial (linha de base até 12M + soberania plena em terra, AR, leito, subsolo)

ZONA CONTÍGUA (12M -> 24M, fiscalização de infrações, leis e aduana, fiscal, imigração e sanitária)

ZEE = 200M a partir da linha de base, no Brasil chega a 350M, soberania para exploração econômica, conservação e gestão de recursos naturais, inclui o leito e o subsolo, produção

Plataforma Continental = estabelecida por critério técnico (extensão continental)

139
Q

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (10+)

A

Cconceituado na RIO-92 (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também chamada de Cúpula da Terra) / conceito reproduzido na “Carta da Terra” e na “Agenda do Milênio” (2000)

Concilia os interesses dos defensores do desenvolvimento econômico com os dos ambientalistas / é a resolução da dicotomia surgida em Estocolmo em 1972 = Clube de Roma = defendem a preservação nos países pobres X Países de menor desenvolvimento relativo (busca do direito de explorar para atingir o desenvolvimento econômico, assim como eles fizeram

** É a síntese da prevalência da cooperação sobre o conflito por meio do MULTILATERALISMO /e a predominância dos INTERESSES GLOBAIS **

Concomitantemente, cria-se a Convenção para Diversidade Biológica das Nações Unidas (CBD), a qual se reúne a cada 2 anos nas Convenções das Partes (COPS)

INTERNAMENTE NO PAÍS para aplicar o conceito = criação do IBAMA (1989) + MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL (1992) + LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (1998)

Criações da RIO92 = - Agenda 21; - Convenção da Biodiversidade; - Convenção da Desertificação; - Convenção das Mudanças Climáticas, Declaração de princípios sobre florestas; - A Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento; - Carta da Terra

140
Q

TURQUIA X UE (10+)

A

Pós I Guerra = desmantelamento do Império Otomano = ocidentalização = Liderança de MUSTAFA KEMAL ATATURK (1920-1938) = substitui o alfabeto árabe pelo latino, código civil inspirado no Suíço; institui código de vestuário (proíbe o fez – chapéu muçulmano – e o véu nas mulheres), maneiras à moda europeia, concede direito de voto às mulheres, proclamou o domingo como o dia do descanso, aboliu a poligamia, substitui o calendário muçulmano pelo gregoriano e muda a capital do país para Ancara

CONTRAPOSIÇÃO
Recep Tayyip Erdogan = nacionalista + transforma SANTA SOFIA em tempo Islâmico + abolição da pena de morte + inclusão gradual de direitos aos curdos ao Leste do país (essas duas últimas medidas para atender aos preceitos da UE) + recente perseguição aos curdos + aproximação da Rússia (compra de anti-mísseis) + conflitos com a Grécia e França no Mediterrâneo

A Turquia fez o seu pedido de adesão à União Europeia (UE) em 1987 (reconhecida como candidata só em 1999 e em 2005 começaram negociações formais). Hoje, prevalece um acordo de União Aduaneira Turquia-UE (principal parceiro comercial da Turquia)

Dados favoráveis a Turquia na UE = região de contato entre Oriente e Ocidente + Turquia na UE é distanciar-se do mundo árabe-islâmico + impedir a imigração (Assim como a Espanha no MAGREB) + complementaridade econômica + área estratégica (Rimland de Spykeman)

Argumentos Contra = causaria rearranjos em órgãos comunitários = Parlamento Europeu, onde a Turquia teria direito a elevado número de eurodeputados (mais que França e Alemanha) / perigo de emigração turca, especialmente na Alemanha (maior comunidade Turca da UE = vistos como ameaça ao emprego por cidadãos europeus / questão religiosa e cultural - Embora seja laico o Estado, a Turquia possui a população predominantemente mulçumana. O islã é tido com certo temor na Europa, que associa a religião ao fundamentalismo, à falta de liberdades, ao terrorismo.

141
Q

Transportes transoceânicos (prós e contras) (10+)

A

revolução dos contêineres = eficiência e segurança (sem perdas), gerando logística intermodal com navios, trens e caminhões / Problemática = Aumento do CALADO dos navios = gerando problemas portuários por causa do assoreamento – como em Santos e Buenos Aires e, também, desafios as eclusas construídas séculos atrás (Istmo do Panamá) – atualmente se constrói uma terceira via ao canal para abarcar navios maiores em paralelo ao antigo canal / Grandes portos com rotas tradicionais = Roterdã, Hamburgo, Antuérpia, Marselha aos portos do Japão (Tóquio) e dos EUA (Nova York, Miami, Baltimore, entre outros) / Novas Rotas = Coréia do Sul, Malásia, China, Índia e cidades-estados Hong Kong (agora pertencente a China) e Cingapura - Essas cidades têm no mar e nos transportes marítimos a sua própria razão de ser / Em resumo, as “plataformas de exportação” asiáticas que vêm crescendo com grande dinamismo desde a década de 1960 são, para todos os efeitos, “plataformas marítimas / Transporte marítimo é ‘espinha dorsal’ da economia global, diz ONU / Brasil = São 16 portos com boa capacidade, com destaque para os de Santos (SP), Itajaí (SC), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Paranaguá (PR) e Vitória (ES). Existem ainda duas hidrovias para o transporte fluvial no interior do Brasil e com os países vizinhos do sul e sudeste (as hidrovias Paraná-Paraguai e Tietê-Paraná) / fundamental a integração Nacional e Internacional = são oito bacias com 48 mil km de rios navegáveis, reunindo, pelo menos, 16 hidrovias e 20 portos fluviais / Problema BR = problema em relação aos portos é o custo de embarque por contêiner. Apesar de ter diminuído em quase US$ 300, o valor ainda é muito alto comparando-se aos portos estrangeiros + excesso de burocracia + falta de preparo e investimentos / Possuir uma frota mercante de real poder é questão não só de desenvolvimento social e comercial, mas, também, de segurança e estratégia / Em termos de segurança, a frota se torna um apoio fundamental para a Marinha de Guerra em caso de necessidade. Inúmeros exemplos, como a Guerra do Golfo, onde a navegação civil ajudou no conflito, ilustram isso

142
Q

BR153 (Belém-Brasília)

1- Ano de inauguração

2- extensão

3- Estados finais

A

INAUGURADA EM 1959 / também conhecida pelos nomes de Rodovia Transbrasiliana e de Rodovia Belém-Brasília, é a quinta maior rodovia do Brasil, ligando a cidade de Marabá (PA) ao município de Aceguá (RS), totalizando 3.585 quilômetros de extensão / terminando na Fronteira Brasil–Uruguai.

A BR-153 é a principal ligação do Meio-Norte do Brasil (estados do Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá) com a Região geoeconômica Centro-Sul do país. Devido a esse fato e somado ao grande fluxo de veículos, a BR-153 é considerada atualmente como uma das principais rodovias de integração nacional do Brasil

143
Q

ECONOMIA DO NORDESTE

A

= 9 Estados = Maranhão = projeto grande carajás = grandes empresas de transformação (alumar) + porto de itaqui

Piauí = MATOPIBA = escoamento de SOJA pela BR-153 + ferrovia Carajás + Porto de Itaqui no Maranhão + destaque para a cidade de Barreiras e Luis Eduardo Magalhães

Ceará = algodão de fibra-longa + complexo industrial e portuário de pecém (OFFSHORE) + carcinicultura

RN = carcinicultura + agricultura irrigada (Vale do rio açu e piranhas)

Paraíba =

Pernambuco e Bahia = petrolina e juazeiro -> irrigação pela barragem de sobradinho (médio São Francisco) = frutas

Alagoas = sal-gema

Origem: SUDENE (1950) -> petroquímica (Recife) e Sal Gema (Alagoas) + início da irrigação, refinarias (RENOR) e da Transnordestina

Observação: 1950 = baixo dinamismo = criação do SUDENE (SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE) = objetivo de industrializar por meio de polos = financiamento pelo Fundo De Investimentos Do Nordeste (FINOR), administrado pelo Banco Do Nordeste Do Brasil (BNB) = se acreditava que o desenvolvimento regional decorreria da expansão da renda e da tecnologia implantada pelo grande empreendimento = Surge os Polos petroquímicos de Camaçari no Recôncavo Baiano + distritos industriais de Recife + indústria de extração de SAL-GEMA em Alagoas = Pautados no modelo de SUBSTITUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES (esgotado em 1980) -> FINOR passa, então, a financiar agricultura, irrigação e infraestrutura

Observação 2: 1990 = incentivo ESTADUAL para a exportação = inserção na lógica GLOBAL = Ceará (polo têxtil, aproveitando o algodão de fibra-longa) / construção do porto de PECÉM / Além disso, o Ceará e o Rio Grande do Norte são os dois principais polos de carcinicultura do Brasil, exportando camarões para vários lugares do mundo, em especial para os EUA

No Rio Grande do Norte, a agricultura irrigada do Vale do Rio Açu, ou Piranhas, atraiu empresas como a MAISA, que dinamizou a fruticultura da região.

Observação 3: Porto de Pecém fica em Recife no Ceará, com estilo “OFF SHORE” / A condição geográfica de Pecém, com o menor tempo de trânsito entre o Brasil, os Estados Unidos e a Europa, média de 7 dias para chegar ao destino, funciona como um dos atrativos para conquistar os armadores e impulsionar as exportações brasileiras / A partir desse evento, estava se materializando um dos maiores projetos de desenvolvimento econômico já implementados nesse Estado, o Complexo Industrial e Portuário do Pecém

O Porto do Pecém entrou em operação em 2002. Na primeira fase, houve a movimentação de granéis líquidos, trazidos pela Petrobras

A concepção do terminal, de buscar águas profundas, bem como preservação das condições ambientais, faz com que as instalações para atracação de navios se localizem a certa distância da costa, fazendo-se portanto necessária a construção de uma ponte de interligação entre os “piers” de atracação e as instalações em terra com 1.789,33 metros de comprimento até o pier 1 (um), é mais 2.142,61 metros até o pier 2 (dois). Já para acessar o complexo existem duas opções: Rodoviária e Ferroviária / vem quebrando records de movimentações em toneladas (começa com 386 mil toneladas em 2002 e passa a 18 milhões em 2019, uau!)

No Maranhão, o Projeto Grande Carajás resultou na construção de grandes empresas de transformação, como a Alumar, e do porto de Itaqui, de calado profundo (21 metros), que junto com Tubarão, no Espírito Santo, são os dois maiores portos graneleiros do país.

No Nordeste, o turismo também se destaca como atividade dinâmica. Vários resorts e hotéis aproveitam o sol e o calor constante do litoral nordestino. Citam-se, como exemplo, Ilhéus, Porto Seguro e Sauípe, na Bahia; Maragogi em Alagoas e Porto de Galinhas e Fernando de Noronha em Pernambuco.

144
Q

Vegetação, Clima, Usinas, Agricultura e Indústrias do NORDESTE (10+)

A

9 - 4 - 4 - 4

9 Estados

4 tipos de vegetação = Mata Atlântica (em pequenas áreas da região próxima ao litoral); Cerrado (oeste da Bahia e sul do Maranhão), Caatinga (no sertão nordestino, interior), Mata dos Cocais (em áreas do Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará) /

4 tipos de Clima: semiárido (interior); tropical (sul da Bahia e centro do Maranhão); litorâneo úmido (região litorânea) e equatorial úmido (oeste do Maranhão)

4 Usinas Hidrelétricas: Sobradinho, Paulo Afonso, Três Marias e Xingú

Agricultura (principais produtos agrícolas): cana-de-açúcar (principal produto), tabaco, algodão, caju, manga, uva, acerola e cacau. A cana-de-açúcar é cultivada, principalmente, na região litorânea, onde encontramos o massapô, solo escuro, argiloso e muito fértil

Presença de indústrias, nas grandes cidades, de calçados, produtos elétricos e eletrônicos, petroquímica (Polo Petroquímico de Camaçari) e tecelagem. Destaque para o Distrito Industrial de Ilhéus (Bahia), Complexo Industrial de Suape (Pernambuco), Distrito Industrial de Maracanaú (Ceará). Na área de tecnologia, podemos destacar o Porto Digital do Recife (maior polo tecnológico do país), com ênfase na produção de softwares

145
Q

DIVISÃO CLIMÁTICA X FORMAÇÕES VEGETAIS BR (8+)

A

Formações Vegetais estão associadas ao clima e orografia (relevo)

Sul = pampas e araucárias = degradação do solo por erosão pela pecuária extensiva

Mare de Morros florestados do Sudeste até o Nordeste, próximo à costa = clima tropical úmido = hoje resta menos de 12% da Mata Atlântica original

Centro-oeste = 2 estações bem definidas (chuva e seca) (tropical) = 2 vegetações principais = Pantanal (maior densidade hidrográfica, área de transição e vegetação muito diversificada) e cerrado (floresta de cabeça para baixo, longas raízes)

O centro-oeste é, nos dizeres de Milton Santos, o local onde o meio técnico-científico-informacional se implantou diretamente sobre o meio natural. (EMBRAPA = correção do solo + sementes mais adaptadas)

Norte = clima equatorial, floresta homogênea apenas na aparência – hileias nas partes mais altas, matas de várzeas na região semi-inundável e igapós nas partes inundadas

Amazônia Oriental = predomínio de grandes projetos mineradores estão devastando o local

146
Q

HIDROELETRICIDADE NO BR (10+)

A

BR possui 12% da água doce superficial do planeta e 12 bacias hidrográficas / uma das maiores redes fluviais / O relevo brasileiro é marcado por planaltos e uma vasta rede hidrográfica. Em muitos pontos a declividade no curso dos rios permite a exploração da hidroeletricidade / As hidrelétricas são responsáveis por produzirem cerca de 70% da energia disponível para consumo no Brasil, ou seja, é a principal geradora de energia no país, sendo que 40,5% do potencial hidrelétrico do país está localizado na Bacia Hidrográfica do Amazonas, porém é na Bacia do Rio Paraná em que há a maior produção de energia hidráulica, pela Itaipu Binacional.

No Brasil há diversas usinas hidrelétricas, porém as 5 que geram mais energia são, em ordem decrescente de capacidade: Usina Hidrelétrica de Itaipu (Paraná) , Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Pará), Usina Hidrelétrica São Luíz do Tapajós (Pará) e Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Pará) e Usina Hidrelétrica de Santo Antônio (Rondônia)

A hidroeletricidade foi iniciada com pequenas geradoras instaladas no Estado de São Paulo financiadas com capital externo / 1940-50 = marca o salto do uso da hidroeletricidade / imensos investimentos financiados por empréstimos internacionais / O objetivo era produzir energia em grandes quantidades e a baixo custo para servir a projetos industriais energo-intensivos, tal como o processamento de minérios

A bacia do Rio Paraná, localizada na Região Concentrada (Sudeste e Sul) = resta pouco potencial a ser explorado / Itaipu sozinha representa a geração de mais de 20% da energia elétrica usada no país / hoje com 20 turbinas gera +15% da energia usada no Brasil e 86% no Paraguai.

No Nordeste brasileiro, a bacia hidrográfica do rio São Francisco está próxima do limite de uso do potencial hidrelétrico (exemplo: Sobradinho)

No curso Araguaia-Tocantins destaca-se a instalação da usina de Tucuruí, segunda maior do país

Somente na região Norte, as bacias do Rio amazonas e Parnaíba ainda possuem grande potencial de exploração

147
Q

TERMOELETRICIDADE NO BR (5+)

A

É a geração de energia elétrica a partir da energia liberada por qualquer produto que possa gerar calor, como bagaço de diversos tipos de plantas, restos de madeira, óleo combustível, óleo diesel, gás natural, urânio enriquecido e carvão natural.

Nas termelétricas a fonte de calor aquece uma caldeira com água, gerando vapor d’água em alta pressão, e o vapor move as pás da turbina do gerador.

predomínio do uso da lenha como fonte energética até o século XX / termoelétricas como primeiras plantas de geração elétrica do país / presente em regiões distantes no BR / cidades no interior da floresta amazônica (Manaus) / lenha substituída por queima de óleo / custo de instalação baixo e preço da energia alto / com o fim dos empréstimos externos na década de 80, instalando-se a crise fiscal + alteração da industrialização passa a ser ligada a microeletrônica e telecomunicações (não são energia-intensivas) = escolha de construção de novas termoelétricas com o uso de gás natural importado ao invés de carvão

Em 2022, os estados com maior parque termelétrico sãoː São Paulo (9,01 GW), Rio de Janeiro (6,67 GW), Maranhão (2,86 GW), Minas Gerais (2,81 GW)

As usinas termelétricas foram responsáveis por quase 29% da energia elétrica gerada no ano de 2021 no Brasil, crescimento provocado pela Crise hídrica no Brasil em 2020–2021.

As usinas termelétricas provocam impacto ambiental, interferindo tanto na qualidade do ar quanto da água. As chaminés expelem gás carbônico e fumaça com partículas sólidas que podem provocar doenças respiratórias, além de gases que aumentam a acidez da chuva.

O impacto varia conforme o tipo de combustível utilizado. Por exemplo, o carvão é mais poluente que o gás natural. Também se verifica que as usinas utilizam a água do mar, de rios e de lençóis freáticos para resfriamento de caldeiras. A água é devolvida ao meio ambiente com temperaturas mais elevadas, afetando a vida marinha e o ecossistema de rios.

Tal impacto, entretanto, poderia ser reduzido com o uso de energia originada da biomassa, considerada uma fonte menos poluente. Entre os impactos relacionados com a biomassa estão o desmatamento e a destruição de habitats para aumento da área de plantio;

148
Q

PORTUGAL X ESPANHA (8+)

A

forte influência Moura / distanciamento Europeu socioespacialmente pela muralha natural dos Pirineus / ambos se lançaram a cruzada atlântica dos descobrimentos / passaram por regimes fascistas (Franco e Salazar) / ambos entraram na UE na década de 1980 / raiz étnica, cultural, religiosa e linguística com a América Latina / Política Externa = Três vertentes básicas de inserção internacional dos dois países podem ser apontados: o “atlantismo”, o “europeísmo” e a política africanista / Hoje, Portugal e Espanha estão entre os maiores investidores externos na América Latina, sobretudo na área de telecomunicações / Cúpula Ibero-Americana = facilitador do diálogo com a América Latina / os maiores compradores de imóveis nos dois países são alemães, ingleses e escandinavos interessados no sol do Algarve, das Ilhas Baleares ou da “Cuesta del Sol” / Africanismos = O estreito de Gibraltar apresenta -se como a área mais sensível na entrada de imigrantes ilegais para a EU / Política Externa de Portugal busca aprofundar a presença lusitana, sobretudo econômica e política, sobre os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP / A Espanha um grande investidor externo e um dos principais receptores do investimento português no exterior / Iberismo = defesa da unificação dos dois países / Estes ideais ibéricos eram promovidos principalmente pelos movimentos republicanos, socialistas, liberais e maçônicos em ambos os países, quando eles tiveram o maior dilema dos ideais nacionalistas de inclusão, como o da Risorgimento Italiano ou a da Unificação Alemã.

149
Q

CLIMA NORTE BR (8+)

A

clima tropical super-úmido, quente (pouca amplitude térmica), alta pluviosidade - havendo pouca variação, ou seja, divisão entre estação seca e chuvosa, característica de climas tropicais. Isso deve-se à dinâmica da massa de ar quente estacionada sobre a região. Portanto, a área tem sua tropicalidade alterada pela continentalidade e pela baixa latitude, causadora de temperaturas constantemente elevadas.

150
Q

CLIMA NORDESTE (10+)

A

elevações como o Planalto da Borborema (Serra do mar do Nordeste = 400 km e 4 Estados), servem de barreira natural que afeta a dinâmica dos alísios, impedem a penetração de massas úmidas no interior, gerando o SEMI-ÁRIDO NORDESTINO /

Alísios são ventos que sopram dos trópicos (Zona de Alta Pressão = ganham umidade) para o equador (Zona de Baixa Pressão = chove), formando um ciclo

A porção norte do Nordeste apresenta clima característico da região Norte (norte do estado do Maranhão), enquanto sua faixa litorânea é afetada por variações na temperatura da Corrente do Brasil – que geram alterações na dinâmica das chuvas – e, ocasionalmente, pela penetração de massas polares vindas do sul, especialmente nos meses de julho a agosto

A Corrente do Brasil é uma corrente oceânica quente do Oceano Atlântico Sul cujo movimento é paralelo à costa leste da América do Sul. Após cruzar a altura do Rio da Prata encontra-se com a Corrente das Malvinas, uma corrente fria, ao sul do paralelo

151
Q

CLIMA CENTRO-OESTE BR (5+)

A

mais próximo da TROPICALIDADE típica (Cerrado) = temperaturas elevadas (embora com relativa amplitude térmica), alternância entre estações secas e chuvosas / Ainda assim, por suas consideráveis dimensões e pela influência da continentalidade e da latitude, há variações, especialmente nos extremos norte (características semelhantes às apresentadas na região Norte – baixa amplitude térmica e diferenciação mais clara entre as estações seca e chuvosa

152
Q

CLIMA SUDESTE BR (6+)

A

Tropicalidade típica em sua maior parte, com algumas peculiaridades = Norte de MG semelhante ao sertão nordestino com baixos índices pluviométricos / Áreas localizadas em elevações, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira têm sua tropicalidade alterada pela altitude, o que acarreta temperaturas mais amenas, se comparadas a áreas adjacentes de baixa altitude. Dentro da região, quanto mais ao sul (estado de São Paulo), maiores os efeitos da penetração de frentes frias no inverno, que podem acarretar temperaturas relativamente baixas.

153
Q

CLIMA SUL BR (6+)

A

clima subtropical, região sujeita a penetração de massas polares, ocasionando geadas e precipitação de neve, nas áreas elevadas do RS, SC e PR. / Outro fator que determina o clima da região é a latitude mais alta em relação às outras regiões do Brasil / É a área do país com maior amplitude térmica, devido ao maior distanciamento possível da linha do equador em território nacional / sua pluviosidade sofre ocasionalmente importantes alterações com a incidência dos fenômenos El Niño/La Niña, resultantes do aquecimento ou esfriamento anormais das águas do Pacífico / Ocasionalmente verifica-se também o fenômeno da “friagem”, penetração anormal de massas polares, capaz de alcançar as regiões Norte e Centro-Oeste ***

154
Q

CONCEITO DE TERCEIRO MUNDO (10+)

A

lógica da guerra fria / preocupação com a deterioriação dos termos de troca e a exclusão / criação do Movimento dos Países Não-Alinhados, que teve seus marcos na Conferência de Bandung (1955) e Belgrado (1961 – vale lembrar que a Iugoslávia do Marechal Tito não fazia parte da esfera de influência soviética)

Em 1964 foi criada, no âmbito das Nações Unidas, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, cuja atuação se deu paralelamente à formação, entre os países do “Terceiro Mundo”, do “Grupo do 77”

A UNCTAD foi bem-sucedida na negociação de um Sistema de Preferências que beneficiou o comércio dos países subdesenvolvidos / inadequação do termo terceiro mundo a partir de 1970 (avanço tecnológico dos países da Ásia, “Milagre” BR, países exportadores de petróleo e fundação da OPEP

Na tentativa de capturar diferentes matizes, o jargão diplomático fala em “países em desenvolvimento” e “países de menor desenvolvimento relativo”. Entre os primeiros, têm destaque na mídia países como o Brasil, a Índia, o México e os Estados do sudeste asiático, entre outros, denominados pelos financistas como “mercados emergentes”.

