Economia Flashcards
Ação Teoria do Consumidor, preferências, reta orçamentária e utilidade
1- Definição de reta orçamentária e sua equação
2- Fórmula da INCLINAÇÃO da reta orçamentária e o que ela representa
3- Variável que altera a inclinação da reta orçamentária e variável que desloca toda a curva
4- Princípio ou lei principal da utilidade
5- Qual é o ponto em que a utilidade é máxima ?
6- Definição de Curva de Indiferença e seu formato em relação à origem
7- Nome dado a um conjunto de curvas de indiferença
8- Duas condições para curvas de indiferença bem comportadas
9- Três condições para escolha ou preferências racionais do consumidor
10- Local do equílibrio do consumidor
DECORAR: UTILIDADE (marginal e total), PREFERÊNCIA, RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA E SUA EQUAÇÃO, CURVA DE INDIFERENÇA, MONOTONICIDADE, PREFERÊNCIAS BEM-COMPORTADAS, PREFERÊNCIAS RACIONAIS E DIAGRAMA DO EQUÍLIBRIO DO CONSUMIDOR
Teoria do Consumidor, também chamado de equílibrio ou problema do consumidor = É a parte da ciência econômica que estuda o comportamento do consumidor durante as suas decisões de consumo, de acordo com a restrição orçamentária, preferências e Cestas de Consumo. Os pressupostos da teoria do consumidor são de que o consumidor escolhe o “melhor possível” (utilidade e preferência) do que ele “pode adquirir” (restrição orçamentária)
TEORIA DO CONSUMIDOR = COMPORTAMENTO + DECISÕES DE CONSUMO + RESTRIÇÃO
RETA ORÇAMENTÁRIA (aquilo que o consumidor “pode adquirir”)
A reta orçamentária, também chamada de linha orçamentária ou reta de restrição orçamentária, é o conjunto de cestas que esgotam a renda do consumidor.
Equação da reta orçamentária: R = P1 x Q1 + P2 x Q2 (ou seja, a renda total do consumidor é igual ao preço vezes a quantidade dos bens) e sua inclinação se dá por: – P1/P2
A inclinação da reta orçamentária é igual à relação dos preços dos bens (p1/p2) e mede a taxa à qual o consumidor está disposto a substituir “a” por “b”.
Às vezes, também é dito que a inclinação da reta orçamentária mede o custo de oportunidade de consumir um bem. A inclinação da reta orçamentária representa o custo de oportunidade do consumo de determinado bem. Ou seja, para consumir um bem, e se manter ao longo da reta orçamentária, é necessário reduzir o consumo do outro bem. Assim, ao consumir um bem, deixa-se de consumir outro bem, o que representa o conceito de custo de oportunidade.
Aumentos na renda, deslocam a reta orçamentária como um todo e mudanças nos preços alteram a inclinação da reta, pois só deslocam um dos eixos onde a reta toca. No entanto, se os preços dos bens mudarem ao mesmo tempo e no mesmo montante, não há alteração na inclinação.
UTILIDADE (“melhor possível”)
Também chamada de benefício, prazer, utilidade.
Aumentos na quantidade de bens sempre aumentam a utilidade total, mas em níveis cada vez menores (utilidade marginal ou benefício adicional) – Lei da Utilidade Marginal decrescente Utilidade marginal (Umg): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do acréscimo de uma unidade de consumo (q) de um bem qualquer. De forma matemática: Umg = delta U sobre delta Q.
Assim, Quanto mais temos de um bem, menos útil ele se torna (Princípio da utilidade marginal decrescente). O momento em que a utilidade é máxima acaba sendo quando a utilidade marginal é NULA.
Os consumidores procuram igualar os seus benefícios marginais (utilidade ou satisfação) com os seus custos marginais (preço pago). A utilidade marginal da água é baixa e do diamante é alta, por isso, pagamos muito por ele (paradoxo do valor). Mas não confunda: A maximização da utilidade ocorre quando a utilidade marginal é igual a zero
A maximização da utilidade ocorrerá quando o consumido tiver satisfeito o princípio da igualdade marginal, que é conceituado como: o momento em que os consumidores igualam as utilidades marginais por unidade monetária gasta em cada um dos bens.
Preferências “escolha do melhor possível”
Curva de indiferença: é uma curva que liga as várias combinações de consumo de vestuário e alimentos que proporcionam igual utilidade (a expressão curva de indiferença deriva do fato de que cada ponto na curva rende a mesma utilidade, logo, o consumidor será indiferente sobre qualquer cesta de consumo ao longo da curva).
A utilidade é uma medida SUBJETIVA (não-objetiva) de satisfação ou benefício que os consumidores atribuem aos diferentes bens e serviços que consomem.
A curva de indiferença, portanto, consiste em todas as cestas de bens que deixam o consumidor indiferente à cesta dada. Assim, uma curva de indiferença mostra apenas as cestas que o consumidor percebe como indiferentes entre si à a curva de indiferença, ** sozinha, não distingue as cestas melhores das piores ** / Curvas de indiferença não se cruzam.
Observação: A isoquanta está para a curva de indiferença assim como a teoria do produtor está para a teoria do consumidor. Tanto a isoquanta como a curva de indiferença tem o mesmo formato: são convexas em relação a orígem.
Nota: existe também o conceito de mapa de indiferença, que é o gráfico que contém um conjunto de curvas de indiferença mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor.
Princípio da monotonicidade ou não saciedade (quanto mais melhor) / A monotonicidade das preferências implica que as curvas de indiferença tenham, obrigatoriamente, inclinação negativa.
Cestas ou combinações médias são preferíveis aos extremos em curvas convexas / nas curvas côncavas, os extremos são preferíveis
Preferências bem-comportadas: monotônicas e convexas
Preferências racionais:
1) Completa (o consumidor é capaz de comparar a satisfação trazida pelas diferentes cestas de bens)
2) Reflexiva: uma cesta de bens é tão boa quanto a ela mesma.
3) Transitiva: se se prefere a cesta A à cesta B e a B à C, logo, prefere-se a cesta A à C.
Equilíbrio do Consumidor: Tangente entre Reta Orçamentária e a Curva de Indiferença do consumidor, significando a maior utilidade possível para o consumo de determinada cesta de bens (x;y), dada a restrição orçamentária. No equilíbrio, TMS =Px/Py
Curvas de Indiferença e TMgS
1- Três características das curvas de indiferença
2- Definição das curvas de indiferença
3- Nome do mapa que monstra um conjunto de curvas de indiferença
4- Princípio que garante o não cruzamento das curvas e princípio que explica a inclinação negativa da curva de indiferença
5- 3 propriedades das curvas de indiferença
6- Significado da taxa marginal de substituição e sua fórmula
As curvas de indiferença se inclinam negativamente (já caiu), nunca se cruzam e são convexas com relação à origem, quando bem comportadas / Além disso, possuem taxa marginal de substituição e utilidade marginal DECRESCENTES
Definição: A Curva de indiferença mostra DIVERSAS cestas de consumo com a MESMA utilidade / Inserem-se na Teoria do Consumidor e suas decisões de consumo
Os pressupostos da teoria do consumidor são de que o consumidor escolhe o “melhor possível” (utilidade e preferência) que ele “pode adquirir” (restrição orçamentária)
A curva de indiferença, portanto, consiste em todas as cestas de bens que deixam o consumidor indiferente à cesta dada. Assim, uma curva de indiferença mostra apenas as cestas que o consumidor percebe como indiferentes entre si
A curva de indiferença, ** sozinha, não distingue as cestas melhores das piores **
Nota: existe também o conceito de mapa de indiferença, que é o gráfico que contém um conjunto de curvas de indiferença mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor.
As curvas de indiferença não se cruzam, graças ao princípio da transitividade (A preferível B e B preferível a C, logo A é preferível a C) – pois se cruzassem formariam um absurdo lógico ***
O princípio da utilidade marginal decrescente explica por que a curva de indiferença é negativamente inclinada
Propriedades das curvas de indiferença (bem-comportadas) - não confundir com as preferências do consumidor:
1) Curvas mais altas são preferíveis por fornecerem maior utilidade (monotonicidade). monotonicidade das preferências implica que as curvas de indiferença tenham, obrigatoriamente, inclinação negativa. Se mais é melhor, então, ao reduzirmos o consumo de um bem, devemos, com certeza, aumentar o consumo do outro bem para que nos mantenhamos indiferentes entre duas cestas de consumo. Isso só é possível se as curvas de indiferença tiverem inclinação negativa.
2) Curvas de indiferença não se cruzam = é uma reafirmação da premissa da transitividade, pois se ocorresse cruzamentos haveria combinações dos mesmos bens com dois níveis de utilidade diferentes ao mesmo tempo (absurdo lógico)
3) As médias são preferidas aos extremos (desde que sejam curvas convexas em relação a origem) = A explicação intuitiva para este fenômeno reside no fato de que os consumidores preferem consumir cestas mais diversificadas; isto é: tendo quantidades equilibradas de cada bem.
Acima temos as PROPRIEDADES das curvas de indiferenças bem comportadas.
Quanto mais melhor (monotonicidade) = garante a inclinação negativa das curvas de indiferença. Essa inclinação é dada por delta y sobre delta x, ou seja, sua taxa marginal de subtituição. A convexidade das curvas de indiferença parece algo natural: ela diz que quanto mais temos de um bem, mais propensos estaremos a abrir mão de alguma quantidade dele em troca de outro bem.
Em primeira instância, o que ocasiona estas mudanças ao longo da curva de indiferença e a sua própria inclinação é o princípio da utilidade marginal decrescente.
A inclinação da curva de indiferença, a taxa marginal de substituição, mede a taxa em que o consumidor se encontra na fronteira entre trocar ou não trocar.
O princípio da utilidade marginal decrescente explica por que a curva de indiferença é negativamente inclinada (não confunda com com a reta de restrição orçamentária)
Curvas de indiferença não mantêm relação com restrições orçamentárias ou preços dos bens envolvidos na análise, somente sua UTILIDADE.
Quem mantém relação com a restrição de renda (orçamentária) e com os preços dos bens envolvidos é a reta de restrição orçamentária e não a curva de indiferença.
Uma curva de indiferença é convexa quando a taxa marginal de substituição diminui na medida em que há movimentação para baixo ao longo da mesma curva. A medida que nos deslocamos para baixo, a inclinação da curva de indiferença (que é a própria taxa marginal de substituição) diminui. No inicio da curva de indiferença, a inclinação da curva é alta. No final, a inclinação é bem menor. Essa redução da taxa marginal de substituição só é possível graças à convexidade da curva de indiferença. Vale ressaltar que se a taxa marginal de substituição aumentasse à medida que nos deslocássemos para baixo, a curva de indiferença seria côncava, não convexa.
Preferências Mal-Comportadas (substitutos e complementos perfeitos) = ** Elas seguem as premissas de preferências (monotonicidade, reflexividade, transitividade, integralidade), mas não seguem o comportamento das curvas bem-comportadas (TMgS decrescente e negativa, convexidade) ** - Não Confunda
As curvas de indiferença entre um bem e um mal são curvas ou retas positivamente inclinadas, pois o consumo do mal deve ser compensado pelo consumo do bem para manutenção do mesmo nível de utilidade.
Bem neutro em relação a outro = curva de demanda vertical
Curvas de indiferença côncavas = diferente das curvas convexas em que o consumidor prefere cestas médias devido à diversificação, aqui a especialização do consumo em um bem prevalece.
A curva de indiferença é usualmente ilustrada como sendo côncava em relação à origem para mostrar que as combinações de dois bens são indiferentes ao consumidor, e sinaliza que quanto mais escasso for um bem maior, maior será o seu valor relativo de substituição.
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
TMgS = quanto se abre mão de um bem por outro, mantendo a utilidade ou a PRODUÇÃO (teoria da firma) constantes *** Essa é a definição ! / TmgS determina a inclinação da curva de indiferença / O declínio no consumo de vestuário permitido por um aumento no consumo de alimentos a fim de que a utilidade se mantenha constante é chamado de taxa marginal de substituição (TMgS)
TmgS = delta y dividido por delta x = inclinação da reta naquela ponto = fronteira entre trocar ou não = propensão marginal a pagar = razão entre as utilidades marginais / TMgS possui inclinação NEGATIVA
Taxas Marginal de Substituição Constante indica bens substitutos, pois a inclinação não se altera. Neste caso, as curvas de indiferença são formadas por linhas retas paralelas, sendo a TMgS constante *** / Taxa Marginal de Substituição infinita ou igual a zero representa bens complementares (gráfico perpendicular)
Observação: Para lembrar do gráfico de preferência dos bens complementares, lembre-se que a palavra “compLementares” diferente da “substitutos”, possui um “L”
** Curvas de indiferença monotônicas implicam que elas têm inclinação negativa (certo) **
Observação 2: mapa de indiferença é a representação de um conjunto de curvas de indiferença, mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor.
5 (CESPE, TCE/PA, ACE/Economia, 2016) A utilização de curvas de indiferença para descrever as preferências dos consumidores não é indicada, já que as curvas não distinguem as cestas de consumo - CERTO - o que distingue as cestas de consumo é o mapa de indiferença (conjunto de curvas de indiferença). As curvas de indiferença mostram combinações entre cestas as quais o consumidor é
indiferente. A curva de indiferença sozinha não distingue as cestas melhores das piores. Ordenam-se as preferências através do mapa de indiferença. Curvas mais distantes da origem representarão cestas preferíveis.
Observação 3: Se um indivíduo gosta de um bem e é neutro em relação a outro, então a curva de indiferença será uma linha paralela ao eixo do bem neutro. O bem neutro possui como característica a invariabilidade da satisfação dado aumento na quantidade consumida do bem, basicamente refere-se aos alimentos básicos, como açúcar, sal, arroz. A curva de indiferença destes bens é paralela ao eixo do bem neutro, pois a utilidade não varia com o aumento da quantidade consumida.
Observação 4: A curva de indiferença não distingue cestas de produtos, já que cestas ao longo de uma curva trazem o mesmo nível de utilidade ao consumidor, contudo um mapa de curvas de indiferenças podem distinguir as cestas de produtos, pois as cestas localizadas nas curvas mais altas trarão mais utilidade comparativamente com aquelas localizadas em curvas mais baixas.
Observação 5: A taxa marginal de substituição independe do nível de renda. Quem depende da renda é a reta de restrição orçamentária: quanto menor a renda, mais baixa estará a reta de restrição orçamentária. Veja, então, que a curva de indiferença e a estrutura de preferências do consumidor não dependem da renda (não confunda)
Resumo da TMgS para curvas bem-comportadas:
1) Significa a inclinação da curva de indiferença (vale em qualquer caso);
2) Possui inclinação negativa;
3) É decrescente;
4) É a fronteira de trocar ou não trocar um bem pelo outro;
5) Mede a propensão marginal a pagar.
A curva de indiferença do consumidor não tem relação DIRETA com restrições orçamentárias ou preços dos bens pertencentes à cesta de preferência – CERTO - A curva de preferência avalia as cestas de bens que deixam o consumidor indiferente à cesta dada; não há, portanto, relação direta com restrições orçamentárias e níveis de preços.
Teoria do Consumidor
1) Citar as 4 Premissas básicas da teoria do consumidor, também chamada, de preferências das pessoas por determinadas cestas e seus significados
2) Quais as três premissas que geram racionalidade e razoabilidade na escolha do consumidor
As premissas da monotonicidade, transitividade e completude conferem racionalidade e razoabilidade à teoria do consumidor
1) integralidade, exclusividade ou completude = pode-se ordenar e organizar em preferências ou indiferença toda e qualquer cesta / Na completude, é importante citar o exemplo: Para quaisquer duas cestas A e B, um consumidor pode preferir A a B, ou preferir B a A ou ser indiferente a qualquer uma das duas.
2) Transitividade (consistência) = preferência de a por b e de b por c, marca a de a por c, obrigatoriamente. (Por isso, nunca as curvas de indiferença nunca se cruzam) (não confundir com a primeira premissa) (princípio da transitividade = as curvas nunca transam = se cruzam) /
(3) princípio da não saciedade ou monotonicidade = quanto mais, melhor / essa é a premissa violada caso as curvas de indiferença se cruzem. Embora elas não se cruzem graças à transitividade
(4) reflexividade = supomos que todas as cestas são pelo menos tão boas quanto elas mesmas. Ou seja, mesmo prazer entre cestas iguais
Escolha racional = completa, transitiva e monotônicas (1,2,3) / algumas questões não mencionam a monotoniciedade / As premissas da monotonicidade, transitividade e completude conferem racionalidade e razoabilidade à teoria do consumidor
Preferências racionais devem atender obrigatoriamente a 1, 2 e 3 = integralidade, transitividade e monotonicidade, segundo Pindyck
Escolha ótima do consumidor
1- Dois elementos que restrigem a escolha do consumidor (R-P)
2- Local da escolha ótima do consumidor (3)
3- reta de restrição orçamentária – significado, fórmula e citar o que gera o deslocamento da sua inclinação e da reta como um todo
Possui dois elementos fundamentais: a restrição orçamentária e as preferências do consumidor
** as curvas de indiferença bem comportadas são CONVEXAS em relação a origem (meia bola) **
A escolha do consumidor se dá no encontro dessas duas variáveis (preferência x restrição) / as preferências servem para delimitar ou constituir um modelo de escolha para formação de uma cesta de bens (x e y) / partindo de preferências bem-comportadas (monotônicas e convexas), a reta de restrição de orçamentária delimita um universo de preferências de acordo com seus preços
** A escolha ótima se situa na curva de indiferença mais longe da origem e no ponto mais central dessa curva, onde a restrição orçamentária toca (tangencia) a curva de indiferença (evitando soluções de canto) **. Nesse ponto, a taxa marginal de substituição é igual ao preço RELATIVO dos bens, formando o ÓTIMO DO CONSUMIDOR
RETA ORÇAMENTÁRIA = A relação entre os preços (Px e Py) define a inclinação da reta orçamentária / ou seja; Px / Py = tg alfa / essa fórmula é IGUAL a taxa marginal de substituição nesse ponto, ou seja, a tangente entre Reta Orçamentária e a Curva de Indiferença do consumidor, significando a maior utilidade possível para o consumo de determinada cesta de bens (x;y), dada a restrição orçamentária
A taxa marginal de substituição (tg alfa) demonstra a capacidade de abrir mão de um bem para consumir o outro em cada um dos pontos da curva de indiferença / a Tmgs varia ao longo da curva da indiferença e se constitui da inclinação ao longo da curva
** a inclinação da reta de restrição orçamentária é igual a taxa marginal de substituição no ponto da escolha ótima, sendo igual ao preço relativo entre os produtos em análise (Px/Py) **
O consumidor está disposto a abrir mão de um bem pelo outro na medida da relação de seus preços
Diferentemente da Curva de Indiferença e da TMgS: O que explica a inclinação negativa da reta de restrição orçamentária é o fato de um consumo maior de um bem implicar obrigatoriamente um consumo menor de outro bem, estando o consumidor limitado pela sua renda (que está representada pela própria reta de restrição orçamentária)
Reta orçamentária está ligado a Renda e sua inclinação é dado por = px / py (preço do bem das abcissas pelo preço do bem das ordenadas)
** É importante lembrar que o que desloca a inclinação dessa reta é o preço, uma vez que a renda desloca TODA a reta para direita ou esquerda **
Portanto, restrição orçamentária são todas as cestas que exaurem a Renda do consumidor (R-> R = restrição, renda) (é a linha reta no gráfico) **
Em uma situação de equilíbrio, limitados renda e preço, o consumidor maximiza sua satisfação. Entretanto, se o consumidor escolher ficar abaixo da linha orçamentária, ele poderá estar satisfeito e não gastará toda a sua renda (certo) (acredito que a questão desconsidere o axioma de quanto mais melhor)
Resposta do professor: Se o consumidor escolher a curva de indiferença que tangencia a restrição orçamentária, ele estará fazendo a escolha ótima, maximizando sua utilidade. Se o consumidor escolher consumir abaixo da restrição orçamentária ele poderá estar satisfeito, visto que pode estar consumindo em um ponto da curva de indiferença, contudo não maximizará sua satisfação. Já os pontos acima da restrição orçamentária são impossíveis, tendo em vista que o consumidor não possui renda disponível para este nível de consumo.
A cesta maximizadora de utilidade deverá satisfazer duas condições:
- Deverá estar sobre a linha do orçamento.
- Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços.
O conjunto de cestas de consumo que o consumidor “pode adquirir” aos preços (p1, p2) e renda m é denominado o conjunto orçamentário do consumidor, ou conjunto de oportunidade (no sentido de que há a oportunidade de consumir as cestas que fazem parte deste conjunto) - é tudo que esta para trás da reta orçamentária no gráfico e não se confunde com a reta em si (esse conjunto tem formato de triângulo)
Em uma escolha de produção ótima, os custos marginais de curto prazo se igualam aos custos de produção de longo prazo. - CERTO
Nos mercados competitivos, a escolha ótima a ser feita por determinado consumidor corresponde à escolha em que a taxa marginal de substituição entre dois bens quaisquer é igual para todos os consumidores – questão certa tps – Umg = Cmg
Se o consumidor escolher a curva de indiferença que tangencia a restrição orçamentária, ele estará fazendo a escolha ótima, maximizando sua utilidade. ** Se o consumidor escolher consumir abaixo da restrição orçamentária ele poderá estar satisfeito, visto que pode está consumindo em um ponto da curva de indiferença, contudo não maximizará sua satisfação **. Já os pontos acima da restrição orçamentária são impossíveis, tendo em vista que o consumidor não possui renda disponível para este nível de consumo.
Efeito PREÇO e suas componentes
1- Dois componentes do efeito preço
2- Sinal do efeito substituição para qualquer modificação (preço x demanda ou quantidade)
3- Efeito substituição e efeito renda sobre a reta orçamentária
4- Três variáveis para analisar o efeito renda
5- Sinal do efeito renda para bens normais e bens inferiores
6- Motivo da demanda dos bens inferiores ser negativamente inclinada
7- Por que os bens de giffen possuem um efeito substituição muito pequeno ?
É constituído por 2 componentes, quais sejam efeito substituição + efeito renda
A decomposição do efeito preço em efeito substituição e efeito renda é atribuída a chamada equação de Slutsky
Efeito Substituição (ES) = é sempre negativo em relação as variáveis: preço x demanda (vão em sentidos opostos), ou seja, contrário ao efeito gerado no preço (se o preço aumenta, ocorre a diminuição da sua demanda por substituição) (as variáveis preço e substituição se relacionam de forma inversa) – ** SEM NENHUMA EXCEÇÃO! ** / o efeito substituição RELACIONA PREÇO E QUANTIDADE demandada (diferente do efeito renda que relaciona renda e demanda) / No efeito substituição o consumidor se desloca ao longo da mesma curva de indiferença, mantendo a taxa de utilidade
Atenção: o efeito substituição é o responsável por rotacionar a reta orçamentária, enquanto a renda gera deslocamentos à esquerda e à direita
O efeito substituição para bens complementares perfeitos é zero e, portanto, a variação da demanda deve-se inteiramente ao efeito renda. Quando os bens são perfeitamente complementares, o efeito substituição é irrelevante.
O efeito substituição é sempre negativo (decorar). Quando o preço de um item diminui, o efeito substituição sempre leva a um aumento na quantidade demandada do item.
Efeito renda = variáveis caminham no mesmo sentido (variáveis: RENDA x demanda), diferentemente do efeito substituição – lembrar que na renda são três variáveis = preço, consumo e renda = se o preço cai, a renda aumenta, o consumo aumenta = ** renda e consumo sempre caminham no mesmo sentido ** / QUANDO O BEM FOR NORMAL, O EFEITO RENDA SEMPRE SERÁ POSITIVO (sempre reforçará o efeito substituição) / aqui o consumidor migra para uma nova curva de indiferença, alterando a utilidade
Já o efeito renda, no caso de bens normais, é positivo, já que o aumento da renda provoca aumento da quantidade demandada do bem, ou ainda, a redução da renda provoca redução na quantidade demanda, ou seja, a quantidade demandada varia no mesmo sentido da variação da renda.
Diversamente para o caso dos bens inferiores, o efeito renda é negativo, um aumento da renda provoca redução da quantidade demanda do bem, ou ainda, uma redução na renda provoca um aumento da quantidade demanda, ou seja, a quantidade demandada varia no sentido contrário da variação da renda.
No caso de bens normais, o efeito renda reforça o efeito substituição (vão no mesmo sentido - decorar).
Contudo, no caso de bens inferiores o efeito renda diverge do efeito substituição. Geralmente o efeito substituição é maior que o efeito renda, assim, na maioria dos bens a curva de demanda é negativa, quando o preço de um bem aumenta, a demanda dele diminui, curva de demanda negativa. Com exceção do bem Giffen, o efeito renda negativo supera o efeito substituição negativo, produzindo a curva de demanda positiva, quando o preço do bem aumenta, a demanda dele aumenta.
Bens inferiores = demanda negativamente inclinada porque o efeito substituição suplanta o efeito renda (no bem de giffen é o contrário)
A predominância do efeito renda (positivo) sobre o efeito substituição (negativo) explica a inclinação negativa da curva de demanda para os bens de Giffen, um tipo de bem inferior. Tal bem constitui a exceção à lei da demanda, pois a inclinação da curva de demanda é positiva, à medida que o preço aumenta, o consumo aumenta. Todos os outros bens inferiores possuem inclinação negativa na curva de demanda, à medida que o preço aumenta, o consumo diminui.
Lembrar que os bens de giffen possuem um efeito substituição muito pequeno, pois são bens essenciais, logo o efeito RENDA (positivo) suplanta o efeito SUBSTITUIÇÃO
Em uma economia com dois bens, um inferior e outro normal, a queda da renda dos consumidores resulta em aumento do preço do bem inferior. - CERTO - Se a renda abaixar, necessariamente a quantidade consumida do bem inferior aumentará e do bem normal será reduzida. A demanda pelo bem inferior, portanto, será maior, o que provocará um aumento do preço desses bens
Considerando o efeito do preço de um bem sobre sua própria demanda, o efeito renda pode exatamente igualar o efeito substituição somente se o bem não for inferior (caso em que o efeito renda será menor que o efeito substituição, exceto se for de giffen) - CERTO
Efeito renda é a variação no consumo de um item ocasionada pela variação do poder aquisitivo, mantido constante o preço do item.
Quando o preço de uma mercadoria cai, ocorre um aumento no seu poder aquisitivo real (renda real) dos consumidores. Quando a renda de uma pessoa aumenta, a quantidade demandada de um produto pode aumentar ou diminuir. Desse modo o efeito renda pode ser negativo ou positivo.
Os efeitos Renda e Substituição consideram a variação da quantidade demandada em relação ao PREÇO do bem e não à renda do consumidor (efeito substituição sempre negativo em relação ao preço do bem e o efeito renda depende do tipo de bem – normal (-), inferior (+)
Sinais dos efeitos substituição e renda
1- Sinal do efeito preço para bens normais e inferiores
2- Sinal do efeito substituição em relação ao preço (sempre)
3- Sinal do efeito renda para bens normais e inferiores (muito importante)
4- Inclinação da demanda para bens normais e inferiores
5- Idiossincrasia do bem de giffen em relação ao efeito preço
1- Sempre negativo
2- Sempre negativo
3- Positivo (bens normais) e negativo (bens inferiores)
4- Sempre negativamente inclinada (exceto bens de giffen)
5- É o único bem cujo o efeito renda é maior que o substituição
O efeito preço é o efeito renda somado com o efeito substituição
O efeito PREÇO é sempre negativo, tanto para bens normais quanto para bens inferiores
Efeito substituição sempre terá o sinal inverso ao do preço em qualquer hipótese
Bens normais = o efeito renda é positivo; (+ renda + consumo) / efeito preço negativo, pois o efeito substituição é maior que o efeito renda / para saber que se trata de um bem normal, é necessário notar que o efeito renda é positivo
Bens inferiores = o efeito renda é negativo; (+ renda – consumo) - condição suficiente para saber que se trata de um bem inferior / assim como bens normais, a demanda por bens inferiores é negativamente inclinada (se aumentar o preço, reduz a quantidade demandada - negativamente inclinada, a exceção a essa regra é o caso dos bens de Giffen)
Bem de giffen é um tipo de bem inferior, em que o efeito renda suplanta o efeito substituição; *** = efeito renda > efeito substituição (não substitui, pelo contrário aumenta ou diminui o consumo) / É o único caso em que o efeito RENDA é maior que o efeito SUBSTITUIÇÃO
Arrematando o raciocínio:
1) se os Efeito Renda e Efeito Substituição apontarem variações distintas no consumo, o bem, obrigatoriamente, será inferior; e se, além disso, Efeito Renda >Efeito Substituição, então, o bem, além de ser inferior, será de Giffen (lembre então que o bem de Giffen é um caso especial do bem inferior)
2) se ES > ER e ER é positivo, o bem é normal
3) se ES > ER e ER é negativo, o bem analisado é inferior, mas não de Giffen (já caiu cespe)
4) Se ER > ES, o bem analisado é inferior e de giffen!
BENS DE GIFFEN
1- Classificação do bem
2- Qual é o efeito maior nesse tipo de bem
3- Equação que representa um bem de giffen
4- Principal variável a que o bem de giffen responde
** Bens de Giffen são bens com grande peso no orçamento, seu comportamento contraria a Lei de Demanda = sua curva de demanda é positivamente inclinada ** (pode ser citado em prova) / é um bem muito inferior e essencial
Os bens de Giffen são bens inferiores cujo efeito substituição é inferior ao efeito renda (renda suplanta a substituição por causa da dependência) – muito importante
No caso dos bens inferiores, o efeito renda é negativo e suplanta o efeito substituição. Assim, para os bens inferiores, o efeito preço é negativo
Observação: o efeito substituição sempre é negativo (sinal contrário a variação do preço), independentemente do tipo de bem
A demanda da equação Q=1+P é representativa de um bem de Giffen, tendo em vista as variáveis quantidades (Q) e preços (P) terem uma relação direta (aumento nos preços, geram aumento nas quantidades)
É importante ressaltar que é possível uma curva de demanda individual ter inclinação positiva (uma mercadoria ser um bem de Giffen para determinado consumidor), mas a curva de demanda de mercado para esse mesmo bem ter inclinação negativa. Por exemplo, o pão pode ser um bem de Giffen para João. Logo, a curva de demanda individual do João terá inclinação positiva. No entanto, se considerarmos um mercado com milhões de consumidores, a curva de demanda de mercado terá inclinação negativa, de modo que um aumento de preço do pão geralmente vai provocar redução nas quantidades demandadas.
Um bem é denominado bem de Giffen se uma redução em seu preço acarretar redução da quantidade demandada - CERTO
Bens de Giffen respondem às variações nos preços e não nas rendas. Ou seja, o bem de Giffen possui elasticidade preço da demanda positiva e não elasticidade renda. Da mesma forma que o bem de luxo, bens de Giffen respondem a preços – NÃO CONFUNDIR
A elasticidade-preço da demanda é negativa, quanto preço e quantidade demandada atuam em direções OPOSTAS. Isto é: quando o bem em questão segue a lei da demanda.
Mas o bem de Giffen não segue a lei da demanda, pois preço e quantidade demandada atuam na mesma direção. Por isso, no caso dos bens de Giffen, a Elasticidade-preço será POSITIVA.
ATENÇÃO = A curva de demanda dos bens de Giffen (pxq) é positiva, já a curva de ENGEL (renda x quantidade) é negativamente inclinada, assim como os demais bens inferiores.
Curva de Engel
1- Duas variáveis envolvidas
2- O que a curva de engel indica em relação ao bem
RENDA X QUANTIDADE = é uma curva de demanda no gráfico de renda do consumidor x quantidade (preço e demais informações = constantes) (muito similar a curva de demanda tradicional, apenas substituindo o “preço” pela “renda” no eixo y) (** sendo que para bens normais ela é positivamente inclinada (já caiu)) (desenhar). Ela indica se o bem é inferior, normal, ou de luxo – gráfico de preço x quantidade
Os bens inferiores tem curva de Engel negativamente inclinada, enquanto para os bens normais a inclinação é positiva – CERTO – gráfico quantidade x renda = bens normais (positivamente inclinado) e bens inferiores (negativamente inclinados)
TEORIA DA FIRMA objetivos, isoquantas e isocustos)
1- Qual o objetivo e otimização da firma
2- Local de custo mínimo da produção
3- O que significa a função de produção de Leontief
4- Nomes dados a “curva de indiferença” e a “taxa marginal de substituição” na teoria da firma
Objetivo da firma = maximizar o lucro / Não confundir com otimização
Otimização da firma = maximizar o produto OU minimizar o custo total
** O custo mínimo de produção é mínimo quando o custo marginal se iguala ao custo médio ** (Custo mínimo = Cmg = Cme) (Verificar gráficos e relações no porão)
O gráfico da curva de custos da Teoria da firma trabalha com o curto prazo, por isso, as variáveis dos eixos são: a produção x um único fator variável (pode ser K ou trabalho por exemplo).
ISOQUANTAS = são curvas que mostram todas as infinitas combinações possíveis de insumos que geram o mesmo volume de produção (similar a curva de indiferença que mostra a satisfação na teoria do consumidor) / são sempre CONVEXAS e negativamente inclinadas (“U”) / os eixos são compostos pelos fatores, por exemplo Kapital e W (trabalho) e a taxa marginal de substituição representa o quanto se abre a mão de um para aumentar o outro, mantendo a utilidade (teoria do consumidor) ou a produção (teoria a firma) constantes! / NUNCA se cruzam / NÃO podem ter uma inclinação ascendente jamais / taxa marginal de substituição DECRESCENTE, demonstra a dificuldade de substituição de um fator pelo outro / ** Evidentemente, para uma mesma quantidade produzida, se aumentar a quantidade de um fator de produção, a quantidade do outro fator tem que ser reduzida, daí a declividade negativa da isoquanta ** / as isoquantas (teoria da firma) possuem as mesmas propriedades matemáticas das curvas de indiferença (teoria do consumidor) / o mapa de produção é uma família de isoquantas
A isoquanta está para a curva de indiferença assim como a teoria do produtor está para a teoria do consumidor. Tanto a isoquanta como a curva de indiferença tem o mesmo formato: são convexas em relação a orígem.
Isoquantas de bens substitutos = As funções de produções (isoquantas) para substitutos perfeitos não são convexas, mas RETAS PARALELAS com taxa marginal de substituição constante (capital e trabalho podem ser substituídos sem crise) / Se o aumento do preço de um dos bens produz aumento na quantidade demandada do outro, é porque ambos são bens substitutos ou concorrentes no consumo
Isoquanta para bens comp”L”ementares (função de produção de proporções fixas ou função de produção de Leontief) = exige uma combinação ESPECÍFICA para cada nível de produção (devem ser adicionadas proporções fixas de insumos para se elevar o nível). Por isso, possuem função de produção em “L” / “L”eontief = curva em “L” = compLementares perfeitos / importante lembrar que nesse caso, a taxa marginal de substituição é igual a zero (só se pode produzir com uma combinação fixa de fatores = por exemplo, precisa de 1 operador e de 1 motoserra ao mesmo tempo para executar o serviço) / matematicamente a tmg será zero ou infinita
Na função de produção do tipo Leontief, as proporções de insumos são sempre fixas, independentemente dos preços dos insumos - CERTO
Isoquantas de bens substitutos e complementares são exceções à regra e NÃO RESPEITAM A LEI DOS RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES!
Qualquer ponto em uma isoquanta = mesma utilidade (teoria do consumidor) e mesmo nível de produção (teoria da firma) / Quando as isoquantas são em formato de L, não se determina o valor da TMgST. No trecho vertical do L, ela será igual a infinito (pois a variação de L = 0); já no trecho horizontal, ela será igual a zero (pois a variação de K = 0).
Lembre-se Taxa Marginal de substituição = delta K / delta L / Se os fatores de produção são substitutos perfeitos (usa-se um, ou usa-se o outro), as isoquantas são retas inclinadas paralelas, com TMgST constante. *** VTC / Preço bem A aumenta, Demanda bem B aumenta = bens substitutos / As próprias isoquantas podem indicar se há rendimento crescente, constante ou decrescente de escala. Se, à medida que aumentamos a produção em proporções iguais, o espaço entre as isoquantas é igual, então, temos rendimentos constantes de escala
Linha de isocustos = Todas as combinações possíveis de trabalho e capital que podem ser adquiridas mediante dado custo / é uma linha reta similiar a taxa marginal de substituição na teoria do consumidor / toca a curva de isoquanta em um único ponto / As curvas de isocusto descrevem as combinações de insumos de produção que custam o mesmo montante para a empresa / O fato de a isoquanta tangenciar a linha de isocusto mais baixa possível é consistente com a hipótese de minimização de custos (questão certa cespe) / Caso a sindicalização dos trabalhadores de determinada indústria se traduza em salários mais elevados, isso modificará a inclinação da linha de isocusto para as firmas que compõem essa indústria / A inclinação de uma linha de isocusto será sempre a relação entre os preços dos fatores de produção, ou seja, -w/r. w é a remuneração do trabalho (salário) e r é a remuneração do capital (juros). Se w aumenta, a inclinação da reta muda
Ganho de escala técnica ou tecnológica = um aumento dos fatores de produção podem gerar um ganho de produtividade total na produção. Exemplos: setor siderúrgico e construção de fornos enormes, ou seja, há ganhos de escala por uma escolha de escala mínimo de produção.
Em uma firma que opera com capital constante no curto prazo, aumento na quantidade de trabalho faz que o produto marginal e o produto médio do trabalho cresçam e depois tendam a cair. Nesse processo, enquanto o produto médio cresce, o produto marginal é maior que o médio; e, enquanto o produto médio diminui, o produto marginal é menor que o produto médio. - CERTO (vide gráficos de produtos - teoria da firma)
Ao se tratar de isoquantas, supoe-se que estamos no longo prazo, ou seja, todos os insumos são variáveis. No entanto a aplicabilidade da lei dos rendimentos marginais decrescentes restringe-se aos casos de curto prazo (pelo menos 1 insumo é fixo).
Lei dos rendimentos marginais decrescente (David Ricardo): à medida que aumentamos o uso de determinado fator de produção, mantendo-se os outros insumos de produção constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional resultante começa a decrescer
Máximização do Lucro ou da Receita:
1) concorrência perfeita e Oligopólio de Bertrand: Rmg = P
2) Demais modelos: Rmg = Cmg
Se o preço for igual ao custo médio, não haverá lucro. Afinal, o lucro por unidade é justamente o preço menos o custo médio.
Com relação ao gráfico do produto marginal esse cresce até atingir um pico e a partir daí começa a decrescer até chegar zero, passando a ser ineficiente produzir. Essa inflexão do gráfico do produto marginal é o momento em que passa a valer a Lei dos rendimentos marginais decrescentes
A maximização do produto (otimização) ocorre quando o produto marginal é igual a zero (gráfico toca o eixo x), esse é o ponto gráfico mais alto da curva de produto total (momento em que se para de contratar)
Uma combinação de fatores de produção só pode levar a um único nível de produção - CERTO - caso contrário seria um absurdo produtivo, pois isoquantas nunca se cruzam
Rendimentos crescentes de escala x Economia de Escala
1- Principal diferença entre rendimentos e economias (de escala)
RENDIMENTOS = INSUMOS
ECONOMIAS = CUSTOS
A longo prazo, interessa analisar as vantagens e desvantagens de a empresa aumentar sua dimensão, seu tamanho, o que implica demandar mais fatores de
produção. Isso introduz o conceito de rendimentos ou economias de escala.
Teoria do Consumidor = economias e deseconomias de escala
Teoria da firma = rendimentos crescentes e decrescentes!
Observação: Para o professor do Nabuco, rendimentos e economias de escala são termos intercambiáveis
Os Rendimentos de escala, conceito do longo prazo, não se confundem com Rendimento marginais decrescentes, situação em que um fator de produção varia e o outro é fixo - CURTO PRAZO PARA ECONOMIA (teoria da firma)
Rendimentos de escala (conceito do longo prazo) é uma variação de todos os fatores de produção e seu impacto no produto.
Rendimentos de escala crescentes: a produção mais do que dobra quando as quantidades de todos os insumos são dobradas (Rendimentos = INSUMOS) /
Economias de escala: é quando a firma consegue dobrar a produção sem dobrar os CUSTOS (ganha eficiência e preço) (associar a palavra “economia de escalas” a “custos”) / conforme o produto cresce, o custo médio da produção tende a cair até certo ponto (fábrica de cartões de visita e quantidade de cartões) (economias = CUSTOS)
NÃO CONFUNDA ECONOMIAS DE ESCALA COM RENDIMENTOS DE ESCALA! = as economias estão relacionadas ao custo de produção: quando a produção dobra, os custos menos que dobram. Os rendimentos estão associados à quantidade produzida: quando os insumos dobram, a produção mais que dobra (Michelle Miltons)
Se os fatores de produção são utilizados conjuntamente (proporção fixa), as isoquantas são em formato de “L” (ângulos retos paralelos) *** VTC
As teorias clássicas e neoclássicas do comércio internacional mostram-se insuficientes para explicar padrões atuais de comércio global, em que predomina, entre os países desenvolvidos, o comércio intraindústria, isto é, com trocas entre o mesmo setor produtivo. Observando essa tendência e a incapacidade de explicá-la com base na perspectiva dos clássicos e neoclássicos, economistas como Krugman desenvolveram novas teorias, que levam em conta a presença de economias de escala e de concorrência imperfeita.
Lei dos rendimentos decrescentes
1- Condição essencial para validade da lei
2- Diferença em relação aos rendimentos de escala
faz parte do estudo do curto prazo ***. Vimos que no curto prazo, apenas um fator de produção varia, enquanto o outro permanece constante.
Neste contexto, a lei dos rendimentos decrescentes afirma que a medida que aumentamos o fator de produção variável, a produção cresce a taxa cada vez menores. – NÃO CONFUNDIR COM LONGO PRAZO (Lei dos rendimentos decrescentes = diminuição do produto marginal do fator que é adicionado)
Observação: Os Rendimentos de escala, conceito do longo prazo, não se confundem com Rendimento marginais decrescentes, situação em que um fator de produção varia e o outro é fixo - CURTO PRAZO PARA ECONOMIA.
Rendimentos de escala (conceito do longo prazo) é uma variação de todos os fatores de produção e seu impacto no produto.
Economias de escopo (apenas ler)
1- Definição de economia de escopo
Segundo o livro de Microeconomia, Pindyck & Rubinfeld, as economias de escopo encontram-se presentes quando a produção conjunta de uma única empresa é maior do que as produções obtidas por duas empresas diferentes, cada uma produzindo um único produto, com equivalentes insumos de produção alocados entre elas.
Nessa esteira, o conceito de economia de escopo não restringe a certo tipo de mercado, assim, no monopólio natural é possível, sim, que haja economias de escopo.
Já vi outras questões confundindo economia de escopo com economia de escala.
Economias de escala: Situação em que a produção pode ser dobrada quando o custo não chega a dobrar.
Economias de escopo: Ocorrem quando a produção conjunta de uma única empresa é maior do que aquilo que poderia ser produzido por duas empresas diferentes; ou, alternativamente, a produção conjunta de uma única empresa tem custo menor do que poderia ser produzido por duas empresas diferentes.
(CESPE / MS 2010) Em uma firma com rendimentos de escala crescentes, se as quantidades de todos os insumos forem dobradas, então a produção mais do que dobrará. Em uma firma com economia de escala, para se dobrar a produção, não é preciso dobrar os custos - CERTO
Atenção: apenas o monopolista NATURAL tem custos médios e marginais decrescentes e economias de escala de forma permanente!
Elasticidade cruzada de demanda
1- definição
2- significado do sinal da elasticidade cruzada (positivo e negativo)
A elasticidade preço cruzada da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de uma mercadoria que decorre da variação de 1% no preço de outra mercadoria.
** A elasticidade cruzada é positiva no caso de bens substitutos e negativa no caso de bens complementares (decorar) **
Delta Qx / Delta Py vezes Py / Qx (similar a fórmula da elasticidade da demanda)
O resultado positivo indica bens substitutos (também chamado de sucedâneos)
Negativo = bens complementares (já caiu cespe - decorar)
Igual a zero = bens independentes
Dois bens são considerados substitutos se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona um aumento (ou redução) na quantidade demandada do outro. Portanto, o preço de um bem e a demanda de seu substituto são diretamente (ou positivamente) relacionados.
Dois bens são considerados complementares se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona uma redução (ou aumento) na quantidade demandada do outro. Portanto, o preço do bem e a demanda do seu complementar são inversamente (negativamente) relacionados.
Aumentos nos preços de bens substitutos deslocam a curva de demanda de um bem ou serviço para a DIREITA (diminuições deslocam para esquerda).
