Economia Flashcards
Ação Teoria do Consumidor, preferências, reta orçamentária e utilidade
1- Definição de reta orçamentária e sua equação
2- Fórmula da INCLINAÇÃO da reta orçamentária e o que ela representa
3- Variável que altera a inclinação da reta orçamentária e variável que desloca toda a curva
4- Princípio ou lei principal da utilidade
5- Qual é o ponto em que a utilidade é máxima ?
6- Definição de Curva de Indiferença e seu formato em relação à origem
7- Nome dado a um conjunto de curvas de indiferença
8- Duas condições para curvas de indiferença bem comportadas
9- Três condições para escolha ou preferências racionais do consumidor
10- Local do equílibrio do consumidor
DECORAR: UTILIDADE (marginal e total), PREFERÊNCIA, RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA E SUA EQUAÇÃO, CURVA DE INDIFERENÇA, MONOTONICIDADE, PREFERÊNCIAS BEM-COMPORTADAS, PREFERÊNCIAS RACIONAIS E DIAGRAMA DO EQUÍLIBRIO DO CONSUMIDOR
Teoria do Consumidor, também chamado de equílibrio ou problema do consumidor = É a parte da ciência econômica que estuda o comportamento do consumidor durante as suas decisões de consumo, de acordo com a restrição orçamentária, preferências e Cestas de Consumo. Os pressupostos da teoria do consumidor são de que o consumidor escolhe o “melhor possível” (utilidade e preferência) do que ele “pode adquirir” (restrição orçamentária)
TEORIA DO CONSUMIDOR = COMPORTAMENTO + DECISÕES DE CONSUMO + RESTRIÇÃO
RETA ORÇAMENTÁRIA (aquilo que o consumidor “pode adquirir”)
A reta orçamentária, também chamada de linha orçamentária ou reta de restrição orçamentária, é o conjunto de cestas que esgotam a renda do consumidor.
Equação da reta orçamentária: R = P1 x Q1 + P2 x Q2 (ou seja, a renda total do consumidor é igual ao preço vezes a quantidade dos bens) e sua inclinação se dá por: – P1/P2
A inclinação da reta orçamentária é igual à relação dos preços dos bens (p1/p2) e mede a taxa à qual o consumidor está disposto a substituir “a” por “b”.
Às vezes, também é dito que a inclinação da reta orçamentária mede o custo de oportunidade de consumir um bem. A inclinação da reta orçamentária representa o custo de oportunidade do consumo de determinado bem. Ou seja, para consumir um bem, e se manter ao longo da reta orçamentária, é necessário reduzir o consumo do outro bem. Assim, ao consumir um bem, deixa-se de consumir outro bem, o que representa o conceito de custo de oportunidade.
Aumentos na renda, deslocam a reta orçamentária como um todo e mudanças nos preços alteram a inclinação da reta, pois só deslocam um dos eixos onde a reta toca. No entanto, se os preços dos bens mudarem ao mesmo tempo e no mesmo montante, não há alteração na inclinação.
UTILIDADE (“melhor possível”)
Também chamada de benefício, prazer, utilidade.
Aumentos na quantidade de bens sempre aumentam a utilidade total, mas em níveis cada vez menores (utilidade marginal ou benefício adicional) – Lei da Utilidade Marginal decrescente Utilidade marginal (Umg): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do acréscimo de uma unidade de consumo (q) de um bem qualquer. De forma matemática: Umg = delta U sobre delta Q.
Assim, Quanto mais temos de um bem, menos útil ele se torna (Princípio da utilidade marginal decrescente). O momento em que a utilidade é máxima acaba sendo quando a utilidade marginal é NULA.
Os consumidores procuram igualar os seus benefícios marginais (utilidade ou satisfação) com os seus custos marginais (preço pago). A utilidade marginal da água é baixa e do diamante é alta, por isso, pagamos muito por ele (paradoxo do valor). Mas não confunda: A maximização da utilidade ocorre quando a utilidade marginal é igual a zero
A maximização da utilidade ocorrerá quando o consumido tiver satisfeito o princípio da igualdade marginal, que é conceituado como: o momento em que os consumidores igualam as utilidades marginais por unidade monetária gasta em cada um dos bens.
Preferências “escolha do melhor possível”
Curva de indiferença: é uma curva que liga as várias combinações de consumo de vestuário e alimentos que proporcionam igual utilidade (a expressão curva de indiferença deriva do fato de que cada ponto na curva rende a mesma utilidade, logo, o consumidor será indiferente sobre qualquer cesta de consumo ao longo da curva).
A utilidade é uma medida SUBJETIVA (não-objetiva) de satisfação ou benefício que os consumidores atribuem aos diferentes bens e serviços que consomem.
A curva de indiferença, portanto, consiste em todas as cestas de bens que deixam o consumidor indiferente à cesta dada. Assim, uma curva de indiferença mostra apenas as cestas que o consumidor percebe como indiferentes entre si à a curva de indiferença, ** sozinha, não distingue as cestas melhores das piores ** / Curvas de indiferença não se cruzam.
Observação: A isoquanta está para a curva de indiferença assim como a teoria do produtor está para a teoria do consumidor. Tanto a isoquanta como a curva de indiferença tem o mesmo formato: são convexas em relação a orígem.
Nota: existe também o conceito de mapa de indiferença, que é o gráfico que contém um conjunto de curvas de indiferença mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor.
Princípio da monotonicidade ou não saciedade (quanto mais melhor) / A monotonicidade das preferências implica que as curvas de indiferença tenham, obrigatoriamente, inclinação negativa.
Cestas ou combinações médias são preferíveis aos extremos em curvas convexas / nas curvas côncavas, os extremos são preferíveis
Preferências bem-comportadas: monotônicas e convexas
Preferências racionais:
1) Completa (o consumidor é capaz de comparar a satisfação trazida pelas diferentes cestas de bens)
2) Reflexiva: uma cesta de bens é tão boa quanto a ela mesma.
3) Transitiva: se se prefere a cesta A à cesta B e a B à C, logo, prefere-se a cesta A à C.
Equilíbrio do Consumidor: Tangente entre Reta Orçamentária e a Curva de Indiferença do consumidor, significando a maior utilidade possível para o consumo de determinada cesta de bens (x;y), dada a restrição orçamentária. No equilíbrio, TMS =Px/Py
Curvas de Indiferença e TMgS
1- Três características das curvas de indiferença
2- Definição das curvas de indiferença
3- Nome do mapa que monstra um conjunto de curvas de indiferença
4- Princípio que garante o não cruzamento das curvas e princípio que explica a inclinação negativa da curva de indiferença
5- 3 propriedades das curvas de indiferença
6- Significado da taxa marginal de substituição e sua fórmula
As curvas de indiferença se inclinam negativamente (já caiu), nunca se cruzam e são convexas com relação à origem, quando bem comportadas / Além disso, possuem taxa marginal de substituição e utilidade marginal DECRESCENTES
Definição: A Curva de indiferença mostra DIVERSAS cestas de consumo com a MESMA utilidade / Inserem-se na Teoria do Consumidor e suas decisões de consumo
Os pressupostos da teoria do consumidor são de que o consumidor escolhe o “melhor possível” (utilidade e preferência) que ele “pode adquirir” (restrição orçamentária)
A curva de indiferença, portanto, consiste em todas as cestas de bens que deixam o consumidor indiferente à cesta dada. Assim, uma curva de indiferença mostra apenas as cestas que o consumidor percebe como indiferentes entre si
A curva de indiferença, ** sozinha, não distingue as cestas melhores das piores **
Nota: existe também o conceito de mapa de indiferença, que é o gráfico que contém um conjunto de curvas de indiferença mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor.
As curvas de indiferença não se cruzam, graças ao princípio da transitividade (A preferível B e B preferível a C, logo A é preferível a C) – pois se cruzassem formariam um absurdo lógico ***
O princípio da utilidade marginal decrescente explica por que a curva de indiferença é negativamente inclinada
Propriedades das curvas de indiferença (bem-comportadas) - não confundir com as preferências do consumidor:
1) Curvas mais altas são preferíveis por fornecerem maior utilidade (monotonicidade). monotonicidade das preferências implica que as curvas de indiferença tenham, obrigatoriamente, inclinação negativa. Se mais é melhor, então, ao reduzirmos o consumo de um bem, devemos, com certeza, aumentar o consumo do outro bem para que nos mantenhamos indiferentes entre duas cestas de consumo. Isso só é possível se as curvas de indiferença tiverem inclinação negativa.
2) Curvas de indiferença não se cruzam = é uma reafirmação da premissa da transitividade, pois se ocorresse cruzamentos haveria combinações dos mesmos bens com dois níveis de utilidade diferentes ao mesmo tempo (absurdo lógico)
3) As médias são preferidas aos extremos (desde que sejam curvas convexas em relação a origem) = A explicação intuitiva para este fenômeno reside no fato de que os consumidores preferem consumir cestas mais diversificadas; isto é: tendo quantidades equilibradas de cada bem.
Acima temos as PROPRIEDADES das curvas de indiferenças bem comportadas.
Quanto mais melhor (monotonicidade) = garante a inclinação negativa das curvas de indiferença. Essa inclinação é dada por delta y sobre delta x, ou seja, sua taxa marginal de subtituição. A convexidade das curvas de indiferença parece algo natural: ela diz que quanto mais temos de um bem, mais propensos estaremos a abrir mão de alguma quantidade dele em troca de outro bem.
Em primeira instância, o que ocasiona estas mudanças ao longo da curva de indiferença e a sua própria inclinação é o princípio da utilidade marginal decrescente.
A inclinação da curva de indiferença, a taxa marginal de substituição, mede a taxa em que o consumidor se encontra na fronteira entre trocar ou não trocar.
O princípio da utilidade marginal decrescente explica por que a curva de indiferença é negativamente inclinada (não confunda com com a reta de restrição orçamentária)
Curvas de indiferença não mantêm relação com restrições orçamentárias ou preços dos bens envolvidos na análise, somente sua UTILIDADE.
Quem mantém relação com a restrição de renda (orçamentária) e com os preços dos bens envolvidos é a reta de restrição orçamentária e não a curva de indiferença.
Uma curva de indiferença é convexa quando a taxa marginal de substituição diminui na medida em que há movimentação para baixo ao longo da mesma curva. A medida que nos deslocamos para baixo, a inclinação da curva de indiferença (que é a própria taxa marginal de substituição) diminui. No inicio da curva de indiferença, a inclinação da curva é alta. No final, a inclinação é bem menor. Essa redução da taxa marginal de substituição só é possível graças à convexidade da curva de indiferença. Vale ressaltar que se a taxa marginal de substituição aumentasse à medida que nos deslocássemos para baixo, a curva de indiferença seria côncava, não convexa.
Preferências Mal-Comportadas (substitutos e complementos perfeitos) = ** Elas seguem as premissas de preferências (monotonicidade, reflexividade, transitividade, integralidade), mas não seguem o comportamento das curvas bem-comportadas (TMgS decrescente e negativa, convexidade) ** - Não Confunda
As curvas de indiferença entre um bem e um mal são curvas ou retas positivamente inclinadas, pois o consumo do mal deve ser compensado pelo consumo do bem para manutenção do mesmo nível de utilidade.