Observação a ser inclusa no flashcard = O Grupo dos 77 nas Nações Unidas (O Brasil faz parte) é uma coalizão de nações em desenvolvimento, que visa promover os interesses econômicos coletivos de seus membros e criar uma maior capacidade de negociação conjunta na Organização das Nações Unidas. Havia 77 membros fundadores da organização, mas a organização, desde então, expandiu e atualmente conta com 134 países membros.

Os países sul-americanos que já presidiram o Grupo dos 77 são Peru (1971-1972), Venezuela (1980-1981 e 2002), Bolívia (1990 e 2014), Colômbia (1993), Guiana (1999), Argentina (2011) e Equador (2018). O grupo foi fundado em 15 de junho de 1964 pela “Declaração Conjunta dos Setenta e Sete Países”, emitida na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD)

155
Q

SOJA X CERRADO (20+)

A

planta originária da região denominada Manchúria, que fica no nordeste da China (curiosamente, nosso maior mercado consumidor). A primeira referência sobre soja no Brasil data de 1882, na Bahia / no Século XX, inicialmente restrita ao Sul do país pelos japoneses, sobretudo no Paraná / produto rentável e multifacetado em seu beneficiamento (farelo, leite, carne, tintas, vernizes, fibras, leticina / deixou de ser uma cultura de DESCANSO, para se tornar a BASE / 1970-1980 = expansão para o MT e MT do Sul, bem como PARAGUAI E BOLÍVIA

Cerrado = domínio morfoclimático com predomínio de vegetação baixa e rasteira, arbustiva. Com clima tropical típico (duas estações definidas = inverno seco e verão chuvoso). Esse clima gera solos ácidos e, geralmente, inférteis / ÁCIDOS porque no inverno, quando não há chuvas, a evaporação é maior que a precipitação, o que influencia na concentração de metais como alumínio / INFÉRTIL porque na época das chuvas, ao invés de haver renovação do solo, há lavagem dos nutrientes, devido ao alto volume de precipitação

Problemas resolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) = corrigindo o PH do solo com a adição de calcário = caso clássico de indução econômica pelo Estado / Parte do projeto geopolítico de “ocupação dos espaços vazios” derivados da Escola Superior de Guerra / o Japão foi de grande importância no projeto, financiamento e viabilidade – na medida em que sua rivalidade com os EUA os levou a criar um concorrente internacional (Brasil), pois a intenção era retaliar os EUA devido as medidas protecionistas contra a indústria Japonesa em 1970

Hoje, BR ultrapassou os EUA na produção sem subsídios e vantagens que eles garantem aos seus agricultores

Expansão da sojicultura = ocorreu por dois fatores = tecnologia e geopolítica

Hoje, a soja é a principal cultura do agronegócio BR / País deve colher cerca de 162 milhões de toneladas na temporada 2023-2024

Mais uma vez, o Brasil está prestes a superar os Estados Unidos como o maior produtor de soja do mundo

Ordem de produção de grãos = MATO GROSSO -> PARANÁ -> RIO GRANDE DO SUL

São quase 250 mil produtores, entre pequenos, médios e grandes, distribuídos em cerca de 17 estados

O milho é a segunda maior cultura de importância na produção agrícola no Brasil / China = cerca de 90% de sua soja é importada do mercado internacional e é usada principalmente em petróleo e ração animal (embora a soja tenha surgido na Manchúria

O custo da soja brasileira não inclui a devastação das florestas, o uso da água ou os animais silvestres mortos, por isso, para países europeus e asiáticos compensa mais importar a nossa soja do que produzir por lá

A oleaginosa (soja) corresponde a 49,3% de toda a safra de grãos brasileira (metade)

SOJA = RAÇÃO ANIMAL, ÓLEO DE COZINHA, BIODIESEL (MUITO VERSÁTIL / O Brasil pode responder por 36,4% da soja colhida no mundo / compradores de destaque são Holanda, Tailândia, Espanha, Irã, França, Alemanha, Coreia do Sul, Indonésia, Turquia e Vietnã

EMBRAPA = sintetizou uma soja geneticamente modificada que produz cianovirina, proteína eficaz ao combate da AIDS, encontrada somente em algas marinhas

Observação do Flashcard = Em 2017, a China importou um total de 95,53 milhões de toneladas de soja, das quais 32,58 milhões vieram dos Estados Unidos e 50,93 milhões de toneladas foram importadas do Brasil / a terra arável da China é muito limitada / mesmo que todas as terras aráveis do norte e nordeste da China sejam usadas para a produção de soja, ainda assim não seria suficiente” / os recursos da China são insuficientes e, portanto, as importações podem ajudar a conservar a terra. A compra de soja e algodão de outros países equivale à importação de recursos terrestres e hídricos. “Isso é de grande benefício para o ambiente ecológico da China e assim por diante” / A monocultura da soja existe porque este é um dos principais alimentos utilizados para engordar animais considerados de consumo como bois e porcos. / Países da União Europeia e asiáticos, principalmente a China, importam milhões de toneladas da soja produzida no Brasil para alimentar os animais confinados por lá

156
Q

MACRORREGIÕES E SUA ATUALIZAÇÃO(8))+

A

A Divisão Regional do Brasil consiste no agrupamento de Estados e Municípios em regiões com a finalidade de atualizar o conhecimento regional do País e viabilizar a definição de uma base territorial para fins de levantamento e divulgação de dados estatísticos

Ademais, visa contribuir com uma perspectiva para a compreensão da organização do território nacional e assistir o governo federal, bem como Estados e Municípios, na implantação e gestão de políticas públicas e investimentos.

Objetivos = CONHECIMENTO REGIONAL + BASE TERRITORIAL + DADOS ESTATÍSTICOS + ORGANIZAÇÃO + GESTÃO PÚBLICA E INVESTIMENTOS

No século XX, foram elaboradas pelo IBGE divisões regionais contemplando os conceitos de Zonas Fisiográficas (década de 1940 e 1960), Microrregiões e Mesorregiões Homogêneas (1968 e 1976, respectivamente) e Mesorregiões e Microrregiões Geográficas (1990).

IBGE teve sua criação em 1934 por GV / em 1941, foi instituída a divisão regional do Brasil, apoiada nos fatores naturais

1940 = 5 macrorregiões = norte, centro, nordeste, ESTE e sul / Divisão de 1940 = conceito de regiões naturais = importância as características físicas do território (vegetação, clima, relevo) para futuro aproveitamento e desenvolvimento / o homem é um transformador da natureza nessa abordagem

A base da Configuração Macrorregional atual é de 1941, feita no Estado Novo (Norte, Nordeste, Leste, Sul e Centro-Oeste). Essa divisão persistiu até 1969, quando foi substituída pelas macrorregiões

Vargas e os militares (1964-1985) = forte centralização e uso da divisão regional como subsídio dessa ação centralizadora planejada

No IBGE, as divisões regionais se estabeleceram em diversas escalas de abrangência ao longo do tempo, conduzindo, em 1942, à agregação de Unidades da Federação em Grandes Regiões definidas pelas características físicas do território brasileiro e institucionalizadas com as denominações de:

NORTE - MEIO-NORTE - NORDESTE OCIDENTAL - NORDESTE ORIENTAL - LESTE SETENTRIONAL - LESTE MERIDIONAL - SUL - CENTRO-OESTE

Em consequência das transformações ocorridas no espaço geográfico brasileiro, nas décadas de 1950 e 1960, uma nova divisão em Macrorregiões foi elaborada em 1970, introduzindo conceitos e métodos reveladores da importância crescente da articulação econômica e da estrutura urbana na compreensão do processo de organização do espaço brasileiro, do que resultaram as seguintes denominações: NORTE - NORDESTE - SUDESTE - SUL - CENTRO-OESTE, que permanecem em vigor até o momento atual.

1941-1969 = mudanças drásticas no país = plano de metas, urbanização, milagre econômico, industrialização, malha de infraestrutura – transporte, energia e comunicações = Centro-sul torna-se polo de atração do Nordeste e a Amazônia era um grande vazio a ser ocupado, inclusive por razões geopolíticas. Dessa realidade, surge a divisão em 5 macrorregiões atual / Posteriormente alterada, em 1969, durante a ditadura – criando a região SUDESTE – visando abranger a produção do território. As duas divisões coincidem com os limites das unidades da federação /

1969 = marca o fim do “este” (1), Bahia e Sergipe vão para o Nordeste (2), criação do Sudeste (passa a ser desvinculado do Sul), o Sul é reduzido a três estados

A prioridade passa a ser GEOECONÔMICA *** = características NATURAIS + características econômicas (industrialização e desenvolvimento) (SUDENE em 1959 e SUDAM em 1966) = ação planejadora do Estado pautada em critérios econômicos e de integração

Atualmente, necessidade de uma reestruturação denominada EIXOS DE DESENVOLVIMENTO, ligada à revolução técnico-científica e à globalização / deve-se organizar UNIDADES MENORES para organizar melhor o processo produtivo, especialmente o tripé estrutural: energia, transportes e comunicações / passando de 5 para 9 regiões = sul, sudoeste, redesudeste, são Francisco, Araguaia-tocantins, transnordestino, oeste, madeira-amazonas e arco-norte

O conceito de EIXOS DE DESENVOLVIMENTO está associado ao trabalho de polos de François Perroux (1955) (baseado em estudos de Paris-Berlim, Vale do Ruhr) / os eixos diferenciam-se dos polos, por se conectarem uns aos outros

Os eixos do Brasil considerados mais promissores são: Eixo Goiânia – Anápolis – Brasília, Eixo Ribeirão Preto – Uberlândia, Eixo Fortaleza – Mossoró e Eixo Maceió – Recife – Campina Grande

Desde 2009, mais de 31 000 empresas foram abertas nas oito cidades do corredor de riqueza formado por Goiânia, Anápolis e Brasília. Outras 70 000 deverão se juntar a elas até 2025, segundo estimativas da Urban Systems

O agronegócio já não é a atividade mais relevante nem em Uberlândia nem em Ribeirão Preto. Com acesso a cinco rodovias federais, cruzada por um ramal férreo e sede de um entreposto comercial da Zona Franca de Manaus, Uberlândia se tornou um polo logístico.

157
Q

Eixo Maceió-Recife-Campina Grande (8+)

A

A construção do porto de Suape, na região metropolitana de Recife passando por boa parte do NE / Atraídas pela facilidade de escoar a produção por Suape, empresas como Unilever, Campari e Bunge instalaram fábricas na região / a Fiat investiu 7 bilhões de reais em 2015, contratando 500 engenheiros para um Centro de Pesquisa, Desenvolvimento, Inovação e Engenharia Automotiva que será instalado em Recife / Hoje, há em Campina Grande 17 instituições de ensino superior, nas quais 55 000 estudantes se matriculam a cada ano.

158
Q

Eixo Fortaleza-Mossoró (3)

A

A região é hoje a principal área de extração de óleo em terra firme no Brasil / Recentemente, aos cavalinhos de extração de petróleo se juntaram os cata-ventos dos geradores de energia eólica / Mossoró é a sexta maior produtora de frutas do país.

159
Q

Histórico do aproveitamento agrário do Sul do BR (10+)

A

Pecuária extensiva ligada ao interesse português na bacia do Prata + escoamento do ouro e prata da Bolívia + comunicação do interior do BR com o litoral, gerando a fundação da Colônia de Sacramento e a ocupação da Província de São Pedro do Sul nos PAMPAS gaúchos (só se tornaria RS em 1889 com a proclamação da República)

Pampas gaúchos = campos limpos, consistindo em pastagens naturais, exigindo baixos investimentos direcionando o charque para a mineração, seguido da cafeicultura fluminense e paulista

Rio Grande e Porto Alegre = imigração AÇORIANA *** = ocupação do litoral gaúcho e áreas de fácil acesso (estuário do Guaíba e ao rio Jacuí), cultivando a policultura para abastecimento da província e ocupação de MÉDIAS propriedades

Imigração Europeia século XIX = ocupação das encostas do Planalto Meridional do Rio Grande do Sul (“Serra Gaúcha”), por imigrantes italianos e alemães (Caxias do Sul, Garibaldi, Bento Gonçalves) = pequena propriedade com trabalho familiar, policultura e subsistência, com tempo abasteceram a província, seguida do Centro-Sul. Atualmente, produção de vinhos de tradição imigrante

Relevo do RS = Planície Costeira (litoral) -> Escudo Sul-rio-grandense -> Depressão Central -> Planalto Meridional (1400 metros) (parte mais ao fundo, divisa com a Argentina)

Extravasamento da cafeicultura paulista para o Oeste do Paraná, em torno de LONDRINA = grande propriedade MONOCULTURA com trabalho assalariado, associada a fertilidade dos solos (terra roxa = decomposição de rochas basálticas)

Atualmente = mecanização da agricultura e crescimento da indústria = policultura do Norte do RS (Ijuí, Santa Rosa, etc + Vale do Jacuí) sofreram concentração fundiária, com produção de monoculturas (soja no primeiro caso e arroz no segundo)

160
Q

EIXOS DE DESENVOLVIMENTO (8+)

A

conceito que visa sanar os problemas dos polos, rearticulando áreas já atrativas ao capital, superando rugosidades do espaço. O Estado não cria, mas induz os investimentos, contando com a ação privada mesmo nas obras de infraestrutura / Ênfase na circulação e não na produção e, portanto, nas obras de transporte e energia / POLOS TORNAM-SE EIXOS DE DESENVOLVIMENTO NA CONCEPÇÃO MODERNA / François Perroux = adoção na década de 1970 da concepção perrouxiana de POLOS DE CRESCIMENTO = há no território, os polos que irradiam fluxos e o Estado deve intervir na criação desses polos para desenvolver regiões / Exemplos: polo petroquímico de Camaçari na Bahia e a zona franca de Manaus / Eixo Norte = articulado na BR-174 (Manaus-Boa Vista) seguindo até a fronteira com a Venezuela (Santa Elena do Uiaren) = saída e escoamento para o Caribe, da produção de RR, além da integração energética com a Venezuela com cabos de transmissão de Guri (que leva energia a Roraima / Eixo Araguaia-Tocantins = articula Centro-oeste, Nordeste e Norte, inclusiva com a hidrovia Araguaia-Tocantins e a ferrovia Norte-Sul + estrada de ferro Carajás + malha ferroviária Nordestina (transnordestina, transversal nordestina), possibilitam o transporte multimodal da produção de grãos da Amazônia Legal, oeste da Bahia, sul do Maranhão até o Porto de Itaqui.

161
Q

Metrópole e Região Integrada de Desenvolvimento (5+)

A

Definição da Banca = Metrópole pode ser definida conceitualmente como espaços urbanos complexos e de grande extensão territorial e demográfica, acima de um milhão de habitantes (não é consenso) e com diversos municípios de diferentes tipologias, tamanhos e níveis de integração, o que define o caráter metropolitano dessas aglomerações

Outra definição: Metrópole é o termo que designa a capital ou principal cidade de um determinado país, estado ou província. As metrópoles têm como característica principal a influência, seja ela social, econômica ou cultural, sobre as demais cidades da região

ATENÇÃO: Quem define metrópole e capital regional é o IBGE / Quem define região metropolitana e macro metrópole são os governos do Estado

observação: BRASÍLIA NUNCA FOI REGIÃO METROPOLITANA, considerada uma REGIÃO INTEGRADA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (RIDE). Existem três RIDEs no Brasil: DF, PETROLINA-JUAZEIRO E TERESINA

Região integrada de desenvolvimento (Ride) é uma área análoga às regiões metropolitanas brasileiras, porém, situada em mais de uma unidade federativa. As Rides privilegiam ações econômicas (enquanto as regiões metropolitanas as ações sociais e de mobilidade) e são criadas por legislação federal específica, que delimita os municípios integrantes e fixa as competências assumidas pelo colegiado dos mesmos

As RIDE’s- Região Integrada de Desenvolvimento Econômico- possuem como especificidade a presença de municípios de mais de uma unidade da federação, sendo, portanto, sua criação, uma competência da União. Entre os exemplos de RIDE`s temos: Brasília e Entorno; Petrolina e Juazeiro e a Grande Teresina.

162
Q

Cidades mais populosas do mundo (5)

A

Relatório da ONU 2018 = Tokyo (38 milhões) (exceção desenvolvido), Delhi (30 milhões), Shanghai (24 milhões), Cidade do México e São Paulo (21 milhões), Cairo (20 milhões) (Seguido de Dhaka, Osaka, New York, Mumbai, Beijing e Karachi) = megacidades são típicas do mundo pobre, ao contrário de cidade global = só há 5 cidades desenvolvidas entre as 30 mais populosas.

Paquistaneses assumiram o título de quinta maior nação do mundo em população, segundo relatório da ONU (BR em 6º).

163
Q

Cidades-região (3)

A

A cidade-região é entendida como a área metropolitana mais concisa somada de seu entorno imediato, incluindo uma série de centralidades de pequeno e médio porte no alcance dos processos de metropolização

Para grande parte dos estudiosos, a cidade-região seria uma unidade espacial polarizada e comandada por uma grande cidade (comumente relacionada a uma metrópole) que exerce influência sobre uma determinada área. Ou seja, sua definição está ligada à sua área de influência, bem como sua relação com outras regiões.

164
Q

Macrometrópoles e a macrometrópole paulista (10)

A

O termo “macrometróple” é uma classificação intermediária para regiões não abrangentes o suficiente para serem classificada como uma megalópole

Também chamado de COMPLEXO METROPOLITANO EXPANDIDO ou macrometrópole paulista / uma conurbação de metrópoles localizadas ao redor da Grande São Paulo

7 principais regiões metropolitanas = Piracicaba, Sorocaba, Campinas, Jundiaí, São Paulo, Santos e São José dos Campos

+ 33 milhões de habitantes = é uma das mais populosas aglomerações urbanas do mundo = 75% da população do estado de SP = une 174 munícipios e 18 % da população brasileira /

É a única macrometropole do hemisfério sul do globo / concentra 83% do PIB do estado e 27% do país

Em relação à infraestrutura, nela se localiza o Porto de Santos que detém 25% do movimento de exportações e importações do país; o Aeroporto Internacional de Guarulhos que movimentou 39,5 milhões de passageiros em 2014 e é origem das principais rodovias estaduais e federais (Rodovia Dutra, Ayrton Senna, Anchieta, dos Imigrantes, Regis Bittencourt, Anhanguera, Bandeirantes, Washington Luis, Castelo Branco, Raposo Tavares, Rodoanel)

Não possui reconhecimento legal, mas de fato e sua definição teórico-conceitual bem como físico-administrativa tem sido constantemente revisada e complementada em função dos debates técnicos e político / o campo de planejamento regional e seus estudos se iniciam com Patrick Geddes no século XX

165
Q

Relatório Climático IPCC (agosto de 2021)

A

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) foi criado em 1988 e tem o objetivo de fornecer aos governos avaliações científicas regulares sobre as mudanças climáticas para orientar políticas públicas

Lançado esse ano: Climate Change 2021: The physical Sciences Basis afirmando que a mudança climática está acelerando e a influência humana sobre ela é inconstetável. O relatório foi publicado 3 meses antes da COP26 de Glasgow

  • Houve aumento de 1,09º C entre 2011-2020 (em comparação ao nível pré-industrial, causado pela emissão de gás de efeito estufa (desmatamento e combustíveis fósseis)
  • Outros efeitos: aumento do nível do mar (irreversível), recuo das geleiras, aumento do número de eventos climáticos extremos (secas, incêndios e inundações)
  • Em todos os cenários, o planeta deve chegar a +1,5ºC em relação ao nível pré-industrial em 2030. Em 2015, o Acordo de Paris considerou o limite de 1,5C o mais seguro no cenário de crise climática
  • No Brasil, o IPCC, prevê precipitações intensas no Sul e SUdeste e aumento das secas nas outras três regiões (mesmo efeito do el niño). O quadro pode comprometer a atividade agropecuária e o sistema elétrico do país, baseado nas hidrelétricas.
  • Segundo o IPCC, Para frear o aumento da temperatura global deve-se:

1- reduzir pela metade a emissão de poluentes até 2030

2- zerar as emissões líquidas de CO2 (emissão em equilíbrio com a remoção de carbono)

166
Q

AGRONEGÓCIO NO MUNDO (15)

A

Os maiores EXPORTADORES agropecuários = EUA, União Europeia e Brasil (nessa ordem) seguido de Canadá e Austrália / produção altíssima de trigo na UE com base em subsídios / China, EUA e UE produzem em torno de 600 milhões de toneladas de grãos por ano, a Índia produz 350 e o Brasil está chegando nos 317 com crescimento de 6% ao ano em média (GRÃOS)

EUA utilizam 17% do território e França 33% / apesar disso tudo, o setor primário é responsável por apenas 5% do PIB, sendo o serviço responsável por 73%

A Índia ainda é um país rural (70/30) e tem boa parte do seus trabalhadores no âmbito rural e possui a maior área plantada do mundo

A Política Agrícola Comum da União Europeia (PAC) é um sistema de subsídios à agricultura e programas de desenvolvimento em áreas afins, parte do primeiro dos três Pilares da União Europeia, designado como Comunidades Europeias. Foi criada em 1957 e posta em prática em 1962 / A Política Agrícola Comum é uma das mais importantes políticas da União Europeia (UE), já que cerca de 44% do orçamento comunitário (43.000 milhões de euros previstos em 2005) é gasto na agricultura /

Maiores produtores agropecuários do mundo = Estados Unidos, China, União Europeia, Índia, Brasil / Brasil produz 250 milhões de toneladas, tende a ultrapassar a Índia nos próximos anos, é o que mais cresce em produção. Os Estados Unidos produzem 600 milhões em uma área duas vezes maior que a BR. A China também produz na casa dos 600 milhões.

Maiores produtores agropecuários do mundo = Estados Unidos, China, União Europeia, Índia, Brasil /

167
Q

Divisão Regional Brasileira de Complexos do pesquisador Pedro Pinchas Geiger de 1967 e a divisão de “três brasis” de Lobato Corrêa (leitura)

A

Divide o país em 3 blocos: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul / não é regionalização oficial, mas amplamente utilizada para ciências / NÃO respeita divisas estaduais / é uma nova regionalização desenvolvida concomitantemente a nova regionalização do IBGE, com foco na evolução histórico-econômica / regionalização com base em aspetos sociais e econômico-produtivos

Complexo Amazônico = exclui o sudeste do Tocantins / 60% do território nacional / 7% da população nacional

Complexo do Centro-Sul = Sul + Centro-Oeste + Sudeste excluído o Norte de MG e do MT / Englobou, mais recentemente, o extremo sudeste do Tocantins, o extremo oeste da Bahia e pequenas porções do sul do Maranhão e do Piauí (região constituinte do chamado MATOPIBA) / 22% do território e 70% da população e do PIB / melhor IDH

Complexo Nordestino = todo o Nordeste mais o Norte de MG, exceto MATOPIBA / 18% do território / Apresenta profundos contrastes naturais e grandes disparidades socioeconômicas / Considerada historicamente como a “região problema” do país, vem passando por melhorias nos índices sociais – em especial a partir da década de 2000 e nas regiões da Zona da Mata e do Reconcavo Bahiano + períodos e complexos irrigados do sertão nordestino (vale do São Francisco)

Na verdade, ao comparar as duas propostas de divisão regional, é mais adequado comparar a proposta de Lobato Corrêa com a de Pedro Pinchas, tendo em vista que esta é mais antiga do que aquela. Sim, elas apresentam grandes semelhanças, pois possuem propósitos também semelhantes. Sendo o principal: o de ** regionalizar o Brasil a partir de aspetos sociais e econômico-produtivos **. O ponto fundamental de diferença reside na estrutura teórico-metodológico de cada uma delas. A divisão de Geiger foi construída no momento em que se vivia uma clara transição da predominância do pensamento da Escola Quantitativa para a Escola Crítica (Marxista), no que se refere à análise do espaço. Quer dizer: houve a influência das duas - preocupações quanto ao emprego de dados estatísticos para caracterizar cada espaço regional, do lado quantitativo, e a preocupação com as relações sociais inseridas na realidade econômica de cada espaço regional, do lado crítico. Enquanto isso, a divisão de Lobato já se inseria completamente no contexto de análise da Geografia Crítica. Quer dizer: ele foi construída diretamente no entendimento de uma região como resultado efetivamente social, construído a partir do desenvolvimento da produção econômica.