Elasticidade preço da demanda
1- definição
2- significado dos três resultados possíveis da elasticidade
3- Sinal da elasticidade para bens normais e bens de giffen
4- Fórmula da elasticidade preço da demanda
5- 3+ fatores que influenciam a elasticidade preço da demanda
A elasticidade preço da demanda é definida como a variação PERCENTUAL na quantidade dividida pela variação percentual no preço
A elasticidade-preço da demanda tem implicações práticas muito Importantes = Os produtores obtêm informações valiosas sobre o impacto das mudanças de preços em suas vendas
Seu resultado pode ser assim interpretado:
E > 1 = Demanda elástica em relação ao seu preço
E < 1 = Demanda inelástica em relação ao seu preço
E = 1 = Demanda unitária em relação ao seu preço e RT é máxima
Se o bem obedece a lei da Demanda, a elasticidade de preço da demanda sempre será negativa, dado que o aumento do preço reduz a quantidade, relação inversa entre as variáveis. Todavia, esse sinal pode ser ignorado e trabalhamos, apenas, com o valor absoluto da elasticidade
OUTROS CASOS:
Se a oferta de um bem tiver elasticidade zero em relação ao preço, a demanda determinará unicamente o preço de equilíbrio da transação *** = se a oferta tiver elasticidade zero em relação ao preço, significa que o preço não tem nenhum impacto na oferta. Ou seja, a quantidade ofertada será sempre a mesma = oferta perfeitamente inelástica ou anelástica = reta vertical no gráfico pxq = não há qualquer sensibilidade da oferta em relação à variação de preços = a qualquer preço, a quantidade oferta é a mesma, ou seja, variações na demanda só alteram o preço para mais ou para menos, sem alterar quantidades = exemplo: metais preciosos.
Observação: A elasticidade-preço, em regra, é negativa, pois as variáveis preço e quantidade demandada são inversamente relacionadas. No caso do bem de Giffen, como as variáveis são positivamente relacionadas, a elasticidade-preço será naturalmente positiva.
Calculando a Elasticidade preço da demanda
Sua fórmula é a calculada através da variação percentual da quantidade sobre a variação percentual do preço / atenção pois a Elasticidade preço da demanda é sempre dada em módulo e a questão pode tentar lhe confundir
Para encontrar a porcentagem:
variação percentual da Quantidade = Quantidade demandada final - quantidade demandada inicial dividido pela quantidade inicial
Faça a mesma coisa com o preço e depois divida os resultados para achar a Epd
Fatores que influenciam a elasticidade preço da demanda:
1- Comportamento do consumidor (preferências pessoais = você pode ser mais elástico ou menos elástico dependendo do bem que estamos tratando)
2- grau de substitutibilidade dos bens (mais bens substitutos, maior a elasticidade)
3- essencialidade (quanto mais essencial, mais preço-inelástica a demanda)
4- horizonte temporal considerado = em geral, somos mais elásticos no longo prazo (não aumentamos a internet imediatamente após travar)
5- peso no orçamento = menor peso, menor elasticidade
Bens que têm pequena participação no orçamento tendem a ter uma demanda inelástica em relação ao preço. – CERTO
Na hipótese de uma elasticidade-preço da demanda infinitamente elástica, uma redução de preços levará a uma quantidade demandada ilimitada, ao passo que um aumento de preços levará a uma quantidade demandada igual a zero – CERTO - No caso de uma demanda infinitamente elástica, a curva de demanda é horizontal, de modo que uma redução de preços leva a um aumento infinito da quantidade demandada. O contrário ocorre no caso de aumento de preços.
** A variação da elasticidade-preço da demanda varia NÃO só pela inclinação da curva (coeficiente angular da equação da demanda), mas também por causa do preço e quantidade em cada ponto. Conforme mudam preços e quantidades, a elasticidade mudará. **
Um aumento no imposto sobre o consumo de um bem com demanda perfeitamente preço-elástica e oferta preço-inelástica terá incidência apenas sobre o bem-estar dos produtores, pois os consumidores somente adquirem o bem a um preço único de equilíbrio – CERTO TPS 2023
Elasticidade renda da demanda
1- Três classificações dos bens segundo resultado da elasticidade renda da demanda
E > 1 Bem superior
0 < E ≤ 1 Bem normal (aumento da renda gera aumento no consumo -> por isso, positiva)
E < 0 Bem inferior
Atenção: 54. (Cespe/Unb Analista do Executivo SEGER/ES 2013) Um bem é considerado inferior se a queda do preço do bem gera redução da quantidade demandada. – ERRADO - Um bem é considerado é inferior se a queda da RENDA gera redução da quantidade demandada.
ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA X BENS DE LUXO
Durante as expansões econômicas, a demanda por viagens e alimentação em restaurantes aumenta numa proporção maior do que a demanda por alimentos consumidos em casa. A elasticidade-renda da demanda nos informa sobre o comportamento da demanda quando a renda muda. Durante as expansões econômicas, a renda aumenta. Então o comportamento da demanda viagens e alimentação em restaurantes e da demanda por alimentos consumidos em casa durante as expansões, com o aumento da renda, depende da elasticidade renda da demanda.
Bens que os consumidores consideram como necessidades, como alimentos consumidos em casa, geralmente, têm baixa elasticidade-renda da demanda e bens que os consumidores consideram como supérfluos geralmente têm alta elasticidade-renda da demanda. Assim, quando a renda aumenta, a demanda por viagens e alimentação em restaurantes aumenta numa proporção maior do que a demanda por alimentos consumidos em casa.
ELASTICIDADE
1- Definição e fórmula
2- Tipo de mercado com elasticidade da demanda infinita
3- Três possibilidades que a elasticidade demonstra sobre o bem
4- Três fatores que determinam a elasticidade da demanda DA EMPRESA
Elasticidade equivale a SENSIBILIDADE entre variáveis / relaciona sempre DUAS variáveis, sendo a variação percentual da quantidade sempre em cima (numerador) / elasticidade significa sensibilidade e mede o quanto uma variável pode ser afetada por outra = é a divisão percentual do EFEITO sobre a CAUSA / Elasticidade-preço da demanda = é a sensibilidade da demanda em relação à variação percentual do preço
Elasticidade = medida prática para compreender a interação entre oferta e demanda / calcula a resposta de compradores e vendedores às MUDANÇAS nas condições de mercado
Epd = delta QUANTIDADE (%) sobre delta PREÇO (%)= variação da quantidade em porcentagem (sempre) sobre a variação percentual do preço (tudo em módulo)
DELTA Q / DELTA P VEZES
Lembre-se sempre de que no numerador teremos sempre a variação percentual das quantidades, seja qual for o tipo de elasticidade. Inclusive na Elasticidade Cruzada da Demanda = delta quantidade do bem x (%) sobre delta preço do bem y (%)
Alta elasticidade = “curvas deitadas” (em tese), pois matematicamente, a extremidade superior de uma curva de demanda em linha reta mostrará uma elasticidade maior do que a extremidade inferior. A Elasticidade de uma reta começa infinita e acaba em zero. O ponto médio de uma reta é uma elascitidade unitária (=1).
Elasticidade infinita = Demanda horizontal = concorrência perfeita = demanda infinitamente elástica = sensível à variação de preços, ou seja, aumentos de preços geram grandes quedas nas receitas
Demanda vertical = demanda completamente inelástica = elasticidade preço da demanda igual a zero = exemplo: remédios sem substitutos = demanda pouco ou não sensível à variação de preços = aumento de preços geram aumento de receitas / Para uma curva de demanda vertical, a relação delta Q/ delta P é zero / Como a quantidade demandada é a mesma, não importando o preço, o delta Q é zero. Sendo o numerador zero, a relação delta Q/ delta P também é zero.
Elasticidade ** PREÇO ** da demanda mostra se o bem é elástico, inelástico ou anelástico
Elastidade ** RENDA ** da demanda mostra se o bem é normal (0 < Erd < 1), de luxo ou superior (>1), inferior (<0) ou perfeitamento inelástico ou anelástico (igual a zero = Isto é, a demanda permanece constante, independente de qualquer alteração na renda do consumidor, também chamados de bens de consumo saciado = sal de cozinha e pimenta) / Observação: Para um bem de consumo saciado, o aumento da renda não aumentará a demanda pelo bem.
** Elasticidade Cruzada da Demanda = delta quantidade do bem x (%) sobre delta preço do bem y (%) = o resultado maior que zero indica bens substitutos (aumento no preço Y, gera elevação na quantidade X), menor que zero indica bens complementares. Serão bens independentes se a elasticidade cruzada da demanda for igual a zero. Dois bens serão complementares se a elasticidade-preço cruzada é negativa. **
ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA
Se o módulo da variação percentual da quantidade (NUMERADOR) for maior do que o módulo da variação percentual do preço (DENOMINADOR), a demanda é preço-elástica, ou seja, maior que 1 (demanda muito sensível a variações no preço) – nesse caso a receita total segue o movimento das quantidades
Se for igual a um = elasticidade unitária
Se o módulo da variação percentual da quantidade (NUMERADOR) for menor do que o módulo da variação percentual do preço (DENOMINADOR), a demanda é pouco elástica (menor que 1) em relação ao preço ou inelástica (igual à zero) (demanda pouco sensível a variações no preço) – nesse caso a receita total segue o movimento dos preços
A elasticidade relaciona-se com a Receita total (RT) = Q x P (demandas elásticas = um aumento do preço, reduz a receita total)
Elasticidade-RENDA da demanda indica se o bem é superior (>1), normal (0 < E ≤ 1) ou inferior (<0) /
Elasticidade preço-CRUZADO da demanda = indica se o bem é substituto (>1), complementar (<1) ou independente (=0)
*** A elasticidade da demanda DA EMPRESA é determinada por 3 fatores:
1) elasticidade demanda do mercado (delimita o limite inferior da curva de demanda da empresa, é um limitador do poder de monopólio);
2) o número de empresas com grandes fatias de mercado (mais empresas, menos poder de monopólio, maior a elasticidade);
3) e a interação entre as empresas (se concorrem entre si ou fazem conluio podem gerar muito ou pouco poder de monopólio) *** VTC!!!
POLÍTICA DE PREÇO MÍNIMO X ELASTICIDADE
Os preços mínimos são utilizados muitas vezes pelos governos para garantir as rendas dos agricultores, porém criam no longo prazo grandes excedentes não desejados de produção agrícola, ainda que no curto prazo a produção varie pouco.
Quando o governo fixa um preço mínimo acima do preço de equilíbrio de mercado, ocorre um excesso de oferta ***. Os excedente criado será tanto maior quanto mais elástica for a curva de oferta, para uma dada curva de demanda.
No curto prazo a curva de oferta agrícola é geralmente inelástica, dado que a produção está sujeita aos limites da área plantada e demais recursos produtivos bem como a períodos específicos de plantio e colheita, o que faz com que a produção varie pouco.
No longo prazo porém, a oferta agrícola é mais elástica e a produção pode aumentar bastante como resposta ao aumento de preço, tanto porque a área plantada pode aumentar como porque pode ocorrer a incorporação de novas tecnologias, como o uso de fertilizantes ou pesticidas.
CURVAS DE CUSTOS (microeconomia)
1- Composição dos dois eixos das curvas de custos
2- Quatro curvas de custos
3- Ponto em que o Custo Marginal corta as duas curvas de custo médio
4- Ponto em que há o custo MÍNIMO de produção
Gráfico custo (eixo y) x produção ou quantidade (eixo x)
4 curvas de custo: Custo marginal, custo total médio, custo variável médio e custo fixo médio
A curva de Cmg intercepta a curva de custo médio no seu ponto de MÍNIMO *** (já caiu ipsis litteris) / A área ACIMA da curva de custo marginal mede os custos médios.
Sempre que o custo marginal for inferior ao custo médio, a curva de custo médio apresentará declínio
Sempre que o custo marginal estiver acima do custo médio, a curva de custo médio apresentará elevação
** O custo mínimo de produção é mínimo quando o custo marginal se iguala ao custo médio **
*** Só deve encerrar suas atividades no curto prazo quando, ao igualar a Rmg ao Cmg, o preço for inferior ao custo variável médio (P)
O chamado estágio racional de produção inicia-se quando o custo marginal atinge o mínimo da curva de custo variável médio, o chamado ponto de fechamento.
No longo prazo, o custo médio de uma empresa AUMENTA pelas DESECONOMIAS de escala existentes. ( No longo prazo, um aumento na produção da firma leva a um aumento em seu custo total médio, gerando uma deseconomia de escala).
A curva de custo médio tem o formato de U porque quando a produção aumenta os custos fixos médios caem e os custos variáveis aumentam.
OUTRA FORMA DE VER A COISA (QCONCURSOS):
- A curva de custo marginal (CMg) é um ímã das curvas de custo total médio (CTMe) e custo variável médio (CVMe).
> Se a curva de CMg está abaixo dessas outras, ela as “puxa” para baixo, ou seja, as curvas de CTMe e CVMe são decrescentes quando a curva de CMg está abaixo delas.
> Se a CMg está acima delas, ela as “puxa” para cima, ou seja, as curvas de CTMe e CVMe são crescentes quando a curva de CMg está acima delas.
- Quando a curva de CMg encontra essas outras curvas, elas não serão nem crescentes, nem decrescente, mas sem inclinação, o que significa que elas alcançaram seu valor mínimo
CONCORRÊNCIA PERFEITA
1- Citar 5+ de 8 características da Concorrênica Perfeita
2- 5 variáveis que são iguais nesse mercado
3- Uma idiossincrasia desse mercado
4- Inclinação da curva do setor em concorrência perfeita
5- Como é a curva de oferta da empresa individual em concorrência perfeita ?
6- Definição de mercado contestável (teoria da Baumol)
1) Atomicidade,
2) perfeito conhecimento (plena informação)
3) produto homogêneo (sem diferenciação)
4) livre mobilidade dos fatores de produção (ausência de barreiras)
5) agentes price takers
6) livre entrada e saída de empresas (permeabilidade)
7) Associar ao mercado de commodities
8) Inexistência de externalidades
Para configurar mercado de concorrência perfeita para o CESPE é obrigatório haver essas 4 características: atomicidade, produto homogêneo, plena informação e ausência de barreiras
Em determinado mercado, a existência de grande número de compradores e vendedores, a homogeneidade dos produtos e a existência de informação completa acerca do preço do produto são requisitos insuficientes para a classificação desse mercado como de concorrência perfeita – CERTO – faltou ausência de barreira
** Receita média = preço = receita marginal (Exclusividade dessa estrutura) = linha horizontal = curva de demanda individual da firma = custo marginal
** P = Rme = Rmg = Cmg = Custo Total Médio ** [no longo prazo] ** (5 variáveis)
- Única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita marginal. Consequentemente, o ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando o preço é igual ao custo marginal (P=Cmg); / Longo prazo Rmg=Cmg=P=Rme=Cme
** Somente na concorrência perfeita, o preço equivale ao custo marginal (idiossincrasia) ** No monopólio, para que ocorra lucro máximo, a receita marginal é que equivale ao custo marginal e o preço está em um patamar acima da Rmg e do Cmg (lucros exorbitantes)
Em concorrência perfeita, o equilíbrio da firma, definido no ponto em que a receita marginal se iguala ao custo marginal, só é válido como ponto de maximização de lucros se o custo marginal for crescente - QUESTÃO CERTA CESPE - A questão está certinha. O ponto de maximização de lucros na concorrência perfeita exige que o CUSTO MARGINAL seja CRESCENTE. Se o custo marginal for decrescente, estaremos no ponto de prejuízo máximo / Decore isso: Rmg = P = Cmg –> sendo Cmg crescente / A questão está correta porque considera os dois pontos em que a RMg intercepta o CMg. O ponto usual em que ambas se interceptam é quando o custo marginal se igual ao custo marginal, ponto em que o custo marginal é decrescente, entretanto essas curvas também se interceptam, em um nível baixíssimo de produção, e por ser baixa a produção o custo marginal ainda é crescente.
A receita média é constante pois é igual ao preço / A receita marginal também é fixa porque as empresas são price takers
Não há peso morto!
No curto prazo, pode ter lucro ou prejuízo, basta observar o custo total médio em relação ao custo marginal (Se o Cmg for decrescente = prejuízo) / Em curto prazo, o equilíbrio pode ocorrer com a firma obtendo lucro extraordinário, lucro normal ou prejuízo econômico
longo prazo = lucro econômico igual a zero (abrange o custo de oportunidade) / No curto prazo, a firma competitiva continua operando desde que o preço de mercado seja superior ao custo variável médio
Na concorrência perfeita o que é horizontal é a CURVA DE DEMANDA individual da firma (perfeitamente elástica)
Importante: A curva DO SETOR para a concorrência perfeita é, conforme as demais, decrescente (relação negativa entre preço e quantidade), assim como a curva de oferta é positiva. A curva horizontal diz respeito a curva de demanda INDIVIDUAL DO PRODUTOR (OU DA EMPRESA) - perfeitamente elástica, pois o preço é dada pelo mercado.
A produção do setor em concorrência perfeita corresponde a soma horizontal das curvas de oferta das empresas individuais
As empresas em mercados perfeitamente competitivos devem escolher seu nível de produção de tal forma que seu custo marginal seja igual ao preço. Essa é uma regra para a determinação do nível de produção, mas não do preço (que é dado pelo mercado)
CURVA DE OFERTA DA EMPRESA INDIVIDUAL NA CONCORRÊNCIA PERFEITA
A curva de oferta da empresa corresponde à curva de custo marginal em seu trecho ascendente, a partir do ponto mínimo da curva de custo variável.
A firma maximiza seus lucros quando Rmg = Cmg
A firma continuará operando quando P > Custo Variável Médio. Caso o preço seja menor do queo CVMe mínimo, a empresa deverá encerrar suas atividades
Dessa forma, em termos totais, temos que RT = Custo variável total Abaixo desse ponto, o empresário, se agir racionalmente, e na falta de maiores perspectivas futuras, deveria fechar as portas.
No curto prazo, a curva de oferta coincide com a curva de custo marginal, a partir do ponto em que o preço é igual ao custo variável médio mínimo = parte ascendente da Cmg (daí a regra de encerramento) [essa é a regra da curva de oferta da empresa competitiva INDIVIDUAL)
CURVA DE OFERTA NO LONGO PRAZO
Curva de oferta de longo prazo (momento em que os custos são constantes e iguais para todas as firmas) = a curva de oferta é uma reta horizontal. No entanto, Quando a demanda aumenta, há inicialmente aumento no preço e as empresas aumentam a produção. Mas a entrada de novas empresas causa deslocamento para direita da oferta do setor, até que o preço original seja obtido (auto regulação)
A curva de oferta de LP em setor de custo crescente é ascendente. Quando a demanda aumenta, há aumento no preço e as empresas aumentam a produção. A entrada de novas empresas causa deslocamento para direita da oferta do setor. Mas como os preços dos insumos aumentam, o novo equilíbrio ocorre a um preço maior que o inicial.
Deve-se observar a diferença entre setor de custo constante, crescente ou decrescente. Se a questão especificasse isso, o resultado poderia ser diferente:
Setor de Custo constante = a oferta passa a ser horizontal no longo prazo
Setor de Custo crescente = a oferta é positivamente inclinada
Setor de Custo decrescente = a oferta é anômala e negativamente inclinada = O setor de custo decrescente nós estudamos em economia internacional, que é o que ocorre quando o conjunto de firmas apresenta vantagens junto aos fornecedores, e há economias externas. Neste caso, haverá uma “anomalia”: a curva de oferta do setor será negativamente inclinada.
CURVA DE OFERTA (RESUMO MICHELLE MILTONS):
Curto Prazo = A curva de oferta de curto prazo corresponde à curva de custo marginal a partir do ponto em que esta cruza a curva de custo variável médio em seu ponto mínimo.
Longo prazo = o nível de produção que maximiza os lucros é aquele em que o custo marginal no longo prazo é igual ao preço. A curva de oferta de longo prazo corresponde ao trecho da curva de custo marginal acima do ponto mínimo da curva de custo médio (positivamente inclinada)
aumento de preços de um insumo de produção em Concorrência Perfeita = provoca o deslocamento da curva de custo marginal para esquerda, aumentando o preço do produto e reduzindo o nível de produção da empresa.
CASOS EXTREMOS:
Oferta Perfeitamente Inelástica = pleno uso da capacidade instalada
Oferta Perfeitamente elástica = custos marginais constantes
** No longo prazo, a empresa possui lucro CONTÁBIL, mas não lucro ECONÔMICO ou extraordinário
A ESCOLHA DO NÍVEL A SER PRODUZIDO É BASEADA NA IGUALDADE ENTRE O PREÇO E O CUSTO MARGINAL.
O excedente do produtor pode ser conceituado como a diferença entre o preço de mercado de uma mercadoria e o custo marginal de sua produção. O excedente corresponde à área situada acima da curva de oferta de um produtor e abaixo do preço de mercado. O excedente do produtor está relacionado com o lucro, mas não é igual a ele. No curto prazo, o excedente do produtor é igual à receita menos o custo variável, ou seja, ao lucro variável. Assim, no curto prazo, quando os custos fixos são positivos, o excedente do produtor é SEMPRE maior que o lucro.
O lucro positivo nessa estrutura de mercado atrai empresas ao setor. Haverá um deslocamento da curva de oferta do setor, o que reduzirá preços e aumentará as quantidades comercializadas
Se o setor está em equilíbrio competitivo de longo prazo, três condições devem ser satisfeitas:
1) Todas as empresas do setor estão maximizando lucros - isso significa que o preço é igual ao custo marginal (as 5 variáveis estão em pé de igualdade)
2) Inexistência de estímulo por parte de qualquer empresa para entrar ou sair do mercado, pois todas estão com lucro econômico zero;
3) O preço do produto é tal que a quantidade ofertada pelas empresas do setor se iguala ao volume demandado pelos consumidores
Uma empresa perfeitamente competitiva tem apenas uma decisão importante a tornar— qual quantidade produzir - uma vez que o preço é determinado pela oferta e procura nessa estrutura (price takers). Uma vez que:
Lucro = Receita Total - Custo total
Lucro = Preço (já determinado) x quantidade - custo médio x quantidade produzida
Isso implica que a empresa enfrenta uma curva de demanda perfeitamente elástica para seu produto — os compradores estão dispostos a comprar qualquer número de unidades de produtos da firma ao preço de mercado. Quando a empresa perfeitamente competitiva escolhe qual quantidade produzir, essa quantidade—juntamente com os preços prevalecentes no mercado para produtos e insumos— determinará a receita total da empresa, custos totais e, finalmente, nível de lucros.
A escolha da quantidade produzida nessa modalidade relaciona-se ao local gráfico em que a receita total excede o custo total pela maior margem.
** Portanto, a quantidade a ser produzida será o local onde os lucros de uma empresa perfeitamente competitiva serão maximizados—ou as perdas serão as menores—no ponto de quantidade de produção onde a receita total excede os custos totais pela maior margem, ou onde o total das receitas for menor que os custos totais pela menor margem **
A curva de demanda perfeitamente elástica representa um mercado de concorrência perfeita. Quanto mais inelástica a curva de demanda maior o poder de mercado de mercados imperfeitos. Monopólio e Oligopólio.
Um mercado contestável (teoria da Baumol) é aquele em que as firmas, mesmo que poucas e grandes (oligopólios e monopólios), se comportam como se estivessem em concorrência perfeita. Portanto, se essas firmas agem como se estivessem em concorrência perfeita, então elas praticam preço igual a custo marginal, de forma que há eficiência no mercado.
Um mercado contestável (Baumol) é aquele em que há concentração de ofertantes (oligopólio e monopólio), mas no qual há uma grande e real ameaça externa. Nesse caso, é possível que os custos e os preços tendam ao patamar de mercado perfeito, sem que haja desestabilização do mercado concentrado.
Segundo a Teoria dos mercados contestáveis (de Baumol), estruturas concentradas, com poucas firmas ou mesmo uma só tendem a se comportar de modo mais competitivo quando o mercado que operam apresente poucas barreiras à entrada e à saída de novas firmas no mercado. A teoria pressupõe que, seja em
estruturas e oligopólio ou monopólio, as empresas serão cada vez mais competitivas quanto menor forem as barreiras, (custos fixos elevados, regulamentação governamental, etc).
Monopólio
1- Características em relação ao número de empresas, substitutos e barreiras
2- Curva de demanda e de oferta
3- Local de operação do monopolista na curva de demanda
4- Ponto em que a receita é MÁXIMA
5- O que mede o índice de Lerner e como ele é calculado
6- 3 Políticas públicas possíveis para monopólios
7- Três exemplos de monopólios
8- 3 características dos monopólios naturais
Uma única empresa produtora / Não há substitutos próximos / Existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
** Por ser o único ofertante do produto, o monopolista tem uma curva de demanda que é a própria demanda de mercado **
São PRICE MAKERS (ao contrário da Concorrência Perfeita)
O Monopólio não possui curva de oferta, pois há uma discriminação de preços (nuvem de pontos) = busca conhecer as preferências para absorver o shadow price de cada consumidor (discriminação de preços de 1º, 2º e 3º grau) / a captura de dados na internet é uma forma de capturar o excedente do consumidor (redes sociais são oligopólios)
Comportamento rent-seeking, também chamado de captura de renda (investimentos para buscar manter lucros e vantagens [posição dominante], e não incentivar a produção ou desenvolver tecnologias)
A curva de demanda individual no monopólio é a própria demanda de mercado ** / Curva de demanda e de Rmg negativamente inclinada, sendo uma metade da outra
Lucros extraordinários (P > Rmg = Cmg)
No monopólio tende a haver mark-up positivo, uma vez que a maximização de lucros do monopolista ocorre com preço maior que o custo marginal
Existência de peso-morto = estrutura ineficiente economicamente (exceto o perfeitamente discriminador de preços [1º grau], uma vez que eficiência é P = Cmg = Rmg)
Receita média = Preço (assim como na Concorrência Perfeita)
EPD maior ou igual a 1 (ELÁSTICA) = o monopolista só opera na zona elástica de demanda (começo da curva = local do ponto ótimo), uma vez que esse local permite maiores receitas, produzindo menos (explora a coptação do excendente do consumidor). Na parte elástica é possível aumentar o preço, sem aumentar a quantidade na mesma proporção, gerando maiores receitas até que se chegue na zona inelástica da curva da demanda e esse aumento pode não mais compensar (ponto ótimo)
Quanto mais inelástica for a curva de demanda da empresa, maior o poder de monopólio (embora o monopolista atue na parte ELÁSTICA da curva inelástica)
NÃO possui curva de OFERTA
A curva de demanda do monopólio começa elástica, iguala-se a 1 e torna-se inelástica.
** A situação de Cmg = Rmg (lucro máximo), não se confunde com o ponto de RECEITA MÁXIMA, que é aquele em que a Receita Marginal é igual a ZERO! **
Para questões algébricas, é fundamental lembrar que a curva de receita marginal possui metade da inclinação da demanda e, portanto, do coeficiente linear (Rmg = -0,04Q + 120) da curva de demanda (D = -0,02Q + 120)
Também é mister lembrar que o Custo Marginal (Cmg) é o coeficiente linear da função de Custo total (CT = 60Q + 25000). Aqui temos que o Cmg é igual a 60!
O poder de mercado do monopolista, ou seja, sua capacidade de influenciar no preço, pode ser medido pelo índice de Lerner e é inversamente proporcional à elasticidade preço da demanda.
Considerando o Índice de Lerner de Poder de Mercado de Monopólio, uma empresa com alta elasticidade preço da demanda terá mais poder de mercado / a maximização de lucros de uma empresa monopolista é alcançada em um ponto da curva de demanda em que o preço é maior que o custo marginal.
Políticas públicas reativas ao monopólio:
- Regulamentação de preços máximos;
- Legislação antitruste;
- Estatização de monopólios privados.4
- Políticas de taxação
5.Criação de Agências Reguladoras
Observação: preço predatório é a prática de estabelecer preços que excluem a concorrência e desencorajam novas empresas a entrar no mercado, de tal modo que sejam obtidos lucros maiores no futuro. A legislação antitruste, além de procurar defender a concorrência, também impede a prática do chamado preço predatório
O monopolista escolherá produzir quando a receita marginal for igual ao custo marginal. Além disso, definirá o nível de produção na porção elástica da curva de demanda. Depende, portanto, de ambas as variáveis.
O preço no monopólio deve ser no mínimo igual ao Custo médio. Isso torna a operação “empatada” (sem lucro econômico). Não confundir com igualar ao custo marginal, pois este é extremamente baixo para os monopolistas e geraria sua falência (vide gráficos de custos)
A solução de regulação de um monopólio natural exige que o monopolista aproxime o preço do custo médio (e não do custo marginal).
Mesmo com tais problemas, há situações em que o monopólio pode ser legítimo, ou até mesmo a única estrutura possível para a oferta de um produto:
1) Monopólios naturais (água, esgoto, eletricidade) = A solução comum para esses casos é o Estado tomar para si a produção desses bens ou regular a atuação das firmas privadas, por meio de agências reguladoras.
** no monopólio NATURAL, a empresa tem custos médios e marginais sempre decrescentes e economias de escala de forma permanente **
2) Monopólios por patentes e direitos intelectuais = concedido pelo Estado com o intuito de promover a inovação em setores-chave, como o farmacêutico e de tecnologia de informação e comunicação (presença de elevados custos irrecuperáveis e altos custos fixos). A duração desse monopólio é limitada. Após, o desenvolvimento do novo medicamento, o custo marginal tende a ser muito baixo, sendo necessário, portanto, que a patente conceda um monopólio temporário à empresa de modo a recuperar os altos valores investidos.
3) Monopólio da Segurança Nacional = segurança e jurisdição = a precificação dos serviços é virtualmente impossível de ser feita, o que faz com que o Estado tome para si a execução e se financie por meio de tributos. Nesse caso, não há como falar de ineficiência em relação ao fornecimento em concorrência perfeita, uma vez que a determinação do equilíbrio fica prejudicada pela impossibilidade de definir preços em tais atividades.
Também são chamados de caso dos bens públicos, que, devido às suas características de não rivalidade e não exclusividade, tendem a não ser providos, devido ao fenômeno dos “free-riders”. Nesses casos, uma possível solução é o monopólio estatal para garantir que o bem seja provido de modo adequado.
No que tange à atuação estatal em situações de monopólio, para além dos casos já descritos de concessão de patentes e de bens públicos, o Estado pode atuar para diminuir a ineficiência de alguns monopólios e os efeitos negativos sobre os agentes econômicos. Em um caso tradicional de monopólio, o Estado pode obrigar o monopolista a igualar o preço ao custo marginal, o que aproximaria o monopólio de uma situação de concorrência perfeita, diminuindo os efeitos negativos do monopólio sobre os consumidores.
No caso do monopólio natural, essa solução poderia ser inviável, uma vez que os custos marginais são baixos. Nesse caso, o Estado pode obrigar o monopolista a igualar o preço ao seu custo médio, o que também pode diminuir eventuais ineficiências econômicas sobre os agentes econômicos.
Monopólio Natural
1- Definição
2- 3 características principais
3- Preço mínimo possível no monopólio natural (idiossincrasia)
Empresa que pode produzir para TODO O MERCADO a um custo menor ao que existiria caso houvesse várias empresas (surge quando há grandes economias de escala)
Custo médio e custo marginal sempre declinando. Além disso, há economias de escala permanentes.
Para o monopólio natural, a curva de custo médio será decrescente, indicando que o aumento de produção irá sempre reduzir o custo médio
** Uma empresa é considerada monopólio natural quando apresenta economias de escala, custo médio e custo marginal decrescentes, para toda a produção **
Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade / há presença de economias de escala na produção
O principal fator que distingue o monopólio natural do monopólio puro é que, no monopólio natural, uma única empresa consegue operar com custos unitários menores do que os que prevaleceriam, caso mais de uma empresa operasse no setor.
O preço no monopólio deve ser no mínimo igual ao Custo médio. Isso torna a operação “empatada” (sem lucro econômico). Não confundir com igualar ao custo marginal, pois este é extremamente baixo para os monopolistas e geraria sua falência (vide gráficos de custos)
Atenção: apenas o monopolista NATURAL tem custos médios e marginais decrescentes e economias de escala de forma permanente!
Em setores caracterizados como monopólios naturais, o nível de produção competitivo, embora eficiente no sentido de Pareto, não é lucrativo - CERTO
O fornecimento de mais de um tipo de serviço em regime de monopólio natural permite que se realizem economias de escopo (junção de empresas para produção de um bem)
No monopólio natural o curto marginal fica sempre abaixo do custo médio. A fixação do preço igual ao custo marginal pelo regulador, resulta em prejuízo para a empresa monopolista, pois com esse preço a empresa não cobre os custos médios.
No monopólio natural, a empresa NÃO pode atuar no nível de produção competitivo (ÓTIMO DE PARETO)! Motivo:
A eficiência alocativa ocorre quando P=CMg. No caso do monopólio natural, a curva de demanda encontra o custo marginal (P=CMg) num ponto abaixo do custo médio (P=CMg < Custo total médio), resultando em prejuízo para a firma monopolista. Assim, se o preço fosse fixado em P=CMg e a quantidade produzida fosse a produção competitiva e eficiente, a empresa teria prejuízo e abandonaria a indústria.
Índice de Lerner
1- Principal função do índice
2- Duas fórmulas possíveis
Mede o poder de monopólio (ou poder de mercado) = proporção em que o PREÇO supera o CUSTO MARGINAL
** Índice de Lerner (L) = P – Cmg dividido por P OU 1 dividido Epd **
Varia entre 0 e 1 = Concorrência perfeita é igual a zero / quanto mais próximo de um, maior o grau de monopólio
Poder de monopólio não se confunde com altos LUCROS, que por sua vez está ligado aos custos
DECORAR = 1 SOBRE A ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA = índice de Lerner
Observação: O markup guarda relação direta com o poder de monopólio, ou seja, quanto maior o markup, maior o poder de monopólio e vice-versa. Isso ocorre pois quanto maior o markup, maior será o preço do monopolista / o markup é igual ao preço dividido pelo Custo Marginal / A diferença entre o preço de mercado em monopólio e a custo marginal da firma é o markup (do inglês marcar acima).
O markup (diferença entre preço e custo marginal) relaciona-se INVERSAMENTE com a elasticidade-preço da demanda = Maior elasticidade = Menor mark-up = para qualquer estrutura:
O markup do monopolista tende a ser menor quanto mais elástica for a demanda, sendo que se essa for perfeitamente elástica, o preço será igual à solução de concorrência perfeita.
Na concorrência perfeita, a elasticidade preço da demanda é infinita e o preço é igual ao custo marginal, sendo o mark-up igual a zero
Formas de captação do excedente do consumidor pelo produtor
1- Diferenciar as três formas de discriminação de preços
Discriminação de preços de primeiro grau (ou perfeita) = monopolista cobra o preço que o consumidor está disposto a pagar (preço de reserva) = Pareto eficiente = não há perdas = excedente do produtor é máximo e total = monopólio eficiente = não há peso morto = paga mais quem esta disposto
Segundo grau = desconto por quantidade + a condição de sucesso para discriminação de segundo grau é que consumidores que compram grandes quantidades tenham demandas relativamente mais elásticas do que os consumidores que compram pequenas quantidades
Terceiro grau = venda em pacote = divide os consumidores em curvas de demandas diferentes, cobrando diferentes valores de cada grupo = duas embalagens diferentes para vender para dois públicos) (tarifas aéreas, carteira de estudante e idosos, alimentos congelados e frescos) = viajante de primeira classe, paga o preço independentemente do valor
Não esquecer: A fixação de preços (discriminação) NÃO guarda relação com a Demanda e o seu tamanho, mas sim a sua elasticidade (cobra-se mais daqueles que tem elasticidade menor).
Concorrência Monopolística (também chamada de mercado de produtos diferenciados ou competição monopolística)
1- 3 características principais relativas ao número de empresas, produto e barreiras
2- Formato da Curva de Demanda
3- Posição do preço nesse mercado
4- gráfico da Concorrência Monopolística
1) Grande número de empresas (contra intuitivo),
2) produto diferenciado,
3) não há barreiras - livre entrada e saída de empresas
Produtos heterogêneos *** = principal e primeira diferença da Concorrência perfeita) (altamente substituíveis = elasticidade cruzadas da demanda grande)
Não confundir com substitutos perfeitos = elasticidade cruzada da demanda infinita = Aqui são bens substitutos, mas não perfeitos!
No longo prazo, a competição monopolística caracteriza-se por lucros zero, ainda que persista o poder de monopólio, pois a livre entrada e saída de firmas faz cessar os lucros. Porém, permanece o problema da escala de produção não ser eficiente.
Curva de demanda elástica e negativa (entre a CP e o MONOPÓLIO) com pouquíssima inclinação (bastante “deitada”) = alta elasticidade de demanda = produtos altamente substituíveis devido a inúmeros produtos substituíveis
** No longo prazo¸o preço é igual ao custo médio (lucro normal e zero) - Ou seja, a situação de equilíbrio de longo prazo da concorrência monopolística é similar à da concorrência perfeita e tende a zero **
Porém, na concorrência perfeita, o equilíbrio ocorre com o custo médio mínimo possível (ponto de mínimo da curva de Cme); na concorrência monopolística, o equilíbrio de longo prazo não acontece com o custo médio mínimo. Isso indica que nesse ponto, a concorrência monopolística trabalha com capacidade ociosa / Aqui, o Preço é sempre maior que o Cmg = ineficiente economicamente
Exemplo: lojas de roupas (muitas firmas, muitos compradores, porém o produto é diferenciado, cada loja possui o monopólio da sua marca)
Importante: Pode-se dizer, então, que na concorrência monopolística o equilíbrio de longo prazo é ineficiente no sentido de Pareto (Preço > Custo Marginal). O lucro tende a zero como na concorrência perfeita, mas o seu custo médio não é o mínimo.
O gráfico da Concorrência Monopolística é idêntico ao do monopólio, com demanda negativamente inclinada e receita marginal próximo da metade da inclinação
No curto prazo, o mercado de concorrência monopolística comporta-se como o de monopólio. Ambos maximizam lucros quando receita marginal iguala o custo marginal, e podem ter lucros positivos, negativos ou nulos. Já no longo prazo o produtor em concorrência monopolista tende a comportar-se como de concorrência perfeita, obtendo lucro nulo
Na competição perfeita, o preço é igual ao custo marginal, porém, na competição monopolítica, o preço ULTRAPASSA o custo marginal. Gera-se, assim, peso morto. Nos dois tipos de mercado, a entrada de novas empresas ocorre até que os lucros tenham sido reduzidos a zero.
Além disso, a curva de demanda horizontal da concorrência perfeita cruza a curva de custo médio em seu ponto mínimo. Na competição monopolística isso não ocorre, cruzando-se a esquerda do ponto médio mínimo.
No curto prazo, o mercado de concorrência monopolística comporta-se como o de monopólio. Ambos maximizam lucros quando receita marginal iguala o custo marginal, e podem ter lucros positivos, negativos ou nulos
Já no longo prazo o produtor em concorrência monopolista tende a comportar-se como de concorrência perfeita, obtendo lucro nulo - CERTO
Oligopólio
1- Característica do produto, preço, atitudes individuais dos agentes e barreiras
2- Definição do Equilíbrio de Nash
3- Nome do Oligopólio com equílibrio similar a Concorrência Perfeita e posição em relação ao preço
4- Definição do Oligopólio de Cournot e de Stalckeberg
5- Duas exigências para formação do Cartel
Produtos similares ou idênticos (diferente da concorrência monopolística) /os preços e a atitudes individuais levam em consideração a atitude de cada uma das outras firmas = por isso, há rigidez de preços (receio de guerra entre os oligopólios) / produtos diferenciados ou não / barreiras à entrada = grandes investimentos, economias de escala, patentes, tecnologia / Conluio = oligopólio lucra igual ao monopólio / normalmente = lucros intermediários (entre o monopólio e a CP) / há peso morto /
Equilíbrio de Nash: cada empresa está fazendo o melhor que pode em função daquilo que os concorrentes estão fazendo / é um equilíbrio NÃO cooperativo, pois cada empresa toma as
decisões visando obter o maior lucro possível, dadas as ações dos concorrentes.
Oligopólio de Bertrand = equilíbrio igual a concorrência perfeita (já caiu) = No duopólio de Bertrand, o preço pago pelas firmas é igual ao custo marginal / O modelo de Bertrand é um modelo de oligopólio no qual as empresas produzem uma mercadoria homogênea, cada uma delas considera que o preço de sua concorrente é fixo e as empresas decidem simultaneamente qual o preço será cobrado / No modelo de competição oligopolista de Bertrand, o preço de equilíbrio é IGUAL ao preço obtido em concorrência perfeita, já que se trata de um oligopólio economicamente eficiente (P = Cmg).
Oligopólio de Cournot = competição simultânea via quantidades (não cooperativa e não conlusiva)
Stackelberg = liderança de quantidades = a empresa líder toma atitude sobre sua QUANTIDADE que NÃO é replicada pelas empresas seguidoras (mais fracas)
Oligopólio + conluio = cartel = monopólio = OPEP = deve contar com poder de monopólio = capacidade de uma empresa de fixar o preço de seu produto acima do custo marginal de produção / 2 exigências para a cartelização = demanda inelástica + grande controle sobre a produção - caso isso não ocorra, a oferta dos produtores que não fazem parte do cartel não pode ser elástica ao preço / A rigidez de preços é explicada, exclusivamente, pelo dilema dos prisioneiros (teoria dos jogos) e pelo desejo das empresas de evitar concorrências de preço mutuamente destrutivas.
O cartel é um acordo SEMPRE explícito entre empresas oligopolistas para estabelecer preços acima do custo marginal e obter lucros semelhantes ou iguais aos de um monopólio. Mas empresas que pretendem maximizar lucros através da coalizão não necessariamente realização acordos explícitos. Poderão estabelecer a chamada conduta paralela, que é uma forma implícita de coalizão na qual uma empresa
segue consistentemente as atitudes tomadas por outra
Considerando a teoria dos jogos na análise de um duopólio, uma vez no equilíbrio cooperativo com a formação de cartel, ambas as firmas têm incentivo a burlar e aumentar seus lucros, o que pode ser contornado se o jogo for repetido infinitamente – CERTO – Inicialmente, há incentivo para as empresas do cartel burlarem o acordo e alterar seu preço para ganhar mais. A vantagem de burlar será desfeita pela retaliação um do outro. No entanto, segundo a teoria dos jogos, repetindo isso infinitamente ambos aprendem que não burlar é a melhor opção, pois ambos perdem no longo prazo, optando pela estabilidade do cartel.
Três mercados com eficiência econômica e ótimo de Pareto
1- Citar os três mercados
2- Definição de ótimo de Pareto e suas duas fronteiras
3- definição Curva de Possibilidades de Produção (CPP)
Concorrência Perfeita, monopólio com discriminação perfeita de preços e oligopólio de Bertrand
Ótimo de Pareto = é IMPOSSÍVEL melhorar a situação de um, sem piorar para alguém (máximo do bem-estar social)
Definição CESPE para ótimo de pareto = No
ótimo de Pareto, a economia está na fronteira de possibilidades de produção (teoria da firma) e na fronteira de possibilidades de utilidade (teoria do consumidor) , simultaneamente, pois os preços funcionam como sinal de escassez para as empresas e de utilidade social para os
consumidores.
A Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também chamada de Curva de Transformação, é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a tecnologia. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados / a CPP é uma curva em formato de meia bola com os eixos
Dois pontos sobre a curva de possibilidades de produção são igualmente eficientes, independentemente da relação de preços existente na economia (questão certa CESPE) - Esse ponto eficiente não é alterado por mudanças nos preços da economia e nem pela quantidade de bens produzida na economia.
4 FALHAS DE MERCADO
1- Citar 4 razões para as falhas de mercado
2- qual é o ponto de produção eficiente ?
3- definição de externalidades
4- duas formas de resolver externalidades (Teorema e Imposto)
Os mercados competitivos apresentam falhas devido a quatro razões básicas: poder de mercado, informações incompletas, externalidades e bens públicos = não permitem a alocação ótima
O nível de produção eficiente seria aquele em que o preço do produto fosse igual ao custo marginal social (CMgS) da produção, que é a soma do custo marginal (CMg) com o custo marginal externo (CMgE) da externalidade negativa.
Em outras palavras, o custo marginal externo é igual a diferença entre o custo marginal social e o custo marginal. A produção eficiente seria aquela que iguala o preço ao custo marginal social.