Bem neutro em relação a outro = curva de demanda vertical
Curvas de indiferença côncavas = diferente das curvas convexas em que o consumidor prefere cestas médias devido à diversificação, aqui a especialização do consumo em um bem prevalece.
A curva de indiferença é usualmente ilustrada como sendo côncava em relação à origem para mostrar que as combinações de dois bens são indiferentes ao consumidor, e sinaliza que quanto mais escasso for um bem maior, maior será o seu valor relativo de substituição.
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO
TMgS = quanto se abre mão de um bem por outro, mantendo a utilidade ou a PRODUÇÃO (teoria da firma) constantes *** Essa é a definição ! / TmgS determina a inclinação da curva de indiferença / O declínio no consumo de vestuário permitido por um aumento no consumo de alimentos a fim de que a utilidade se mantenha constante é chamado de taxa marginal de substituição (TMgS)
TmgS = delta y dividido por delta x = inclinação da reta naquela ponto = fronteira entre trocar ou não = propensão marginal a pagar = razão entre as utilidades marginais / TMgS possui inclinação NEGATIVA
Taxas Marginal de Substituição Constante indica bens substitutos, pois a inclinação não se altera. Neste caso, as curvas de indiferença são formadas por linhas retas paralelas, sendo a TMgS constante *** / Taxa Marginal de Substituição infinita ou igual a zero representa bens complementares (gráfico perpendicular)
Observação: Para lembrar do gráfico de preferência dos bens complementares, lembre-se que a palavra “compLementares” diferente da “substitutos”, possui um “L”
** Curvas de indiferença monotônicas implicam que elas têm inclinação negativa (certo) **
Observação 2: mapa de indiferença é a representação de um conjunto de curvas de indiferença, mostrando as cestas de mercado cuja escolha é indiferente para o consumidor.
5 (CESPE, TCE/PA, ACE/Economia, 2016) A utilização de curvas de indiferença para descrever as preferências dos consumidores não é indicada, já que as curvas não distinguem as cestas de consumo - CERTO - o que distingue as cestas de consumo é o mapa de indiferença (conjunto de curvas de indiferença). As curvas de indiferença mostram combinações entre cestas as quais o consumidor é
indiferente. A curva de indiferença sozinha não distingue as cestas melhores das piores. Ordenam-se as preferências através do mapa de indiferença. Curvas mais distantes da origem representarão cestas preferíveis.
Observação 3: Se um indivíduo gosta de um bem e é neutro em relação a outro, então a curva de indiferença será uma linha paralela ao eixo do bem neutro. O bem neutro possui como característica a invariabilidade da satisfação dado aumento na quantidade consumida do bem, basicamente refere-se aos alimentos básicos, como açúcar, sal, arroz. A curva de indiferença destes bens é paralela ao eixo do bem neutro, pois a utilidade não varia com o aumento da quantidade consumida.
Observação 4: A curva de indiferença não distingue cestas de produtos, já que cestas ao longo de uma curva trazem o mesmo nível de utilidade ao consumidor, contudo um mapa de curvas de indiferenças podem distinguir as cestas de produtos, pois as cestas localizadas nas curvas mais altas trarão mais utilidade comparativamente com aquelas localizadas em curvas mais baixas.
Observação 5: A taxa marginal de substituição independe do nível de renda. Quem depende da renda é a reta de restrição orçamentária: quanto menor a renda, mais baixa estará a reta de restrição orçamentária. Veja, então, que a curva de indiferença e a estrutura de preferências do consumidor não dependem da renda (não confunda)
Resumo da TMgS para curvas bem-comportadas:
1) Significa a inclinação da curva de indiferença (vale em qualquer caso);
2) Possui inclinação negativa;
3) É decrescente;
4) É a fronteira de trocar ou não trocar um bem pelo outro;
5) Mede a propensão marginal a pagar.
A curva de indiferença do consumidor não tem relação DIRETA com restrições orçamentárias ou preços dos bens pertencentes à cesta de preferência – CERTO - A curva de preferência avalia as cestas de bens que deixam o consumidor indiferente à cesta dada; não há, portanto, relação direta com restrições orçamentárias e níveis de preços.
Teoria do Consumidor
1) Citar as 4 Premissas básicas da teoria do consumidor, também chamada, de preferências das pessoas por determinadas cestas e seus significados
2) Quais as três premissas que geram racionalidade e razoabilidade na escolha do consumidor
As premissas da monotonicidade, transitividade e completude conferem racionalidade e razoabilidade à teoria do consumidor
1) integralidade, exclusividade ou completude = pode-se ordenar e organizar em preferências ou indiferença toda e qualquer cesta / Na completude, é importante citar o exemplo: Para quaisquer duas cestas A e B, um consumidor pode preferir A a B, ou preferir B a A ou ser indiferente a qualquer uma das duas.
2) Transitividade (consistência) = preferência de a por b e de b por c, marca a de a por c, obrigatoriamente. (Por isso, nunca as curvas de indiferença nunca se cruzam) (não confundir com a primeira premissa) (princípio da transitividade = as curvas nunca transam = se cruzam) /
(3) princípio da não saciedade ou monotonicidade = quanto mais, melhor / essa é a premissa violada caso as curvas de indiferença se cruzem. Embora elas não se cruzem graças à transitividade
(4) reflexividade = supomos que todas as cestas são pelo menos tão boas quanto elas mesmas. Ou seja, mesmo prazer entre cestas iguais
Escolha racional = completa, transitiva e monotônicas (1,2,3) / algumas questões não mencionam a monotoniciedade / As premissas da monotonicidade, transitividade e completude conferem racionalidade e razoabilidade à teoria do consumidor
Preferências racionais devem atender obrigatoriamente a 1, 2 e 3 = integralidade, transitividade e monotonicidade, segundo Pindyck
Escolha ótima do consumidor
1- Dois elementos que restrigem a escolha do consumidor (R-P)
2- Local da escolha ótima do consumidor (3)
3- reta de restrição orçamentária – significado, fórmula e citar o que gera o deslocamento da sua inclinação e da reta como um todo
Possui dois elementos fundamentais: a restrição orçamentária e as preferências do consumidor
** as curvas de indiferença bem comportadas são CONVEXAS em relação a origem (meia bola) **
A escolha do consumidor se dá no encontro dessas duas variáveis (preferência x restrição) / as preferências servem para delimitar ou constituir um modelo de escolha para formação de uma cesta de bens (x e y) / partindo de preferências bem-comportadas (monotônicas e convexas), a reta de restrição de orçamentária delimita um universo de preferências de acordo com seus preços
** A escolha ótima se situa na curva de indiferença mais longe da origem e no ponto mais central dessa curva, onde a restrição orçamentária toca (tangencia) a curva de indiferença (evitando soluções de canto) **. Nesse ponto, a taxa marginal de substituição é igual ao preço RELATIVO dos bens, formando o ÓTIMO DO CONSUMIDOR
RETA ORÇAMENTÁRIA = A relação entre os preços (Px e Py) define a inclinação da reta orçamentária / ou seja; Px / Py = tg alfa / essa fórmula é IGUAL a taxa marginal de substituição nesse ponto, ou seja, a tangente entre Reta Orçamentária e a Curva de Indiferença do consumidor, significando a maior utilidade possível para o consumo de determinada cesta de bens (x;y), dada a restrição orçamentária
A taxa marginal de substituição (tg alfa) demonstra a capacidade de abrir mão de um bem para consumir o outro em cada um dos pontos da curva de indiferença / a Tmgs varia ao longo da curva da indiferença e se constitui da inclinação ao longo da curva
** a inclinação da reta de restrição orçamentária é igual a taxa marginal de substituição no ponto da escolha ótima, sendo igual ao preço relativo entre os produtos em análise (Px/Py) **
O consumidor está disposto a abrir mão de um bem pelo outro na medida da relação de seus preços
Diferentemente da Curva de Indiferença e da TMgS: O que explica a inclinação negativa da reta de restrição orçamentária é o fato de um consumo maior de um bem implicar obrigatoriamente um consumo menor de outro bem, estando o consumidor limitado pela sua renda (que está representada pela própria reta de restrição orçamentária)
Reta orçamentária está ligado a Renda e sua inclinação é dado por = px / py (preço do bem das abcissas pelo preço do bem das ordenadas)
** É importante lembrar que o que desloca a inclinação dessa reta é o preço, uma vez que a renda desloca TODA a reta para direita ou esquerda **
Portanto, restrição orçamentária são todas as cestas que exaurem a Renda do consumidor (R-> R = restrição, renda) (é a linha reta no gráfico) **
Em uma situação de equilíbrio, limitados renda e preço, o consumidor maximiza sua satisfação. Entretanto, se o consumidor escolher ficar abaixo da linha orçamentária, ele poderá estar satisfeito e não gastará toda a sua renda (certo) (acredito que a questão desconsidere o axioma de quanto mais melhor)
Resposta do professor: Se o consumidor escolher a curva de indiferença que tangencia a restrição orçamentária, ele estará fazendo a escolha ótima, maximizando sua utilidade. Se o consumidor escolher consumir abaixo da restrição orçamentária ele poderá estar satisfeito, visto que pode estar consumindo em um ponto da curva de indiferença, contudo não maximizará sua satisfação. Já os pontos acima da restrição orçamentária são impossíveis, tendo em vista que o consumidor não possui renda disponível para este nível de consumo.
A cesta maximizadora de utilidade deverá satisfazer duas condições:
- Deverá estar sobre a linha do orçamento.
- Deverá dar ao consumidor sua combinação preferida de bens e serviços.
O conjunto de cestas de consumo que o consumidor “pode adquirir” aos preços (p1, p2) e renda m é denominado o conjunto orçamentário do consumidor, ou conjunto de oportunidade (no sentido de que há a oportunidade de consumir as cestas que fazem parte deste conjunto) - é tudo que esta para trás da reta orçamentária no gráfico e não se confunde com a reta em si (esse conjunto tem formato de triângulo)
Em uma escolha de produção ótima, os custos marginais de curto prazo se igualam aos custos de produção de longo prazo. - CERTO
Nos mercados competitivos, a escolha ótima a ser feita por determinado consumidor corresponde à escolha em que a taxa marginal de substituição entre dois bens quaisquer é igual para todos os consumidores – questão certa tps – Umg = Cmg
Se o consumidor escolher a curva de indiferença que tangencia a restrição orçamentária, ele estará fazendo a escolha ótima, maximizando sua utilidade. ** Se o consumidor escolher consumir abaixo da restrição orçamentária ele poderá estar satisfeito, visto que pode está consumindo em um ponto da curva de indiferença, contudo não maximizará sua satisfação **. Já os pontos acima da restrição orçamentária são impossíveis, tendo em vista que o consumidor não possui renda disponível para este nível de consumo.
Efeito PREÇO e suas componentes
1- Dois componentes do efeito preço
2- Sinal do efeito substituição para qualquer modificação (preço x demanda ou quantidade)
3- Efeito substituição e efeito renda sobre a reta orçamentária
4- Três variáveis para analisar o efeito renda
5- Sinal do efeito renda para bens normais e bens inferiores
6- Motivo da demanda dos bens inferiores ser negativamente inclinada
7- Por que os bens de giffen possuem um efeito substituição muito pequeno ?
