Genómica, ancientDNA e Evolução Humana Flashcards

1
Q

Como se estuda a evolução humana?

A
  • Registo fóssil
  • Registo arqueológico
  • Primatologia
  • Psicologia evolutiva
  • Paleoclimatologia
  • Sequenciação de genomas de primatas
  • Sequenciação de genomas de humanos modernos
  • Sequenciação de genomas arqueológicos (ancientDNA)
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2
Q

Registo fóssil

A

O registo fóssil de hominídeos informa-nos sobre mudanças no tamanho do cérebro, corpo, locomoção e dieta

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3
Q

Registo arqueológico

A

Utensílios líticos, pegadas, figurinos, arte rupestre, deposição de corpos em sepulturas dizem-nos como evoluíram as capacidades cognitivas, o comportamento humano e as sociedades

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4
Q

Primartologia

A

Olhando para o comportamento e anatomia de primatas, permite investigar que características são exclusivas da nossa espécie

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5
Q

Psicologia evolutiva

A

Procura explicar o aparecimento das capacidades cognitivas, sociais, linguísticas e comportamentais humanas à luz da teoria evolutiva

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6
Q

Paleoclimatologia

A

Esclarece os ecossistemas do passado, em que os nossos antepassados evoluíram, e como estes influenciaram o nosso trajeto

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7
Q

Sequenciação de genomas de primatas

A

Permite-nos investigar o que nos diferencia dos parentes evolutivos mais próximos como gorilas, chimpanzés ou gibões

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8
Q

Sequenciação de genomas de humanos modernos

A

Revela muito sobre migrações e adaptações humanas, assim como doenças

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9
Q

Sequenciação de genomas arqueológicos (ancientDNA)

A

Deteta alterações genómicas ao longo do tempo e as suas consequências

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10
Q

Genomas de primatas e evolução humana

A

A sequenciação de dos genomas completos de primatas permite-nos inferir a sequência evolutiva da Ordem da qual fazemos parte e calcular com rigor quando divergiram as espécies

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11
Q

Relógio molecular

A

Técnica que utiliza a taxa de mutação de um gene para calcular quando duas ou mais espécies divergiram. Requer a comparação duma sequência de DNA em duas espécies semelhantes para as quais é conhecido o tempo de divergência.
Além disso, pressupõe que as mutações se acumulam a uma taxa constante ao longo do tempo, que são neutras e iguais em todo o genoma.

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12
Q

Taxa de mutação

A

Sabendo o número de SNPs em comum entre as espécies e a altura em que o último ancestral comum viveu, podemos calcular o número de mutações por ano:
μ = nº SNPs / altura em que o ancestral comum viveu
A taxa de mutação por par de bases:
taxa de mutação = μ / nº de para de bases

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13
Q

SNPs localizados nos cromossomas autossómicos

A
  • Frequentes (1 em cada 1000 nucleótidos em média)
  • Herdado de ambos os pais
  • Ideal para deteção de mistura genética
  • Podem estar associados a fenótipos mas a maioria são evolutivamente neutros
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14
Q

Clustering

A

Partição da variação genética num pequeno número de grupos ou clusters com base nas semelhanças genéticas entre indivíduos. Assume-se que indivíduos pertencentes ao mesmo grupo descendem de grupos ancestrais hipotéticos.
Usam-se métodos matemáticos de clustering para agrupar indivíduos com base em diferenças ou semelhanças genéticas (estrutura populacional). Depois vemos se há alguma categoria que possa explicar o padrão observado.

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15
Q

SNPs localizados no genoma mitocondrial

A
  • Herdados sempre de mãe para filha ou filho
  • Permite traçar migrações de mulheres
  • Haplogrupos bem definidos
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16
Q

Haplótipo

A

É um grupo de alelos que são herdados juntos, geralmente porque os genes estão próximos no mesmo cromossoma

17
Q

Haplogrupo

A

É um grupo de haplótipos semelhantes que compartilham um ancestral comum.