CmgE = CmgS - Cmg
Externalidades: são as ações de agentes que
influenciam outros produtores ou consumidores, mas não são levados em consideração na fixação do preço de mercado. Se resultarem em benefícios, serão positivas e, se em malefícios, serão externalidades negativas
Outra definição: Externalidades ocorrem quando um agente econômico se envolve em uma atividade que provoca impacto no
bem‑estar de um terceiro, que não participa dessa ação, sem pagar nem receber nenhuma compensação pelo impacto
provocado
Externalidade podem ser positivas (benefício social) ou negativa (custo social não internalizado pelo agente)
Bens produzem externalidades positivas nos casos em que os benefícios sociais marginais ultrapassam os benefícios marginais privados / Mesmo nos mercados afetados por externalidades positivas, há alocação ineficiente de recursos (falhas de mercado)
Tanto os bens públicos como as externalidades geram falhas de mercado, ou seja, situações em que o livre mercado não provirá a quantidade adequada destes bens. Então o Estado pode melhorar os resultados do mercado, seja regulando estes mercados ou sendo responsável pela provisão direta destes bens
O Teorema de Coase afirma que as externalidades podem ser resolvidas, desde que não haja custos de transição (benefício seja maior que os custos). Prega a solução PRIVADA para externalidade, buscando o ótimo social / Na falha de soluções privadas para as externalidade (Teorema de Coase), procede-se a regulamentação (proibição), Imposto de Pigou (imposto para externalidades negativas), subsídios, licenças negociáveis entre empresas /
Portanto, COASE e PIGOU = solução para externalidades (metáfora da Tragédia dos Comuns) = privada e pública (tributo), respectivamente!
Tragédias do comuns (conceito) = explicação do problema = Quando um recurso de propriedade comum é acessível a todos, o recurso é usado de forma excessiva, acima do nível eficiente, pois os ** custos marginais externos ** não são levados em conta e cada um pode fazer uso do recurso até que se esgote
No caso das externalidades positivas, além da provisão direta (como no caso de bens como educação e saúde), o Estado pode subsidiar sua produção pelo setor privado (subsídios de Pigou). E no caso de externalidades negativas,
o Estado pode tributar o setor privado para que haja a internalização da externalidade (impostos de Pigou) ou regulamentar a atividade (proibições, limites de produção ou de emissão de poluentes, etc.)
PROVISÃO DIRETA - SUBSÍDIO DE PIGOU - IMPOSTO DE PIGOU - REGULAMENTAÇÃO = Soluções para externalidades
Seleção adversa
1- definição
2- momento de ocorrência em relação a celebração do contrato
3- dois exemplos de seleção adversa
É uma assimetria Pré-Contratual (ex-ante a celebração do contrato) / A seleção adversa diz que os bons pagam pelos maus / um outro exemplo para ajudar: a taxa de juros do banco é alta em função dos mal pagadores, e com isso os bons pagadores são prejudicados (poderiam ter taxas bem melhores)
É um problema econômico que ocorre quando produtos de diferentes qualidades são vendidos sob o mesmo preço em virtude da assimetria de informações / forma de falha de mercado que ocorre quando, por causa das informações assimétricas, produtos de diferentes qualidades são vendidos a um preço único; dessa maneira, vendem-se inúmeros produtos de baixa qualidade e pouquíssimos de alta qualidade (Exemplo: Mercado de carros usados, seguro de saúde – solucionado pela diferenciação de preço por idade e da informação assimétrica)
Situações em que empresas de planos de saúde firmem contratos com clientes que não informam que possuem doenças preexistentes e, por isso, estão mais propensos a utilizar os serviços do plano são caracterizadas como situação de seleção adversa.
Risco moral
1- definição
2- momento de ocorrência em relação ao contrato
3- um exemplo
Risco moral (em inglês, moral hazard) se refere à possibilidade de um agente econômico mudar seu comportamento de acordo com os diferentes contextos nos quais ocorrem as transações econômicas. Está diretamente relacionado à ideia de ** informação assimétrica ** - situação na qual uma parte na transação possui mais informações, ou informações mais seguras, que a outra
decorre de comportamento ex post , ou seja, assumido por indivíduo segurado que toma atitude de risco por saber-se coberto (ATITUDE DEPOIS DE CONTRATADO, ao contrário da seleção adversa) / O valor elevado da franquia cobrado dos indivíduos que contratam seguros de automóveis pode ser justificado pela existência do risco moral / O valor elevado da franquia busca minimizar o “risco moral”
SEGUROS:
- No momento da contração e pagamento do seguro - seleção adversa.
- No momento de estipular o prêmio visando a coibir o uso incorreto - risco moral
Rivalidade e exclusão de Bens
1- Classificar os bens privados, recursos comuns, monopólios naturais e bens públicos segundo rivalidade e exclusão
2- caracterizar a eficiência em relação ao benefício marginal e o Cmg
(1) Bens privados = excludentes e rivais
(2) recursos COMUNS = rivais e não excludentes = acabam, mas não se pode evitar seu consumo em tese (exemplo: peixes do mar)
(3) Monopólios naturais = excludentes e não rivais, como as rodovias com pedágio = pode-se excluir usuários, mas não acabam
(4) Bens Públicos = o custo marginal (Cmg) de provê-los para um consumidor adicional é zero (não rival), e as pessoas não podem ser excluídas de seu consumo
** A eficiência é alcançada quando o benefício marginal e o custo marginal são iguais entre si **
Um bem público é ofertado eficientemente quando a soma vertical das demandas individuais é igual ao custo marginal de sua produção
Em suma:
Não excludente e não rival = bem público
Não excludente e rival = bem comum
Excludente e não rival = monopólio natural
Rival e excludente = bem privado
Bens públicos
1- definição de não rival e dois exemplos
2- nome dado aos que desfrutam dos bens públicos sem pagar
3- classificação dos bens meritórios ou semi públicos
4- definição do imposto Lindahl
É um caso particular de externalidades (falha de mercado = não alcança eficiência econômica)
Não rivais = também chamado de não DISPUTÁVEL / o seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade (iluminação pública, asfalto, justiça, segurança, defesa nacional, oxigênio, transporte público antes de estar lotado) / ** A não rivalidade também significa que o custo marginal de prover o bem para um consumidor adicional é nulo ** / Ou seja, depois que o bem público é produzido ou posto à disposição da população, não há custo adicional se houver aumento de seu consumo por parte da população. Um bem é não rival quando, para qualquer nível específico de produção, o custo marginal de sua produção é zero para um consumidor adicional ***
A lista de bens públicos é muito menor do que a de bens oferecidos pelo governo / O fato de um bem ser público não guarda relação com quem os produz, mas sim com os atributos da não rivalidade e não exclusividade
A falha de mercado que existe na produção dos bens públicos decorre do fato de que é impossível determinar o real benefício que cada indivíduo desfrutará do seu consumo, logo, é inviável determinar de forma totalmente justa o preço (imposto) que cada um pagará. Aqueles que desfrutam dos bens públicos sem pagar são os free-riders ou caronas (a não exclusão não permite sua existência como bens privados)
Os serviços de saúde são considerados bens meritórios (ou semi-públicos). Ou seja, não são bens públicos puros. Por exemplo, no Brasil, os serviços de saúde são não excludentes (todos têm direito, sem distinção), porém a não rivalidade ocorre somente até certo ponto (até atingir a lotação dos hospitais = COVID)
Bens meritórios ou semi públicos são providos pelo Estado, embora possam ser providos pelo setor privado, por gerarem altos benefícios sociais e externalidades positivas (EXEMPLO = ESCOLAS E HOSPITAIS PRIVADOS) – Corretos – são bens não excludentes e rivais / Outro ponto relevante é que os serviços de saúde não apresentam custos marginais de produção igual a zero (somente bens totalmente não rivais apresentam custo marginal igual a zero). Ou seja, para ofertar um serviço adicional de saúde (uma cirurgia, um leito, ou uma consulta), é necessário incorrer em custos adicionais (pagamento de remédios, médicos, materiais cirúrgicos, etc.)
Meio ambiente genericamente falando: bem público puro
Fauna, flora, caça, pesca, água: não podem ser considerados bens públicos puros, pois a “não rivalidade” é comprometida.
Observação: O imposto Lindahl é uma forma de tributação concebida por Erik Lindahl em que os indivíduos pagam pelos bens públicos de acordo com seus benefícios marginais. Em outras palavras, eles pagam de acordo com a quantidade de satisfação ou utilidade que derivam do consumo de uma unidade adicional do bem público
1- Regra de Maximização ou equilíbrio do consumidor (pareto) ***
O ponto ótimo (ou maximização ou equilíbrio) do consumidor é obtido quando o custo de uma unidade adicional do bem se iguala ao benefício proporcionado pelo consumo desta unidade adicional, ou seja, quando o CUSTO MARGINAL é igual à UTILIDADE MARGINAL
** Cmg = Umg = ótimo do consumidor **
Essa regra também é chamada pareto, maximização do bem-estar, equilíbrio do consumidor, etc.
Efeito do Câmbio artificial no Comércio Internacional
1- cinco efeitos da atuação da China com câmbio subvalorizado fixo artificial e expansão monetária dos EUA nos países em desenvolvimento
China (Câmbio subvalorizado fixo artificial) + EUA (expansão monetária e quantitative easing) -> valorização da moeda de países emergentes pela entrada de dólares -> queda na competitividade das economias em desenvolvimento no comércio internacional -> desincentivo às exportações -> redução do saldo da balança comercial -> déficits -> necessidade de exportar mais ganhando menos -> alterações estruturais no comércio mundial no longo prazo, gerando “reprimarização” -> moeda valorizada gera a quebra da indústria nacional pelas importações acentuadas -> aumento do protecionismo para se proteger, queda do multilateralismo, a fim de reequilibrar a balança comercial, proteger a indústria e evitar a “reprimarização”
3 funções da URV (6)
Neutralizar a inércia da inflação +
Retomada do equilíbrio dos preços relativos + Restauração a função de unidade de conta da moeda
Foi substituída pelo “real” em 1994 / hiperindexador = proposta LARIDA / a transparência norteou a ação do governo, que diariamente anunciava a desvalorização da URV em relação à moeda em circulação, de modo a mostrar à população o real valor dos bens
A unidade real de valor (URV), criada em fevereiro de 1994 como unidade de conta, passou a ser meio de pagamento em julho desse ano, mudando em seguida de nome para real.
3 FUNÇÕES DA POLÍTICA FISCAL DO GOVERNO - EAD
1- Citar três funções da política fiscal
2- Duas taxas combatidas pela função estabilizadora
3- Três formas de atuação do governo na função alocativa
Na política fiscal, o governo atua Governo atua por meio de arrecadação de impostos e gastos. Quanto maiores os impostos, menor a renda disponível e menor o consumo (começar pela definição)
no âmbito das políticas fiscais, o governo tem três funções: Alocativa, Estabilizadora e Distributiva
FUNÇÃO ESTABILIZADORA - função de combater as altas taxas de desemprego e inflação. Consiste na implementação de políticas econômicas com o objetivo de alcançar um nível de atividades compatível com taxas de desemprego e inflação estáveis e mais baixas possíveis; / manutenção ou aumento da demanda nos momentos de queda ou crise = busca pela manutenção estabilidade, pleno emprego e renda (aumento do PIB) / Estabilizadora = desemprego e inflação = influência na demanda agregada em busca de ESTABILIDADE
FUNÇÃO ALOCATIVA *** - é aquela em que o Estado atua no sistema de mercado suprindo, melhorando, complementando ou corrigindo seu funcionamento / função de ofertar bens públicos (rodovia e segurança), semi-públicos ou meritórios (educação e saúde) e Regulação (defesa da concorrência, externalidades, controle do monopólio natural, informação assimétrica, etc.)
Essa função consiste em:
a) determinar o tipo e a quantidade de bens públicos ofertados;
b) calcular o nível de contribuição de cada contribuinte
O controle eficaz das fronteiras de um país é considerado um bem público típico, sendo não rival e não excludente. A oferta desse tipo de serviço é caracterizada tipicamente como o exercício da função alocativa (questão certa CESPE). Justificativa: O controle eficaz das fronteiras de um país é considerado um bem público porque quando ele existe, eu e você somos beneficiados sem que um terceiro indivíduo deixe também de usufruir desses benefícios (não rival). Além disso, o controle eficaz das fronteiras beneficia todos os indivíduos, independentemente de eles contribuírem para esse benefício ou não (não excludente)
A função alocativa do governo é caracterizada como sendo a ação estatal que complementa a ação do mercado na alocação de recursos. Refere-se ao fornecimento de bens públicos / A função alocativa complementa o mercado e corrige falhas como externalidades, economias de escala por meio de monopólios e bens públicos – atuam onde o mercado não tem interesse ou de difícil controle
FUNÇÃO DISTRIBUTIVA - Quando o sistema de mercado não gera a distribuição de renda considerada justa pela sociedade. Consiste em: a) Transferência de renda para os mais pobres (Ex. Bolsa família); b) Cobrança de maiores impostos dos mais ricos; c) Subsídios aos bens/serviços utilizados pelos mais pobres (Ex. alguns tipos de medicamentos) / impostos, transferências e subsídios (exemplo: seguridade social)
Observação: A eficiência econômica distributiva corresponde à eliminação de ganhos não competitivos com o objetivo de permitir a maximização do excedente do consumidor em determinado mercado. - QUESTÃO CERTA - Quando se fala em eficiência distributiva, relaciona-se com o conceito de economia do bem estar, diferentemente da eficiência de Pareto (conceito estritamente econômico).
EXERCÍCIOS IS-LM-BP (apenas ler)
Exercícios sobre política fiscal ou monetária (expansionista/contracionista), devem informar 3 condições: mobilidade de capitais (perfeita ou imperfeita)para fazer a inclinação do BP e o tipo de câmbio
Todo exercício deve começar da seguinte forma:
1) Desenhar o gráfico: taxa de juros (i) x renda (y)
2) Desenha IS e LM se cruzando (IS decrescente e LM crescente)
3) ** Desenha curva BP mais ou menos inclinada a depender de baixa ou alta mobilidade de capitais (alta mobilidade de capital = BP quase horizontal) (baixa mobilidade = BP quase em pé) **
4) Assinalar qual lado é o déficit e qual lado é superávit da curva BP *** (Superávit normalmente acima e a esquerda)
5) A partir dessa construção, começar a atuar com as variáveis que o exercício mandar (LM para direita ou esquerda, IS para direita ou para esquerda)
Observação: ** Quando o exercício não falar se a mobilidade de capitais é alta ou baixa, deve-se desenhar a curva do BP horizontal (alta) **
Fazer o que exercício pede e avaliar o que acontece: com a renda (y) (aumento ou queda) -> se aumentar, aumenta as importações (não esquecer)
Avaliar também o que acontece com a taxa de juros (i) (aumenta ou queda) -> se aumentar, entrada de capitais (ou fuga se diminuir)
Em seguida, parte-se para os efeitos sobe a base monetária (LM), ao se avaliar que tipo de câmbio a questão trata (fixo ou flutuante)
Também deve-se analisar o novo equilíbrio sob a lógica de superávit ou déficit no BP
Considere que o referido país esteja em recessão e seja uma economia aberta, com câmbio flutuante e mobilidade de capitais forte, porém não perfeita. Nesse caso, de acordo com o modelo IS-LM-BP, a implementação de uma política fiscal expansionista, para tentar impulsionar a atividade econômica, seria eficaz – CERTO - Apesar de depender da inclinação da BP em relação à LM, a política fiscal sempre será eficaz com mobilidade imperfeita (ou seja, ela sempre será capaz de impactar a renda da economia) / decorar: câmbio flutuante a política fiscal SÓ é ineficaz com perfeita mobilidade de capitias (MOMO), passando a ser EFICAZ com baixa mobilidade ou sem mobilidade! / ** A relação FiFi/Momo só serve para Perfeita mobilidade de capitais ** / Decorar:
1) Perfeita mobilidade de capitais: relação FiFi/Momo
2) SEM mobilidade de capitais: câmbio fixo (fiscal e monetária) = ineficaz / câmbio flutuante (fiscal e monetária) = eficaz
3) alta/baixa mobilidade de capitais: tudo eficaz, menos C.Fixo-Monetária
Num regime de câmbio flexível e perfeita mobilidade de capitais, a política fiscal contracionista não terá efeito sobre o produto, mas levará a um aumento do saldo comercial – CERTO – a PFC gera um deslocamento da IS para esquerda, onde a taxa de juros e o produto são menores. A taxa de juros inferior gera saída de capitais, gerando desvaloriação da moeda doméstica, o que impulsiona o saldo comercial (aumenta exportações), seguido de deslocamento da IS para a posição inicial. Como o câmbio é flexível, o banco central não atua na compra ou venda.
Em situação de perfeita mobilidade de capitais e regime de câmbio fixo, será o nulo o efeito líquido sobre a base monetária de uma compra de títulos domésticos no mercado aberto pelo Banco Central – CERTO – a compra de títulos é uma política monetária expansionista que move a curva LM para direita, gerando maior produto e taxa de juros. A taxa de juros maior expulsa capital (perfeita mobilidade de capitais) e para que a moeda não desvalorize (já que o câmbio é fixo), o BACEN terá que vender dólares para mante-la no mesmo patamar, fazendo com que a LM volte ao ponto original.
Países com regimes cambiais mais flexíveis tendem a ter maiores perdas, em termos de produto e emprego, do que países com regimes de câmbio fixo, diante de fugas de capital. - ERRADO
A fuga de capitais gera necessidade de compra pelo Banco central (curva BP sobe) (não há desvalorização), deslocando a curva LM para esquerda pela venda de reservas internacionais para manutenção do câmbio fixo, onde a taxa de juros é maior e o produto é menor.
Nesse mesmo caso, alterando o câmbio para flexível, a fuga de capitais gera a desvalorização da moeda (diferença entre os dois casos), acarretando aumento das exportações e deslocamento da IS para direita em patamar de maior renda e taxa de juros.
Alta mobilidade de capitais = BP menos inclinada que a LM
Baixa mobilidade de capitais = BP mais inclinada que a LM (quase vertical)
A política monetária num regime de câmbio fixo será sempre ineficaz, não importando o grau de mobilidade de capital.
Preferências do consumidor (Bem-Comportadas)
1- Três características das preferências (premissas básicas ou escolha racional)
2- Conceito de cada uma das três
3- Conceito de monotoniciedade
4- O que são as curvas de indiferenças ?
capacidade de ordenar cestas para descrever preferências do consumidor / as preferências devem ser COMPLETAS – TRANSITIVAS – REFLEXIVAS (premissas básicas da teoria do consumidor ou escolha racional)
Integralidade, exclusividade ou completude *** = pode-se ordenar e organizar em preferências ou indiferença toda e qualquer cesta.
TRANSITIVIDADE = não há cruzamento entre as curvas devido (possibilidade de ordenar: A preferível B e B preferível a C, logo A é preferível a C) (elas não transam)
Reflexividade = mesmo prazer entre cestas iguais
Ademais, existe o princípio da monotoniciedade = quanto mais melhor / o princípio da monotoniciedade indica que curvas mais distantes da origem, trazem maior satisfação (quanto mais, melhor) / A monotonicidade das preferências implica que as curvas de indiferença tenham, obrigatoriamente, inclinação negativa.
As curvas de indiferença são as EXPRESSÕES das preferências
Curva de indiferença: lugar geométrico que representa as infinitas combinações de x e y que apresentam o mesmo grau de satisfação ao consumidor
A isoquanta está para a curva de indiferença assim como a teoria do produtor está para a teoria do consumidor. Tanto a isoquanta como a curva de indiferença tem o mesmo formato: são convexas em relação a orígem.
Na teoria do consumidor, as curvas são convexas em relação a origem e o ponto médio é preferível por ser mais diversificado (soluções de centro) / a convexidade e a monotoniciedade garantem que o consumidor prefere mais a menos e cestas variadas (bom comportamento)
TMgs é a inclinação da curva da indiferença (decrescente) e demonstra quanto se terá de abrir mão de um bem para consumir mais do outro + também equivale a razão das utilidades marginais dos dois bens em comparação (TMs = UmgX / UmgY)
Plano de Ação Econômica do Governo - PAEG (1964-1967)
1- Caracterização do plano em relação a ortodoxia/heretodoxia
2- Ministério coordenador do Plano e seus dois ministros
3- Diagnóstico da inflação
4- 3+ ações tomadas no combate à inflação
5- 3+ dos 8 objetivos do plano
6- 4 tipos de reformas realizadas
7- 4 exemplos de reformas Institucionais realizadas (Banco, Conselho, Sistema e Obrigação criados e lei revogada)
8- Nova forma de financiamento do déficit público
9- Duas mudanças cambiais adotadas
10- Política salarial adotada
11- Duas políticas que deram certo e duas que deram errado na execução do plano
1- Caráter híbrido (ortodoxo e heretodoxo)
2- Ministério do Planejamento e Coodernação Econômico (Roberto Campos) e Ministério da Fazenda (Octávio Bulhões)
3- Ortodoxo – inconsistência distributiva
4- Abordagem gradualista - corte de gastos públicos, diminuição do crédito, busca por superávits primários, rigidez salarial, ajustes das contas públicas
5- retomar o crescimento, diminuir progressivamente a inflação, corrigir disparidades sociais, regular as contas internas e externas, fortalecer o sistema de de créditos e aumentar o investimento público. Atenuar os desníveis econômicos setoriais e regionais, assim como as tensões criadas pelos desequilíbrios sociais, mediante melhoria nas condições de vida; **
6- Reformas tributária, financeira, externa e institucional
7- Banco Central, Conselho Monetário Nacional, Sistema Financeiro de Habitação, Obrigação Reajustável do Tesouro, revogação da lei do teto de juros, revogação da lei de limitação da remessa de lucro
8- ORTN (títulos públicos)
9- Simplificação e unificação do sistema cambial + minidesvalorizações
10- Reajustes anuais abaixo da inflação
11- Política Monetária e de Crédito PRIVADO não cumpriram o plano. Política Fiscal e monetária PÚBLICA atingiram os objetivos.
Lançado em novembro de 1964, com caráter ortodoxo e heterodoxo, segundo Marcelo Paiva Abreu em a Ordem do Progresso
O plano foi elaborado pelo recém-criado
Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica. O ministério econômico foi composto pela dupla Campos e Bulhões, respectivamente no Planejamento e na Fazenda
A abordagem sobre a inflação e as reformas que foram feitas permitem afirmar que o PAEG foi além da pura e simples ortodoxia (visão mais moderna = plano híbrido) / o enfoque na inflação foi feito de maneira GRADUALISTA, a fim de buscar o crescimento econômico ao mesmo tempo
Antecedentes = crise, desarranjo produtivo, inflação, produto estagnado, reivindicação trabalhistas, política frouxa de Jango, Plano Trienal de Celso Furtado
PAEG = Governo Castello Branco com Octavio Bulhões e Roberto Campos + inflação de demanda como principal alvo (já caiu) (diagnóstico feito com base na teoria monetarista de excesso de demanda)
O PAEG tinha entre seus objetivos acelerar o crescimento econômico brasileiro, além da aplicação da ortodoxia (contra intuitivo), para sanar progressivamente a inflação = corte de gastos públicos, diminuição do crédito, busca por superávits primários, rigidez salarial, ajustes das contas públicas (possíveis nesse momento pois exigiam controle da população e da manifestação social)
TESE PRINCIPAL: Por não tratar a inflação como resultado direto da expansão monetária (visão clássica estrita), o PAEG era um programa com diagnóstico e estratégia de combate à inflação que foi além da ortodoxia simplista. Das três “normas básicas” do programa deflacionário do PAEG, a saber, contenção dos déficits governamentais, política salarial e política de crédito às empresas, a primeira foi a mais bem-sucedida
Os impostos diretos e indiretos foram imediatamente aumentados. O déficit do governo como proporção do PIB, que era de cerca de 4% em 1963, passou a 1,1% em 1966, além disso os déficits passaram a ser integralmente financiados por venda de títulos públicos a partir de 1966
Resumo dos OITO objetivos do PAEG = retomar o crescimento, diminuir progressivamente a inflação, corrigir disparidades sociais, regular as contas internas e externas, fortalecer o sistema de de créditos e aumentar o investimento público.
*** Outros objetivos: Atenuar os desníveis econômicos setoriais e regionais, assim como as tensões criadas pelos desequilíbrios sociais, mediante melhoria nas condições de vida; **
Ferramentas utilizadas: diminuição dos déficits do caixa governamental, aumento da tributação (política tributária), política monetária buscando progressiva estabilização para não afetar o produto, política bancária creditícia expansionista, política de alto investimento público.
A heterodoxia vem por meio das REFORMAS (principalmente tributárias e no BP):
1- Reforma tributária (arrecadação, instituição de impostos municipais e estaduais);
2- Reforma financeira (poupança compulsória – FGTS e o PIS)
3- Reforma externa (saneamento para evitar déficits em Transações correntes)
Criação do ICM, ISS e IPI. Criação de Fundos Parafiscais: FGTS e PIS/PASEP (poupança privada compulsória). Aspectos federativos: Redefinição do espaço tributário entre as unidades da federação: União fica com IPI, Imposto de Renda (IR), Impostos sobre comércio exterior, Imposto
Territorial Rural (ITR); estados ficam com ICM e Municípios com ISS e IPTU. Aumenta a carga tributária e recupera a capacidade de financiamento do setor público.
REFORMAS INSTITUCIONAIS
Banco Central e Conselho Monetário Nacional – Dotar o Sistema Financeiro Brasileiro de mecanismos de financiamento capazes de sustentar o processo de
industrialização já em curso.
Lei de teto de 12% na cobrança da taxa de juros foi eliminada, uma vez que esta era entendida como entrave à geração e alocação de poupança no Brasil.
Sistema Financeiro de Habitação - Lei no. 4.320 - criação do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) - eliminar o déficit habitacional existente, que era
atribuído à falta de financiamento para o setor; criação do BNH: banco dos bancos do sistema habitacional; Incentivo ao emprego.
Criação do Sistema Nacional de Credito Rural liderado pelo BB.
Além disso, houve a criação do Sistema Nacional de Habitação e da OBRIGAÇÃO REAJUSTÁVEL DO TESOURO - ORTN = títulos públicos para financiar o governo sem aumentar a dívida externa ou emissão = não inflacionária no curto prazo
Desde 1960, o déficit era quase que integralmente financiado pelas emissões de papel-moeda. Em 1965, 55% do déficit foram financiados através da venda de títulos da dívida pública e em 1966 foi totalmente financiado pelos empréstimos junto ao público.
Houve a instituição do instrumento da correção monetária para ativos e contratos em geral, aplicada também aos títulos públicos representados pelas ORTN. Era o inicio da indexação brasileira que geraria a crise inflacionária da década de 1980.
Simplificação e unificação do sistema cambial e maior integração com o sistema financeiro internacional como fonte de acesso a créditos de médio e longo prazo.
Adotou-se o sistema de minidesvalorizações, pelo qual a variação deveria refletir o diferencial entre inflação doméstica e a internacional (durou até a década de 1980 e a maxidesvalorização)
FGTS, que substituiu o regime de estabilidade no emprego, então vigente, entendido como um entrave institucional ao aumento do emprego, e, por conseguinte, ao crescimento econômico.
Diagnóstico de inflação:
Fica claro que a inflação brasileira era diagnosticada como resultado da inconsistência da política distributiva, concentrada em dois pontos principais:
1) No dispêndio governamental superior à retirada de poder de compra do setor privado, sob a forma de impostos ou de empréstimos públicos;
2) Na incompatibilidade entre a propensão a consumir, decorrente da política salarial, e a propensão a investir, associada à política de expansão do crédito às empresas.
Um diagnóstico, portanto, que atribui à inconsistência na esfera distributiva da economia a causa da inflação e que vê na expansão monetária não um fator autônomo de pressão inflacionária, mas o veículo de ratificação, ou de propagação dessas pressões.
POLÍTICA SALARIAL
Política salarial com reajustes anuais abaixo da inflação => queda dos salários reais.
“Mecanismo de correção pelo qual as revisões salariais deverão guiar-se pelo critério da manutenção, durante o período de vigência de cada reajustamento, do salário real médio verificado no biênio anterior, acrescido de porcentagem correspondente ao aumento da produtividade.”
Correção salarial pela média. Ou seja, havia correção salarial, mas ela era feita abaixo da inflação.
O PAEG não realiza o controle DIRETO sobre preços industrias, embora durante o plano seguinte (milagre) tenha havido para controle da inflação.
O PAEG utiliza a estratégia de REALISMO TARIFÁRIO, ou seja, fixação de preços de bens e serviços controlados pelo governo (serviço públicos essenciais) para refletir custos reais, evitando distorções econômicas. ** O realismo tarifário causa inflação CORRETIVA em um primeiro momento para controle geral da inflação depois **
Reforma do setor externo: Política cambial de unificação do câmbio mas com taxa realista (desvalorização de 204% com relação à antiga taxa oficial). Incentivos fiscais e creditícios às exportações. Fim dos limites quantitativos
às importações, ficando apenas a política tarifária. Capitais: revogação da lei de remessa de lucros de João Goulart. Lei 4.131: permitia acesso direto das empresas ao sistema financeiro internacional. Resolução 63 do CMN: permitia captação de recursos externos pelos bancos comerciais e de investimento para repasse às empresas domésticas.
Reforma tributária = impostos em cascata foram substituídos por impostos sobre valor agregado (IPI e ICM) + redefinição de competência tributária, criando o Fundo de Participação dos Estados e Municípios + criação de fundos parafiscais para formação de poupança compulsória (PIS e FGTS) + carga tributária salta de 16% para 26% do PIB
CONCLUSÕES
As políticas monetária e de crédito ao setor privado foram bem mais erráticas durante o PAEG. Apesar do efetivo aperto monetário e fiscal do período, o PAEG não cumpriu as metas estabelecidas. As metas de expansão dos meios de pagamento fixadas pelo governo foram ultrapassadas em 1964 e 1965 e as do crédito ao setor privado o foram nos três anos do PAEG.
POLÍTICA MONETÁRIA E CREDITICIA ERRANTE NO PAEG!
o PAEG lança base para o “Milagre” (1968-1973) / ** O PAEG revogou a lei de remessa de lucros **/ A medidas de combate à inflação adotadas no PAEG foram redução déficit público, aumento de juros e arrocho salarial (ortodoxas!!)
O PAEG foi criado com o objetivo de controlar o processo inflacionário. Mesmo não tendo alcançado seu objetivo como um todo, o PAEG destacou-se pelas reformas estruturais e pela reestruturação institucional no Brasil.
O PAEG visou à internacionalização da economia
brasileira, abrindo-a ao capital estrangeiro, promovendo a integração com centros financeiros mundiais e buscando o alinhamento com a Aliança para o Progresso lançada pelos Estados Unidos da América - QUESTÃO CERTA TPS
Para aumentar a eficiência e a competitividade do sistema financeiro, a reforma do período 1964-1967, além de permitir a captação direta de recursos externos pelas empresas privadas nacionais, modificou a legislação, para facilitar remessas de lucros para o exterior, contribuindo, assim, para ampliar a abertura da economia ao capital externo.
AMPLIAÇÃO DO CRÉDITO para consumidores (estimulando o consumo de bens duráveis), para a aquisição habitacional (Sistema Financeiro da Habitação) e do Sistema Nacional de Crédito Rural que daria impulso à produção e a produtividade no campo, este último fator decisivo para o aumento da oferta de insumos agrícolas e alimentos que ajudou a conter os preços.
Resultados: redução da inflação de 92% em 1964 para 22% em 1968, porém com muitas falências de empresas, queda do PIB industrial em 1965 e aumento da capacidade ociosa.
– PAEG trouxe solução para a desordem tributária e saneamento do setor público, recuperando sua capacidade de investimento; eliminou as deficiências de um mercado financeiro subdesenvolvido, reconstruindo o padrão de financiamento da economia; solução para as ineficiências e restrições do setor externo e em particular mecanismos para atrair poupança externa, além de política amigável ao capital estrangeiro para trazer credibilidade
Êxito no combate a inflação ao custo de estagnação econômica (baixo crescimento em 1964 e 65), aumento da concentração de renda e quebra de empresas. A reforma no setor externo (unificação, minidesvalorização, revogação da lei de remessa de lucros e revogação do teto do juros) fizeram gerar superávits a partir de 1968.
4 Mecanismos de controle de oferta de moeda pelos Bancos Centrais (6)
1) operações de mercado aberto (compra e venda de títulos),
2) exigência de reservas bancárias (aumento ou diminuição de moeda disponíveis para empréstimos),
3) taxas de redesconto (taxas de juros dos empréstimos aos Bancos = acesso aos FUNDOS do BACEN) e
4) empréstimos de liquidez (amenizar crises e recessão)
Efeitos da Política Monetária (PM) - ler e desenhar
curto prazo -> caso haja capacidade ociosa a PM afeta o nível de atividade e impacta a demanda agregada (expansão monetária -> queda do juros -> aumento do investimento e consumo)
O nível de atividade pode ou não ser impactado a depender de ser uma economia com câmbio fixo (PM restrita ao nível de reservas detidas) ou móvel (PM eficaz = expansão PM -> reduz taxa de juros -> estimula investimentos e o consumo -> saída de capitais -> depreciação da moeda -> produtos nacionais mais baratos no exterior -> estímulo às exportações -> aumento ainda maior do nível de atividade econômica)
Café e Crise de 1929
1- Característica das elasticidade do café
2- Principal alteração no financiamento da compra do café pós 1929
3- Nome dado por Celso Furtado a inflexão da economia no período
Café baixa elasticidade-preço e baixa elasticidade-renda = aumento da oferta gera queda nos preços -> compra e estocagem financiada por empréstimos externos, não mais existentes a partir de 1929 + queda na demanda + continuidade da produção (5 anos para produzir) -> alteração para o emissionismo -> desvalorização da moeda -> compra do governo para cobertura do custo variável médio de produção e queima -> sustentação do nível de renda de toda a economia (keynesianismo avant la lettre = gastos públicos para manutenção da renda) -> desvalorização auxiliou no aumento do preço das importações -> desenvolvimento da indústria nacional puxado pela manutenção da demanda interna -> transferência do centro dinâmico da economia do setor exportador para o mercado interno baseado na industrialização (ponto de inflexão da economia para Celso Furtado)
3+ Vantagens do Comércio Internacional
fator de integração na globalização / benefício da especialização / produção em escala maiores e mais eficientes / elevação da produtividade / difusão de conhecimento e tecnologia / aumento das opções aos consumidores / crítica: difusão desigual
Anos 1900-1913 (15)
a) Título do período ddo por Winstn Fritsch
b) Precedentes
c) Crescimento médio do PIB no período
d) Principais produtos e controle mundial do café pelo Brasil
e) Solução monetária adotada pelos cafeicultores diante da valorização cambial
f) 3 principais medidas do Convênio de Taubaté
g) Ano das três medidas de Valorização do Café
h) Efeitos na Indústria nacional
Período denominado como “Era de Ouro” (Winston Fritsch)
Precedentes -> expansão monetária pela falta de meio circulante gerada pelo fim da escravidão, gerando a crise do encilhamento / Economia saneada por Campos Salles em 1898 (funding loan + casa Rotschild + austeridade + contração econômica) + entrada de capitais [industriais (UK e Alemanha) e Belle Epoque Francesa] = balança comercial positiva e crescimento
Relativamente a aspectos econômico-financeiros, as “turbulências” dos “primeiros momentos da transição da ordem militar para a civil” podem ser entendidas como os efeitos da política econômica implantada por Rui Barbosa, pejorativamente conhecida como Encilhamento – CERTO (tps)
Entre 1900 e 1913, o PIB cresceu cerca de 4% ao ano
Grandes obras portuárias e ferroviárias / relativa estabilidade de preços ao longo de todo o período / Tudo isso, enquanto o preço do café, principal item de exportação brasileiro, encontrava-se em queda / Rápido crescimento das exportações de borracha, que chegaram a representar cerca de 20% das exportações brasileiras / Início do grande boom de investimentos europeus, principalmente ingleses, na periferia que, com breves interrupções, duraria até as vésperas da guerra.
A apreciação cambial, que resultou da melhora da posição externa, embora contribuísse para a estabilidade dos preços e o controle das contas públicas, tendo o apoio das classes urbanas em ascensão, contrariava os interesses do setor produtivo, especialmente do setor cafeeiro, na medida em que reduzia as receitas em mil-réis das exportações de café. Os interesses do setor produtivo levaram à criação de um mecanismo automático de padrão ouro – a Caixa de Conversão, em 1906 – que possuía o poder de emitir notas plenamente conversíveis em ouro, a uma taxa fixa de câmbio e funcionou até 1914.
Acumulação de capital = expansão da economia e entrada de capitais
CAIXA DE CONVERSÃO
1906 = bom momento internacional + abundância de capitais estrangeiros = adoção do padrão-ouro pela Caixa de Conversão (inspirado na Argentina)
Não era um sistema completo de padrão ouro porque somente as notas emitidas pela Caixa de Conversão eram conversíveis. As notas e moedas pré-existentes, emitidas pelo Tesouro, não eram conversíveis.
A Caixa de Conversão, no período de elevadas entradas de capital, funcionou promovendo estabilidade cambial e expansão monetária, contribuindo para o crescimento da economia. A Caixa de Conversão acumulava reservas e, como contrapartida, emitia mil-réis. As condições favoráveis do BP resultavam em expansão da moeda, do crédito e da atividade econômica.
Com preços deprimidos do café, devido ao desequilíbrio estrutural do mercado, e câmbio apreciando, os cafeicultores estavam sendo prejudicados. Essa contínua apreciação, associada às perspectivas de uma safra sem precedentes para 1906, forneceu a motivação e a urgência para o “Convênio de Taubaté”, a primeira operação de valorização do café. Nesse sentido, estabeleceu-se um arranjo combinado –valorização do café com estabilização do câmbio (caixa de conversão).
CONVÊNIO DE TAUBATÉ
1906 = Convênio de Taubaté = compra dos excedentes pelo governo visando à manutenção dos preços e utilizando empréstimos externos, pagos pelo imposto em ouro sobre o café exportado
Os produtos brasileiras estavam em posição de controlar a oferta e, consequentemente, o preço do café por representarem ¾ da oferta mundial.
** Diante da impossibilidade de contar com a depreciação do mil-réis para compensar a queda dos preços, num ambiente de apreciação cambial e preços deprimidos e perspectivas de uma grande safra, foi celebrado o Convênio de Taubaté em 1906, sendo três as principais medidas: ***
1) Compra do excedente produzido pelo governo por meio de financiamento externo
2) Os emprestimos seriam financiados por imposto em ouro sobre cada saca de café exportada
3) Os Estados produtores desencorajariam novas plantações
No início, o programa foi financiado pela antecipação de pagamentos de grandes importadores e recursos levantados pelo governo do Estado de São Paulo, uma vez que o governo federal relutou em aceitar o programa de valorização.
Problema: superprodução e postergação da solução = preços e lucros elevados incentivavam o reinvestimento em novos plantios nacionais e internacionais
INDÚSTRIA
Importação de máquina e instalação de indústrias incipientes utilizadas na I Guerra, intensificada pela imigração, crescimento das cidades, atividades bancárias e de comércio exterior.
Indústria Nacional no período = A abundância de capitais, aliada à estabilidade cambial e expansão monetária e creditícia permitiram, também, juntamente com a maior capacidade de importação, a entrada de máquinas e a instalação de capacidade na indústria (ainda muito incipiente), que seria usada durante a I Guerra Mundial em razão da dificuldade de importar.
Além desses fatores citados, têm-se: crescimento urbano, imigração, efeito multiplicador do café (banco, comércio exterior)
Essa análise é consistente com a visão de que nos períodos de expansão da exportações, entradas de capitais e estabilidade cambial, ocorre aumento capacidade produtiva e nos períodos de choques adversos, quando ocorre queda das exportações, saídas de capital e depreciação cambial, a produção da indústria aumenta, por meio de maior utilização da capacidade produtiva instalada em período anteriores.
Caixa de Conversão + Convênio de Taubaté + Entrada de capitais da Belle Époque = atrelamento do BR ao setor externo e abandono das políticas restritivas / perda de reservas com a fuga de capitais no início da I Guerra gera o fim da Caixa de Conversão e do Câmbio Fixo (posteriormente adotado em Washington Luiz)
Ocorreram duas outras políticas de valorização em 1917 e 1921. E a partir de 1921, inicia- se a montagem de um programa de defesa permanente do café, efetivamente institucionalizado e executado no período de 1924 a 1930.
Determinação da Taxa de Câmbio (fixo e móvel)
1- Definição de câmbio fixo – uma vantagem e uma desvantagem
2- Duas operações que o Banco Central perde ao adotar o câmbio fixo
3- Definição de câmbio flutuante – uma vantagem e uma desvantagem
4- Principal objetivo do BACEN no BR
5- Definição de reflação
6- Novo Marco Legal do Câmbio de 2022 – citar 3 alterações
Câmbio Fixo -> o governo determina e a autoridade monetária deve atuar para garanti-la, atuando como “price maker” = aumentando ou diminuindo as divisas por compra ou venda / papel fundamental das reservas internacionais / política monetária INEFICAZ (fifi momo) / Outras vantagens: manutenção da estabilidade de preços + facilitação da formação de expectativas (previsibilidade) / desvantagem: vulnerabilidade ao exterior e às reservas
Em um regime de câmbio fixo, a taxa de câmbio definida pelo Banco Central será a taxa de equilíbrio quando se verificar a condição da paridade dos juros, ou seja, quando a taxa de juros doméstica for igual à taxa de juros estrangeira - CERTO - No regime de câmbio fixo, o Banco Central estabelece o nível da taxa de câmbio. Eventualmente, o banco central pode ter que intervir no mercado, comprando/vendendo moeda estrangeira para manter o câmbio definido. No entanto, se a taxa de juros doméstica for igual à taxa de juros estrangeira, não haverá necessidade de o Banco Central intervir e o câmbio fixo será atingido naturalmente. Isso ocorre porque se houver paridade de juros, a oferta e a demanda de moeda estrangeira serão iguais. Assim, não haverá pressão nem para o câmbio subir, nem para cair. Tal estabilidade permite ao BACEN manter o nível de câmbio fixo sem precisar intervir.
Um dos principais argumentos mobilizados na defesa do regime de câmbio fixo é a disciplina que esse regime cambial impõe à condução da política econômica de um país, uma vez que, sob tal regime, ** o banco central não pode controlar as taxas de juros nem financiar o déficit público por intermédio da emissão de moeda **
Em presença de um sistema de taxas de câmbio fixas, a solução de crises no balanço de pagamentos exige ajustamentos consideráveis nas políticas econômicas domésticas, como desvalorizações cambiais - CERTO
Câmbio Flutuante -> câmbio determinada pela demanda e oferta de moedas / a autoridade monetária participa do mercado como qualquer agente / ajuste automático do BP / prevalência atual do “medo de flutuar” – manutenção de reservas e intervenções pontuais / Política Monetária Eficaz (FIFI MOMO) / vantagens: menos vulnerável ao exterior / desvantagens: menor previsibilidade
O Brasil adota o regime de câmbio flutuante, o que significa que o BC não interfere no mercado para determinar a taxa de câmbio, mas para manter a
funcionalidade do mercado de câmbio, por meio do dyrting floating (flutuação suja). O principal objetivo do BACEN no Brasil é a manutenção do poder de compra, e por isso, há priorização pelo controle da inflação!
Os mecanismos mais utilizados pelo BC para controle do câmbio são o uso das reservas, swaps (derivatidos do mercado de câmbio - opções de compra e venda de ativos que são considerados como reservas internacionais = moedas estrangeiras e ouro, por exemplo), movimentos na política monetária, como as operações de mercado aberto - para direcionar a SELIC e incentivar investidores estrangeiros.
Covid 2021 (junho) - apenas leitura = expectativa de queda do real para abaixo de 5 reais = cenário de ampla liquidez com abundância de dólar + políticas fiscais ativas em muitos países + perspectiva de retomada do crescimento das economias (EUA, UK, CHINA) devido à queda do desemprego e perspectiva de aceleração inflacionária dos EUA + Alta dos preços das commodities agrícolas e metálicas, gerando vultosos saldos de exportação ao Brasil (comportamento record) + queda das importações pelo câmbio desfavorável
Fatores Internos: Ciclo de alta da Selic (4,25%) atrai o capital de alta liquidez internacional - gerando uma pressão inflacionária interna, ocasionando uma melhora da arrecadação do governo inflação
Observação: Reflação é a inflação característica de um período de reativação econômica, pós-recessão, no qual ocorre um aumento da demanda.
Taxa de câmbio (nominal) é o preço da moeda nacional expresso em moeda estrangeira;
Taxa de câmbio real relaciona a taxa de câmbio nominal aos preços domésticos (inflação interna) e aos preços internacionais (inflação externa).
Inflação:
Um dos importantes instrumentos utilizados para o controle da inflação tem sido a valorização cambial, chamada, nesse contexto, de âncora cambial. Dessa forma, estimula-se a importação, aumentando a concorrência com os nacionais, o que provoca uma pressão de queda dos preços internos.