É constituído por 2 componentes, quais sejam efeito substituição + efeito renda
A decomposição do efeito preço em efeito substituição e efeito renda é atribuída a chamada equação de Slutsky
Efeito Substituição (ES) = é sempre negativo em relação as variáveis: preço x demanda (vão em sentidos opostos), ou seja, contrário ao efeito gerado no preço (se o preço aumenta, ocorre a diminuição da sua demanda por substituição) (as variáveis preço e substituição se relacionam de forma inversa) – ** SEM NENHUMA EXCEÇÃO! ** / o efeito substituição RELACIONA PREÇO E QUANTIDADE demandada (diferente do efeito renda que relaciona renda e demanda) / No efeito substituição o consumidor se desloca ao longo da mesma curva de indiferença, mantendo a taxa de utilidade
Atenção: o efeito substituição é o responsável por rotacionar a reta orçamentária, enquanto a renda gera deslocamentos à esquerda e à direita
O efeito substituição para bens complementares perfeitos é zero e, portanto, a variação da demanda deve-se inteiramente ao efeito renda. Quando os bens são perfeitamente complementares, o efeito substituição é irrelevante.
O efeito substituição é sempre negativo (decorar). Quando o preço de um item diminui, o efeito substituição sempre leva a um aumento na quantidade demandada do item.
Efeito renda = variáveis caminham no mesmo sentido (variáveis: RENDA x demanda), diferentemente do efeito substituição – lembrar que na renda são três variáveis = preço, consumo e renda = se o preço cai, a renda aumenta, o consumo aumenta = ** renda e consumo sempre caminham no mesmo sentido ** / QUANDO O BEM FOR NORMAL, O EFEITO RENDA SEMPRE SERÁ POSITIVO (sempre reforçará o efeito substituição) / aqui o consumidor migra para uma nova curva de indiferença, alterando a utilidade
Já o efeito renda, no caso de bens normais, é positivo, já que o aumento da renda provoca aumento da quantidade demandada do bem, ou ainda, a redução da renda provoca redução na quantidade demanda, ou seja, a quantidade demandada varia no mesmo sentido da variação da renda.
Diversamente para o caso dos bens inferiores, o efeito renda é negativo, um aumento da renda provoca redução da quantidade demanda do bem, ou ainda, uma redução na renda provoca um aumento da quantidade demanda, ou seja, a quantidade demandada varia no sentido contrário da variação da renda.
No caso de bens normais, o efeito renda reforça o efeito substituição (vão no mesmo sentido - decorar).
Contudo, no caso de bens inferiores o efeito renda diverge do efeito substituição. Geralmente o efeito substituição é maior que o efeito renda, assim, na maioria dos bens a curva de demanda é negativa, quando o preço de um bem aumenta, a demanda dele diminui, curva de demanda negativa. Com exceção do bem Giffen, o efeito renda negativo supera o efeito substituição negativo, produzindo a curva de demanda positiva, quando o preço do bem aumenta, a demanda dele aumenta.
Bens inferiores = demanda negativamente inclinada porque o efeito substituição suplanta o efeito renda (no bem de giffen é o contrário)
A predominância do efeito renda (positivo) sobre o efeito substituição (negativo) explica a inclinação negativa da curva de demanda para os bens de Giffen, um tipo de bem inferior. Tal bem constitui a exceção à lei da demanda, pois a inclinação da curva de demanda é positiva, à medida que o preço aumenta, o consumo aumenta. Todos os outros bens inferiores possuem inclinação negativa na curva de demanda, à medida que o preço aumenta, o consumo diminui.
Lembrar que os bens de giffen possuem um efeito substituição muito pequeno, pois são bens essenciais, logo o efeito RENDA (positivo) suplanta o efeito SUBSTITUIÇÃO
Em uma economia com dois bens, um inferior e outro normal, a queda da renda dos consumidores resulta em aumento do preço do bem inferior. - CERTO - Se a renda abaixar, necessariamente a quantidade consumida do bem inferior aumentará e do bem normal será reduzida. A demanda pelo bem inferior, portanto, será maior, o que provocará um aumento do preço desses bens
Considerando o efeito do preço de um bem sobre sua própria demanda, o efeito renda pode exatamente igualar o efeito substituição somente se o bem não for inferior (caso em que o efeito renda será menor que o efeito substituição, exceto se for de giffen) - CERTO
Efeito renda é a variação no consumo de um item ocasionada pela variação do poder aquisitivo, mantido constante o preço do item.
Quando o preço de uma mercadoria cai, ocorre um aumento no seu poder aquisitivo real (renda real) dos consumidores. Quando a renda de uma pessoa aumenta, a quantidade demandada de um produto pode aumentar ou diminuir. Desse modo o efeito renda pode ser negativo ou positivo.
Os efeitos Renda e Substituição consideram a variação da quantidade demandada em relação ao PREÇO do bem e não à renda do consumidor (efeito substituição sempre negativo em relação ao preço do bem e o efeito renda depende do tipo de bem – normal (-), inferior (+)
Sinais dos efeitos substituição e renda
1- Sinal do efeito preço para bens normais e inferiores
2- Sinal do efeito substituição em relação ao preço (sempre)
3- Sinal do efeito renda para bens normais e inferiores (muito importante)
4- Inclinação da demanda para bens normais e inferiores
5- Idiossincrasia do bem de giffen em relação ao efeito preço
1- Sempre negativo
2- Sempre negativo
3- Positivo (bens normais) e negativo (bens inferiores)
4- Sempre negativamente inclinada (exceto bens de giffen)
5- É o único bem cujo o efeito renda é maior que o substituição
O efeito preço é o efeito renda somado com o efeito substituição
O efeito PREÇO é sempre negativo, tanto para bens normais quanto para bens inferiores
Efeito substituição sempre terá o sinal inverso ao do preço em qualquer hipótese
Bens normais = o efeito renda é positivo; (+ renda + consumo) / efeito preço negativo, pois o efeito substituição é maior que o efeito renda / para saber que se trata de um bem normal, é necessário notar que o efeito renda é positivo
Bens inferiores = o efeito renda é negativo; (+ renda – consumo) - condição suficiente para saber que se trata de um bem inferior / assim como bens normais, a demanda por bens inferiores é negativamente inclinada (se aumentar o preço, reduz a quantidade demandada - negativamente inclinada, a exceção a essa regra é o caso dos bens de Giffen)
Bem de giffen é um tipo de bem inferior, em que o efeito renda suplanta o efeito substituição; *** = efeito renda > efeito substituição (não substitui, pelo contrário aumenta ou diminui o consumo) / É o único caso em que o efeito RENDA é maior que o efeito SUBSTITUIÇÃO
Arrematando o raciocínio:
1) se os Efeito Renda e Efeito Substituição apontarem variações distintas no consumo, o bem, obrigatoriamente, será inferior; e se, além disso, Efeito Renda >Efeito Substituição, então, o bem, além de ser inferior, será de Giffen (lembre então que o bem de Giffen é um caso especial do bem inferior)
2) se ES > ER e ER é positivo, o bem é normal
3) se ES > ER e ER é negativo, o bem analisado é inferior, mas não de Giffen (já caiu cespe)
4) Se ER > ES, o bem analisado é inferior e de giffen!
BENS DE GIFFEN
1- Classificação do bem
2- Qual é o efeito maior nesse tipo de bem
3- Equação que representa um bem de giffen
4- Principal variável a que o bem de giffen responde
** Bens de Giffen são bens com grande peso no orçamento, seu comportamento contraria a Lei de Demanda = sua curva de demanda é positivamente inclinada ** (pode ser citado em prova) / é um bem muito inferior e essencial
Os bens de Giffen são bens inferiores cujo efeito substituição é inferior ao efeito renda (renda suplanta a substituição por causa da dependência) – muito importante
No caso dos bens inferiores, o efeito renda é negativo e suplanta o efeito substituição. Assim, para os bens inferiores, o efeito preço é negativo
Observação: o efeito substituição sempre é negativo (sinal contrário a variação do preço), independentemente do tipo de bem
A demanda da equação Q=1+P é representativa de um bem de Giffen, tendo em vista as variáveis quantidades (Q) e preços (P) terem uma relação direta (aumento nos preços, geram aumento nas quantidades)
É importante ressaltar que é possível uma curva de demanda individual ter inclinação positiva (uma mercadoria ser um bem de Giffen para determinado consumidor), mas a curva de demanda de mercado para esse mesmo bem ter inclinação negativa. Por exemplo, o pão pode ser um bem de Giffen para João. Logo, a curva de demanda individual do João terá inclinação positiva. No entanto, se considerarmos um mercado com milhões de consumidores, a curva de demanda de mercado terá inclinação negativa, de modo que um aumento de preço do pão geralmente vai provocar redução nas quantidades demandadas.
Um bem é denominado bem de Giffen se uma redução em seu preço acarretar redução da quantidade demandada - CERTO
Bens de Giffen respondem às variações nos preços e não nas rendas. Ou seja, o bem de Giffen possui elasticidade preço da demanda positiva e não elasticidade renda. Da mesma forma que o bem de luxo, bens de Giffen respondem a preços – NÃO CONFUNDIR
A elasticidade-preço da demanda é negativa, quanto preço e quantidade demandada atuam em direções OPOSTAS. Isto é: quando o bem em questão segue a lei da demanda.
Mas o bem de Giffen não segue a lei da demanda, pois preço e quantidade demandada atuam na mesma direção. Por isso, no caso dos bens de Giffen, a Elasticidade-preço será POSITIVA.
ATENÇÃO = A curva de demanda dos bens de Giffen (pxq) é positiva, já a curva de ENGEL (renda x quantidade) é negativamente inclinada, assim como os demais bens inferiores.
Curva de Engel
1- Duas variáveis envolvidas
2- O que a curva de engel indica em relação ao bem
RENDA X QUANTIDADE = é uma curva de demanda no gráfico de renda do consumidor x quantidade (preço e demais informações = constantes) (muito similar a curva de demanda tradicional, apenas substituindo o “preço” pela “renda” no eixo y) (** sendo que para bens normais ela é positivamente inclinada (já caiu)) (desenhar). Ela indica se o bem é inferior, normal, ou de luxo – gráfico de preço x quantidade
Os bens inferiores tem curva de Engel negativamente inclinada, enquanto para os bens normais a inclinação é positiva – CERTO – gráfico quantidade x renda = bens normais (positivamente inclinado) e bens inferiores (negativamente inclinados)
TEORIA DA FIRMA objetivos, isoquantas e isocustos)
1- Qual o objetivo e otimização da firma
2- Local de custo mínimo da produção
3- O que significa a função de produção de Leontief
4- Nomes dados a “curva de indiferença” e a “taxa marginal de substituição” na teoria da firma
Objetivo da firma = maximizar o lucro / Não confundir com otimização
Otimização da firma = maximizar o produto OU minimizar o custo total
** O custo mínimo de produção é mínimo quando o custo marginal se iguala ao custo médio ** (Custo mínimo = Cmg = Cme) (Verificar gráficos e relações no porão)
O gráfico da curva de custos da Teoria da firma trabalha com o curto prazo, por isso, as variáveis dos eixos são: a produção x um único fator variável (pode ser K ou trabalho por exemplo).