Roberto Lobato Corrêa divide o espaço brasileiro em três regiões, os “Três Brasis”, que se diferenciam entre si por apresentarem distintas especializações produtivas, distintos modos e intensidades de circulação e consumo, pela gestão das atividades, distintas organizações espaciais e níveis de circulação interna, inter-regional e internacional. Os três grandes conjuntos regionais apresentados por Roberto Lobato Corrêa são: Centro-sul, Nordeste e Amazônia (mesma nomenclatura de Pedro Pinchas Geiger)

Os processos sociais e econômicos que interferiram na organização espacial brasileira a partir da década de 50 do século XX influenciaram a formação de três grandes regiões: Amazônia, Centro-Sul e Nordeste, divisão geoeconômica que expressa, entre outros aspectos, as transformações operadas no capitalismo mundial e brasileiro – CERTO - Em 1967, o geógrafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger propôs a divisão geoeconômica: 3 REGIÕES GEOECONÔMICAS - Amazônia, Centro-Sul e Nordeste, marcada por: Ausência entre os limites dos estados + Agrupamento de acordo com as dependências econômicas + Organização a partir da semelhança natural e econômica

168
Q

Conceito de Região e o Método Regional Geográfico (Geografia Regional)

A

Especificidades e agrupamentos de lugares com características comuns naturais e culturais / útil para melhor administrar os recursos naturais e humanos

Segundo a CESPE, A região, enquanto fração do espaço geográfico em suas relações de poder, pode ser entendida como uma das expressões do conceito de território

A região é uma porção do espaço delimitada a partir do agrupamento de aspectos, em certa medida, homogêneos, seja por um critério físico-natural, socioeconômico, cultural, entre outros, que resulta em uma diferenciação de área.

É um dos paradigmas (modelo) da ciência geográfica / Tem foco na “região” como categoria de análise geográfica;

No século XIX, Vidal de La Blache já realizara estudos regionais, no entanto, a análise regional só passa a ser tradada como uma categoria geográfica a partir da década de 1940 / A geografia regional é considerada como o terceiro paradigma da geografia, estruturando-se após os paradigmas do Determinismo e do Possibilismo Geográfico, ** os quais ele refuta **, uma vez que a geografia regional afirma não ser possível produzir uma análise geográfica utilizando apenas um ou poucos critérios.

O método regional começa a ganhar importância a partir da década de 1940, sobretudo por meio dos estudos de Richard Hartshorne e Alfred Hettner;

Atribui que o estudo e a diferenciação das diversas áreas presentes no espaço é o objeto fundamental de estudo da geografia. Por se tratar de um conceito bastante amplo, a noção de região é largamente utilizada como forma de se definir uma determinada área. Entretanto, para se definir de maneira clara uma região é preciso tomar mão de critérios que individualizem uma porção do espaço em relação à outra. Neste caso, os critérios e elementos usados deverão ser determinados por quem for o responsável por diferenciá-las. É exatamente por isto que
uma mesma porção do espaço poderá ser delimitada de formas diferentes e, por consequência, gerará regiões também diferentes.

Ex.: O México é, ao mesmo tempo, um país integrante da América do Norte (divisão regional baseada em critérios naturais) e da América Latina (divisão regional baseada em critérios histórico-culturais e socioeconômicos).

O contexto da geografia regional é fluído, não fixo. Depende dos critérios adotados por quem faz a análise e também do objetivo. Ademais, a geografia regional é indissociável da geografia geral.

169
Q

5 Princípios Geográficos (CCAA E) (10)

A

Os princípios geográficos são MÉTODOS de análise e de seleção de ações que devem ser aplicadas sobre o ESPAÇO a fim de compreendê-lo, organizá-lo e utilizá-lo da melhor forma possível. Deve-se lembrar de: localizar no mapa, comparar, verificar causa-efeito (origem), conexões no espaço e tempo e suas transformações passadas e futuras = EXTENSÃO, ANALOGIA, CAUSALIDADE, CONEXÃO E ATIVIDADE!

EXTENSÃO – FRIEDRICH RATZEL = Indica que os fatos geográficos devem ser delimitados (a partir do uso de mapas), dentro de um determinado espaço geográfico ou território, com o objetivo de facilitar sua análise e compreensão.

ANALOGIA (PRINCÍPIO DA GEOGRAFIA GERAL) – KARL RITTER/ VIDAL DE LA BLACHE = Método de comparação entre áreas. Seu objetivo fundamental é estabelecer as características presentes nas diversas porções do espaço para assim poder compará-las. De acordo com este princípio, ao comparar áreas diferentes, identificando suas diferenças e similaridades, seria possível chegar com mais facilidade à resolução de certos problemas que se repetem ao longo das diversas paisagens.

CAUSALIDADE – ALEXANDER VON HUMBOLDT = Tem como objetivo identificar a relação de causa-efeito dos fatos geográficos. Todos os fenômenos possuem uma origem (ou diversas origens) que ao serem estudadas e confirmadas podem identificar maneiras mais eficientes de se combater seus possíveis efeitos negativos.

CONEXÃO/ CONEXIDADE (PRINCÍPIO DA INTERAÇÃO) – JEAN BRUNHES = Indica que um determinado fenômeno geográfico nunca acontece de forma isolada, pois ele sempre vai estar ligado (conectado) a outros fenômenos e a outras disciplinas do conhecimento humano. Trata-se da análise geográfica que parte da relação entre determinadas áreas e momentos históricos específicos.

ATIVIDADE – JEAN BRUNHES = Identifica que a paisagem possui caráter dinâmico, isto é, que está em constante transformação. Sua base fundamental é identificar que as paisagens sofrem constante transformação humana (que depende diretamente do momento histórico das diversas sociedades). Por consequência, afirma-se que a paisagem também é um elemento revelador do grau de evolução do trabalho e da tecnologia desenvolvida pelo homem.

170
Q

FATORES E ELEMENTOS QUE INFLUENCIAM O CLIMA (6) (leitura)

A

1) LATITUDE: Refere-se à distância de um determinado ponto na Terra em relação à linha do Equador (0º de latitude) – relação latitude x temperatura atmosférica é inversamente proporcional.

Quanto mais próximo da linha de 0º, menor a latitude e maior a temperatura, devido à maior incidência e à maior concentração de luz solar, o que leva a uma maior concentração energética (obliquidade dos raios solares) / Médias térmicas = Belém (1º grau de distância da linha do equador = 25,9ºC de média térmica anual) e Porto Alegre (31º graus de distância da linha do equador e 20,1ºC de média térmica anual) / a altitude pode superar a latitude (distância do equador) em relação a média térmica anual, por isso, Curitiba tem uma das menores médias, por estar em região mais alta / o Brasil é 92% tropical e 8% temperado, o que inclui o Santa Catarina e RS integralmente /

2) ALTITUDE: Distanciamento em relação ao nível do mar (0 metro de altitude) – relação altitude x temperatura é inversamente proporcional = Isso ocorre por conta da menor concentração de gases – em especial o oxigênio (ar torna-se mais rarefeito) - e de umidade em porções mais altas da troposfera, o que leva a uma menor retenção de calor.

Quanto menor a altitude, menor a distância em relação ao nível de mar e maior a temperatura. Isso ocorre por conta da maior concentração de gases e de umidade em porções mais baixas da troposfera, o que leva a uma maior retenção de calor pelas partículas de oxigênio e vapor d’água.

3) CONTINENTALIDADE E MARITIMIDADE: A extensão territorial dos continentes também é um fator climático. A relação entre o volume de terras das porções do interior dos continentes e a proximidade de grandes massas de água exerce uma forte influência na temperatura. Isso devido às diferenças entre as propriedades físicas da água e do sólido.

A água se aquece mais lentamente, enquanto as massas continentais se aquecem mais rapidamente. Por outro lado, ao contrário dos continentes, a água demora a irradiar a energia absorvida, enquanto as massas continentais liberam o calor de maneira mais rápida.

Por isso, o Hemisfério Norte (que possui maior concentração de massas continentais em comparação ao Hemisfério Sul) tem invernos mais rigorosos e verões mais quentes, enquanto isso, o hemisfério sul (que possui menor proporção de áreas continentais) apresenta verões e invernos com temperaturas mais equilibradas, tendo em vista que a influência da maritimidade, neste caso, supera a continentalidade.

Solsticio = máximo de desigualdade de iluminação entre os dois hemisférios (21 de junho e 21 de dezembro = inverno e verão no Sul, respectivamente)

Equinócio = equilíbrio de luminosidade entre os dois hemisférias (primavera e outono)

171
Q

RELATÓRIO REFÚGIO EM NÚMEROS 2022

1- órgão e comitê que publica o relatório

2- Quantidade de refugiados totais reconhecidos pelo Brasil em 2021

3- três nacionalidades que mais solicitaram refúgio no Brasil em 2021

A

É um relatório publicado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que se encontra em sua 7ª edição em 2022

Trata, principalmente, das decisões do CONARE

Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR)

O estudo é produzido anualmente pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), criado com o intuito de ampliar o conhecimento sobre os fluxos migratórios internacionais no Brasil

Entre 2011 e 2021, 297.712 mil imigrantes solicitaram refúgio no país. Ao final do ano de 2021, existiam 60.011 pessoas refugiadas reconhecidas pelo Brasil

29.107 mil imigrantes solicitaram refúgio no Brasil (+208 a mais que 2020)

Principais solicitantes em 2021 = Venezuela (78%), Angola (6%) e Haiti (2,7%), Cuba e China (a maioria é homem)

No ano de 2021, o Conare analisou 70.933 solicitações de refúgio (o maior volume na década). Porém, o Conare reconheceu apenas 3.086 pessoas como refugiadas em 2021

O estado do Acre concentrou o maior volume de solicitações de refúgio apreciadas pelo Conare, em 2021, com 47,8% seguida pelo estado de Roraima, com 14,7% (destaque para o Norte do país)

No ano de 2021, 50,4% das pessoas reconhecidas como refugiadas eram crianças e adolescentes na faixa entre 5 e 14 anos de idade.

DADOS DO RELATÓRIO DE 2020

Em 2020, o Brasil recebeu solicitações de reconhecimento da condição de refugiado de pessoas provenientes de 113 países

VENEZUELA - HAITI - CUBA (1347) - CHINA - ANGOLA - BANGLADESH - NIGÉRIA - SENEGAL - COLÔMBIA - SÍRIA (129)

HOMENS = 57,3%
IDADE = ENTRE 25 E 39 ANOS

Dos 63 mil casos avaliados pelo CONARE em 2020, foram deferidos cerca de 25 mil refugiados (24 mil da Venezuela e 479 da Síria), 439 indeferimentos e 35 mil extinções (número muito maior que em 2021)

172
Q

Logística Internacional (leitura)

A

Logística é busca a eficiência máxima na movimentação de matérias primas e mercadorias, desde a origem até o local de consumo / ferramenta essencial para a expansão do Comércio Exterior / existem 5 modais principais (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítmo)

No ambiente de forte concorrência do processo de movimentação de cargas, o gerenciamento do sistema de transportes se concentra no planejamento, na otimização, na gestão e na execução do uso desses meios da forma mais eficiente possível.

Nesse sentido, o transporte deve ser multimodal - sendo os transportes aquaviários em geral, o transporte aéreo e os transportes terrestres (rodoviário e ferroviário) os meios essenciais utilizados na dinâmica hodierna do Comércio Externo.

Transporte Aeroviário = mais rápido para médias e grandes distâncias / seguro e cômodo / mercadorias de alto valor ou perecíveis = (diamantes, instrumentos de óptica, produtos farmacêuticos, fruta, flores etc).

Desvantagens: elevada poluição atmosférica, devido à emissão de dióxido de carbono; poluição sonora nas áreas circundantes aos aeroportos; forte consumidor de espaço, devido à construção das infraestruturas; elevado consumo de combustível; é muito dispendioso; muita dependência das condições atmosféricas (nevoeiro, ventos fortes…); reduzida capacidade de carga (em relação a transportes marítimo e ferroviário).

Transporte Rodoviário = flexibilidade, rapidez, entrega porta a porta, carga e descarga rápida, ideal para conectar modais (é indispensável no processo de multimodalidade e intermodalidade).

Desvantagens: é um tipo de transporte que se presta melhor para pequenos percursos; pequena capacidade de carga; necessidade de grandes investimentos na malha rodoviária; elevados impactos ambientais (desmatamento) na construção de estradas; congestionamentos e poluição sonora e atmosférica nos grandes centros urbanos; custos com os fretes são elevados.

Transporte Ferroviário = enorme capacidade de carga e passageiros, mais econômico, combustivel flexível (vapor, diesel, eletricidade); pode possuir grandes velocidades, estimula a produção da indústria de base (produção de trilhos e locomotivas); ajuda a reduzir os gargalos logísticos;

Desvantagens: menor flexibilidade de acesso a diversos lugares; impossibilidade de entrega de mercadorias porta a porta; impactos ambientais elevados na construção do sistema viário; altos custos de implantação do sistema.

Transporte Fluvial = grande capacidade de carga, custos baixíssimos por causa do volume e pelas vias naturais / Desvantagens: este tipo de transporte depende muito dos fatores climáticos naturais (congelamentos, rios intermitentes, baixo nível de águas nas secas, relevo) + lentidão + alto custo com construção de eclusas

Transporte Marítimo = grande capacidade de carga; possibilidade de deslocamento de pessoas e mercadorias a enormes distâncias; regularidade nas viagens; proporcionalmente, a quantidade de carga gasta pouca energia, e com baixo custo;

Desvantagens = lentidão, elevação dos custos dos contêiners (principalmente em crises como a COVID), grandes congestionamentos de portos / Existe grande preocupação – estrutural, política e estratégica - com os principais gargalos (estreitos e canais) presentes em importantes rotas marítimas globais. Tais como: Canal de Suez, Canal do Panamá, Estreito de Gibraltar, Estreito de Malaca, Passagem turca (Estreitos de Bósforo e Dardanelos, e Mar de Mármara), Estreito de Ormuz, Estreito de Bab el-Mandeb)

173
Q

Relatório Mundial sobre Migração 2022 ou World Migration Report 2022 (leitura)

A

Relatório Mundial sobre Migração da OIM publicado em dezembro de 2021 para o ano de 2022 pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), criada em 1951, é a principal organização intergovernamental no âmbito da migração e trabalha em estreita colaboração com associados governamentais, intergovernamentais e não governamentais

** O número de passageiros aéreos no mundo caiu 60% em 2020 para 1,8 bilhão (de 4,5 bilhões em 2019), ao mesmo tempo em que o deslocamento interno devido a desastres, conflitos e violências aumentou para 40,5 milhões (de 31,5 milhões em 2019) **

De acordo com o relatório, o número de migrantes internacionais cresceu de 84 milhões em 1970 para 281 milhões em 2020, embora quando se considera o crescimento da população mundial, a proporção de migrantes internacionais só passou de 2,3 para 3,6 por cento da população mundial. A maioria das pessoas em todo o mundo (96,4%) reside no país em que nasceu.

** O número de migrantes internacionais para 2020 foi menor, em cerca de 2 milhões, do que teria sido devido à COVID-19 **

We have also seen the scale of international migration increase, although at a reduced rate due to COVID-19. The number of international migrants was estimated to be almost 281 million globally in 2020, with nearly two thirds being labour migrants

281 milhões de migrantes em 2020, comparado a 172 milhões em 2019.

174
Q

MUDANÇA CLIMÁTICA x ENERGIA ELÉTRICA (leitura)

A

O sistema de produção de energia elétrica encontra-se entre as infraestruturas mais críticas para as sociedades modernas, daí a importância fundamental de se aumentar sua resistência em relação às incertezas provocadas pelas mudanças climáticas globais;

As mudanças climáticas possuem forte relação com a questão energética, sobretudo com as chamadas fontes energéticas renováveis, como a hidráulica e a eólica, por exemplo.

** Estas fontes são diretamente dependentes das próprias condições climáticas, o que faz com que elas estejam propensas a sofrerem diretamente os impactos dos próprios fenômenos climáticos que buscam mitigar **

O agravamento das alterações climáticas, podem-se reduzir as vazões fluviais, o que afetaria diretamente a capacidade de geração de energia dos sistemas hidráulicos;

Condições climáticas adversas e extremas podem gerar fortes danos não apenas nas operações, mas também na confiança que se deposita sobre o sistema como um todo. Dentre alguns impactos negativos causados por essas condições, destacam-se:

1) Longas Secas podem gerar menos caudais para geração de hidroeletricidade OU resfriamento do sistema termelétrico e termonuclear

2) Chuvas Extremas podem danificar equipamentos de geração e sistemas de transmissão

3) Temperaturas elevadas podem limitar a capacidade de transmissão de energia, ao mesmo tempo em que alteram o ciclo hidrológico.

O abalo na confiabilidade relativa à produção elétrica brasileira, dada a forte dependência hidrelétrica nacional, estaria baseada na condição de que a produtividade energética seria bem mais baixa em relação à capacidade instalada, o que levaria à necessidade clara de instalação de capacidade produtiva extra para evitar que o sistema falhe;
Para além das ditas fontes renováveis de energia, a produção de energia elétrica que tem como base fontes não renováveis (a produção termelétrica, mais especificamente), também está sujeita aos impactos das mudanças climáticas, tendo em vista que estas são dependentes de grandes volumes de água, que são utilizadas em seus sistemas de resfriamento. Dessa forma, a redução dos índices pluviométricos de rios e lagos - a partir da alteração dos ciclos das chuvas - podem reduzir o abastecimento de água para as usinas (mesmo que possa ser utilizada também a água dessalinizada do mar para esta finalidade, a alteração dos ciclos das chuvas gera dificuldades para a produção deste tipo de energia no interior dos continentes);

A ocorrência de condições climáticas extremas e a crise hídrica a ela correlata são consideradas com as principais ameaças ao setor elétrico brasileiro nas próximas décadas;

De acordo com o Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050), divulgado no final de 2020, indica-se que, nas próximas três décadas, as mudanças climáticas podem causar perdas econômicas relevantes e impactos negativos à geração, à transmissão e à distribuição de energia no país, alterando a disponibilidade e a confiabilidade de insumos como água, vento e radiação solar;

As mudanças no padrão hidrológico podem decorrer de alterações na biosfera e seus ciclos biogeoquímicos globais provenientes da elevação da emissão de Gases do Efeito Estufa (GEEs), apesar de decorrem também da alteração do manejo e da cobertura natural do solo, o que pode resultar em alterações climáticas locais. Alterando-se a disponibilidade hidrológica de regiões específicas, dificulta-se completamente a operação de reservatórios de regulamentação do nível das águas. Assim, a alteração do regime das vazões pode causar, ao longo dos anos, sérios descompassos na capacidade de operação real em diversas unidades geradoras;

Na atualidade, para evitar racionamentos, a energia gerada por termelétricas vem sendo cada vez mais utilizada, e, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o gasto elevado na geração deste tipo de energia se manterá em alta, pelo menos, até 2025; em descompasso com os objetivos de desenvolvimento sustentável e as NDCs (metas brasileiras).

Desde agosto de 2021, vigora o que a ANEEL chamada de “bandeira escassez hídrica”, reforçando que os impactos das alterações climáticas têm provocado no setor elétrico no Brasil, em especial na produção de energia hidráulica, situações preocupantes que geram a necessidade de tomada imediata de decisões.

As mudanças climáticas além de influenciar na geração de energia elétrica, afeta a confiança na capacidade de geração e atinge a economia / a termoelétrica utiliza grandes quantidades de água em suas caldeiras e no resfriamento / o aquecimento e o calor extremo geram maiores perdas de energia nas linhas de transmissão em um país de dimensão continental

175
Q

MEIOS URBANOS (leitura) (histórico, desenvolvimento, principais conceitos)

A

URBANIZAÇÃO = Os primeiro espaços urbanos surgem de atividades rurais = revolução neolítica = fixação do homem a terra por meio do plantio e domesticação de animais, surgindo a necessidade de infraestrutura de proteção.

Por volta de 3500 a.C., surgiram aquelas que seriam as cidades mais antigas que se tem informação no atual IRAQUE (Ur, Uruk, Nippur, Lagash, dentre outras). Elas se formaram na região da Mesopotâmia, na área chamada de “Crescente Fértil”. Logo depois, formaram-se aglomerados nas margens do Nilo, no vale do Indo (Paquistão atual), no Huang-Ho (China) e em Roma

O início da Idade Moderna marca o “ressurgimento das cidades” para prática do comércio, após o feudalismo, na sociedade ocidental. Foi isso que aconteceu com cidades como Gênova e Veneza (Itália), Barcelona (Espanha), Marselha e Paris (França), Londres (Inglaterra), Lisboa (Portugal), Antuérpia (Bélgica), dentre outras.

Segundo o IBGE, o Brasil possui 86% de população urbana

Contudo, os critérios usados para se definir uma cidade, variam de país para país. Sendo os dois critérios mais relevantes:

  1. Critério quantitativo/populacional (ONU): A cidade é toda aglomeração urbana com população igual ou superior a 20 mil habitantes (adotada pela maioria dos países);
  2. Critério político-administrativo (Brasil): Toda sede de município é uma cidade (independentemente do número de habitantes).

DEFINIÇÕES IMPORTANTES:

A metrópole pode ser entendida como uma cidade grande e influente, responsável pela geração de uma forte dependência de ordem social, política, cultural e econômico-financeira, que será imposta sobre uma determinada área do espaço geográfico (nível regional, nacional ou internacional). A partir das metrópoles agregam-se em seu entorno, por meio do processo de conurbação, áreas urbanas de outras cidades, criando uma forte metropolização, que deverá dar origem a uma região metropolitana;

A metropolização é o processo de crescimento urbano de uma cidade (cidade- central, cidade-polo ou metrópole), que tenderá a se unir mais diretamente com cidades próximas impondo sobre elas um forte elo de dependência. À medida que essa cidade amplia sua centralidade (concentração de elementos sociais, administrativos, econômicos e financeiros), as cidades em seu entorno tenderão a expandir suas próprias manchas urbanas em sua direção, conurbando-se diretamente com ela. Assim, o processo de metropolização estará no centro da formação de qualquer região metropolitana.

Por região metropolitana, define-se um conjunto de municípios ligados diretamente a uma metrópole (ou a uma cidade-polo, ou a uma cidade-central), que possui serviços e infraestrutura em comum. Dessa forma, organiza-se uma área com integração de políticas públicas que visam a organizar e a facilitar a vida dos moradores de toda região. O intuito de criação de uma região metropolitana é, exatamente, a elaboração de planos e de ações para desenvolver elementos estruturais que facilitem a vida da população como um todo.