Uma desvalorização cambial, por seu turno, implica no chamado efeito “pass-through”, ou a chamada “importação de inflação”, quando o preço dos bens importados acaba impactando sobremaneira os
índices de preços, causando inflação.
Novo Marco Legal do Câmbio é sancionado em janeiro de 2022 = Lei 14286 de 2021 = permite que bancos e instituições financeiras invistam no exterior recursos captados no Brasil ou fora do país, além de facilitar o uso da moeda brasileira em transações internacionais / aumenta o limite de dinheiro para viagens no exterior (10 mil reais passam a ser 10 mil dólares) / negociações de pessoas físicas passam a ser 500 USD / modernização do mercado de câmbio / Com a sanção da lei, várias atribuições do Conselho Monetário Nacional (CMN) passam para o Banco Central, tais como a de regular operações de câmbio, contratos futuros de câmbio usados pelo Banco Central para evitar especulação com o real (swaps) e a organização e fiscalização de corretoras de valores, de bolsa e de câmbio.
TAXA DE CÂMBIO
No longo prazo, a taxa de câmbio é determinada pelos fluxos de comércio, por meio da TEORIA DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA = fórmula E = P / P*
No curto prazo, a taxa de câmbio é determinada pelos fluxos de capital = mais volumosos e rápidos, por meio da TEORIA DA PARIDADE DE JUROS DESCOBERTA
Teoria da Paridade de Juros DESCOBERTA afirma que o equílibrio é a igualdade entra a taxa de juros interna e a internacional
A paridade de juros COBERTA é aquela em que a taxa de juros é coberta pelo risco, de acordo com o grau de cada país. O juros do Brasil (i) tem que ser igual ao juros dos EUA (i) mais o risco de depreciação cambial (E) mais um prêmio de risco de défault ou calote (PR) = FÓRMULA: i = i + E + PR
INFLAÇÃO DE DEMANDA
1- Definição e origem da inflação de demanda
2- Criador da Teoria quantitativa e sua relação com a inflação de demanda
A Inflação de demanda é o resultado ocorrido quando a demanda agregada em uma economia supera a oferta agregada. Isso é comumente descrito como “ muito dinheiro perseguindo poucos bens”.
gerada pelo aumento da demanda agregada por política fiscal ou monetária expansionista / Essas políticas só geram efeitos (melhora no emprego) no curto prazo (Milton Friedman)
No longo prazo, com a total flexibilidade de variáveis nominais pode-se ter inflação esperada igual a inflação efetiva (teoria clássica)
No longo prazo, essas políticas expansionistas geram desequilíbrios no mercado -> aumento da demanda agregada e alta dos preços, sem qualquer efeito sob as variáveis REAIS da economia
Exemplo: análise do PAEG = os salários estavam além da capacidade produtiva
Dentre a inflação de demanda enquadram-se:
1) Teoria quantitativa: Segundo a mais antiga das teorias sobre a inflação, a quantitativa, é a quantidade de dinheiro circulante no sistema econômico - base monetária - que determina o nível dos preços. Essa teoria, formulada por David Hume no século XVIII, supõe que toda a capacidade produtiva de um sistema se encontre aproveitada. No intervalo entre as duas guerras mundiais, a teoria quantitativa caiu em descrédito, ao se comprovar que a utilização da capacidade produtiva do sistema econômico variava mais e com maior frequência do que o nível de
preços.
A teoria quantitativa da moeda é uma das duas principais teorias que analisam o equilíbrio da economia do lado monetário. Ela defende que o nível dos preços é determinado pela quantidade de moeda em circulação e pela sua velocidade de circulação.
2) Inflação de Demanda - Teoria keynesiana = deriva das tentativas de consumir mais bens e serviços do que o sistema econômico pode produzir.
Se os gastos do governo são maiores do que a diferença entre a produção e o consumo, diz-se que há uma lacuna inflacionária. O mercado preenche essa lacuna aumentando os preços até um patamar em que a diferença entre a renda e o consumo, em valor monetário, seja suficiente para acomodar os gastos públicos. Essa teoria foi invalidada pela prática, nas décadas posteriores à segunda guerra mundial, quando o processo inflacionário se instalou em vários países, sem prévia existência de lacunas inflacionárias.
A inflação por demanda contrasta com a inflação baseada nos custos, quando os aumentos de preços e salários estão sendo transmitidos de um setor para outro. No entanto, estes podem ser considerados aspectos diferentes de um processo inflacionário geral: a inflação puxada pela demanda explica como a inflação dos preços começa e a inflação baseada nos custos demonstra por que a inflação, uma vez iniciada, é tão difícil de parar.
INFLAÇÃO DE CUSTOS
1- Definição de inflação de custos
2- O que é a espiral preço-salário ?
3- Fenômeno que constetou a inflação de custos no pós Guerra
A Inflação de custos ou Inflação de oferta, é um tipo de inflação causada por aumentos substanciais no custo de bens ou serviços importantes, em que não existe alternativa adequada.
Esta inflação, é o tipo de inflação que acontece quando a demanda permanece estável, mas os custos de produção do empresário se elevam. Essa elevação pode ocorrer ou por uma elevação dos salários, nos preços dos insumos ou, ainda, por um encarecimento das fontes de energia. Toda elevação de custos implica numa redução do incentivo ao empresário em produzir determinada mercadoria, caso ele não possa repassar integralmente a elevação dos custos ao consumidor.
Dessa forma, tende a ocorrer uma redução da oferta da mercadoria. Com a queda na produção, a mercadoria fica mais escassa e chegará ao consumidor final por um preço mais elevado.
Avaliação estruturalista da economia / gerada por meio de gargalos de infra e de elevados custos de produção, não permitindo que a oferta agregada acompanhe a demanda / Exemplo: Choque do petróleo
Nessas circunstâncias, o aumento dos custos pode gerar uma pressão inflacionária que se perpetua por meio da “espiral preço-salário”.
Admite-se que os assalariados e os capitalistas aspiram a parcelas do produto nacional que, somadas, ultrapassam o total anualmente produzido, em situação de pleno emprego.
Da impossibilidade de satisfazer os dois grupos ao mesmo tempo surge o embate entre eles, que é a origem da espiral preço-salário.
Os assalariados, quando insatisfeitos, demandam aumentos salariais. Os capitalistas atendem a essas exigências, pelo menos em parte (geralmente após longa negociação), e diminuem seus lucros, num primeiro momento. Em seguida, porém, os preços aumentam, para neles embutir o aumento de custos da produção.
Com isso, diminui o poder de compra dos assalariados, que irão, novamente, reivindicar aumento de remuneração.
Um recurso para reduzir a inflação, segundo essa teoria, seria a manutenção de uma porcentagem constante de desemprego.
O recurso é, porém, invalidado na prática pelo fenômeno da estagflação (conjuntura econômica em que a estagnação ou declínio do nível de produção e emprego se combinam com uma inflação acelerada), fenômeno típico do período que se seguiu à segunda guerra mundial, que se tem acentuado em quase todas as economias capitalistas desenvolvidas depois da crise do petróleo de 1973-1979.
O fenômeno da estagflação ocorre quando a OFERTA agregada sofre um significativo impacto, que acarreta aumento de preços e redução da produção (Y)
Taxa de Câmbio x Inflação
1- qual o efeito da desvalorização cambial sobre a inflação de um país
Para além da consideração de inflação de custo e de demanda, pode-se considerar ainda a influência da taxa de câmbio no processo inflacionário.
Com efeito, desvalorizações cambiais (aumento da taxa de câmbio nominal, considerando-se a relação real-dólar) podem levar ao encarecimento dos produtos importados (desvalorização monetária), que também fazem parte da cesta de consumo das famílias. Tal encarecimento contribui para a elevação geral dos preços via “pass-through”, algo que pode ser considerado para explicar a inflação na China, por exemplo. – É O QUE OCORRE NO BRASIL EM 2020 COM O DÓLAR A R$ 5,50
CIDADES MONOGORODAS (apenas ler)
A crise em Detroit, cidade conhecida nos Estados Unidos como Motor City, foi espalhada por toda a imprensa internacional quando a cidade apresentou o maior pedido de falência municipal na história norte-americana, em julho de 2013. As histórias sobre a queda e, em seguida, o renascimento desta outrora grande cidade, que apostou tudo na indústria automobilística, não faltaram. No entanto, não ouvimos falar tanto sobre as monogorodas, as cidades industriais da Rússia há muito esquecidas, que compartilham destino semelhante. Lá existem 319 cidades monoindustriais, onde uma única indústria ou fábrica é responsável pela maior parte da economia local.
Efeitos do aumento dos gastos do governo
1- duas fontes de financiamento do governo
2- conceito de dominância fiscal
3- 5+ efeitos do aumento do gasto público na demanda agregada
Pode ser financiada pelo mercado de fundos emprestáveis (aumento da busca por financiamento) ou pela poupança do governo (sg) -> elevação do juros
Alto gastos governamentais = alto juros
Risco de dominância fiscal = dívida e inflação passam a ser geradas pela política fiscal e não mais a monetária, devido aos altos gastos
Além disso, aumento do gasto público -> aumento do juros -> efeito deslocamento (crowding-out) e efeito multiplicador -> aumenta o “i” (investimento) do produto (y) -> diminui o “c” (consumo) por causa juros elevados -> diminui o “x” (exportações) devido ao juros altos, entrada de capitais internacionais e apreciação da moeda (muito dólar) -> estímulo a “m” (importações) = uma retração ou expansão do produto de equilíbrio dependera de qual efeito será preponderante, o efeito multiplicador ou o efeito deslocamento.
POUPANÇA
1- definição
2- situação da poupança externa no Brasil
3- três fatores que desestímulam a poupança no Brasil
4- Fórmula da poupança exerna
1- renda gerada, mas não consumida
Poupança é a parcela da renda nacional (RN) não consumida no período, isto é, da renda gerada (salários, juros, aluguéis e lucros), parte não é gasta em bens de consumo.
S = RN – C
POUPANÇA é igual investimento (S = I) -> influência direta na oferta agregada -> por meio do aumento de capital físico (bens e equipamentos), capital humano (qualificação) e tecnologia -> alteração da produtividade da economia /
S = Sp + Sg + Sext
Sext do Brasil = 2,5% do total do produto -> o país é importador de poupança por possuir déficits em transações correntes
Previdência, propensão marginal ao consumo do brasileiro, cultura inflacionário são fatores que colaboram ao desestímulo a poupança das famílias
A poupança externa (SE) é dada por SE = (M – X) + RLEE – TUR
** TUR são as transferências unilaterais de renda (BPM5). Na nova metodologia, BPM6, TUR é denominada Renda Secundária **
Fluxo circular da renda ampliado
1- Definição de fluxo circular
2- Quatro possíveis participantes do fluxo circular da renda
3- 4 produtos oferecidas pelas famílias no mercado de fatores
4- Três tipos de vazamentos e três tipos de injeções
Sempre bom citar o conceito: o fluxo circular da renda ou da riqueza é um modelo que busca explicar a interação entre as empresas e as famílias no mercado de bens e serviços – onde as empresas ofertam bens e serviços que são adquiridos pelas famílias - e no mercado de fatores de produção – onde os fatores com o trabalho, a terra e o capital são oferecidos pelas famílias, que são contratados ou adquiridos pelas empresas.
O fluxo circular da renda pode apresentar até 4 participantes (famílias, empresas, governo e setor externo)
O Mercado de fatores (terra, trabalho, capital, capacidade) é oferecido pelas famílias e o mercado de bens e serviços é oferecido pelas empresas, ambos fazem parte do FLUXO REAL / Já o fluxo monetário é o pagamento por esses bens e serviços e também o pagamento pelos recursos produtivos (salários) / no centro encontra-se o governo, caso ele faça parte do modelo
São considerados Vazamentos = poupanças, impostos e importações
São considerados Injeções = investimentos, gastos públicos e exportações
Conceitualmente, as famílias não investem. O investimento se divide em investimento público – feito pelo governo – e investimento privado – feito pelas empresas. As famílias alocam sua renda disponível – aquela que resta após descontados os impostos diretos – entre consumo e poupança. Elas, assim, apenas poupam.
** Vazamentos são recursos que deixam de fluir para as famílias e para as empresas. É toda renda recebida pelas famílias que não é dirigida às empresas nacionais na compra de bens de consumo: poupança, impostos e importações **
Aspectos gerais das Contas Nacionais (Apenas Leitura)
1- Fórmula do deflator do PIB
2- Instituto responsável por publicar o Sistema de Contas Nacionais e o Balanço de Pagamentos no BR
3- Diferença entre CIF e FOB
PIB nominal (preços correntes – outra nomenclatura da cespe) e PIB real (preços constantes) diferenciam-se pelo efeito da inflação
O PIB Nominal é calculado a partir dos preços e valores de determinado produto ou serviço no momento em que foram produzidos; O PIB Real, por sua vez, mede o volume físico de um produto ou serviço – isso significa que ele não considera a inflação
Deflator de preços = 100 x (PIB nominal dividido pelo PIB real)
Deflator do PIB compara a produção de bens PRODUZIDOS ano a ano (varia bastante). O índice de preços ao cosumidor (IPC) se baseia uma cesta fixa de bens. Ambos servem para calcular a inflação.
Variável de fluxo = aquela que ocorre durante determinado período (PIB, salário, etc.)
Variável de Estoque = algo pontual (cotação do dólar, valor da reserva internacional hoje, etc.)
Vale ainda ressaltar que os gastos de investimentos (compra de bens de capital ou simplesmente despesas de capital), ainda que sejam realizados pelo governo, não são classificados como consumo do governo (G), mas sim como investimento (I) (Já caiu). Assim, o investimento público (investimento feito pelo governo) não é considerado consumo do governo (G) nas contas nacionais, sendo enquadrado, pois, como investimento (I)
Tudo que é líquido nas contas nacionais é fruto da subtração do bruto com a depreciação
No Brasil, o Sistema de Contas Nacionais é produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o BP, pelo Banco Central. A parte referente a balança comercial do BP é apurada pelo Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior (MDIC)
SISTEMA SIF (CUSTOS, SEGUROS E FRETES) (Caiu tps 2022):
As importações de bens, detalhadas por produtos, são
avaliadas a preços CIF
CIF é a sigla para Cost, Insurance and Freight, ou em português: custo, seguro e frete. Nessa modalidade, é o vendedor (ou embarcador da carga) que se responsabiliza pelo custo do frete até a entrega ao cliente
Todos os serviços de transporte e de seguro relativos à
importação, prestados por produtores residentes e não
residentes e incluídos no valor CIF da importaçao por ̃
produtos, são globalmente deduzidos. Então, no
Sistema de Contas Nacionais, o total da importação de
bens é sempre registrado a preços FOB
FOB = FREE ON BOARD = exclui os fretes e seguros
Os USOS são transações que reduzem o saldo de um
setor institucional
RECURSOS são transações que aumentam seu saldo institucional
Algumas transações podem ser apenas recurso dos setores institucionais, como a produção, por exemplo, ou apenas uso, como o consumo intermediário. Outras são registradas tanto nos usos quanto nos recursos, como os juros
As transferências sociais em espécie correspondem aos bens e serviços individuais fornecidos gratuitamente, ou a preços simbólicos, pelo governo ou por instituições sem fins de lucro a serviço das famı́lias, às famı́lias.
Renda (ou Receita) líquida do governo (RLG)
1- citar os cinco componentes
2- diferença entre impostos diretos e indiretos
É a soma dos impostos indiretos, impostos diretos e outras receitas do governo menos as transferências e os subsídios.
RLG=II+ID+ORG – Trans – Sub (lembrar que são 5 componentes no total)
Impostos diretos = sobre renda e propriedade (IPTU, IPVA, imposto de renda)
Impostos indiretos = sobre bens e serviços (consumidores acabam arcando) (ICMS, PIS) (também chamados de impostos sobre produtos nas provas e no balanço nacional)
Poupança (S)
1- definição
2- relação com a renda nacional disponível bruta e o consumo
3- conceito de déficit público
4- fórmula da poupança externa
5- diferença do papel da poupança para os clássicos e para Keynes
Poupança é a parcela da renda nacional (RN) não consumida no período, isto é, da renda gerada (salários, juros, aluguéis e lucros), parte não é gasta em bens de consumo.
S = RN – C
Parte da igualdade contábil Poupança = Investimento / Em uma economia completa (aberta e com governo) a poupança é:
Investimento = Poupança privada + Poupança do Governo + Poupança Externa
*** quando a questão mencionar POUPANÇA INTERNA considerar apenas a privada + governo (exclui a poupança externa). Elas equivalem a RENDA NACIONAL DISPONIVEL BRUTA – CONSUMO.
Portanto, Poupança Interna = Renda Nacional Disponível Bruta - Consumo (das famílias e governo, ou seja, C e G) (tudo que é produzido menos o que é enviado e o que é gasto)
** Observação: A poupança bruta doméstica é o mesmo que poupança interna = ela só inclui a poupança privada e a poupança do governo (não inclui a poupança externa) ** (vtc já caiu)
Poupança Bruta Doméstica ou Poupança INTERNA = Poupança do governo + poupança privada
Spriv + S (gov) = Investimento (poupança pública + privada é igual ao investimento)
Sp + Sg + Se (poupança privada, governo e externa) = Investimento privado + Investimento público (gravar fórmula, sempre cai CESPE)
Sempre lembre que o conceito de DÉFICIT PÚBLICO é: Ig – Sg (investimento do governo menos poupança do governo) – isso será importante para manejar junto a fórmula acima).
Essas duas fórmulas manejadas provam que: Se a poupança externa for igual ao déficit público, a poupança do setor privado será idêntica ao investimento (Já caiu)
Quando se falar em equilíbrio nas contas do governo, temos que: Ig – Sg = 0 (investimento do governo menos poupança do governo é igual à zero, ou seja, não há déficit)
A poupança privada, para fins de cálculo da igualdade com o investimento, é a poupança bruta e não a poupança líquida (esta última tem descontada a depreciação). Assim, temos:
Sp (poupança bruta) = Sp líquida + depreciação
Ou seja, nas questões deve-se utilizar a poupança bruta para igualar ao investimento.
A depreciação é o consumo do estoque de capital físico, em dado período.
A igualdade mais importante, relaciona-se a Poupança Externa:
Sext = (I - S) + (G - RLG)
Esse fórmula demonstra que quando a poupança externa é positiva, ou seja, há necessidade de investimento externo ocorre por excesso de investimento público ou privado OU um déficit do governo (G - RLG)
Sendo RLG = renda líquida do governo
Atenção: Sgov = A poupança líquida do governo é a poupança do governo em conta corrente menos o consumo (gastos correntes) do governo
O investimento bruto é sempre positivo, mas o investimento líquido pode ser negativo, caso a DEPRECIAÇÃO seja superior ao equilíbrio de mercado, uma vez que o investimento bruto é igual ao investimento líquido mais a depreciação
** A visão mais convencional (CLÁSSICA) se alicerçava na hipótese de que a poupança prévia seria condição necessária para a realização do investimento; por outro lado, para
Keynes, a poupança era resultado do investimento **
De acordo com Keynes, a poupança era resultado do investimento. Ao estimular a demanda agregada, o investimento induz um aumento na renda e na poupança.
Poupança do governo (Sg)
1- seis componentes da poupança do governo
2- única componente que se diferencia da renda liquida do governo
A poupança do governo é o que ele aufere menos o que ele gasta. Assim, basta somarmos as entradas de dinheiro menos as saídas. Desta forma:
Sgov = II + ID + ORG – Trans – Sub – G***
é o que ele arrecada menos o que gasta = Imposto indireto + direto + outras receitas do governo – transferências – subsídios – gastos = aqui são 6 componentes, inclui-se os gastos do governo
Há três observações finais a fazer sobre a poupança pública. Primeiro, observe que a única diferença entre a Sg (poupança do governo) e a Renda Líquida do governo (RLG) é o fato de que, na última, não subtraímos o valor do consumo do governo (G), portanto, fique atento, pois Sg e RLG são conceitos diferentes!
Segundo, a poupança do governo também pode ser chamada de saldo do governo em conta corrente, aliás, esta última nomenclatura é a que consta no rol do sistema de contas nacionais utilizado pelo IBGE.
Terceiro, note-se que o governo pode ser deficitário em seu orçamento, mas apresentar uma poupança positiva. Isto pode acontecer porque o conceito de poupança do governo não inclui as despesas de capital (as despesas a título de investimentos)
Economia fechada e sem governo -> Investimento = Poupança / Disso decorre que:
A formação de capital fixo FBKF + Delta E = Poupança Interna + Poupança Externa
“Delta E” significa variações de estoques
S (gov) = RLG – Gastos (poupança do governo é igual a receita líquida do governo menos o que ele gasta) (também é chamado de SALDO/RESULTADO DO GOVERNO EM CONTA CORRENTE – não confundir com o saldo das transações correntes do BP)
As receitas líquidas do governo e a poupança privada FINANCIAM os gastos e investimentos públicos em uma economia fechada com governo, é isso o que diz a fórmula -> S + RLG = I + G
Essa última fórmula somada a fórmula da demanda temos que para uma economia aberta = S+RLG+RLEE-TUR = I+G+X-M
Poupança externa
1- significado dos sinais da Poupança externa
2- fórmula da poupança externa
3- relação com o balanço de pagamento
São as transações com o resto do mundo
A soma da balança comercial, serviços, renda primária e secundária demonstra a necessidade ou não de financiamento do SETOR EXTERNO (não é público)
Caso BR seja superavitária = poupança externa negativa (conta transações correntes positiva)
Caso BR apresente déficit = poupança externa positiva (ou seja, o sinal é de acordo com o exterior, por isso chama-se poupança EXTERNA)
Importações = aumentam a poupança externa, pois manda nossos dólares para fora, ou seja, o mundo faz poupança
Poupança Externa = (M-X) + RLEE + ou – Transferências Unilaterais (TU) (quando houver TU no exercício) (tudo que manda dinheiro para fora é positivo nessa fórmula) – gravar fórmula , já caiu / ** tudo isso é o saldo do BP em transações correntes com o sinal trocado (- Sext = Saldo das transações Correntes) ** / TU = Transferências Unilaterais = o sinal depende se recebe ou envia, aqui entra toda e qualquer remessa de dinheiro de fora para dentro (+) e vice-versa / Além disso, a poupança EXTERNA é igual as transações correntes com o sinal trocado (S ext = - T) ***
** TUR são as transferências unilaterais de renda (BPM5). Na nova metodologia, BPM6, TUR é denominada Renda Secundária **
Um superávit em transações correntes significa que entraram recursos do resto do mundo em montante superior à saída de recursos internos. Desta forma, em relação ao nosso país, o resto do mundo fez poupança negativa (poupança externa negativa). De forma análoga, quando temo déficit em transações correntes, há poupança externa positiva
OBS: Quando tratamos da Poupança Externa, o referencial é o resto do mundo. Logo: importações e renda enviada ao exterior AUMENTAM a poupança externa do mundo. Por outro lado, exportações e renda recebida, do exterior DIMINUEM a poupança externa do mundo em relação ao Brasil (o sinal positivo da poupança externa é ruim para o país)
Transferências Unilaterais irão aumentar ou diminuir a poupança externa, dependendo da operação
Saldo positivo em transações correntes indica grandes exportações, ou seja, poupança externa negativa (o mundo perdeu poupança para o país) = alto recebimento de rendas externas, ou seja, não precisa de poupança externa para financiar seu desenvolvimento / um resultado negativo nas transações correntes indica uma ou mais variáveis negativas, ou seja, há necessidade de poupança externa para financiamento (entrada de capitais) = o sinal da poupança externa é o contrário do seu resultado)
Portanto, Se a Poupança Externa (SE) for positiva, haverá um saldo em transações correntes negativo (déficit) / Um déficit em Transações Correntes do Balanço de Pagamentos está ligado a um excesso de investimento (público ou privado) sobre a poupança privada e/ou a um déficit do governo
** SITUAÇÃO POSITIVA PARA O PAÍS = TRANSAÇÃO CORRENTE POSITIVA E POUPANÇA EXTERNA NEGATIVA!!! **
Quando os gastos do governo são maiores que sua renda líquida, ocorre déficit público, passando a ter necessidade de poupança externa (tomar fundos), podendo utilizar a poupança doméstica para financiar esse déficit / Esses déficits públicos geram poupança negativa ao governo, o que reduz a oferta de fundos emprestáveis. Menos fundos (oferta), geram maiores preços, ou seja, aumento na taxa de juros – alimentando um ciclo eterno / Juros elevados atraem capital externo (crédito na conta financeira do BP), valoriza a moeda nacional que contribui para acentuar déficits na balança comercial, pois encarece o preço dos produtos exportáveis até que os juros se iguale ao internacional
Resumindo = Déficit público -> uso de poupança ou endividamento -> redução de fundos de oferta -> aumento da taxa de juros -> atração de capital externo -> valorização da moeda -> queda nas exportações
POUPANÇA EXTERNA
1- duas fórmulas principais para calcular a poupança externa
2- três situações em que o governo recorre a a poupança externa
*** Sext = M – X + RLEE – TUR (1)
** Sext = (I – Sd) + (G – RLG) ** (2) - ou seja, [investimento menos a poupança doméstica] mais [gastos do governo menos a receita líquida do governo]) – essa fórmula pode demonstrar a necessidade de poupança externa dependendo do que for negativo /
Efetivamente se recorre à poupança externa:
(1) Quando o saldo em transações correntes for negativo (Sext = -TC),
(2) Quando o investimento interno for maior que a poupança privada (fórmula 2 acima) e
(3) quando os gastos do governo forem maiores que suas receitas (poupança do governo negativa = mostrado na fórmula 2 acima)
Atenção: 2 e 3 devem ser considerados em conjunto para verificar a necessidade de poupança externa! / Portanto: Um déficit em transações correntes do BP está ligado a um excesso de investimento (público ou privado) sobre a poupança privada e/ou um déficit do governo
Também nessa fórmula: quando a questão cita governo equilibrado, deve-se considerar G = RLG (gastos do governo igual a receita líquida do governo), logo a fórmula passa a ser analisada somente a partir de Sext = I – Sd, o que faz com o que a assertiva abaixo seja correta: Supondo que o orçamento do governo esteja equilibrado, um excesso de investimento em relação à poupança privada implica um déficit em transações correntes do balanço de pagamentos. – CORRETO (sempre cai)
Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE)
1- significado da RLEE
2- 4 formas de envio da Renda Enviada do Exterior (REE)
É o resultado da Renda enviada ao Exterior (REE) – Renda Recebida do exterior (RRE)
Caso seja positiva = aumento da poupança externa ($$ para os gringos investidores)
Pode-se entender a renda enviada ao exterior (REE) como uma parte do que foi produzido internamente e que não pertence aos nacionais, principalmente o capital e a tecnologia. A remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de remessa de lucros, royalties, juros, assistência técnica.
Renda Recebida do Exterior (RRE): recebemos renda devido à produção de nossas empresas operando no exterior.
Nota 1 = no Brasil, utiliza-se na maioria dos casos a RLEE (renda liquida ENVIADA ao exterior, ao invés de RLRE = renda líquida recebida do exterior), pois, em nosso caso, as rendas enviadas (REE) superam as rendas recebidas (RRE) (característica de país em desenvolvimento)
No Balanço de pagamentos, nas Rendas secundárias (antiga Transferências unilaterais (TU) = quando o Brasil envia donativos ao exterior, haverá aumento da poupança externa. Por outro lado, quando o Brasil recebe doações do exterior, haverá redução da poupança externa.
OBS: A RLEE (renda líquida enviada ao exterior) não deve ser confundida com a diferença entre Exportações (X) e Importações (M). Os lucros recebidos pela Petrobrás no exterior, por exemplo, não representam importações; a remessa de lucros da Fiat no Brasil não constitui exportação. A RLFE representa parte da renda gerada por essas empresas, e não suas vendas ou compras.
Investimento
1- dois outros nomes do investimento
2- duas componentes do investimentos
3- dois exemplos de investimento
4- duplo papel do investimento em relação à demanda e à oferta agregada
Também chamada de taxa de acumulação de capital ou Formação bruta de capital (FBC) *** (são 3 nomes para a mesma coisa) / composta pela formação bruta de capital fixo FBKF + VARIAÇÃO DE ESTOQUES (DELTA E) / ações negociadas em bolsa de valores não são consideradas investimento
FBKF + Variações de Estoques + Investimento do Governo (Ig) = Sp + Sg + Se (poupançaS)
Pode-se retirar o “Ig” e o “Sg” caso o exercício mencione que se trata de uma economia sem governo
Tudo que aumenta a remuneração dos fatores de produção é investimento, a exemplo do aluguel / Por isso, a aquisição de imóveis NOVOS representa INVESTIMENTO, na forma de formação bruta de kapital fixo (não é consumo / produtos usados importados também entram como Investimento para o IBGE
O investimento mede quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital e indica se a capacidade de produção está crescendo e a confiança dos empresários
Também se inclui no investimento: valores dos serviços de instalação de bens de capital, bens e serviços incorporados ao estoque para aumentar vida útil
O bem sempre é lançado no ano em que é produzido, por isso, os estoques que sobram na produção são contabilizados como Investimentos
A Capacidade ou necessidade de FINANCIAMENTO é igual a poupança + transferências unilaterais MENOS os investimentos
Capacidade de financiamento = Sd + Trc – FBCF – variação de estoques
O investimento agregado talvez seja a mais importante variável macroeconômica, tanto no modelo keynesiano, tipicamente de curto prazo, como nos modelos de crescimento e desenvolvimento econômico (SOLOW = clássico), em que é o principal determinante do crescimento do produto e do emprego.
Falar em modelo de keynesiano é pressupor: a não divisão entre lado real e lado monetário, economia com desemprego de recursos, nível geral de preços constantes (rigidez de salários), oferta agregada fixa no curto prazo (sem deslocamentos), o princípio da demanda efetiva (a demanda determina a oferta) e Y = C+I+G+(X-M)
O investimento possui duplo papel:
1) Investimento visto como elemento da DEMANDA agregada: antes de maturar (C+I+G+(X-M) (curto prazo)
2) Investimento visto como elemento da OFERTA agregada: aumento de capacidade produtiva (longo prazo)
Investimento para o modelo Keynesiano = A curto prazo, o investimento afeta apenas a demanda agregada / O investimento é autônomo ou independente da renda nacional no modelo simples
Função Investimento dependente da renda = Consideremos o investimento não mais como autônomo, mas como dependente da renda / A variação do nível de investimento passa a depender do nível da taxa de juros (inversamente proporcional, assim como o consumo), conforme o modelo IS-LM / Além disso, a poupança passa a ter relação inversa em relação ao investimento
As exportações líquidas de uma economia devem sempre igualar a diferença entre sua poupança e seu investimento – CERTO - Trata-se de uma identidade da conta de renda nacional (Y = C + I + G + NX), que resulta na conta S – I = NX, em que NX representa as exportações líquidas, ou a balança comercial, e S-I representa o fluxo líquido de capital para o exterior. Se esse fluxo é positivo, a poupança excede o investimento, e o país empresta para estrangeiros. Se o fluxo é negativo, o investimento excede a poupança, e o país toma dinheiro emprestado do exterior.
Portanto, S – I = X – M = poupança menos investimento é igual a balança comercial!
Produto Interno x Produto Nacional *** VTC máximo
1- definições de ambos
2- fórmula que liga as duas variáveis
(Produto) interno = dentro do país / Nacional = produzido pela nação (brasileiros) ***
Produto nacional = Produto Interno - Renda enviada ao exterior (REE) + Renda recebida do exterior (RRE)
Produto Nacional Bruto (PNB): renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda
enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
Ou ainda, Produto Interno = Produto Nacional + REE – RRE
Sendo que, REE – RRE = RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR
PRODUTO INTERNO = PRODUTO NACIONAL + RLEE (Utilizado pelo BR)
PRODUTO NACIONAL = PRODUTO INTERNO – RLEE (EUA, Japão, Alemanha)
No PIB não entra os lucros da Embraer em Portugal, mas no PNB sim, pois foi produzido por empresa nacional (território / nacionalidade)
** O Produto Nacional Bruto (PNB) representa o valor dos bens e serviço finais, em preços correntes, e o seu deflator é obtido pela razão entre o PNB nominal e o PNB real ** (já caiu duas vezes e eu errei três)
Formas de Calcular o PIB
1- Três óticas existentes
2- 4 componentes da ótica da renda
3- Fórmula do Produto Nacional Bruto
4- Fórmula par calcular o PIB a preço de mercado (3 componentes)
PRODUTO = RENDA = DESPESA (é uma identidade contábil = são a mesma coisa, porém medidas diferentemente)
(1) PRODUTO (PIB) = O PIB (1) é medido sob a ótica da produção de bens e produtos finais, ou seja, pela remuneração dos fatores de produção (deve-se excluir componentes intermediários)
(2) RENDA NACIONAL = Renda nacional ao custo de fatores de produção = SALÁRIOS + JUROS + LUCROS + ALUGUÉIS (é o PIB sob a ótica da Renda) / A RNB (Renda Nacional) é medida a CUSTO de fatores (fazenda, gado, caseiro, leite, queijo, aluguel = produto total = renda total – a soma de cada etapa (produto total) fornece a renda total e o valor do produto final fornece o valor da produção no PIB / os lucros são a remuneração do risco e o juros a remuneração do capital monetário
- (CESPE/Unb Analista ECT 2011) - Na ótica da renda, o produto interno bruto a preços de mercado é decomposto em: renda pessoal disponível, renda bruta disponível nas empresas, renda líquida do governo e renda líquida enviada ao exterior. – CERTO = ** Somatório das rendas = PIB a preço de mercados (ótica da renda) **
Juros, lucros e alugueis são chamados de excedente operacional bruto (EOB) em algumas questões.
(3) Ótica da Despesa, dispêndio ou demanda (agregada) = Y = C+I+G+(X-M)
Observação: Os gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista, por atuarem no mercado como empresas privadas, são considerados no setor de produção, junto com estas últimas - ou seja, são calculados como investimento (i) ou consumo privado (C), não como gasto público (G)
Se for falado apenas em renda interna ou nacional, estamos falando do conceito líquido e a custo de fatores / PNB = PIB – REE + RRE / Se for falado de renda interna bruta ou renda nacional bruta, estamos falando do conceito a preços de mercado. O motivo para isto é a convenção adotada pelo IBGE no sistema de contas nacionais
ENTRA NO PIB = transferências de programas redistributivos, dividendos, salários dos servidores ATIVOS
NÃO ENTRA NO PIB = gastos com aposentadoria, pois são considerados transferências, transferências unilaterais (previdência social, auxílio-doença e bolsa-família por exemplo) - As transferências não tem contrapartida e só são registradas no BP e no cálculo da RENDA LÍQUIDA DO GOVERNO
Y = C+I+G+(X-M) -> Atenção: No “G” não se inclui as “transferências”; elas não fazem parte do PIB pois não há contrapartida. Ela só entra no cálculo de Renda Líquida do Governo
Fórmula importante:
PIB (a preço de mercado) = PIB (a preço de custo de fatores) + Impostos indiretos líquidos – Subsídios
- Não esquecer que o preço de mercado é igual ao preço de custo de fatores mais impostos menos subsídios
Ajustes no cálculo do PIB = estoques (entram no momento em que são produzidos), bens usados NÃO são contabilizados no PIB (exceto se houver alguma diferença para cima) e bens importados (são subtraídas do PIB na ótica do dispêndio)
Fórmulas mais importantes das Contas Nacionais utilizadas nos exercícios (apenas leitura)
1- como transformar custo de fatores em preço de mercado
2- fórmula para calcular a poupança externa (4 componentes)
3- fórmula do produto nacional bruto
4- duas formas de se calcular a Renda disponível bruta
5- Duas componentes do Consumo Final ou Total
6- fórmula da Carga Tributária Líquida ou Renda líquida do governo (4 componentes)
A contabilidade nacional é uma técnica que tem por objetivo medir a atividade econômica de um país nas suas diversas vertentes.
A contabilidade nacional, ao corresponder apenas a variáveis de fluxo, não contabiliza as chamadas variáveis de estoque, como nível de emprego. Na contabilidade nacional, a moeda é considerada apenas como unidade de medida e instrumento de trocas; não há, portanto, registro dos agregados monetários, como meios de pagamento, empréstimos e aplicações financeiras.
“cf” = custo de fatores / pm = preço de mercado* (é o que deve ser utilizado na maioria dos casos) / Deve-se sempre somar os impostos e subtrair os subsídios ao produto bruto a custos de fatores (cf) para torna-lo produto interno a preço de mercado, que é a forma que utilizamos na maioria das vezes, pois normalmente trabalhamos com o PIBpm:
PIB pm = PIB cf + Impostos sobre produtos (indiretos) – Subsídios
Ou seja, o produto nacional pode ser avaliado a preços de mercado (PNpm) e a custo de fatores (PNcf). Aquele avalia o preço pago pelo consumidor final, ao passo
que este reflete os custos de produção e não considera impostos indiretos nem subsídios.
Sempre lembrar que INVESTIMENTO (I) = Sp + Sg + Sext (Poupança privada + governo + exterior) (SOMA DE TODAS AS POUPANÇAS = INVESTIMENTO)
Poupança do Governo (Sg) = O que arrecada menos o que gasta (o exercício fornece)
* Poupança Exterior (Sext) = (M – X ) + RLEE + ou – TU [DECORAR]*
TU = Transferências Unilaterais = o sinal depende se recebe ou envia) (Se o país recebe, entra com sinal negativo, ou seja, se a rafa manda dinheiro é negativo) (funciona ao contrário da intuição) / Além disso, a poupança EXTERNA é igual as transações correntes com o sinal trocado (S ext = - T) ***
OBS: Quando tratamos da Poupança Externa, o referencial é o resto do mundo. Logo: importações e renda enviada ao exterior AUMENTAM a poupança externa do mundo. Por outro lado, exportações e renda recebida, do exterior DIMINUEM a poupança externa do mundo em relação ao Brasil. Transferências Unilaterais irão aumentar ou diminuir a poupança externa, dependendo da operação
** Produto NACIONAL Bruto = PIB – RLEE **
Renda Nacional Bruta (RNB) = Renda Interna Bruta (RIB) – RLEE (Mesma coisa que a fórmula anterior, porém variável RENDA, ao invés do PRODUTO) (Pode ser visto da ótica da renda ou do produto, basicamente a mesma fórmula de cima)
Renda disponível bruta (RDB) = C + G + Poupança Doméstica *** Já caiu / outra forma:
Renda disponível bruta (RDB) = RLG + RPD (ou seja, renda líquida do governo mais a renda privada disponível) / sendo que a renda privada disponível é igual salários + juros + alugueis pagos
Sempre que o exercício der o “Consumo Final” = associar a C + G (consumo das famílias + consumo/gastos do governo)
** Produto Nacional Líquido = Renda Nacional Líquida = PNB – depreciação – impostos indiretos + subsídios = ***
Não esquecer: RENDA LÍQUIDA ENVIADA AO EXTERIOR (RLEE) = renda enviada ao exterior (REE) – renda recebida do exterior (RRE)
Déficit ou superávit público = Poupança privada (Spriv) + Poupança Externa (Sext) – Investimento
A ampliação de programas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, não altera as receitas do governo, são considerados “transferências” no âmbito da Contabilidade Nacional e por isso NÃO alteram a receita do governo (somente impostos e ORG [outras receitas do governo] alteram a receita. No entanto, esses programas reduzem a carga tributária líquida, pois:
Carga Tributária Líquida (CTL) = receita tributária (impostos diretos + impostos indiretos) + outras receitas do governo – transferências – subsídios
Assim, observa-se que o pagamento de transferências reduz a carga tributária líquida (CTL), mas não alteram as receitas do governo
Renda Líquida do governo (RLG) = impostos diretos + indiretos + receitas correntes – transferências – subsídios
Fórmulas importantes (Michelle Miltons)
1- Duas fórmulas Fórmula da Renda Nacional Bruta (dois componentes em cada)
2- Como calcular uma variável a preço de mercado (3 componentes)
1) RNB = PIB - RLEE (O RNB é o “PIB” interno / excluindo o exterior, torna-se uma economia fechada)
2) RNB = RND – TUR (TUR = transferências) (A renda nacional bruta inclui as rendas do setor público, privado e as transferências de recursos recebidos com o mundo, e é partir dela que deriva outro agregado como veremos abaixo, a renda nacional disponível bruta [RND])
3) PIB = RND + RLEE – TUR (PIB = renda nacional disponível bruta + renda líquida enviada ao exterior – transferências)
4) RND = RNB + TUR (Renda nacional disponível [bruta] = renda nacional bruta + transferências correntes líquidas recebidas OU ainda:
RND = C + S (renda nacional disponível [bruta] = consumo + poupança doméstica (poupança bruta) ***
Terminologia: RNB = Renda Nacional Bruta / RND = Renda Nacional disponível / RLEE = Renda Líquida enviada ao exterior / TUR = transferências correntes líquidas recebias do exterior
Observações importantes: Preço de Mercado = Custo de fatores + Impostos Indiretos - subsídios
Para transformar custos de fatores em preços de mercado, basta adicionar impostos indiretos e subtrair subsídios - cai no TPS)
Sendo assim, o Produto a preço de mercado = é igual ao produto da remuneração dos fatores de produção mais a interferência do governo (impostos indiretos e subsídios) / Matematicamente: Ppm = Pcf + II – S /
Qualquer relação que contenha “Interno” – RLEE (menos a renda enviada ao exterior ou menos a renda recebida) é igual ao NACIONAL (por exemplo: PIB)
Formas de se calcular o PIB
1- Três formas
2- 5 componentes da ótica da renda
3- 3 ajustes necessários no cálculo do PIB
4- Forma de se calcular o PIB real (duas componentes)
OFERTA AGREGADA, RENDA OU DEMANDA AGREGADA/GASTO (decorar)
Identidade Macroeconômica básica: PRODUTO = RENDA = DESPESA /
** Existem 3 métodos de medição do PIB **:
(1) PIB pela ótica do Produto ou valor adicionado ou oferta agregada = todos bens e serviços FINAIS produzidos pelas empresas exclusivamente dentro das fronteiras
(2) Renda = pagamento feito aos fatores de produção, ou seja, Y = Salários (remuneração do fator trabalho) + juros (remuneração do empréstimo) + lucros e dividendos (remuneração do capital de risco) + aluguéis (remuneração dos bens e equipamentos de produção) + royalties ou dividendos (direito de propriedade)
(3) ** Ótica do Dispêndio ou gasto = DEMANDA AGREGADA ** -> Y = C + I + G + (X-M) = soma de todos os gastos da família e do governo, investimentos e da balança comercial / Nunca se esqueça, nenhum segundo que a (X-M) é igual ao saldo das Transações Correntes menos as Transferências Unilaterais (atual rendas secundárias) menos a Renda Líquida enviada ou recebida do exterior. Dessa forma: (X-M) = TC - TU - RLEE
precisa de 3 ajustes:
1) contabilizar os estoques não vendidos, mas produzidos,
2) bens usados vendidos acima do preço do novo (valor adicionado)
3) e subtração das importações
PIB real: o valor de bens e serviços avaliados a preços do ano-base ou a preços constantes (É a multiplicação da quantidade produzida no ano vezes o preço do ano-base) = é mais utilizado o PIB real do que o nominal
**PIB REAL = QUANTIDADE DO ANO EM ANÁLISE X PREÇO DO ANO BASE! **/ Portanto, a diferença entre o PIB real e o PIB nominal se encontra no preço do bem que você irá utilizar (nominal = preço do ano e real = preço do ano base) – o que muda no cálculo é o preço de referência
PIB nominal calcula a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado (sem considerar a inflação)
Renda ou Produto Nacional Bruta (RNB ou PNB) = é a soma das rendas primárias a receber pelos residentes, em outras palavras, remuneração dos fatores de produção, a qual inclui rendas recebidas ou enviadas do exterior
Portanto -> RNB = PIB + Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE)
BR calcula pelo PIB e os EUA pelo RNB / EUA calcula pelo PIB + o que recebe do exterior (por ter muitas empresas fora)
Renda Nacional Disponível Bruta (RND ou RNDB)
1- definição
2- duas fórmulas (2 componentes)
É a renda do país disponível para ser alocada entre o consumo final e poupança
É o saldo das transferências correntes recebidas e enviadas ao exterior (TUR)
Renda Nacional DISPONÍVEL (RND) = Renda Nacional Bruta (RNB) + TUR (transferências correntes líquidas recebidas do exterior)
OU AINDA, RND = total das despesas com consumo + total da poupança doméstica (poupança bruta)
Deflator (implícito) do PIB
1- definição
2- fórmula
Também chamado de IGP = índice geral de preços
É utilizado para calcular as oscilações nos níveis de preço = PIB Nominal / PIB real (ambos em %).