ISOQUANTAS = são curvas que mostram todas as infinitas combinações possíveis de insumos que geram o mesmo volume de produção (similar a curva de indiferença que mostra a satisfação na teoria do consumidor) / são sempre CONVEXAS e negativamente inclinadas (“U”) / os eixos são compostos pelos fatores, por exemplo Kapital e W (trabalho) e a taxa marginal de substituição representa o quanto se abre a mão de um para aumentar o outro, mantendo a utilidade (teoria do consumidor) ou a produção (teoria a firma) constantes! / NUNCA se cruzam / NÃO podem ter uma inclinação ascendente jamais / taxa marginal de substituição DECRESCENTE, demonstra a dificuldade de substituição de um fator pelo outro / ** Evidentemente, para uma mesma quantidade produzida, se aumentar a quantidade de um fator de produção, a quantidade do outro fator tem que ser reduzida, daí a declividade negativa da isoquanta ** / as isoquantas (teoria da firma) possuem as mesmas propriedades matemáticas das curvas de indiferença (teoria do consumidor) / o mapa de produção é uma família de isoquantas
A isoquanta está para a curva de indiferença assim como a teoria do produtor está para a teoria do consumidor. Tanto a isoquanta como a curva de indiferença tem o mesmo formato: são convexas em relação a orígem.
Isoquantas de bens substitutos = As funções de produções (isoquantas) para substitutos perfeitos não são convexas, mas RETAS PARALELAS com taxa marginal de substituição constante (capital e trabalho podem ser substituídos sem crise) / Se o aumento do preço de um dos bens produz aumento na quantidade demandada do outro, é porque ambos são bens substitutos ou concorrentes no consumo
Isoquanta para bens comp”L”ementares (função de produção de proporções fixas ou função de produção de Leontief) = exige uma combinação ESPECÍFICA para cada nível de produção (devem ser adicionadas proporções fixas de insumos para se elevar o nível). Por isso, possuem função de produção em “L” / “L”eontief = curva em “L” = compLementares perfeitos / importante lembrar que nesse caso, a taxa marginal de substituição é igual a zero (só se pode produzir com uma combinação fixa de fatores = por exemplo, precisa de 1 operador e de 1 motoserra ao mesmo tempo para executar o serviço) / matematicamente a tmg será zero ou infinita
Na função de produção do tipo Leontief, as proporções de insumos são sempre fixas, independentemente dos preços dos insumos - CERTO
Isoquantas de bens substitutos e complementares são exceções à regra e NÃO RESPEITAM A LEI DOS RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES!
Qualquer ponto em uma isoquanta = mesma utilidade (teoria do consumidor) e mesmo nível de produção (teoria da firma) / Quando as isoquantas são em formato de L, não se determina o valor da TMgST. No trecho vertical do L, ela será igual a infinito (pois a variação de L = 0); já no trecho horizontal, ela será igual a zero (pois a variação de K = 0).
Lembre-se Taxa Marginal de substituição = delta K / delta L / Se os fatores de produção são substitutos perfeitos (usa-se um, ou usa-se o outro), as isoquantas são retas inclinadas paralelas, com TMgST constante. *** VTC / Preço bem A aumenta, Demanda bem B aumenta = bens substitutos / As próprias isoquantas podem indicar se há rendimento crescente, constante ou decrescente de escala. Se, à medida que aumentamos a produção em proporções iguais, o espaço entre as isoquantas é igual, então, temos rendimentos constantes de escala
Linha de isocustos = Todas as combinações possíveis de trabalho e capital que podem ser adquiridas mediante dado custo / é uma linha reta similiar a taxa marginal de substituição na teoria do consumidor / toca a curva de isoquanta em um único ponto / As curvas de isocusto descrevem as combinações de insumos de produção que custam o mesmo montante para a empresa / O fato de a isoquanta tangenciar a linha de isocusto mais baixa possível é consistente com a hipótese de minimização de custos (questão certa cespe) / Caso a sindicalização dos trabalhadores de determinada indústria se traduza em salários mais elevados, isso modificará a inclinação da linha de isocusto para as firmas que compõem essa indústria / A inclinação de uma linha de isocusto será sempre a relação entre os preços dos fatores de produção, ou seja, -w/r. w é a remuneração do trabalho (salário) e r é a remuneração do capital (juros). Se w aumenta, a inclinação da reta muda
Ganho de escala técnica ou tecnológica = um aumento dos fatores de produção podem gerar um ganho de produtividade total na produção. Exemplos: setor siderúrgico e construção de fornos enormes, ou seja, há ganhos de escala por uma escolha de escala mínimo de produção.
Em uma firma que opera com capital constante no curto prazo, aumento na quantidade de trabalho faz que o produto marginal e o produto médio do trabalho cresçam e depois tendam a cair. Nesse processo, enquanto o produto médio cresce, o produto marginal é maior que o médio; e, enquanto o produto médio diminui, o produto marginal é menor que o produto médio. - CERTO (vide gráficos de produtos - teoria da firma)
Ao se tratar de isoquantas, supoe-se que estamos no longo prazo, ou seja, todos os insumos são variáveis. No entanto a aplicabilidade da lei dos rendimentos marginais decrescentes restringe-se aos casos de curto prazo (pelo menos 1 insumo é fixo).
Lei dos rendimentos marginais decrescente (David Ricardo): à medida que aumentamos o uso de determinado fator de produção, mantendo-se os outros insumos de produção constantes, chegamos a um ponto em que a produção adicional resultante começa a decrescer
Máximização do Lucro ou da Receita:
1) concorrência perfeita e Oligopólio de Bertrand: Rmg = P
2) Demais modelos: Rmg = Cmg
Se o preço for igual ao custo médio, não haverá lucro. Afinal, o lucro por unidade é justamente o preço menos o custo médio.
Com relação ao gráfico do produto marginal esse cresce até atingir um pico e a partir daí começa a decrescer até chegar zero, passando a ser ineficiente produzir. Essa inflexão do gráfico do produto marginal é o momento em que passa a valer a Lei dos rendimentos marginais decrescentes
A maximização do produto (otimização) ocorre quando o produto marginal é igual a zero (gráfico toca o eixo x), esse é o ponto gráfico mais alto da curva de produto total (momento em que se para de contratar)
Uma combinação de fatores de produção só pode levar a um único nível de produção - CERTO - caso contrário seria um absurdo produtivo, pois isoquantas nunca se cruzam
Rendimentos crescentes de escala x Economia de Escala
1- Principal diferença entre rendimentos e economias (de escala)
RENDIMENTOS = INSUMOS
ECONOMIAS = CUSTOS
A longo prazo, interessa analisar as vantagens e desvantagens de a empresa aumentar sua dimensão, seu tamanho, o que implica demandar mais fatores de
produção. Isso introduz o conceito de rendimentos ou economias de escala.
Teoria do Consumidor = economias e deseconomias de escala
Teoria da firma = rendimentos crescentes e decrescentes!
Observação: Para o professor do Nabuco, rendimentos e economias de escala são termos intercambiáveis
Os Rendimentos de escala, conceito do longo prazo, não se confundem com Rendimento marginais decrescentes, situação em que um fator de produção varia e o outro é fixo - CURTO PRAZO PARA ECONOMIA (teoria da firma)
Rendimentos de escala (conceito do longo prazo) é uma variação de todos os fatores de produção e seu impacto no produto.
Rendimentos de escala crescentes: a produção mais do que dobra quando as quantidades de todos os insumos são dobradas (Rendimentos = INSUMOS) /
Economias de escala: é quando a firma consegue dobrar a produção sem dobrar os CUSTOS (ganha eficiência e preço) (associar a palavra “economia de escalas” a “custos”) / conforme o produto cresce, o custo médio da produção tende a cair até certo ponto (fábrica de cartões de visita e quantidade de cartões) (economias = CUSTOS)
NÃO CONFUNDA ECONOMIAS DE ESCALA COM RENDIMENTOS DE ESCALA! = as economias estão relacionadas ao custo de produção: quando a produção dobra, os custos menos que dobram. Os rendimentos estão associados à quantidade produzida: quando os insumos dobram, a produção mais que dobra (Michelle Miltons)
Se os fatores de produção são utilizados conjuntamente (proporção fixa), as isoquantas são em formato de “L” (ângulos retos paralelos) *** VTC
As teorias clássicas e neoclássicas do comércio internacional mostram-se insuficientes para explicar padrões atuais de comércio global, em que predomina, entre os países desenvolvidos, o comércio intraindústria, isto é, com trocas entre o mesmo setor produtivo. Observando essa tendência e a incapacidade de explicá-la com base na perspectiva dos clássicos e neoclássicos, economistas como Krugman desenvolveram novas teorias, que levam em conta a presença de economias de escala e de concorrência imperfeita.
Lei dos rendimentos decrescentes
1- Condição essencial para validade da lei
2- Diferença em relação aos rendimentos de escala
faz parte do estudo do curto prazo ***. Vimos que no curto prazo, apenas um fator de produção varia, enquanto o outro permanece constante.
Neste contexto, a lei dos rendimentos decrescentes afirma que a medida que aumentamos o fator de produção variável, a produção cresce a taxa cada vez menores. – NÃO CONFUNDIR COM LONGO PRAZO (Lei dos rendimentos decrescentes = diminuição do produto marginal do fator que é adicionado)
Observação: Os Rendimentos de escala, conceito do longo prazo, não se confundem com Rendimento marginais decrescentes, situação em que um fator de produção varia e o outro é fixo - CURTO PRAZO PARA ECONOMIA.
Rendimentos de escala (conceito do longo prazo) é uma variação de todos os fatores de produção e seu impacto no produto.
Economias de escopo (apenas ler)
1- Definição de economia de escopo
Segundo o livro de Microeconomia, Pindyck & Rubinfeld, as economias de escopo encontram-se presentes quando a produção conjunta de uma única empresa é maior do que as produções obtidas por duas empresas diferentes, cada uma produzindo um único produto, com equivalentes insumos de produção alocados entre elas.
Nessa esteira, o conceito de economia de escopo não restringe a certo tipo de mercado, assim, no monopólio natural é possível, sim, que haja economias de escopo.
Já vi outras questões confundindo economia de escopo com economia de escala.
Economias de escala: Situação em que a produção pode ser dobrada quando o custo não chega a dobrar.
Economias de escopo: Ocorrem quando a produção conjunta de uma única empresa é maior do que aquilo que poderia ser produzido por duas empresas diferentes; ou, alternativamente, a produção conjunta de uma única empresa tem custo menor do que poderia ser produzido por duas empresas diferentes.
(CESPE / MS 2010) Em uma firma com rendimentos de escala crescentes, se as quantidades de todos os insumos forem dobradas, então a produção mais do que dobrará. Em uma firma com economia de escala, para se dobrar a produção, não é preciso dobrar os custos - CERTO
Atenção: apenas o monopolista NATURAL tem custos médios e marginais decrescentes e economias de escala de forma permanente!