18
Q

SNPs localizados no cromossoma Y

A
  • Herdado de pai para filho
  • Permite traçar migrações de homens
  • Haplogupos bem definidos
19
Q

Next-Generation DNA Sequencing (NGS)

A
  • Sequência todos os fragmentos de DNA (50-150 nucleotides) numa amostra
  • Produz vários de dados (1 TB ou mais por corrida de sequenciação, 400 milhões de FASTQ files (reads): ficheiros com as sequências de DNA dos pequenos fragmentos)
  • Ferramentas bioinformáticas (normalmente em ambiente LINUX) são necessárias para lidar com estes dados
20
Q

Arqueogenética

A

É o estudo do passado humano por sequenciação e análise de DNA extraído de materiais arqueológicos (DNA antigo) ou de organismos vivos. Os dados genéticos são interpretados no contexto da informação arqueológica/histórica

21
Q

Paleogenómica

A

É a recuperação e análise de material genético de restos biológicos passados. O estudo de genomas antigos.

22
Q

Critérios para garantir a autenticidade do aDNA

A
  • Os fragmentos têm de ser pequenos (<200 bp) — degradação post-mortem do DNA
  • A quantidade de DNA têm de ser muito reduzida
  • Os fragmentos têm de ter modificações químicas típicas (ex.: deaminação de citosina, excesso de As em posições que deviam ser Gs)
  • DNA de outras fontes (bactérias, fungos, vírus) tem de ser superior à endógena)
  • Barcodes são adicionados ao DNA extraído para distinguir de contaminações ambientais
  • Em amostras do sexo feminino a deteção de sequências do cromossoma Y indica contaminação
  • Presença de mais que um haplótipo mitocondrial sugere contaminações
  • O estudo deve ser replicado em laboratórios independentes
  • O trabalho de aDNA deve obedecer a regras laboratoriais rigorosas
23
Q

Fragmentos de DNA numa extração de ancientDNA

A

Têm de ser pequenos (entre 25-200 pb) devido à degradação temporal. Fragmentos de maiores dimensões pode ser descartados como contaminações modernas

24
Q

reads resultantes da sequenciação de aDNA

A

As reads resultantes de sequenciação de aDNA têm padrões típicos de erros nas extremidades 5’ e 3’ que resultam da degradação química (deaminação e hidrólise) ao longo do tempo. A DNA polimerase incorpora um A em frente ao U e, por sua vez, um T em frente a A, provocando substituições aparentes de G por A e de C por T.
Estes padrões permitem distinguir o DNA antigo de contaminações modernas.

25
Q

Métodos usados para descartar a contaminação com DNA humano moderno

A

1) Inserção de marcadores moleculares (barcodes) assim que o DNA é extraído
2) Tamanho dos fragmentos (espera-se que o aDNA seja fragmentado)
3) Presença de sequências do cromossoma Y em fêmeas

26
Q

Targeted-capture (ou Hybridisation assays, ou Target-enrichment)

A

Recentemente, o uso de targeted-capture permitiu recuperar duma extração de aDNA apenas as partes do genoma de interesse, eliminando o desperdício de sequenciação de DNA contaminante, de bactérias.

27
Q

Como recuperar aDNA

A

1) Recolha de amostras no campo
2) Extração de DNA
3) PCR ou Preparação de libraries
4) Sequenciação
5) Análise de dados

28
Q

Amostras de aDNA

A
  • Tipos de amostras de onde se pode extrair DNA: ossos, sedimentos, cerâmicas com resíduos, sementes, madeiras
  • Dois objetivos no manuseamento das amostras: proteger a amostra da contaminação com DNA moderno e proteger da degradação de DNA endógeno
  • Usar luvas de látex descartáveis e máscaras respiratórias o tempo todo
29
Q

Examinação de aDNA

A
  • Requer laboratórios específicos (som sistemas de pressão positiva de ar com filtro HEPA, sala de descontaminação, salas específicas para cada etapa, lâmpadas UV, antecâmaras de vestuário)
  • O pessoal não deve ir a outros laboratórios no mesmo ia em que usa laboratórios de DNA antigo
  • Equipamento de proteção completo (descartável) deve ser usado o tempo todo
  • Consumíveis e equipamentos dedicados
  • Idealmente, deve haver replicação independente dos resultados, enviando amostras para um laboratório diferente
  • Fazer vários controlos negativos de extração (blanks)
30
Q

aDNA de patogénicos antigos

A

aDNA de patogénicos antigos pode sobreviver no material esqueléticos, especialmente na polpa dentária, uma cavidade fechada, bem protegida externamente por esmalte e dentina. Serve como “último refúgio” para bactérias e o DNA fica bem preservado. Os agentes de pandemias e doenças passadas podem ser identificados através do DNA.