Portanto, mede a variação entre o que está sendo produzido e quanto o preço tem variado. (Observação: o deflator sempre será igual a 1 no ano base por razões lógicas). – ESSE ÍNDICE É MUITO IMPORTANTE E NOS REVELA SE HOUVE INFLAÇÃO OU DEFLAÇÃO EM UMA ECONOMIA.
Método de Transformação PIB em RNL (Contas Nacionais)
1- três passos para a transformação (4 variáveis)
2- Fórmula do Produto Nacional Bruto
A Renda Nacional Líquida é SEMPRE a custo de fatores, por isso, deve-se:
(1) transformar PIB em PIL, ou seja, PIB bruto em líquido (subtrair depreciação)
(2) transformar preço de mercados em custos de fatores (Descontar Imposto Indireto e acrescer subsídios)
(3) transformar o interno em nacional (Descontar RLRE – renda líquida recebida do exterior)
RENDA NACIONAL LÍQUIDA = PIB - DEPRECIAÇÃO - IMPOSTOS INDIRETOS - RENDA LÍQUIDA RECEBIDA DO EXTERIOR + SUBSÍDIOS
OUTRA FÓRMULA IMPORTANTE:
Atenção: Produto Nacional Bruto (PNB) = PIB – RLEE = equivale a produção dos NACIONAIS
Às vezes eles chamam o Produto Nacional Bruto de Renda Nacional Bruta / A depreciação é sempre positiva (pois todo bem sofre desgaste), então o produto bruto (PIB) é sempre maior que o produto líquido (PIL).
Citar 3 Falhas de 5 na mensuração do PIB (5)
1) O mercado informal não é contabilizado +
2) assim como os serviços domésticos também não o são +
3) Contabilidade estranha para desastres naturais (aumenta investimentos mas não considera as perdas e a destruição) +
4) produtos destrutivos aumentam o PIB (cigarros, álcool e armas) +
5) um paciente em estado terminal contribui mais ao crescimento do PIB do que um adulto produtivo com seu salário (mobiliza médicos, enfermeiros, remédios, estruturas = contabilização de gastos em geral)
Aspectos gerais do Balanço de Pagamentos sem as contas
1- Definição
2- Definição de Posição Internacional de Investimentos
3- Definição de residentes
4- quem estabelece as normas do BP e quem elabora e divulga
5- Principal mudança entre o BPM5 para o BPM6 e duas continuidades
6- Duas outras mudanças trazidas pelo BPM6
7- Três variáveis que ensejam sinal negativo no BPM6
8- Histórico do resultado das Transações Correntes no Brasil e seu motivo
O Balanço de Pagamentos é mais do que um registro das transações entre residentes e não residentes de um país / Ele indica o grau de equilíbrio, de vulnerabilidade e de solvência da economia
Além disso, o BPM6 apresenta a Posição Internacional de Investimentos *** (ou posição líquida de investimento) é lançada junto ao BP e indica uma obrigação ou um direito com o resto do mundo, é um demonstrativo estatístico (são os ativos menos os passivos entre residentes e não residentes), é uma versão atualizada do Passivo Externo Líquido e confirma se o país é um credor ou devedor externo / utilizamos as diretrizes do FMI / O resultado do balanço de pagamentos é, por definição, igual à variação das reservas internacionais com o sinal trocado
Residentes são, segundo o BPM6, pessoas físicas ou jurídicas que têm, no país considerado, seu principal CENTRO DE INTERESSE ECONÔMICO por pelo menos um ano / Não necessariamente precisa fixar moradia no país, mas deve formar ou consumir, participando do PIB.
BPM6 = Valores sempre mensurados como “fluxo” (para determinado intervalo de tempo: mês, trimestre, ano), assim como fazemos com o PIB, não como “estoque”.
Balanço de pagamentos = Normas estabelecidas pelo FMI (atualmente, edição MBP6). No Brasil, elaborado e divulgado pelo Banco Central do Brasil (valia 3 pontos na prova de 2022)
Observação: Para definir se uma pessoa ou empresa é residente, avalia-se se seu centro de interesse econômico predominante fica no país em questão. A pessoa ou empresa tem seu centro de interesse no país se desenvolve alguma atividade – por tempo indeterminado ou determinado superior a 2 anos – ou transação econômica de escala significante.
BPM (Balance of Payments Manual) = homogeneidade estatística mundial / registro contábil de TODAS as transações entre um país e o resto do mundo (conceito do BPM5 de 1993, já substituído) / abrange contas externas de um país / registrada em dólares americanos / conta de reservas é a contrapartida das contas operacionais (em uma é creditada e na outra é debitada, segundo o modelo do BPM6, que a partir agora quase todos os registros com sinal positivo – débito e crédito) / quem realiza o BP é o BANCO CENTRAL
BPM6 surge em 2009 e tem caráter recomendatório, adotados no BR em 2015 / BPM4 até 2001 / BPM5 (2001-2015)
BPM6 a partir de 2015 (FMI) = alinhamento as melhores práticas internacionais, passa a considerar o ano anterior e não mais um ano base do passado distante / o conceito do BPM6 é alterado para: estatística macroeconômica que sumariza transações entre residentes e não residentes ao longo de um período de tempo (foco deixa de ser o país e passa a ser os residentes) (não confundir com transações entre o país e o resto do mundo, como as questões sugerem, conceito do BPM5) (BPM6 = TRANSAÇÕES – RESIDENTES – NÃO RESIDENTES) / para ver todas as mudanças do BP de forma esmiuçada acessar o manual da funag página 76-92
BPM6 = aperfeiçoamento do padrão estatístico nacional e alinhamento às melhores práticas internacionais. As alterações mais importantes foram na apresentação do BP, nomenclatura de contas, convenções estatística e os conceitos / o sinal negativo no BPM6 só é utilizados para indicar perdas e reduções de ativos e passivos (o restante é tudo com sinal positivo) / houve manutenção dos princípios das partidas dobradas (registro de crédito e débito no mesmo valor), da competência (o registro é feito na criação, troca ou extinção (fato gerador) do valor econômico e não na entrega) / para que a operação seja registrada no BP, é necessária a presença de uma transação e a troca entre residente e não residente
Observação: Bens que cruzam a fronteira mas não mudam de propriedade não mais são registrados na Balança comercial do BPM6 (outra modificação) / o BM6 garante a harmonização com o Sistema de Contas Nacionais (outra mudança) / energia elétrica passou a ser contabilizada como um bem no bpm6 o que afetou a balança comercial BR (dobrando seu valor) / A conta serviços passou a incluir uma conta de pesquisa e desenvolvimento no bpm6 (incluindo copyrights) (No bmp5 essa conta chamava-se ativo não financeiro não produzido e era registrado na conta capital) / a nova conta renda primária passou a incluir novas modalidades de juros e lucros, o que aumentou seu valor em relação ao bpm5 / No BPM6 os sinais são negativos somente quando houver: rendas negativas (perdas) ou redução de ativos e passivos (se for aumento, mesmo que do passivo é sinal positivo)
Do ponto de vista contábil, o Balanço de Pagamentos de um país está sempre em equilíbrio (partidas dobradas) (sempre há uma conta de caixa contábil para zerar incongruências)
Bens em triangulação (merchanting): operação em que um residente no Brasil adquire uma mercadoria em um segundo país para revendê-la em um terceiro. O bem não ingressa no território nacional. A aquisição do bem deve ser lançada com exportação com sinal negativo, enquanto a venda é uma exportação com sinal positivo
Bens para processamento: o BPM6 recomenda excluir das exportações e importações bens que cruzam a fronteira, mas não envolvem mudança de propriedade. Por vezes, o proprietário envio o bem para outro país» empresa residente presta algum serviço, como montagem ou beneficiamento, modifica o bem e este retorna à origem. O valor do serviço agregado ao bem será registrado na conta de Serviços como serviços de manufatura (o próprio bem não entrará na estatística de X ou M) (essa conta serviços de manufatura é uma nova conta no BPM6)
Sinais negativos no BPM6 = serão negativos para rendas negativas (perdas), redução de ativos e passivos
Embaixadas do país B instaladas em A são residentes de A e não de B (embaixadas brasileiras na Argentina são residentes no Brasil).
Bens que saem do território nacional, mas que não mudam de titularidade, não são registrados no BP, segundo o BPM6.
BALANÇO DE PAGAMENTOS BRASILEIRO 2021
Estruturalmente o Brasil possui conta de Transações Correntes NEGATIVAS (deficitárias), pois os serviços (seguros e fretes) e rendas primárias (investimentos diretos e financiamento externos) costumam ser negativas, muitas vezes coberta pela balança comercial.
Transações Correntes = déficit de 28 bilhões de dólares = superávits de US$ 36 bilhões na balança comercial e de US$ 3 bilhões na Renda Secundária e déficits de US$ 50 bilhões e US$ 17 bilhões nas contas de renda primária e serviços, respectivamente.
Na conta financeira, houve forte aumento de passivos nas contas de investimento direto e de carteira e outros investimentos, que financiaram o déficit em implicaram um aumento nos ativos de reserva em US$ 13,9 bilhões.
Para 2022, projeta-se um leve superavit em TC, decorrente de um mega superávit na balança comercial (US$ 86 bilhões) que deve mais do que compensar os déficits de renda primária e serviços.
3 Vantagens da atualização para o BPM6
1) Permite o aperfeiçoamento do padrão estatístico nacional;
2) alinha nossa estatística às melhores práticas internacionais;
3) garante que haja consistência com a nova metodologia das Contas Nacionais adotada pelo IBGE em 2015 (sincronização BP Banco Central x IBGE)
Contas BPM6
1- Três contas principais
2- Quatro subcontras da Conta Corrente
3- 5 tipos de registros na Conta de Serviços
4- Definição da conta renda primária e renda secundária
5- Definição da Conta Capital e 2+ registros feitos nela
6- 3+ registros da Conta Financeira
7- Nome da subconta das Reservas Financeiras e onde ela é registrada
8- 6 subcontas da Conta Financeira
9- 3 principais princípios do BP
3 CONTAS PRINCIPAIS = Conta Corrente (4 subcontas) + Conta Capital (1) e Financeira (5) + CONTA ERROS E OMISSÕES = SALDO DO BP /
1) Conta Corrente [conta de bens, conta de serviços[1.2], renda primária e renda secundária] - todas as quatros possuem possibilidade de “receitas” e “despesas”
A balança de serviços (subconta registra os gastos dos nacionais no exterior, transportes, fretes, seguros, gastos governamentais para manutenção de organizações internacionais, serviços financeiros, royalties, computação, licensas, alugueis de equipamentos / Observação: No BPM6, royalties são considerados serviços de propriedade intelectual ***
A renda primária (subconta 1.3, antiga Balança de rendas) = é o pagamento pelo uso de recursos NÃO produzidos, ou seja, fatores de produção - também chamado de RENDAS = juros, lucros, e alugueis, por exemplo
subconta renda secundária (1.4) = é a antiga TUR = transferências unilaterais = sua definição é renda gerada em uma economia e distribuída para outra (remessas de pessoas físicas que estão no exterior)
Atenção: No Brasil, as contas de serviços e rendas são cronicamente deficitárias. Desde o pós-guerra, nunca houve saldos positivos nestas contas (Só há saldos positivos na balança comercial)
2) Conta Capital e Conta Financeira
A Conta Capital (2.1) envolve transferência de patrimônio e propriedade de bens NÃO FINANCEIROS e NÃO PRODUZIDOS = aquisição e alienação de bens como patentes, marcas, passe de atleta, perdão de divida externa (se fossem financeiros, entrariam na conta financeira e se fossem produzidos entrariam na balança comercial) /
Conta financeira (2.4) = empréstimos, financiamentos, investimento externo direto, entrada e saída de investimento, amortizações de empréstimos obtidos, investimentos em carteira / a conta financeira financia as transações correntes / Atenção: agora as reservas internacionais fazem parte da Conta Financeira (contas Ativos de Reserva)! (inovação BPM6) / o Saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de ativos financeiros e a incidência líquida de passivos financeiros (obrigações) / a conta financeira, possui 6 subcontas:
1) Investimentos brasileiros no exterior,
2) Investimento estrangeiro no país,
3) investimento em Carteira,
4) Derivativos e
5) Outros Investimentos
6) Variação das reservas internacionais (Novidade do BPM6)***
Para “zerar” o sistema, introduz-se a conta Erros e Omissões (Conta 3.0), que contabiliza os dados que não puderam ser contabilizados
Na sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (BPM6), os erros e Omissões são obtidos a
partir do saldo da Conta Financeira deduzido dos saldos de Transações Correntes e da Conta Capital.
Principais princípios = partidas dobradas, competência (o valor é registrado quando é lançado, ou seja, quando o valor econômico é criado, trocado ou extinto), princípio da valoração (utilização de preços de mercado no registro)
No BPM6 é criada uma conta nova, chamada de “Pesquisa e desenvolvimento” e, inclui patentes, copyrights, processos industriais de atividade de pesquisa dentro da balança de Serviços
Se o Saldo do BP for deficitário = recorre-se as reservas internacionais ou empréstimos internacionais – mediante diagnóstico de indicadores econômicos, como: indicador de liquidez (curto prazo) ou indicador de solvência externa (longo prazo) – cada um desses indicadores possuem, pelo menos, 5 fórmulas para avaliação / Ao final do BP há a conta Haveres da Autoridade Monetária indica a variação de reservas internacionais / O Brasil possui a 8ª maior reserva internacional do mundo e a China é a primeira colocada com 3,2 trilhões de dólares (a maioria em títulos americanos), segundo colocado é a Arábia Saudita (2,2 tri), Japão com 1,2 trilhão de dólares e Suíça (785 bi)
Sinal negativo no BPM6 indica desinvestimento ou perda (redução de ativo ou passivo) / No BPM6 os sinais negativos (exceções) devem ser decorados: rendas negativas (perdas), redução de ativos ou passivos (exemplo: quando os investimentos são retornados – desinvestimentos)
As intervenções formais do BC no mercado câmbio são feitas para alterar a quantidade de moeda em circulação, tais intervenções são contabilizadas na Conta Capital e Financeira do Balanço de Pagamentos / Atente para o fato de que fazemos inicialmente o lançamento na conta do fato gerador (conta operacional) e a respectiva contrapartida será, na maioria dos casos, na conta caixa (reservas ou haveres), ou ativos de reservas (BPM6) (ENTRADA E SAÍDA) (entra como crédito ou débito em uma das contas e sai como o oposto na conta ativos de reserva) (exceto os casos em que o pagamento não é feito em unidade monetária)
Veja que as operações de amortização e pagamento de juros são contabilizadas em contas distintas. O pagamento de juros é contabilizado no balanço de rendas (renda primária), uma vez que juro é renda ou remuneração de fator de produção. Já a amortização é contabilizada na conta financeira
Caso os lucros fossem simplesmente enviados ao exterior das filiais para a matriz, teríamos lançamento de crédito na Conta Renda Primária (remuneração de fator de produção) (com débito contrapartida na conta reservas). Mas, no caso em que o lucro é reinvestido, a contrapartida não será na conta reservas, mas sim na conta financeira (reinvestimento)
Portanto, reinvestimento = crédito na Conta Financeira (reinvestimento) e débito na Conta de Renda Primária (lucros reinvestidos) *** (cai muito)
A remessa de dinheiro de brasileiros residentes no exterior a familiares no Brasil não altera a Renda Nacional Bruta / é registrada na renda secundária do BPM6 e nas Contas Nacionais (IBGE) / Anteriormente chamada de TUR (transferências Unilaterais de Renda) / A renda secundária mostra como a renda é distribuída secundariamente, ou seja, após ter sido distribuída primariamente como remuneração aos fatores de produção.
Conta Balança de Serviços
1- Quatro contas da Conta Corrente
2- 3+ registros que são feitos na Balança de Serviços
É a segunda subconta da Conta Corrente do BPM6 / São 4 subcontas da Conta Corrente = conta de bens, conta de serviços, renda primária e renda secundária
Nela são contabilizados seguros, serviços financeiros (custos de intermediação financeira – não confundir e alocar na conta financeira), serviços de propriedade intelectual, computação e informação, royalties e licenças, aluguel de equipamentos, comunicações (correios), construção, comércio, viagens internacionais
A cessão de marcas, patentes e direitos autorais passou a fazer parte da conta de pesquisa e desenvolvimento na Balança de Serviços no BPM6
Conta Renda Primária (Conta Corrente)
1- definição
É a terceira de quatros contras da Conta Corrente do BP / registra pagamentos e recebimentos ligado às rendas (remuneração) do trabalho (salários e ordenados) e do capital (lucros, dividendos e juros) / é a antiga conta Balanço de rendas do BPM5
Saldo das transações correntes
1- Quatro contas componentes
2- significado de um déficit em TC
3- relação com as contas nacionais
4- Sinal das transações correntes em relação ao câmbio, renda do mundo e PIB (positivo ou negativo)
5- Duas Fórmulas da Poupança Externa (4 componentes)
É a soma dos saldos da balança comercial, da balança de serviços, da renda primária (antiga balança de rendas) e da renda secundária (antiga transferências unilaterais correntes)
Seu déficit indica que o resto do mundo fez poupança com o Brasil, é o mesmo que dizer que houve poupança externa, também chamado de passivo externo líquido
Caso haja superávit, dizemos que houve despoupança externa ou passivo externo líquido negativo ou ativo externo líquido
O saldo das transações correntes dividido pelo PIB, demonstra se o país é devedor ou credor em relação ao mundo, indica o grau de poupança externa e o quanto pode gastar além de seus recursos próprios
** o saldo das transações corrente é o que liga o Balanço de pagamento ao sistema de contas nacionais **, por meio da expressão Y = C+I+G+(X-M), uma vez que poupança é igual investimento, e a poupança externa (parte da poupança total) é o saldo das transações correntes com o sinal trocado
Déficits nas transações correntes no BP equivale a uma poupança externa positiva
Um país com superávits em transações correntes exporta poupança para o exterior e o país deficitário, importa poupança do exterior
Investimento = Poupança doméstica + Poupança externa -> um déficit nas transações correntes indica que não há poupanças suficientes para arcar com os investimentos
A relação das transações corrente com as variáveis exógenas são: taxa de câmbio (+) (quanto mais desvalorizada a moeda, maior o saldo de TC), renda no resto do mundo (+) (aumenta nossas exportações), PIB (-) (relação negativa, quanto maior o PIB, maior a demanda da importações)
SUPERÁVIT PARA O BR, SIGNIFICA QUE AS TRANSAÇÕES CORRENTES SÃO POSITIVAS E A POUPANÇA EXTERNA É NEGATIVA (ou seja, não é necessário pegar dinheiro da poupança externa. Nesse caso, o país é um CREDOR LÍQUIDO DO EXTERIOR) (poupança externa possui o sinal contrário das transações correntes)
Não esquecer da fórmula: poupança externa ou transações correntes com o sinal contrário: Sext = (M – X) + RLEE + ou – TUR) (essa fórmula cai em questões CESPE toda hora)
Além da fórmula: Se (poupança externa) = (Investimento – Poupança do Governo) + (Gastos – RLG [Renda Líquida do Governo)) – ela indica se há déficit público e, consequentemente, necessidade de poupança externa (empréstimos)
Não esquecer fórmula: TRANSAÇÕES CORRENTES = Balança comercial (X-M) + Balanço de Serviços + Balanços de Rendas + TUR
Quando o Brasil recebe uma doação EM MERCADORIA = lança importação (M) e a contrapartida em TUR (negativa no BPM5 e mesmo sinal no BPM6)
Se o Brasil faz uma doação EM MERCADORIA = lança na exportação e a contrapartida na TUR
Caso a doação seja EM DINHEIRO = ao receber, +300 TUR e -300 na Variação de Reservas
Quando o BR doa -300 na TUR e +300 na variação de reservas
Não confundir *** (vtc): TRANSAÇÕES CORRENTES (poupança externa) com balança comercial / Se o país possui poupança externa positiva, ele terá transações correntes negativa
PIB (Y) = C+I+G+ TRANSAÇÕES CORRENTES (ou investimento externo líquido, conforme a IADES) – Essa fórmula é importante pois relaciona PIB com transações correntes / O déficit do balanço de pagamentos em transações correntes é financiado pela somatória da conta capital e financeira
Não confunda: déficit externo é o déficit no Balanço de Pagamentos, e não em transações correntes!
Observação alheia: Se as transações correntes são negativas, para manter o equilíbrio global do Balanço de Pagamentos, em que TC + CCF = 0, então a conta capital e financeira será positiva / Os desequilíbrios na balança de transações correntes refletem, inequivocamente, a existência de desequilíbrios internos.
Observação: A Balança Comercial é formada pelas Exportações e Importações. Aqui, registramos esses valores pelo total ( ** se o pagamento é a vista ou a prazo, isso reflete apenas na conta financeira, que é onde registramos financiamentos recebidos/concedidos pelo país ** - ou seja, a CESPE tenta confundir falando que as exportações do país foram financiadas em parte por bancos internacionais. O valor a ser utilizado no cálculo deve ser o integral, independente da fonte e forma de pagamento)
Observação 2: reinvestimento de 20 milhões de lucro obtido por subsidiária de empresa estrangeira instalada no país - esse valor entra no cálculo das transações correntes, pois é considerado renda primária.
REINVESTIMENTO DIRETO = RENDA PRIMÁRIA
Observação 3: Vale lembrar que as doações em bens entram na conta capital
Observação 4: INvestimento direto impacta a conta financeira = não confundir investimento direto que vai para a conta financeira, com o REinvestimento direto que vai para rendas primárias!
Conta Capital
1- definição e dois registros
Registra a aquisição de bens financeiros não produzidos [bens intangíveis = patentes, marcas, direitos autorais e passa a incluir as transferências de capital com o BPM6 / é uma conta muito específica / suas entradas contribuem para o aumento do estoque de capital da economia / ligar conta capital à direitos de propriedade (imagem, autoral, etc.)
Não inclui mais as transferências unilaterais de migrantes - alterado com o BPM6
A aquisição de ações no mercado primário, diretamente de empresas, pode contribuir para o aumento do estoque de capital (Conta Capital), visto que financiam as empresas emissoras. As aquisições no mercado secundário, direto de outros acionistas, não contribuem para o aumento do estoque de capital, pois são meras transferências de ações entre investidores (Conta Financeira) (similar a venda de itens usados).
Conta Financeira
1- citar 6 subcontas
2- cinco subcontas da subconta ativos de reserva internacional
É o grosso da segunda conta de três do BP / possui 5 subcontas:
1) Investimentos brasileiros no exterior,
2) Investimento estrangeiro no país,
3) investimento em Carteira
4) Derivativos (amortizações)
5) Outros Investimentos
6) Variação das reservas internacionais (Novidade do BPM6) - agora chamada de “Ativos de Reserva” ***
Também chamada de capitais autônomos, pois registrada entrada e saída de capitais (Capitais autônomos representam as contas capital e financeira)
Investimentos BR ou estrangeiro (1) – são investimentos de interesse duradouro [compra de apartamento em MIAMI, abertura de filiais de empresas) (não confundir com bens móveis e de consumo, pois estes vão para conta importações[M]])
Investimento em carteira (2) = ações, debentures, títulos fixos ou variáveis = estrangeiro que investe na bolsa BR e especulação***
Derivativos (3) = aqui são contabilizadas as AMORTIZAÇÕES de empréstimos (pagamento de parte da dívida), mas não os juros pois este é remuneração do fator de produção
Outros investimentos (4) = conta residual, aqui são colocados os resíduos da conta financeira, como créditos comerciais, empréstimos, moeda e depósito e outras operações / aqui lança-se empréstimos de QUALQUER banco estrangeiros, inclusive Banco Mundial (FMI não é considerado banco)
A conta financeira é muito mais abrangente que a capital
Mudança importante com o BPM6 foi a incorporação à conta financeira da subconta “variação das reservas internacionais” (saldo da balança com sinal trocado), passando a se chamar “Ativos de Reserva” e o saldo da balança de pagamentos passou a ser zero, pois agora se encontra nessa subconta (mudança na disposição e nomenclatura)
Os ativos de reserva internacional ou as reservas internacionais são lançadas na Conta Financeira do BP, e são divididos em:
1) Reservas em moeda estrangeira (em divisas conversíveis);
2) Ouro monetário;
3) Direitos Especiais de Saque - DES;
4) Posição de reservas no FMI;
5) Outros ativos de reserva.
Os ativos de reserva correspondem às reservas internacionais do país, detidas pelo Banco Central, no conceito de liquidez internacional
Os ativos de reserva no BPM6 fazem parte da Conta Financeira, por se tratar de uma troca de ativos financeiros
O reinvestimento de lucros é uma operação na qual uma empresa estrangeira atuante no Brasil, ao invés de remeter seus lucros para o país de origem, mantém estes recursos no nosso País. Este procedimento não aumenta o estoque de capital existente na economia, por isso não vai para conta rendas primárias, mas para Conta Financeira.
A Conta financeira também é chamada de CAPITAIS AUTONÔMOS, inclui as seguintes operações = Investimento para ampliação de empreendimento industrial + Aplicação de estrangeiros na aquisição de ações no mercado secundário
Operações na Conta Capital = Amortização de empréstimos externos + Empréstimos externos obtidos (não confundir)
SALDO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS
1- significado do saldo do BP
2- ação do BACEN caso haja variação das reservas internacionais
Soma das 3 contas (conta transações correntes + conta capital e financeira + erros e omissões) / Quando o saldo do BP é positivo, esse superávit provoca aumento na quantidade de meios de pagamento internacionais disponíveis ao país. Quando o saldo é negativo, há redução de meios disponíveis / a identidade básica do BP é que o SALDO DO BP REPRESENTA A VARIAÇÃO DAS RESERVAS INTERNACIONAIS DO PAÍS
A variação das reservas internacionais é igual ao saldo do balanço de pagamentos, porém com sinal invertido. Em caso de déficit deve ser compensado com títulos externos de curto prazo, ouro monetário ou reservas do FMI / O resultado do BP (superávit ou déficit) é igual a variação das reservas internacionais com sinal contrário e ela equivale a ** VARIAÇÃO DA BASE MONETÁRIA ** (superávit das reservas internacionais = aumento da base monetária)
A variação positiva das reservas internacionais faz que o BACEN tenha de vender títulos públicos no mercado para manter a taxa de juros, SELIC, constante, o que resulta diretamente da fixação da taxa de juros pelo BACEN - CERTO - os dólares em excesso, quando entram no Brasil, são convertidos em Reais, elevando a quantidade de moeda em circulação na economia. No entanto, uma das funções do Banco Central é controlar a quantidade de moeda em circulação na economia. Para tanto, ele costuma esterilizar este excesso de moeda em circulação, resultado do acúmulo de reservas internacionais, por meio operações de esterilização de liquidez. Para tanto, venderá títulos públicos, substituindo uma ativo líquido (moeda) por outro sem liquidez imediata (títulos).
Lembrando que a Base monetária é igual ao Papel Moeda em Poder público + Encaixas bancários totais (reservas voluntárias e obrigatórias)
Haveres da autoridade monetária do BP
1- conta a qual pertence
2- significado do seu saldo
3- cinco subcontas
é a sexta e última conta da conta financeira, onde um saldo NEGATIVO representa um AUMENTO nas reservas internacionais do país
Ela é uma conta que existe para ZERAR o saldo das reservas internacionais
Também é chamada de conta variações de reservas e possui 5 categorias = ouro monetário, direitos especiais de saque (DES), posições de reservas do FMI, reservas em moeda estrangeiras e outros ativos
É uma conta caixa e por isso os sinais são trocados, tudo que você da entrada no BP deve ser dado saída aqui (partidas dobradas) / registra grande parte das operações do BP
SÍNTESE DAS CONTAS DO BP
1- leitura rápida
Conta Corrente (4 subcontas) + Conta Capital (1) e Conta Financeira (5 subcontas) + Conta Erros e Omissões = SALDO DO BP (soma das 3 contas) / o Saldo representa a variação nas RESERVAS INTERNACIONAIS com sinal invertido
Haveres da autoridade monetária = é a última conta, onde um saldo NEGATIVO representa um AUMENTO nas reservas internacionais do país. Ela é uma conta que existe para ZERAR o saldo das reservas internacionais
5 fatores do aumento das Reservas Internacionais (2006-2012)
aumento no saldo das transações correntes puxados pelas exportações, crescimento da economia mundial, superciclo das commodities + Forte entrada de recursos pela conta capital e financeira = Razões: diferença de taxas de juros entre economia internacional e brasileira + queda do risco cambial + queda do risco país > elevou a rentabilidade relativa dos ativos brasileiros.
Mercantilismo
1- citar três características
aumento das exportações e impor dificuldades a importação - jogo de soma zero - (bolo econômico mundial de tamanho fixo) = ganhos à custa de perdas de outros = protecionismo alfandegário para obter superávits / crença no acumulo ilimitado / preocupação com a obtenção de superávits / barreiras às importações / prosperidade era medida pelo estoque de metais preciosos / percepção estática da disponibilidade de recursos / doutrina altamente nacionalista
David Hume (1752) (século XVIII) **
1- teoria que ele critica
2- teoria sobre as duas divisões das variáveis econômicas
3- principal teoria (FEP) , seu conteúdo e conclusões
4- nome do seu livro
Primeiro crítico ao mercantilismo e a tese de acumulação eterna de metais (metalismo)
Foi o primeiro autor a dividir as variáveis econômicas em nominais (aquelas medidas em unidades monetárias) e reais (medidas em variáveis físicas) - visão clássica de neutralidade moeda (posteriormente relativizada por Milton Friedman, o qual afirma que no curto prazo variações monetárias afetam variáveis reais, no longo prazo não)
Hume afirma que o saldo da balança comercial inevitavelmente seria corrigido pelas forças de mercado.
Chamada de Teoria Fluxo-Espécie-Preço = acúmulo de muitos metais gera produtos nacionais mais caros no mercado internacional, pois:
Com o excesso de ouro há elevação de preços por inflação, seguido de redução da demanda e entrada de menos metais, gerando déficit na balança comercial. Em seguida há queda de preços, novo aumento da demanda, incorrendo em superávits e aumento de entrada de metais.
Surge o princípio do livre-cambismo e autorregulação como fonte de desenvolvimento (Visão Clássica) = não faz sentido o metalismo insaciável do mercantilismo, ao protecionismo e ao jogo de soma-zero do mercantilismo
** Segundo Hume, em seu livro “Political Discurse”, ao acumular ouro indefinidamente, a posição competitiva de um país seria afetada. A acumulação de capital poderia afetar a oferta interna de moeda, elevando o nível de preços e salários internos, comprometendo a competitividade das exportações do país superavitário (Teoria Fluxo-Espécie-Preço) **
Pressupostos de Hume = demanda por bens é elástica ao nível de preços e que há concorrência perfeita nos mercados de bens e fatores de produção / Nas novas teorias, o foco deixa de ser a pura e simples acumulação e passa a ser BEM-ESTAR individual (inovação)
A motivação para a atividade econômica passava a ser a SATISFAÇÃO das necessidades de consumo, ou seja, UTILIDADE (não mais a acumulação de metais, superávits, protecionismo, etc.)
Adam Smith (1776 = ano da independência dos EUA)
1- Nome da teoria
2- Nome da sua obra
3- citar três principais conceitos
NÃO deixar de mencionar: Teoria do Valor-Trabalho + Especialização da Produção + Teoria das vantagens Absolutas
Escreve o livro “a riqueza das nações “ em 1776 (início da teoria clássica) = crítica ao mercantilismo e início da teoria clássica
A principal motivação dos agentes em relação ao comercio internacional não e a acumulação pura e simples de metais preciosos, mas a satisfação de suas necessidades básicas (inspiração em David Hume)
Segundo Smith, uma economia só manterá transações espontâneas com outra se perceber claros ganhos derivados desse intercâmbio
Defesa das relações ganha-ganha (nega o jogo de soma zero do mercantilismo) = desenvolve a teoria das vantagens ABSOLUTAS = O comercio internacional se justificara apenas quando for mais barato adquirir itens produzidos em outra economia
Livre comércio e autorregulação = Estado atua somente para impedir monopólios ou atividades fundamentais = cada país deve se especializar gerando vantagens e competitividade = o excedente da produção passa a ser objeto de trocas = trabalho como fonte de riqueza = aumento de bem-estar mediante diminuição de custo a partir da divisão da produção entre as nações
Para Adam Smith, a especialização gera aumento da produtividade e o comércio internacional, aumentando o PIB mundial (crítica ao mercantilismo)
ESPECIALIZAÇÃO, AUMENTO DA PRODUTIVIDADE E CRESCIMENTO DO PIB
** a produtividade dos fatores de produção é a principal determinante do custo de produção **
Smith considerava que a determinação da vantagem competitiva se dava do lado da oferta (como todo e bom clássico) / A especialização geraria aumento da produtividade do país, aumentando o produto mundial
** o comércio sem barreiras e especializado AUMENTA O BEM-ESTAR – cada país precisa de menos unidades de trabalho para atender sua demanda por meio de trocas entre os países **
As teorias puras como a de David Ricardo, desconsideram o valor do câmbio entre as nações, ao considerar apenas o fator trabalho como custo dos produtos
Para demonstrar sua argumentação, Smith apresenta o famoso modelo 2x2: 2 países (Portugal e Inglaterra) e 2 bens (tecidos e vinhos)
A teoria das vantagens absolutas conclui assim que somente haverá comércio internacional se existirem vantagens absolutas (em termos de produtividade do trabalho) entre os bens a serem comercializados entre os dois países.
Teoria do valor-trabalho
1- criador
2- conteúdo
3- citar três pressupostos da teoria
criada por Adam Smith / afirma que em uma economia fechada, os preços dos produtos são determinados por seu conteúdo de trabalho, ou seja, o trabalho é o ÚNICO fator de produção e os produtos custam o quanto desse fator foi empregado *** / como bom clássico, praticamente desconsidera a demanda para formação do preço / Segue-se que os produtos são intercambiados de acordo com as quantidades relativas de trabalho que eles concentram
Essa teoria contém os seguintes pressupostos: trabalho homogêneo (não há diferenciações como anos de escolaridade por exemplo), concorrência perfeita (pressuposto que é alterado com as teorias do século XX), pleno acesso ao mercado de trabalho, inexistência de quaisquer limitações institucionais à mobilidade de mão de obra e o custo ou o preço de um bem depende somente da quantidade de trabalho exigido para produzi-lo (não considera custos de matéria prima, por exemplo) / ESSA TEORIA DEVE SER CITADO NA PROVA ESCRITA SOBRE ADAM SMITH
Com base na teoria do valor trabalho, o autor apresenta situações nas quais seria mais benéfico concentrar a produção em determinado bem e comercializar os demais, contrariando, mais uma vez, a ideia de “autarquia” promovida pelos mercantilistas, que acreditavam que o comércio internacional seria, em geral, fonte de perda de riqueza, a não ser que o país obtivesse superávits comerciais
Teoria das Vantagens Absolutas
1- ideia central
admitindo que o mundo seja formado de apenas 2 países, se uma nação possuir vantagem de custo absoluta na produção de um bem (ou seja, usa menos mão-de-obra para fabricar uma unidade do bem), e a outra nação possuir vantagem de custo absoluta na produção de outro bem, então o comércio internacional e a especialização são benéficos a ambos. – CONSIDERA APENAS OS CUSTOS DE TRABALHO, ou seja, HORAS-HOMEM (não considera terra, capital ou tecnologia)
Crítica = é mais frequente encontrarem-se situações em que um pais e mais eficiente na produção da maior parte dos produtos ou mesmo na da totalidade deles (EUA e China) = isso foi contestado e resolvido pela Teoria de David Ricardo (Vantagens Comparativas)
David Ricardo (1817)
1- nome de sua obra
2- nome de sua teoria
3- no que cada país deve se especializar ?
4- forma de se calcular o custo relativo
5- relação entre custo de oportunidade e custo relativo
6- pincipal diferença para a teoria de Adam Smith
7- como é o retorno de escala na teoria (decrescente, constante ou crescente) ?
Obra “Princípios de economia política e tributação” (1817) = Teoria das Vantagens ** COMPARATIVAS ** = também chamada de Teoria Estática da Vantagem Comparativa = há vantagens para os países mesmo que um deles leve vantagem em tudo.
Cada país deve se especializar naquilo em que é mais EFICIENTE (no sentido de MENOR CUSTO RELATIVO – não é mais barato!), ainda que seja melhor que um segundo país na produção de outros produtos, estes não devem ser produzidos (custo de oportunidade). – ASSOCIAR TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS À EFICIÊNCIA! / Eficiência leva a um menor custo de oportunidade
Para saber o CUSTO RELATIVO de um produto A, divide-se o preço de A por B (para descobrir o custo relativo B, divide-se B por A) / o custo de oportunidade é o INVERSO do custo relativo!
O termo absoluto de Smith, torna-se relativo para David Ricardo – e nesse caso, diferencia-se, pois, para David Ricardo SEMPRE haverá vantagem no comércio internacional, situação que não ocorre em Smith se um país possui vantagens absolutas em todos os produtos
Cada país deve se especializar na produção do bem em que é mais eficiente, em que a produtividade de sua mão de obra é maior
Sinônimos de vantagens comparativas nas provas = menores custos de produção (relativos), menores custos de oportunidade ou MAIOR produtividade
Os ganhos técnicos ou de produtividade das vantagens comparativas podem representar ganhos para o mundo todo
** não há vantagens gerada pela tecnologia nessa teoria, ela é constante (sempre cai) **
O modelo de Ricardo supõe que existem dois países, dois produtos, um único fator de produção (trabalho), e que a relação entre os preços dos produtos antes do comercio é uma função apenas das quantidades de fator empregadas na produção de cada item
Principais fontes de vantagens comparativas = diferenças nas demandas de cada país (preço será mais alto no país que demandar mais), técnicas de produção, tecnologia (dotação dos fatores), preços dos produtos
Para Ricardo, com a existência do comércio internacional, um mesmo esforço produtivo permite consumir uma quantidade maior de ambos os produtos
** A TEORIA ASSENTA-SE EM RETORNOS CONSTANTES DE ESCALA **
Se um país for mais eficiente que o outro em todos os setores, este país terá vantagem absoluta em todos os setores. Na vantagem comparativa, devemos comparar o custo de produção de uma mercadoria em relação ao custo de produção de outras mercadorias de um mesmo país A, com o custo de produção da mesma mercadoria em relação ao custo de produção das outras mercadorias no país B. Dessa forma, um país nunca apresentará vantagem comparativa em todas as mercadorias, sendo sempre para um país vantajoso se especializar na produção da mercadoria que possui vantagem comparativa (sempre haverá comércio, diferente de Adam Smith)
A teoria ricardiana pode ser apresentada de duas maneiras: como uma tentativa de isolar as variáveis relevantes para explicar os fluxos de comercio internacional ou como uma tentativa de demonstrar que o comercio internacional proporciona mais benefícios que uma situação de isolamento (Bhagwati, 1972)
2-2-1
O modelo de Ricardo supõe que existam dois países, dois produtos, um único fator de produção (trabalho) e que a relação entre os preços dos produtos antes do comercio e uma função apenas das quantidades de fator empregadas na produção de cada item.
Pressupostos = ambiente de concorrência perfeita e que não há barreiras ao comercio / Nas vantagens comparativas é preciso incluir mais uma condição básica, a chamada“lei do preço único”, que assegura que os preços no mercado internacional são os mesmos para ambos os países
Observação: Adam Smith e David Ricardo supõe apenas um fator de produção (trabalho) *** VTC (Já caiu!)
As economias de escala não fazem parte da abordagem ricardiana para explicar das razões do comércio entre países, porém a CESPE considera correto o seguinte: A vantagem comparativa de um país pode se dar por inúmeras causas como abundância de terras, condições climáticas, abundância de capitais, nível de educação da população ou a presença de economias de escala na produção do bem
Vantagem ABSOLUTA = avalia custos / Vantagem relativa = Avalia o CUSTO DE OPORTUNIDADE
EFICIÊNCIA = divide o custo de um bem pelo outro – escolhe produzir o bem mais EFICIENTE pois seu custo de oportunidade que se abre mão é MENOR /
VANTAGEM COMPARATIVA = CUSTO DE OPORTUNIDADE MENOR!
Um país nunca apresentará vantagem comparativa em todas as mercadorias, sendo sempre para um país vantajoso se especializar na produção da mercadoria que possui vantagem comparativa
Pressupostos da teoria de David Ricardo = mundo com 2 países, A mão-de-obra é o único fator de produção (teoria do valor-trabalho). A mão-de-obra é homogênea e plenamente empregada. Não considera tecnologia e produção em escalas
** Assim como Adam Smith, pressupõe Concorrência Perfeita! **
Sua teoria é pautada nos Rendimentos constantes à escala e essa é a principal crítica das novas teorias. Novas teorias defendem que empresas gigantes tem custos menores devido a sua escala de produção
Outra condição para que ocorram ganhos com o comercio e que os preços internacionais sejam distintos dos preços no mercado interno de cada pais. Essa e a hipótese de “país pequeno”, isto é, nenhum dos dois países tem condições de afetar os preços no mercado internacional; ambos são “tomadores de preços” (price-takers). A razão para tanto e razoavelmente intuitiva. Caso um dos países fosse “grande” o suficiente, os preços relativos internacionais coincidiriam com os seus preços relativos internos, e não haveria ganho com o comercio.
O modelo de comércio de David Ricardo descreve
como é possível alcançar pontos acima e à direita na
fronteira de possibilidades de consumo (CERTO - TPS 2021) - Com o livre comércio, pela teoria de David Ricardo, ambos os países poderiam consumir mais de ambos os bens comercializados.
A especialização internacional extrema não ocorre na prática por três razões principais. A primeira delas assenta-se na existência de mais de um fator de produção disponível nas economias reais, o que acaba por reduzir a tendência à especialização. Em segundo lugar, há a adoção de modalidades de protecionismo pelos países para proteger a indústria e o emprego nacional da concorrência estrangeira. Por último, pode-se elencar os custos de transporte das mercadorias.
Os custos de transportes são considerados entraves à circulação de mercadorias e serviços e a depender do seu montante podem inviabilizar determinadas transações comerciais entre os países e até estimular a produção interna. Devido aos altos custos de transporte alguns produtos tornam-se bens não comercializáveis dado a invibialidade de seu comércio. Como exemplo, pode-se citar mercadorias com altas proporções de peso‑valor, como o cimento, cujo o custo de transporte inviabilizaria sua importação mesmo que ele seja produzido a um preço muito inferior no exterior.
Teorias Neoclássicas
1- principal pressuposto em comum com a teoria clássica
2- condição dos rendimentos nessas teorias
3- quantidade de países, produtos e fatores de produção dessas terias
4- citar 3 teorias neoclássicas
questionam a teoria clássica a partir do século XX, buscando explicar os MOTIVOS das diferenças das vantagens entre países / ** ainda pressupõem Concorrência perfeita **
Outros pressupostos: a tecnologia é livre e há dois produtos: um intensivo na utilização de capital, outro, na utilização de trabalho
Assim como em Davi Ricardo, os rendimentos nas teorias neoclássicas também são CONSTANTES
Cada nação se especializa na produção e deve exportar a mercadoria cujo fator de produção for mais abundante e barato
O modelo neoclássico contesta a necessidade e a eficácia das políticas comerciais protecionistas
modelos 2 x 2 x 2 = dois países, 2 produtos, 2 fatores de produção (capital e trabalho)
Exemplos = Teorema de Hecksher-Ohlin + Teorema de Hecksher-Ohlin-SAMUELSON + Teorema Stolper-Samuelson
As teorias clássicas do comércio internacional baseiam-se nas diferenças tecnológicas que culminam em diferentes produtividades relativas da mão de obra (Exemplo: produtividade do trabalho para Ricardo) , e a teoria neoclássica do comércio internacional, na diferença relativa de dotação dos fatores de produção (Hecksher Ohin)
Teorema de Hecksher-Ohlin (teoria H-O)
1- citar dois pressupostos da teoria
2- ideia central de produção
3- como são os rendimentos de escala dessa teoria
4- citar duas teorias e autores que contestam o Teorema de Hecksher-Ohlin
Também chamado de teoria da proporções de fatores ou teoria da dotação de fatores / Acrescenta a presença do fator CAPITAL junto ao trabalho dos clássicos (dois fatores, com dotação fixas) / essa teoria completa a de David Ricardo (comparativa) / a tecnologia é dada como fator constante (exógena) (ela existe, mas não está no modelo) / pressupõe a não existência de movimentação de fatores de produção entre nações
Segundo o modelo, cada país identificará quais são os fatores de produção que possui em abundância e, a partir daí, irá decidir o que produzir.
