Febre Reumática Flashcards

1
Q

O que é Febre Reumática?

A

Complicação não supurativas da faringoamigdalite/faringite causada pelo Estreptococo beta hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes) e decore da resposta imune tardia a esta infecção em populações geneticamente predispostas
Possui um período de latência de 2-3 semanas

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2
Q

Qual a principal população acometida pela FR?

A

Crianças de 5 a 15 anos
Principalmente com baixo nível socioeconômico
A prevalência da DRC é de 30-40 anos

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3
Q

Qual os genes relacionados a predisposição de Febre Reumática?

A

HLA-DR7
HLA-DQ

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4
Q

Quais os principais antígenos implicados na patogênese da FR (principais fatores de virulência) ?

A

Proteína M e carboidratos N-acetil beta D-glicosamina → faz mimetismo molecular das proteínas como miosina, tropomiosina, queratina, laminina e vimentina

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5
Q

Explique a patogenia do acometimento articular na FR?

A

O ácido hialurônico da cápsula da bactéria (ajuda a impedir também a fagocitose) tem uma reação cruzada (mimetiza) com a sinóvia e a cartilagem articular → Acontece um deposito de imunocomplexos que geram a Artrite

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6
Q

A proteína M da bactéria tem vários padrões, quais são os relacionados com a ocorrência de FR?

A

São os padrões A, B e C pois estes estão presentes na orofaringe

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7
Q

Em qual estrutura da bactéria que o ATB age contra?

A

A penicilina exerce sua ação letal contra o estreptococo, bloqueando metabolicamente a síntese do peptideoglicano N-acetilglicosamina

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8
Q

Explique por que existe diferentes apresentações de inicio dos sintomas da FR em relação a gravidade

A

Existe 2 tipos de resposta: TH1 e TH2
Se o paciente tiver resposta TH1 (celular) a sua apresentação vai ser mais exuberante, rápida e inespecífica causando quadros de cardite grave e sequela valvar (citocinas envolvidas: IL-1, TNF-alfa, IFN-gama e IL-2 - a baixa produção de IL-4 prediz progressão para CRC)
Já na resposta TH2 (Humoral) a apresentação é mais tardia, específica e orquestrada levando a Coreia (cardite leve) e Artrite

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9
Q

Qual padrão do acometimento articular na FR?

A

Poliartrite que acomete grandes articulações (joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos) padrão migratório assimétrico autolimitada e com duração menor que 4 semanas mesmo sem tratamento específico
A duração de cada articular em geral é de 1 a 5 dias
Geralmente não deixa sequelas
Extremamente dolorosa e inexistência de sinais flogístico ao exame físico {DD: AIJ (pouca dor e mt inflamação e edema) e Dor do crescimento (difusa)}
Resposta excelente ao AAS e AINES geralmente em 24-48h

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10
Q

O padrão articular é sempre poliartrite aguda ?

A

Não, é possível que seja monoartrite crônica (+ 3 meses) com comportamento aditivo (no lugar de migratório)

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11
Q

Referente a Artrite da FR, qual principal diagnóstico diferencial? Como diferencia-los ?

A

Artrite Reativa pós estreptococica
Não há presenca de cardite, nódulos ou eritema
Tem menor período de latência → 1 a 10 dias
Maior duração da artrite (2 meses em média)
Má resposta a Antiinflamatórios

Trata como FR, incluindo profilaxia

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12
Q

Quais são as principais valvas afetadas?

A

Mitral e depois Aórtica
Faz Valvulite

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13
Q

Qual lesão é patognomônico de Cardite Reumática Crônica ?

A

Nódulo de Aschoff (CRC)
Visto pelo ecocardiograma transtorácico com Doppler
Granuloma focal interticial fibroinflamatória contendo linfócitos, macrófagos, celulas B, células gigantes e necrose de colágeno

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14
Q

Quais os sopros da FR? Descreva-os.
Qual é o mais comum?

A

Sopro de insuficiência mitral é o mais comum (EM BARRA) → Sopro holossistólico em ÁPICE com irradiação para axila com hipofonese de B1 e pulso jugular aumentado (congestão pulmonar secundaria → ascite, hepatomegalia e edema de MMII)

Sopro de Carey Coombs (estenose mitral) → EM RUFLAR: mesodiastólico em focos apicais

Sopro de insuficiência aórtica → sopro protodiastólica mais audível na borda esternal esquerda (base)

Sopro de estenose aórtica DIAMANTE → Mesossistólico nos focos aórtcos da base, presença de B4, pulso arterial em parvus e tardus, B2 com desdobramento paradoxal (manobra de rivero carvalho normal ou baixa a inspiração profunda)

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15
Q

O que está envolvido na patogênese dos movimentos anormais da Coreia de Sydenham?