Elasticidade cruzada de demanda
1- definição
2- significado do sinal da elasticidade cruzada (positivo e negativo)
A elasticidade preço cruzada da demanda mede a variação percentual na quantidade demandada de uma mercadoria que decorre da variação de 1% no preço de outra mercadoria.
** A elasticidade cruzada é positiva no caso de bens substitutos e negativa no caso de bens complementares (decorar) **
Delta Qx / Delta Py vezes Py / Qx (similar a fórmula da elasticidade da demanda)
O resultado positivo indica bens substitutos (também chamado de sucedâneos)
Negativo = bens complementares (já caiu cespe - decorar)
Igual a zero = bens independentes
Dois bens são considerados substitutos se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona um aumento (ou redução) na quantidade demandada do outro. Portanto, o preço de um bem e a demanda de seu substituto são diretamente (ou positivamente) relacionados.
Dois bens são considerados complementares se um aumento (ou redução) no preço de um deles ocasiona uma redução (ou aumento) na quantidade demandada do outro. Portanto, o preço do bem e a demanda do seu complementar são inversamente (negativamente) relacionados.
Aumentos nos preços de bens substitutos deslocam a curva de demanda de um bem ou serviço para a DIREITA (diminuições deslocam para esquerda).
Elasticidade preço da demanda
1- definição
2- significado dos três resultados possíveis da elasticidade
3- Sinal da elasticidade para bens normais e bens de giffen
4- Fórmula da elasticidade preço da demanda
5- 3+ fatores que influenciam a elasticidade preço da demanda
A elasticidade preço da demanda é definida como a variação PERCENTUAL na quantidade dividida pela variação percentual no preço
A elasticidade-preço da demanda tem implicações práticas muito Importantes = Os produtores obtêm informações valiosas sobre o impacto das mudanças de preços em suas vendas
Seu resultado pode ser assim interpretado:
E > 1 = Demanda elástica em relação ao seu preço
E < 1 = Demanda inelástica em relação ao seu preço
E = 1 = Demanda unitária em relação ao seu preço e RT é máxima
Se o bem obedece a lei da Demanda, a elasticidade de preço da demanda sempre será negativa, dado que o aumento do preço reduz a quantidade, relação inversa entre as variáveis. Todavia, esse sinal pode ser ignorado e trabalhamos, apenas, com o valor absoluto da elasticidade
OUTROS CASOS:
Se a oferta de um bem tiver elasticidade zero em relação ao preço, a demanda determinará unicamente o preço de equilíbrio da transação *** = se a oferta tiver elasticidade zero em relação ao preço, significa que o preço não tem nenhum impacto na oferta. Ou seja, a quantidade ofertada será sempre a mesma = oferta perfeitamente inelástica ou anelástica = reta vertical no gráfico pxq = não há qualquer sensibilidade da oferta em relação à variação de preços = a qualquer preço, a quantidade oferta é a mesma, ou seja, variações na demanda só alteram o preço para mais ou para menos, sem alterar quantidades = exemplo: metais preciosos.
Observação: A elasticidade-preço, em regra, é negativa, pois as variáveis preço e quantidade demandada são inversamente relacionadas. No caso do bem de Giffen, como as variáveis são positivamente relacionadas, a elasticidade-preço será naturalmente positiva.
Calculando a Elasticidade preço da demanda
Sua fórmula é a calculada através da variação percentual da quantidade sobre a variação percentual do preço / atenção pois a Elasticidade preço da demanda é sempre dada em módulo e a questão pode tentar lhe confundir
Para encontrar a porcentagem:
variação percentual da Quantidade = Quantidade demandada final - quantidade demandada inicial dividido pela quantidade inicial
Faça a mesma coisa com o preço e depois divida os resultados para achar a Epd
Fatores que influenciam a elasticidade preço da demanda:
1- Comportamento do consumidor (preferências pessoais = você pode ser mais elástico ou menos elástico dependendo do bem que estamos tratando)
2- grau de substitutibilidade dos bens (mais bens substitutos, maior a elasticidade)
3- essencialidade (quanto mais essencial, mais preço-inelástica a demanda)
4- horizonte temporal considerado = em geral, somos mais elásticos no longo prazo (não aumentamos a internet imediatamente após travar)
5- peso no orçamento = menor peso, menor elasticidade
Bens que têm pequena participação no orçamento tendem a ter uma demanda inelástica em relação ao preço. – CERTO
Na hipótese de uma elasticidade-preço da demanda infinitamente elástica, uma redução de preços levará a uma quantidade demandada ilimitada, ao passo que um aumento de preços levará a uma quantidade demandada igual a zero – CERTO - No caso de uma demanda infinitamente elástica, a curva de demanda é horizontal, de modo que uma redução de preços leva a um aumento infinito da quantidade demandada. O contrário ocorre no caso de aumento de preços.
** A variação da elasticidade-preço da demanda varia NÃO só pela inclinação da curva (coeficiente angular da equação da demanda), mas também por causa do preço e quantidade em cada ponto. Conforme mudam preços e quantidades, a elasticidade mudará. **
Um aumento no imposto sobre o consumo de um bem com demanda perfeitamente preço-elástica e oferta preço-inelástica terá incidência apenas sobre o bem-estar dos produtores, pois os consumidores somente adquirem o bem a um preço único de equilíbrio – CERTO TPS 2023
Elasticidade renda da demanda
1- Três classificações dos bens segundo resultado da elasticidade renda da demanda
E > 1 Bem superior
0 < E ≤ 1 Bem normal (aumento da renda gera aumento no consumo -> por isso, positiva)
E < 0 Bem inferior
Atenção: 54. (Cespe/Unb Analista do Executivo SEGER/ES 2013) Um bem é considerado inferior se a queda do preço do bem gera redução da quantidade demandada. – ERRADO - Um bem é considerado é inferior se a queda da RENDA gera redução da quantidade demandada.
ELASTICIDADE RENDA DA DEMANDA X BENS DE LUXO
Durante as expansões econômicas, a demanda por viagens e alimentação em restaurantes aumenta numa proporção maior do que a demanda por alimentos consumidos em casa. A elasticidade-renda da demanda nos informa sobre o comportamento da demanda quando a renda muda. Durante as expansões econômicas, a renda aumenta. Então o comportamento da demanda viagens e alimentação em restaurantes e da demanda por alimentos consumidos em casa durante as expansões, com o aumento da renda, depende da elasticidade renda da demanda.
Bens que os consumidores consideram como necessidades, como alimentos consumidos em casa, geralmente, têm baixa elasticidade-renda da demanda e bens que os consumidores consideram como supérfluos geralmente têm alta elasticidade-renda da demanda. Assim, quando a renda aumenta, a demanda por viagens e alimentação em restaurantes aumenta numa proporção maior do que a demanda por alimentos consumidos em casa.
ELASTICIDADE
1- Definição e fórmula
2- Tipo de mercado com elasticidade da demanda infinita
3- Três possibilidades que a elasticidade demonstra sobre o bem
4- Três fatores que determinam a elasticidade da demanda DA EMPRESA
Elasticidade equivale a SENSIBILIDADE entre variáveis / relaciona sempre DUAS variáveis, sendo a variação percentual da quantidade sempre em cima (numerador) / elasticidade significa sensibilidade e mede o quanto uma variável pode ser afetada por outra = é a divisão percentual do EFEITO sobre a CAUSA / Elasticidade-preço da demanda = é a sensibilidade da demanda em relação à variação percentual do preço
Elasticidade = medida prática para compreender a interação entre oferta e demanda / calcula a resposta de compradores e vendedores às MUDANÇAS nas condições de mercado
Epd = delta QUANTIDADE (%) sobre delta PREÇO (%)= variação da quantidade em porcentagem (sempre) sobre a variação percentual do preço (tudo em módulo)
DELTA Q / DELTA P VEZES
Lembre-se sempre de que no numerador teremos sempre a variação percentual das quantidades, seja qual for o tipo de elasticidade. Inclusive na Elasticidade Cruzada da Demanda = delta quantidade do bem x (%) sobre delta preço do bem y (%)
Alta elasticidade = “curvas deitadas” (em tese), pois matematicamente, a extremidade superior de uma curva de demanda em linha reta mostrará uma elasticidade maior do que a extremidade inferior. A Elasticidade de uma reta começa infinita e acaba em zero. O ponto médio de uma reta é uma elascitidade unitária (=1).
Elasticidade infinita = Demanda horizontal = concorrência perfeita = demanda infinitamente elástica = sensível à variação de preços, ou seja, aumentos de preços geram grandes quedas nas receitas
Demanda vertical = demanda completamente inelástica = elasticidade preço da demanda igual a zero = exemplo: remédios sem substitutos = demanda pouco ou não sensível à variação de preços = aumento de preços geram aumento de receitas / Para uma curva de demanda vertical, a relação delta Q/ delta P é zero / Como a quantidade demandada é a mesma, não importando o preço, o delta Q é zero. Sendo o numerador zero, a relação delta Q/ delta P também é zero.
Elasticidade ** PREÇO ** da demanda mostra se o bem é elástico, inelástico ou anelástico
Elastidade ** RENDA ** da demanda mostra se o bem é normal (0 < Erd < 1), de luxo ou superior (>1), inferior (<0) ou perfeitamento inelástico ou anelástico (igual a zero = Isto é, a demanda permanece constante, independente de qualquer alteração na renda do consumidor, também chamados de bens de consumo saciado = sal de cozinha e pimenta) / Observação: Para um bem de consumo saciado, o aumento da renda não aumentará a demanda pelo bem.
** Elasticidade Cruzada da Demanda = delta quantidade do bem x (%) sobre delta preço do bem y (%) = o resultado maior que zero indica bens substitutos (aumento no preço Y, gera elevação na quantidade X), menor que zero indica bens complementares. Serão bens independentes se a elasticidade cruzada da demanda for igual a zero. Dois bens serão complementares se a elasticidade-preço cruzada é negativa. **
ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA
Se o módulo da variação percentual da quantidade (NUMERADOR) for maior do que o módulo da variação percentual do preço (DENOMINADOR), a demanda é preço-elástica, ou seja, maior que 1 (demanda muito sensível a variações no preço) – nesse caso a receita total segue o movimento das quantidades
Se for igual a um = elasticidade unitária
Se o módulo da variação percentual da quantidade (NUMERADOR) for menor do que o módulo da variação percentual do preço (DENOMINADOR), a demanda é pouco elástica (menor que 1) em relação ao preço ou inelástica (igual à zero) (demanda pouco sensível a variações no preço) – nesse caso a receita total segue o movimento dos preços
A elasticidade relaciona-se com a Receita total (RT) = Q x P (demandas elásticas = um aumento do preço, reduz a receita total)
Elasticidade-RENDA da demanda indica se o bem é superior (>1), normal (0 < E ≤ 1) ou inferior (<0) /
Elasticidade preço-CRUZADO da demanda = indica se o bem é substituto (>1), complementar (<1) ou independente (=0)
*** A elasticidade da demanda DA EMPRESA é determinada por 3 fatores:
1) elasticidade demanda do mercado (delimita o limite inferior da curva de demanda da empresa, é um limitador do poder de monopólio);
2) o número de empresas com grandes fatias de mercado (mais empresas, menos poder de monopólio, maior a elasticidade);
3) e a interação entre as empresas (se concorrem entre si ou fazem conluio podem gerar muito ou pouco poder de monopólio) *** VTC!!!