** Principal ideia: comércio internacional seria fruto das diferenças da distribuição dos fatores de produção entre as nações (fixo e imutável), a especialização deve ocorrer de acordo com o predomínio do fator de produção (BR = intensivo em terra e trabalhadores = produtos primários) **
Supõe que a produção em cada setor emprega de forma intensiva um dos fatores de produção, do qual mais dispõe / No caso dos países com dotações semelhantes, não haveria comércio internacional entre eles / assim como em Davi Ricardo, os rendimentos nas teorias neoclássicas também são CONSTANTES de escala (já caiu 2x) (função de produção homogênea de grau um) / considera-se concorrência perfeita (viés clássico) (não esquecer) / Uma dessas condições auxiliares e que essa análise supõe que não exista migração de trabalhadores entre os dois países considerados nem investimento de um no outro
Questão CESPE - Sendo a mão de obra pouco qualificada um fator de produção relativamente mais escasso nos EUA do que é no México, em comparação à oferta de trabalho qualificado, o modelo de Heckscher-Ohlin prevê perdas para os trabalhadores norte-americanos de baixa qualificação como decorrência do comércio internacional de bens intensivos nesse tipo de fator de produção (CORRETO)
Justificativa: Segundo o modelo, cada país identificará quais são os fatores de produção que possui em abundância e, a partir daí, irá decidir o que produzir / Se o México possui um número grande mão de obra pouco qualificada, ele irá produzir bens que demandem pouca qualificação / Diferentemente, se os EUA possui uma mão de obra mais qualificada, ele irá produzir bens que demandem alta qualificação / Nesta situação, se houver comércio internacional entre EUA e México, os trabalhadores americanos pouco qualificados estarão em pior situação: como os EUA não irá produzir bens que demandem baixa qualificação, eles ficarão com salários mais baixos, estando assim caracterizadas suas perdas.
Portanto, os EUA importarão os bens que demandam baixa qualificação do México e produzirão bens de alta qualificação. Os americanos de baixa qualificação ficam prejudicados, pois terão redução de remuneração.
3 CONTESTAÇÕES À TEORIA DE HECKSCHER-OHLIN:
Essa teoria foi contestada em 1940 por Wassily Leontief (Prêmio Nobel), o qual verifica que os EUA exportavam produtos intensivos em trabalho, contrariando expectativas = Paradoxo de Leontief (os dados empíricos demonstravam o contrário de HECKSHER-OHLIN)
Outra contestação veio no Pós II Guerra = em que agora tínhamos comercio de manufaturas em troca de manufaturas (portanto, produtos razoavelmente semelhantes, não distintos) e entre economias de pouca divergência entre fatores de produção (EUA Europa)
Outro crítico foi Linder (1961) = afirma que o determinante para o comércio entre países não estaria na oferta como os clássicos afirmam, nem na dotação de fatores, mas sim na demanda dos país / os tipos e as características dos produtos manufaturados consumidos em um país são específicos a sua própria estrutura industrial e ao nível de renda per capita do pais (modelo baseado nas características da demanda interna, não no fator produtivo em excesso). Como os padrões de demanda são semelhantes em países com o mesmo nível de renda per capita, o comercio tende a ser mais intenso entre países de mesmo nível de renda - o que justificaria o forte comércio entre UK e USA (As características das exportações estariam relacionadas a demanda e a renda da maior parte da população)
Posner (1961) e Vernon (1966) = justificam o comércio entre países, não pela dotação de fatores ou pela demanda da população, mas pelas diferentes dotações em tecnologia
Atenção: Relação tecnologia e preferências no modelo de Ricardo vs Hecksher-Ohlin:
No Modelo de Ricardo, a TECNOLOGIA difere entre os países, e as preferências dos consumidores entre os países são idênticas. Já o Modelo de Heckscher-Ohlin pressupõe a IGUALDADE entre a tecnologia e a preferência dos consumidores entre os países.
Teorema de Hecksher-Ohlin-SAMUELSON
1- ideia central e outro nome dado a teria
Também chamado de Teorema de Equalização de Preços de Fatores *** = se um fator abundante em um país leva a especialização em determinado produto, esta especialização leva a um aumento de demanda pelo fator (ponto chave), levando a uma tendência de aumento da remuneração do fator abundante (mão de obra ou taxa de juros).
O fator escasso, pela baixa demanda, tende a ter a sua remuneração reduzida. Exemplo: país com salários baixos (intensivo em mão de obra) = aumento da demanda por mão de obra = salários aumentam = juros do capital abaixa (equalização dos fatores envolvido)
Os custos dos fatores convergem / também chamada de TEORIA DA EQUALIZAÇÃO DOS FATORES, tornando-se uma vantagem do comércio internacional, uma vez que ele equaliza os fatores de produção dos diferentes países, gerando riqueza, aumentando salários ou diminuindo juros
Segundo Samuelson = como os fatores abundantes serão utilizados na produção com a especialização, os fatores não abundantes, ou escassos, não serão utilizados, apresentando tendência à equalização. O comércio internacional, portanto, tem a capacidade de aumentar o bem-estar social, o produto, a produtividade e equalizar a remuneração dos fatores de produção (convergência nos custos dos dois fatores nos dois países) / Segundo o manual da funag, essa teoria foi testada na prática e confirmou-se que há uma tendência a equalização dos fatores, mas não sua completa equalização / a teoria pressupõe RENDIMENTO CONSTANTES DE ESCALA (pressuposto)
Teorema de Stolper-Samuelson
1- Ideia central e o papel do protecionismo
2- citar 2 de 4 pressupostos neoclássicos básicos
Partem da ideia de Hecksher-Ohlin e em que há 2 países, cada um com seus fatores produtivos / analisam o protecionismo ***
Stolper-Samuelson defendem Barreiras a importação do produto intensivo no fator de produção NÃO abundante – elevando seu preço, ao invés da elevação do preço do fator intensivo abundante
Caso se imponham barreiras comerciais isso beneficiará o outro fator de produção, uma vez que o comércio livre favorece o produto com fator de produção abundante / quebra a lógica do teorema de Hecksher-Ohlin original
A elevação do preço LOCAL do produto IMPORTADO por barreiras (tarifas, cotas, etc), beneficia NECESSARIAMENTE o fator de produção usado intensivamente no setor que compete com o produto importado
Exemplo: computador e mandioca no país A e B = impõe-se custos adicionais aos computadores que são importados, e direciona recursos da produção de mandioca para produção de computadores (alterando a dinâmica do comércio)
Assim, se o comercio for livre de barreiras isso beneficiara a remuneração do fator produtivo abundante no pais, como visto. Caso se imponham barreiras comerciais isso beneficiara o outro fator de produção
Ficou demonstrado — em um modelo do tipo H-O — que qualquer interferência no comércio internacional que eleve o preço local do produto importado necessariamente beneficiara o fator de produção usado intensivamente no setor que compete com o produto importado
Se houver uma política comercial protecionista com relação ao produto importado, haverá substituição de importações. Esse aumento da produção doméstica do produto antes importado significa uma pressão no mercado de fatores, isto e, uma pressão de demanda pelo fator escasso (capital). Assim, os produtores desse produto tenderão a escolher técnicas de produção que usem mais trabalho e menos capital
** a elevação do preço do produto importado por meio de tarifas, estimula a produção nacional do produto antes importado ** desde que esteja sob pressupostos econômicos específicos (retornos constantes de escala + concorrência perfeita + igualdade do número de fatores ao número de produtos) [pressupostos neoclássicos]
Teorema de Rybczynski (1955)
1- ideia central
é um teorema do comércio internacional, elaborado pelo economista Tadeusz Rybczynski que afirma que SE os preços dos fatores estão constantes (fixo), o aumento da oferta de um fator conduz a um aumento da produção do bem que utiliza esse fator mais intensivamente, à custa da diminuição do outro bem que utiliza esse fator
Adiciona o progresso técnico ou aumento do estoque de fatores (entrada de imigrantes = aumento fator de produção trabalho) para crescimento do comércio internacional (buscando mais realismo)
O teorema de Rybczynski é essencial à verificação do teorema de HO (hecksher-ohlin), quando se utiliza a definição física de abundância relativa de factores, como iremos ver.
O teorema é compatível com o fenômeno conhecido como “doença holandesa” e a desindustrialização que se segue num país que descobre grandes reservas de recursos naturais
A crítica de Prebisch e da Escola Cepalina
1- significado de CEPAL
2- tipo de análise realizada
3- duas organizações fundadas por Raul Prebisch
4- duas críticas aos modelos (neo)clássicos
5- classificação da elasticidade renda da demanda de produtos primários e industrializados
6- Solução proposta pelo autor para quebrar esse ciclo de desigualdade
7- Classificação das economias centrais e periféricas segundo a diversificação/especialização e a produtividade homogênea/heterogênea
A CEPAL foi instituída pela ONU como Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, e inaugura a análise ESTRUTURALISTA baseada no método HISTÓRICO-ESTRUTURAL buscando autonomia local de pensamento para a região
Raul Prebisch, argentino, fundador de duas instituições internacionais, a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), no final da década de 1940, e a Conferencia das Nações Unidas sobre Comercio e Desenvolvimento (UNCTAD − United Nations Conference on Trade and Development), no início dos anos 1960
Crítica aos modelos clássicos e neoclássicos que são estáticos e não levam em consideração oscilações de mercado (preço) ao longo dos anos, nem a realidade de industrialização tardia da América Latina
Comparando-se manufaturas e commodities é possível fundamentar a Teoria da Deterioração dos termos de troca / negam os benefícios da divisão internacional do trabalho e da teoria da equalização dos fatores (transferências) / o difusicionismo no comércio (conceito de difusão do progresso técnico e de distribuição dos ganhos de comércio entre o centro e a periferia) não acontece devido à desigualdade estrutural entre países centrais e periféricos (crítica aos neoclássicos)
A CEPAL afirma que o difusicionismo de David Ricardo NÃO acontece! NÃO há interdependência, mas aumento do fosso entre CENTRO-PERIFERIA!
Isso tem forte implicações para países da periferia da América Latina, que tem sua produção concentrada em produtos primários e uma pauta de importações baseada em bens industrializados / os países centrais detém um nível técnico homogêneo nos três setores (indústria, agricultura e serviços = todos altamente eficientes), inclusive no que os países periféricos também detém produtividade (agricultura)
Os países periféricos, nesse sentido, teriam um nível técnico HETEROGÊNEO (indústria, agricultura e serviços = alguns com mais produtividade que outros) / Isso ocasionava uma deterioração dos termos de troca entre os países de tal forma que provocava um desequilíbrio de renda entre o centro e a periferia / identifica a inflação como um fenômeno gerado pela deterioração dos termos de troca
Prebish identifica nas relações internacionais entre os países do centro e da periferia desigualdade de produtividade nas trocas comerciais, de tal forma, que ficava evidente a não distribuição equitativa dos frutos do progresso técnico
O que se observa, de fato, é que a elevação da produtividade nos países centrais não teve como contrapartida a redução dos preços relativos dos bens manufaturados. Pelo contrário, elevaram-se, proporcionando maiores ganhos para os países mais desenvolvidos, aumentando a renda de empresários e fatores produtivos nessas nações
*** Elasticidade-renda da demanda dos produtos primários é menor que um (renda aumenta, demanda cresce menos que proporcionalmente) = produto de sobremesa, a renda não aumenta seu consumo *** (vtc - já caiu 2x)
Elasticidade-renda da demanda por produtos industrializados é maior que 1 (renda aumenta, há aumento mais que proporcional na demanda) = aumentos da renda, aumentam o consumo desse bem
Como a elasticidade-renda dos produtos primários é baixa, a subida da renda mundial causa pouco efeito na demanda por bens primários, fazendo com que o preço dos bens primários se mantenha mais ou menos constante, enquanto o preço dos bens industrializados cresce progressivamente
O autor defende a industrialização substitutiva de importações como forma de mudar a composição da pauta de importações e exportações, elevando sua renda através da dinâmica do progresso técnico. Assim, o desequilíbrio do BP agravado pela DIT nas relações comerciais seria atenuado, diminuindo a vulnerabilidade externa dos países periféricos
Visão estruturalista da Inflação = os processos inflacionários latino-americanos têm suas raízes em desequilíbrios gerados nas atividades produtivas (“esfera real”) do sistema econômico e, especialmente, em certas características e rigidezes dos setores externo e agrícola / foco na estrutura produtiva de economias em desenvolvimento como as latino-americanas. / Em síntese, sob a ótica estruturalista, deduz-se que as políticas de estabilização inspiradas na posição monetarista conduzem à desaceleração do crescimento e ao aumento do desemprego. Elas só logram êxitos temporários e pouco significativos quanto às metas que explicitamente perseguem. Ainda segundo os estruturalistas, as causas da inflação estão associadas a conflitos distributivos, ou seja, empresários defendendo suas margens de lucro, trabalhadores tentando manter seus salários e o governo mantendo sua parcela por meio de impostos, preços e tarifas públicas.
Prebisch defende a não difusão do progresso tecnológico, ou seja, há uma diferença entre a tecnologia dos países e ela não se transfere de um para o outro.
Modelo Centro-Periferia:
▪ Economia central: diversificada e produtividade homogênea
▪ Economia periférica: especializada e produtividade heterogênea
Restrição externa ao crescimento = A tendência ao desequilíbrio externo vincula-se, dessa forma, à
alternância de períodos de bonança e de aguda escassez de divisas, o que no longo prazo se reflete nas oscilações do valor das exportações e da capacidade de importar. A obtenção de divisas por meio do frágil setor primário-exportador para a compra de bens de capital necessários à industrialização torna-se a principal restrição externa ao crescimento.
Superação da condição periférica e do desequilíbrio externo: “industrialização deliberada”: “complementaridade intersetorial” e “integração vertical da produção”.
O planejamento seria assim capaz de alterar os critérios de alocação de recursos a fim de ter a industrialização como eixo principal, evitando o desequilíbrio externo e minimizando as perdas devidas à deterioração
dos termos de troca.
O planejamento estatal, no entanto, não se apresenta como alternativa à economia de mercado, mas como meio de dar mais eficiência ao seu funcionamento.
De acordo com a visão de Prebisch, as recorrentes crises, nas nações periféricas, causadas pelo desequilíbrio dos balanços de pagamentos, decorreram, em parte, do fato de às ELEVADAS elasticidades-renda da demanda de importações terem-se contraposto as BAIXAS elasticidades-renda das exportações da periferia, o que contribuía para a deterioração dos termos de troca desses países.
CERTO - A tendência a um excesso de demanda da periferia por manufaturados de alta elasticidade rena da demanda importados do centro, e uma oferta excedente de produtos primários de baixa elasticidade rena da demanda produzidos pela periferia resulta numa tendência à deterioração dos termos de troca desses países.
Teoria de Singer-Prebisch
1- Elasticidade renda da demanda dos bens primários e industrializados
2- Solução para a dependência econômica
3- qual é a dupla tendência dos produtos industrializados em relação ao preços
Produtos de países em desenvolvimento sofrem mais com oscilações externas (refém) e possuem aumento menor de seus preços em relação aos industrializados (perda de bem-estar social) (exceção: petróleo), gerando dependência econômica.
Aumentos na renda geram baixo aumento da demanda de bens primários (elasticidade <1) e alta demanda para bens industrializados (elasticidade renda da demanda alta para estes últimos) – ao mesmo tempo que a renda e o preço dos bens industrializados sobem ao longo dos anos, o preço das commodities não os acompanha
A solução seria pela substituição das importações de bens manufaturados a qualquer custo. (O crescimento Chinês contesta a teoria ao manter o equilíbrio do preço das commodities devido ao alto consumo e ao exportar manufaturados mais baratos).
Segundo o chamado modelo Singer-Prebisch, existe uma dupla tendência ao se compararem as trajetórias dos preços internacionais dos produtos primários e dos produtos industrializados. Os primeiros tendem a oscilar de maneira mais pronunciada, enquanto os segundos são mais estáveis.
E ao longo do tempo, os preços dos produtos primários tendem a reduzir-se, enquanto os preços dos industrializados tem tendência de elevação. Esta e a essência do diagnostico que levou – certamente no caso de Prebisch – a postular uma diversificação da pauta de exportações.
OSCILAÇÃO/ESTABILIDADE E DIMINUIÇÃO/AUMENTO
A maneira de fazer isso seria por meio da alteração do processo produtivo, o que implicava a promoção da industrialização
Mais recentemente, o crescimento da importância da China e outros países asiáticos importadores líquidos de alimentos e minérios e exportadores de manufaturados a preços competitivos teve o efeito de inverter o diagnostico anterior: nos últimos anos, tem havido aumento expressivo dos preços das chamadas commodities, em paralelo a um barateamento dos produtos industrializados, derivado seja de sua produção em grande escala seja do progresso técnico crescentemente embutido nos produtos comercializados
Mercados com economia de escala, e, portanto, imperfeitos, possuem custo marginal decrescente e quando ligados a um setor inteiro (economia de escala externa), podem dificultar a entrada de concorrentes no comércio internacional (Vale do Silício). O pioneirismo em um setor com economia de escala possibilita a especialização e a liderança no setor. – As economias de escala não eram consideradas nas teorias de Adam Smith, Davi Ricardo e Hecksher-Ohlin
ECONOMIAS DE ESCALA
1- três tipos de economia de escala na economia internacional
2- tipo de mercado que possui economias de escala
Passam a ser um fator primordial nas novas teorias de comércio internacional, diferente das teorias clássicas e derrubando um de seus pilares (economias constantes de escala)
Resposta 1 = 3 tipos de economias de escala = internas ou externas a firma, ou ainda internacionais (Já caiu)
Resposta 2 = mercado imperfeitos
As economias de escala contrastam com os retornos constantes das teorias clássicas / as economias de escala existem na concorrência imperfeita (em contraste a concorrência perfeita dos clássicos)
As teorias clássicas e neoclássicas do comércio internacional mostram-se insuficientes para explicar padrões atuais de comércio global, em que predomina, entre os países desenvolvidos, o comércio intraindústria, isto é, com trocas entre o mesmo setor produtivo. Observando essa tendência e a incapacidade de explicá-la com base na perspectiva dos clássicos e neoclássicos, economistas como Krugman desenvolveram novas teorias, que levam em conta a presença de economias de escala e de concorrência imperfeita.
Economia de escala interna à firma
1- definição
gera uma concorrência imperfeita, pois alguém passa a ter um custo menor que os demais, possibilitando o dumping para formar monopólio
Quanto maior a produção de qualquer negócio em particular, menor seu custo médio (economia de escala) / economia de escala interna está ligado ao tamanho da produção da firma
Quando as economias de escala se aplicam ao nível setorial, em vez de ao nível das empresas individualmente, elas são chamadas de economias de escala externas
As economias de escala INTERNAS à firma NÃO são consistentes com a hipótese de concorrência perfeita (onde todos os preços são iguais, não há como haver diferenciações entre os produtos ou preços) – aquelas firmas competitivas, em que ocorrem ganhos de escala, vão sempre aumentar a produção, resultando em maior participação no mercado e, portanto, violando a condição de concorrência perfeita /
Economias de escala interna externa à firma
1- Definição
é aquela que ocorre em todo o setor, não em uma única firma / quando o custo médio de cada firma depende do tamanho da indústria a que pertence / Diferente das economias de escala internas, os rendimentos crescentes EXTERNOS são compatíveis com a concorrência perfeita = neste caso, os rendimentos de escala são percebidos por cada firma em separado, mas aumentam de forma externa a elas (o setor inteiro se beneficiou e há compatibilidade com a concorrência perfeita)
Economia de escala internacional (ou externa)
1- definição
2- dois fatores que podem gerar economias de escala internacional
3- Diferença entre economia interna e externa de escala
4- três vantagens da concentração industrial para a produção
São resultado da divisão internacional do trabalho ou especialização da produção mundial (avanços tecnológicos por exemplo = o mundo inteiro ganha) = É uma economia de escala internacional
Esse tipo de economia (de escala internacional) “prende” empresas no setor em que o país se destaca, permanecendo nesse setor, mesmo que a origem seja um acaso histórico (Cafeterias na Espanha) (diminui a inovação em outros setores)
Em termos teóricos, a economia de escala internacional também é compatível com a Concorrência perfeita, pois beneficia TODO o setor, assim como as economias externas à firma
Um conglomerado de empresas (distritos industriais ou clusters) pode ser mais eficiente e gerar economias de escala por causa da: sustentação de fornecedores especializados, constituição de um mercado comum de trabalho (bons funcionários) e fomento dos transbordamentos de conhecimento
Cada concorrente novo que entra no mercado faz com que haja custos mais baixos, gerando uma curva de oferta agregada negativamente inclinada (quanto maior o setor, menores os custos)
Economias externas possuem efeitos ambíguos sobre o bem-estar = a concentração da produção em um grupo ou local pode reduzir custos e beneficiar o comércio mundial, mas não é certo de que uma especialização profunda seja a melhor opção para o país ou setor (Exemplo do café BR na I República) = para economia mundial é positivo (eficiência = colhendo vantagens comparativas e economia externa), mas para o país pode não ser
Economias EXTERNAS de escala = Ocorrem em nível de setor industrial, de forma que não transformam o mercado em algo imperfeito. Não se confundem com as vantagens ou economias de escala INTERNA de uma grande empresa que tende a se tornar monopólio ou oligopólio por suas vantagens (mercado imperfeito). As economias de escala em si dizem respeito a um aumento proporcional maior na produção, quando se adiciona um fator de produção.
Economias externas de escala acontecem quando o custo por unidade depende do tamanho do setor, mas não necessariamente do tamanho de alguma empresa.
Economias internas de escala acontecem quando o custo por unidade depende do tamanho de uma empresa individual, mas não necessariamente do tamanho do setor.
Por exemplo, a produtividade pode aumentar com a entrada de mais empresas no setor (indústria no conjunto maior), mesmo que cada indústria individualmente continue produzindo a mesma quantidade, graças à possibilidade de uma oferta mais eficiente de serviços especializados ou maquinário.
Um setor no qual as economias de escala são puramente externas (isto é, onde não existem vantagens para empresas grandes) geralmente consistirá de muitas empresas pequenas, e pode ser perfeitamente competitivo. Economias internas de escala, por contraste, dão às grandes empresas uma vantagem de custo sobre as pequenas e criam estruturas de mercado imperfeitamente competitivas.
Tanto as economias de escala internas quanto externas são importantes causas do comércio internacional.
Quando as economias de escala são aplicadas no nível da indústria, em vez de no nível da empresa individual, elas são chamadas de economias externas.
A análise das economias externas remonta a mais de um século pelo economista Alfred Marshall, que ficou impressionado com o fenômeno dos “distritos industriais”: concentrações geográficas de indústria que não podem ser facilmente explicadas por recursos naturais. Na época de Marshall, os exemplos mais famosos incluíam tais concentrações de indústria como o conjunto de fabricantes de talheres de Sheffield e o conjunto de empresas de meias em Northampton
Marshall argumentou que existem três razões principais para que um conjunto de empresas seja mais eficiente do que uma empresa individual isoladamente:
1) a habilidade de um aglomerado em dar apoio a fornecedores especializados;
2) a maneira que uma indústria geograficamente concentrada permite um agrupamento do mercado de mão de obra; e
3) a maneira como as indústrias geograficamente concentradas ajudam a promover o transbordamento de conhecimento.
Esses mesmos fatores continuam a ser válidos atualmente.
Exemplos de Economia externa pela concentração espacial: (1) concentração espacial de fornecedores especializados, (2) agrupamento do mercado de mão de obra altamente especializada, evitando escassez, subaproveitamento ou desemprego, (3) transbordamento de conhecimento
A concentração de indústrias em um determinado espaço favorece a criação de um mercado de fornecedores especializados (exemplo: Vale do Silício), tornando esse mercado mais competitivo e dificultando a formação de concorrentes. Todas essas vantagens criam economia externas para determinados setores que se favorecem e podem exportar ou distribuir seus produtos com menor custo.
Normalmente, a demanda é declinante e a oferta ascendente. Contudo, na presença de economias externas de escala, existe uma curva de oferta em queda futura: quanto maior for a produção da indústria, menor vai ser o preço pelo qual as empresas vão querer vender, porque seu custo médio de produção cai ao passo que a produção da indústria aumenta
Retornos Crescentes Dinâmicos (também chamados de economias de escala) ***
1- conceito e relação com o conhecimento
2- relação com o protecionismo
são os ganhos provenientes do transbordamento do conhecimento ou know-how (redução de custos) / Algumas das economias externas mais importantes surgem da acumulação de conhecimentos. Quando uma empresa individual aperfeiçoa seus produtos ou técnicas de produção graças à experiência, é provável que outras a imitem e se beneficiem de seu conhecimento.
Esse transbordamento de conhecimento gera uma situação em que os custos de produção de empresas individuais caem, à medida que o setor como um todo acumula experiência. É a mesma ideia de economia de escala externa, porém as economias de escala vem de um aperfeiçoamento do know-how ou EXPERIÊNCIA, fornecendo outro nome a “teoria”
E essa relação é resumida por uma curva de aprendizagem, que relaciona o custo unitário com a produção acumulada / países que não gozam de retornos crescentes dinâmicos, apelam para o protecionismo até que sua indústria possa competir e adquirir a EXPERIÊNCIA que o concorrente adquiriu
OS RETORNOS CRESCENTES DINÂMICOS SÃO UMA RAZÃO QUE JUSTIFICA O PROTECIONISMO – É a condição que a indústria nacional tem de adquirir
Conceito = Curva de aprendizagem é a curva que relaciona as quantidades de insumos necessários para produzir uma unidade de produto à medida que aumenta a produção cumulativa da empresa.
ECONOMIAS DE ESCALA EXTERNAS DINÂMICAS = é uma das justificavas para argumentação em favor do protecionismo = obtenção de economias escalas dinâmicas para chegar ao nível da concorrência internacional
Modelo de Kemp = Se um país ou empresa tem uma economia externa de escala e, portanto, tamanhos de estruturas de produção distintas em relação aos demais, a empresa ou país não precisa necessariamente se especializar em um único produto, como dizia Ricardo e suas vantagens comparativas. Na realidade, a empresa ou país pode abrir a pauta e criar um padrão de especialização em vários tipos de mercadorias para conseguir absorver os ganhos de escala com a abertura comercial.
Transações intrafirma (comércio intrassetorial)
1- conceito
2- citar 2+ indústrias que realizam essas transações
3- 2+ exemplos de barriras que estímulam as transações intrafirma
É a situação em que as empresas compram de si mesma / São mais frequentemente encontradas em relação àqueles produtos ou serviços que demandam mais intensamente mão de obra ** altamente especializada **
Estudos da OCDE indicam que as transações intrafirma tendem a ser elevadas (mais de 50% do total de transações internacionais das empresas) nas indústrias farmacêuticas, de computadores, semicondutores e veículos automotores.
Esse tipo de comércio é analisado no modelo de S. B. Linder (1960) + Belassa (1966) + Krugman (1979) + Falvey (1981)
As empresas fazem integração vertical para proteger seu conhecimento
** “A incorporação de elementos, como rendimentos crescentes de escala, concorrência imperfeita e diferenciação de produtos, permite conceber a especialização no comércio em produtos que não correspondem à dotação relativa de fatores produtivos, do mesmo modo que dão margem a processos produtivos complementares, entre plantas produtivas situadas em países distintos, levando à INTENSIFICAÇÃO DE TRANSAÇÕES INTRAFIRMA” **
A abertura e maior integração comercial entre países avançados, abundantes em capital e tecnologia e com mercados dominados por oligopólios, de acordo com o modelo de Krugman, promove o comércio intraindustrial e leva a preços mais baixos dos produtos negociados devido à exploração das economias de escala
O comércio intraindustrial é a situação em que dois países exportam e importam simultaneamente produtos de uma mesma origem industrial.
Já o Comércio interindustrial ocorre quando dois países comercializam produtos de diferentes indústrias.
Se os países são similares em sua tecnologia e em fatores de produção, eles possuem capacidades produtivas semelhantes. Por isso, a maior parte do comércio será intraindustrial (Brasil e Argentina exportam e importam entre si carros e carnes, já que nossas capacidades de produção permitem a produção desses dois produtos).
Se os países fossem diferentes em suas capacidades de produção, aí a maior parte do comércio seria interindustrial (Brasil e China ou Brasil e EUA: Brasil exporta comida e importa tecnologia).
A transação intrafirma também ocorre porque determinadas barreiras entre os países – como políticas governamentais no país de origem -, podem implicar em maiores custos de produção. Por exemplo, Barreiras comerciais externas, regulação do movimento internacional de capital, políticas de estímulo ao investimento, tributação de ganhos, regulação de concorrência no mercado interno, níveis de taxas de juros e de taxas de câmbio são elementos que podem influenciar o surgimento desse tipo de transações intrafirma.
Em suma, as indústrias com produção intensiva em conhecimentos científicos e em larga escala dependem mais de insumos de alta tecnologia, alta qualidade, alto grau de capacitação dos trabalhadores e peças e componentes altamente especializados. Sua aquisição tem elevado valor estratégico para as empresas, de modo que elas preferem manter controle direto sobre a provisão desses insumos por meio de investimento direto e de transações internas à firma.
Modelo de Linder (1960)
1- objetivo do modelo
2- conceito
É um modelo que visa explicar o fluxo comercial entre países desenvolvidos
Para Linder, as vantagens comparativas são determinadas pela demanda (“keynesiano”), e não pela oferta (fator de produção abundante), conforme o teorema de Hecksher-Ohlin
Parte do pressuposto que muitos países negociam com outros em situação de desenvolvimento semelhante (com fatores de produção semelhantes)
Países com alta renda possuem gostos mais sofisticados e a estrutura do país depende, portanto, do nível de renda /
Modelo de Vernon (teoria do ciclo produtivo)
1- duas fases do ciclo de vida dos produtos
2- 3+ características do produto na primeira fase
3- 2+ características da segunda fase
também chamada de Teoria do Ciclo Produtivo de Raymond Vernon / estudou produtos com alto grau de sofisticação e seu ciclo de vida que se divide em 2 momentos
1- surgem nos países desenvolvidos pela pesquisa e inovação / intensivos em capital / possuem poucos produtores / alto grau de diferenciação, destinados a renda elevada / possibilidade de monopólio / baixos índices de elasticidade-preço da demanda e altos índices de elasticidade-renda da demanda
2- fase da maturidade, passa a ser intensivo em trabalho e internacionalização da produção para países em desenvolvimento.
A teoria pressupõe que os países em desenvolvimento que internalizavam a produção são justamente aqueles que outrora importavam. Ou seja, a demanda interna destes países É um pressuposto da teoria.
Por fim, na fase 2, a fase de maturidade é alcançada quando o produto se torna amplamente disponível em vários países e a concorrência se intensifica. Nesse estágio, os custos de produção podem ser mais baixos em outros países, o que
leva à deslocalização da produção para locais com mão de obra mais barata. O país de origem do produto geralmente se torna um importador do próprio produto que antes dominava a produção.
Teoria da concorrência monopolística
1- conceito
o país não produzirá todos os bens, especializando-se na produção de alguns bens e obtendo economias de escala na sua produção (mercado imperfeito).
Através da especialização e das economias de escala, países com estrutura semelhante comercializarão produtos dentro de um mesmo setor industrial, chamado comércio intra-indústria.
Subsídios
1- efeito na quantidade de equilíbrio
2- efeito no preço para produtor e para o consumidor
3- dois casos de produtos que contam com subsídio brasileiro
4- tipo de barreiras que os subsídios se enquadram
5- dois tipos de subsídios proibidos pela OMC
6- Duas diferenças entre o subsídio à exportação e à produção doméstica
A introdução do subsídio provoca um aumento na quantidade de equilíbrio. Eleva-se o preço recebido pelo produtor, estimulando a oferta; e reduz-se o preço pago pelo consumidor, estimulando a demanda em um primeito momento, ocorrendo a perda de eficiência por situar-se acima do equílibrio e do socialmente ótimo.
Para arcar com o subsídio, o governo deve arrecadar impostos ou se individar, o que em última analise recai sobre o contribuinte em qualquer caso. O subsídio aumenta o retorno privado de produzir nesse mercado, que se tornou mais alto do que o retorno social dessa atividade. Da perspectiva da sociedade, isso constitui um desperdício de recursos - isso está por trás do custo social do subsídio.
É considerado um imposto ao contrário / ocorre no DIESEL e no leite no BR / o grupo mais inelástico ao bem (aqueles que dependem) desfrutam da maior parte do benefício / subsídios podem se basear em estímulos para exportação ou ainda para a PRODUÇÃO (apoio interno) / Os subsídios são considerados barreiras comerciais NÃO-TARIFÁRIAS
Os subsídios produzem deterioração dos termos de troca ao elevar os preços no mercado interno e reduzi-os nos mercados de destino, o que é compensado pelo aumento da renda que provocam no mercado interno.
Há subsídios proibidos, não acionáveis e acionáveis. Ou seja, nem todos são proibidos pela normativa da OMC. Os subsídios proibidos são aqueles vinculados ao desempenho exportador ou ao uso preferencial de produtos domésticos em detrimento de estrangeiros
** Pode-se pensar no subsídio como sendo um imposto negativo porque seu efeito sobre a quantidade produzida é exatamente o oposto do efeito de um imposto, ou seja, a quantidade aumenta. Existindo subsídio, o preço líquido recebido pelo vendedor excede o preço pago pelo comprador e a diferença entre os dois é igual ao valor do subsídio **
De maneira análoga ao caso do imposto, o benefício de um subsídio é dividido entre compradores e vendedores, dependendo das elasticidades relativas da oferta e da demanda
Existem dois tipos de subsídios: para exportação ou para produção doméstica.
SUBSÍDIOS À EXPORTAÇÃO (proibidos pela rodada Nairóbi em 2015)
Quando um país é fechado encontra-se em equílibrio de autarquia (Preço e quantidade cruzam-se no equilíbrio). Quando o país é um EXPORTADOR (não fechado), o preço e quantidade são uma linha acima do preço de equílibrio (caso o preço internacional seja maior que o preço doméstico e seja um país pequeno – sem capacidade de influenciar o preço internacional). Nesse caso, os consumidores nacionais pagam o preço de EXPORTAÇÃO e os fornecedores atenderão a demanda interna daquela quantidade e o restante será exportado.
Conclusão: as duas linhas retas (preço sem subsídio e preço com subsídio) acima do preço equílibrio diminuem a quantidade demandada no país e aumentam a quantidade disponível, a diferença entre a oferta e a demanda é exportada.
No país exportador, os consumidores são prejudicados pelo subsídio, os produtores ganham e o governo perde, porque deve gastar dinheiro com o subsídio. O subsídio leva, inequivocadamente, a custos maiores que seus benefícios.
Em outras palavras:
Quando um país é exportador de um produto, o preço internacional supera o equilíbrio entre oferta e demanda domésticas, que é o equilíbrio de autarquia. A introdução de um subsídio à exportação vai elevar o preço internacional no montante do subsídio. Isto levará a uma redução da demanda doméstica, pois o consumidor interno terá que pagar mais pelo bem. E levará a um aumento da oferta doméstica, pois o subsídio eleva o preço que ele recebe.
As despesas do governo com o subsídio, somadas às perdas dos consumidores, superam os ganhos de excedente do produtor dos ofertantes. Como resultado, há uma redução do excedente total da economia, ou seja, peso morto. A proibição dos subsídios à exportação agrícola deve então elevar o bem-estar total dos países que antes os adotavam, beneficiando consumidores e governos, entretanto levará a perdas para os produtores que antes ganhavam com estes subsídios.
SUBSÍDIOS À PRODUÇÃO (ainda legalizados) (caso de países importadores**)
Linha de preço fica abaixo do preço de equilíbrio em condições normais (porque o preço internacional é menor que o doméstico). Com a adição de subsídio há um DESLOCAMENTO da oferta para a direita formando um novo equilíbrio com a linha reta de preço. Isso gera queda no preço e aumento da quantidade, aproximando-se do preço internacional. A diferença nas quantidades entre as duas ofertas é a DIMINUIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES. Não há alterações no excedente do consumidor, há perdas para o governo e ganhos para o fertante (menores que as perdas do governo, gerando peso morto).
Em outras palavras:
O subsídio à produção (apoio interno) difere do subsídio à exportação na medida em que este é aplicado apenas ao produto exportado, e o primeiro se aplica a toda a produção. Desta forma, a análise também será diferente. Supondo que o país que adota o apoio interno seja um importador, o preço internacional neste caso é menor do que o preço de autarquia. Ao pagar um subsidio à produção, a curva de oferta se desloca para direita e para baixo, aumentando a produção doméstica e reduzindo o preço de autarquia, que se aproxima do preço internacional. Como resultado da demanda constante e aumento da produção interna, o total das importações vai diminuir
O consumidor não terá alteração em seu excedente, pois ele seguirá pagando o preço internacional, mas os produtores vão aumentar seu excedente pois aumentarão a produção. O consumidor não terá perdas neste caso, mas o subsídio pago pelo governo supera o ganho do excedente dos produtores, o que significa que neste caso também haverá peso morto. Assim, faz sentido que se elimine também a modalidade de apoio interno, pois os países que o adotam poderão ter aumento no seu bem-estar, e os países em desenvolvimento vão poder elevar suas exportações, visto que países que adotam o apoio interno têm suas importações artificialmente reduzidas
Quotas e tarifas de importação
1- conceitos
2- impactos da quotas
3- quatro variáveis que limitam a perda do consumidor com a imposição de uma tarifa no gráfico
3- diferença entre tarifa específica e ad valorem
Quota limita a quantidade importada e tarifa é um imposto e gera receita, ambas visam ajudar a indústria nacional / Só faz sentido impor caso o preço mundial esteja abaixo do preço de equilíbrio interno / Não confundir com quota de produção (ligada a um limite de produção interna – fixa a oferta) /
As quotas, mesmo não alterando o preço do bem, afetam a distribuição de renda do país, uma vez que há rearranjo entre excedentes do consumidor, produtor e receita do governo (geram perda do bem estar pelo peso morto) /
Portanto, as quotas têm impactos distributivos (assim como as tarifas também têm). Além do mais, se tivermos que comparar a quota à tarifa, esta será superior àquela, já que a imposição da tarifa, ao menos, gera receita para o governo, enquanto a quota não gera nenhuma receita para o Estado.
A imposição de uma política comercial, como tarifas generalizadas sobre as importações sob o regime de taxas de câmbio fixas, tende a reduzir a renda do país - QUESTÃO ERRADA TPS 2021
Em um regime de taxas de câmbio flexíveis, a imposição de restrições ao comércio, tais como quotas às importações ou tarifas, não afeta a renda, porque a apreciação da moeda nacional aumenta as importações, compensando o aumento inicial das exportações líquidas. - CERTO - TPS 2003
** As cotas possuem os mesmos efeitos que uma tarifa: aumenta o preço, reduz a quantidade de importações; reduz o bem-estar dos compradores; aumenta o bem-estar dos vendedores (com exceção da receita do governo que vai para os detentores das licenças) **
Quanto mais INELÁSTICA (em pé) for a curva de demanda, as perdas relativas a bem-estar decorrentes da imposição de uma tarifa sobre produtos importados serão tanto menores (diminui a área da perda dos consumidores formada pelo trapézio entre as curvas de oferta e demanda e o preço antigo e o novo)
TARIFAS:
ESPECÍFICAS = valor fixo
AD VALOREM = %
Restrições às importações (TARIFAS OU QUOTAS) e seus efeitos nas EXPORTAÇÕES E RENDA AGREGADA:
- Uma tarifa ou quota reduz as importações, aumenta NX e desloca a curva IS para direita (de E para E’).
- Renda e taxas de juros aumentam.
- Taxas de juros mais altas atraem fluxos de capital, BP > 0 e a moeda
nacional aprecia. - Com apreciação da moeda, o saldo da balança comercial diminui (importações mais baratas e exportações mais caras) e desloca IS para a esquerda.
- A economia volta ao equilíbrio inicial sem alteração da renda.
- Restrições às importações não aumentam as exportações líquidas (nem
reduzem o déficit comercial). - A política comercial é ineficaz com taxas de câmbio flexíveis.
- Distúrbios reais na demanda não afetam a produção de equilíbrio sob taxas flexíveis.
Esse movimento é IDÊNTICO ao que ocorre com o uso da política fiscal EXPANSIONISTA em câmbio flutuante (mesmo efeito da proteção comercial)!
No gráfico de oferta e demanda (preço x quantidade):
- A TARIFA desloca a reta horizontal para um novo ponto acima do equilibrio inicial (abaixo do ponto de equilibrio do mercado)
- A COTA desloca a curva de OFERTA para a direita
- Os dois menores triangulos formados com a demana e a oferta são os pesos-morto (sempre)
Curva J
1- conceito
2- duas variáveis em questão
efeitos que a taxa de câmbio causa na balança comercial
Depreciações ou valorizações cambiais levam tempo para surtir efeito no mercado.
Por isso, em uma depreciação da moeda nacional, inicialmente as exportações tendem a cair (deterioração da balança comercial) antes de aumentar e reduzir esse déficit (curva J) / Isso se deve muito aos contratos internacionais e suas correções.
GENERAL AGREEMENT ON TARIFFS AND TRADE
1- nome dado as partes, vigência do acordo, quantidade de rodadas e quais produtos foram negociados
2- Rodada Tóquio - duração, principal avanço e seu conteúdo
3- Rodada que cria a OMC
4- Dois principais órgãos da OMC
5- Quatro principais etapas do órgão de solução de controvérsias
6- Dois princípios que fazem parte do Princípio da Não Discriminação
O Acordo Geral de tarifas e comércio (GATT) não é uma Organização Internacional, mas um acordo internacional, os interessados são PARTES CONTRATANTES / O GATT NÃO foi extinto em 1994, ainda em vigência / houve 8 rodadas até 1994 / BR é fundador do GATT, ALALC (1960), ALADI (1980) / As normas e os acordos no âmbito do GATT aplicam-se exclusivamente ao comércio de mercadorias. As normas e os acordos no âmbito da OMC é que se aplicam ao comércio de mercadorias, de serviços e de direitos de propriedade intelectual
Limites quantitativos já são permitidos eventualmente (salvaguardas ou desequilíbrio no BP)
Abrange o Princípio da não discriminação = os impostos aos produtos nacionais devem ser iguais aos importados
Na Rodada Tóquio (1973-1979) (lembrar que ocorreu durante os dois choques do petróleo) foi estabelecida a Cláusula de Habilitação, que permitiu a concessão de tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento / A Cláusula de Habilitação permitiu a concessão de tratamento especial e diferenciado aos países em desenvolvimento na OMC (rodada Tóquio)
Rodada Uruguai = a grande inovação desta rodada foi a obrigatoriedade de aceitação dos resultados por todos os países membros, sob pena de exclusão da recém-criada OMC, que passou a ter decisões de caráter impositivo e de cumprimento obrigatório
OMC = acordos plurilaterais (adesão facultativa) e multilaterais (obrigatório, inclui o GATT, propriedade intelectual [TRIPS])
A estrutura organizacional da OMC é composta pela Conferência Ministerial (reunião a cada 2 anos), o Conselho Geral (trabalho permanente e resolução de controvérsias), os conselhos de mercadorias, de serviços e de propriedade intelectual
O Conselho Geral desempenha as funções da OMC nos intervalos entre as reuniões da Conferência Ministerial. É no âmbito deste órgão que se dá a função de Órgão de Solução de Controvérsias e ainda de Órgão de Revisão das Políticas Comerciais, que tem como foco analisar políticas comerciais e administrar as disputas
A Rodada Doha começa em 2001 (nesse contexto, em 2003 surge o G20 COMERCIAL = países em desenvolvimento – América Latina, África e Ásia) / Doha funciona pelo princípio de “single undertaking”, alterações em acordos devem ter aceitação de todos os membros
Em 2013, surge o Tratamento especial e diferenciado = na reunião de Bali foram previstos tratamento diferenciado entre países membros de menor desenvolvimento relativo
O procedimento de solução de controvérsias na OMC é basicamente dividido em quatro fases: formulação de consultas pelos Estados envolvidos, painéis, apelação e implementação
Podemos afirmar também que o GATT é um acordo multilateral, pois vincula todos os membros da OMC /
A OMC atua apenas em litígios entre nações
** O princípio do tratamento nacional ou paridade se refere a produtos (mesmo tratamento entre produtos nacionais e importados uma vez adentrado o território aduaneiro) e a Cláusula da Nação Mais favorecida se refere a países. Ambos são desdobramentos do princípio da Não-discriminação **
Observação: CESPE considera certo = Na Rodada de Desenvolvimento de Doha de 2001, os ministros das relações exteriores e de comércio dos diferentes países buscaram a liberalização comercial e o crescimento econômico, com especial atenção às necessidades dos países em desenvolvimento.