A

Anticorpos antinúcleos da base causam uma reação inflamatória perivascular no putame, núcleo caudado e cerebelo, levando à liberação de dopamina, que é responsável pelos movimentos anormais.

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16
Q

Como é a característica da Coreia na FR?

A

São movimentos involuntários, arrítmicos, breves acometendo principalmente extremidades e face e tendendo a se generalizar rapidamente.
Movimentos exacerbados em situação de estresse e desaparecem durante o sono;
Autolimitada (regressão espontânea em 3 semanas)

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17
Q

Qual o principal diagnóstico diferencial da Coreia Reumática ?

A

PANDAS (Doença neuropsiquiátrica pediátrica autoimune associada a infecção estreptocócica)
Caracterizada por tiques, sindrome de tourette, comportamento obsessivo-compulsivo
O período de latência é menor (1 semana → na FR é 1-6 meses)
Não esta indicada profilaxia secundária

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18
Q

Qual é a manifestação cutânea mais comum na FR? Como é caracterizada?

A

Eritema Marginado
Rash cutâneo macular que tomam aspecto rendilhado, com centro pálido e margens serpinginosas, não pruriginosa, não endurado, indolor, evanescente (picos de febre) -de duração transitória e caracter recidivante-
Localizadas em tronco e região proximal dos membros (poupando face)

19
Q

Quais são as características dos nódulos subcutâneos ?

A

São firmes, moveis e indolores
Tamanho varia de 1mm a 2cm
Localizados em superfícies extensoras (tornozelos, cotovelo, joelho, processos espinhosos vertebrais, couro cabeludo e fronte)
Duram 1-2 semanas
Fortemente associados com cardite

20
Q

Quais são os reagentes de fase aguda? Cite valores de referência? Podem ser usados para acompanhamento?

A

PCR (VR: <5mg/L ou 0,5mg/dL)
VHS (Adultos: até 20mm/h; Crianças até 10mm/h)
Alfa-1-Glicoproteína-ácida / Orosomucoide (VR: 50-120mg/dL) → único que pode usar para acompanhamento dos reagentes de fase aguda

21
Q

Como confirmar a historia de infecção previa de EBA?

A

Cultura de orofaringe (padrão ouro → não faz na pratica)
Teste rápido (se + é +, se - não exclui)
Sorologia:
• Anti-DNAse B
• Anticorpo antiestreptolisina O (ASLO) → VR: 500 UTodd ou 250UI/ml para acima de 5 anos
- 20% o ASLO é negativo

22
Q

Qual achado no ECG da FR?

A

Alargamento do intervalo PR
Aumento do intervalo QT com aumento da Freq Cardíaca → identifica doença ativa com presença de cardite
Pericardite → Supra de ST
Se normal não exclui cardite

23
Q

Como se da o diagnóstico de cardite reumática?

A

Ecocardiograma com Doppler
Pode usar de segmento
Define as sequelas
Útil na definição da interrupção da profilaxia secundária

24
Q

Quais as Alterações morfológicas agudas de valva MITRAL à ecocardiografia para diagnóstico de valvulite reumática.

A

• Dilatação anular
• Alongamento de cordoalhas tendíneas
• Ruptura de cordoalha
• Prolapso anterior de folheto (mais raramente prolapso posterior)
• Espessamento ou nódulos no folheto

25
Q

Quais as Alterações morfológicas crônica de valva MITRAL à ecocardiografia para diagnóstico de valvulite reumática.

A

• Espessamento de folheto
• Espessamento e/ou fusão de cordoalhas
• Restrição de movimento de folheto
• Calcificação

26
Q

Quais as alterações morfológica em valva aórtica, em cardite aguda ou crônica a ecocardiografia para diagnostico de valvulite reumática ?

A

• Espessamento de folheto focal ou irregular
• Defeito de captação
• Restrição de movimento de folheto
• Prolapso de folheto

27
Q

Quais as alterações de regurgitação mitral ao Doppler para diagnostico de valvite?