POLÍTICA DE PREÇO MÍNIMO X ELASTICIDADE
Os preços mínimos são utilizados muitas vezes pelos governos para garantir as rendas dos agricultores, porém criam no longo prazo grandes excedentes não desejados de produção agrícola, ainda que no curto prazo a produção varie pouco.
Quando o governo fixa um preço mínimo acima do preço de equilíbrio de mercado, ocorre um excesso de oferta ***. Os excedente criado será tanto maior quanto mais elástica for a curva de oferta, para uma dada curva de demanda.
No curto prazo a curva de oferta agrícola é geralmente inelástica, dado que a produção está sujeita aos limites da área plantada e demais recursos produtivos bem como a períodos específicos de plantio e colheita, o que faz com que a produção varie pouco.
No longo prazo porém, a oferta agrícola é mais elástica e a produção pode aumentar bastante como resposta ao aumento de preço, tanto porque a área plantada pode aumentar como porque pode ocorrer a incorporação de novas tecnologias, como o uso de fertilizantes ou pesticidas.
CURVAS DE CUSTOS (microeconomia)
1- Composição dos dois eixos das curvas de custos
2- Quatro curvas de custos
3- Ponto em que o Custo Marginal corta as duas curvas de custo médio
4- Ponto em que há o custo MÍNIMO de produção
Gráfico custo (eixo y) x produção ou quantidade (eixo x)
4 curvas de custo: Custo marginal, custo total médio, custo variável médio e custo fixo médio
A curva de Cmg intercepta a curva de custo médio no seu ponto de MÍNIMO *** (já caiu ipsis litteris) / A área ACIMA da curva de custo marginal mede os custos médios.
Sempre que o custo marginal for inferior ao custo médio, a curva de custo médio apresentará declínio
Sempre que o custo marginal estiver acima do custo médio, a curva de custo médio apresentará elevação
** O custo mínimo de produção é mínimo quando o custo marginal se iguala ao custo médio **
*** Só deve encerrar suas atividades no curto prazo quando, ao igualar a Rmg ao Cmg, o preço for inferior ao custo variável médio (P)
O chamado estágio racional de produção inicia-se quando o custo marginal atinge o mínimo da curva de custo variável médio, o chamado ponto de fechamento.
No longo prazo, o custo médio de uma empresa AUMENTA pelas DESECONOMIAS de escala existentes. ( No longo prazo, um aumento na produção da firma leva a um aumento em seu custo total médio, gerando uma deseconomia de escala).
A curva de custo médio tem o formato de U porque quando a produção aumenta os custos fixos médios caem e os custos variáveis aumentam.
OUTRA FORMA DE VER A COISA (QCONCURSOS):
- A curva de custo marginal (CMg) é um ímã das curvas de custo total médio (CTMe) e custo variável médio (CVMe).
> Se a curva de CMg está abaixo dessas outras, ela as “puxa” para baixo, ou seja, as curvas de CTMe e CVMe são decrescentes quando a curva de CMg está abaixo delas.
> Se a CMg está acima delas, ela as “puxa” para cima, ou seja, as curvas de CTMe e CVMe são crescentes quando a curva de CMg está acima delas.
- Quando a curva de CMg encontra essas outras curvas, elas não serão nem crescentes, nem decrescente, mas sem inclinação, o que significa que elas alcançaram seu valor mínimo
CONCORRÊNCIA PERFEITA
1- Citar 5+ de 8 características da Concorrênica Perfeita
2- 5 variáveis que são iguais nesse mercado
3- Uma idiossincrasia desse mercado
4- Inclinação da curva do setor em concorrência perfeita
5- Como é a curva de oferta da empresa individual em concorrência perfeita ?
6- Definição de mercado contestável (teoria da Baumol)
1) Atomicidade,
2) perfeito conhecimento (plena informação)
3) produto homogêneo (sem diferenciação)
4) livre mobilidade dos fatores de produção (ausência de barreiras)
5) agentes price takers
6) livre entrada e saída de empresas (permeabilidade)
7) Associar ao mercado de commodities
8) Inexistência de externalidades
Para configurar mercado de concorrência perfeita para o CESPE é obrigatório haver essas 4 características: atomicidade, produto homogêneo, plena informação e ausência de barreiras
Em determinado mercado, a existência de grande número de compradores e vendedores, a homogeneidade dos produtos e a existência de informação completa acerca do preço do produto são requisitos insuficientes para a classificação desse mercado como de concorrência perfeita – CERTO – faltou ausência de barreira
** Receita média = preço = receita marginal (Exclusividade dessa estrutura) = linha horizontal = curva de demanda individual da firma = custo marginal
** P = Rme = Rmg = Cmg = Custo Total Médio ** [no longo prazo] ** (5 variáveis)
- Única estrutura de mercado em que o preço é igual à receita marginal. Consequentemente, o ponto de maximização de lucros da firma (equilíbrio) é atingido quando o preço é igual ao custo marginal (P=Cmg); / Longo prazo Rmg=Cmg=P=Rme=Cme
** Somente na concorrência perfeita, o preço equivale ao custo marginal (idiossincrasia) ** No monopólio, para que ocorra lucro máximo, a receita marginal é que equivale ao custo marginal e o preço está em um patamar acima da Rmg e do Cmg (lucros exorbitantes)
Em concorrência perfeita, o equilíbrio da firma, definido no ponto em que a receita marginal se iguala ao custo marginal, só é válido como ponto de maximização de lucros se o custo marginal for crescente - QUESTÃO CERTA CESPE - A questão está certinha. O ponto de maximização de lucros na concorrência perfeita exige que o CUSTO MARGINAL seja CRESCENTE. Se o custo marginal for decrescente, estaremos no ponto de prejuízo máximo / Decore isso: Rmg = P = Cmg –> sendo Cmg crescente / A questão está correta porque considera os dois pontos em que a RMg intercepta o CMg. O ponto usual em que ambas se interceptam é quando o custo marginal se igual ao custo marginal, ponto em que o custo marginal é decrescente, entretanto essas curvas também se interceptam, em um nível baixíssimo de produção, e por ser baixa a produção o custo marginal ainda é crescente.
A receita média é constante pois é igual ao preço / A receita marginal também é fixa porque as empresas são price takers
Não há peso morto!
No curto prazo, pode ter lucro ou prejuízo, basta observar o custo total médio em relação ao custo marginal (Se o Cmg for decrescente = prejuízo) / Em curto prazo, o equilíbrio pode ocorrer com a firma obtendo lucro extraordinário, lucro normal ou prejuízo econômico
longo prazo = lucro econômico igual a zero (abrange o custo de oportunidade) / No curto prazo, a firma competitiva continua operando desde que o preço de mercado seja superior ao custo variável médio
Na concorrência perfeita o que é horizontal é a CURVA DE DEMANDA individual da firma (perfeitamente elástica)
Importante: A curva DO SETOR para a concorrência perfeita é, conforme as demais, decrescente (relação negativa entre preço e quantidade), assim como a curva de oferta é positiva. A curva horizontal diz respeito a curva de demanda INDIVIDUAL DO PRODUTOR (OU DA EMPRESA) - perfeitamente elástica, pois o preço é dada pelo mercado.
A produção do setor em concorrência perfeita corresponde a soma horizontal das curvas de oferta das empresas individuais
As empresas em mercados perfeitamente competitivos devem escolher seu nível de produção de tal forma que seu custo marginal seja igual ao preço. Essa é uma regra para a determinação do nível de produção, mas não do preço (que é dado pelo mercado)
CURVA DE OFERTA DA EMPRESA INDIVIDUAL NA CONCORRÊNCIA PERFEITA
A curva de oferta da empresa corresponde à curva de custo marginal em seu trecho ascendente, a partir do ponto mínimo da curva de custo variável.
A firma maximiza seus lucros quando Rmg = Cmg
A firma continuará operando quando P > Custo Variável Médio. Caso o preço seja menor do queo CVMe mínimo, a empresa deverá encerrar suas atividades
Dessa forma, em termos totais, temos que RT = Custo variável total Abaixo desse ponto, o empresário, se agir racionalmente, e na falta de maiores perspectivas futuras, deveria fechar as portas.
No curto prazo, a curva de oferta coincide com a curva de custo marginal, a partir do ponto em que o preço é igual ao custo variável médio mínimo = parte ascendente da Cmg (daí a regra de encerramento) [essa é a regra da curva de oferta da empresa competitiva INDIVIDUAL)
CURVA DE OFERTA NO LONGO PRAZO
Curva de oferta de longo prazo (momento em que os custos são constantes e iguais para todas as firmas) = a curva de oferta é uma reta horizontal. No entanto, Quando a demanda aumenta, há inicialmente aumento no preço e as empresas aumentam a produção. Mas a entrada de novas empresas causa deslocamento para direita da oferta do setor, até que o preço original seja obtido (auto regulação)
A curva de oferta de LP em setor de custo crescente é ascendente. Quando a demanda aumenta, há aumento no preço e as empresas aumentam a produção. A entrada de novas empresas causa deslocamento para direita da oferta do setor. Mas como os preços dos insumos aumentam, o novo equilíbrio ocorre a um preço maior que o inicial.
Deve-se observar a diferença entre setor de custo constante, crescente ou decrescente. Se a questão especificasse isso, o resultado poderia ser diferente:
Setor de Custo constante = a oferta passa a ser horizontal no longo prazo
Setor de Custo crescente = a oferta é positivamente inclinada
Setor de Custo decrescente = a oferta é anômala e negativamente inclinada = O setor de custo decrescente nós estudamos em economia internacional, que é o que ocorre quando o conjunto de firmas apresenta vantagens junto aos fornecedores, e há economias externas. Neste caso, haverá uma “anomalia”: a curva de oferta do setor será negativamente inclinada.
CURVA DE OFERTA (RESUMO MICHELLE MILTONS):
Curto Prazo = A curva de oferta de curto prazo corresponde à curva de custo marginal a partir do ponto em que esta cruza a curva de custo variável médio em seu ponto mínimo.
Longo prazo = o nível de produção que maximiza os lucros é aquele em que o custo marginal no longo prazo é igual ao preço. A curva de oferta de longo prazo corresponde ao trecho da curva de custo marginal acima do ponto mínimo da curva de custo médio (positivamente inclinada)
aumento de preços de um insumo de produção em Concorrência Perfeita = provoca o deslocamento da curva de custo marginal para esquerda, aumentando o preço do produto e reduzindo o nível de produção da empresa.
CASOS EXTREMOS:
Oferta Perfeitamente Inelástica = pleno uso da capacidade instalada
Oferta Perfeitamente elástica = custos marginais constantes
** No longo prazo, a empresa possui lucro CONTÁBIL, mas não lucro ECONÔMICO ou extraordinário
A ESCOLHA DO NÍVEL A SER PRODUZIDO É BASEADA NA IGUALDADE ENTRE O PREÇO E O CUSTO MARGINAL.