De acordo com o Regic/2018, as metrópoles são as mais relevantes cidades do país. São aquelas que apresentam as mais estruturadas redes de infraestrutura de transportes e comunicações e apresentam-se como os principais centros de decisão do país. Atualmente, temos 15 metrópoles, organizadas da seguinte forma:

  1. Grande Metrópole Nacional: São Paulo/SP (maior nível de hierarquia);
  2. Metrópoles Nacionais: Rio de Janeiro/RJ e Brasília/DF;
  3. Metrópoles (12): Manaus/AM, Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Goiânia/GO, Vitória/ES, Belo Horizonte/MG, Campinas/SP, Curitiba/PR, Florianópolis/SC e Porto Alegre/RS.

No tocante às Regiões Metropolitanas brasileiras, as primeiras delas foram instituídas, em 1973, pela Lei Complementar No 14: Belém/PA, Fortaleza/CE, Recife/PE, Salvador/BA, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS.

** Recife – PE é a segunda maior área de região de influência por abranger grande quantidade de municípios (abrange 23 milhões de habitantes, incuindo capitais regionais como Natal na parte do Norte do Nordeste brasileiro), perdendo apenas para SP (43 milhões). A terceira maior região de influência é a de Belo Horizonte com 21 milhões **

A CF/88, em seu Art. 25 § 3o, indica que: “Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.”

A partir da promulgação da CF/88, portanto, o número de regiões metropolitanas, RIDEs (Regiões Integradas de Desenvolvimento) e Aglomerados urbanos tiveram crescimento exponencial. Assim, de acordo com os últimos estudos do IBGE, existem no país 74 Regiões Metropolitanas e 5 Aglomerados Urbanos, sendo os estados da Paraíba (12), Santa Catarina (11), Alagoas (9) e Paraná (8) os que possuem o maior número de RMs.

O Brasil possui 5573 munícipios e MG é o estado com maior número de municípios

A elevação de Vitória à categoria de metrópole foi a razão principal para a perda populacional da área de influência direta do RJ, porque o estado do ES como um todo estava nesta região de influência. Uma vez que Vitória tornou-se metrópole, ela passou a dominar praticamente a metade da antiga região de influência direta do RJ.

176
Q

Estrutura fundiária Brasileira (leitura)

A

Capitanias Hereditáras -> Sesmarias -> fixação de latifúndios -> êxito na zona da mata nordestina

Com o estabelecimento da Lei de Terras (1850), foi determinado que a propriedade da terra fosse definida pela compra, em que os proprietários rurais já existentes teriam de registrar seus lotes como propriedades privadas. Além disso, as demais terras (que ainda não eram ocupadas) foram encaminhadas para a venda, fazendo com que os pequenos posseiros não tivessem possibilidade de adquirir lotes, pois não possuíam recursos financeiros para tal. Dessa forma, muitos perderam as terras que já cultivavam, enquanto os grandes latifundiários conseguiram ampliar suas posses através da compra.

Dessa forma, a ampliação dos grandes latifúndios no Brasil está associada aos muitos conflitos sociais do campo e ao desenvolvimento de movimentos sociais de luta pela possa da terra, cujos grupos buscam a aceleração do processo de reforma agrária e a consequente posse da terra. Como ilustração do caso, temos o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e as antigas Ligas Camponesas.
As ligas camponesas foram associações de trabalhadores rurais criadas inicialmente no estado de Pernambuco, posteriormente na Paraíba, no estado do Rio de Janeiro, Goiás e em outras regiões do Brasil, que exerceram intensa atividade no período que se estendeu de 1955 até a queda de João Goulart em 1964. As Ligas Camponesas organizaram milhares de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente no Nordeste brasileiro, utilizando o lema “Reforma Agrária na lei ou na marra” contra a secular estrutura latifundiária no Brasil.
À União recai a obrigação de se realizar o repasse destas terras e o apoio financeiro para que famílias de pequenos agricultores possam realizam nelas seu trabalho.

De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), de cada dez imóveis rurais cadastrados, sete têm menos de 25 hectares. São 2,5 milhões de propriedades que ocupam pouco menos de 6% da área total.

Já as propriedades com mais de mil hectares representam menos de 2% do total – 68,3 mil imóveis -, mas ocupam 47% da área cadastrada.

Enquanto países desenvolvidos, como Canadá e Estados Unidos já fizeram a reforma agrária há muito tempo, a concentração fundiária no Brasil é mais grave do que em países como Colômbia, Bolívia e México. Essa realidade é a responsável pela violência no campo, pela degradação ambiental e pela exploração do trabalho que, em diversos casos, ocorre de forma análoga à escravidão. O Brasil tem milhões de trabalhadores sem acesso à terra ou com terra insuficiente para garantir o sustento de suas famílias. O êxodo rural se configura como uma outra consequência importante da elevada concentração de terras no Brasil, pois o intenso processo de mecanização do campo (sobretudo a partir da “Revolução Verde”)

De acordo com a Lei 8.629/93, o minifúndio é definido como uma pequena propriedade rural menor do que o módulo regional. Esta pequena propriedade rural geralmente é de ordem familiar e está voltada, predominantemente, para a subsistência e para o abastecimento do mercado interno.

O Estatuto da Terra (Lei 4.504/65) foi o responsável por introduzir o conceito de latifúndio na legislação nacional. Ele foi desenvolvido exatamente para tratar da redistribuição das terras agrícolas nacionais, sua produtividade e seu uso social.

O Estatuto da Terra ainda indica que se observam dois tipos de latifúndios fundamentais:

a) Latifúndio por dimensão: propriedade que apresenta área superior a 600 vezes o módulo rural;

b) Latifúndio por exploração: propriedade cuja principal característica é a improdutividade, ou seja, é inexplorada ou explorada em condições mínimas (sendo a especulação seu objetivo essencial).

De acordo com o Art. 186 CF/88, a função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Partindo, portanto, da observância do referido artigo da CF, o latifúndio improdutivo seria a propriedade cuja função social não está sendo efetivamente cumprida.

177
Q

TIGRES E NOVOS TIGRES ASIÁTICOS (leitura)

A

Decorar: Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan + Industrialização Orientada para a Exportação + Zonas de Processamento de Exportações + Economia de Transbordamento (spill over effect) + Indonésia, Vietnã, Malásia, Laos, Camboja, Tailândia e Filipinas + Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) e Deng Xiaoping + Joint Venture + os tigres surgem do transbordamento de capital do Japão e dos EUA e os novos tigres do transbordamento dos tigres antigos.

Do final da década de 1960 para o início da de 1970, quatro países da Ásia (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan) apresentaram um acelerado processo de industrialização. Em razão de sua agressividade administrativa e da localização dos países, eles ficaram conhecidos mundialmente como “Tigres Asiáticos”. O modelo industrial desses países é caracterizado como Industrialização Orientada para a Exportação (IOE).

De maneira geral, estes países adotaram uma política de incentivos para atrair as indústrias transnacionais. Foram criadas Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), com doações de terrenos e isenção de impostos pelo Estado.

O desenvolvimento dos chamados Tigres esteve profundamente relacionado com a “Economia de Transbordamento” japonesa e com os investimentos norte-americanos com foco na tentativa de contenção do avanço de políticas nomeadamente socialistas na região da Bacia do Pacífico, estimulando a produção e controlando pontos chaves da geopolítica global.

Em consequência do grande desenvolvimento econômico dos primeiros Tigres, houve a expansão da produção para os países vizinhos do Sudeste, o que proporcionou um processo de industrialização mais acentuado de países como Indonésia, Vietnã, Malásia, Laos, Camboja, Tailândia e Filipinas.

A China tem como características fundamentais do seu desenvolvimento industrial a forte regulação da produção pelo Estado Nacional e a delimitação das chamadas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), criadas por Deng Xiaoping

Dentro das ZEEs, as empresas estrangeiras que se instalaram, o fizeram, em muitos casos, por meio de “Joint Venture” com empresas locais, o que favoreceu o fortalecimento da indústria nacional (especialização das empresas locais)

Taiwan

TMSC = maior produtora de Chips do mundo

um veículo modelo mais recente contém entre 1.400 e 3.500 semicondutores, e a eletrônica já representa mais de 40% de seu custo.

Motivos da falta de chips no mercado = pandemia + onda de frio no Texas (principal produtor americano) + seca em Taiwan (redução de acesso a água) + incêndio na linha de fabricação japonesa + porta container emperrado em Suez + manutenção de grande estoque chinês para fazer frente as sanções americanas

178
Q

Crescimento Populacional Africano (leitura)

A

Dezenas de cidades africanas se juntarão às fileiras das maiores metrópoles da humanidade até o ano de 2100.

Até o final do século, treze das 20 maiores áreas urbanas do mundo estarão na África – contra, atualmente, apenas duas –, assim como mais de um terço da população mundial.

Vários estudos recentes projetam que até o final deste século, a África será o único continente com crescimento populacional positivo (os demais estarão, ou em estagnação, ou em decréscimo populacional).

Para se ter uma noção, a população do continente era de 229 milhões, em 1950, e de 1,2 bilhão, em 2017. Para 2100, as Nações Unidas projetam uma população de ordem de 4,5 a 5 bilhões naquele continente.

A Etiópia, a República Democrática do Congo e a Tanzânia devem se juntar à Nigéria entre os 10 países mais populosos até 2100. O norte e o sul da África, embora continuem a crescer, o farão a taxas muito mais baixas do que o resto do continente (a região de maior crescimento populacional no continente será a região central da chamada “África Subsaariana”).

Diferente da China, nenhum governo africano tentou controlar a população de forma efetiva, e em larga escala, embora muitos já promovam o planejamento familiar.

Em três projeções do Instituto de Cidades Globais da Universidade de Toronto (Canadá), a África representará pelo menos 10 das 20 cidades mais populosas do mundo em 2100. Cidades como Lagos (Nigéria), Cartum (Sudão), Abidjan (Costa do Marfim), Kinshasa (República Democrática do Congo), Mombasa (Quênia), Niamei (Níger), e Lusaka (Zâmbia) estarão entre as mais populosas do planeta (Lagos, inclusive, está projetada para ser a cidade mais populosa do mundo);

Os principais motivos para esse crescimentos são: crescimento vegetativo, êxodo rural, crescimento econômico e industrial, conflitos e guerras entre etnias, perseguições religiosas e culturais, ** mudanças climáticas ** (desertificação no Sahel). Além disso, há formas de planejamento e organização econômica extremamente segregacionistas (reflexo, ainda, do processo de colonização imposto no continente), que concentra fortemente a riqueza econômica nas mãos de poucos, levando a uma forte situação de pobreza; à ingerência política e corrupção extrema; dentre outras condições.

Problemas gerados = ausência de planejamento urbano, infraestrutura precária, sistema de transporte ineficaz, moradias precárias, proliferação de manchas horizontais de favelização, degradação ambiental intensa pela carência de redes de saneamento básico, elevada emissão de gases poluentes, contaminação de mananciais, devastação da vegetação, violência extrema, desigualdade social, dentre outras.

179
Q

Evolução da Política Ambiental Brasileira a partir de 1930 (década a década) (leitura) (15+)

A

Define-se como política ambiental, o conjunto de elementos legais que visam à preservação do meio ambiente, os quais englobam todas as relações formais que se envolvem no uso, na exploração e na preservação dos recursos e elementos ambientais, distribuindo responsabilidades e fiscalizando os atores envolvidos (começar pela definição nas questões pode ser um bom negócio)

Em 1934, foi iniciada uma política ambiental de fato no país, a partir do estabelecimento do 1º Código Florestal Brasileiro (decreto no 23.793/34) – mesmo ano em foi estabelecido o Código das Águas;

Nos anos seguintes, foram promulgados os seguintes códigos: de Pesca (1938), de Minas (1940) e de Caça (1943);

Nas décadas de 1960 e 1970, ampliam-se as políticas de proteção e conservação ambiental, a partir da promulgação do 2º Código Florestal (lei 4.771/65), da Lei de Proteção à Fauna (lei 5.197/67), da criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA (1973), da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (1974) e da Lei da Atividades Nucleares (1977);

Na década de 1980, criam-se importantes instituições e instrumentos legais, que demonstram o crescente engajamento brasileiro nas questões referentes ao meio ambiente: a lei de criação das Áreas de Preservação Ambiental – APAs (no 6.902/81), a Política Nacional do Meio Ambiente (lei 6.938/81), o Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama (1983), o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (1988), o Plano de Restrição de Uso de Agrotóxicos (1989) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais – IBAMA (lei 7.735/89);

1980 = APAS + POLÍTICA NACIONAL DE MA + CONSELHO NACIONA DE MA (CONAMA) + INSTITUTO BR DE MA (IBAMA)

A CF/88 foi a primeira constituição nacional a trazer um capítulo exclusivo sobre o meio ambiente (Capítulo VI – Art. 225);

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

Os anos de 1990 viram a política ambiental brasileira se fortalecer. O país também assumiu liderança em fóruns internacionais, como na Convenção da Diversidade Biológica, que foi assinada durante a ECO-92. Neste momento, a biodiversidade brasileira entrou no foco das discussões, sobretudo por meio do refinamento da legislação referente a penalidades e punições, com a criação da Lei de Crimes Ambientais (forte influência do Relatório Brundtland e da ocorrência da Rio-92);

Ocorre: a criação da Secretaria do Meio Ambiente, vinculada à Presidência da República (1990); a criação do Ministério do Meio Ambiente (lei 8.490/92); a criação das Regras para o uso de organismos geneticamente modificados e criação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (1995); a Política Nacional de Recursos Hídricos (1997) e a Lei de Crimes Ambientais (no9.605/98);

1990 = ECO92 (CDB) + BIODIVERSIDADE EM PAUTA + LEI DE CRIMES AMBIENTAIS + MINISTÉRIO DO MA + COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA

A década de 2000 começa com uma situação importante: a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (lei 9.985/00). Criam-se também: a Agência Nacional de Águas - ANA (2000); a Política Nacional de Biossegurança (lei 11.105/05); o Serviço Florestal Brasileiro (lei 11.284/06); a lei da Mata Atlântica (lei 11.428/06); o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade - ICMBio (lei n. 9.605/07); e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10);

2000 = SNUC + ANA + POLÍTICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA + SERVIÇO FLORESTAL BR + LEI DA MATA ATLÂNTICA + ICMBIO + POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Na década de 2010, temos: a promulgação do Novo Código Florestal (lei 12.651/12); a Proposição da Política Nacional para a Conservação e o Uso Sustentável do Bioma Marinho Brasileiro (2013); a Política Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca e seus instrumentos (2015); e a Lei da Compensação Ambiental (2018).

Em 2019, o ponto mais marcante foi o fato de que o Serviço Florestal Brasileiro foi transferido para o Ministério da Agricultura (MP 870/19), a Agência Nacional das Águas foi transferida para o Ministério de Desenvolvimento Regional (MP 870/19), ocorre a reestruturação do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama (decreto 9.806/19), e a Flexibilização da Lei da Mata Atlântica.

180
Q

COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS (dados gerais e histórico BR)

A

Combustíveis Fósseis hoje = 75% de toda a demanda energética global, utilizado para a produção de energia térmica quanto para a produção de energia elétrica, para diversas finalidades.

** Carvão mineral, petróleo, gás natural e xisto betuminoso são os principais tipos de combustíveis fósseis consumidos pela sociedade **

Chamam-se de combustíveis fósseis todos aqueles que são formados de restos orgânicos que foram depositados em camadas rochosas e sofreram alterações físico-químicas com o passar dos períodos geológicos.

RESTOS ORGÂNICOS + DEPÓSITO EM CAMADAS ROCHOSAS + ALTERAÇÕES FÍSICO-QUÍMICAS

São enormes reservas de massas orgânicas, com elevadas concentrações de carbono e alto teor combustível.

O carvão mineral é formado fundamentalmente a partir de restos de vegetais depositados durante o período Carbonífero da Era Paleozoica, enquanto o petróleo e o xisto betuminoso são formados essencialmente por restos de animais depositados durante a Era Mesozoica. O gás natural é formado a partir da acumulação dos gases provenientes deste processo de decomposição.

** Os combustíveis fósseis (e com o petróleo não será diferente) têm suas reservas principais localizadas em áreas de vastas bacias sedimentares MESOZOICAS **

O BR possui pouco carvão, devido à ausência de Bacias Sedimentares Paleozóicas (carboníferas).

MESO = PETRÓLEO

PALEO = CARVÃO

MAIORES RESERVAS MUNDIAIS:

Predominância da Bacias Sedimentares do Mesozoico

De acordo com estudos da Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (OPEP), do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás (IBP) e da CIA Work Factbook, as maiores reservas de petróleo atuais estão localizadas nos seguintes países em 2020 (em bilhões de barris):

Venezuela (303), Arábia Saudita (297), Canadá (168), Irã (157), Iraque (145), Rússia (107).

Os EUA encontram-se com a 9º maior reserva (68,8) e o Brasil com a 16º (11,9 bilhões de barris, incluindo o pré-sal).

HISTÓRICO BR

Apesar de já se saber da existência de bolsões de petróleo no território brasileiros desde o século XIX, os primeiros estudos mais contundentes e a extração mais específica vão acontecer a partir da década de 1930, na área do entorno da cidade de Salvador/BA.

Dessa forma, as discussões sobre a exploração e o uso desse recuso fez com que, em 1938, fosse criado o Conselho Nacional de Petróleo (CNP), que logo determinou que as jazidas petrolíferas passassem a pertencer à União. A extração desse recurso, mesmo que em pequena escala, a partir da década de 1940, incentivou o governo brasileiro, em 1953, a criar a empresa estatal Petróleo Brasileiro S.A., ou, como conhecemos, a Petrobras.

1968 = a empresa desenvolveu projeto de extração em águas profundas. No entanto, o país mantinha forte dependência da produção externa de derivados de petróleo, tendo em vista que o parque de refino nacional não atendia por completo a demanda nacional

1974 = descobertas as reservas da Bacia de Campos/RJ, as maiores do país, ao mesmo tempo em que o Brasil se tornou um dos poucos países a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas.

1997 = no governo FHC, ocorre a extinção do monopólio estatal sobre a exploração do petróleo, permitindo, assim, que empresas privadas pudessem atuar no processo.

2003 = a demanda nacional passa a ser suprida em 90% pela produção nacional e em 2006 a supera.

2007 = anuncio da descoberta do pré-sal (encontradas a mais de 7 mil metros de profundidade).

CRISE DO PETRÓLEO

1973 = países exportadores de petróleo (em especial do Oriente Médio e do Norte da África), proclamaram um embargo econômico como consequência da Guerra do Yom Kippur. * O Brasil importava cerca de 80% do seu consumo à época *

O Brasil adotou duas estratégias fundamentais para tentar contornar a crise mundial de abastecimento de combustíveis:
1) Ampliação dos investimentos com o objetivo de aumentar a produção interna de petróleo, por meio de pesquisas para a descobertas de novas jazidas e exploração de novas áreas de prospecção e da ampliação do parque petroquímico nacional; (descoberta da Bacia de Campos em 1974)

2) Implementação, em 1975, do Programa Nacional do Álcool (Proálcool),

181
Q

Gentrificação e 3 tipos de segregação espacial (7+)

A

Gentrificação = ressignificação dos espaços urbanos + gradativa substituição de espaços populares (áreas periféricas ou centrais degradadas) por espaços para população de alta renda + pode ser fruto de atuação PRIVADA ou PÚBLICA (objetivo de reorganizar o padrão estrutural e de investimentos presentes dentro dos espaços urbanos)

A gentrificação incentiva a valorização e a consequente retirada da população de baixa renda destes espaços, proliferando-se o que o geógrafo Roberto Lobato Corrêa denominou de descentralização, em que as áreas centrais – detentoras dos principais serviços e atividades urbanas – multiplicam-se e disseminam-se para outras áreas.

** A gentrificação acaba por ser um forte contribuinte para a manutenção da segregação espacial = expulsa população para áreas mais distantes e precarizadas **

Segregação Espacial = separação especial dos grupos populacionais de acordo com sua classe social ou funcional / concentração espacial de grupos de mesmo poder aquisitivo / (bairros de operários, bairro de comerciários, bairros de imigrantes), conjuntos residenciais, condomínios fechados e favelas = homogeneidade de padrões e classes sociais

Autossegregação = escolher locais mais exclusivos para moradia por grupos de renda elevada, maior distanciamento de grupos sociais / proliferação de condomínios fechados

Segregação imposta = populações de mais baixa renda que sem alternativas são impelidos para áreas e localidades com maiores índices de precarização, distantes das áreas centraism carente de serviços essenciais, maior índice de violência e precariedade habitacional

Segregação Induzida = forte relação com ações governamentais, como bairros de casas populares AFASTADAS

182
Q

Domínios MARES DE MORROS X ARAUCÁRIAS X PRADARIAS (extensão, relevo, clima, solo e vegetação) (Aziz Ab’Saber)

A

Domínio Mares de Morros

Extensão = 1 milhão de km² de Sul ao Nordeste / relevo de morros arredondados com planaltos e serras, bastante antigos (Pré-Cambriana) com longas fases de decomposição, composto por rochas cristalinas / maiores altitudes ficam no Sudeste = serras do Mar e da Mantiqueira / abrange o território do Uruguai praticamente inteiro

Clima = tropical úmido (tropical litorâneo) = temperaturas elevadas e altos índices pluviométricos com abudância de chuvas orográficas – de relevo) / entre 1.500 e 2.000mm/ano / * Nas porções mais altas das serras, forma-se o clima Tropical de Altitude, com verões mais brandos e invernos mais frios *

Hidrografia = dado sua extensão possui um grande conjunto de bacias (pelo menos 6), com problemas de poluição e contaminação.

Solo (decorar) : na Zona da Mata nordestina, ocorre o solo de Massapé (considerado um dos mais férteis do Brasil, em conjunto com o de Terra Roxa). Este solo forma-se a partir da decomposição de rochas magmáticas intrusivas (granito) e de metamórficas (gnaisse). Já na região Sudeste, predomina a ocorrência do solo de Salmourão (formado pela decomposição do granito). Regra geral, os solos dos mares de morros são bastante férteis e com boa aptidão para a agricultura.

Vegetação = historicamente degradada, restando +7% / A floresta tropical úmida (também chamada de Mata Atlântica ou Mata de Encosta) é latifoliada, higrófila, perenifólia e subperenefólia, heterogênea e bastante densa / * Por conta de sua importância e da pequena porcentagem remanescente, foi criada a Lei da Mata Atlântica, Lei 11.428/2006, visando o desenvolvimento sustentável e a preservação deste bioma

Mares de Morros (Mata Atlântica) X Amazônia = ambas possuem características similiares (latifoliada, densa e heterogenea), mas dado a distância da linha do equador, as características da primeira são um pouco inferiores, apresentando espécies subperenefólias (nem sempre estão verdes) dado a possibilidade de estação seca ou de índice pluviométrico menor (clima equatorial x clima tropical continental)

Domínios ARAUCÁRIAS (abrange somente Paraná, SC e RS)

Sua extensão original, de aproximadamente 200 mil km2, seguia desde as porções mais elevadas da Serra do Mantiqueira até o estado do Rio Grande do Sul, no entanto, a intensa exploração de sua madeira e o avanço da atividade / agropecuária reduziram sua proporção atual para menos de 5% do total original.