Apesar de suas deficiências e das resistências políticas, a Carta da Organização Internacional do Comércio (OIC), ou Carta de Havana, foi um documento de política comercial inédito – CERTO -
Principais Blocos de Integração na América do Sul
1- Ano de criação e 4 países partes da ALALC
2- Ano de criação do Pacto Andino
3- Ano de criação e 4 países parte da Aliança do Pacífico
ALALC (1960) = interesses comerciais ARG, BRASIL, CHILE e MÉXICO (os 4 grandes)
PACTO ANDINO (1969) torna-se COMUNIDADE ANDINA (CAN)
ALALC TORNA-SE ALADI EM 1980
MERCOSUL EM 1991 (Tratado de Assunção)
2009 = criação da ALBA (Aliança Bolivariana das Américas = américa do Sul + caribe + américa central)
2012 = Aliança do Pacífico = Chile, Peru, Colômbia, México
Resposta BR à crise de 2009
1- 3 de 5 fatores que protegeram a economia brasileira
2- duas medidas adotadas na política monetária
3- duas medidas adotadas na política fiscal
O Brasil sofreu poucos efeitos devido ao seu investment grade e recebeu investimentos externos no período, além de suas reservas internacionais, boa regulação do mercado financeiro nacional, saneamento dos bancos nacionais realizados por FHC (PROER) e política monetária responsável.
Apenas houve pequena oscilação no real que logo retornou a menos de R$ 2, havendo redução das exportações e da demanda agregada. Diante da crise, o governo adotou medidas política monetária antirecessiva ou expansiva (redução da taxa de juros, dos depósitos compulsórios, e da taxa de redesconto).
A política fiscal seguiu o mesmo caminho anticíclico da política monetária: redução do IPI para automóveis e eletrodomésticos, desoneração tributária do mercado imobiliário e investimentos nas obras do PAC, com o objetivo de estimular a demanda agregada.
Dois Mecanismos financeiros dos BRICS
1- valores de cada um
2- funções de cada um
3- duas novidades do NDB
1) Fundo contingente de reservas = 100 bilhões = Brasil, Rússia e Índia contribuem com 18 bi e África do Sul 5 bi = ajuda a correções no balanço de pagamentos /
Novo Banco de Desenvolvimento (2014) = multilateral e alternativo ao FMI e BIRD (insuficiência de crédito), cooperação financeira e desenvolvimento, auxilia na infraestrutura de países em desenvolvimento / A membresia será aberta aos membros das Nações Unidas / o capital inicial de 50 bilhões será subscrito pelos 5 sócios iniciais
O NDB apresentou, ainda, duas inovações institucionais: igual poder de voto entre seus sócios fundadores e a possibilidade de ofertar empréstimos em moeda local para reduzir riscos aos tomadores, bem como promover os mercados de capitais locais.
REGIMES DE CÂMBIO
1- citar três grandes preços macroeconômicos
2- cinco tipos de câmbios existentes e suas características
3- mecanismo cambial que atua na inflação
4- duas consequências da obtenção constante de superavits em câmbio fixo
5- câmbio adotado no Brasil atualmente
Existem 3 grandes preços macroeconômicos: o câmbio (preço das divisas internacionais), juros (preço da oferta e demanda de crédito) e a inflação (relação ou medida da oferta e demanda de produtos)
Como todo preço, a taxa de câmbio é determinada pela oferta e pela demanda, no caso, de divisas
Existem 5 tipos de câmbio:
1) flexível ou flutuante (o câmbio responde livremente às variações da oferta e demanda de divisas estrangeiras),
2) fixo (a autoridade monetária, ou seja, o Banco Central define a taxa de troca entre a moeda nacional e a estrangeira fornecendo maior previsibilidade por um maior custo, amarrando a autoridade monetária em busca do objetivo de manter fixo),
3) Flutuação suja (modelo intermediário, mais usual, utilizado no BR)
4) Crawling peg ou bandas cambiais (Forma parcial de câmbio fixo, em que se deixa a moeda flutuar de forma gradual [bandas cambiais determinadas pelo BC]. É uma forma de manter estável a taxa de câmbio real, compensando variações inflacionárias de forma suave),
5) Currency board (Forma extremada de fixação do câmbio, submetendo toda a política cambial ao atingimento de determinada “meta cambial” = assim, o banco central de um país tem moeda estrangeira suficiente para lastrear cada unidade da moeda interna = utilizado em casos de ataques especulativos em países em crise = Argentina em 2000)
Desvalorização cambial = dólar sobe em relação ao real, compradores estrangeiros com o mesmo dólar compram mais produtos, por isso, exportadores exportam mais, enquanto os importadores pagarão mais reais por dólares e importarão menos (desestímulo)
*** Inflação: Um dos principais instrumentos utilizados para o controle da inflação tem sido a VALORIZAÇÃO cambial, chamada, nesse contexto, de âncora cambial. Dessa forma, estimula-se a importação, aumentando a concorrência com os nacionais, o que provoca uma pressão de queda dos preços internos.
Uma desvalorização cambial, por seu turno, implica no chamado efeito “pass-through”, ou a chamada “importação de inflação”, quando os preços dos bens importados acabam impactando sobremaneira os índices de preços, visto que os produtos locais terão uma margem maior para trabalhar seus preços (oferta de produto menor), causando inflação
A oferta monetária (quantidade de dinheiro circulando na economia) é um importante instrumento de política econômica, por meio do qual o BACEN pode estimular/desestimular o emprego, aumentar/reduzir as taxas de juros, etc. Em regimes cambiais fixos, o BACEN perde esse instrumento de política econômica, pois terá que se preocupar em manter a taxa de câmbio fixa
Portanto, no regime de câmbio fixo, a política monetária é inócua e a taxa de juros não consegue ativar a economia, dado que a autoridade monetária deve assegurar o equilíbrio no mercado de câmbio à paridade fixada entre moeda nacional e estrangeira. Como vantagem, a taxa de câmbio fixa pode ser utilizada como âncora para a estabilidade de preços, mas esse regime depende do crescimento das reservas, que é limitado
Política monetária = SELIC, Redesconto bancário, Recolhimento Compulsório, Open Market = Política Monetária
Superávits excessivos no câmbio fixo geram um aumento do custo de oportunidade e restringem o bem-estar da sociedade, já que representa sacrifício do consumo presente (ou seja, o governo fica guardando dinheiro ao invés de aplicar em melhorias)
Atualmente, o Brasil utiliza o Câmbio Flutuante ADMINISTRADO (dirty floating)!
A convenção do certo, adotada pelos EUA e Inglaterra, consiste em cotar a moeda nacional em moeda estrangeira. A convenção do incerto, adotada pelos demais países, consiste em cotar a moeda estrangeira em moeda nacional. No caso, no Brasil, um dólar custa R$ 2,30 pela convenção do incerto.
Câmbio Fixo (ou âncora cambial)
1- funcionamento do câmbo fixo
2- uma consequência de déficits e superávits constantes nesse regime
3- Eficácia da política fiscal e monetária em câmbio fixo SEM mobilidade de capitais (eficaz ou ineficaz)
4- uma vantagem da adoção do câmbio fixo
O BACEN atua no mercado comprando e vendendo divisas para manter uma taxa prefixada (podendo ser alterada diariamente – véspera do plano Real). Nesse caso, o BACEN deve estar preparado para excesso de demanda (déficits no BP) ou aquisição em excesso de moeda estrangeira (superávit no BP) – abrindo mão da liberdade de condução da política monetária.
O BC pode atuar desvalorizando a moeda nacional, favorecendo exportadores e prejudicando importadores. O estoque de moeda deve ser regulado para manter o valor estipulado / déficits persistentes esgotam as reservas internacionais nesse regime / superávits persistentes acumulam reservas excessivas (China), elevando o custo de oportunidade, ou seja, restrição ao bem-estar da sociedade, já que significa o sacrifício do consumo presente
Lembre-se: câmbio fixo é aquele em que NÃO há apreciação ou depreciação da moeda nacional / política fiscal eficaz (IS-LM) (quando há perfeita mobilidade de capitais!)
Um dos principais argumentos mobilizados na defesa do regime de câmbio fixo é a disciplina que esse regime cambial impõe à condução da política econômica de um país, uma vez que, sob tal regime, ** o banco central não pode controlar as taxas de juros nem financiar o déficit público por intermédio da emissão de moeda **
Câmbio fixo = acaba com TAXA DE JUROS E EMISSÃO MONETÁRIA!
Política fiscal expansiva bastante eficaz no câmbio fixo (fifi) = desloca a IS para a direita, onde a taxa de juros interna > taxa juros internacional (sai do equilíbrio), gerando excesso de moeda estrangeira e a obrigação do BACEN comprar esse excesso, encharcando a economia com moeda nacional (deslocamento da LM para a direita) até o ponto que a taxa interna e externa se igualem novamente, ocorrendo aumento da renda, não alteração da balança de bens e serviços (X-M) e aumento das reservas internacionais. – FIFI (FIXO/FISCAL)
Atenção: câmbio fixo sem mobilidade de capitais = política fiscal INEFICAZ / ** só se pode considerar fifi-momo para perfeita mobilidade de capitais! **
Sem mobilidade de capitais: câmbio fixo (fiscal e monetária) = ineficaz / câmbio flutuante (fiscal e monetária) = eficaz
Alta/baixa mobilidade de capitais: tudo eficaz, menos Câmbio Fixo-Monetária
Câmbio fixo é o regime que implicam excessivo ônus para a autoridade reguladora da estabilidade econômica do país (BACEN) para manutenção do câmbio adotado
Não esquecer: Na prática, o aumento de salário nominal pode ser comparado a uma política monetária restritiva (que desloca a curva LM para a esquerda) = isso porque para os clássicos, aumento dos salários, gera aumento de preços que gera diminuição da moeda em circulação (aumento de salários nominais desloca a LM para a esquerda - sempre cai na CESPE)
No regime de câmbio fixo, a política monetária é inócua e a taxa de juros não consegue ativar a economia, dado que a autoridade monetária deve assegurar o equilíbrio no mercado de câmbio à paridade fixada entre moeda nacional e estrangeira. Como vantagem, a taxa de câmbio fixa pode ser utilizada como âncora para a estabilidade de preços, mas esse regime depende do crescimento das reservas, que é limitado - CERTO
Regime de taxas flutuantes (ou flexíveis)
1- duas vantagens
2- duas desvantagens
3- número de intervenções máximo e período de tempo para configurar como câmbio livre
4- Efeito da política fiscal e monetária em uma economia com câmbio flutuante com pouca ou sem mobilidade de capitais (eficaz ou ineficaz)
5- Dois únicos casos em que a política fiscal é inefiaz (extremos)
Atua de acordo com a oferta e demanda de divisas, mantendo o Balanço de Pagamento em equilíbrio e igual a zero, pois as entradas são iguais as saídas (vantagem desse regime) / os preços de conversão da moeda são determinados pelas forças de mercado
Vantagens = não há ônus para autoridade financeira por não precisar ficar intervindo no mercado de câmbio + BP sempre em equilíbrio (déficits compensados com a desvalorização cambial e superávits com a valorização) + governo ganha autonomia na política monetária
Desvantagens = instabilidade pela maior volatilidade da taxa de câmbio + maiores flutuações podem desestabilizar fluxos comerciais e restringir o comércio internacional + ampliação da incerteza gerando redução do investimento
É considerado câmbio livre se houver menos de 3 intervenções em 6 meses e que não durem mais de 3 dias de negócios
Esse modelo de câmbio é seguido pela maior parte dos países ricos
Flutuação Suja (Dirty floating) = também chamado de flutuante administrado ou floating, é um sistema com intervenções pontuais do BACEN para conter grandes oscilações / é o sistema em que o governo afirma ser regime de câmbio flutuante, mas faz intervenções / são tentativas de limitar sua instabilidade = é o caso do BR atual / política fiscal ineficaz, pois aumento dos gastos desloca a IS para a direita, fazendo com que a taxa de juros interna saia do equilíbrio (taxa interna = taxa externa) e passe a ser maior. Com isso, há entrada de capitais e apreciação da moeda nacional, aumentando as importações e diminuindo as exportações, piorando o saldo de X-M, gerando queda na renda (Y) e voltando a IS para sua posição original (onde taxas de juros internas e externas são iguais). Portanto, política fiscal expansiva em regime de câmbio flutuante não altera a renda e reduz o saldo da balança de serviços (X-M)
Política monetária expansiva é bastante eficaz = a compra de títulos pelo governo, aumenta a quantidade de moeda disponível, causando a queda dos juros pelo deslocamento da LM. A queda dos juros em relação ao equilíbrio inicial, onde os juros internos são iguais aos externos, gera a fuga de capitais e a depreciação da moeda nacional. Com isso, torna-se vantajoso exportar (produtos mais baratos para o comprador estrangeiro - um mesmo dólar compra mais produtos) e há melhora no saldo (X-M), gerando aumento da renda (Y) e deslocando a IS para um patamar de maior renda, onde as taxas de juros interna e externa voltam a ser iguais. Ou seja, a política monetária expansiva em câmbio flutuante desloca a LM e IS para a direita em um novo nível de renda mais alto (aumento da renda e da balança comercial) – MOMO = CÂMBIO MÓVEL = POLÍTICA MONETÁRIA EFICAZ) (não esquecer de trocar o flutuante por móvel)
*** atenção máster = o exemplo acima serve para câmbio móvel com alta mobilidade de capitais, pois no caso de baixa mobilidade de capitais OU sem mobilidade de capitais temos uma política fiscal EFICAZ para o câmbio flutuante (quebra na regra do FIFI MOMO) / só se pode considerar fifi-momo para perfeita mobilidade de capitais!
Sem mobilidade de capitais: câmbio fixo (fiscal e monetária) = ineficaz / câmbio flutuante (fiscal e monetária) = eficaz
Alta/baixa mobilidade de capitais: tudo eficaz, menos Câmbio Fixo-Monetária
A política fiscal só será ineficaz em dois casos e estes casos só ocorrem nos extremos da mobilidade de capitais:
1 - Sem mobilidade de capitais e câmbio fixo;
2 - perfeita mobilidade de capitais e câmbio flutuante
Não esquecer: Na prática, o aumento de salário nominal pode ser comparado a uma política monetária restritiva (que desloca a curva LM para a esquerda) = isso porque para os clássicos, aumento dos salários, gera aumento de preços que gera diminuição da moeda em circulação (aumento de salários nominais desloca a LM para a esquerda - sempre cai na CESPE)
Em um regime com câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo implica o aumento da renda e das reservas internacionais de equilíbrio a retração das exportações líquidas - CERTO - lembrar que exportações líquidas é a soma das exportações menos as importações, ou seja, é o saldo. Como há expansão da renda, há aumento das importações no caso em tela.
Sistema de bandas (conventional peg)
1- definição
determina-se limites para a taxa de Câmbio, que atua como flutuante dentro deles. Atua como câmbio fixo quando os limites forem rompidos através de compra ou venda de divisas (moeda estrangeira)
hoje, 43 países usam o regime de câmbio fixo com pequenas flutuações – a maioria são pequenos países
Conselho da Moeda ou Caixa de Conversão (Currency Board = caixa de convesão) *** (Vtc) (Já caiu CACD)
1- definição
2- duas funções que o BC perde
3- dois momentos em que o BR adotou esse regime monetário
regime monetário baseado no ** compromisso legislativo explícito ** de conversão da moeda doméstica em moeda estrangeira a uma taxa de câmbio fixa e combinado com restrições à autoridade emissora para garantir o cumprimento de suas obrigações legais.
Isso implica que a moeda doméstica é geralmente lastreada em ativos externos (exemplo ouro, dólar ou títulos), o que elimina as funções tradicionais de Banco Central como o controle monetário e o papel de emprestador de última instância.
Deixa baixo grau de liberdade para a doação de políticas monetárias discricionárias. Ocorreu no Brasil em 1906 e 1926.
O chamado currency board, considerado muito severo, foi bastante utilizado no final do século XX, associado aos planos de estabilização, como no caso argentino, e caracteriza-se por uma vinculação com a política monetária / No Câmbio fixo de banda estreita não há o compromisso explicito de conversão a uma taxa de câmbio fixa
Regime Cambial de Minidesvalorizações (crawling peg) *** (Já caiu CACD)
1- definição
2- período em que o Brasil adotou
é um regime de flutuação cambial, geralmente visto como uma forma parcial de câmbio fixo, em que se permite se a depreciação ou apreciação da taxa de câmbio de forma gradual.
Assumido no Brasil de 1964 até 1999 (Plano real -> adoção do tripé macroeconômico).
A moeda é ajustada em pequenas quantidades a uma taxa fixa ou em resposta a mudanças em indicadores quantitativos selecionados como os diferenciais de inflação no passado em relação aos principais parceiros comerciais.
São minidesvalorizações periódicas, mas NÃO são sistemáticas, procurando impedir a especulação no mercado de câmbio e a aceleração da inflação / as intervenções foram maciças muitas vezes, passando longe de serem minidesvalorizações
No separate legal tender
1- definição
regime de câmbio sem moeda de curso legal: dolarização, euroização, etc.
A moeda de outro país circula como única moeda de curso legal (dolarização formal). A adoção desse regime implica o abandono completo do controle da política monetária pelas autoridades monetárias
É um dos extremos de política monetária (Sem moeda nacional -> Câmbio Fixo -> Minidesvalorizações (crawling peg) -> regime de bandas -> flutuação administrada -> flutuação livre)
Variações Cambiais e Inflação
1- efeito na inflação gerado pela desvalorização cambial
2- efeito na inflação gerado pela moeda VALORIZADA
3- estratégia utilizada pelo plano real para combater a inflação
é amplamente aceito pela melhor doutrina (e pelas bancas de concurso) que desvalorizações/depreciações da moeda nacional (=aumento da taxa de câmbio) tendem a aumentar a inflação.
Quando a moeda nacional é desvalorizada, os produtos importados ficam mais caros. Como tais produtos, em inúmeros casos, são insumos de fabricação (o petróleo é um exemplo) de vários produtos nacionais, então, podemos dizer que a desvalorização cambial, ao provocar o aumento de preços dos produtos importados, tende a aumentar também os preços internos, provocando inflação
Moeda nacional VALORIZADA = desincentivo a inflação (produtos mais baratos) + Âncora Cambial (a industrial nacional tem que se adaptar para concorrer com o produto importado) (esse foi o motivo do Plano Real ter mantido 1/1 R$ U$D, travando os preços internos e auxiliando no controle da inflação, tendo como contrapartida maléfica saldos negativos na BC).
Seis possíveis formas de Correção de Déficits no Balanço de Pagamentos
(1) Desvalorizações cambiais; (produtos importados tornam-se mais caros e há incentivo à exportação)
(2) Redução do nível de atividade econômica; (redução nas transações correntes, menor renda interna, menor nível de importações) (medida antieconômica)
(3) Restrições tarifárias ou quotas às importações; (atua no saldo da balança comercial)
(4) Subsídios às exportações; (atua no saldo da balança comercial)
(5) Aumento da taxa interna de juros; (atrai capital e aumenta o endividamento a longo prazo)
(6) Controle da saída de capitais e de rendimentos para o exterior (prejudica a captação de recursos no futuro)
Questões importantes CESPE sobre câmbio (apenas leitura)
- (CESPE/Unb Analista de Controle Externo - Ciências Econômicas TCE/AC - 2009) – Os desequilíbrios da balança comercial tendem a aumentar nos períodos de recessão em razão da redução do nível de atividade econômica, que leva à contração das exportações líquidas da economia. – ERRADO
COMENTÁRIOS: Nos períodos de recessão, há contração da renda interna. E tal contração provoca a redução das importações, aumentando o saldo das exportações líquidas.
* Lembre-se de que a importação é função direta da renda interna.
- (CESPE/Unb - Economista Júnior - PETROBRÁS 2002) no longo prazo, se a produção brasileira crescer mais rápido que a produção dos EUA, ocorrerá uma apreciação real da moeda brasileira em relação ao dólar norte-americano. - ERRADO
COMENTÁRIOS: Quanto maior o nível do produto interno ou renda interna, maior o nível de importações (lembre-se disto: as importações são função direta da renda interna; quanto maior a renda interna, maior o nível de importações). Aumentando as importações, aumentará a demanda por divisas. Logo, haverá apreciação da moeda estrangeira, que é equivalente a dizer que haverá depreciação da moeda brasileira (desvalorização) - (CESPE/Unb Instituto Rio Branco 2004) - Sob o regime de taxas de câmbio flutuantes, um déficit no balanço comercial, não compensado por movimentos de capitais, depreciará a moeda nacional e essa depreciação aumentará as exportações e reduzirá as importações, contribuindo, assim, para eliminar o desequilíbrio inicial. – CERTO
Observação: Quando se falar em apreciação e depreciação estamos falando de câmbio flutuante na questão. - (CESPE/Unb - Economista - FSCMP - 2004) - No curto prazo, períodos de expansão econômica tendem a expandir o déficit da balança comercial. – CERTO
COMENTÁRIOS: A balança comercial é formada pelas exportações e importações. As exportações são dependentes da renda do resto do mundo e as importações são dependentes da renda interna. Como em períodos de expansão econômica, há aumento da renda interna, há também aumento das importações, o que tende a piorar o saldo da balança comercial.
FLUXO INTERNACIONAL DE CAPITAIS (Renato Baumann e Reinaldo Gonçalves, na obra “Economia Internacinal”) (leitura)
1- três exemplos da importância desses fluxos
2- tempo de diferenciação entre curto e longo prazo do fluxo de capital
3- Dois tipos de investimentos internacionais de longo prazo
4- Três possíveis medidas para o país não depender de capital externo
Processo que tem se intensificado com a globalização financeira / registrado pelo BP (residentes e não residentes) em um período de tempo, normalmente um ano / ** importância para o financiamento do crescimento econômico (poupança externa) + estabilização dos ciclos econômicos + ajustamento das contas externas **
Uma economia A em recessão e com excesso de poupança externa pode exportar capital para outra economia que está em fase expansionista, gerando aumento da renda e das importações provenientes da economia A (em recessão)
O fluxo de capital divide-se em curto e longo prazo (maturação em +- 1 ano)
Longo prazo = empréstimos e investimentos
Observação: empréstimos intercompanhias (matriz e subsidiárias) se confundem com fluxos de investimentos externo direito (IED) (ou seja, não são “empréstimos” como o nome diz)
Portfólio ou carteira de investimentos = conjunto de ativos mantidos pelo investidor (financeiros, monetários ou reais – mas na maioria das vezes refere-se só aos financeiros)
São considerados movimentos internacionais de capitais de longo prazo no BP (memorizar) = conversão de dívida externa em investimento externo, reinvestimento de lucros e transações de leasing (este último entra no BP na conta financeira e sai como importação)
** investimentos internacionais são considerados capitais de longo prazo e dividem-se em investimento direto (compra de cotas ou ações que exercem controle da empresa) e investimento em carteira ou portfólio (capital aplicado não utilizado para controle operacional da empresa receptora, ou seja, ações, bônus, dêbentures, títulos governamentais, títulos em geral) – a diferença reside no “controle” e o número recomendado pelo FMI para diferenciar investimento direto de investimento em carteira é de 10% de capital votante / o BACEN utiliza esses 10% acrescido de outro critério: 20% do capital total da companhia ** /
DIRETO - CARTEIRA OU PORTFÓLIO
Portanto, no BR é considerada empresa estrangeira, toda empresa NÃO residente e que tenha pelo menos 10% do capital votante ou 20% do capital total
O BP registra o fluxo de produtos e de capital
A soma dos empréstimos + financiamentos em moeda estrangeira = dívida externa do país
Uma das diferenças entre o movimento internacional de mão de obra e do capital é que o primeiro pode ser induzido por falta de opções e o segundo ocorre somente em direção ao local em que houver um ambiente atrativo para o investimento / O chamado movimento internacional de capital humano é um problema para países em desenvolvimento (migração de cérebros)
Conforme Baumann, p.146: “Coeteris paribus, o deslocamento de um fator de produção de uma economia onde ele é relativamente abundante para outra em que ele é relativamente escasso implica aumento da produção e da produtividade no país de destino, assim como melhor alocação de fatores em escala mundial, e, portanto, maior renda e bem estar.”
AUMENTA A PRODUÇÃO – PRODUTIVIDADE – MELHORA ALOCAÇÃO MUNDIAL – A RENDA – BEM-ESTAR
A discussão transpassa pela liberalização financeira = não deve DEPENDER de capitais internacionais, assim como ocorreu no BR em 1970-80 = a resposta tem sido por aumento das reservas internacionais + regulamentação leve + controle pela taxa de juros
Pós-Consenso de Washington, a América Latina buscando desregulamentar os fluxos financeiros e adoção de câmbio flutuantes / os emergentes tem sido um plano B, no momento de crise das economias centrais
Observação: Securitização é o ato de transformar uma dívida (um boleto, por exemplo) em um título que pode ser negociado entre instituições financeiras
O investidor internacional se depara com duas expectativas:
(1) quanto à evolução futura da taxa de juros nominal e
(2) quanto ao comportamento futuro da taxa de câmbio
Fluxo de capitais de curto prazo (Comércio Internacional)
1- tempo limite para configurar curto prazo
2- quatro tipos de capitais de curto prazo
3- 4 problemas gerados pelos fluxos de capitais de curto prazo
fluxos de capitais menores de 1 ano, possuem 4 categorias:
(1) capitais autônomos - sem motivação política ou outras contas do BP = são os financiamentos e empréstimos externos de curto prazo e os fluxos de capital para escapar da mudança na tributação. Exemplos: capital de giro ou investimento)
(2) capitais compensatórios = contrapartida de prestação exterior, por exemplo recursos para o financiamento de exportações ou importações
(3) capitais induzidos = decorrente de variações na taxa de juros esperada exclusivamente (INDUZIDOS PELA TAXA DE JUROS)
(4) capitais especulativos = decorrente de alterações efetivas ou mudanças de expectativas com relação à taxa de câmbio – exclusivamente (as questões vão colocar outras variáveis como “inflação”, “crescimento do PIB”)*** (ESPECULANDO O CÂMBIO)
4 PROBLEMAS dos fluxos de capitais de curto prazo:
(1) problema da transferência = o impacto desse capital depende da política monetária e cambial do governo
(2) estreita relação entre fluxos internacionais de capitais de curto prazo e o mercado futuro de câmbio = especuladores recorrem ao mercado futuro de câmbio para garantir retornos esperados
(3) situação crítica criada pela volatilidade (alta instabilidade nos mercados cambiais e de capitais)
(4) aumento da gravidade da vulnerabilidade financeira externa de países com problemas crônicos ou estruturais no BP / Muitas vezes, é necessário que governos adotem políticas de esterilização do excesso de moeda ou de intervenção no mercado cambial para neutralizar os impactos dos capitais de curto prazo / O governo pode sim (e o faz, com frequência) atuar diretamente no mercado futuro de câmbio, podendo afetar as expectativas e os retornos esperados do movimento de capitais de curto prazo, afetando as decisões presentes quanto ao seu volume e impacto / Para minimizar a alta volatilidade dos capitais de curto prazo, os governos podem impor controles sobre o capital, tais como tributação ou regulamentações / o capital externo de curto prazo agrava ainda mais a vulnerabilidade financeira externa de países com problemas crônicos ou estruturais no balanço de pagamentos. Assim, uma massa extraordinária de ativos de propriedade de não residentes pode ser mobilizada em curtíssimo período e, como resultado, criar uma pressão enorme sobre o mercado cambial e as reservas internacionais do país.
GLOBALIZAÇÃO – VOLATILIDADE DOS FLUXOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS – VULNERABILIDADE EXTERNA
Reservas Internacionais
1- Três possíveis utilizações da reserva
2- 4+ componentes das reservas
3- Dois componentes do benefício social das reservas
4- Único componente do custo social das reservas
5- Qual o ponto do nível ótimo de reservas
Segundo a definição do FMI são ativos externos disponíveis para serem usados no:
(1) financiamento do BP
(2) na intervenção dos mercados cambiais para administrar a taxa de câmbio
(3) outros objetivos como manutenção da confiança na moeda e na economia e servir como base para empréstimos externos
A reserva internacional é um instrumento de estabilização macroeconômica
As reservas são compostas de moedas estrangeiras (em divisas conversíveis, principalmente em títulos, destaque para Títulos do Tesouro dos EUA e moedas e depósitos em bancos no exterior), direitos especiais de saque (DES) (são ativos criados pelo FMI para suplementar as reservas), ouro e outros ativos de reserva (derivativos, empréstimos a não residentes não bancários, cédulas e moedas)
Nível “ótimo” de reservas = utilizada como um indicador de “perspectivas favoráveis” + auxilia no enfrentamento de mudanças abruptas nos fluxos de capitais e expectativas
As reservas internacionais possuem um benefício social representado pela soma da remuneração da aplicação (retorno financeiro) com o produto social marginal (efeitos sobre a estabilização do câmbio e do nível geral de preços)
Benefício Social da Reserva = remuneração + produto social marginal
Elas também possuem um CUSTO SOCIAL = custo de oportunidade de retê-las
Nesse sentido, o nível ótimo de reservas é a igualdade entre o BENEFÍCIO SOCIAL e o CUSTO SOCIAL
Reservas somente em ouro só tem produto marginal social, pois não remuneradas
Reservas são um instrumento VITAL da execução da política cambial, além de ser MUNIÇÃO para intervenção futuras e um efeito colateral de intervenções realizadas no sentido de se desvalorizar o câmbio doméstico
Serve para garantir a cotação cambial, financiar déficits temporários *** e como seguro contra crises cambiais (ataques especulativos) e crises sudden stop (Refere-se a uma parada súbita e inesperada na entrada de capitais externos = crise do petróleo ou aumento da taxa de juros dos EUA) / as reservas também servem de um indicador de perspectivas favoráveis
“motivos mercantilistas de reservas internacionais” = promoção deliberada de uma taxa de câmbio desvalorizada, buscando obter superávits comerciais de forma artificial
O custo de manter reservas é um custo de oportunidade de outras escolhas do governo (sendo seu nível ótimo, aquele que iguala seu custo social ao benefício social) / boa parte das reservas rendem juros pois estão aplicadas em títulos e ouro / o custo da dívida é muito maior do que os lucros com as reservas
A perda em reservas de 2019 para 2020 foi em torno de 40 bilhões, caindo de 375 para 334 bilhões (junho de 2020) / as reservas internacionais NÃO são variáveis residuais ou de equilíbrio contábil do BP, principalmente por terem um nível “ótimo” / as reservas internacionais ajudam a melhorar o risco-país e ajudam a manutenção de investimento dos investidores /
Observação: A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetária (questão certa CESPE)
Fundos Soberanos (FS)
1- Conceito
2- Três possíveis utilidades
3- Ano de criação e extinção do fundo brasileiro
fundos públicos originados do orçamento estatal ou das reservas internacionais com o objetivo de elevação da taxa de retorno de longo prazo sobre ativos reais e financeiros no exterior (No Brasil o fundo soberano foi extinto em 2019)
Embora tenham origem no século XIX, seu crescimento extraordinário é consequência da globalização financeira
São utilizados em diferentes focos: estabilização das finanças públicas, previdência pública e maior grau de liberdade de política externa / no fundo é um mecanismo de ESTABILIZAÇÃO das finanças públicas (por isso, 35% dos FS se concentram em países exportadores de petróleos) / os FS são constituído por meio da tributação da exportação de commodities principalmente (60% do petróleo e gás) e sua aplicação se dava em ações, títulos de renda fixa e ativos reais
Essa modalidade de investimento estatal está crescendo de forma considerável e vem sendo utilizada, na maioria das vezes, para adquirir participações em empresas estrangeiras, com objetivos financeiros e estratégicos
O Brasil criou seu fundo soberano na época da crise do subprime, em 2008 com o intuito de evitar a supervalorização do Real diante do Dólar. O fundo foi extinto em 2019
Em 2008 estimava-se que o montante dos fundos soberanos já somava três trilhões de dólares / o maior fundo Soberano é o da Noruega com 1 trilhão de dólares em ativos, 2,5 vezes maior que o segundo colocado (Abu Dhabi)
4 motivos que justificam uma política cambial ativa
(1) amenizar as instabilidades do ciclo de preços das commodities em países altamente dependentes
(2) diminuir o risco da doença holandesa, ou seja, reprimarização da economia = tendência crônica à apreciação cambial = especialização em único bem por causa das vantagens comparativas, supervalorizando a moeda nacional e gerando o declínio do setor manufatureiro pelas altas importações e queda nas exportações
(3) Necessidade de neutralizar distorções do setor financeiro = O mercado financeiro não necessariamente conduz a taxa de câmbio ao equilíbrio e se mostra sujeito ao comportamento de manada, às assimetrias de informação e, portanto, a ineficiências de mercado. Cabe à política cambial corrigir tais distorções
(4) Evitar tendências cambiais: processos longos de apreciação com curtos e abruptos períodos de depreciação
Trindade Impossível de Mundell-Fleming
1- Três componentes
2- leitura
• Regime de Câmbio Fixo • Livre Mobilidade de Capitais • Política Monetária Autônoma
impossibilidade da conjugação da mobilidade de capitais, câmbio fixo e autonomia da política monetária ao mesmo tempo
i) se o objetivo de política for manter o câmbio estável, será necessário impor restrições ao movimento de capitais;
ii) se o objetivo for participação plena no mercado internacional de capitais sem experimentar flutuações acentuadas no câmbio, será preciso fixar a taxa de cambio;
iii) se o desejável for preservar a mobilidade de capitais e a independência da política monetária, será preciso conviver com um regime de taxa de câmbio flutuante
O modelo Mundell-Fleming é mais complexo do que o modelo IS-LM, pois inclui o setor externo na análise. Além das tradicionais curvas IS e LM, acrescenta-se a curva BP, a qual representa as combinações de taxas de juros e nível de renda que equilibram as contas externas, o saldo do balanço de pagamentos.
Curva BP (BALANÇO DE PAGAMENTOS) do modelo hicks-hansen (IS-LM-BP)
1- Significado da curva BP
2- Variável das ordenadas e das abcissas do gráfico
3- Efeito da apreciação e da depreciação na curva BP
4- Significado de uma curva BP totalmente vertical
5- O que move a curva BP ?
6- Qual o efeito na curva BP causado por uma desvalorização cambial ?
O modelo IS-LM-BP demonstra as interações entre lado real (IS), monetário (LM) e externo (BP) da economia no curto prazo (sem variações de preços, as quais podem ser incluídas no modelo pela curva de Philips!).
Ou ainda, em outra definição, mostra o que ocorre com a DEMANDA AGREGADA da economia, supondo preços constantes, o que equivale a uma oferta agregada horizontal ou positivamente inclinada (keynesiana).
Curva BP = indica os pontos de equilíbrio nas contas externas / possui sempre inclinação positiva
Essa curva representa todos os pontos em que há igualdade entre o saldo de conta corrente e a conta capital e financeira, ou seja, situações em que o equilíbrio contábil do balanço de pagamentos ocorre sem qualquer interferência externa
Gráfico taxa de juros (i) x taxa de câmbio (eixo x)
Apreciação cambial ocorre em deslocamentos para esquerda / já deslocamentos para a direita do gráfico são depreciações cambiais
** no modelo IS-LM, por sua vez, a curva BP varia de totalmente horizontal (plena mobilidade de capitais) até totalmente vertical (inexistência de mobilidade de capitais – insensível a variações nas taxas de juros) ** (decorar)
INCLINAÇÃO DA BP depende da MOBILIDADE DE CAPITAIS!
É mais razoável admitir que a BP tenha leve inclinação positiva, quando o exercício não falar nada
** posições acima e a esquerda = superávit no BP
** posições abaixo e a direita = déficits no BP *** (essas duas são as principais informações do modelo)
Quando a questão mencionar ausência de mobilidade de capitais deve-se desenhar uma BP vertical (em pé) e não esquecer que o lado esquerdo é superávit e o direito é déficit
Não esquecer: o modelo IS-LM é um gráfico taxa de juros (i) x renda (Y) com LM positivamente inclinada e IS negativamente inclinada, a BP vai depender do tipo de câmbio e da mobilidade de capitais adotadas no exercício (câmbio fixo = vertical)
Desenha curva BP mais ou menos inclinada a depender de baixa ou alta mobilidade de capitais (alta mobilidade de capital = BP quase horizontal) (baixa mobilidade = BP quase em pé)
Sempre assinalar qual lado é o déficit e qual lado é superávit da curva BP (direita = déficit = contra intuitivo)
O déficit gerado no BP com políticas expansionistas advém do aumento da renda, o qual gera aumento das importações (relação direta) – o que pode ainda ser intensificado por uma queda de juros e fuga de capitais / Portanto, déficits no BP se explicam por aumentos da renda gerando aumento das importações e pela fuga de capitais pela queda dos juros = gerando demanda por divisas, o que ocasiona venda de divisas (câmbio fixo) ou desvalorização cambial (câmbio flutuante), fazendo com que a curva (por exemplo, LM) volte ao seu estado original
Quando se diz que a política monetária é ineficaz em situações de câmbio fixo, significa que após as diferentes alterações no modelo, ele termina no mesmo lugar em começou, ou seja, não há alterações práticas na renda (y)
O que move a curva BP é a valorização ou desvalorização cambial em câmbio flutuante devido à déficits ou superávits gerado por alterações na renda e na taxa de juros
** A curva BP irá se deslocar para cima e para a esquerda devido a uma desvalorização da moeda nacional **
Abertura da conta capital (terminologia) = quer dizer que há livre entrada e saída de capitais no modelo ou país
** Quando o exercício não falar se a mobilidade de capitais é alta ou baixa, deve-se desenhar a curva do BP horizontal (alta) **
BP HORIZONTAL = PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS (superávit para cima e déficit para baixa da linha do BP)
Observação: O modelo Mundell Fleming é um caso específico dentro do modelo IS LM BP, em que se considera uma economia aberta e pequena, ou seja, sem capacidade de influenciar a taxa de juros internacional. Nesse sentido, a taxa de juros interna é determinada pela taxa de juros internacional, por isso, no gráfico tradicional o eixo y que normalmente é a taxa de juros no modelo IS-LM-BP, é substituído pela variável câmbio. O modelo Mundell Fleming foi criado nos anos 1960 pelo economista canadense Robert Mundell (Prêmio Nobel de Economia em 1999) e pelo economista britânico J. Marcus Fleming. Tal modelo foi desenvolvido a partir da revisão do modelo tradicional keynesiano.
O que o modelo visa demonstrar é que uma economia aberta e pequena depende do sistema de câmbio adotado, já que a taxa de juros será igual à taxa internacional. Nesse sentido, a idiossincrasia desse modelo é que a “LM” será totalmente vertical. Nesse sentido, no modelo Mundell Fleming só há expansão na renda quando houver deslocamento da LM, nunca da IS (pois a LM está fixada em um dado nível de renda por ser vertical)
** Mobilidade imperfeita de capitais significa que a curva BP será mais horizontal que a curva LM (mais elásitca ao juros = pequenas elevações nos juros geram grandes entradas de capital) **
Os pontos deslocados NA curva de Philips (que é uma reta negativa no gráfico inflação x desemprego) indicam deslocamentos da curva DEMANDA da economia (no gráfico entre demanda e oferta com eixos nivel de preços x quantidade produzida)
Afirmar que a a ** mobilidade de capital é alta ** significa que a ENTRADA DE CAPITAIS é superior a redução do saldo comercial (X-M) gerado pelos aumentos da importações e diminuição das exportações, gerando superávit no BP como um todo (valorização cambial = deslocamento da BP para cima e da IS para esquerda pela diminuição das exportações)
Crise de 2009
1- Motivos da crise
2- Custo total da crise
3- Nome do Banco que decretou falência
4- 3+ Medidas tomadas pelo Banco Central americano
Queda do preço das moradias nos EUA a partir de 2006 (estopim), após uma longa valorização (2000-2006) gerada pelas baixas taxas de juros e grande quantidade de crédito imobiliário disponível (mutuários de risco = hipotecas subprime = 20% de todas as hipotecas dos USA)
O estouro da bolha = queda do preço da moradia = a hipoteca ficou mais cara do que o valor do imóvel = compensava entregar o imóvel / empréstimos NINJA = no incomes, no job, no assets / as taxas inicias de juros eram baixas e atraentes, aumentando exponencialmente com o tempo /
O custo estimado da crise em termos de produto foi de 30 trilhões de dólares, metade do PIB mundial e 100 vezes o valor das hipotecas perdidas
A amplificação da crise se deu graças a alavancagem (capital baixo perto dos ativos), complexidade (dificuldade de verificação do valor dos ativos) e liquidez dos bancos (passaram a se financiar com empréstimos no próprio mercado financeiro)
Muitos bancos estavam alavancadas = pequenas perdas, podem gerar grandes efeitos (falência)
Lehman Brother (600 bilhões de dólares em ativos) abriu falência em 15 de setembro de 2008, afetando outros bancos
A fuga de capitais, a falta de confiança, a queda no investimento deslocaram a curva IS sucessivamente para esquerda e diminuíram o produto (gráfico taxa de juros x produto (y)
Os Bancos Centrais responderam reduzindo o juros (5,25% -> quase 0% nos EUA em 2 anos), aumentando o depósito federal, FED concedeu ampla liquidez no mercado, o tesourou comprou para remover os ativos complexos (700 bilhões), aquisição de títulos privados de alguns mercados que estavam em recuperação lenta = todas visando oferecer liquidez ao sistema financeiro = deslocamento da IS para a direita.
Com a taxa de juros no zero, voltou-se a política fiscal para aumentar a demanda agregada e diminuir a recessão = 780 bilhões em redução de impostos ou aumento de gastos em 2009-2010 nos EUA / Houve o redesenho da regulação do sistema financeiro
POLÍTICA FISCAL
1- Cinco tipos de políticas econômicas existentes
2- Três componentes da política fiscal
3- Três objetivos da política fiscal
4- Importância do resultado primário
5- Dois exemplos de política fiscal compensatória
6- Três condições para ser um país sustentável e sua consequência
7- Definição do Efeito Crowding Out
As políticas econômicas são 5: fiscal (contas públicas/arrecadação), cambial (valor do R$ frente ao mundo) , crediticia (crédito: empréstimos e financiamentos ), renda (salários) e monetária (volume de moeda circulante).
Política fiscal = gasto, tributos e TRANSFERÊNCIAS (muito utilizado para estabilizar crises)
Deve-se acrescentar como objetivo da política fiscal a manutenção da solvência fiscal de longo prazo (a sustentabilidade da dívida pública)
Política de estabilização é o uso de política fiscal ou monetária para contrabalançar choques de demanda.
A ação do governo por meio da política fiscal tem como função buscar um alto nível de emprego, estabilidade de preços e taxas apropriadas de crescimento - CERTO - TPS 2022 (eu errei)
Objtivos = EMPREGO - ESTABILIDADE DE PREÇOS - CRESCIMENTO
A política fiscal consiste em * impostos, gastos e transferências*, ou seja, divide-se em política tributária (arrecadação) + política orçamentária (gasto) / os objetivos de estabilização, redistribuição e alocação de recursos / as metas fiscais são parâmetros de confiança do governo dadas à sociedade, em busca de ESTABILIDADE e controle do endividamento público / Por isso a CFRB + LDO + LRF lançam as metas de resultados primários para o exercício e os 2 anos seguintes / a política fiscal é mais engessada = só pode ser efetivadas no exercício fiscal seguinte, tem que estar previsto na lei do orçamento, às vezes, deve constar ainda no Plano Plurianual
Resultado primário = muito importante pois demonstra o esforço da autoridade fiscal em amortizar a dívida pública (1) e exclui a volatilidade da conta de juros (2)
O uso da Política Fiscal está atrelado a Keynes em 1930 (constantes déficits públicos)
crítica = morosidade da ação da política fiscal por depender do Congresso, diferente da política monetária, a não ser que sejam estabilizadores automáticos, também chamada de política fiscal compensatória = imposto progressivo ou seguro-desemprego = estimulam a demanda agregada quando a economia entra em recessão, sem que os formuladores de políticas tenham de fazer qualquer ação deliberada
Como os gastos públicos (G) agem de forma direta na demanda agregada (Y) e a arrecadação age de forma indireta (diminuição da renda e do consumo), dizemos que a política fiscal via gastos é mais eficaz (intensa) que política fiscal executada via arrecadação de impostos (tributação)
Crise de 2009 -> política fiscal expansionista = redução do IPI + aumento do gasto público pelo PAC + aumento de salários reais do funcionalismo público
O Endividamento público é um instrumento FUNDAMENTAL para a DISTRIBUIÇÃO INTERTEMPORAL ÓTIMA de políticas públicas para provisão de bens públicos (por isso não há medida objetiva que meça a sustentabilidade de dívidas – Japão = 224% do PIB), porém há indicadores de solvência como dívida/PIB
Credibilidade = geração de superávit primário -> esse superávit será usado para pagar credores / o valor da dívida não deve ser superior ao valor presente de todos os superávits primários futuros / ao obter superávits primários, o governo demonstra aos investidores que é um governo responsável e que busca pagar os compromissos assumidos no passado
O Brasil é o segundo país mais endividado entre os emergentes (perde para o Líbano), e sua dívida chegou a 88% do PIB em 2019 (bateu 96% em 2020) / Julho de 2021 = Com mais inflação e PIB, projeções para dívida bruta recuam - Analistas reduzem estimativas para o indicador neste ano de 96% para em torno de 82% do PIB / Setembro de 2022 = a dívida pública está em 77%
Um país sustentável é aquele que:
1) obtém superávits primários
2) esteja em uma conjuntura econômica favorável
3) possua um nível ótimo de reserva
O atendimento dos 3 requisitos tendem a atrair capitais externos e empréstimos
A redução do déficit orçamentário (política fiscal contracionista = desloca a IS para trás) causa redução do produto e da taxa de juros da economia no curto prazo. No médio prazo, a reduzida taxa de juros (aumento do investimento) permite que haja retorno do produto ao nível anterior
A política fiscal expansionista é conceituada como o aumento dos gastos do governo (G) ou a redução de tributos, com o objetivo de expandir o produto.