A

• Jato regurgitante holossistólico para o átrio esquerdo identificado em, pelo menos, dois planos
• Pico de velocidade > 3 mm/s
• Extensão do jato > 2 cm identificado em, pelo menos, um plano

28
Q

Quais as alterações de regurgitação aórtica ao Doppler para diagnostico de valvite?

A

• Jato regurgitante holodiastólico para o ventrículo esquerdo identificado em, pelo menos, dois planos
• Pico de velocidade > 3 mm/s
• Extensão do jato > 1 cm identificado em, pelo menos, um plano**

29
Q

Qual o sinal grave da cardite grave apresentado pelo rx de tórax?

A

Inversão vascular pulmonar

30
Q

Quais são as situações nas quais os critérios de Jonas não são obrigatórios?

A

Coreia de Sydenham (pois pode acontecer meses após o evento agudo)
Cardite insidiosas confirmada na ecocardiografia
Cardiopatia reumática crônica percebida apenas na fase tardia da doença, já sem sinais ou sintomas da fase aguda

31
Q

Como fazer o diagnóstico de Febre Reumática?

A

Pelos Critérios de Jones Modificados

Critérios Maiores
• Cardite clínica ou subclínica
• Atrite (mono ou poli)
• Poliartralgia (exclusão de outras causas)
• Coreia de Sydenham
• Eritema Marginato
• Nódulos subcutâneos

Critérios Menores
• Monoartralgia
• Febre ≥ 38º
• VHS ≥30mm/h ou PCR≥3mg/dL
• Intervalo PR prolongado para a idade (a menos que a cardite seja um critério maior)

DIAGNÓSTICO DE FR INICIAL
— 2 critérios maiores OU 1 critério maior E 2 menores

DIAGNÓSTICO DE FR RECORRENTE
— 2 critérios maiores OU 1 critérios maior E 2 menores OU 3 critérios menores

32
Q

O que é uma Febre Reumática possível e como conduzir o caso?

A

Há suspeita de FR porem não preenche os critérios de Jones
Considerar prescrever a profilaxia secundaria por 12 meses com reavaliação cuidadosa com solicitação de novo ecodoppler

33
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da Artrite da Febre Reumática?

A

‣ Reativas: Pós-infecção urinária ou pós-entérica (enterite, diarreia)
‣ Infecções Viral: Hepatite (pedir HBsAg), caxumba (parotidite e edema de parótida, pedir RT-PCR para parvovírus), rubéola (adenopatia e exantema que some a compressão)
‣ Infecções Bacteriana: Meningococo, gonococo, endocardite bacteriana, doença de Lyme (artrite persistente ou intermitente, eritema migratório, historia de mordida de carrapato, solicitar sorologia por ELISA para borrelia burgdorferi)
‣ Doenças hematológicas: Anemia falciforme (pedir eletroforese de hemoglobina), neoplasia e leucemia linfoblástica aguda (pedir biópsia de medula óssea)
‣ Doenças Reumáticas: LES (artrite simétrica e aditiva), Artrite idiopática juvenil (artrite indolor e com sinais flogístico), Vasculite de Kawasaki - língua de morango (artrite não migratória e não responde a AINEs e com maior duração)

34
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da Cardite da Febre Reumática?

A

‣ Infecções Viral: Pericardite, perimiocardites virais
‣ Doenças Reumáticas: LES, AlJ, Kawasaki, Síndrome do anticorpo antifosfolipídio (cardite com Coreia**)
‣ Outras: sopro inocente, sopro anêmico, prolapso de valva mitral, valva mitral mixomatosa, fibroelastoma, doença de kawasaki (exantema polimorfo, descamação periungueal, miocardite, derrame pericárdico, pedir eco com Doppler)

35
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da Coreia da Febre Reumática?

A

‣ Infecciosas: Encefalites Virais,
‣ Doenças Reumáticas: LES (Neuro lúpus), Síndrome do anticorpo antifosfolipídio, vasculite, sarcoidose (tosse e uveíte, dosar ECA e hipercalcemia e hipercalciúria, formação de granuloma em pulmão e SNC, mais em adultos)
‣ Outras: Síndrome antifosfolípide (infarto em jovens), coreia familial benigna, intoxicação Medicamentosa, doença de Wilson (anel de Kayser-Fleischer ao redor da íris por acumulo de cobre, dosar ceeruloplasmina cobre urinário e cobre sérico, RM do cérebro) , tumor intracraniano, hipertireoidismo

36
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da Nódulos subcutâneos da Febre Reumática?