Relevo = Planalto Meridional (ondulações e serras), altitudes média, entre os 500 e 1.300m.

Clima = subtropical, com pluviometria entre 1.500 e 2.000mm, elevada amplitude térmica (diferenças de até +12 graus), estações do ano bem definidas, mais frio nas porções mais altas das serras (no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, principalmente), com geadas e neve ocasionalmente

Hidrografia = boa parte da Bacia Platina e grande extensão do Aquífero Guarani

Solo = terra roxa / origem vulcânica e decomposição do basalto

Vegetação = Mata da Araucária ou de Pinhais = floresta pouco densa e homogênea. Suas folhas são aciculifoliadas (finas, em forma de agulhas). É a única espécie de conífera brasileira.

Domínio das Pradarias

Configura-se como o menor domínio morfoclimático brasileiro, localizado diretamente na fronteira com o Uruguai e com a Argentina. Também é chamado de “Domínio dos Pampas” ou “Região da Campanha Gaúcha”.

Relevo = baixa altitude e ligeiras ondulações, “terrenos de coxilhas”, vastas pastagens naturais.

Clima = subtropical, * porém mais seco e amplitude térmica maior que a Araucária * (40 graus no verão e 0 graus no inverno, com geadas frequentes).

Hidrografia = bacia hidrográfica do Rio Uruguai.

Solo = bastante profundos, grande fertilidade (matéria orgânica decomposta = solos humíferos = grande quantidade de humus) / tipicamente escuros.

Vegetação = maioria herbácea / campo limpos (apenas gramíneas) e campo sujos (gramíneas intercaladas com árvores ou arbustos, geralmente bastante espaçados).

183
Q

AGRONEGÓCIO II (histórico e outras informações) (leitura)

1- porcentagem do PIB ocupada pela agropecuária

2- citar iniciativas para o agro nos anos 1960-1970

3- quatro programas de ocupação territorial dos anos 1970

4- Ano de criação da EMBRAPA e do PROCEDER

5- três principais compradores do agro nacional

6- três principais produtos exportados pelo BR

7- porcentagem da agricultura familiar no agro e programa financeiro criado para auxílio

A

Analisando, de forma isolada, a produção agropecuária representava cerca de 5,2% do PIB brasileiro em 2021. Entretanto, ao analisar a cadeia produtiva de forma ampla e universal, o agronegócio é responsável por mais de 40% do PIB nacional, o que o coloca em posição privilegiada dentro do desenvolvimento econômico nacional.

Em 2019, as importações de alimentos para o Brasil representaram um montante de US$13,8 bilhões, enquanto as exportações representaram US$96,9 bilhões.

HISTÓRICO

Entre as décadas de 1960 e 1970, diversas ações governamentais são implementadas a fim de ampliar a produção agrícola, captando investimentos e, ao mesmo tempo, buscando também melhorar a distribuição de terras para assim amenizar as pressões e conflitos existentes nas áreas rurais do país. Dessa forma, foram criados:

1) em 1964, foi estabelecido o Estatuto da Terra;
2) em 1965, o Sistema de Crédito Rural;
3) em 1970, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA; e,
4) em 1973, o Programa de Garantia de Atividade Agropecuária – PROAGRO.

É importante reforçar que a implantação destes institutos foi estabelecida como uma tentativa do regime militar de reduzir as insatisfações camponesas, no entanto, em grande medida, a maior parte dessas ações acabaram de fato beneficiando os grandes produtores rurais e latifundiários (o que também não deixa de estar na base do agronegócio nacional).

A partir da década de 1970, haverá uma intensificação do fomento governamental à produção agropecuária por meio de programas de investimento e ocupação de regiões até então ou pouco exploradas ou pouco valorizadas, o que também favoreceu à ampliação do agronegócio por novas áreas de ocupação territorial. Nesse sentido, destacam-se os seguintes programas:

1) 1971 - Programa de Redistribuição de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste – PROTERRA;

2) 1972 - Programa Especial para o Vale do São Francisco – PROVALE;

3) 1974 – Programa de Polos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia – POLAMAZÔNIO;

4) 1974 - Programa de Desenvolvimento de Áreas Integradas do Nordeste – POLONORDESTE

*** É também na década de 1970 que é inaugurada a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias – Embrapa (1973), com o objetivo de prover o poder público e o setor privado de uma ferramenta para tomada de decisão que considera as necessidades do segmento rural para a entrega de produtos de qualidade a preço competitivo para a população brasileira e o mercado internacional. Hoje, a Embrapa coopera e mantém escritórios em outros países, tais como o Paraguai, Gana e o Panamá.

Visando à modernização da produção da soja, em 1979, foi desenvolvido o Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados – PROCEDER.

Na atualidade, O agronegócio no Brasil tornou-se, sobretudo, a partir de meados dos anos 1990, um verdadeiro complexo agroexportador, com intensa integração técnica-tecnológica-financeira. A integração dos setores da agroindústria brasileira, dá-se da seguinte maneira:

  • I) Indústrias pré-cultivo: melhoramento de sementes, fertilizantes, rações, maquinários, dentre outros;
  • II) Setor agropecuário propriamente dito: produção animal, cultivo de lavouras diversificadas, extrativismo natural;
  • III) Indústrias pós-cultivos: processamento de alimentos, produção de têxteis, produção de bebidas, madeireira;
  • IV) Estrutura logística: processo de distribuição e abastecimento do mercado interno, processo de exportação.

Os principais destinos dos produtos do agronegócio brasileiro são, respectivamente: China (30%); União Europeia (17%); Estados Unidos (5%); Argentina (4%); Japão (3%).

Em relação aos produtos exportados, temos a seguinte representação: Complexo da soja (43,48%); Carnes (16,21%); Produtos Florestais (10,76%); Complexo do Açúcar (8,21%); Café (4,78%); Outros produtos (16,55%).

Na safra de grãos 2021/2022, segundo matéria publicada pela Agência Brasil, deve alcançar 265,7 milhões de toneladas, um crescimento de 10 milhões de toneladas na comparação com o ciclo anterior.

  • Os principais cultivos de grãos realizados atualmente dentro da estrutura do agronegócio brasileiro são: Soja (61%) – cerca de 50% da área total plantada destina-se ao seu cultivo; Milho (27%); Feijão (4,7%); Trigo (3,37%); Arroz (2,79%).

É importante também salientar que a agricultura familiar representa 23% do agronegócio nacional – que também cresceu em importância, principalmente, a partir da criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, de 1996.

Produtos do agronegócio - maiores estados produtores:

  • Algodão: 1º MS/ 2º BA;
  • Açúcar: 1º SP/ 2º GO/ 3º MG/ 4º MT/ 5º PR;
  • Arroz: 1º RS/ 2º SC/ 3º TO/ 4º MT/ 5º MA;
  • Café: 1º MG/ 2º ES/ 3º SP/ 4º BA/ 5º RO;
  • Feijão: 1º PR/ 2º MG/ 3º MT/ 4º GO/ 5º BA;
  • Carnes: 1º MT/ 2º MS/ 3º GO/ 4º SP/ 5º MG;
  • Milho: 1º MT/ 2º PR/ 3º GO/ 4º MS/ 5º MG;
  • Soja: 1º MT/ 2º PR/ 3º RS/ 4º GO/ 5º MS;
  • Trigo: 1º PR/ 2º RS.

MATOPIBA = Em termos naturais, a região do MAPITOBA se estabeleceu, em sua maioria, dentro da região ocupada pelo cerrado (cerca de 91%); no entanto, a região também possui a presença do domínio amazônico (cerca de 7%), e da caatinga (cerca de 2%) / Principais produtos do agronegócio: 1. Soja; 2. Gado bovino; 3. Algodão; 4. Arroz; 5. Milho.

184
Q

Canais e estreitos estratégicos nas rotas marítimas globais

1) 3 estreitos e 2 canais principais
2) localização
3) características gerais e importância

A

Canal do Panamá: como existe uma diferença quanto ao nível dos oceanos Pacífico e Atlântico, a construção de diversas comportas ou eclusas foi necessária, sendo as principais: eclusas de Gatún, eclusa de Pedro Miguel e eclusas de Miraflores. Para atravessá-lo, um navio leva de seis horas a oito horas. Pelo canal do Panamá, passam, por ano, 15 mil navios, o que corresponde a aproximadamente 4% do comércio mundial. As principais rotas que utilizam a estrutura são as associadas à costa leste dos Estados Unidos da América (EUA), principalmente com destino à costa oeste da América do Sul. Há também fluxo de cargas com origem europeia para a costa oeste dos EUA e do Canadá. O canal do Panamá depende do nível de chuvas que ocorre na América Central, pois os lagos, no interior do canal, são de água doce, e períodos de seca ou de pouca chuva afetam o nível dos lagos

Uma das fragilidades do Canal do Panamá é seu sistema de comportas para nivelar os cursos d’água e permitir a passagem de navios, que já está relativamente obsoleto; outra fragilidade é a dependência das condições políticas do Panamá, tradicionalmente uma área de influência norte-americana.

Estreito de Ormuz: o estreito de Ormuz é a única ligação entre o Golfo Pérsico e os oceanos. Todo o tráfego marítimo do Golfo Pérsico para os principais países exportadores de petróleo do mundo tem que passar por essa via. O estreito de Ormuz é também importante para o transporte de gás natural liquefeito (GNL) do Catar, o maior fornecedor mundial do produto. O ponto mais estreito da passagem situa-se entre o Irã, ao norte, e Omã, ao sul. Considerandose as águas territoriais dos dois países, a área navegável se reduz a apenas 10 quilômetros. Nessa faixa de água é que os superpetroleiros passam, diariamente, transportando mais de 15 milhões de barris de petróleo, em uma região de instabilidade política no Oriente Médio.

Estreito de Malaca: com cerca de 900 quilômetros de comprimento, o estreito de Malaca é o principal gargalo da Ásia e uma das rotas marítimas mais congestionadas. O canal liga o continente ao Oriente Médio e à Europa, e por ele passam cerca de 40% do comércio mundial. Mais de 100 mil navios atravessamno por ano. Em seu ponto mais estreito, em Cingapura, ele tem apenas 2,7 quilômetros de largura, criando um gargalo natural e uma área propícia a colisões, encalhamentos ou derramamentos de óleo. Cerca de 16 milhões de barris de petróleo passaram pelo canal em 2016, fazendo dele a segunda passagem de combustíveis mais relevante do mundo. O estreito tem importância estratégica crescente para Pequim. Cerca de 80% das importações de petróleo cru da China passam por ele, provenientes do Oriente Médio e da África. O local é vital para as exportações chinesas, mas enfrenta congestionamentos, além de tensões entre Malásia e Cingapura.

A China tem tentado buscar alternativas, como, por exemplo, ao estreito de Málaca, no sudeste asiático, para ligar-se ao porto de Gwadar, assim como também sondou quanto à possibilidade de construir um canal interoceânico na Nicarágua. Essa seria uma forma de se evitar as fragilidades do Canal do Panamá, única via existente entre o Oceano Pacífico e Atlântico, excetuando a passagem pelo extremo sul do continente americano.

Canal da Mancha: o tráfego marítimo no canal da Mancha é um dos mais intensos do mundo, especialmente pelas ligações possíveis entre a França e a Inglaterra. Entre as cidades de Dover (Inglaterra) e Calais (França) é que se concentram os maiores índices de navegabilidade. Por muito tempo na história, sobretudo por conta dos recursos de navegação mais precários, foram registrados acidentes marítimos no canal da Mancha em razão das fortes tempestades que acometem o local. Destacam-se, no canal da Mancha, o transporte de mercadorias diversificadas e, ainda, navios petroleiros.

Estreito de Gibraltar: o estreito de Gibraltar é um gargalo natural na junção das rotas marítimas do Mediterrâneo, do Atlântico Norte e da África Ocidental. Ele possui uma relevante importância econômica e geopolítica. No sentido econômico, assim como outros canais e passagens do mundo, como o canal do Panamá ou o canal de Suez, ele permite a redução de tempo e despesas no decorrer das travessias de navios-cargueiros com destino à Europa, América ou Ásia. No sentido geopolítico, o estreito de Gibraltar representa uma rápida e curta comunicação entre a Europa e a África. Por essa razão, esse território é bastante vigiado por forças militares para garantir a segurança.

185
Q

Transporte marítimo global de cargas (não enumerar, leitura rápida - cacd 2021)

A

Portos = instrumento a serviço de um projeto de desenvolvimento / sofreram processo de conteinerização / pontos nodais do sistema logístico global / centros de convergência dos demais modais do transporte de cargas – ferroviário, rodoviário, aéreo e hidroviário

Com o aumento do calado das embarcações e novas tecnologias que permitiram o transporte de volumes maiores, muitos portos históricos deixaram de ser convenientes, seja pelo tamanho dos seus estuários que já não comportavam navios de porte cada vez maior, seja pelos limites de seus terminais, depósitos e redes de escoamento de mercadorias.

Na década de 1960, a criação do contêiner e a difusão desse modelo padronizado de armazenamento e transporte de cargas de diferentes tipos provocou a necessidade de adequação dos portos, ao mesmo tempo que intensificou o comércio global, na medida em que permitiu uma redução acentuada no valor dos fretes

*O desenvolvimento do comercio internacional também se deve, em parte, à conteinerização *

Necessidade de reformas portuárias = imensas estruturas artificiais e componentes robotizados para gerar ganhos de velocidade no embarque e desembarque de mercadorias, bem como integração a modais de transporte de alta capacidade (investimentos em modais ferroviários e hidroviários) / dragagem de materiais acumulados na zona portuária, a fim de permitir o fluxo de navios maiores / necessidade de instalações de estruturas portuárias para embarque e desembarques de contêineres, para seu transporte em área portuária e para sua distribuição para os caminhões ou trens de carga, responsáveis por fazer a distribuição da carga por via terrestre

O fenômeno da conteinerização está diretamente relacionado à flexibilização do processo produtivo em escala global, com a ascensão do Toyotismo e da lógica “just in time”, já que não se entende mais como adequada a formação de grandes estoques de produtos. Ademais, com a formação das cadeias globais de valor e a divisão das etapas do processo produtivo, com vistas a reduzir custos via economias de escala, os volumes se tornaram maiores, e foi necessário compartimentalizá-los para facilitar a integração entre modais, gerando ganhos de escala e de eficiência

186
Q

URBANIZAÇÃO MUNDO

1) ano da superação rural pelo urbano
2) continentes mais urbanos
3) critérios utilizados e recomendação da OCDE
4) 5 cidades mais populosas do mundo
5) porcentagem da população mundial que vive em favela

A

2008 = ano da superação rural pelo urbano (hoje = 54%)

Índia ainda é predominantemente rural (70/30) e China acabou de tornar-se majoritariamente urbana

Ásia e África são majoritariamente rurais ainda em 2020 e se tornarão urbanos (+50%) nessa década até 2030 e possuem o maior crescimento da taxa de urbanização no mundo. Todos os demais continentes possuem nível de 70% até 90% de população urbana e estão em desaceleração da urbanização.

Os mais urbanos são as Américas (Norte, Latina e Caribe disparados, com a diferença que na américa central e sul a urbanização foi acelerada e macrocéfala, redes urbanas concentradas), seguido de Europa e Oceania. (Não confundir nível de urbanização com taxa de urbanização) / embora cada país use seu critério para avaliar (OCDE recomenda a densidade demográfica) – o critério BR é político e as prefeituras definem o que é urbano (sede do município)

Relatório da ONU 2018 = Tokyo (38 milhões) (exceção desenvolvido), Delhi (30 milhões), Shanghai (24 milhões), Cidade do México e São Paulo (21 milhões), Cairo (20 milhões) (Seguido de Dhaka, Osaka, New York, Mumbai, Beijing e Karachi) = megacidades são típicas do mundo pobre, ao contrário de cidade global = só há 5 cidades desenvolvidas entre as 30 mais populosas

Aglomerados subnormais (favelas/slums) = África subsaariana ganha em porcentagem (61%), mas não em números absolutos por causa da desproporção populacional Asiática /

As cinco maiores cidades do Mundo se encontram em países subdesenvolvidos: 1. Xangai: China / 2. Bombaim: Índia / 3. Karachi: Paquistão / 4. Deli: Índia / 5. Istambul: Turquia / Complementando, as 5 cidades com maior PIB são: Tóquio. Nova Iorque, Los Angeles, Chicago, Londres

Observação muito importante: a contagem da MEGACIDADE (10 milhões) abrange os munícipios ao redor. Caso contrário, cidades como Cidade do México não seriam megalópoles.

Conceito de aldeia global superado (Marshall McluHan) / porém, a globalização realçou as diferenças, refletindo na hierarquia urbana / “Espaço é acumulação desigual de tempo”

1ª DIT garantiu urbanização lenta e desconcentrada aos países desenvolvidos / No Brasil, a urbanização está associada ao polígono de aglomeração industrial na região Sul e Sudeste (Clélio Campolina) (região concentrada de Milton Santos) (concentra o MTCI) e ao pós-fordismo, o qual gera a NOVA DIT / Porém, a urbanização também se associa a miséria gerando macrocefalia urbana, periferização, favelização, urbanização terciária e involução metropolitana

Superação Fordista -> advento da flexibilização produtiva do capital = NOVA divisão internacional do trabalho (DIT) = busca por menores passivos trabalhistas e ambientais, gerando a alocação de cadeias produtivas no “sul global” – impulsionando e potencializando processos urbanos acelerados e macrocéfalos

Atualmente, 20% da população mundial vive em favelas, algumas com mais de um milhão de moradores, como Ciudad Neza, no México.

187
Q

GLOBAL TRENDS 2023

1) Quantidade de deslocados forçados e refugiados

2) 3 maiores emissores de refugiados

3) 5 maiores receptores de refugiados

A

108 milhões de Deslocados Forçados (70% em países vizinho e 76% em países de baixa ou média renda)

35 milhões de refugiados (+50% provém da Síria (6,5 milhões), Ucrânia (5,7 milhões) e Afeganistão (5,7 milhões)

4,4 milhões de apátridas

A Turquia abriga 3,6 milhões de pessoas REFUGIADAS (a maior população em todo o mundo), seguido por IRÃ (3,4 milhões), Colômbia (2,5 milhões), Alemanha (2,1 milhões) e Paquistão (1,7 milhão).

188
Q

DESIGUALDADES REGIONAIS BRASILEIRAS E SEUS AVANÇOS

1- Projeto de 1909-1910
2- Plano da CF/46
3- Projetos para Amazônia em 1953
4- Projeto de JK para o NE
5- 4 Superintendências e uma Companhia criada na década de 1960

A

No início do século XX foi criada a IOCS (Inspetoria de Obras contra as Secas) para atender o Piuaí até MG, por meio da construção de açudes, estradas de rodagem, perfuração de poços, durante o governo Nilo Peçanha em 1909-1910.

A CF/46 já previa um plano de valorização e ocupação da Amazônia, porém somente em 1950 foram realizados estudos

1953 = criação do Plano de Valorização da Amazônia, com uma instituição para geri-lo, a Superintendência do Plano de Valorização da Amazônia (SPVEA).

1958 = Governo JK = Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN), pelo BNDE (coordenado por Celso Furtado), para planejar e realizar estratégias de desenvolvimento. Assim, a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) foi criada em 1959 com este intuito, sendo, portanto, o marco institucional para o modelo de Política de Desenvolvimento Regional no Brasil.

O modelo da Sudene - baseado na industrialização regional, nos projetos agrícolas e na construção de infraestrutura -, tornou-se o eixo modernizante da economia nordestina: no entanto, sem abranger de fato reformas sociais que viessem a elevar o padrão de vida da população regional. Esse modelo foi replicado a partir de 1960:

1) Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam);

2) Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco);

3) Superintendência de Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus (Suframa);

4) Superintendência de Desenvolvimento do Sul (Sudesul) e a

5) Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf)

Já a Sudam, criada em substituição à SPVEA e instalada em 1966, passa a ser uma autarquia vinculada à Secretaria Especial de Políticas Regionais do Ministério do Planejamento e Orçamento e, em seguida, passou a ser vinculada ao Ministério do Interior. Sua criação teve como finalidade planejar, coordenar, promover a execução e controlar a ação federal na Amazônia Legal, tendo em vista o desenvolvimento regional.

189
Q

MATA DOS COCAIS

1- definição e localização
2- clima e índice pluviométrico
3- Vegetação (3 exemplos)
4- Estrutura geológica
5- Rede hidrográfica (bacia e rio principal)
6- Dois frutos locais

A

Refere-se ao ecossistema localizado na zona de contato entre os domínios morfoclimáticos da Caatinga, do Cerrado e da Amazônia (sendo considerado, portanto, como um dos principais “ecótonos” brasileiros).

ECÓTONOS = zonas de transição entre os seis domínios morfoclimáticos = são 2 no Brasil: Mata dos Cocais e Pantanal (também chamados de biomas ou ecossistemas)

Este conjunto natural concentra-se, em sua maior extensão, em porções dos estados do Maranhão e do Piauí (na sub-região nordestina do “Meio-Norte”). Entretanto, também são encontradas porções consideráveis nos estados do Pará e Tocantins, além de porções mais esparsas nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte (LOCALIZAÇÃO = PRINCIPALMENTE MARANHÃO) (estando hoje restrita a aproximadamente 10% de sua proporção original)

Clima = Tropical semiúmido: ocupa a maior parte do bioma, quente o ano todo (média de 25C), com duas estações bem definidas (verão chuvoso e inverno seco), com índices pluviométricos entre 1.000 e 1.500mm/ano (Há partes com clima tropical semiárido e subequatorial)

Vegetação = palmeiras de babaçu e carnaúba, mas também são encontrados buritis, pupunhas e oiticicas = altos, espinhosos na base, troncos carnudos, frutos em forma de coco, folhas latifoliadas revestidas por cera natural

Estrutura geológica = bem antiga = Pré-Cambriano = por isso, é uma região rica em elementos minerais metálicos e carbônicos. Destaque para o ouro, o diamante, minério de ferro, bauxita e níquel.

** Seu solo é, em sua maior parte, de pouca profundidade, o que proporciona o retorno da água presente nos lençóis freáticos e a consequente formação de regiões alagadiças = destaque para produção de arroz e a formação dos lençóis **

Rede Hidrográfica = “Bacia Secundária do Atlântico Norte-Nordeste” + Rio Parnaíba (divide o Maranhão e o Piauí)

A agricultura de subsistência, baseada no cultivo do feijão e da macaxeira, em conjunto com a produção de algodão e de gado, configuram-se como as atividades mais tradicionais realizadas nessa área + integração ao MATOPIBA atualmente

BABAÇU – BURITIS – OITICICAS – PUPUNHAS – CARNAÚBAS -

O babaçu e a carnaúba foram – e ainda são – bastante explorados, por conta da grande variedade de elementos que podem ser produzidos por meio de seus frutos, troncos e folhas. O babaçu, em especial, consegue produzir entre 1.700 e 2.000 frutos em média por ano. De suas amêndoas, extrai-se o óleo, que é em muito utilizado em diversas produções industriais – alimentícia, de cosméticos, química e farmacêutica, em especial. Além disso, a parte externa do coco, bem como o revestimento dos troncos, também são empregados em produções industriais.

Os buritis e as Oiticicas também têm seus frutos explorados para a produção industrial farmacêutica e química, enquanto as pupunhas são aproveitadas, majoritariamente, na indústria alimentícia (produção do palmito tipo pupunha). Além dos usos tradicionais, as carnaúbas têm nas suas folhas seu elemento mais aproveitado economicamente (a cera que é expelida delas é bastante utilizada na produção industrial).