O excedente do produtor pode ser conceituado como a diferença entre o preço de mercado de uma mercadoria e o custo marginal de sua produção. O excedente corresponde à área situada acima da curva de oferta de um produtor e abaixo do preço de mercado. O excedente do produtor está relacionado com o lucro, mas não é igual a ele. No curto prazo, o excedente do produtor é igual à receita menos o custo variável, ou seja, ao lucro variável. Assim, no curto prazo, quando os custos fixos são positivos, o excedente do produtor é SEMPRE maior que o lucro.
O lucro positivo nessa estrutura de mercado atrai empresas ao setor. Haverá um deslocamento da curva de oferta do setor, o que reduzirá preços e aumentará as quantidades comercializadas
Se o setor está em equilíbrio competitivo de longo prazo, três condições devem ser satisfeitas:
1) Todas as empresas do setor estão maximizando lucros - isso significa que o preço é igual ao custo marginal (as 5 variáveis estão em pé de igualdade)
2) Inexistência de estímulo por parte de qualquer empresa para entrar ou sair do mercado, pois todas estão com lucro econômico zero;
3) O preço do produto é tal que a quantidade ofertada pelas empresas do setor se iguala ao volume demandado pelos consumidores
Uma empresa perfeitamente competitiva tem apenas uma decisão importante a tornar— qual quantidade produzir - uma vez que o preço é determinado pela oferta e procura nessa estrutura (price takers). Uma vez que:
Lucro = Receita Total - Custo total
Lucro = Preço (já determinado) x quantidade - custo médio x quantidade produzida
Isso implica que a empresa enfrenta uma curva de demanda perfeitamente elástica para seu produto — os compradores estão dispostos a comprar qualquer número de unidades de produtos da firma ao preço de mercado. Quando a empresa perfeitamente competitiva escolhe qual quantidade produzir, essa quantidade—juntamente com os preços prevalecentes no mercado para produtos e insumos— determinará a receita total da empresa, custos totais e, finalmente, nível de lucros.
A escolha da quantidade produzida nessa modalidade relaciona-se ao local gráfico em que a receita total excede o custo total pela maior margem.
** Portanto, a quantidade a ser produzida será o local onde os lucros de uma empresa perfeitamente competitiva serão maximizados—ou as perdas serão as menores—no ponto de quantidade de produção onde a receita total excede os custos totais pela maior margem, ou onde o total das receitas for menor que os custos totais pela menor margem **
A curva de demanda perfeitamente elástica representa um mercado de concorrência perfeita. Quanto mais inelástica a curva de demanda maior o poder de mercado de mercados imperfeitos. Monopólio e Oligopólio.
Um mercado contestável (teoria da Baumol) é aquele em que as firmas, mesmo que poucas e grandes (oligopólios e monopólios), se comportam como se estivessem em concorrência perfeita. Portanto, se essas firmas agem como se estivessem em concorrência perfeita, então elas praticam preço igual a custo marginal, de forma que há eficiência no mercado.
Um mercado contestável (Baumol) é aquele em que há concentração de ofertantes (oligopólio e monopólio), mas no qual há uma grande e real ameaça externa. Nesse caso, é possível que os custos e os preços tendam ao patamar de mercado perfeito, sem que haja desestabilização do mercado concentrado.
Segundo a Teoria dos mercados contestáveis (de Baumol), estruturas concentradas, com poucas firmas ou mesmo uma só tendem a se comportar de modo mais competitivo quando o mercado que operam apresente poucas barreiras à entrada e à saída de novas firmas no mercado. A teoria pressupõe que, seja em
estruturas e oligopólio ou monopólio, as empresas serão cada vez mais competitivas quanto menor forem as barreiras, (custos fixos elevados, regulamentação governamental, etc).
Monopólio
1- Características em relação ao número de empresas, substitutos e barreiras
2- Curva de demanda e de oferta
3- Local de operação do monopolista na curva de demanda
4- Ponto em que a receita é MÁXIMA
5- O que mede o índice de Lerner e como ele é calculado
6- 3 Políticas públicas possíveis para monopólios
7- Três exemplos de monopólios
8- 3 características dos monopólios naturais
Uma única empresa produtora / Não há substitutos próximos / Existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
** Por ser o único ofertante do produto, o monopolista tem uma curva de demanda que é a própria demanda de mercado **
São PRICE MAKERS (ao contrário da Concorrência Perfeita)
O Monopólio não possui curva de oferta, pois há uma discriminação de preços (nuvem de pontos) = busca conhecer as preferências para absorver o shadow price de cada consumidor (discriminação de preços de 1º, 2º e 3º grau) / a captura de dados na internet é uma forma de capturar o excedente do consumidor (redes sociais são oligopólios)
Comportamento rent-seeking, também chamado de captura de renda (investimentos para buscar manter lucros e vantagens [posição dominante], e não incentivar a produção ou desenvolver tecnologias)
A curva de demanda individual no monopólio é a própria demanda de mercado ** / Curva de demanda e de Rmg negativamente inclinada, sendo uma metade da outra
Lucros extraordinários (P > Rmg = Cmg)
No monopólio tende a haver mark-up positivo, uma vez que a maximização de lucros do monopolista ocorre com preço maior que o custo marginal
Existência de peso-morto = estrutura ineficiente economicamente (exceto o perfeitamente discriminador de preços [1º grau], uma vez que eficiência é P = Cmg = Rmg)
Receita média = Preço (assim como na Concorrência Perfeita)
EPD maior ou igual a 1 (ELÁSTICA) = o monopolista só opera na zona elástica de demanda (começo da curva = local do ponto ótimo), uma vez que esse local permite maiores receitas, produzindo menos (explora a coptação do excendente do consumidor). Na parte elástica é possível aumentar o preço, sem aumentar a quantidade na mesma proporção, gerando maiores receitas até que se chegue na zona inelástica da curva da demanda e esse aumento pode não mais compensar (ponto ótimo)
Quanto mais inelástica for a curva de demanda da empresa, maior o poder de monopólio (embora o monopolista atue na parte ELÁSTICA da curva inelástica)
NÃO possui curva de OFERTA
A curva de demanda do monopólio começa elástica, iguala-se a 1 e torna-se inelástica.
** A situação de Cmg = Rmg (lucro máximo), não se confunde com o ponto de RECEITA MÁXIMA, que é aquele em que a Receita Marginal é igual a ZERO! **
Para questões algébricas, é fundamental lembrar que a curva de receita marginal possui metade da inclinação da demanda e, portanto, do coeficiente linear (Rmg = -0,04Q + 120) da curva de demanda (D = -0,02Q + 120)
Também é mister lembrar que o Custo Marginal (Cmg) é o coeficiente linear da função de Custo total (CT = 60Q + 25000). Aqui temos que o Cmg é igual a 60!
O poder de mercado do monopolista, ou seja, sua capacidade de influenciar no preço, pode ser medido pelo índice de Lerner e é inversamente proporcional à elasticidade preço da demanda.
Considerando o Índice de Lerner de Poder de Mercado de Monopólio, uma empresa com alta elasticidade preço da demanda terá mais poder de mercado / a maximização de lucros de uma empresa monopolista é alcançada em um ponto da curva de demanda em que o preço é maior que o custo marginal.
Políticas públicas reativas ao monopólio:
- Regulamentação de preços máximos;
- Legislação antitruste;
- Estatização de monopólios privados.4
- Políticas de taxação
5.Criação de Agências Reguladoras
Observação: preço predatório é a prática de estabelecer preços que excluem a concorrência e desencorajam novas empresas a entrar no mercado, de tal modo que sejam obtidos lucros maiores no futuro. A legislação antitruste, além de procurar defender a concorrência, também impede a prática do chamado preço predatório
O monopolista escolherá produzir quando a receita marginal for igual ao custo marginal. Além disso, definirá o nível de produção na porção elástica da curva de demanda. Depende, portanto, de ambas as variáveis.
O preço no monopólio deve ser no mínimo igual ao Custo médio. Isso torna a operação “empatada” (sem lucro econômico). Não confundir com igualar ao custo marginal, pois este é extremamente baixo para os monopolistas e geraria sua falência (vide gráficos de custos)
A solução de regulação de um monopólio natural exige que o monopolista aproxime o preço do custo médio (e não do custo marginal).
Mesmo com tais problemas, há situações em que o monopólio pode ser legítimo, ou até mesmo a única estrutura possível para a oferta de um produto:
1) Monopólios naturais (água, esgoto, eletricidade) = A solução comum para esses casos é o Estado tomar para si a produção desses bens ou regular a atuação das firmas privadas, por meio de agências reguladoras.
** no monopólio NATURAL, a empresa tem custos médios e marginais sempre decrescentes e economias de escala de forma permanente **
2) Monopólios por patentes e direitos intelectuais = concedido pelo Estado com o intuito de promover a inovação em setores-chave, como o farmacêutico e de tecnologia de informação e comunicação (presença de elevados custos irrecuperáveis e altos custos fixos). A duração desse monopólio é limitada. Após, o desenvolvimento do novo medicamento, o custo marginal tende a ser muito baixo, sendo necessário, portanto, que a patente conceda um monopólio temporário à empresa de modo a recuperar os altos valores investidos.
3) Monopólio da Segurança Nacional = segurança e jurisdição = a precificação dos serviços é virtualmente impossível de ser feita, o que faz com que o Estado tome para si a execução e se financie por meio de tributos. Nesse caso, não há como falar de ineficiência em relação ao fornecimento em concorrência perfeita, uma vez que a determinação do equilíbrio fica prejudicada pela impossibilidade de definir preços em tais atividades.
Também são chamados de caso dos bens públicos, que, devido às suas características de não rivalidade e não exclusividade, tendem a não ser providos, devido ao fenômeno dos “free-riders”. Nesses casos, uma possível solução é o monopólio estatal para garantir que o bem seja provido de modo adequado.
No que tange à atuação estatal em situações de monopólio, para além dos casos já descritos de concessão de patentes e de bens públicos, o Estado pode atuar para diminuir a ineficiência de alguns monopólios e os efeitos negativos sobre os agentes econômicos. Em um caso tradicional de monopólio, o Estado pode obrigar o monopolista a igualar o preço ao custo marginal, o que aproximaria o monopólio de uma situação de concorrência perfeita, diminuindo os efeitos negativos do monopólio sobre os consumidores.
No caso do monopólio natural, essa solução poderia ser inviável, uma vez que os custos marginais são baixos. Nesse caso, o Estado pode obrigar o monopolista a igualar o preço ao seu custo médio, o que também pode diminuir eventuais ineficiências econômicas sobre os agentes econômicos.
Monopólio Natural
1- Definição
2- 3 características principais
3- Preço mínimo possível no monopólio natural (idiossincrasia)
Empresa que pode produzir para TODO O MERCADO a um custo menor ao que existiria caso houvesse várias empresas (surge quando há grandes economias de escala)
Custo médio e custo marginal sempre declinando. Além disso, há economias de escala permanentes.
Para o monopólio natural, a curva de custo médio será decrescente, indicando que o aumento de produção irá sempre reduzir o custo médio
** Uma empresa é considerada monopólio natural quando apresenta economias de escala, custo médio e custo marginal decrescentes, para toda a produção **
Caracterizados também por serem bens exclusivos e com muito pouca ou nenhuma rivalidade / há presença de economias de escala na produção
O principal fator que distingue o monopólio natural do monopólio puro é que, no monopólio natural, uma única empresa consegue operar com custos unitários menores do que os que prevaleceriam, caso mais de uma empresa operasse no setor.