O empenho em uma política fiscal consolidada, crível e permanente, baseada principalmente no corte de gastos, se justifica pois:
1) pode aumentar o produto e o crescimento no longo prazo
2) a redução do déficit público reduz a dívida pública e aumenta a poupança do governo, desde que esse aumento não seja compensado por redução da poupança privada (equivalência ricardiana), gera um aumento na poupança doméstica, elevando estoque de capitais dos residentes do país, aumentando o produto e a renda futuros.
3) reduz o risco de default e de monetização da dívida
Aumento dos gastos públicos sem contrapartidas fiscais prejudica as expectativas, piora o risco país, deteriora a trajetória inflacionária e aumenta a taxa de juros no longo prazo.
Uma política de corte de gastos sempre produz maior impacto no produto que uma política de expansão dos tributos - CERTO - questão CESPE - Isso acontece porque o impacto no multiplicador é maior via gastos = diminuição ou aumento de tributos mexem na renda, que por sua vez, mexe no consumo (C) da demanda agregada (ação indireta). Enquanto que uma política de gastos age diretamente no G da demanda agregada (Y = C+I+G+(X-M)
Multiplicador Keynesiano = Se uma economia estiver com recursos desempregados (abaixo de seu produto potencial), um aumento da demanda agregada provocará um aumento da renda nacional mais do que proporcional ao aumento da demanda. Qualquer injeção de despesas – gastos com consumo, investimentos, exportações e, principalmente, gastos do governo – provoca um efeito multiplicador nos vários setores da economia.
A multiplicação dos gastos depende, por sua vez, das propensões marginais a consumir e a poupar: quanto maior a propensão a consumir da coletividade, maiores os gastos com bens e serviços em cada etapa e maior, portanto, o efeito multiplicador.
O multiplicador keynesiano de gastos é o inverso da propensão marginal a poupar: Kl = 1 /PmgS
Os multiplicadores dos demais elementos da demanda agregada (I, G, X, M) têm a mesma fórmula, com a diferença de que o multiplicador das importações tem um sinal negativo, pois representa um vazamento de renda para o exterior.
Em linhas gerais, as correntes de economistas que geralmente questionam a eficácia de políticas fiscais expansionistas dividem-se em duas linhas diferentes de argumentação: Equivalência Ricardiana (política fiscal totalmente ineficaz) e Efeito Crowding-Out
Efeito Crowding-Out = a política fiscal tem eficácia menor do que se acredita devido ao efeito crowding-out. Este consiste na redução do investimento privado causado por um aumento dos gastos públicos via taxa de juros. Quando o governo aumenta seu déficit público, mantendo constantes os investimentos governamentais, ele diminui sua poupança, aumentando os juros e reduzindo o volume de crédito na economia. Isso acontece porque o governo, para financiar seus novos gastos, vende títulos públicos no mercado primário. Quando ele faz isso, além de ter de aumentar os juros para tornar mais atrativa a venda dos títulos, o volume de crédito que poderia ser tomado pelo setor privado para novos investimentos diminui, pois o recurso é canalizado para a compra desses títulos.
POLÍTICAS FISCAIS COMPENSATÓRIAS
As políticas fiscais compensatórias são mecanismos que podem diminuir as defasagens temporais entre a ocorrência da flutuação econômica e o momento em que o governo consegue intervir (exemplo: Seguro-desemprego)
As limitações à aplicação de políticas compensatórias e de outras intervenções públicas é o financiamento, podendo elevar o risco de déficit e da dívida pública, culminando em insolvência. O governo deveria aproveitar os momentos de expansão para melhorar suas contas e poder financiar as despesas no momento de retração.
Dívida alta requer maior prêmio de risco (ou maior taxa de juros)
Juros altos dificultam o pagamento da dívida e pioram a razão dívida/PIB
Em casos extremos, leva a moratória e suas consequências (dificuldade de novos empréstimos e de entrada de capitais, potencializando o ciclo depressivo)
A dívida alta pode levar a círculos viciosos e tornar a condução da política fiscal extremamente difícil.
Caso o país tenha um coeficiente de endividamento alto e aumente os juros para manter os investimentos atrativos, será necessário aumentar o superávit primário para manter constante a razão dívida pública/PIB
Superávit primário significa aumentar impostos ou diminuir gastos (política fiscal restritiva), ocorrendo custos políticos, incertezas e possíveis aumentos de juros
Tanto o aumento da taxa real de juros quanto a redução do crescimento do PIB aumentam a relação dívida pública/PIB.
Emenda Constitucional 95/2016
1- nome do projeto
2- conteúdo
3- tempo de duração
4- ano base para medir a inflação
5- objetivo central
“Teto dos Gastos” (PEC 241) = limite para gastos públicos apenas reajustado pela inflação por 20 anos com base em 2016 (inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) = abrange o orçamento fiscal e a seguridade social (todos os órgãos e poderes federais)
Objetivo central: conter a expansão da despesa pública primária de modo a garantir o controle das contas públicas e a sustentabilidade do endividamento do governo, garantindo o controle das contas e voltando a obter a SUSTENTABILIDADE
A lei limita as despesas PRIMÁRIAS, também chamadas de não-financeiras
A partir do décimo ano, o Presidente da República que estiver exercendo o poder poderá alterar essa correção das despesas públicas, por meio de Projeto de Lei Complementar
O objetivo desta Proposta de Emenda Constitucional é evitar o crescimento da relação dívida pública/PIB por meio da contenção das despesas públicas / Houve três grandes saltos na dívida bruta do governo
Dívida Pública BR
1- conceito de dívida pública (restrito amplo)
2- Conceito de dívida sustentável (segundo a Secretaria do Tesouro Nacional)
3- Anos e causas dos três grandes saltos da dívida brasileira
4- Descrição do Efeito Oliveira-Tanzi
5- Descrição do Efeito Bacha
Dívida Pública: (medida num certo momento) é constituída pelo total das obrigações assumidas pelo governo para financiar os déficits públicos (conceito restrito) incorridos em períodos anteriores, assim como as operações de de colocação de títulos públicos destinados ao controle da quantidade de moeda da economia (conceito amplo).
OBRIGAÇÕES PARA FINANCIAR DÉFICITS + TÍTULOS PÚBLICOS
A dívida bruta do governo geral inclui a dívida bruta interna e externa federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal (inclui administração direta e INSS) em relação aos credores privados, setor público financeiro, Banco central e Resto do mundo.
Dívida Líquida do Setor Público: representa o saldo líquido do endividamento do setor público não-financeiro e do Banco Central. O saldo líquido constitui a diferença entre as dívidas e os créditos.
Dívida pública serve para financiar o déficit orçamentário e se divide em dívida mobiliária (títulos públicos federais) ou dívida contratual (agências multilaterais como FMI e BIRD, agências governamentais ou privadas) / podem ser ainda dívida pública interna (em real) ou externa (em moeda estrangeira).
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, uma dívida é dita sustentável quando o valor presente do fluxo futuro de receitas menos despesas do devedor é suficiente para pagar tudo o que está contratualmente definido.
A trajetória da relação Dívida/PIB (nominal) indica a capacidade de financiamento do setor público: O crescimento do déficit fiscal em ritmo igual ou inferior ao do PIB não gera maiores problemas, pois ele se manterá estável ou recuará em termos relativos. Além disso, se a relação déficit/PIB ou dívida/PIB forem elevadas, mas estiver em trajetória declinante, mesmo em nível preocupante, o país não encontrará maiores problemas para refinanciá-la. Já no caso de essa relação ser baixa, mas estiver numa trajetória de crescimento exponencial, o país poderá enfrentar maiores problemas para refinanciá-la caso não implemente políticas para reverter essa tendência.
2001-2002 (53 -> 58%) = gerado pelo aumento do custo da dívida pública, aumento da taxa de juros e desvalorização cambial
2008-2009 (54 -> 61%) = crise financeira internacional respondida por estímulo fiscal associada a queda do superávit primário, gerando aumento da dívida
A evolução da dívida externa líquida negativa no final da primeira década deste século ajudou a reduzir a dívida total líquida do setor público, ainda que a dívida interna líquida tenha crescido – CERTO
2013-2016 (terceiro grande salto) (50 -> 70%) = maior de todos disparado = explosão da dívida = se estende até hoje e o crescimento da dívida tende a continuar a crescer até 2020-2022
Isso ocorreu por queda do PIB, crescente déficit primário (freados pela emenda 95/2016) e aumento do custo médio da dívida pública / soma-se a isso a flexibilização dos três sustentáculos do tripé macroeconômico durante o governo Dilma
O Endividamento público brasileiro a partir de 2014, aumentou rapidamente, baseado em dois indicadores – dívida bruta do governo e dívida líquida do setor público
Não há consenso sobre um patamar ideal da dívida Pública, mas o nível de 70-80% brasileiro é preocupante, devido a fatores como resultado primário, resultado do PIB, câmbio, custo médio da dívida
Outros fatores que fizeram a dívida aumentar a partir de 2014 foram: tendência de queda nas receitas primárias, aumento das despesas primárias gerando déficits primários (até então eram superávits na série histórica), baixo crescimento do PIB e aumento da oferta de crédito público (BNDES), flexibilização do tripé macroeconômico, flexibilização do regime fiscal, alta taxas de juros (aumento da SELIC significa aumento do custo médio da dívida pública e eleva seu montante) / só havia expectativa de superávit primário para 2020 (aí surgiu o Corona Vírus) / a dívida pública está em 79% do PIB em 2019, porém o crescimento do déficit tem desacelerado por causa da emenda 95 /
O governo central fechou 2019 com um déficit primário, a preços correntes, de R$ 95 bilhões – menor que o de 2018 (R$ 120,2 bilhões) e também inferior à meta definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano (R$ 139 bilhões)
Nota do IPEA = despesas obrigatórias tem comprimido as despesas discricionárias, comprometendo funções de governo e deprimindo o investimento público + centralidade da regra do teto para reverter o atual quadro de déficit primários
2020 = COVID19 = dívida pública chegou a 96%, decretação de CALAMIDADE PÚBLICA aprovada pelo Congresso = libera o governo da necessidade de cumprir a meta de resultado primário deste ano + intensa aplicação de quantitativa easing pelos desenvolvidos + importância da política fiscal, no sentido tradicional de expansão do gasto público e/ou redução de imposto para amenizar os choques / a política fiscal deve demonstrar a responsabilidade fiscal do governo em honrar sua dívida / a dívida pública é considerada sustentável, se a restrição orçamentária do governo puder ser satisfeita sem ruptura nas políticas monetária e fiscal / o valor da dívida presente não pode ser maior que os superávits primários do futuro determinado / não há medida objetiva para identificar a sustentabilidade da dívida pública / porém, existe alguns indicadores como a manutenção da relação entre a dívida sobre o PIB, desde que mantidos estáveis, podem ser considerados sustentáveis.
Julho de 2021 = Com mais inflação e PIB, projeções para dívida bruta recuam - Analistas reduzem estimativas para o indicador neste ano de 96% para em torno de 82% do PIB /
Pelo último dado divulgado, referente a abril, a dívida bruta estava em 86,7% do PIB.
Setembro de 2022 = Dívida/PIB de 77% no Brasil
Atenção: O cálculo do resultado primário reúne as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central.
Em 2021, do orçamento fiscal total BR (estimado em mais de 5 trilhões), mais de 2,2 trilhões são utilizados para despesas da dívida (53%). Porém, o próprio orçamento menciona que 88% desse valor pode ser pago com recursos provenientes de novos empréstimos (rolagens = renegociações para conseguir prazo, valores e juros menores). O restante (12%) deve ser utilizado com recursos não originários de emissões
Reflexões teóricas sobre impactos da inflação na dinâmica orçamentária:
Efeito Olivera-Tanzi (Efeito Tanzi) – denominação devida aos economistas Vito Tanzi e Julio Olivera que o identificaram e enfatizaram sua consequência para as finanças públicas. Refere-se à situação em que a arrecadação de impostos ocorre tendo como base a renda nominal passada, resultando na perda de valor real da receita tributária devido ao processo inflacionário. Havendo defasagens entre a arrecadação dos tributos pelo sistema bancário e o seu efetivo recolhimento ao Tesouro, maiores são as perdas de valor real quanto mais acelerado for o processo inflacionário.
Assim, quando os tributos não são indexados e ocorrendo um processo inflacionário há perda real de receita tributária.
Efeito Bacha – devido ao economista Edmar Bacha, esse efeito refere-se à situação em que as receitas tributárias são indexadas e as despesas não são submetidas à indexação, gerando um efeito Tanzi às avessas. De acordo com Bacha, esse efeito foi observado no Brasil no período pré-Real.
Observação: A dívida mobiliária do Tesouro Nacional é constituída por títulos públicos de sua emissão, registrados na Selic e colocados e registrados em moeda nacional (A dívida mobiliária é a dívida pública interna do Tesouro Nacional)
“Efeito-Tanzi às avessas” retrata uma relação NEGATIVA entre a inflação e o déficit fiscal: quanto maior a inflação, MENOR o déficit fiscal (as despesas vão sendo corroídas ao longo do ano inflacionário)
O Efeito Oliveira-Tanzi consiste na diminuição, em termos reais, do valor dos tributos que o governo arrecada em decorrência das taxas de inflação elevadas na economia (lapso temporal entre tributar e receber)
Eventuais resultados negativos apurados pelo Banco Central representam despesas orçamentárias do Tesouro e são cobertos por emissões diretas de títulos – CERTO - O Banco Central é a autoridade monetária e cambial do Brasil e ele faz negociações com títulos públicos e com câmbio para cumprir suas atribuições. Essas negociações podem dar lucro ou prejuízo. Em caso da negociação ser positiva, isso é considerado receita do Tesouro Nacional. Em caso da negociação ser negativa, o Tesouro Nacional precisa bancar o prejuízo. E o Tesouro faz isso por meio da emissão de títulos públicos. Fazendo isso, o Tesouro consegue captar dinheiro para assumir as obrigação perante o Banco Central.
Mais de 80% das despesas com dívida pública da União provêm de recursos de emissões, ou seja, novos empréstimos contraídos, o que alonga o prazo da dívida – CERTO - Para financiar sua dívida, o governo pode: emitir moeda (“imprimir” dinheiro), emitir títulos públicos (a chamada “dívida mobiliária”) ou tomar emprestado com organismos internacionais e até nacionais (“dívida contratual”). No caso da União, a gestão da dívida é feita pelo Tesouro Nacional, que há muito tempo vem priorizando os títulos públicos como forma de financiar a dívida do governo. De fato, cerca de 84% das despesas com dívida publica advém da emissão de novos empréstimos contraídos, para refinanciamento e alongamento, da dívida. Vale mencionar que o Tesouro divulga o relatório mensal da Dívida Pública Federal, que pode ser encontrado no site do órgão para quem tiver curiosidade sobre os números.
Breve histórico da dívida pública no Brasil:
1980-1995 –> dívida diminuiu
1995 até 2002 –> dívida aumentou
2003 a 2013 –> dívida diminuiu
2013 até o presente momento –> dívida continua aumentando
Efeitos do COVID na política econômica BR - leitura
A dívida bruta do setor público brasileiro, uma das principais formas de comparação internacional, avançou 15 pontos percentuais em 2020, para 89,3% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 6,615 trilhões, informou nesta sexta-feira (29) o Banco Central. No fim de 2019, a dívida estava em 74,3% do PIB - valor revisado (era mantida em 50% em 2010-2013)
Efeitos no BR = forte valorização do dólar, forte queda na Bolsa, elevação dos juros reais e nominais
Política monetária (BC corta da taxa juros 4,25 -> 3,75% e depois volta a 10% para frear a inflação e o excesso de gastos) + facilitação de renegociação de dívidas + diminuição da exigência de capitais para empréstimos + redução de alíquotas de compulsórios sobre depósitos a prazo
Relativização do teto de gastos (Emenda Constitucional 95) de 2016 por tratar-se de despesas transitórias
Complicações: o déficit primário ainda é elevado (e aumentará), a relação dívida/PIB alta em comparação com países de renda per capita semelhante
Queda na arrecadação (principalmente o setor de serviços, comércio varejista, transporte terrestre e aéreo e alimentação), choque no preço das commodities - potencializado pela guerra de preços do petróleo entre Arábia Saudita e Rússia
17,7 milhões afirmam não ter procurado emprego por causa da pandemia ou pela falta de trabalho na localidade (maio de 2020), nível se manteve estável
84 milhões de pessoas no Brasil constituem a população ocupada, sendo que 1/3, ou seja, 29 milhões são trabalhadores informais (34,5%)
Contas públicas
1- dois componentes do resultado das Contas públicas
2- conceito de poupança pública
3- três conceitos de déficit público
4- nome dado ao resultado nominal
5- cinco componentes do setor público
Os resultados das contas públicas equivalem aos investimentos governamentais menos a poupança do governo em conta corrente
De forma geral, a ampliação do déficit público tende tanto a elevar o produto como a taxa de juros / déficit é um variável de fluxo (receita menos despesas em um período de tempo) enquanto a dívida é uma variável de estoque (varia de acordo com a variável de fluxo = acúmulos de déficits ou superávits)
POUPANÇA DO SETOR PÚBLICO (ou do governo) = Receita menos despesa correntes dos três níveis de governo , também chamada de saldo do governo em conta corrente, serve para financiar o investimento público.
O déficit ou superávit surge da diferença entre o investimento e a poupança do governo (ou saldo do governo em conta corrente). O déficit público deve ser suprido pela poupança doméstica (governo + setor privado) e pela poupança externa.
Os meios para suprir déficits = venda de títulos públicos ao setor privado (não há expansão monetária) OU venda de títulos ao banco central (BACEN) (por meio de emissão monetária), gerando endividamento do Tesouro Nacional (órgão responsável pela execução orçamentária)
** o déficit público pode ser demonstrado por três conceitos: nominal, operacional e primário **
RESULTADO PRIMÁRIO
O conceito de déficit primário apresenta a receita menos a despesa (ambos NÃO financeiros) = revela, efetivamente, a condução da política fiscal (separa do esforço fiscal de gastos financeiros) / NÃO considera a dívida pública / nas provas da IADES, o ** resultado primário ** (déficit ou superávit) é obtido subtraindo a arrecadação dos gastos públicos (NÃO financeiros de preferência) / Em outras palavras:
Déficit Primário – refere-se à diferença entre as receitas não financeiras e os pagamentos não financeiros. Tal conceito mostra efetivamente a condução da política fiscal do governo ao apurar somente a arrecadação de impostos e os gastos correntes e de investimentos, independente da dívida pública.
O déficit público primário (poupança pública menos o investimento público), portanto, na contabilidade nacional, é financiado pela poupança do setor privado menos o investimento privado, somado a poupança externa - ou seja, a poupança externa e privada financiam o déficit público.
** O resultado primário demonstra o o esforço atual do governo para pagar déficits passados, caso sejam registrados superávits. O resultado primário faz parte de uma das três âncoras da política macroeconômica nacional, junto do câmbio flutuante e do regime de metas da inflação desde 1999 **
O déficit da previdência oficial faz parte do cálculo do superávit primário. (CERTO)
RESULTADO NOMINAL
Com esse resultado primário, deve-se SOMAR os juros incidentes sobre a dívida pública (interna e externa) para se obter o resultado NOMINAL (se houver déficit nesse resultado, há necessidade de financiamento do setor público [NFSP]). O resultado nominal é o conceito mais ABRANGENTE / Em outras palavras: O Déficit Público Nominal – despesas públicas (correntes e de capital) + juros + correção monetária sobre as dívidas internas e externas, menos receitas correntes do governo / O déficit nominal é também conhecido como NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO LÍQUIDO DO SETOR PÚBLICO (Em outras palavras, o RESULTADO NOMINAL, o qual pode ser deficitário ou superavitário, é a variação da dívida líquida do setor público) / a NFSP pode ser calculada com critérios acima e abaixo da linha
Acima da linha = receitas menos despesas (medidas de fluxos)
As necessidades de financiamento do setor público (NFSP) correspondem ao deficit público nominal apurado ano a ano - CERTO - tps 2021
O conceito de Necessidades de Financiamento do Setor Público (NFSP) foi proposto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para dimensionar o impacto, em termos de demanda de recursos líquidos, do setor público não financeiro sobre o setor financeiro da economia. Em face disso, considera-se como setor público:
(1) Os órgãos integrantes das administrações diretas nas esferas federal, estadual e municipal;
(2) a Previdência Social;
(3) os Fundos e Programas administrados pelo Banco Central do Brasil;
(4) as agências descentralizadas
(5) as empresas estatais.
RESULTADO OPERACIONAL
Por último, o resultado operacional é aquele que se adiciona a inflação e ou atualização monetária e na maioria das provas não está presente, equivalendo ao resultado nominal
** Portanto, arrecadação – gastos = resultado primário + juros da dívida = resultado nominal + atualização monetária ou inflação = resultado operacional (recomendado em países com altíssima inflação) **
O conceito de resultado operacional é relevante em países de inflação alta (Brasil antes do plano real), uma vez que EXCLUI o impacto da inflação sobre a necessidade de financiamento do setor público. A função da atualização monetária é simplesmente repor a parcela do estoque da dívida corroída pela variação dos preços - CERTO - Em países com baixa inflação, onde o fator correção monetária é pouco expressivo, o conceito de resultado operacional perde relevância e tende a ser próximo do resultado nominal.
O déficit público calculado pelo conceito operacional sofreu elevação no início da década de 80, o que acabou constituindo um dos motivos da implementação do Plano Cruzado - CERTO
** Resultado primário -> Resultado Nominal -> Resultado Operacional **
Brasil: trajetória do resultado primário de 2006 a 2016, passando de um resultado superavitário de R$ 51,4 bilhões (2,1% do PIB) para um resultado deficitário de R$ 159,5 bilhões (2,5% do PIB), o que corresponde a uma deterioração do esforço fiscal da ordem de 4,6% do PIB no período de dez anos.
Efeito CROWDING OUT ou efeito deslocamento/exclusão ** (muito importante)
1- Conceito
2- Efeito na taxa de juros, investimento e renda
3- Consequência última do crowding out
4- Dois outros nomes do efeito crowing out
É o total desiventismento do setor privado (fuga), pelo excesso de intervenção governamental
Gerado por aumentos dos GASTOS DO GOVERNO, causando aumento da TAXA DE JUROS para financiamento, gerando a queda do INVESTIMENTO (I) e da RENDA (Y), ao contrário do afirmado por Keynes
O aumento da taxa de juros é gerado pela concorrência por fundos emprestáveis entre a iniciativa privada e o Estado / Sob essa ótica clássica, o ideal é que o governo aumento o investimento, nunca o gasto
É a situação macroeconômica que advém de gastos deficitários do governo. Ou seja, o governo gasta mais do que o necessário, sendo obrigado a emprestar o restante para cobrir o déficit / o setor privado deixa de investir para se beneficiar da elevação da taxa de juros e o governo tende a emitir cada vez mais títulos, sendo a consequência última: a Armadilha de Liquidez
Este termo pode ser conhecido em português como Efeito de Deslocação ou Efeito de Evicção. O crowding out é percebido quando o governo aumenta os gastos públicos, para expandir a economia, mas o efeito é anulado devido ao aumento das taxas de juros e consequente diminuição dos investimentos privados.
um aumento dos gastos do governo (G), não gera um aumento igual na renda (Y) pois ao se aumentar gastos (política fiscal expansiva), a taxa de juros sobe (deslocamento da curva IS), e o aumento dos juros diminui os investimentos (I) (esse efeito é intensificado em curvas elásticas/deitadas).
Efeitos do crowding out = redução dos investimentos privados, desequilíbrio orçamentário, redução de produtividade e eficiência,
ARMADILHA DE LIQUIDEZ
1- Conceito e causa
2- Consequência para a taxa de juros
3- Posição da curva LM
4- Eficácia/Ineficácia da Política Monetária e Fiscal
é uma situação de total incerteza do mercado, gerando a demanda MÁXIMA POR MOEDA (para especulação - expectativa do juros subir), causada pelo descontrole de gastos do governo após a intensificação do efeito CROWDING OUT
A consequência é que a política monetária (taxa de juros) não tem mais efeitos (perda de confiança), tornando-se INEFICAZ / as pessoas não investem nem se os juros sofrerem queda e forem extremamente baixos, dado o cenário de incerteza e a expectativa de alta dos juros
A LM torna-se horizontal = demanda por moeda INIFINITAMENTE elástica / GUARDAR: LM HORIZONTAL = INFINITAMENTE ELÁSTICA (armadilha de liquidez)
Simboliza o trecho inicial horizontal do gráfico keyneasiano e ele representa a curva LM (ou seja, LM horizontal caso haja expansão ou retração monetária nada muda = governo perde a capacidade de atuar por meio de política monetária) / Nesse caso, Somente a política fiscal é capaz de estimular a economia e aumentar a renda
O cenário atual de corona vírus TENDE à armadilha de liquidez (NUNCA afirmar categoricamente) / TOTAL ineficácia da política monetária e eficácia da política fiscal
Meu resumo: A armadilha da liquidez é a situação em que há incertezas sobre o futuro no mercado, acarretando a preferência absoluta por ativos líquidos (moedas) para especulação futura, gerado pelo descontrole do gasto público. De acordo com o modelo IS-LM, na armadilha a curva LM assume uma posição horizontal, demonstrando a perda da eficácia da política monetária e sua atuação sobre a taxa de juros por parte do governo. Dessa forma, políticas fiscais tornam-se mais eficazes por aumentarem o produto, sem grandes variações na taxa de juros. Uma política fiscal expansionista desloca a curva IS para a direita, demonstrando um aumento do produto (y) para uma mesma taxa de juros (i).
A Armadilha de Liquidez ocorre quando a taxa de juros está em níveis elevados - ERRADO - Ao contrário, como se pode ver na economia japonesa, que utilizou o quantitative easing para estimular sua economia em armadilha de liquidez, a taxa de juros está em níveis baixos. Caso a Autoridade Monetária deseje reduzir ainda mais a taxa de juros pela expansão da oferta monetária, os agentes seguirão desejando reter moeda (LM VERTICAL)
Quando ocorre o fenômeno denominado armadilha da liquidez, a taxa de juros se reduz a tal ponto que a política monetária se torna ineficaz e a moeda passa a ser demandada apenas por motivo especulativo - CERTO CESPE -
Na situação de armadilha da liquidez, o Banco Central do Brasil perde sua capacidade de estímulo à economia por meio do canal dos juros, permanecendo, contudo, capaz de influenciar a economia pelo canal monetário - CERTO pela CESPE - professores afirmaram estar incorreta e que a última palavra monetária deveria ser substituída por “fiscal” para estar correta
Caso a elasticidade da demanda por moeda em relação à taxa de juros seja infinita, um aumento da renda somente será alcançado por meio de uma política fiscal expansionista - CERTO - É o caso da Armadilha de Liquidez. Nesse trecho a curva LM é horizontal, infinitamente elástica em relação aos juros. Devido ao alto grau de liquidez, a política monetária não é eficaz para aumentar o produto
Política Monetária Não Convencional (debate atual)
1- Conceito de Armadilha da Liquidez
2- Relação com o Quantitative easing
Tradicionalmente o estímulo da atividade econômica pela política monetária se dá pela taxa de juros / Porém, quando ocorre a chamada armadilhas da liquidez (pessimismo) = Mesmo com taxas de juros muito baixas, próximas a zero, os consumidores não consomem e os investidores não investem! Isso ocorre por expectativas futuras ruins dos agentes (eles seguram/retém moedas) / preferência ABSOLUTA pela liquidez (moeda em espécie)
Banco Central deixa de estimular a economia por meio dos juros e passa a usar política monetária NÃO CONVENCIONAL = compra de ativos financeiros em ampla escala visando influenciar a economia real em curto prazo e promover o crescimento (afrouxamento quantitativo ou QUANTITATIVE EASING) = política monetária super expansionista = o BC sai comprando títulos ou ativos de bancos comerciais e instituições (ativos que não são padrão = títulos do governo de longo prazo, hipotecas, ativos privados, carteiras de instituições financeiras = tornando-se credor dessas instituições), injetando dinheiro na economia (a operação padrão seria o BC comprar títulos públicos de longo prazo)
Essa política foi estabelecida pelo Japão em 2001, país com alto risco de deflação e taxa de juros próxima de zero / Também utilizada pelos BC da Europa e EUA após 2008 / Japão, EUA e Europa injetaram 5 trilhões de dólares de 2008 a 2015 e diferente da informação dos clássicos, não houve inflação! (demanda super desestimuladas = falha na lei de say = economia explicada a partir da oferta) / EUA só pararam de comprar ativos em 2014, quando a economia estava aquecida / o Japão nunca parou o QE apesar de tentar inúmeras vezes, pois a economia é forte, com alta poupança e desestimulada / Europa estava reduzindo e desacelerando o QE / aí surgiu o Corona vírus e todos retornaram ao QE (FED comprará 2,5 trilhões de USD somente em 2020)
Até o Corona Vírus, o QE era vedado pela CFRB/88 (barra intervenções não convencionais pelo BC, somente as tradicionais). Isso mudou com a pandemia e a elaboração da PEC nº10/2020, introduzindo um regime extraordinário fiscal e financeiro / PEC de orçamento de guerra (PEC 10/2020) = recentemente aprovada = permitindo a compra de títulos BB- e superiores = Permite ao BC realizar QE, desde que publicadas diariamente, fiscalizada e verificada por agências de risco
Equivalência Ricardiana (também chamada de Barro-Ricardo)
1- Conceito
2- Efeitos no consumo, demanda agregada, taxa de juros, riquezas das famílias
3- Efeitos na poupança do governo, na poupança das famílias e na poupança total
4- Por que a taxa de juros mantêm-se inalterada ?
5- 3+ Pressuspostos da Equilavência Ricardiana
é o trade-off das famílias (racionais) entre pagar imposto hoje ou amanhã / O governo pode financiar seus gastos por meio de impostos cobrados dos atuais contribuintes ou pela emissão de dívida pública. No entanto, se for escolhida a segunda opção (endividamento), mais cedo ou mais tarde teriam que ser pagas as dívidas, aumentando os impostos acima do que eles seriam no futuro, se a escolha tivesse sido utilizar os recursos disponíveis
Ou seja, caso o financiamento do governo ocorra pelo ENDIVIDAMENTO, a equivalência ricardiana é aplicada / a implicação da equivalência ricardiana é que uma redução de impostos financiada pelo endividamento e não pela redução de gastos do governo deixa o consumo ©, demanda agregada (Y), taxa de juro real (i) ou a riquezas das famílias inalterados (a única queda se dá na poupança do governo, a qual cai pela redução de impostos, mas logo aumenta pelo acréscimo da poupança privada por compra de títulos públicos – mantendo a POUPANÇA TOTAL e a taxa de juros INALTERADA) (não impacta NENHUMA variável REAL)
OU SEJA, redução de impostos financiada por endividamento equivale ao financiamento por impostos / A redução de impostos via endividamento apenas ADIA impostos / as famílias irão poupar a renda disponível adicional desse imposto suprimido para pagar o aumento de impostos no futuro (esse modelo pressupõe previsão e conhecimento futuro das famílias) / é um pensamento alternativo ao keynesiano que defende que aumento dos gastos do governo = aumento da demanda agregada e da renda de equilíbrio
É uma teoria crítica ao endividamento (aumento de impostos e emissão de títulos) e a favor da redução de gasto público (clássica) / as famílias compram os títulos do governo para serem remunerados e pagarem os impostos futuros (não afetando a riqueza do setor privado)
Como a poupança privada aumenta no mesmo montante que o déficit orçamentário, a taxa de juros mantém-se inalterada.
O déficit não provoca qualquer redução do ritmo de acumulação do estoque de capital, nem deterioração das contas externas. A dívida pública não afeta a riqueza do setor privado. Então, o financiamento da despesa pública por dívida pública é equivalente ao financiamento por impostos (redução da poupança do governo é compensada pelo aumento da poupança das famílias, mantendo a poupança doméstica total)
Pressupostos da equivalência Ricardiana: Imposto Lump Sum (um montante só, fixo, independente do PIB), previsibilidade das famílias (expectativas racionais), preocupação com as gerações futuras (não consomem toda a renda), déficit público obrigatoriamente financiado por emissão de títulos, total certeza sobre a política fiscal do governo / Outras premissas: a não distorção das decisões das famílias por impostos, mercado de capitais perfeito (mesma taxa de juros de empréstimos e do Estado), decisões das famílias não distorcidas por impostos, não há crescimento econômico, entre outros.
O conceito de equivalência ricardiana ignora completamente a poupança externa como forma de financiamento do governo (é como se fosse uma economia fechada e só fatores internos importassem) / um aumento dos impostos correntes (redução da dívida do governo) leva a uma redução da poupança privada corrente (ceteris paribus) – visão contrária da equivalência ricardiana / Um aumento nos impostos futuros (tudo o mais constante) não altera o consumo corrente, mas sim a poupança (a conduta do governo NUNCA ALTERA O CONSUMO!!!)
A teoria da equivalência ricardiana foi muito criticada porque, entre outras razões, os impostos não seriam do tipo lump sim, o mercado de capitais seria imperfeito e novas famílias poderiam entrar na economia, possibilitando que o aumento da renda disponível fosse empregado em consumo.
Lei de Wagner
1- conceito
2- elasticidade renda dos gastos públicos
3- conceito de devedor do tipo Ponzi
“O aumento dos gastos do governo se dá em proporções maiores que a do produto”
Também chamada de lei dos dispêndios públicos crescentes = estabelece que a demanda por gastos públicos possui uma elasticidade renda maior que 1 (bem de luxo)
Isso significa que o CRECIMENTO DA RENDA gera uma expansão ainda MAIOR dos gastos públicos
Pressupõe que bens públicos são bens normais, ou seja, nações mais ricas exigem mais ações do Estado (a lei sugere que o estado de bem-estar social evolui do capitalismo de livre mercado)
Assume-se que o Governo é um devedor do tipo PONZI = QUALQUER devedor com risco de default (calote) / crescimento gera despesas com funções administrativas e de segurança, bem-estar social (saúde e educação)
Outra premissa da Lei de Wagner é que os bens meritórios (não excludentes e rivais), como educação e saúde, apresentam características de bens de luxo, já que a elasticidade-renda da demanda é maior que 1.
CORRENTES QUE EXPLICAM O AUMENTO DA DESPESA PÚBLICA
1- conceito da Lei de Wagner
2- conceito da interpretação de Peacock e Wiseman
3- Efeito Limite de Musgrave & Musgrave (conceito)
Lei de Wagner + Interpretação de Peacock e Wiseman + Efeito Limite de Musgrave e Musgrave
Lei de Wagner = segundo esta lei, o tamanho do governo aumenta com o crescimento econômico e, consequentemente, suas despesas.
Interpretação de Peacock e Wiseman. O governo gasta porque obtém facilmente recursos. Diante de situações externas que exigem aumento da arrecadação, como guerras, mesmo diante da finalização destas, o governo segue arrecadando impostos. A isto denomina-se efeito translação
Efeito Limite de Musgrave & Musgrave = segundo estes autores, o limite tributário explica o nível de gastos públicos.
COVID-19 X ECONOMIA INTERNACIONAL E NO BRASIL
1- leitura rápida
Redução temporária nos fluxos comerciais / questionamento do offshoring / intensificação do reshoring / tendência a políticas comerciais mais restritivas (recrudescimento do protecionismo) / sintetizada pela guerra comercial EUA x China / cotas e tarifas são as principais formas de barreiras comerciais
Nearshoring e friendshoring = trazer a produção para áreas seguras
Decoupling = recomposição técnico-produtiva = setores sensíveis a segurança nacional = tiktok, 5G, Hauweii, chips e semicondutores (chip war)
Efeitos no BR = forte valorização do dólar, forte queda na Bolsa, elevação dos juros reais e nominais + rápida aprovação pelo Congresso da decretação do estado de calamidade pública, que libera o governo da necessidade de cumprir a meta de resultado primário deste ano + queda da taxa SELIC ao menor patamar histórico + os créditos EXTRAORDINÁRIOS por serem transitórios não entram na EC 95 (teto de gastos) + alta queda na arrecadação do governo + alto déficit primário (gastos com saudade e auxilio emergencial) (não esquecer do choque do petróleo pelas disputas entre Arábia Saudita e Rússia) + nível de desocupação se manteve estável (IPEA maio de 2020)
Tarifas e Cotas
1- conceito de tarifas
2- efeito das tarifas no preço, na produção local, na quantidade importada
3- Conceito de Cotas
4- Para quem o bem-estar é transferido com as Cotas ?
5- 4 características comuns entre tarifas e cotas
6- Uma diferença entre tarifas e cotas
TARIFAS = imposto sobre bens exteriores vendidos no país + amplia o preço de importação (preço mundial + tarifa) + produtores locais podem cobrar um preço mais alto (preço mundial + tarifa) + reduz a quantidade importada + desloca o mercado interno para um ponto mais próximo do seu equilíbrio sem comércio exterior + gera-se bem-estar ao governo pela arrecadação (além do produtor e consumidor) + introduz peso morto (perda de excedente total e de bem-estar) + gera receitas ao governo + não interrompem fluxo de comércio como as cotas
Para o bem-estar dos consumidores, os efeitos negativos da imposição de uma tarifa ad valorem sobre as importações podem ser compensados por ganhos nos termos de troca, quando a demanda do país que impõe a tarifa é capaz de influenciar os preços mundiais de um produto - QUESTÃO CERTA - TPS 2019
TARIFA PAÍS PEQUENO = é o padrão e deve ser considerado país pequeno para tarifas em questões que não mencionam o tamanho do país / é o comportamento padrão, gera peso-morto e ineficiências
TARIFA PAÍS GRANDE = possui poder de mercado internacional e estabelece preços, afetando o equilibrio do comércio global. Nesse modelo de país grande, a conclusão final é que uma tarifa aduaneira aumenta o preço do mercado doméstico e baixa o preço no mercado estrangeiro, consequentemente, o volume comercializado diminui. Nesse modelo, o bem-estar geral nacional é AMBÍGUO, embora o excedente do produtor e a receita do governo aumentem, enquanto o excedente do consumidor diminui / BEM-ESTAR = a tarifa pode gerar ganhos ou perda de bem-estar ao ser imposta tarifas em país em grande, a depender de quem ganha e das inclinações)
COTAS = limite sobre QUANTIDADES de bem externo + impede a compra ilimitada do importador + em consequência, a curva de oferta deixa de ser perfeitamente elástica ao preço mundial + reduz a quantidade importada + e desloca o mercado para perto do ponto de equilíbrio vigente em uma economia sem comércio exterior + transfere bem-estar para os detentores de licenças de importação + gera receita aos detentores de licenças + pode interromper fluxos de comércio internacional
EM COMUM (4) = aumento os preços internos, reduzem o bem-estar dos consumidores, aumentam o bem-estar dos produtores e impõem um peso morto
A diferença é que o valor gerado não é absorvido pelo governo como arrecadação, mas apropriado por agentes privados com autorização a importar (como o produto importado ficou mais caro no mercado interno, eles se apropriam de uma “quase-renda”, que é a diferença entre os preços interno e externo)
Setor Público não financeiro x Governo Geral (composição)
1- cinco componentes do setor público não financeiro
2- dois componentes do Governo Geral
3- dois membros em comum aos dois
Setor público não financeiro = administração direta + indireta + previdência social + empresas estatais (exceto Petrobras e eletrobras) + fundos públicos (NÃO inclui BACEN)
Governo Geral (composição) = administração direta + previdência social (Atenção para o enunciado, caso a questão cite a expressão “governo geral”.
AMBOS INCLUEM A ADMINISTRAÇÃO DIRETA PREVIDÊNCIA SOCIAL
TIPOS DE RESULTADOS (DÉFICITS OU SUPERÁVITS) (PNO)
1- conceituar os três tipos de resultados
** Resultado primário -> Resultado Nominal -> Resultado Operacional **
** Portanto, arrecadação – gasto = resultado primário + juros da dívida = resultado nominal – atualização monetária ou inflação = resultado operacional **
Resultado PRIMÁRIO = receitas menos gastos (ambos NÃO FINANCEIROS) + separa o esforço fiscal dos gastos financeiros + revela, efetivamente, a condução da política fiscal + é o mais utilizado pela mídia + não carrega os resultados de dívidas e juros do passado + mostra o esforço ATUAL do governo
** O resultado primário demonstra o o esforço atual do governo para pagar déficits passados, caso sejam registrados superávits. Além disso, faz parte de uma das três âncoras da política macroeconômica nacional, junto do câmbio flutuante e do regime de metas da inflação desde 1999 **
Resultado NOMINAL = é o resultado primário mais os gastos financeiros (jurs, correção monetária e/ou cambial) = evidencia a necessidade de financiamento do setor público + é o conceito fiscal mais abrangente, mais utilizado
Resultado OPERACIONAL = adiciona-se a inflação ou atualização (utilizado em países de alta inflação)
O setor público brasileiro apresenta, historicamente, necessidades de financiamento positivas, ou seja, déficits nominais. Assim sendo, precisa financiar-se
e o faz domesticamente ou externamente
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
1- conceito
2- data limite para encaminhamento e votação do Congresso
3- três orçamentos contidos na LOA
4- nome dos dois tipos de créditos que o executivo pode solicitar fora da LOA
A LOA é o orçamento propriamente dito = receitas e despesas organizadas pelo poder executivo do próximo ano, votada até o final do ano legislativo / o PR encaminha o Plano Plurianual e a LOA ao Congresso / A LOA é encaminhada até 31 de agosto pelo PR e votada é o fim da sessão legislativa (22 de dezembro)
** A LOA é composta pelo orçamento fiscal, da Seguridade Social e de investimento das estatais ** (decorar)
Inclui as despesas do governo federal em relação ao legistlativo, executivo e judiciário.
Se durante o exercício financeiro houver necessidade de realização de despesas acima do limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo emite medida provisória, submetendo-a a aprovação do Congresso Nacional solicitando crédito especiais ou suplementares
No caso dos créditos SUPLEMENTARES, estes podem ser solicitados através da própria LOA
O Orçamento anual visa concretizar os objetivos e metas propostas no Plano Plurianual (PPA), segundo as diretrizes estabelecidas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
Exceção a LOA: autorização para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive por antecipação de receita
A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa
LOA é lei formal (emana de órgão com competência legislativa), mas não é lei material (apenas prevê receitas e autoriza gastos) = pré-requisito para autorizar GASTOS
A lei orçamentária anual, entre outros aspectos, exprime, em termos financeiros, a alocação dos recursos públicos para determinado exercício.
A LOA é a lei orçamentária propriamente dita, possuindo vigência para um ano. Ela estima a receita e fixa a despesa do exercício financeiro, ou seja, aponta como o governo vai arrecadar e como irá gastar os recursos públicos. De um lado, permite avaliar as fontes de recursos públicos no universo dos contribuintes e, de outro, quem são os beneficiários desses recursos
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
1- definição
2- a quem pertence a iniciativa da LDO
3- prazo limite para envio
Orienta o orçamento fiscal, seguridade social e o investimento do Poder Público / Sintoniza a LOA com as diretrizes, objetivos e meta da administração pública, estabelecidas no Plano Plurianual / tem previsão constitucional / orienta a elaboração da LOA
É elaborada pela Secretaria do Orçamento Federal
É o instrumento norteador da LOA, por selecionar os programas do PPL que serão contemplados com a dotação da LOA. Por isso, é o ELO entre a LOA e o PPL / ** Pode ser considerado o AJUSTE da programação orçamentária ao cenário político, econômico e institucional ** / Assim como a LOA, a LDO se materializa em lei ordinária do PR
A iniciativa do projeto da LDO é exclusiva do chefe do Poder Executivo (prefeitos, governadores e presidente) até o prazo de 15 de abril de cada ano / é o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA) / metas prioritárias para o ano seguinte / METAS E PRIORIDADES / ** Alterações na legislação tributária deverão estar dispostas na LDO **