A exploração dos cocais é uma importante base não apenas para as indústrias em si, mas também para a população local, que em muito depende do extrativismo vegetal para sobreviver.

Embora o IBGE considere seis biomas típicos no país (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e os Pampas), a Mata dos Cocais pode ser considerada como um “bioma de transição”, já que ela possui uma vegetação específica (os Cocais), a qual se encontra na zona de contato entre dominios (Caatinga, Amazônia e Cerrado). Portanto, você pode considerá-la de diversas formas: ecossistema, conjunto vegetacional, ecótono, zona de transição, bioma de transição, dentre outros. A única forma que você não deve considerá-la (e nem o Complexo do Pantanal também) é como “Domínio Morfoclimático”, pois domínios são ambientes naturais muito mais bem definidos em sua conjuntura (elementos vivos - animais e vegetais -, estrutura climática, pedológica, geomorfológica e hidrológica)

190
Q

REGIME DE ALTERAÇÕES / MUDANÇAS CLIMÁTICAS

1- Primeiro Tratado Internacional

2- Definição de Efeito Estufa

3- 3 pontos principais da publicação do IPCC

4- Conceito de chuva ácida, consequências e áreas atingidas

5- Inversão térmica – conceito e consequências

A

1900 = primeiras tentativas de se estabelecer tratados internacionais que regulassem a ação humana sobre o meio ambiente = Convenção para a Preservação de Animais, Pássaros e Peixes da África

Efeito estufa = fenômeno essencial a existência responsável pela manutenção das temperaturas médias da atmosfera, sem variações gigantescas

“Gases de efeito estufa” = aumento da concentração de calor na atmosfera e na superfície terrestre, intensificando o efeito estuda, o qual se encontra no cerne do aquecimento global.

A queima de combustíveis fósseis e a atividade industrial são aquelas que mais contribuem para a emissão de elementos como o dióxido de carbono, dióxido de enxofre, metano e dióxido de nitrogênio. Embora esses gases componham em torno de 1% do total da atmosfera, eles serão responsáveis por reter e refletir de volta para a superfície uma parte considerável da radiação produzida.

A publicação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas, indica que a temperatura média da superfície terrestre aumentou cerca de 1,1ºC desde 1850 (ou seja, desde o momento da passagem da primeira para a segunda revolução industrial).

O relatório também indicou que as quatro últimas décadas vividas pela humanidade foram mais quentes que quaisquer outras.

Além disso, o relatório também revelou que os maiores saltos nas temperaturas médias globais coincidem exatamente com o início da atividade industrial (o que levou, por consequência ao aumento da queima de combustíveis fósseis).

Outros dados do IPCC indicam também que os índices de dióxido de carbono (elemento mais crucial para a elevação das temperaturas médias globais) têm aumentado sua presença na composição atmosférica a uma média anual de 0,4%. Ademais, as Nações Unidas estimam que, nos próximos 100 anos, a temperatura média global deverá aumentar entre 2 e 6 ºC.

CHUVA ÁCIDA = é uma das principais consequências da emissão de gases poluentes na atmosfera. A queima de combustíveis libera resíduos gasosos, como óxidos de nitrogênio e de enxofre. A reação dessas substâncias com a água e o vapor d’água forma ácidos, como o nítrico e o sulfúrico, que vão cair na superfície terrestre na forma de chuva.

Consequências = empobrecimento dos solos, comprometimento das vegetações, acidificação das águas superficiais e comprometimento desses ecossistemas, corrosão de monumentos históricos, problemas de saúde em animais, vegetais e humanos

Áreas mais atingidas = setores industriais e de grande queima de combustíveis = Grandes Lagos e Nordeste dos EUA, centro do México, Continente Europeu, regiões industriais e produtoras de carvão, com destaque para Alemanha, França, ilhas britânicas, norte da Itália e leste europeu como um todo (especialmente, Rússia, Polônia e Ucrânia); países asiáticos com grandes produções industriais e consumo de combustíveis (Japão, Índia, China e demais países da Bacia do Pacífico); sudeste da Austrália; porções do sudeste do Brasil e África do Sul.

INVERSÃO TÉRMICA = fenômeno natural atmosférico. Ocorre, geralmente, em períodos mais frios, quando uma camada de ar frio, por ser mais pesada, acaba descendo, ficando concentrada numa região próxima à superfície terrestre.

O impedimento da circulação natural dos ventos provocado pela inversão térmica bloqueia a possibilidade de dissipação dos gases concentrados junto à superfície, aumentando o tempo de contato da população com esses elementos, o que pode gerar problemas de saúde, tais como doenças respiratórias, cardiovasculares e irritações de mucosas.

A ilha de calor é um fenômeno que ocorre a partir da elevação da temperatura de uma área urbana, quando comparada a uma zona rural, por exemplo.

191
Q

FORMAÇÃO E EVOLUÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA

1) Três primeiras formações, ano e tratados paradigmáticos

2) Formação da União Europeia, ano e tratado

3) 3+ Alterações ou criações do Tratado de Lisboa

4) 3 tipos de competências impostas pelo Tratado de Lisboa

A

BENELUX = 1944 = Embrião fundamental da União Europeia = ACORDO DE COOPERAÇÃO INTERGOVERNAMENTAL = formação de uma União Aduaneira = o objetivo era facilitar e ampliar o comércio de produtos entre seus membros, através da adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC) e da redução de burocracias e taxas alfandegárias. Com a junção da Alemanha Ocidental, França e Itália, formou-se a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA).

CECA = 1951 = Tratado de Paris = visa estabelecer um um mercado siderúrgico comum para favorecer a produção industrial e o fornecimento de matérias primas. Há supranacionalidade na integração europeia desde 1951 com a CECA

Comunidade Econômica Europeia (CEE) = 1957 = Tratado de Roma = assinado pela CECA = estabeleceu um mercado comum, e a Comunidade Europeia de Energia Atômica (EURATOM), responsável por fomentar a cooperação no desenvolvimento e na utilização da energia nuclear como forma de elevação do nível de vida.

O mercado comum na CEE começou a ser implantado em 1959, já se alcançando a união aduaneira em 1968. Um dos marcos do mercado comum foi o lançamento da Política Agrícola Comum (PAC), em 1962.

** Em 1965, o Tratado de Bruxelas (ou Tratado de Fusão) combinou os órgãos executivos das três comunidades em uma única estrutura institucional, criando as Comunidades Europeias **

1965 = Tratado de Bruxelas: fusão das instituições das três comunidades (CECA, CEE e Euratom), que passaram chamar-se “Comunidades Europeias”.

Em 1985, foi assinado o Acordo de Schengen entre cinco dos então dez membros da CEE: criou o “espaço Schengen”, com abolição gradual de controles de fronteira nas fronteiras comuns dos signatários, harmonizando-se as políticas de vistos.

** O Tratado de Amsterdã (1997) alterou o Tratado de Maastricht e incorporou o Tratado de Schengen à legislação comunitária da EU **

Os membros que ingressaram na UE após o Tratado de Amsterdã são obrigados a incorpora-lo. Entre os atuais membros da UE, apenas a Irlanda decidiu não fazer parte do espaço Schengen (Bulgária, Chipre, Croácia e Romênia ainda não fazem parte, mas deverão fazê-lo no futuro). Os quatro membros da EFTA também fazem parte do espaço Schengen, e outros países europeus (Mônaco, San Marino e Vaticano) fazem parte de facto da área Schengen

União Europeia = 1991 = Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia): os doze países, até então presentes no bloco, em 1991, assinaram o tratado que, ao entrar em vigor em 1993, substituiu oficialmente a CEE, estabelecendo as bases fundamentais para a integração política futura, com destaque para a segurança, política exterior e integração monetária (a partir da criação da Zona do Euro).

1997 = Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC): estabeleceu metas de disciplina fiscal (deficit fiscal e dívida pública) para todos os membros da UE e previu a possibilidade de adoção de sanções aos descumpridores.

Zona do Euro (Área do Euro): designa o conjunto de países da UE que adotam a moeda única. Estabelecida em 1999, substituiu as moedas locais, em 2002, após a realização de plebiscitos. Inicialmente, 12 dos 15 países presentes no bloco à época concordaram com a substituição das suas moedas (exceto o Reino Unido, a Dinamarca e a Suécia). Atualmente, 19 países fazem parte do conjunto. Em 1998, foi constituída a zona do euro (também denominada “UE-11”) com os países que cumpriram as metas do Pacto de Estabilidade e Crescimento de 1997. Reino Unido, Suécia e Dinamarca não aderiram, dada a tradição histórica de suas moedas, tratando-se de verdadeira questão identitária.

Assinado em 2004, o Tratado Constitucional Europeu (Roma) visava ao fortalecimento da integração e foi submetido aos procedimentos de ratificação pelos Estados membros. Em 2005, a França e os Países Baixos o rejeitaram, e a proposta de uma Constituição europeia foi abandonada.

Tratado de Lisboa (2007/2009): Responsável por reformar e atualizar o Tratado da União Europeia. Atenção especial ao seu artigo 50, que introduziu, pela primeira vez, os procedimentos para um Estado-membro se retirar da União = notificação ao Conselho Europeu, negociação com a Comissão Europeia, aprovação pelo Parlamento e pelo Conselho da UE (maioria qualificada) / Não faz menção a uma Constituição, mas incorpora boa parte do projeto de 2004 /

** Abandona a estrutura da pilares e estabelece uma personalidade jurídica comum **

Parlamento ganha maiores poderes de legislação = diminuição do déficit democrático / Aprovou-se a iniciativa popular de novas propostas políticas (mínimo de um milhão de cidadãos de um número significativo de Estados membros) / cria a função de presidente do Conselho Europeu e o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança

** O Tratado de Lisboa conferiu à UE personalidade jurídica própria – anteriormente, apenas as Comunidades Europeias dispunham de personalidade jurídica **

O Tratado de Lisboa divide as competências entre a UE e os países da União em três categorias principais:

EXCLUSIVA - COMPARTILHADAS - RESIDUAIS

Competências exclusivas = a UE é a única a poder legislar e adotar atos vinculativos

Competências Compartilhadas = Os Estados membros exercem sua competência na medida em que a UE não tenha exercido a sua ou tenha decidido não o fazer.

Competências de apoio (ou residuais) = a UE só pode intervir para apoiar, coordenar ou completar a ação dos países da União = turismo, educação, esporte, cultura, defesa cívil

192
Q

União Europeia

1- Seis condições para adesão

2- Nove candidatos oficiais a adesão

3- Três primeiras adesões em 1973

4- Duas últimas adesões (2013 e 2007)

A

O processo de adesão à UE está, teoricamente, aberto a todos os países europeus que sejam democráticos, estáveis, que reconheçam o Estado de direito, que operem em um mercado livre e que sejam capazes de implementar todas as leis estabelecidas pelo bloco até então (Critérios de Copenhague). Além disso, em última análise, a decisão de entrada de novo membro também é política, a depender de que os demais membros acreditem que o novo país poderá ser útil para o bloco quer seja por razões geoestratégicas, que seja por razões políticas.

REQUISITOS PARA ENTRADA: EUROPEU + DEMOCRÁTICOS + ESTÁVEIS + ESTADO DE DIREITO + MERCADO LIVRE + CAPACIDADE

No momento, há nove países que esperam para se juntar ao bloco: Turquia (desde 1999), Macedônia do Norte (2005), Montenegro (2010), Sérvia (2012), Albânia (2014), Moldávia (2022), Ucrânia (2022), Bósnia e Herzegovina (2022), Kosovo (cuja independência não é reconhecida por cinco Estados-membros da UE). As candidaturas da Ucrânia e da Moldávia foram aceitas em junho de 2022.

A Suíça não aderiu ao processo de integração europeia, sobretudo por primar pela independência em questões financeiro-bancárias, tratadas de forma supranacional no âmbito da UE. A Noruega tampouco aderiu, por temer o ajuste da legislação pesqueira, que não seria de interesse do país. A população norueguesa disse “não” à adesão em plebiscitos nos anos 1970 e 1990. A Turquia apresentou pedido oficial de adesão em 1987.

Evolução do número de Estados-Membros:

(Europa dos 9): Reino Unido, Irlanda e Dinamarca (1973); +3

(Europa dos 12): Grécia (1981), Portugal e Espanha (1986); +3

(Europa dos 15): Suécia, Finlândia e Áustria (1995); +3

Europa dos 25: Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Hungria, Tchéquia, Eslováquia, Eslovênia, Malta e Chipre (2004); +10

Europa dos 27: Romênia, Bulgária (2007); +2

Europa dos 28: Croácia (2013) + 1

Europa dos 27: Brexit (2020) -1

193
Q

Três grandes instituições da UE envolvidas no processo legislativo

A

PARLAMENTO - CONSELHO - COMISSÃO

1) o Parlamento Europeu, diretamente eleito, que representa os cidadãos da UE; (órgão de decisão) / criado em 1952, como Assembleia Comum da CECA / funções: legisla, supervisiona e aprova o orçamento / Além disso, elege o presidente da Comissão e aprova a Comissão / obriga a Comissão a demitir-se por meio de 2/3 dos votos (ocorreu em 1999)

2) o Conselho da União Europeia, que representa os governos nacionais e cuja presidência é assumida rotativamente pelos Estados membros; (órgão de decisão)

3) a Comissão Europeia, que vela pela defesa dos interesses da UE como um todo com 27 comissários e um presidente (órgão executivo = recebe as propostas dos dois acima). Além disso, Tem o “direito de iniciativa”, sendo responsável pela elaboração de proposta (executa e propõe) / A Comissão é responsável por representar a UE nas instâncias internacionais, negocia tratados
De acordo com o tema em discussão, o Conselho da UE toma suas decisões por:

• maioria simples (14 Estados membros votam a favor; adotado em decisões sobre questões processuais e administrativas, por exemplo);

• maioria qualificada (55% dos Estados membros, representando pelo menos 65% da população da UE, votam a favor);

• votação unânime (todos os votos são a favor; adotada em questões como política externa e arrecadação fiscal, por exemplo).

Conselho Europeu: os membros do Conselho Europeu são os chefes de Estado ou de Governo dos 27 Estados membros da UE, o presidente do Conselho Europeu e o presidente da Comissão Europeia. O Conselho Europeu define as orientações e as prioridades políticas gerais da UE. Não negocia, nem adota legislação da UE. O Conselho Europeu toma a maior parte das suas decisões por consenso. Em casos específicos previstos nos tratados da UE, decide por unanimidade ou por maioria qualificada.

194
Q

DESINDUSTRIALIZAÇÃO

1- Definição, causas e consequências

2- Significado para os países Desenvolvidos

3- Significado para os países em desenvolvimento

4- duas causas para desindustrialização brasileira

5- Rust Belt (localização, vantagens, situação atual e 3+ motivos para declínio)

A

Redução persistente da participação do emprego industrial no emprego total de um país ou região.

Intensifiado no último quartel do século XIX, especialmente após 1990 para a América Latina

Causas = modificações no perfil de consumo,

Consequência = incremento do setor terciário

Países Desenvolvidos

Inicialmente ocorre nos países desenvolvidos industrializados e não é necessariamente ruim, pode ser considerado um setor de maturidade econômica (alta tecnologia, profissionais especializados) = não há redução econômica = produção e consumo são deslocados para outro setor

Países em desenvolvimento

“desindustrialização precoce” = há retração sem ter existido maturidade = Essa queda da produção industrial cria limitações econômicas que não são compensadas, tendo em vista que o aumento do setor de serviços é insuficiente para atender produção e consumo.

Em países em desenvolvimento, a desindustrialização não ocorre apenas por meio da queda na produção industrial. Ela ocorre também pelo fato de a indústria, muitas vezes, concentrar-se na produção de elementos de baixo valor agregado, tais como as commodities, o que demonstra baixo desenvolvimento tecnológico e forte dependência de capitais e mercados externos (condição tão negativa quanto a redução da produção industrial em si).

Brasil

Duas condições estão na base da desindustrialização brasileira:

Até 1970 = dependência de investimentos de estatais, hipertrofiando o setor (gradualmente, o Estado foi perdendo a capacidade de financiar a produção industrial, o que contribuiu para que houvesse declínio)

Ausência de estímulos para a ampliação da produtividade e do poder de competitividade da produção industrial nacional.

Assim, a abertura de mercado ocorrida nos anos 1990 acabou fragilizando a atividade industrial nacional, por estar despreparada para a concorrência externa.

Além disso, a pandemia de COVID-19 tem provocado o retorno de empresas transnacionais para os países de origem (reshoring), com o intuito de ampliar o oferecimento de empregos locais.

RUST BEL OU MANUFACTURING BELT

Localização: regiões do Nordeste, dos Grandes Lagos e do meio-oeste dos Estados Unidos da América, tendo a região da cidade de Detroit como seu representante fundamental.

Vantagens = fontes de matérias-primas e energia (carvão mineral) nos Montes Apalaches + proximidade com ocêano atlântico + localização do núcleo da indústria estadounidense

Atualmente = decadência econômica e urbana (redução populacional)

A economia da região baseava-se na indústria pesada (metalurgia e siderurgia, especialmente), bem como nos setores mecânico, petroquímico e automobilístico.

Motivos = transferência das indústrias para Oeste e Sul (Califórnia, Texas e mundo) + crescimento da automação + Diminuição do volume da produção siderúrgica e da indústria do carvão norte-americana + Forte concorrência com a produção industrial realizada nos Novos Países Industrializados (NPIs), especialmente na China e nos chamados “Tigres Asiáticos” + processo de globalização e a terceirização da mão de obra + Estabelecimento do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (NAFTA) – que foi substituído pelo bloco USMCA;

195
Q

CENSO DEMOGRÁFICO

1- Objetivo

2- Primeiro censo realizado no BR, quantidade de habitantes

3- densidade demográfica BR atual

A

CENSOS = O censo demográfico busca responder a um questionamento básico: “Quantos somos (pesquisa quantitativa) e como vivemos (pesquisa qualitativa) em um determinado território”.

1872 = primeiro censo = aproximidadamente 10 milhões de habitantes / a partir de 1940, o IBGE realiza o censo a cada 10 anos (exceto 2020) (1940 = 40 milhões de habitantes)

Segundo o IBGE, o BR é o primeiro país a incluir a questão de fertilidade e o único da América Latina a colher informações sobre renda.

Importância: estatísticas e informações gerais para políticas públicas (incentivar natalidade, estimular imigração, ampliar serviços de saúde e escolas, prever medicamentos, previdência e aposentadoria)

De acordo com as estimativas atuais do IBGE, a população absoluta nacional que deverá ser revelada pelo censo demográfico de 2022 ficará em torno de 215 milhões de indivíduos.

População Absoluta = Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste

Densidade demográfica = Sudeste, Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte

A densidade demográfica nacional, hodiernamente, é de 24,88 hab/km2. Isto significa dizer que, dentro de cada km2 existente no país, vivem 25 habitantes em média

BR = país populoso e pouco povoado

196
Q

Relações fronteiriças sino-indianas

1- Similaridades entre os países (5)

2- dois locais de disputas

3- anos dos três conflitos e concretização de acordo bilateral

4- Definição de “LAC”

A

China e Índia = duas maiores populações mundiais, grandes potências militares, potências nucleares (a China possui 350 ogivas nucleares, enquanto a Índia possui 165) e desde 1987 esses países tem buscado relações mais fortes (agenda para o desenvolvimento, BRICS e Organização para a Cooperação de Xangai (OCX)).

De modo hodierno, os dois têm suas disputas centradas nas seguintes regiões:

(I) a província indiana de Arunachal Pradesh (região noroeste da Índia) – a China contesta a administração indiana na região alegando que se trata de uma porção do território autônomo do Tibete -;

(II) A região de Aksai Chin, situada na Caxemira sob administração chinesa e disputada por Índia e Paquistão.

Embora sejam regiões localizadas em áreas de difícil acesso (montanhosas, de considerável rigor climático e de difícil navegação fluvial), são regiões importantes por deter recursos naturais importantes

Confronto deflagrado em 1962 (Guerra Sino-Indiana) = guerra pela soberania do território da região do Himalaia, no chamado Arunachal Pradesh, que até os dias atuais não possui uma demarcação fronteiriça vigente de forma efetiva.

** Os dois países já entraram em conflitos em três ocasiões (1962, 1967 e 1987), todos motivados por controvérsias relacionadas com controle territorial **

1993 = Ainda em 1962 foi demarcada uma linha de cessar-fogo, a Linha de Controle Real (LCR) – Line of Actual Control (LAC) -, e apesar de ter tido seu aceite oficial em 1993 (por meio de acordo bilateral), as elevadas altitudes e a complexidade topográfica da região dificultam demarcações definitivas.

Malgrado os esforços de aproximação, China e Índia vivenciaram um novo conflito, desta vez em 2020, na região disputada de Ladakh.

197
Q

Questão do Tibete x China

1- Histórico e duas dominações chinesas

2- importância estratégica (2)

3- Atuação Chinesa pós 1950

A

Em termos de localização geográfica, a região está inserida na porção sudoeste da China, na fronteira com Nepal, Butão, Mianmar e Índia.

No século XVII, sob a dinastia Qing, a China se estabeleceu militarmente na região (entre 1911-12, com a queda desta dinastia, o Tibete conseguiu uma breve autonomia).

Em 1950, por meio da Batalha de Chamdo, a China de Mao Tsé-Tung retoma o poder na região e na década de 1960, ela é reconhecida como região autônoma do país. A partir deste momento, é estabelecido o movimento pela independência do Tibete, e a escalada da tensão conduz o Dalai Lama para o asilo político em território indiano.

** O Tibete possui importância estratégica essencial à China. Em seus 2,5 milhões de km2, apresentam-se grandes jazidas de recursos naturais (minérios, em especial). Além disso, a área possui enorme potencial hidrelétrico. As nascentes de rios fundamentais para a China, como o Yang-Tsé (Rio Azul) e o Huang-ho (Rio Amarelo), nascem na região (por essa razão, o Tibete é conhecido como “a torre de água da China”) **

** Segundo estimativas do próprio governo, cerca de 40% das reservas de minério de ferro do país estão no Tibete, além de consideráveis reservas de carvão mineral, ouro, petróleo chumbo e urânio **

A partir dos anos 1950, o governo de Pequim, buscando promover a chamada “ocupação de fato” do Tibete, começa a construir ligações rodoviárias (e mais recentemente ferroviárias), que passaram a conectar esta região ao restante do país.

Em 2006, foi inaugurada a ligação férrea entre a capital do Tibete (Lhasa) e as cidades de Pequim e Xangai (ambas localizadas na porção territorial oposta ao Tibete). Isso favoreceu a migração em massa da população de etnia han para a região, o que vem acarretando o crescimento de conflitos interétnicos entre a população local (de origem tibetana) e a população de maioria han.

Segundo o movimento “Tibete Livre”, por conta do grande afluxo migratório estimulado pelo governo chinês, a população tibetana já não é mais a maior etnia dentro do próprio Tibete.

198
Q

Xinjiang

1- três décadas de intensificação do movimento separatista

2- consequências e três respostas chinesas ao movimento em 2009

3- Importância da região (4)

A

Com extensão de aproximadamente 1,6 milhão de km2 e com cerca de 25 milhões de habitantes. A região está na fronteira de oito países asiáticos (Rússia, Mongólia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Afeganistão, Paquistão e Índia).