O preço no monopólio deve ser no mínimo igual ao Custo médio. Isso torna a operação “empatada” (sem lucro econômico). Não confundir com igualar ao custo marginal, pois este é extremamente baixo para os monopolistas e geraria sua falência (vide gráficos de custos)
Atenção: apenas o monopolista NATURAL tem custos médios e marginais decrescentes e economias de escala de forma permanente!
Em setores caracterizados como monopólios naturais, o nível de produção competitivo, embora eficiente no sentido de Pareto, não é lucrativo - CERTO
O fornecimento de mais de um tipo de serviço em regime de monopólio natural permite que se realizem economias de escopo (junção de empresas para produção de um bem)
No monopólio natural o curto marginal fica sempre abaixo do custo médio. A fixação do preço igual ao custo marginal pelo regulador, resulta em prejuízo para a empresa monopolista, pois com esse preço a empresa não cobre os custos médios.
No monopólio natural, a empresa NÃO pode atuar no nível de produção competitivo (ÓTIMO DE PARETO)! Motivo:
A eficiência alocativa ocorre quando P=CMg. No caso do monopólio natural, a curva de demanda encontra o custo marginal (P=CMg) num ponto abaixo do custo médio (P=CMg < Custo total médio), resultando em prejuízo para a firma monopolista. Assim, se o preço fosse fixado em P=CMg e a quantidade produzida fosse a produção competitiva e eficiente, a empresa teria prejuízo e abandonaria a indústria.
Índice de Lerner
1- Principal função do índice
2- Duas fórmulas possíveis
Mede o poder de monopólio (ou poder de mercado) = proporção em que o PREÇO supera o CUSTO MARGINAL
** Índice de Lerner (L) = P – Cmg dividido por P OU 1 dividido Epd **
Varia entre 0 e 1 = Concorrência perfeita é igual a zero / quanto mais próximo de um, maior o grau de monopólio
Poder de monopólio não se confunde com altos LUCROS, que por sua vez está ligado aos custos
DECORAR = 1 SOBRE A ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA = índice de Lerner
Observação: O markup guarda relação direta com o poder de monopólio, ou seja, quanto maior o markup, maior o poder de monopólio e vice-versa. Isso ocorre pois quanto maior o markup, maior será o preço do monopolista / o markup é igual ao preço dividido pelo Custo Marginal / A diferença entre o preço de mercado em monopólio e a custo marginal da firma é o markup (do inglês marcar acima).
O markup (diferença entre preço e custo marginal) relaciona-se INVERSAMENTE com a elasticidade-preço da demanda = Maior elasticidade = Menor mark-up = para qualquer estrutura:
O markup do monopolista tende a ser menor quanto mais elástica for a demanda, sendo que se essa for perfeitamente elástica, o preço será igual à solução de concorrência perfeita.
Na concorrência perfeita, a elasticidade preço da demanda é infinita e o preço é igual ao custo marginal, sendo o mark-up igual a zero
Formas de captação do excedente do consumidor pelo produtor
1- Diferenciar as três formas de discriminação de preços
Discriminação de preços de primeiro grau (ou perfeita) = monopolista cobra o preço que o consumidor está disposto a pagar (preço de reserva) = Pareto eficiente = não há perdas = excedente do produtor é máximo e total = monopólio eficiente = não há peso morto = paga mais quem esta disposto
Segundo grau = desconto por quantidade + a condição de sucesso para discriminação de segundo grau é que consumidores que compram grandes quantidades tenham demandas relativamente mais elásticas do que os consumidores que compram pequenas quantidades
Terceiro grau = venda em pacote = divide os consumidores em curvas de demandas diferentes, cobrando diferentes valores de cada grupo = duas embalagens diferentes para vender para dois públicos) (tarifas aéreas, carteira de estudante e idosos, alimentos congelados e frescos) = viajante de primeira classe, paga o preço independentemente do valor
Não esquecer: A fixação de preços (discriminação) NÃO guarda relação com a Demanda e o seu tamanho, mas sim a sua elasticidade (cobra-se mais daqueles que tem elasticidade menor).
Concorrência Monopolística (também chamada de mercado de produtos diferenciados ou competição monopolística)
1- 3 características principais relativas ao número de empresas, produto e barreiras
2- Formato da Curva de Demanda
3- Posição do preço nesse mercado
4- gráfico da Concorrência Monopolística
1) Grande número de empresas (contra intuitivo),
2) produto diferenciado,
3) não há barreiras - livre entrada e saída de empresas
Produtos heterogêneos *** = principal e primeira diferença da Concorrência perfeita) (altamente substituíveis = elasticidade cruzadas da demanda grande)
Não confundir com substitutos perfeitos = elasticidade cruzada da demanda infinita = Aqui são bens substitutos, mas não perfeitos!
No longo prazo, a competição monopolística caracteriza-se por lucros zero, ainda que persista o poder de monopólio, pois a livre entrada e saída de firmas faz cessar os lucros. Porém, permanece o problema da escala de produção não ser eficiente.
Curva de demanda elástica e negativa (entre a CP e o MONOPÓLIO) com pouquíssima inclinação (bastante “deitada”) = alta elasticidade de demanda = produtos altamente substituíveis devido a inúmeros produtos substituíveis
** No longo prazo¸o preço é igual ao custo médio (lucro normal e zero) - Ou seja, a situação de equilíbrio de longo prazo da concorrência monopolística é similar à da concorrência perfeita e tende a zero **
Porém, na concorrência perfeita, o equilíbrio ocorre com o custo médio mínimo possível (ponto de mínimo da curva de Cme); na concorrência monopolística, o equilíbrio de longo prazo não acontece com o custo médio mínimo. Isso indica que nesse ponto, a concorrência monopolística trabalha com capacidade ociosa / Aqui, o Preço é sempre maior que o Cmg = ineficiente economicamente
Exemplo: lojas de roupas (muitas firmas, muitos compradores, porém o produto é diferenciado, cada loja possui o monopólio da sua marca)
Importante: Pode-se dizer, então, que na concorrência monopolística o equilíbrio de longo prazo é ineficiente no sentido de Pareto (Preço > Custo Marginal). O lucro tende a zero como na concorrência perfeita, mas o seu custo médio não é o mínimo.
O gráfico da Concorrência Monopolística é idêntico ao do monopólio, com demanda negativamente inclinada e receita marginal próximo da metade da inclinação
No curto prazo, o mercado de concorrência monopolística comporta-se como o de monopólio. Ambos maximizam lucros quando receita marginal iguala o custo marginal, e podem ter lucros positivos, negativos ou nulos. Já no longo prazo o produtor em concorrência monopolista tende a comportar-se como de concorrência perfeita, obtendo lucro nulo
Na competição perfeita, o preço é igual ao custo marginal, porém, na competição monopolítica, o preço ULTRAPASSA o custo marginal. Gera-se, assim, peso morto. Nos dois tipos de mercado, a entrada de novas empresas ocorre até que os lucros tenham sido reduzidos a zero.
Além disso, a curva de demanda horizontal da concorrência perfeita cruza a curva de custo médio em seu ponto mínimo. Na competição monopolística isso não ocorre, cruzando-se a esquerda do ponto médio mínimo.
No curto prazo, o mercado de concorrência monopolística comporta-se como o de monopólio. Ambos maximizam lucros quando receita marginal iguala o custo marginal, e podem ter lucros positivos, negativos ou nulos
Já no longo prazo o produtor em concorrência monopolista tende a comportar-se como de concorrência perfeita, obtendo lucro nulo - CERTO
Oligopólio
1- Característica do produto, preço, atitudes individuais dos agentes e barreiras
2- Definição do Equilíbrio de Nash
3- Nome do Oligopólio com equílibrio similar a Concorrência Perfeita e posição em relação ao preço
4- Definição do Oligopólio de Cournot e de Stalckeberg
5- Duas exigências para formação do Cartel
Produtos similares ou idênticos (diferente da concorrência monopolística) /os preços e a atitudes individuais levam em consideração a atitude de cada uma das outras firmas = por isso, há rigidez de preços (receio de guerra entre os oligopólios) / produtos diferenciados ou não / barreiras à entrada = grandes investimentos, economias de escala, patentes, tecnologia / Conluio = oligopólio lucra igual ao monopólio / normalmente = lucros intermediários (entre o monopólio e a CP) / há peso morto /
Equilíbrio de Nash: cada empresa está fazendo o melhor que pode em função daquilo que os concorrentes estão fazendo / é um equilíbrio NÃO cooperativo, pois cada empresa toma as
decisões visando obter o maior lucro possível, dadas as ações dos concorrentes.
Oligopólio de Bertrand = equilíbrio igual a concorrência perfeita (já caiu) = No duopólio de Bertrand, o preço pago pelas firmas é igual ao custo marginal / O modelo de Bertrand é um modelo de oligopólio no qual as empresas produzem uma mercadoria homogênea, cada uma delas considera que o preço de sua concorrente é fixo e as empresas decidem simultaneamente qual o preço será cobrado / No modelo de competição oligopolista de Bertrand, o preço de equilíbrio é IGUAL ao preço obtido em concorrência perfeita, já que se trata de um oligopólio economicamente eficiente (P = Cmg).
Oligopólio de Cournot = competição simultânea via quantidades (não cooperativa e não conlusiva)
Stackelberg = liderança de quantidades = a empresa líder toma atitude sobre sua QUANTIDADE que NÃO é replicada pelas empresas seguidoras (mais fracas)
Oligopólio + conluio = cartel = monopólio = OPEP = deve contar com poder de monopólio = capacidade de uma empresa de fixar o preço de seu produto acima do custo marginal de produção / 2 exigências para a cartelização = demanda inelástica + grande controle sobre a produção - caso isso não ocorra, a oferta dos produtores que não fazem parte do cartel não pode ser elástica ao preço / A rigidez de preços é explicada, exclusivamente, pelo dilema dos prisioneiros (teoria dos jogos) e pelo desejo das empresas de evitar concorrências de preço mutuamente destrutivas.
O cartel é um acordo SEMPRE explícito entre empresas oligopolistas para estabelecer preços acima do custo marginal e obter lucros semelhantes ou iguais aos de um monopólio. Mas empresas que pretendem maximizar lucros através da coalizão não necessariamente realização acordos explícitos. Poderão estabelecer a chamada conduta paralela, que é uma forma implícita de coalizão na qual uma empresa
segue consistentemente as atitudes tomadas por outra
Considerando a teoria dos jogos na análise de um duopólio, uma vez no equilíbrio cooperativo com a formação de cartel, ambas as firmas têm incentivo a burlar e aumentar seus lucros, o que pode ser contornado se o jogo for repetido infinitamente – CERTO – Inicialmente, há incentivo para as empresas do cartel burlarem o acordo e alterar seu preço para ganhar mais. A vantagem de burlar será desfeita pela retaliação um do outro. No entanto, segundo a teoria dos jogos, repetindo isso infinitamente ambos aprendem que não burlar é a melhor opção, pois ambos perdem no longo prazo, optando pela estabilidade do cartel.