A

‣ Doenças Reumáticas: LES, AlJ
‣ Outras: nódulos subcutâneos benignos, metrotrexate (medicamento)

37
Q

Quais são os diagnósticos diferenciais da Eritema Marginado da Febre Reumática?

A

‣ Infecciosas: septicemia
‣ Reação a drogas (DRES)
‣ Doenças reumáticas: Exantema da AlJ (sistêmica - doença de still)
‣ Idiopático

38
Q

Como fazer a profilaxia primária da febre reumática?

A

Feita idealmente nos primeiros 8-10 dias (da infecção inicial)

•◦ Penicilina G benzatina**
‣ Dose: Peso<20kg - 600.000 UI IM
‣ Peso > 20 kg - 1.200.000 UI IM
‣ Dose única
OU
◦ Penicilina V
‣ 25-50.000U/kg/dia VO 8/8 h ou 12/12 h
‣ Adulto: 500.000 U VO 8/8H
‣ 10 dias
OU
◦ Amoxicilina
‣ 30-50 mg/kg/dia VO 8/8h ou 12/12h
‣ Adulto: 500 mg VO 8/8H
‣ 10 dias

39
Q

Como fazer o tratamento da Artrite da febre reumática?

A

Com AINH (pode ser AAS OU Naproxeno)

• AAS 8-10mg/Kg dia 6/6h por 2 semanas e reduz para 60mg/Kg/dia por 4 semanas.
◦ Tomar cuidado: Quadro viral = suspensão → risco de síndrome de Reye

• Naproxeno 10-20 mg/kg/dia 12/12h por 4 semanas

• Repouso no leito enquanto durarem os sintomas (2 a 4 semanas, com liberação gradual em 2 semanas)
Obs: se artrite incapacitante → Hospitalização

40
Q

Como fazer o tratamento da Cardite da febre reumática?

A

• Prednisona
◦ 1-2mg/kg/dia VO ou EV
◦ Dose máxima de 80 mg/dia (efeitos colaterais: osteonecrose → prótese)
◦ Tempo de uso: dose plena por 2 a 3 semanas com redução gradual de acordo com controle clinico e laboratorial (VHS e PCR)
◦ Total 12 semanas → Cardite moderadas e grave
◦ Total de 4-8 semanas → Cardite leve

• Pulsoterapia com Metilpredinisona (piora drástica do órgão e risco de óbito)
◦ (30mg/kg/dia) EV em ciclos semanais nos casos de cardite grave, refratária ao tratamento inicial ou cirurgia cardíaca de emergência.
◦ Máximo de 1 g, 1 vez/dia, durante 3 dias consecutivos
◦ Ficar atento ao aumento da pressão arterial, principalmente durante a infusão do medicamento.
◦ Efeitos adversos: Acne, fácies cushingoide, ganho de peso e retenção hídrica (Desaparecem dentro de poucas semanas após a retirada do medicamento.)

Se ICC leve a moderada
• Diuréticos e Restrição Hídrica (cardite Moderada a grave)
◦ Indicações de Furosemida (dose de 1-6mg/kg/dia) e Espironolactona (dose de 1-3 mg/kg/dia)
◦ Balanço Hídrico: avaliar o que entra e o que sai do paciente para avaliar quanto de diurético deve ser administrado

• Repouso no leito
◦ Cardite leve/moderada: repouso no leito por 4 a 6 semanas, com liberação gradual nas 2 a 4 semanas seguintes
◦ Cardite grave: repouso no leito até a resolução dos sinais de insuficiência cardíaca, com liberação gradual nas 4 a 6 semanas seguintes
Obs: se cardite moderada ou grave → Hospitalização

41
Q

Como fazer o tratamento da Cardite da febre reumática?