Os uigures constituem o maior grupo étnico da região de Xinjiang (cerca de 45% da população local), seguidos pela etnia han (cerca de 40% da população local).

Em sua história recente, os uigures se declararam duas vezes como o Estado Independente do Turquestão Oriental, nos anos de 1930 e 1940. Na década de 1960, começam a ser influenciado pelo movimento separatista do Tibete e no início do século XXI, o movimento de separação tornou a ganhar força.

Em 2009, um forte distúrbio interétnico entre membros dos uigures e da etnia han provocou mais de 200 mortes, situação que desencadeou três respostas diretas de Pequim:

(I) dura repressão ao movimento uigur;

(II) ampliação dos investimentos financeiros na região; e

(III) aumento do envio de trabalhadores da etnia han para a região (a maioria das novas vilas e cidades que surgem em Xinjiang são ocupadas por trabalhadores da etnia han, que são atraídos pelas novas fábricas e centrais de investimentos estabelecidos pelo governo chinês).

Importância geoestratégica = fronteira com 8 países (linha de defesa do interior) + elevadas reservas de petróleo + local de testes nucleares + fundamental para a “One Belt, one Road” ao conectar Xinjiang ao porto de Gwadar no Paquistão (construído com recursos chineses)

Embora o movimento de separação de Xinjiang seja primeiramente de cunho nacionalista, o governo chinês considera os separatistas como terroristas islâmicos.

199
Q

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)

1- Definição

2- três variáveis principais

3- Seis critérios utilizados

4- Posição brasileira

A

Pautado no último relatório de Desenvolvimento Humano 2021-2022, divulgado em setembro de 2022

IDH = unidade de medida para aferir o grau de desenvolvimento, o qual varia de zero a um.

Hodiernamente, o IDH serve de base para a elaboração do Relatório de Desenvolvimento Humano (RHD – em inglês)

RENDA – EDUCAÇÃO – SAÚDE

6 CRITÉRIOS:

LONGEVIDADE (EXPECTATIVA DE VIDA) + MORTALIDADE INFANTIL (crianças mortas até 1 ano a cada mil crianças a cada ano) + DESEMPENHO EM CÁLCULO E LEITURA + ALUNOS EFETIVAMENTE NA ESCOLA + TAXA DE ANALFABETISMO + RENDA PER CAPITA DO PAÍS

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) passou a utilizar IDH a partir da década de 1990.

Atualmente, o IDH é organizado da seguinte maneira:

(I) IDH Muito Elevado (0,8 – 1);
(II) IDH Elevado (0,7 – 0,799);
(III) IDH Médio (0,555 – 0,699);
(IV) IDH Baixo (0 – 0,554)

Conforme o último Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado pelo PNUD em 08 de setembro de 2022, o Brasil perdeu uma posição entre 2020 e 2021, caindo da 86ª para a 87ª posição.

Neste último relatório, o IDH brasileiro ficou em 0,754, enquanto, em 2019, o índice registrado no país fora de 0,766. Esta queda representou uma quebra na elevação que o índice brasileiro registrava desde o início da década passada (em 2010, o IDH nacional foi de 0,723).

Entretanto, é importante salientar que, de acordo com o PNUD, mais de 90% dos países sofreram queda em seus índices no mesmo período, condição diretamente influenciada pela pandemia de Covid-19 e, mais recentemente, pelo conflito na Ucrânia. Porém, o PNUD ainda observa que a queda no IDH brasileiro foi maior que a média global.

Atualmente, a média do IDH mundial é de 0,732, portanto o Brasil ainda está acima da média e se mantem dentro do patamar de “IDH elevado”; todavia, este retrocesso no IDH brasileiro conduziu o país ao mesmo índice registrado em 2014 (0,754).

Em termos comparativos, dentro do continente americano, o Brasil registra índice mais baixos que diversos países, tais como: Canadá (15o); EUA (21o); Chile (42o); Argentina (47o); Uruguai (58); Cuba (83o); Peru (84o) e México (86o).

200
Q

MINÉRIOS BR

1- Quantidade de toneladas explocadas em 2021

2- citar 5 dos 8 principais minerais brasileiros

3- importância econômica do ferro e dois lugares de exploração

4- manganês - utilização e dois lugares de exploração

5- local e utilização do Manganês e do Nióbio

A

Brasil = base estrutural geológica bastante antiga = grandes reservas de recursos minerais

2021 = 1,1 bilhão de toneladas exploradas (+7% em relação a 2020) = 339 bilhões de faturamento global, gerado pela alta das commodities e a valorização do preço do dólar (desvalorização do real)

Principais minerais BR = ferro, bauxita, manganês, nióbio, níquel, estanho, cobre e ouro representam 98,3% de toda a produção.

Ferro = matéria prima básica para produção de aço e mineral mais explorado e exportado do Brasil, representando 74% do faturamento do setor mineral (3/4), concentrada no “Quadrilátero Ferrífero” em MG, Maciço do Urucum no Mato Grosso do Sul, e na Serra dos Carajás no Pará. A China adquire 70% das exportações BR.

Manganês = também encontrado no Quadrilátero Ferrífero e na Serra dos Carajás / também é matéria-prima do aço (confere maior dureza) e outros produtos químicos

Bauxita = reservas encontradas no Pará / matéria prima da produção de Alumínio / produção cara e ambientalmente onerosa, embora no BR seja mais sustentável

Nióbio = 90% do nióbio negociado no mundo provém do Brasil e 98% das reservas estão aqui, principalmente em Minas Gerais e Goiás. Utilizado na fabricação de elementos de alta Tecnologia (supercomputadores, turbinas de aviões e equipamentos médicos)

201
Q

Cidades Globais (flashcard 2)

1- 5 classificações e autor do termo

2- significado de GaWR e critério utilizado

3- classificação de São Paulo, RJ e BH pelo GaWR

A

CIDADES GLOBAIS = principais centros de decisão de nível mundial + possuem diversos elementos de demonstração de poder + a globalização facilitou a criação de locais estratégicos + termo de Patrick Geddes + grande importância e imensa centralidade = lugar de destaque à nível mundial + sede de importante governos nacionais e também de instituições fundamentais (AGNU em NY) + independente da metodologia ou classificação, Nova Iorque, Londres e Tóquio sempre são classificadas como cidades globais.

DECISÃO – PODER – GLOBABILIZAÇÃO – PATRICK GEDDES – CENTRALIDADE – IMPORTÂNCA – NÍVEL MUNDIAL – GOVERNOS E INSTITUIÇÕES

No início dos anos 1990, Saskia Sassen reinventa o conceito de cidade global a partir de sua obra “The Global City: New York, London and Tokyo”, trabalhando noções importantes, tais como dispersão espacial e processos de integração global, tendo essas três grandes metrópoles como “nós” determinantes na conexão do espaço geográfico hodierno.

Sassen identifica a necessidade de estudos sociais profundos para incluir as minorias populacionais e/ou populações vulneráveis que não participam plenamente desta intrincada estrutura de poder mundial nas cidades globais.

Um dos principais estudos visando a classificação das cidades globais é realizado a partir da lista divulgada pela rede de pesquisa “Globalization and World Cities Research (GaWR)”. Neste estudo, as cidades globais são organizadas em conjuntos a partir do seu grau de centralidade econômica e influência global, sendo três os conjuntos básicos: cidades globais de nível Alfa, Beta e Gama.

Alfa ++ (cidades mais integradas à economia global): Nova Iorque e Londres;

Alfa = SP

Allfa menos = Buenos Aires

O Rio de Janeiro é a segunda cidade global brasileira, encaixando-se no conjunto de cidades de nível Beta, enquanto Belo Horizonte é classificada como Cidade Global de nível Gama -.

As “cidades com nível de suficiência”: tratam-se de cidades que possuem um grau suficiente de serviços para não serem excessivamente dependentes das cidades mundiais. Podem ser classificadas como cidades aspirantes a cidades globais. São dividas em (I) cidades de alta suficiência e (II) cidades de suficiência.

No Brasil, temos:

• Cidades de alta suficiência: Brasília, Curitiba e Porto Alegre;

• Cidades de suficiência: Campinas/SP, Goiânia, Recife e Salvador.

202
Q

Gargalos Marítimos

1- significado e função da OMI

2- citar 4 gargalos importantes

3- localizar os 4 gargalos

A

Transporte Marítimo = Modal mais antigo entre países e grandes distâncias + baixo custo + ágil e eficiente + flexibilidade de carga +

A Organização Marítima Internacional (OMI) visa à promoção da segurança e da eficiência no processo de navegação, sendo também responsável por tomar medidas preventivas que buscam evitar a poluição dos mares e oceanos, observando as condições das embarcações e trabalhando no sentido de afastar riscos de acidentes que possam trazer prejuízos econômicos e ambientais.

Gargalos Importantes:

Canal do Panamá = 84km de extensão + construído na porção mais estreita das Américas + 5% de todo o comércio global pelo canal + conecta o Atlântico e o Pacífico + expandido em 2016 para abarcar 98% das embarcações existentes + condições climáticas adversas podem atingir o local

Canal de Suez = 200km de extensão + 14% do transporte marítimo mundial (+20 mil navios) + problemas gerados pela largura de 205m com possibilidade de encalhe (Ever Given)

Estreito de Malaca = 900km de comprimento + comunica o Oriente Médio e Europa ao sudeste e o extremo oriente do continente asiático + 40% do comércio global (100+ mil navios). Na altura de Cingapura, Malaca apresenta sua menor largura (2,7 km), o que o transforma em um gargalo importante para a navegação, já que esta é a área do canal que sofre constantemente com encalhes, colisões e derramamento de óleo (por se tratar de uma das passagens com enorme volume de petroleiros).

Estreito de Ormuz = entre o Golfo Pérsico e o oceano Índico + uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo + 20% do comércio global e 35% do petróleo global passam por ali

203
Q

CANA-DE-AÇÚCAR

1- Primeira iniciativa no século XVI

2- Primeiro local de instalação do cultivo e os motivos

3- Importância do açúcar no Império

4- ano de inflexão da territorialidade da produção de açúcar (Nordeste -> SP) e vantagens da produção em SP

5- Ano de criação do PROALCOOL

6- fatia nacional da produção de SP

7- porcentagem do etanol dentro dos biocombustíveis no mundo, segundo a FAO

8- dois maiores produtores de etanol no mundo

9- citar três novas possibilidades para o uso da cana-de-açúcar

A

Início: Martin Affonso de Souza que, em 1532, trouxe a primeira muda e iniciou a produção na Capitania de São Vicente.

Por conta das condições pedológicas (solo massapê), climatológicas e de localização geográfica favoráveis no litoral nordestino, especialmente na Zona da Mata das Capitanias de Pernambuco e Bahia, o cultivo da cana-de-açúcar se estabeleceu rapidamente nesta região, gerando a formação de diversos engenhos de açúcar.

Com as regiões produtoras de Salvador e Olinda prosperando intensamente, o Brasil passou a monopolizar a produção de açúcar no mercado mundial.

Os holandeses, que haviam permanecido no Nordeste entre 1630 e 1654, estruturam, após a sua expulsão, a produção açucareira na região do Caribe (o que seria acompanhado por ingleses e franceses dentro de suas próprias colônias). Este movimento levou a quebra do monopólio do açúcar brasileiro.

Durante o período imperial, a renda que foi obtida pela produção e comércio de açúcar superou em quase duas vezes a produzida pela exploração de ouro e quase cinco vezes a de outras produções agrícolas importantes do país em conjunto (algodão, café e madeiras).

NORDESTE (até 1950) -> SÃO PAULO (a partir de 1950)

Até a primeira metade do século XX, a Região Nordeste (com destaque para Pernambuco e Alagoas) concentrava a maior proporção de produção canavieira do país. Neste momento, a região era responsável por praticamente toda a exportação de açúcar do país e fornecia quase 100% do açúcar consumido no centro-sul brasileiro. Contudo, durante a Segunda Guerra Mundial a produção canavieira do estado São Paulo começa a crescer.

Já na década de 1950, São Paulo tornou-se o maior estado produtor, ampliando não apenas o tamanho das áreas produtoras, mas também o número de usinas de beneficiamento (além da maior disponibilidade de capitais, o estado de São Paulo também conta com terrenos mais plano em sua área central, o que favoreceu a formação de uma produção bastante mecanizada).

“Choque do Petróleo” (1973) = criação do projeto PROÁLCOOL (1975), incentivou a produção de etanol.

Os estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná se fixaram, junto com São Paulo (líder absoluto da produção canavieira do país), no rol dos estados de maior produção de cana-de-açúcar do país.

Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar (com o estado de São Paulo representando 55% da produção nacional). Segundo o Ministério da Agricultura, a safra 2020/21 de cana do Brasil foi de, aproximadamente, 642 milhões de toneladas.

IMPORTÂNCIA PARA O AGRONEGÓCIO BR

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o etanol representa, na atualidade, cerca de 90% dos biocombustíveis líquidos utilizados no mundo, sendo produzidos, fundamentalmente de cana-de-açúcar e milho.

Com relação ao etanol, o Brasil é o segundo maior produtor mundial (atrás apenas dos Estados Unidos), com uma produção atual de, aproximadamente, 35,5 bilhões de litros.

Já no que se refere ao açúcar, a safra 2020/21 foi de acerca de 40 milhões de toneladas (com exportação de 29 milhões de toneladas).

Neste mesmo período, as divisas externas geradas pela exportação de etanol e açúcar foram superiores a US$ 6.1 bilhões.

NOVAS POSSIBILIDADES

Plástico biodegradável – óleo diesel sem adaptações – Areia paa argamassa e concreto – bioeletricidade – fertilizantes – isolamento térmico

Já na década de 2000, inicia-se a produção de plástico biodegradável no país.

É possível, atualmente, transformar o caldo da cana em óleo de substituição do óleo diesel sem que os motores precisem sofrer novas adaptações.

A cinza de cana pode substituir o uso da areia na fabricação de argamassa e concreto, enquanto o bagaço da cana pode gerar gás combustível e bioeletricidade, além de servir de base para elementos fertilizantes e isolamento térmico na construção civil.

O crescimento do setor alcoolquímico (em especial no estado de São Paulo) está permitindo a produção de elementos diversos a partir da cana-de-açúcar, com destaque para a produção de detergentes, lubrificantes e cosméticos.

203
Q

ÁGUA E AQUÍFEROS

1- Porcentagem de água potável do Brasil

2- Dois principais aquíferos do país

3- Dois fatores que dificultam o uso da água do SAGA

A

De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), define-se aquífero como toda e qualquer formação geológica que tem capacidade de armazenar água de infiltração. Podem ser LENÇÓIS FREÁTICOS (água abaixo de rochas sedimentares e acima de rochas cristalinas) e AQUÍFEROS CONFINADOS (envoltos em rochas cristalinas e altas pressões).

Do total de água presente no planeta, a água doce (potável) representa uma porcentagem mínima (entre 2,5 e 3% do total). Sendo 69% presentes em geleiras e 29% em águas subterráneas.

** O Brasil abriga em torno de 12% do total de água potável mundial. Dentro desse universo, encontram-se também os maiores sistemas de água subterrâneas do mundo. Os mais extensos e importantes aquíferos nacionais são o Sistema Aquífero Guarani (SAG) e o conjunto de aquíferos que compõem o Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), no qual o conjunto Alter do Chão, totalmente em solo brasileiro, está localizado **

O Sistema Aquífero Guarani (SAG) se estende por 1,2 milhão de km² da América do Sul (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), onde 2/3 dele localiza-se em território brasileiro. Dentro da área do SAG brasileiro, localizam-se cerca de 200 cidades e uma população superior a 20 milhões de pessoas, o que lhe confere grande importância social e econômica – sobretudo pelo fato de que o Guarani se espalha pela região do Centro-Sul. O estado de São Paulo tem aproximadamente 17% de sua demanda por água abastecida pelo Guarani – a cidade de Ribeirão Preto, por exemplo, é abastecida 100% por ele.

Pela sua extensão, o SAG exige uma gestão compartilhada do seu potencial. No Brasil, não existe um órgão que efetivamente regule e fiscalize sua exploração, isto fica a cargo dos estados por meio de legislações específica. Existe um projeto proposto (Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Aquífero Guarani), elaborado pelos países que compartilham suas águas, que visa à proibição da agricultura que usa fertilizantes e pesticidas nos locais de afloramento, como é o caso da região de Botucatu/SP.

Cerca de 90% das águas do Guarani estão confinadas em rochas profundas, dessa forma, os 10% que se encontram nas bordas do aquífero são os mais fáceis de serem utilizados, onde se lozalizam rochas mais permeáveis e ocorre sua recarga d’água. No meio, a recarga é feito nas fraturas das rochas.

Principais problemas: exploração exagerada, o que pode levar a afundamentos superficiais + poluição por manejo inadequado do solo + despejo de rejeitos + desmatamento da vegetação natural que acelera a erosão + problemas de saneamento básico.

O Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA) é o maior aquífero mundial. Segundo estimativas, suas águas seriam capazes de abastecer toda a população mundial por um período de 250 anos. Sua extensão abrange porções do território do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, do Equador, do Peru e da Venezuela (76% está em território BR)

O SAGA é responsável pelo abastecimento de várias cidades, inclusive da maior cidade da Região Norte do país, Manaus, que tem 40% do seu abastecimento realizado a partir desta fonte de água; todavia, o uso da água do SAGA não é nada fácil, devido a dois fatores fundamentais: grande variedade de estruturas e grau de dureza das rochas e o elevado número de rios presentes na superfície.

Existe uma profunda interdependência entre o SAGA e a Floresta Amazônica, pois a floresta é um dos principais responsáveis pela emissão da umidade necessária para a formação das chuvas que, por sua vez, formam os rios que compõem a Bacia Amazônica (ao escorrerem superficialmente) e, ao infiltrarem, abastecem o sistema SAGA. A melhor alternativa para a preservação do SAGA está na manutenção e na conservação da Floresta Amazônica.

204
Q

Comunidade brasileira no exterior em 2021 (Dados do Itamaraty)

1- Dimensão da comunidade BR no exterior

2- 5 países com maior número de BR

3- Três cidades com maiores comunidades BR

4- 3 países da América do Sul que mais recebem BR

A

Nesse ano, de acordo com as estimativas, a comunidade brasileira no exterior ultrapassou os 4,4 milhões de cidadãos, o que representou um aumento de mais de 180 mil pessoas em comparação ao último levantamento realizado, referente ao ano de 2020.

** As mais expressivas concentrações estão nos Estados Unidos (1,9 milhão), Portugal (275 mil), Paraguai (245 mil), Reino Unido (220 mil) e Japão (206 mil) **

América do norte (46,9%), Europa (30%), América do Sul (13%), Ásia (5%)

Maiores comunidades de BR = NY (500 mil), Miami, Boston, Londres, Lisboa, Atlanta, Nagoia

Maiores comunidades na América do Sul = Paraguai, Argentina (90 mil), Guiana Francesa (82 mil)*** = total de 600 mil brasileiros em toda América do Sul

Funções consulares: assistência ao cidadão em urgências, situações de desamparo, violência doméstica, acidentes, hospitalização, falecimento, registro civil, procurações, declarações e atestados, além da emissão de passaportes e outros documentos de viagem, além do exercício dos direitos políticos de nossos cidadãos. Este ano, cerca de 700 mil brasileiros registraram-se para votar no exterior. Ademais, identificam possibilidades de cooperação técnica; ii) promovem oportunidades de investimentos no Brasil; iii) projetam o caráter multifacetado da cultura brasileira; iv) estabelecem mecanismos que resultam em acordos cujo escopo estende-se do âmbito educacional à ciência, tecnologia e inovação; v) identificam lacunas a preencher na interlocução entre políticos, empresários e representantes da sociedade

Em situações de conflito ou crise de segurança, nossos postos no exterior organizam operações de evacuação e retorno de nossos cidadãos ao Brasil. Esse foi o caso do Líbano, em 2006, de países afetados pela Primavera Árabe, em 2011 e, mais recentemente, pelo conflito na Ucrânia. Frente à pandemia de COVID-19, por exemplo, o Itamaraty coordenou a repatriação, em 2020, de quase 40 mil brasileiros localizados em diversos países, que se viram subitamente impedidos de retornar ao País em momento particularmente desafiador.

Com base nessa análise, o governo brasileiro este ano decidiu abrir cinco novas repartições no exterior - os consulados-gerais em Chengdu (China), Edimburgo (Reino Unido) e Marselha (França), além dos vice-consulados em Cusco (Peru) e Orlando (Estados Unidos)

205
Q

COMUNIDADE BRASILEIRA NO EXTERIOR (flashcard curto) (2023)

1- Número de BR no exterior

2- Continente em que se concentra o maior número de BR

3- 5 maiores receptores de BR

4- Cinco cidades com maior número de BR

5- Três países com maior número de BR na América do Sul

6- Três países com maior número de BR na Europa

7- Três países com maior número de BR no Oriente Médio

A

São mais de 4,4 milhões de compatriotas que vivem no exterior. Sendo 2 milhões na América do Norte (46%) e 1,3 milhão na Europa (30%)

Maiores receptores = EUA (1,9 milhão), Portugal (275 mil), Paraguai (245 mil), Reino Unido, Japão (Argentina só aparece em 10º).

Cidades com maior comunidade BR = NY, Miami, Boston, Londres, Lisboa.

** Em 2012 e 2015, a porcentagem de BR no exterior reduziu-se **

País com maior número de BR na América do Sul = Paraguai, Argentina, Guiana Francesa ***, Uruguai, Bolívia, Suriname, Chile

Na Europa = Portugal, Reino Unido, Espanha, Itália, Alemanha

Oriente Médio = Líbano *** (21 mil), Israel (15 mil), Emirados Árabes Unidos (6 mil), Palestina (6 mil)

África = Angola, África do Sul, Moçambique

Ásia = Japão disparado (206 mil)***, China (6,6 mil), Taiwan

206
Q

Censo Demográfico IBGE 2023 – leitura rápida

A

População = 203 milhões (+6% em relação a 2010) (as previsões eram de 213, corrigidas para 207)

A taxa de crescimento nesses 12 anos foi de 0,52% ao ano, o menor nível da série histórica.

Importância do senso = informações essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.

As estimativas populacionais divulgadas pelo IBGE também servem de parâmetro para obrigações do Estado brasileiro, como repasses de dinheiro da União a municípios.

A distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios (FPM) pelo Tribunal de Contas da União (TCU) é uma das atribuições do Estado que leva em conta números Censo.

Para a grande maioria das cidades — todas aquelas que não são capitais e que têm menos de 142.633 habitantes —, o critério utilizado para o repasse de recursos é populacional. O número de habitantes contabilizado pelo IBGE define o coeficiente em que a cidade se enquadra. Esse índice determina qual será a participação de determinado município no fundo

As regiões Sul e Sudeste puxaram o crescimento da população brasileira. O Sudeste ganhou 4.482.777 pessoas, e o Sul, 2.546.424.

57% dos municípios ganharam população

Cidade mais populosa do país, São Paulo tem 11.451.245 habitantes. Na sequência, vêm Rio (-1,72%) e Brasília (+10%) (três cidades possuem menos de mil habitantes)

** O crescimento populacional foi maior no interior do que em capitais – 66,58% dos novos habitantes se concentraram em regiões fora desses grandes centros urbano **

A média de moradores por domicílio caiu de 3,31 para 2,79.