A

• Prednisona
◦ 1-2mg/kg/dia VO ou EV
◦ Dose máxima de 80 mg/dia (efeitos colaterais: osteonecrose → prótese)
◦ Tempo de uso: dose plena por 2 a 3 semanas com redução gradual de acordo com controle clinico e laboratorial (VHS e PCR)
◦ Total 12 semanas → Cardite moderadas e grave
◦ Total de 4-8 semanas → Cardite leve

• Pulsoterapia com Metilpredinisona (piora drástica do órgão e risco de óbito)
◦ (30mg/kg/dia) EV em ciclos semanais nos casos de cardite grave, refratária ao tratamento inicial ou cirurgia cardíaca de emergência.
◦ Máximo de 1 g, 1 vez/dia, durante 3 dias consecutivos
◦ Ficar atento ao aumento da pressão arterial, principalmente durante a infusão do medicamento.
◦ Efeitos adversos: Acne, fácies cushingoide, ganho de peso e retenção hídrica (Desaparecem dentro de poucas semanas após a retirada do medicamento.)

Se ICC leve a moderada
• Diuréticos e Restrição Hídrica (cardite Moderada a grave)
◦ Indicações de Furosemida (dose de 1-6mg/kg/dia) e Espironolactona (dose de 1-3 mg/kg/dia)
◦ Balanço Hídrico: avaliar o que entra e o que sai do paciente para avaliar quanto de diurético deve ser administrado

• Repouso no leito
◦ Cardite leve/moderada: repouso no leito por 4 a 6 semanas, com liberação gradual nas 2 a 4 semanas seguintes
◦ Cardite grave: repouso no leito até a resolução dos sinais de insuficiência cardíaca, com liberação gradual nas 4 a 6 semanas seguintes
Obs: se cardite moderada ou grave → Hospitalização

42
Q

Como fazer o tratamento da Coreia da febre reumática?

A

• Leve e moderados
◦ Repouso e ambiente calmo com pouca luz enquanto durarem os sintomas

• Grave
◦ Hospitalizações e drogas:
◦ Ácido valpraico (Agonista gabaérgico)
‣ 10mg/kg/dia VO, aumentando 10 mg/kg semanais ate atingir a dose máxima de 30 mg/kg/dia
◦ Carbamazepina
‣ 7-20 mg/kg/dia VO
◦ Haloperidol (Bloqueador dos receptores dopaminérgicos)
‣ 1 mg/dia VO de 12/12h, aumentando 0.5 mg a cada 3 dias, até atingir a dose máxima de 5 mg/dia até remissão dos sintomas
‣ Após 3 semanas sem sintomas, iniciar a retirada (0,5 a 1 mg/semana) e observar. Se o paciente se mantém assintomático por mais 2 semanas após a retirada da medicação, liberar para retorno à escola e às demais atividades.
‣ O haloperidol pode provocar hipercinesia tardia.

43
Q

Como fazer a profilaxia secundaria da Febre Reumática ?

A

‣ Penicilina G benzatina
• Dose: Peso <20kg - 600.000 UI IM
• Peso >20 kg - 1.200.000 UI IM
• 21/21 dias
OU
‣ Penicilina V
OU
‣ Sulfadiazina
• Peso <30 kg - 500mg VO
• Peso >30 kg - 1g VO
• 1x/dia
OU
‣ Estearato de eritromicina → prof gosta desse
• 250 mg VO
• 12/12 h

TEMPO

• FR sem cardite prévia → Até 21 anos de idade ou 5 anos do último surto (vale o que cobrir maior tempo)
• FR com cardite prévia, insuficiência mitral leve residual ou resolução da lesão valvar → Até 25 anos de idade ou 10 anos do último surto (vale o que cobrir maior tempo)
• FR com lesão valvar residual moderada a grave → Até os 40 anos de idade ou por toda a
vida
• Após cirurgia valvar → Por toda a vida

44
Q

Como e quando fazer a profilaxia para endocardite bacterina ?

A

‣ Está indicada quando houver manipulação dentária com sangramento, cirurgia ou instrumentação de vias urinárias, trato respiratório ou gastrintestinal.
Obs: Não está recomendada a profilaxia para procedimentos como colocação de piercing, tatuagem, histerectomia e parto via vaginal
‣ A principal medida de profilaxia contra endocardite bacteriana consiste na manutenção de uma saúde oral ótima
+
‣ Amoxicilina 50 mg/kg, dose máxima de 2 g, em única tomada VO, 30 a 60 min antes do procedimento.
OU
‣ Ampicilina intravenosa, 50 mg/kg até o máximo de 2 g + gentamicina (IV), 1,5 mg/kg, Máximo de 120 mg. Administram­-se uma dose 30 min antes do procedimento e uma segunda dose 6 h após.
‣ Alérgicos
• Clindamcina
• Azitromicina
• Vancomicina + gentamicina