207
Q

Ferrogrão (EF-170)

1- Definição, extensão, local de início e final

2- Parque Nacional em que se localiza

3- Situação atual da obra

4- 3 vantagens e desvantagens

A

É um corredor ferroviário de exportação do Brasil pela Bacia Amazônica com 933 KM / liga o centro-oeste (Sinop – MT) ao Pará (Porto fluvial de Miritituba)

De Miritituba os grãos seguirão via transporte hidroviário pelo Rio Tapajós e Rio Amazonas, até os portos marítimos do Pará / surgiu devido à expansão da fronteira agrícola brasileira e à demanda por uma infraestrutura integrada de transportes de carga de alta capacidade na região

70% dos grãos são escoados pelos portos do sudeste, busca-se aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro

O projeto começou a ser discutido em 2012 / O traçado previsto para a ferrovia atravessa o Parque Nacional do Jamanxim, que era uma Unidade de Conservação. Por meio da Medida Provisória nº 758/16, foi feita a desafetação da área alcançada pela faixa de domínio da ferrovia, aprovada pelo Congresso / Em 2021, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu a obra por ação do PSOL / o projeto foi defendido por Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula.

Vantangens = ** Ao mesmo tempo que discute-se os possíveis problemas ambientais, deve-se considerar que cada trem evitará o CO2 emitido por 400 caminhões (104 toneladas de CO2) , além disso, o tempo de viagem é encurtado em 11 dias para China, além do encurtamento para Europa e EUA / impacto de 30-40% no preço do frete

Desvantagens = Espinha de peixe / invasão da Unidade de Conservação (Parque Nacional do Jamanxim) / desmatamento de 49 mil km² segundo a UFMG (superior à devastação recorde da Amazônia em 2022 (17,7 mil km²) e maior que o estado do Rio e países como Eslováquia,
Dinamarca e Holanda) / pressão para produção agrícola próximo a ferrovia, gerando desmatamento para cortar custos de frete (O objetivo não declarado da ferrovia é a expansão da área plantada no seu entorno) / estímulo a grilagem e conflito por terra - o projeto fica no Arco de Desmatamento da Amazônia, uma região de expansão da fronteira agrícola marcada por conflitos fundiários / A região conta com 102 assentamentos de reforma agrária e 16 terras indígenas que não foram consultadas sobre a obra durante a fase de planejamento, como manda a Organização Internacional do Trabalho / Custo da ferrovia subestimado (8 bi = especialistas afirmam que custará 4 vezes mais)

O sudoeste do Pará é top 3 em desmatamento, queimada, conflito, grilagem, garimpo e roubo de madeira, consequência da pavimentação da BR-163. Essa dinâmica socioeconômica é típica desses empreendimentos na Amazônia, que incentiva migrações

208
Q

Inteligência artificial (IA) na diplomacia

1- Citar três vantagens para diplomacia

2- Citar duas desvantagens

A

A inteligência artificial (IA) é a capacidade que uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas como é o caso do raciocínio, a aprendizagem, o planejamento e a criatividade

Vantagens:

1) Análise de grande volumes de dados (Big Data, também chamada de “ciência de dados”) = detecção de fraudes, evasão fiscal, melhorias na saúde e pesquisa médica (diagnósticos), padrões de consumo, otimização de processos e operações, previsão de tendências, segurança pública

a. O Ceará tem sido um exemplo do uso inteligente da ciência de dados na segurança pública. Em 2019, o estado ganhou interesse nacional pela grande redução de seus índices criminais = Big Data ODIN processado pelo CEREBRUM = identifica veículos roubados por meio da integração da base de dados de órgãos federais, estaduis e municipais captados por 3300 câmeras no Ceará.

b. ALICIA detecta fraudadores fiscais no Ceará

2) Redução de barreras linguísticas = tradução e interpretação = aprimoramento da comunicação multilíngue e facilitar as negociações internacionais oferecendo tradução e interpretação em tempo real.

a. Exemplo: Durante a Cúpula do G20 em 2019, a IA foi usada para fornecer tradução simultânea em tempo real para os líderes participantes

3) Detecção de padrões = A IA pode identificar padrões complexos em dados históricos e em tempo real, ajudando a antecipar crises, conflitos e outras questões diplomáticas

4) Análise de notícias, relatórios de inteligência, dados econômicos e informações de mídia social em tempo record. Algoritmos de IA podem analisar e verificar a veracidade de informações, auxiliando os diplomatas na avaliação da credibilidade de fontes de informação.

a. Exemplo: A União Europeia lançou o projeto EUvsDisinfo, que utiliza IA para identificar e analisar narrativas de desinformação

5) Diplomacia digital = chatbots alimentados por IA são usados para responder a perguntas frequentes sobre políticas e procedimentos diplomáticos, proporcionando um atendimento eficiente e acessível.

Devantagens:

1) Possibildade de adoção de vieses dos programadores e proprietários do meios de IA

2) Segurança cibernética e suscetibilidade à invasões e roubo de informações (segurança cibernética)

209
Q

MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA

1- Definição e cinco estados parte

2- Bacia que produz majoritariamente o petróleo BR hoje

3- Três vantagens e desvantagens da exploração nesse local

A

É uma faixa marítima que se estende do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte, e inclui cinco bacias sedimentares (Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar).

5 Estados = Amapá -> Pará -> Maranhão -> Piuaí -> Ceará

A América Latina tem a segunda maior reserva provada de petróleo do mundo, ficando atrás apenas do Oriente Médio, entretanto as estatais da região desperdiçaram oportunidades inúmeras vezes. Diferente dos países do Golfo, não se criou fundos soberanos sofisticados para diversificação de investimentos, tornando-se receitas fiscais.

A Petrobras planeja gastar quase metade de seu orçamento de exploração de US$ 6 bilhões nos próximos cinco anos na Margem Equatorial, uma área que vai do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte e está próxima à Guiana. O governo espera que a região tenha aproximadamente 10 bilhões de barris de petróleo recuperável, quase o equivalente aos campos do pré-sal. Pautada em estratégia de produção de petróleo de menor custo e menos emissões no contexto da transição para uma economia de baixo carbono. Hoje, 75% da produção de petróleo brasileira vem da Bacia de Santos (RJ/SP/PR/SC), onde estão os principais campos do pré-sal

De acordo com Schreiner Parker, da Rystad Energy, uma consultoria, o Brasil e a Guiana podem produzir petróleo com lucro de US$ 35 por barril, menos da metade do preço atual. A quantidade de CO2 equivalente emitida por barril é de 10 quilos, em comparação com a média global de 26 quilos. “O Brasil e a Guiana têm os barris nobres que o mercado vai procurar”, na opinião de Parker.

A Margem Equatorial é considerada estratégica pelo mercado frente à perspectiva do país entrar na fase de declínio da produção em 2030, como previsto pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou recentemente à empresa uma licença para perfurar um poço na área, mas a Petrobras disse que vai recorrer da decisão.

Em 2022, a Petrobras registrou um lucro líquido recorde de R$ 188,3 bilhões (em parte devido ao aumento dos preços do petróleo).

Problemas: A proximidade das bacias com a Floresta Amazônica + impactos sobre a biodiversidade + efeitos sobre comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas + aumento de resíduos, do tráfego aéreo e eventuais impactos sobre as atividades pesqueiras + preocupação com o fluxo das correntes marítimas na região, que contribuem para que eventuais vazamentos cheguem de forma rápida a países vizinhos, em especial a Guiana Francesa + as atividades colocam em risco a presença de habitats marinhos sensíveis e pouco conhecidos + dificuldades para a obtenção das licenças ambientais para prosseguir com a exploração (negados ou suspensos pelo Ibama)

Há ainda, segundo ambientalistas, a existência de um grande sistema de recifes de corais na costa Amazônica, que pode ser afetado pelas atividades.

Vantagens = aumentar as receitas direitas e indiretas, como de royalties e do setor de serviços dos cinco Estados adjacentes + novas perspectivas de desenvolvimento e industrialização do Norte e Nordeste + diversos poços já foram perfurados sem acidentes na região desde 1970 até 2015 + as estruturas similares a corais presentes na região se encontram a 120 metros de profundidade, enquanto a atividades de perfuração previstas devem ocorrer a mais de dois mil metros de profundidade, distante das formações.

210
Q

(In)segurança alimentar

1- Importância da temática para o Brasil

2- Comando(s) constitucional que se relaciona à matéria

3- Dois ODS que se relacionam à matéria

4- Iniciativa tomada no mar negro durante a guerra da Ucrânia

5- 3+ efeitos de conflitos na segurança alimentar

A

A Insegurança Alimentar é uma questão complexa e multifacetada

Como um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo, o Brasil tem interesse em garantir a segurança alimentar tanto no mercado interno quanto como objetivo de política externa. Mais de 116 milhões de pessoas (+ da metade) no Brasil enfrentaram algum grau de insegurança alimentar em 2020. Deste total, cerca de 43,4 milhões de pessoas (1/5) estavam em situação de insegurança alimentar grave, caracterizada pela fome (dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). Segundo a UNICEF, cerca de 2,5 milhões de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica no Brasil. A desnutrição infantil pode ter efeitos de longo prazo no desenvolvimento físico e cognitivo das crianças.

A constituição brasileira reconhece o direito humano à alimentação adequada (no Artigo 6, compondo um direito social – Edu mora la, Sal trabalha Ali, Assis Pro seg transportando preso) por meio de emenda constitucional de 1998, refletindo o compromisso do país com o enfrentamento da insegurança alimentar. O próprio Presidente Lula é um notável defensor da erradicação da pobreza e da fome, no Brasil e além de suas fronteiras.

Erradicar a fome é de suma importância para o cumprimento dos ODS e da Agenda 2030 (ODS 1 e ODS = erradicação da pobreza e fome zero). À luz dos avanços significativos na tecnologia de produção agrícola, a fome é totalmente evitável e, mais importante, inaceitável.

No Brasil, a segurança alimentar é cuidada pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional — Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome por meio da Lei de Segurança Alimentar e Nutricional (sancionada em 2022)

Sociedades que são capazes de alimentar suas populações e oferecer-lhes oportunidades são mais resilientes e menos vulneráveis a conflitos. Essa meta é viável. É também um imperativo moral para todos nós.

A renovação da iniciativa Grãos do Mar Negro é passo fundamental para limitar as incertezas sobre o fornecimento global de grãos e fertilizantes.

O agravamento da insegurança alimentar e nutricional no mundo é questão multifatorial, e o conflito é uma de suas principais causas. A resolução 2417 reconheceu o círculo vicioso dos conflitos armados e da insegurança alimentar.

Conflitos, especialmente os prolongados, contribuem para a insegurança alimentar no longo prazo. Conflitos provocam a erosão das redes sociais e econômicas, reduzem a resiliência e desestabilizam os mercados, as cadeias de fornecimento e as infraestruturas. Conduzem, igualmente, à queda da produção e dos rendimentos, o que frequentemente impede o alcance de três dos principais pilares da segurança alimentar: estabilidade, disponibilidade e acesso.

O conflito é fator primário para insegurança alimentar aguda, mas não o único. Conflitos, quando combinados à inflação, estrangulamentos comerciais e outros desafios macroeconômicos, afetam o acesso ao abastecimento alimentar, em especial nos países em desenvolvimento.

A diplomacia é essencial para coordenar a resposta internacional a crises alimentares em países afetados por conflitos, desastres naturais ou instabilidade política.

Organizações como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) trabalham em estreita colaboração com governos e parceiros para fornecer assistência alimentar e humanitária em momentos de emergência. Por exemplo, durante a guerra civil na Síria.

211
Q

Importância das populações tradicionais

1- Artigo constitucional que assegura a proteção às manifestações culturais indígenas, afro-brasileiras e dos Povos e Comunidades Tradicionais

2- Nome da Convenção assinada em 2007

3- Citar 3+ dos 27 povos e comunidades tradicionais no Brasil

4- Quantidade da população indígena no Brasil em 2022

5- Citar 3+ exemplos da importância da preserveção desses povos

A

Não é possível valorizar, proteger e divulgar aquilo que não conhecemos. Portanto, discutir sobre a valorização dos Povos e Comunidades Tradicionais é fomentar a preservação da memória do nosso povo. Como disse o líder jamaicano Marcus Garvey: “Um povo sem conhecimento da sua história, origem e cultura é como uma árvore sem raízes”.

Fundamental diferenciar povos tradicionais x povos originários e NÃO restringir a discussão apenas aos povos indígenas.

Os povos e comunidades tradicionais são grupos culturalmente diferenciados, que possuem condições sociais, culturais e econômicas próprias, mantendo relações específicas com o território e com o meio ambiente no qual estão inseridos. Respeitam também o princípio da sustentabilidade, buscando a sobrevivência das gerações presentes sob os aspectos físicos, culturais e econômicos, bem como assegurando as mesmas possibilidades para as próximas gerações. São povos que ocupam ou reivindicam seus territórios tradicionalmente ocupados, seja essa ocupação permanente ou temporária.

Papel fundamental dos povos indígenas e comunidades tradicionais como guardiões da biodiversidade sobre suas terras, territórios, recursos e conhecimentos tradicionais

O artigo 215 da Constituição de 1988 assegura a proteção às manifestações culturais indígenas, afro-brasileiras e dos Povos e Comunidades Tradicionais

Há ainda, dentre a legislação pertinente, a Convenção sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, assinada em 2007, determinado seu cumprimento pelo Decreto n. 6.177 de agosto de 2007, que destaca a importância dos conhecimentos tradicionais e sua contribuição para o desenvolvimento sustentável

Os mecanismos legislativos são essenciais para que os direitos estabelecidos a essas pessoas sejam compreendidos como bases de promoção de políticas públicas em prol das comunidades tradicionais.

Além dos povos indígenas, são listados 27 povos e comunidades tradicionais no Brasil:, as comunidades remanescentes de quilombos, os pescadores artesanais, os ribeirinhos, os povos ciganos, os povos de terreiro, os pantaneiros (do pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense), os faxinalenses do Paraná e região (que consorciam o plantio da erva-mate com a suinocultura e com o extrativismo do pião a partir do uso comum do território), as comunidades de fundos de pasto da Bahia (que praticam a caprinocultura em territórios de uso comum), os caiçaras (pescadores artesanais marítimos dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que consorciam a pesca artesanal e extrativismo em áreas comuns com o cultivo), os geraizeiros (que exercem ocupação tradicional dos gerais ou cerrado), os apanhadores de flores sempre-vivas (que tradicionalmente exerciam o extrativismo em áreas de uso comum nas campinas, hoje cercadas em grande medida pela monocultura do eucalipto e pela criação de unidades de conservação de proteção integral), entre outros que, somados, representam parcela significativa da população brasileira e ocupam parte considerável do território nacional.

Segundo o Censo 2022, atualmente, há 896.900 indígenas no Brasil, pertencentes a 305 etnias ou povos e falantes de 274 línguas.

** Comunidades tradicionais historicamente ocupam territórios ameaçados pelo setor agropecuário, pelo garimpo, pelo desmatamento ou pela exploração desenfreada da fauna, flora e recursos hídricos. Esses povos, ao contrário, contribuem para a preservação da conservação desses territórios e manutenção da biodiversidade **

Esses povos e comunidades estão se tornando protagonistas de uma nova premissa de que o desenvolvimento econômico racional, consistente e de longo prazo é possível por meio das cadeias de produtos da sociobioeconomia (frutas, óleos, plantas medicinais nativas, etnoecoturismo e outros), os quais podem se tornar matrizes para um novo ciclo de desenvolvimento sustentável no Brasil.

Quando a proteção das florestas é garantida, o clima é regulado, a biodiversidade é acolhida e a manutenção da vida no planeta é realizada.

Importância nacional desses povos:

1) Preservação Cultural e Patrimonial: Povos indígenas, quilombolas, ciganos e outras comunidades tradicionais possuem ricas tradições culturais, línguas, crenças e práticas que são parte integrante do patrimônio cultural de um país. Ao preservar e transmitir essas tradições, esses grupos enriquecem a identidade cultural da nação.

2) Conservação ambiental = manejo sustentável e conhecimentos sobre plantas medicinais

3) Uso Sustentável dos Recursos = métodos tradicionais de manejo de recursos podem ajudar a evitar a sobrepesca e a degradação dos ecossistemas aquáticos.

4) Inclusão social e equidade = o reconhecimento dos direitos das comunidades quilombolas no Brasil ajuda a combater a exclusão e a promover a justiça social.

5) Conhecimento Científico, Medicinal, Cosmético - Alguns dos medicamentos mais populares do mundo devem muito ao conhecimento indígena sobre a natureza. De lombriga a malária, a floresta ajudou a dar a cura

6) Turismo Cultural e Cultural: A presença de povos e comunidades tradicionais pode atrair turismo cultural e étnico, que não só beneficia economicamente essas comunidades, mas também permite que visitantes e turistas aprendam sobre modos de vida diferentes e valorizem a diversidade cultural

212
Q

ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE)

1- Ano e contexto de criação

2- Ano do iníco da participação BR, ano do engajamento ampliado e ano do “key partner”

3- Ano de formalização da candidatura BR

4- Quatro objetivos da OCDE

5- três últimas adesões e três candidatos

6- três vantagens em aderir à OCDE

A

OCDE (1961) = objetivo: “políticas melhores para vidas melhores” / A OCDE trabalha juntamente com governos, formuladores de políticas e sociedade civil no estabelecimento de padrões

Precedentes: OECE foi criada para administrar o plano Marshall (George Marshall, ex-secretário de Estado dos EUA) com 18 membros. Transforma-se em OCDE em 1960 com abordagem GLOBAL (hoje = +38 membros)

Brasil = A aproximação do Brasil à OCDE data da década de 1990, quando o Brasil participou do Comitê do Aço / 1999 = criado o programa da OCDE direcionado ao BR / 2007 = ano da elevação do engajamento ampliado, o qual se tornaria “key partner” em 2012 / 2015 = Acordo de Cooperação BR-OCDE

2017 = formalização da candidatura BR / 2022 = aprovado o roteiro de adesão BR / É o parceiro-chave mais aderente às políticas públicas da OCDE. Segundo a Casa Civil, em 2022 o Brasil estava alinhado a 112 dos 257 instrumentos da OCDE.

4 objetivos da OCDE = ampliar comércio + estabilidade financeira + crescimento econômico duradouro + cooperação para o desenvolvimento

Atividades principais = pesquisa e estudo para aperfeiçoar políticas públicas + troca de experiências + “peer review” (revisão pelos pares / avaliação técnica)

Processo de adesão = CONSELHO DA OCDE (todos os membros) decide pela abertura da discussão de adesão + estabelece termos e condições (“roteiro ou roadmap” para alinhamento de padrões) + convite formal (deve ser unânime) + assinatura do Acordo de Adesão

Últimas adesões = Costa Rica (2021), Colômbia (2020) e Lituânia (2018)

Candidatos = Argentina, Brasil, Peru, Romênia, Croácia, Bulgária

Key partners = participam das discussões sem ser membros = BICS = Brasil, Índia, China, África do Sul e Indonesia.

Estrutura = Conselho da OCDE com secretário-geral (decisões por consenso / reunião 1x ao ano para prioridades) + 300+ Comitês + Secretariado (Mathias Cormann e 3300 funcionários)

Possíveis vantagens da adesão = modernização institucional + reformas estruturais + atração de investimentos + posicionamento estratégico na geopolítica mundial + troca de experiências + acesso à rica base de estatística + melhora das políticas públicas + influencia em regras e padrões internacionais + cooperação e trocas de experiência de alto nível

213
Q

Centro-Oeste 2023

1- Crescimento médio percentual da população do Centro-Oeste brasileiro

2- Queda da porcentagem da indústria no PIB entre 1980 e 2023

3- Porcentagem do agro nas exportações e no PIB do país

4- Quantidade de hectares plantados no Brasil, previsão até 2023 e quantidade disponível

A

Deslocando o eixo político-econômico do Brasil em direção ao interior do país + Versão do Texas (The Economist) + Sete das dez cidades que mais cresceram no país nos últimos 12 anos estão no cinturão do agronegócio, entre o Centro-Oeste e o Sul + A parte central do país viu sua população crescer a um ritmo médio de 1,2% ao ano, o que equivale a mais que o dobro da taxa nacional + mesmo no Sudeste, a expansão da população mais acelerada está ligada a cidades ligada ao agronegócio + emprego na indústria deixando de ser símbolo de vida melhor = O peso da indústria no PIB encolheu de 30% para 10% desde os anos 1980

O agro já responde por 40% das exportações e por 25% do PIB do país. No Mato Grosso, descrito pela The Economist como coração da soja, a economia avançou 4,7% ao ano entre 2002 e 2020, a taxa mais alta do país + crescimento das cidades médias (Sinop cresceu 73% em 12 anos depois que a EMBRAPA desenvolveu uma variedade de soja adaptada ao solo da região.) + A produção segue para gigantes chinesas de alimentos, como a “Cofco” + reflexos culturais: o sertanejo é ritmo mais popular do país

Em 2023, o governo tem acenado aos ruralistas. Anunciou R$ 364 bilhões em crédito subsidiado a produtores, o maior plano já anunciado ao setor. Os juros desses empréstimos são mais baixos para produtores que utilizarem energia renovável e pesticidas sem químicos + o Brasil possui 80 milhões de hectares atuais plantados, com previsão de adicionar mais 20 milhões até 2031 - Isso não precisa significar desmatamento, considerando haver 170 milhões de hectares de pastos subutilizados e que poderia ser uma via para expandir a produção de soja.

214
Q

Conceito de rede urbana (3ª fase)

1- conceito

2 - quatro categorias de análise de Milton Santos

A

Conceito de rede urbana (3ª fase) = conceito do século XIX e XX, já trabalhado por La Blache em seus estudos / a mobilidade humana (ferrovias) influenciou inúmeras intervenções no espaço / por definição é a a interconexão coordenada de centros urbanos / Milton Santos propôs QUATRO categorias de análise das redes urbanas: ESTRUTURA – PROCESSO – FUNÇÃO – FORMA

1) Estrutura = a rede é uma manifestação de forças abrangentes de natureza estrutural, decorrente da reprodução das relações capitalistas de produção (a rede urbana é um meio para facilitar a produção, a circulação e o consumo).

2) Processo = a rede é uma ação contínua que se desenrola em direção a um resultado específico (realidade em constante evolução)

3) Função = os centros urbanos são agrupados conforme as respectivas características essenciais

4) Forma = aspecto visível da rede urbana. Nesse sentido, redes urbanas podem ser dentríticas (padrão histórico colonisador do BR) ou complexa (padrão multifacetado de centros)

Compreender a concepção de espaço é essencial como um prérequisito para compreender a natureza da rede urbana. O espaço é considerado um fenômeno social, pois representa uma realidade objetiva que surge como resultado das interações historicamente estabelecidas entre os indivíduos. Isso ajuda a entender por que as redes urbanas mais densamente conectadas têm a propensão de aumentar a própria densidade e centralidade em comparação com outras redes urbanas menos densas, que geralmente têm menos dinamismo econômico e, consequentemente, menor diversidade de centros hierárquicos

A rede urbana é uma realidade inerentemente espacial, compartilhando a mesma natureza do espaço do qual é uma parte inseparável. Em suma, a vitalidade da rede urbana é intrinsecamente ligada à dinâmica social que a preenche. Portanto, examinar a rede urbana significa não apenas abordar suas configurações físicas, mas também compreender suas relações e atividades subjacentes